Janeiro a Março / 2011
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- Carlos Bandeira Valgueiro
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1 Relatório Trimestral de Monitoramento da Qualidade da Água Correspondente ao Programa de Monitoramento Limnológico e da Qualidade da Água Superficial na Área de Influência da UHE São José Janeiro a Março / 2011 Abril/2011
2 APRESENTAÇÃO Este documento apresenta os resultados do monitoramento limnológico e da qualidade das águas superficiais na área de influência da UHE São Josén o período de janeiro a março de Este relatório foi elaborado pela ABG Engenharia e Meio Ambiente, e contou com a participação da seguinte equipe técnica: Alexandre Bugin Diretor Engenheiro Agrônomo CREA RS Marcos Vinicius Daruy Biólogo CRBio D Ana Alice John Engenheira Química CREA RS Gisele Andreazza Laporte Bióloga CRBio D 2 UHE SÃO JOSÉ - RELATÓRIO TRIMESTRAL DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS PÓS-ENCHIMENTO 2011
3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO OBJETIVOS METODOLOGIA Localização das Estações de Amostragem Procedimentos de Coleta, Preservação e Análise Coletas para análise das comunidades planctônicas Índices de Qualidade da Água Índice de Qualidade da Água IQA Índice de Qualidade de Água de Reservatórios IQAR Construção dos Gráficos RESULTADOS E DISCUSSÃO Parâmetros Físico-Químicos Temperatura da Água e Oxigênio Dissolvido Demanda Bioquímica de Oxigênio E Demanda quimica de oxigênio ph Turbidez Condutividade Elétrica Sólidos Dissolvidos Totais Nutrientes Principais Fósforo Total Série do Nitrogênio Parâmetros Biológicos Coliformes Termotolerantes Clorofila a Índices de Qualidade da Água IQA IQAR Comunidades Plantônicas Fitoplâncton Zooplâncton CONCLUSÃO REFERÊNCIAS ANEXO I LAUDOS DAS ANÁLISES DOS PARÂMETROS FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS UHE SÃO JOSÉ - RELATÓRIO TRIMESTRAL DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS PÓS-ENCHIMENTO 2011
4 1. INTRODUÇÃO O Programa de Monitoramento Limnológico e de Qualidade da Água é um dos Programas do Meio Físico do Projeto Básico Ambiental (PBA), que integra o licenciamento ambiental da UHE São José. Em outubro de 2008 iniciaram as campanhas do Programa de Monitoramento Limnológico e Qualidade da Água, com amostragem em cinco estações no rio Ijuí, em sua área de influência. Durante o enchimento do reservatório, que ocorreu entre os meses de novembro e dezembro de 2010, foram realizadas três campanhas de amostragem. Em janeiro de 2011 iniciaram as campanhas correspondentes ao período de pós-enchimento. Até o momento, foram realizadas três campanhas mensais, com análise de parâmetros físicos, químicos, biológicos e de comunidades planctônicas, em oito estações de amostragem. As coletas e análises laboratoriais estão sendo realizadas por laboratório habilitado e cadastrado na FEPAM. O presente relatório descreve os procedimentos e apresenta os resultados obtidos nas três campanhas realizadas no período de pós-enchimento do reservatório da UHE São José. 2. OBJETIVOS Este trabalho tem como objetivo caracterizar a qualidade da água no trecho de influência da UHE São José, no período de pré-enchimento do reservatório. Os objetivos específicos deste relatório são: - apresentar os resultados obtidos nas campanhas realizadas no primeiro trimestre de 2011; - realizar a análise interpretativa dos resultados; - classificar as estações de amostragem de acordo com a Resolução Conama 357/05; - avaliar a qualidade da água superficial nas estações monitoradas, através da metodologia IQA (COMITESINOS, 1990), e a qualidade da água do reservatório, através da metodologia IQAR (IAP, 2003). 3. METODOLOGIA 4 UHE SÃO JOSÉ - RELATÓRIO TRIMESTRAL DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS PÓS-ENCHIMENTO 2011
5 3.1 LOCALIZAÇÃO DAS ESTAÇÕES DE AMOSTRAGEM A localização das estações de amostragem na área de influência da UHE São José está apresentada a seguir: - SJ4 localizada no rio Ijuí, a montante do empreendimento, utilizada como estação de controle; - SJ7 localizada no reservatório, a jusante da foz do arroio Lajeado Cerro Azul; - SJ3 localizada no reservatório, a jusante da foz do arroio Encantado; - SJ5 localizada no reservatório, no braço lateral, próximo a linha São Antônio; - SJ6 localizada no reservatório, no braço lateral, no Fundão do rio Ijuí - SJ2 localizada no reservatório, a montante do barramento. Estação amostrada em profundidades. - SJ1 localizada no rio Ijuí, a jusante do barramento. - Arroio Encantado localizada no braço formado pelo alagamento do Arroio Encantado. A figura 1 apresenta a localização das oito estações de amostragem. 5 UHE SÃO JOSÉ - RELATÓRIO TRIMESTRAL DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS PÓS-ENCHIMENTO 2011
6 A.Enc. A.Enc. Figura 1. Localização das estações de amostragem. UHE SÃO JOSÉ - RELATÓRIO TRIMESTRAL DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO EDA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS PÓS-ENCHIMENTO 2011
