Vertentes do paisagismo contemporâneo
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- Bruno Benke Custódio
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1 Paisagem Paisagem equivale à expressão configuração territorial (...)conjunto de elementos naturais e artificiais que fisicamente constituem uma área. (...) O espaço resulta da intrusão da sociedade nessas formas-objetos (Santos, 1996)
2 Vertentes do paisagismo contemporâneo 1 - paisagismo com ênfase na arquitetura da paisagem, cujo enfoque vê todos os espaços como arquitetura, sendo a vegetação também elemento de composição. Valoriza a prática de organização do espaço. 2 - paisagismo com ênfase na percepção que explora aspectos sensoriais e psicológicos. Tem papel relevante em relacionar o espaço ao atendimento das expectativas sociais. 3 - paisagismo ambiental, englobando várias práticas mais voltadas à preservação, que servem de prérequisito ao desenvolvimento sustentável. Valoriza aspectos ecossistêmicos.
3 Paisagismo com ênfase na arquitetura da paisagem Elementos construídos + elementos vegetais Ênfase na questão espacial Busca do belo O uso de elementos simbólicos no paisagismo Parâmetros de composição como a simetria, o ritmo, a harmonia e o equilíbrio Estética dos espaços Funcionalidade - aspectos mais pragmáticos da organização do espaço.
4 Paisagismo com ênfase na arquitetura da paisagem à partir do Século XVIII paisagismo, independente da arquitetura e da agronomia botânica + artes plásticas Law Olmsted ( ) - definiu pela primeira vez o campo de atuação do paisagismo, usando para isso o termo arquitetura da paisagem (Landscape Architecture)
5 Paisagismo com ênfase na arquitetura da paisagem HOJE - utilização dos espaços livres adequandoos à melhor utilização do homem Esta vertente engloba duas tendências distintas : 1) o paisagismo ligado ao desenho urbano; 2) o paisagismo ligado à expressão artística.
6 Paisagismo com ênfase na arquitetura da paisagem Paisagismo do século XVIII
7 Paisagismo com ênfase na arquitetura da paisagem Paisagismo do século XIX
8 Paisagismo com ênfase na arquitetura da paisagem Paisagismo do século XX até hoje
9 Paisagismo com ênfase na percepção Salienta implicações psicosociais provocadas pelo espaço Lynch (1960) descreveu a experiência perceptiva e emocional da paisagem no estudo de percursos urbanos; Cullen (1971) que descreve arquétipos urbanos em uma análise da imagem serial, fazendo uma interface direta com o desenho urbano
10 Paisagismo ambiental Evolução da temática ambiental dentro das práticas urbanas A origem das mudanças remonta às preocupações sanitárias verificadas no urbanismo ainda no final do século XIX as primeiras décadas do século XX, o modelo modernista de urbanismo surgiu como uma preocupação higienista que tangenciava a ideia de um maior contato com a natureza.
11 Paisagismo ambiental Meados do séc XX - desenvolvimento sustentável (Sachs,1993) consideram o desenvolvimento social e econômico agregado ao respeito e preservação da natureza, por meio de manejo adequado dos recursos naturais e a redefinição econômica do desenvolvimento.
12 Paisagismo ambiental Comprometido com práticas do urbanismo e do planejamento que buscam a qualidade do espaço urbano, adotando práticas que amenizam os efeitos do clima, criando um cenário aprazível e uma observância da paisagem
13 Paisagismo ambiental Valorização dos ecossistemas nativos e locais; Intenção de integrar aspectos relevantes das fisionomias naturais à ocupação urbana, por meio do uso racional da vegetação e dos sistemas de espaços livres; Valorizam os grandes e pequenos ecossistemas ameaçados pela urbanização.
14 Paisagismo ambiental Busca preservar a diversidade das espécies nos biomas promovendo corredores ecológicos integrando a área urbana ao ambiente regional; Busca adaptar as expectativas tradicionais do paisagismo (estética e função) à inserção de arranjos e associações nativas.
