Inter de Milão cria filial no Brasil e jogará torneios de base

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1 B O L E T I M OFERECIMENTO SEXTA-FEIRA, 23 DE OUTUBRO DE 2015 NÚMERO DO DIA 164 mi foi o quanto a Internazionale arrecadou em 2013/2014, segundo a consultoria Deloitte EDIÇÃO 367 Inter de Milão cria filial no Brasil e jogará torneios de base POR DUDA LOPES Uma nova ferramenta de marketing se tornou quase obrigatória para os grandes clubes europeus. Interessados no público mais jovens do país, as equipes têm tornado a abertura de escolinhas no Brasil uma prática constante. A Internazionale de Milão, porém, dará um passo adiante nessa relação, que já conta com o Inter Campus, um projeto itinerante que percorre cidades pelo país. O clube montará no Brasil a Inter Academy, projeto que prevê até a disputa de competições em torneios de base em São Paulo, por meio da equipe Inter Barueri. No próximo dia 29 de outubro, no Maracanã, a iniciativa vai ser apresentada ao público. O argentino Javier Zanetti, ídolo do clube, foi convocado para mostrar a iniciativa, que tem parcerias sociais de Unesco e Non Violence. Já no dia 31, haverá um treinamento específico para técnicos brasileiros, já como primeira ação dentro do novo projeto. A sede da Inter Academy será em Barueri, e os times, formados por atletas brasileiros, participação de torneios organizados pela Federação Paulista de Futebol. O formato, no entanto, é semelhante ao usado pelos rivais europeus, que nos últimos anos entraram no mercado brasileiro: uma agência licencia a marca no país e ganha com mensalidades dos alunos que estão no projeto. O Barcelona, por exemplo, tem escolinhas gerenciadas pela Klefer, que tem obrigações relacionadas ao clube; há acompanhamento técnico, os materiais esportivos têm que ser da Nike, entre outros detalhes. Para a agência, sobra a credencial do time catalão para vender inscrições em eventos a R$ 250 e mensalidades a R$ 150. As agências variam. Pioneiro, o Milan Junior Camp foi trazido pela Golden Goal, hoje CSM. A Inter fechou com a WWSA, que tem 27 unidades de escolinhas de futebol com 8 mil alunos. Elas funcionarão como uma espécie de peneira para que as melhores crianças sejam passadas para a sede da Inter Academy. O projeto é o primeiro do gênero feito por um grande clube europeu em solo brasileiro. 1

2 Menor exposição da Liga dos Campeões só beneficia a Band E lá se foram três rodadas da Liga dos Campeões da Europa de casa nova. Uma olhada rápida nas redes sociais nos dias de jogos liga o alerta: não fosse pela internet, o torneio estaria no ostracismo no Brasil. Não são poucas as mensagens ressaltando um esquecimento coletivo da competição em Não fosse pela Band, maior beneficiada até o momento com a transferência, as duas décadas que levaram o processo de popularização do futebol europeu já teriam escorrido pelo ralo. Não há aqui nenhuma crítica aos POR PRISCILA BERTOZZI Repórter repórter da Máquina do Esporte profissionais do Esporte Interativo que tentam fazer o melhor trabalho para a competição nas transmissões. O problema não vem da base, mas do alto. Vem de quem assumiu um compromisso sem poder dar uma alta entrega. Usar a Liga dos Campeões como moeda de troca, assim como fez a Fox com a Libertadores, foi uma estratégia ousada. Mas que, até agora, não se mostrou eficiente. Por mais público que os times europeus tenham angariado nos últimos anos, eles não têm o mesmo apelo de uma exclusividade de Corinthians e Flamengo, por exemplo. No fim, foi uma negociação com alto potencial de perde-perde. A Uefa olhou os cifrões, mas se esqueceu da vitrine do seu maior produto. E o EI, sem forças para negociar com as maiores operadoras de TV paga, tem a imagem desgastada. O público não quer saber dos trâmites de bastidores. Resmunga, com razão, por não ter futebol na TV na terça à tarde. Por não ter opção de escolher entre esse ou aquele clube. Por ter ficado rendido numa negociação que tem um vencedor: a Band. IMAGEM DA SEMANA Cristiano Ronaldo posa para campanha social com a empresa de diagnósticos Abbott no projeto Seja o Número 1, que procura engajar as pessoas a doarem sangue. O português é doador regular de sangue e se recusa a fazer tatuagens para não ter de ficar um ano sem doar sangue 2