7 3.2 PROCEDIMENTOS DE COLETA, PRESERVAÇÃO E ANÁLISE Chegou-se às estações de amostragem localizadas no reservatório através de veículo tracionado. Os parâmetros temperatura, oxigênio dissolvido, ph e condutividade foram medidos in loco com analisador de campo e uma sonda com 15 m de comprimento. As substâncias utilizadas como preservantes para as respectivas análises foram adicionadas aos frascos ao final de cada coleta, assim como as amostras foram acondicionadas no gelo para sua conservação. As análises físico-químicas foram realizadas segundo os métodos padronizados pelo Standard Methods for Examination of Water and Wastewaters (1998). A metodologia utilizada, os limites de detecção e os resultados são apresentados na Tabela 1. Tabela 1 - Metodologia de análise e limite de detecção. Ensaio Unidade Metodologia L.D. Clorofila "a" µg /L Standard Methods H 0,01 Condutividade a 25 C µs/cm Standard Methods 2510 B 0,3 D.B.O., 5 dias mg O 2 /L Standard Methods B 1,0 DQO mg /L Standard Methods D mod 5,0 Fitoplâncton - Simples Org/ml Microscopia 1,0 Fosfato Total mg PO 4 /L Standard Methods 4500 P D 0,03 Fósforo Total mg P/L Standard Methods 4500 P D 0,01 Coliformes Fecais N.M.P./100 ml Standard Methods 9221 E 1,0 Coliformes Totais N.M.P./100 ml Standard Methods 9223 B 1,0 Nitratos mg NO - 3 /L NBR Setembro/1992 0,05 Nitritos mg NO - 2 /L Standard Methods 4500 NO2 B 0,01 Nitrogênio Amoniacal mg N/L Standard Methods 4500 NH3 C 18ª 0,02 Nitrogênio Total Kjeldahl mg N/L Standard Methods 4500 NH3 C 18ª 0,02 Oxigênio Dissolvido mg O 2 /L Standard Methods 4500 O2 C 0,2 ph N.A. Standard Methods 4500 H+ B 1,0 Sólidos Sedimentáveis ml /L Standard Methods 2540 F 0,1 Sólidos Suspensos mg/l Standard Methods 2540 D, E 1,0 Sólidos Totais Dissolvidos mg/l Standard Methods 2540 B 1,0 Temperatura da amostra C Termometria 0,5 Transparência Secchi m Disco de Secchi 0,1 Turbidez N.T.U. Standard Methods 2130 B 1,0 Zooplâncton Org/L Microscopia 1,0 UHE SÃO JOSÉ - RELATÓRIO TRIMESTRAL DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS PÓS-ENCHIMENTO
8 3.2.1 COLETAS PARA ANÁLISE DAS COMUNIDADES PLANCTÔNICAS As amostras para fitoplâncton foram coletadas a 30 cm de profundidade, com auxílio de uma haste com 1,6m de comprimento. A amostragem de zooplâncton foi realizada utilizando uma rede cônica de 1,8 m de comprimento e malha de 54 mm. Cem litros de água (10 baldes de 10 litros) foram concentrados por filtração na rede e reduzidos a um volume de 250 ml. A preservação foi feita adicionando-se açúcar e, depois de alguns minutos, formol 0,4%. As substâncias utilizadas como preservantes para as respectivas análises foram adicionadas aos frascos contendo as amostras, no local da amostragem. 3.3 ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA ÍNDICE DE QUALIDADE DA ÁGUA IQA O Índice de Qualidade da Água (IQA) permite que o público leigo compreenda melhor o nível de qualidade na qual o corpo d água se encontra. Este índice é expresso através de um valor numérico que varia de 0 a 100, sendo 100 o índice de melhor qualidade. O cálculo do IQA foi realizado pela Laborquímica Laboratório de Análises Químicas. Foram considerados para esse índice as características de oxigênio dissolvido de saturação (OD sat ), ph, demanda bioquímica de oxigênio (DBO), nitrato (NO 3 ), fósforo total (P), turbidez, sólidos totais e coliformes fecais. A interpretação do valor do IQA através das faixas de qualidade é apresentada na Tabela 2. Tabela 2 - Faixas de qualidade para o IQA Faixas do IQA Classificação da qualidade da água 0-25 Muito ruim Ruim Regular Bom Excelente ÍNDICE DE QUALIDADE DE ÁGUA DE RESERVATÓRIOS IQAR O IQAR foi desenvolvido pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP). O sistema IQAR define a existência de seis classes de qualidade da água em função do nível de comprometimento, conforme descrito a seguir. 8 UHE SÃO JOSÉ - RELATÓRIO TRIMESTRAL DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS PÓS-ENCHIMENTO 2011
9 Classe I (0-1,50): não impactado a muito pouco degradado - Corpos d'água sempre com saturação de oxigênio, baixa concentração de nutrientes, concentração de matéria orgânica muito baixa, alta transparência das águas, densidade de algas muito baixa, normalmente com pequeno tempo de residência das águas e/ou grande profundidade média. Classe II (1,51-2,50): pouco degradado. Corpos d'água com pequena entrada de nutrientes orgânicos e inorgânicos e matéria orgânica, pequena depleção de oxigênio dissolvido, transparência das águas relativamente alta, baixa densidade de algas, normalmente com pequeno tempo de residência das águas e/ou grande profundidade média. Classe III (2,51-3,50): moderadamente degradado. Corpos d'água que apresentam um déficit de oxigênio dissolvido na coluna de água podendo ocorrer anoxia na camada de água próxima ao fundo, em determinados períodos, entrada considerável de nutrientes e matéria orgânica, grande variedade e densidade de algumas destas espécies de algas, sendo que algumas espécies podem ser predominantes, tendência moderada a eutrofização, tempo de residência das águas considerável. Classe IV (3,51-4,50): criticamente degradado a poluído. Corpos d'água com entrada de matéria orgânica capaz de produzir uma depleção crítica nos teores de oxigênio dissolvido da coluna d'água, possibilidade de ocorrerem mortandade de peixes em alguns períodos de acentuado déficit de oxigênio dissolvido, entrada de carga considerável de nutrientes, alta tendência a eutrofização, ocasionalmente com desenvolvimento maciço de populações de algas, ocorrência de reciclagem de nutrientes, baixa transparência das águas associada principalmente à moderada densidade de algas. Classe V (4,51-5,50): muito poluído. Corpos d'água com altas concentrações de matéria orgânica geralmente com baixas concentrações de oxigênio dissolvido, alto "input" e reciclagem de nutrientes, corpos de água eutrofizados, com florações de algas que freqüentemente cobrem grandes extensões da superfície da água, o que limita a transparência das águas. Classe VI (>5,51): extremamente poluído. Corpos d'água com condições bióticas seriamente restritas, resultantes de severa poluição por matéria orgânica ou outras substâncias consumidoras de oxigênio dissolvido, sendo que ocasionalmente ocorrem processos de anoxia em toda coluna de água, entrada e reciclagem de nutrientes muito alta, corpos d'água hipereutróficos, com florações de algas cobrindo toda a massa de água, eventual presença de substâncias tóxicas. O IQAR foi calculado segundo a equação a seguir: 9 UHE SÃO JOSÉ - RELATÓRIO TRIMESTRAL DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS PÓS-ENCHIMENTO 2011