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16 Sustentabilidade As cidades ocasionam a crise ambiental Em 1900 apenas 1 décimo da população mundial vivia em cidades, Hoje, metade de toda a população vive nas cidades Em 2050 três quartos da população estará nas cidades
17 Sustentabilidade Sobrevivência da sociedade = manutenção do equilíbrio entre variáveis: População Recursos naturais Meio ambiente Sociedade globalizante enfrenta escassez e destruição dos recursos naturais e do meio ambiente
18 Sustentabilidade Relatório das Nações Unidas, 1987 Nosso Futuro Comum propôs o conceito de desenvolvimento sustentável. Atender nossas necessidades atuais sem comprometer as futuras gerações
19 Sustentabilidade A sustentabilidade do meio ambiente deve ser o principio orientador do moderno desenho urbano QUESTÕES AMBIENTAIS E SOCIAIS ESTÃO ENTRANHADAS Aumenta cada dia mais o grau de pobreza no mundo. Muitos desses vivem em ambientes desfavoráveis, expostos a níveis extremos de pobreza ambiental, perpetuando o ciclo de destruição e poluição. Richard Rogers
20 Sustentabilidade Cidade = arena para consumo. Conveniência política e comercial A ênfase do desenvolvimento urbano não é atender às necessidades mais amplas da sociedade mas sim de alguns indivíduos. Resultado declínio da vitalidade de nossos espaços urbanos
21 Sustentabilidade Dois grupos de espaço: Monofuncionais (condomínios, shoppings, estacionamentos, automóveis); Multifuncionais (praça, rua animada, mercado, parque)
22 Paisagismo e organização espacial A dimensão organização do espaço é relevante no planejamento urbano que valoriza a questão da apropriação do espaço e da qualificação espacial. Esta relação é construída, principalmente a partir da quantificação e localização de equipamentos urbanos, presentes em planos diretores e normas urbanas
23 Parâmetros de organização do espaço A organização do espaço suscita a necessidade de estabelecer nexos entre as atividades humanas, cujas soluções dependem da análise das relações existentes entre vários subsistemas: circulação, moradia, espaços livres e estacionamentos.
24 Parâmetros de organização do espaço 1 - estabelecer linhas de convergência entre aspectos distintos de configuração e expectativas sociais; 2 - criar uma hierarquia que parte da escala urbana e suas funções específicas, passando por modelos que podem condicionar configurações.
25 Parâmetros de organização do espaço 3 - fatores naturais e fatores antrópicos, que são consolidados nos aspectos: topográficos, densidade populacional, adaptação ao sítio, escala urbana, diversidade, individualidade características culturais.
26 Paisagismo e expectativas sociais de uso As práticas do paisagismo revelam expectativas sociais, coletivas e individuais nos espaços criados. Expectativas dos espaços urbanos: Qualidade dos espaços acessibilidade das funções urbanas Aspectos culturais Apropriação psico-social do espaço
27 Paisagismo e expectativas sociais de uso Dimensões recorrentes na prática do paisagismo: Dimensão funcional, Dimensão bioclimática e Dimensão estética.
28 Paisagismo e expectativas sociais de uso Dimensão funcional enfatiza aspectos qualitativos e quantitativos da hierarquia dos espaços, dos equipamentos existentes, bem como das relações estabelecidas no atendimento das demandas sociais específicas e contextualizadas; uso e ocupação do solo, evidenciando os trajetos, os equipamentos e o mobiliário urbano
29 Paisagismo e expectativas sociais de uso Dimensão bioclimática trata da relação entre o usuário e as características do ambiente que interferem no seu bem-estar físico; condições do clima ou dos micro-climas criados nos espaços, aspectos das condições de uso relacionados à configuração espacial, em especial à caracterização da vegetação; atributos de conforto térmico, acústico e luminoso, sugere padrões de satisfação em contraposição à um desconforto físico.
30 Paisagismo e expectativas sociais de uso Dimensão estética e simbólica relacionamento afetivo do usuário com o espaço, salientando valores subjetivos e objetivos que influenciam na identificação e comprometimento entre o sujeito e o objeto urbano, no caso o paisagismo;
31 Avaliação da expectativa social de uso Parâmetros: do espaço 1. Quadro dos usuários - as faixas etárias, os horários de uso e o tipo de permanência 2. Oferta de equipamentos - o caráter do equipamento. 3. O estado de conservação dos espaços livres - os trajetos, equipamentos e o mobiliário urbano.
32 Paisagismo e integração ecossistêmica A qualidade dos ecossistemas urbanos tradicionais pode ser caracterizada por sua vulnerabilidade ambiental, que pode ser física e/ou biótica. Esta se expressa na baixa complexidade ecossistêmica, altos índices de degradação, e pouca resistência mecânica às fortes intempéries, sendo repletas de zonas de risco ecológico.
33 Paisagismo e integração ecossistêmica Fernando Chacel - recuperação de áreas degradadas na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro ECOGÊNESE que consiste em um processo de restauração de um ecossistema degradado, ou parte dele, restituindo-lhe as condições mais próximas das originais.
34 Avaliação da Integração ecossistêmica Parâmetros: Biomassa existente (aproximação do volume); Relação numérica entre as espécies nativas e as espécies exóticas; Diversidade de espécies existentes no local em estudo
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