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4 Petrobras leva Rei e Rainha do Mar para fora do Rio de Janeiro POR DUDA LOPES O evento Rei e Rainha do Mar conhecerá novos ares nesse fim de semana. O festival de esporte de praia sairá do Rio de Janeiro pela primeira vez desde que foi criado, em Agora, quem irá recebê-lo será Florianópolis. A expansão do evento acontece graças ao apoio da Petrobras, que fechou um acordo para as novas datas. Eles tinham patrocínio há dois anos. Resolvemos conversar sobre a ampliação, e a ideia casou com um produto deles, o Premmia, contou Pedro Rego Monteiro, sócio da agência que gere o evento, a Effect Sport. O novo patrocínio abraçou mais três eventos. Além de Florianópolis, nesse fim de semana, Fortaleza, Salvador e alguma cidade de São Paulo receberão o festival. Com uma diferença: a Petrobras entra via Lei de Incentivo, o que torna a inscrição dos atletas mais barata. No Rio de Janeiro, a Light mantém patrocínio máster. Sem o mesmo valor de inscrição, os eventos serão, nesse primeiro momento, menores. Mas será proporcionada a mesma experiência, com a mesma estrutura que é feita no Rio de Janeiro, explicou Monteiro. Na prática, o número de participantes foi limitado à metade do que é realizado no Rio de Janeiro. O problema do evento é a logística mais complexa, já que as provas acontecem na praia e em alto mar, com variações meteorológicas imprevisíveis. No total, 500 pessoas trabalham nos eventos, segundo Monteiro. Agora, o desafio será estabelecer o festival em outras localidades, onde ainda há menos empresas interessadas em entrar. A favor está o histórico do evento no Rio. Quando lançado, em 2008, eram 500 participantes. No ano passado, foram 11 mil. Em parceria com a Visa, Atlético-PR lança cartões Começa a virar moda entre os clubes de futebol no Brasil o lançamento de sistemas de cartão pré-pago com a bandeira do time. Após o Botafogo apresentar projeto nessa área, foi a vez de o Atlético Paranaense mostrar seu cartão. O clube fechou uma parceria com a Visa e com a Brasil Pré-Pagos, emissora de cartões do gênero, em que criou quatro modelos diferentes para que o torcedor do Atlético possa usar cartões com a marca do clube. As opções vão desde um cartão de recarga de valores até outro para uso em viagens internacionais. O Atlético criou um site para que o torcedor possa emitir o seu cartão. A Visa enxerga um enorme potencial dentro do mercado de cartões pré-pagos. Estimamos que hoje há uma oportunidade global de US$ 4 trilhões nesse nicho, e para aproveitar a oportunidade, é necessário focar em segmentos relevantes, como esportes, disse José Coronel, diretor executivo de produtos pré-pagos da Visa. O Atlético crê que, com o cartão, poderá ampliar a relação com o torcedor e, ainda, saber mais destalhes sobre o perfil do atleticano. Para o diretor de marketing do clube, Mauro Holzmann, o projeto é uma extensão ao que o clube já trabalha com a plataforma de sócios-torcedores. 4

5 Tecnologia leva esporte a ter de incrementar ações nas arenas POR GUILHERME GUIMARÃES* No segundo dia da #SportsFest vimos novamente uma mistura de empresas mais tradicionais, como NBA, Wasserman, Pepsico, L Oreal e Microsoft, com novos participantes do mercado dos esportes, como Nervve, STRIVR, Barclays Center (foto) e ParkHub. Dessa vez, a grande mensagem que foi passada foi a importância de garantir uma experiência incrível para o fã do esporte ao vivo, uma vez que as tecnologias estão cada vez mais proporcionando ótimas experiências para os torcedores fora das arenas. Elisa Padilla, CMO do Barclays Center, uma das mais novas arenas da NBA e da NHL, casa do Brooklyn Nets e do New York Islanders, frisou que a tecnologia deve ser usada com esse fim, sem ser intrusiva. Prover wi-fi no ginásio, por exemplo, é mandatório. Segundo ela, se o fã quer compartilhar sua experiência nas redes sociais ou, simplesmente, checar s, ele deve poder fazê-lo. Caso contrário, será bem frustrante. A executiva foi além, reforçando o que outros participantes já haviam enfatizado no dia anterior. Segundo ela, o digital deve ser utilizado como ferramenta para transformar fãs casuais em fanáticos e nada melhor do que usar os próprios fãs como canal de divulgação disso. Em um painel de discussão sediado no próprio Barclays Center, na quinta-feira, a importância de se proporcionar uma ótima experiência ao torcedor também foi ressaltada. Os participantes, executivos da Wasserman, Brooklyn Nets, NBA e High Point Solutions, à parte alguma preocupação sobre segurança relacionadas aos paus-de-selfie, foram unânimes ao dizer que se deve deixar os torcedores fazer o que eles quiserem, quando questionados sobre a atividade em redes sociais. A tecnologia, enfim, tem feito as arenas buscarem a inovação. GUILHERME GUIMARÃES é sócio da Ativa Esporte, consultoria em esporte com experiência em ativação de patrocínio e ações digitais. De novembro de 2013 a janeiro de 2015, foi head de esporte do Twitter Brasil Rede social vira meio de engajamento para marcas A transformação da presença digital em receita foi tema de um workshop na SportsFest. No debate, ficou clara a necessidade de uma presença constante nas redes sociais e no uso do esporte para as marcas se engajarem com o público. As empresas têm, cada vez mais, buscado nos seus patrocinados fonte de inovação e criatividade. Mas a receita não virá automaticamente dos canais digitais das instituições, e sim da criação de novas propriedades, mais engajadoras, e que aproximem os patrocinadores dos torcedores. Sem controlar a performance esportiva, as instituições são criativas para se comunicar com o público, o que as tornam bom meio para as marcas. 5