10 IQAR = w Onde: w i = peso do parâmetro q i = índice de qualidade em função do valor do parâmetro O Quadro 4 apresenta a matriz de qualidade para cálculo do IQAR, e o Quadro 5, os pesos relativos a cada parâmetro. i w * q i i Tabela 3 - Matriz de qualidade do IQAR. Variáveis Classe I Classe II Classe III Classe IV Classe V Classe VI Déficit de O.D. (%) < > 70 Fósforo total (mg/l) < 0,010 0,011-0,0025 0,026-0,040 0,041-0,086 0,086-0,210 >0,210 Nitrogênio inorgânico total (mg/l) <0,05 0,06-0,15 0,16-0,25 0,26-0,60 0,61-2,00 >2,00 Clorofila a (mg/m 3 ) <1,5 1,5-3,0 3,1-5,0 5,1-10,0 11,0-32,0 >32 Disco de Secchi (m) >3 3-2,3 2,2-1,2 1,1-0,6 0,5-0,3 <0,3 DQO (mg/l) < >30 Tempo residência (dias) < >550 Profundidade média (m) > ,1 3-1,1 <1 Fitoplâncton (Abundância e diversidade de espécies) pobre (abundân -cia) baixa (abundância) alta (abundância) alta (diversidade) moderada (diversidade) reduzida (diversidade) muito reduzida (diversidade) Fitoplâncton (florações) sem sem sem ocasional freqüente permanente Tabela 4 - Pesos atribuídos aos parâmetros do IQAR. Parâmetros Pesos (Wi) Déficit de O.D. (%) 17 Fósforo total (mg/l) 12 Nitrogênio inorgânico total (mg/l) 08 Clorofila a (mg/m3) 15 Transparência - Profundidade disco de Secchi (m) 12 DQO (mg/l) 12 Tempo de residência (dias) 10 Profundidade média (m) 06 Fitoplâncton (abundância, diversidade e florações) CONSTRUÇÃO DOS GRÁFICOS Para a elaboração dos gráficos optou-se pelas seguintes diretrizes: - para valores detectados pela análise, mas que ficaram abaixo do limite de quantificação, considerou-se o valor deste limite, considerando a pior hipótese possível em algumas variáveis; 10 UHE SÃO JOSÉ - RELATÓRIO TRIMESTRAL DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS PÓS-ENCHIMENTO 2011
11 - os gráficos foram construídos separadamente para cada ponto a fim de evitar uma sobreposição que pudesse atrapalhar a interpretação dos dados, porém foi utilizada a mesma escala para possibilitar a comparação dos valores entre os pontos. - disposição dos gráficos de forma que o primeiro representa a estação de amostragem de montante (SJ4) e o penúltimo, a estação de jusante SJ1 no rio Ijuí. Por fim, o gráfico da estação arroio Encantado, por não estar localizada no leito principal do rio Ijuí. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os laudos laboratoriais do período a que se refere este relatório são apresentados no Anexo I. 4.1 PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS TEMPERATURA DA ÁGUA E OXIGÊNIO DISSOLVIDO O oxigênio dissolvido é empregado como padrão de classificação para águas naturais conforme Resolução Conama 357/05, que estabelece que a concentração desse elemento não pode ser inferior a 6 mg/l em águas doces Classe 1, 5 mg/l em águas doces Classe 2, 4 mg/l em águas doces Classe 3 e 2 mg/l para águas doces Classe 4. A temperatura a água não é parâmetro de classificação para águas naturais, segundo essa Resolução. A variação temporal dos dados das campanhas pode ser visualizada nos gráficos apresentados na Figura 2. Como a concentração de oxigênio dissolvido está associada à temperatura da água, os gráficos apresentam a variação observada nesses dois parâmetros. 11 UHE SÃO JOSÉ - RELATÓRIO TRIMESTRAL DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS PÓS-ENCHIMENTO 2011
12 OD (mg/l) SJ4 jan/11 fev/11 mar/ Temp ( C) OD (mg/l) SJ7 jan/11 fev/11 mar/ Temp ( C) SJ3 SJ5 OD (mg/l) jan/11 fev/11 mar/ Temp ( C) OD (mg/l) jan/11 fev/11 mar/ Temp ( C) OD (mg/l) SJ6 jan/11 fev/11 mar/ Temp ( C) OD (mg/l) SJ2 jan/11 fev/11 mar/ Temp ( C) SJ1 Arroio Encantado OD (mg/l) jan/11 fev/11 mar/ Temp ( C) OD (mg/l) jan/11 fev/11 mar/ Temp ( C) Figura 2 - Variação temporal de oxigênio dissolvido (linha verde) e da temperatura (linha azul) nas estações de amostragem. 12 UHE SÃO JOSÉ - RELATÓRIO TRIMESTRAL DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS PÓS-ENCHIMENTO 2011
13 No rio Ijuí pode-se observar que as temperaturas, frequentemente em torno de 25 C são típicas do período do verão, não sendo observadas variações anômalas ou decorrentes de poluição térmica. Quanto ao oxigênio dissolvido, as concentrações foram mais baixas em janeiro, classificando as estações SJ3 e SJ5 em classe 3 (4,38 mg/l e 4,28 mg/l, respectivamente), e a SJ1 em classe 4 (3,57 mg/l). Nas demais estações, o OD apresentou concentrações satisfatórias, dentro dos limites de classe 1 e 2. Em fevereiro e março, foi observada uma melhora nas concentrações, atendendo os limites de classe 1 e DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO E DEMANDA QUIMICA DE OXIGÊNIO A DBO é empregada como padrão de classificação para águas naturais conforme Resolução Conama 357/2005. Nesta Resolução está estabelecido que a DBO deve apresentar valores inferiores a 3 mg/l O 2 em águas doces Classes 1, 5 mg/l O 2 em águas doces Classe 2 e 10 mg/l O 2 em águas doces Classe 3. A Resolução Conama 357/05 não apresenta especificações para este parâmetro. A Figura 3 apresenta os gráficos com as variações das concentrações de DBO e DQO nas estações de amostragem. 30 SJ4 30 SJ mg O 2 /L mg O2/L Jan-11 Fev-11 Mar-11 0 jan-11 fev-11 mar UHE SÃO JOSÉ - RELATÓRIO TRIMESTRAL DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS PÓS-ENCHIMENTO 2011
14 SJ3 SJ mg O2/L mg O 2 /L jan/11 fev/11 mar/11 0 Jan-11 Fev-11 Mar-11 SJ6 SJ mg O 2 /L mg O 2 /L Jan-11 Fev-11 Mar-11 0 jan/11 fev/11 mar/11 SJ1 Arroio Encantado mg O 2 /L mg O 2 /L jan/11 fev/11 mar/11 0 jan/11 fev/11 mar/11 Figura 3 - Variação temporal de DBO (linha verde) e DQO (linha azul) nas estações de amostragem. A amostra coletada em janeiro na estação SJ7 apresentou a maior concentração de DBO do período monitorado, sendo classificada em classe 4 (13 mg/l). As estações SJ5 e SJ6 foram classificadas em classe 2 no mesmo período (4,0 e 4,7 mg/l, respectivamente). Nas campanhas seguintes, os valores de DBO foram mais baixos, inferiores a 3,0 mg/l em todas as estações monitoradas, atendendo os limites de classe 1. Em relação a DQO, houve uma tendência a redução nas concentrações a partir em março, após picos de até 51 mg/l (SJ1, em janeiro). 14 UHE SÃO JOSÉ - RELATÓRIO TRIMESTRAL DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS PÓS-ENCHIMENTO 2011
15 4.1.3 PH A Resolução Conama 357/05 estabelece que os valores de ph não devem ser inferiores a 6 e superiores a 9 para águas doces classes 1, 2, 3 e 4. Não foram observadas variações significativas no ph das amostras do rio Ijuí, apenas uma tendência de redução no ph ao longo do tempo. As amostras apresentaram ph acima de 7,2, indicando comportamento levemente alcalino das águas, exceto o Arroio Encantado, que variou de alcalino (janeiro) a levemente ácido (março). Todas as estações de amostragem atendem os limites da Resolução Conama 357/05 para Classes 1, 2, 3 e 4 (figura 4), nas três campanhas de monitoramento. SJ4 SJ ph ph jan/11 fev/11 mar/11 5 jan/11 fev/11 mar/11 SJ3 SJ ph ph jan/11 fev/11 mar/11 5 jan/11 fev/11 mar/11 15 UHE SÃO JOSÉ - RELATÓRIO TRIMESTRAL DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS PÓS-ENCHIMENTO 2011
16 SJ SJ ph ph jan/11 fev/11 mar/11 5 jan/11 fev/11 mar/11 SJ1 Arroio Encantado ph ph jan/11 fev/11 mar/11 5 jan/11 fev/11 mar/11 Figura 4 - Variação temporal do ph nas estações de amostragem TURBIDEZ A turbidez da água é empregada como padrão de classificação para águas naturais conforme Resolução Conama 357/2005. Nesta Resolução está estabelecido que a turbidez não pode ser superior a 40 NTU para águas doces Classe 1 e 100 NTU para águas doces Classes 2 e 3. Os gráficos da Figura 5 apresentam os resultados de turbidez nas estações de amostragem ao longo do período monitorado. 16 UHE SÃO JOSÉ - RELATÓRIO TRIMESTRAL DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS PÓS-ENCHIMENTO 2011
17 90 SJ4 90 SJ Turbidez (N.T.U.) Turbidez (N.T.U.) jan/11 fev/11 mar/11 0 jan/11 fev/11 mar/11 90 SJ3 90 SJ Turbidez (N.T.U.) Turbidez (N.T.U.) jan/11 fev/11 mar/11 0 jan/11 fev/11 mar/11 90 SJ6 90 SJ Turbidez (N.T.U.) Turbidez (N.T.U.) jan/11 fev/11 mar/11 0 jan/11 fev/11 mar/11 SJ1 Arroio Encantado Turbidez (N.T.U.) Turbidez (N.T.U.) jan/11 fev/11 mar/11 0 jan/11 fev/11 mar/11 Figura 5 - Variação temporal da turbidez nas estações de amostragem. 17 UHE SÃO JOSÉ - RELATÓRIO TRIMESTRAL DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS PÓS-ENCHIMENTO 2011
18 Em janeiro e março de 2011, todas as estações apresentaram valores de turbidez inferiores a 33 NTU (classe 1). Em fevereiro, os valores acima de 44 NTU foram registrados a partir de montante, classificando as estações SJ4, SJ7, SJ3, SJ5 e SJ6 em classe 2; e as estações SJ2, SJ1 e Arroio Encantado apresentaram concentrações inferiores a 39 NTU, compatíveis a classe CONDUTIVIDADE ELÉTRICA A Resolução Conama 357/05 não estabelece limites de concentração para condutividade elétrica. A condutividade elétrica apresentou variações discretas entre as estações de amostragem (figura 6). O maior valor de condutividade observado foi de 84,6 µs/cm no Arroio Encantado na campanha de janeiro de Condutividade (µs/cm) SJ4 Condutividade (µs/cm) SJ jan/11 fev/11 mar/11 0 jan/11 fev/11 mar/11 Condutividade (µs/cm) SJ3 Condutividade (µs/cm) SJ jan/11 fev/11 mar/11 0 jan/11 fev/11 mar/11 18 UHE SÃO JOSÉ - RELATÓRIO TRIMESTRAL DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS PÓS-ENCHIMENTO 2011
19 Condutividade (µs/cm) SJ6 Condutividade (µs/cm) SJ jan/11 fev/11 mar/11 0 jan/11 fev/11 mar/11 SJ1 Arroio Encantado Condutividade (µs/cm) Condutividade (µs/cm) jan/11 fev/11 mar/11 0 jan/11 fev/11 mar/11 Figura 6 - Variação temporal da condutividade elétrica nas estações de amostragem SÓLIDOS DISSOLVIDOS TOTAIS O parâmetro sólidos dissolvidos totais é empregado como padrão de classificação para águas naturais conforme Resolução 357/05 do Conama, não podendo ser superior a 500 mg/l para as classes 1, 2 e 3. Todos os pontos foram classificados em classe 1 de qualidade de água segundo a Resolução Conama 357/05, durante todo o período avaliado, com valores bastante inferiores ao limite estabelecido na resolução. As concentrações foram sempre inferiores a 92 mg/l, sendo os picos em janeiro e março de Os resultados gráficos são apresentados na figura UHE SÃO JOSÉ - RELATÓRIO TRIMESTRAL DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS PÓS-ENCHIMENTO 2011
20 100 SJ4 100 SJ mg/l mg/l jan/11 fev/11 mar/11 0 jan/11 fev/11 mar/11 mg/l SJ3 mg/l SJ jan/11 fev/11 mar/11 0 jan/11 fev/11 mar/11 mg/l SJ6 mg/l SJ jan/11 fev/11 mar/11 0 jan/11 fev/11 mar/ SJ1 100 Arroio Encantado mg/l mg/l jan/11 fev/11 mar/11 0 jan/11 fev/11 mar/11 Figura 7 - Variação temporal das concentrações de sólidos dissolvidos totais nas estações de amostragem. 20 UHE SÃO JOSÉ - RELATÓRIO TRIMESTRAL DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS PÓS-ENCHIMENTO 2011
21 4.2 NUTRIENTES PRINCIPAIS FÓSFORO TOTAL O parâmetro fósforo total é empregado como padrão de classificação para águas naturais, conforme a Resolução Conama 357/05. A Tabela 3 apresenta os padrões estabelecidos pelo Conama para fósforo total, de acordo com o tipo de ambiente (lêntico, intermediário e lótico). As estações SJ4 e SJ1 são classificadas como ambientes lóticos, e as demais estações, ambientes intermediários. Tabela 4- Padrões de fósforo total para águas doces, segundo a Resolução Conama 357/05. Ambientes Classe 1 Classe 2 Classe 3 mg P/L Ambiente lêntico 0,020 0,030 0,05 Ambientes intermediários (tempo de residência entre 2 a 40 dias) e tributários diretos de ambientes lênticos 0,025 0,050 0,075 Ambientes lóticos e tributários diretos de ambientes intermediários 0,1 0,1 0,15 Os gráficos apresentados na Figura 8 apresentam a variação das concentrações de fósforo total nas estações de amostragem SJ SJ mg P/L mg P/L jan/11 fev/11 mar/ jan/11 fev/11 mar/11 SJ3 SJ mg P/L 0.15 mg P/L jan/11 fev/11 mar/ jan/11 fev/11 mar/11 21 UHE SÃO JOSÉ - RELATÓRIO TRIMESTRAL DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS PÓS-ENCHIMENTO 2011
22 0.30 SJ SJ mg P/L mg P/L jan/11 fev/11 mar/ jan/11 fev/11 mar/ SJ Arroio Encantado mg P/L mg P/L jan/11 fev/11 mar/ jan/11 fev/11 mar/11 Figura 8 - Variação temporal de fósforo total nas estações de amostragem. Nas campanhas realizadas no período de janeiro a março de 2011, o fósforo total apresentou concentrações elevadas em todas as estações de amostragem, com uma tendência de redução a partir da segunda campanha. Em janeiro, as estações em ambiente intermediário apresentaram concentrações entre 0,078 mg/l (SJ3 e arroio Encantado) e 0,212 mg/l (SJ6), e as estações em ambiente lótico, de 0,084 mg/l (SJ4) e 0,203 mg/l (SJ1). Em fevereiro, a máxima foi registrada na estação SJ7 (0,30 mg/l), e as mínimas de 0,06 e 0,1 mg/l (SJ1 e SJ4, respectivamente). Em março, não foram observadas variações significativas entre as estações de amostragem, com valores médios de 0,15 mg/l em ambiente intermediário, e de 0,06 mg/l (SJ1) e 0,13 mg/l (SJ4) em ambiente lótico. O fósforo foi o principal motivo de classificação das estações de monitoramento em classe 4, especialmente nas estações localizadas em ambientes intermediários. Considerando a qualidade da água para dessedentação animal, a Resolução Conama estabelece que águas doces classes 1, 2 e 3 podem ser destinadas para este uso. Apesar da classificação das estações em classe 4, não se conhece na literatura limites de concentração para o parâmetro fósforo total em relação a efeitos nocivos para consumo animal. 22 UHE SÃO JOSÉ - RELATÓRIO TRIMESTRAL DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS PÓS-ENCHIMENTO 2011
23 4.2.2 SÉRIE DO NITROGÊNIO O nitrogênio pode ser encontrado em diversas formas como amônio, amônia, nitrito e nitrato, sendo o nitrato a forma mais oxidada NITRATO A concentração de nitrato deve apresentar valores inferiores a 10 mg/l N em águas doces Classes 1, 2 e 3, segundo a Resolução Conama 357/05. Os gráficos da Figura 9 apresentam a variação das concentrações de nitratos ao longo do tempo, nas estações de amostragem. SJ4 SJ mg/l 1.5 mg/l jan/11 fev/11 mar/11 0 jan/11 fev/11 mar/11 SJ3 SJ mg/l 1.5 mg/l jan/11 fev/11 mar/11 0 jan/11 fev/11 mar/11 23 UHE SÃO JOSÉ - RELATÓRIO TRIMESTRAL DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS PÓS-ENCHIMENTO 2011
24 3 SJ6 3 SJ mg/l 1.5 mg/l jan/11 fev/11 mar/11 0 jan/11 fev/11 mar/11 SJ1 Arroio Encantado mg/l 1.5 mg/l jan/11 fev/11 mar/11 0 jan/11 fev/11 mar/11 Figura 9 - Variação temporal de nitratos nas estações de amostragem. As amostras coletadas ao longo do rio Ijuí apresentaram baixas concentrações de nitratos, bem como o arroio Encantado. A maior concentração do período foi registrada em março na estação SJ7 (2,6 mg/l). Nas três campanhas realizadas, todas as estações atendem os limites das classes 1, 2 e 3 estabelecidos pela Resolução Conama 357/ NITRITOS E NITROGÊNIO AMONIACAL Segundo a Resolução Conama 357/05, a concentração de nitrito deve apresentar valores inferiores a 1,0 mg/l para águas doces Classes 1, 2 e 3. Quanto ao nitrogênio amoniacal, a Resolução estabelece os limites de concentração de acordo com a faixa de ph da água (Tabela 4). Tabela 5 - Padrões de qualidade de águas doces segundo a Resolução Conama 357/05, para nitrogênio amoniacal. Faixa de ph Classes 1 e 2 Classe 3 <7,5 3,7 mg/l N-NH 3 13,3 mg/l N-NH 3 7,5-8,0 2,0 mg/l N-NH 3 5,6 mg/l N-NH 3 8,0-8,5 1,0 mg/l N-NH 3 2,2 mg/l N-NH 3 >8,5 0,5 mg/l N-NH 3 1,0 mg/l N-NH 3 24 UHE SÃO JOSÉ - RELATÓRIO TRIMESTRAL DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS PÓS-ENCHIMENTO 2011
25 Os gráficos da Figura 10 apresentam a variação das concentrações de nitritos e nitrogênio amoniacal ao longo do tempo, nas estações de amostragem. 0.2 SJ4 0.2 SJ mg/l 0.1 mg/l jan/11 fev/11 mar/11 0 jan/11 fev/11 mar/ SJ3 0.2 SJ mg/l 0.1 mg/l jan/11 fev/11 mar/11 0 jan/11 fev/11 mar/ SJ6 0.2 SJ mg/l 0.1 mg/l jan/11 fev/11 mar/11 0 jan/11 fev/11 mar/11 SJ1 Arroio Encantado mg/l 0.1 mg/l jan/11 fev/11 mar/11 0 jan/11 fev/11 mar/11 Figura 10 - Variação temporal de nitritos (linha azul) e nitrogênio amoniacal (linha verde) nas estações de amostragem. 25 UHE SÃO JOSÉ - RELATÓRIO TRIMESTRAL DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS PÓS-ENCHIMENTO 2011
26 O parâmetro nitrito foi detectado em baixas concentrações nas três campanhas de pós enchimento, com valores predominantemente inferiores a 0,05 mg/l. Os valores mais altos ocorreram em janeiro, com máxima de 0,77 mg/l a montante do reservatório (SJ4). Os resultados obtidos estão em ordem de grandeza bastante inferior ao estabelecido pelo Conama para águas doces classes 1, 2 e 3. Quanto às concentrações de nitrogênio amoniacal, os valores permaneceram estáveis e inferiores a 0,1 mg/l (limite de quantificação adotado pelo laboratório a partir de fevereiro). Todos as estações atenderam os limites estabelecidos pelo Conama para águas doces Classes 1 e 2. Considerando as condições satisfatórias de oxigênio dissolvido obtidas na maioria das amostras, não são observados picos de nitrogênio amoniacal, isto é, observa-se a predominância do nitrato dentre demais formas nitrogenadas. 4.3 PARÂMETROS BIOLÓGICOS COLIFORMES TERMOTOLERANTES Para coliformes termotolerantes, a Resolução Conama 357/05 determina o mínimo de seis amostragens durante o período de um ano para realizar a classificação, porém a título de ilustração será realizada a classificação. A Figura 11 apresenta as variações de coliformes termotolerantes ao longo do tempo, nas estações de amostragem. Como o parâmetro foi muito variável, optou-se por apresentar os gráficos em escala logarítmica para melhor visualização dos resultados. 26 UHE SÃO JOSÉ - RELATÓRIO TRIMESTRAL DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS PÓS-ENCHIMENTO 2011
27 SJ4 SJ N.M.P./100 ml N.M.P./100 ml jan/11 fev/11 mar/11 1 jan/11 fev/11 mar/11 SJ3 SJ N.M.P./100 ml N.M.P./100 ml jan/11 fev/11 mar/11 1 jan/11 fev/11 mar/11 SJ6 SJ N.M.P./100 ml N.M.P./100 ml jan/11 fev/11 mar/11 1 jan/11 fev/11 mar/11 SJ1 Arroio Encantado N.M.P./100 ml N.M.P./100 ml jan/11 fev/11 mar/11 1 jan/11 fev/11 mar/11 Figura 11 - Variação temporal de coliformes fecais (linha verde) e coliformes totais (linha azul) nas estações de amostragem. 27 UHE SÃO JOSÉ - RELATÓRIO TRIMESTRAL DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS PÓS-ENCHIMENTO 2011
28 As amostras da área de influência da UHE São José apresentaram baixas concentrações de coliformes termotolerantes, com valores predominantemente inferiores a 200 NMP/100 ml, compatíveis a água doce classe 1. A concentração máxima do período foi registrada em janeiro, de 300 NMP/100 ml no arroio Encantado, seguido da estação SJ5, com 260 NMP/100 m, sendo esses locais classificados em classe 2 nessa campanha CLOROFILA A A clorofila a é empregada como padrão de classificação para águas naturais conforme Resolução Conama 357/2005 que estabelece que a concentração deste parâmetro em águas doces não pode ser superior a 10 µg/l (10 mg/ m 3 ) para Classe 1, 30 µg/l para Classe 2 e 60 µg/l (60 mg/ m 3 ) para Classe 3. As concentrações de clorofila a variaram de maneira semelhante nas estações de monitoramento, e de maneira geral apresentaram baixas concentrações. Para esse parâmetro, todas as estações monitoradas atendem os limites de classe 1, sendo o pico observado na estação arroio Encantado em março (7 µg/l). A maioria das amostras apresentou concentrações inferiores ao limite de quantificação do método de análise (3 µg/l). Os resultados gráficos são apresentados na figura SJ4 7.5 SJ ug/l ug/l jan/11 fev/11 mar/ jan/11 fev/11 mar/ SJ3 7.5 SJ ug/l ug/l jan/11 f ev/11 mar/ jan/11 fev/11 mar/11 28 UHE SÃO JOSÉ - RELATÓRIO TRIMESTRAL DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS PÓS-ENCHIMENTO 2011
29 ug/l SJ6 jan/11 fev/11 mar/11 ug/l SJ2 jan/11 fev/11 mar/ SJ Arroio Encantado 6 6 ug/l ug/l jan/11 fev/11 mar/ jan/11 fev/11 mar/11 Figura 12 - Variação temporal de clorofila a nas estações de amostragem. 4.1 ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA IQA Os resultados da aplicação do IQA na área de influência da UHE São José, no rio Ijuí, indicam diferentes condições de qualidade ao longo do período monitorado. Valores dentro da faixa de qualidade regular foram mais frequentes. Qualidade ruim foi obtida em quatro estações em janeiro (SJ7, SJ3, SJ5 e SJ1), e em março na estação SJ1. A estação SJ4 apresentou boa qualidade nas três campanhas de pós-enchimento, e a SJ2, nas campanhas de janeiro e fevereiro. A Tabela 6 apresenta o resumo da classificação obtida pela aplicação do IQA e o gráfico da Figura 13 apresenta variação do índice nas estações de amostragem. Tabela 6 Classificação das estações de amostragem a partir da aplicação do IQA. Estação Campanha jan/11 fev/11 mar/11 SJ4 Boa Boa Boa SJ7 Ruim Regular Regular SJ3 Ruim Boa Boa 29 UHE SÃO JOSÉ - RELATÓRIO TRIMESTRAL DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS PÓS-ENCHIMENTO 2011
30 Estação Campanha jan/11 fev/11 mar/11 SJ5 Ruim Regular Regular SJ6 Regular Regular Regular SJ2 Boa Boa Regular SJ1 Ruim Regular Ruim A.ENC. Regular Boa Regular Figura 13 - Variação temporal de IQA nas estações de amostragem IQAR Os resultados da aplicação do IQAR no reservatório da UHE São José são apresentados na Tabela 6. Em janeiro, o reservatório foi classificado em classe III (moderadamente degradado) e nas campanhas seguintes, classe II (pouco degradado). Corpos d água classe II apresentam pequena entrada de nutrientes orgânicos e inorgânicos e matéria orgânica, pequena depleção de oxigênio dissolvido, transparência das águas relativamente alta e baixa densidade de algas. Já corpos d'água classe III apresentam um déficit de oxigênio dissolvido na coluna de água, entrada considerável de nutrientes e matéria orgânica, grande variedade e densidade de algumas espécies de algas e tendência moderada a eutrofização. Tabela 7 Classificação do reservatório da UHE São José a partir da aplicação do IQAR. Campanha IQAR jan-11 3,05 Classe III fev-11 2,41 Classe II mar-11 2,14 Classe II 30 UHE SÃO JOSÉ - RELATÓRIO TRIMESTRAL DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS PÓS-ENCHIMENTO 2011
31 4.2 COMUNIDADES PLANTÔNICAS O entendimento das alterações na estrutura e diversidade das comunidades bióticas decorrentes do impacto de represamentos constitui condição fundamental para a conservação desses sistemas represados (Bicudo et al., 2005). Ainda segundo os mesmos autores, os dados sobre a composição do fitoplâncton podem ser bons indicadores do tipo de represamento (tempo de residência, tamanho, profundidade), bem como das mudanças nas condições de trofia. Também por ser autotrófico obrigatório, o fitoplâncton é o grupo de organismos que dá as respostas mais rápidas de incremento quantitativo de densidade, à medida que ocorre a decomposição da vegetação submergida. E com o aumento da abundância do fitoplâncton sucedem-se aumentos também de protozoários, micro-crustáceos e zooplâncton FITOPLÂNCTON A densidade de organismos nas amostras apresenta crescimento progressivo, com densidade variando de 4,1 a 228,3 ind./ml em janeiro, 70 a ind./ml em fevereiro e de 321 a ind./ml, sendo que as maiores densidades nas campanhas de fevereiro e março foram obtidas no Arroio Encantado. As concentrações de cianobactérias atendem ao estabelecido pela Resolução Conama 357/05 para classes 1 e 2, exceto a estação arroio Encantado em março, classificada em classe 3. A variação da densidade por grupos de organismos fitoplanctônicos e estações de amostragem é apresentada resumidamente na Tabela 8 e os laudos de análise, no Anexo I.. 31 UHE SÃO JOSÉ - RELATÓRIO TRIMESTRAL DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS PÓS-ENCHIMENTO 2011
32 Tabela 8 - Densidade de grupos de organismos fitoplanctônicos nas estações de amostragem. DENSIDADE DE ORGANISMOS FITOPLANCTÔNICOS (ind./ml) Estação de Amostragem SJ4 SJ7 SJ3 SJ5 SJ6 SJ2 SJ2-M SJ2-F SJ1 A. ENC. jan-11 BACILLARIOPHYTA CHLOROPHYCEAE CYANOPHYCEAE EUGLENOPHYTA TOTAL JANEIRO fev-11 BACILLARIOPHYTA CHLAMYDOPHYCEAE CHLOROPHYCEAE CHRYSOPHYCEAE CRYPTOPHYCEAE CYANOPHYCEAE DINOPHYCEAE EUGLENOPHYCEAE XANTHOPHYCEAE ZYGNEMAPHYCEAE TOTAL FEVEREIRO mar-11 BACILLARIOPHYTA CHLAMYDOPHYCEAE CHLOROPHYCEAE CHRYSOPHYCEAE CRYPTOPHYCEAE CYANOPHYCEAE UHE SÃO JOSÉ - RELATÓRIO TRIMESTRAL DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS PÓS-ENCHIMENTO
33 DENSIDADE DE ORGANISMOS FITOPLANCTÔNICOS (ind./ml) Estação de Amostragem SJ4 SJ7 SJ3 SJ5 SJ6 SJ2 SJ2-M SJ2-F SJ1 A. ENC. DINOPHYCEAE EUGLENOPHYCEAE ZYGNEMAPHYCEAE TOTAL MARÇO UHE SÃO JOSÉ - RELATÓRIO TRIMESTRAL DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS PÓS-ENCHIMENTO 2011
34 4.2.2 ZOOPLÂNCTON A densidade de organismos nas amostras apresenta maior densidade nas campanhas realizadas em março de 2011, com densidade variando de 210 a 2531 ind./m³. (SJ2 e SJ4, respectivamente). Na primeira campanha, o zooplâncton esteve representado por organismos dos filos Protozoa e Rotifera, sendo os protozoários presentes em todas as amostras. Em fevereiro e março, os rotíferos foram os mais abundantes, seguido dos artrópodos. A variação da densidade por grupos de organismos zooplanctônicos e estações de amostragem é apresentada resumidamente na Tabela 9, e os laudos de análise, no Anexo I. Tabela 9 - Densidade de grupos de organismos zooplanctônicos nas estações de amostragem. FILOS DENSIDADE DE ORGANISMOS ZOOPLANCTÔNICOS (ind./m³) SJ2 SJ2 SJ4 SJ3 SJ7 SJ5 SJ6 SJ2 SJ1 A. ENC. M F jan/11 PROTOZOA ROTIFERA TOTAL JANEIRO fev/11 ARTHROPODA CALANOIDA ROTIFERA TOTAL FEVEREIRO mar/11 ARTHROPODA ROTIFERA TOTAL MARÇO UHE SÃO JOSÉ - RELATÓRIO TRIMESTRAL DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS PÓS-ENCHIMENTO
35 5. CONCLUSÃO Os parâmetros de qualidade da água avaliados durante o primeiro trimestre após o enchimento do reservatório da UHE São José apresentaram concentrações predominantemente dentro dos limites das Classes 1 e 2 da Resolução Conama 357/05. Entretanto, eventos de classe de qualidade inferior à classe 3 foram registrados quanto aos parâmetros oxigênio dissolvido (em janeiro nas estações SJ3 e SJ5), DBO (janeiro, na SJ7), turbidez (todas as estações em fevereiro, exceto SJ2, SJ1 e arroio Encantado). O fósforo total apresentou concentrações elevadas nas três campanhas, predominantemente classes 3 e 4. O rebaixamento de classe, em razão das concentrações de fósforo total, deve-se principalmente aos limites mais baixos estabelecidos para ambientes intermediários, como é o caso das estações localizadas no reservatório da UHE São José. Além disso, reservatórios recém formados tendem a apresentar maior concentração de nutrientes devido à degradação da matéria orgânica alagada. Outros nutrientes, da série do nitrogênio apresentaram baixas concentrações, semelhantes às obtidas durante o período de pré-enchimento. Os resultados para a aplicação do IQA na área de influência da UHE São José indicam diferentes condições de qualidade, com maior frequência de valores dentro da faixa de qualidade regular e boa. Qualidade ruim foi obtida em quatro estações em janeiro (SJ7, SJ3, SJ5 e SJ1), e em março na estação SJ1. A estação SJ4 apresentou boa qualidade nas três campanhas de pós-enchimento, e a SJ2, nas campanhas de janeiro e fevereiro. A aplicação do IQAR na estação mais profunda do reservatório (SJ2) resultou na classificação do reservatório em classe III em janeiro (moderadamente degradado), principalmente devido ao déficit de oxigênio dissolvido, às elevadas concentrações de fósforo total e a baixa transparência da água. Em fevereiro e março, houve uma melhora no índice, indicando reservatório pouco degradado (classe II), devido às melhores condições de oxigenação da água, bem como concentrações mais baixas de DBO e fósforo total. Os resultados do monitoramento das comunidades planctônicas indicaram o incremento da população presente nas amostras ao longo do tempo, com predominância de algas dos grupos Bacillariophyceae e Chlorophyceae. Quanto ao zooplâncton, organismos do grupo Rotifera foram os mais abundantes. A partir dos resultados obtidos durante o primeiro trimestre após o enchimento do reservatório da UHE São José, pode-se inferir que os eventos de alteração de qualidade se resumem basicamente às concentrações de fósforo total nas estações localizadas em 35 UHE SÃO JOSÉ - RELATÓRIO TRIMESTRAL DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS PÓS-ENCHIMENTO 2011
36 ambiente intermediário. Considerando a qualidade da água para dessedentação animal, a Resolução Conama estabelece que águas doces classes 1, 2 e 3 podem ser destinadas para tal. Apesar da classificação de grande parte das estações em classe 4 em janeiro, das estações SJ7, SJ3 e SJ5 em fevereiro e SJ3, SJ5 e SJ6 em março, não se conhece na literatura limites de concentração para o parâmetro fósforo em relação a efeitos nocivos para consumo animal. Parâmetros microbiológicos, como coliformes termotolerantes apresentaram concentrações baixas, dentro dos limites de classe 1 e 2, e a presença de cianobactérias, dentro dos limites de classe REFERÊNCIAS Bicudo, D.C.; Ferragut, C.; Crossetti, L.O. & Bicudo, C.E.M Efeitos do represamento sobre a estrutura da comunidade fitoplanctônica do reservatório de Rosana, Baixo Rio Parapanema, estado de São Paulo. In: NOGUEIRA, M.G.; HENRY, R. & JORCIN, A. (Orgs.). Ecologia de reservatórios: impactos potenciais, ações de manejo e sistemas em cascata. RiMa, São Carlos. p BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução CONAMA 357, de 17 de março de Brasília, CETESB, Companhia Estadual de Saneamento Ambiental. Variáveis de Qualidade da Água. São Paulo. Último acesso: jan/10. COMITESINOS - Comitê de Preservação, Gerenciamento e Pesquisa da Bacia do Rio dos Sinos Utilização de um índice de qualidade da água no Rio dos Sinos. COMITESINOS: Porto Alegre, RS. 33 p. Esteves, F. A. Fundamentos de Limnologia. 2ª ed. Rio de Janeiro: Inerciência, Faculdade de Engenharia de Sorocaba FACENS. Último acesso em: 19/05/2006 Padisák, J. Phytoplankton. In: The Lakes Handbook: Limnology and Limnetic Ecology. Oxford: Blackwell Science, UHE SÃO JOSÉ - RELATÓRIO TRIMESTRAL DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS PÓS-ENCHIMENTO 2011
37 ANEXO I LAUDOS DAS ANÁLISES DOS PARÂMETROS FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS 37 UHE SÃO JOSÉ - RELATÓRIO TRIMESTRAL DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS PÓS-ENCHIMENTO 2011
38 Procedência: IJUI ENERGIA SA Endereço: PRAIA DE BOTAFOGO 228 Cidade: RIO DE JANEIRO-RJ RELATORIO DE ENSAIO Nº: /001 AMOSTRA Tipo: Água Superficial Recebimento: 14/01/2011 Identificação: SJ1 - Rio Ijuí COLETA Coletado por: Amostra coletada pela Laborquimica Conservada: Sim Responsável: Não Informado Condições Climaticas: Tempo bom Data: 13/01/2011 Temperatura Ar: 29,0 C Local da Coleta: Coord. N / E Temperatura Amostra: 25,2 C Resultado da Análise Unidade Ensaio Resultado Metodologia L.D. Condutividade Específica a 25 C µs/cm 65,9 Standard Methods 2510 B 0,3 Transparência Secchi cm 0,53 Disco de Secchi 0,1 Turbidez N.T.U. 12,2 Standard Methods 2130 B 1,0 ph N.A. 7,4 Standard Methods 4500 H+ B 1,0 D.B.O., 5 dias mg O2/L 4,7 Standard Methods B 1,0 D.Q.O. mg O2/L 56 Standard Methods 5220 B 4,0 Oxigênio Dissolvido mg O2/L 3,57 Standard Methods 4500 O2 C 0,2 Fosfato Total mg PO4/L 0,621 Standard Methods 4500 P D 0,03 Fósforo Total mg P/L 0,203 Standard Methods 4500 P D 0,01 Nitratos mg NO3-/L 1,12 NBR Setembro/1992 0,05 Nitritos mg NO2-/L 0,14 Standard Methods 4500 NO2 B 0,01 Nitrogênio Amoniacal mg N/L < 0,02 ABNT - NBR ,02 Nitrogênio Total Kjeldahl mg N/L < 0,02 ABNT - NBR ,02 Sólidos Sedimentáveis ml /L < 0,1 Standard Methods 2540 F 0,1 Sólidos Suspensos mg /L 4 Standard Methods 2540 D, E 1 Sólidos Totais Dissolvidos mg /L 91 Standard Methods 2540 C 1 Clorofila "a" µg /L < 3 Standard Methods H 3 Zooplâncton Org/L Ver Obs. Microscopia 1,0 Fitoplâncton -Simples Org/ml Ver Obs. Microscopia 1,0 N.M.P. Coliformes Termotolerantes N.M.P./100mL 7 Standard Methods 9221 E 2 Observações: Os resultados dos ensaios de Fitoplâncton e/ou Zooplâncton estão apresentados em laudo anexo. Legenda: L.D. : Limite de detecção N.A. : Não aplicável N.O. : Não objetável V.M.P. : Valor máximo permitido EPA : Environmental Protection Agency - USA ASTM : Americam Society for Testing and Materials NBR : Norma Brasileira Standard Methods: Standard Methods for the Examination of Water and Wastwater 21 ª ed. Prejud. : Ensaio prejudicado em função das características da amostra P.O. : Procedimento Operacional da Laborquímica Nota: Os resultados contidos neste relatório têm significado restrito e se aplicam somente à amostra ensaiada, só podendo ser reproduzidos na íntegra e com autorização da Laborquímica. A Laborquímica garante a realização dos ensaios dentro do prazo de validade da amostra. As datas de execução de cada ensaio constam nos dados brutos e estão disponíveis para consulta. RE Nº: /001 Página: 1/ 1
39 RELATORIO DE ENSAIO Nº: /001 Canoas, 15 de fevereiro de José Carlos Bignetti Flávia Terezinha Bignetti Eng.Químico - CRQ-V Químico - CRQ-V Gerente da Qualidade Gerente Técnica Conferência eletrônica RE Nº: /001 Página: 2/ 1
40 Procedência: IJUI ENERGIA SA Endereço: PRAIA DE BOTAFOGO 228 Cidade: RIO DE JANEIRO-RJ RELATORIO DE ENSAIO Nº: /010 AMOSTRA Tipo: Água Superficial Recebimento: 14/01/2011 Identificação: SJ6 / Rio Ijuí COLETA Coletado por: Amostra coletada pela Laborquimica Conservada: Sim Responsável: Não Informado Condições Climaticas: Tempo bom Data: 13/01/2011 Temperatura Ar: 37,0 C Local da Coleta: Futuro reservatório,em braço lateral,próximo ao fundão do rio Ijuí Temperatura Amostra: 37,0 C Resultado da Análise Unidade Ensaio Resultado Metodologia L.D. Condutividade Específica a 25 C µs/cm 58,5 Standard Methods 2510 B 0,3 Transparência Secchi cm Prejud. Disco de Secchi 0,1 Turbidez N.T.U. 32,2 Standard Methods 2130 B 1,0 ph N.A. 7,5 Standard Methods 4500 H+ B 1,0 D.B.O., 5 dias mg O2/L 2,6 Standard Methods B 1,0 D.Q.O. mg O2/L < 4,0 Standard Methods 5220 B 4,0 Oxigênio Dissolvido mg O2/L 8,77 Standard Methods 4500 O2 C 0,2 Fosfato Total mg PO4/L 0,650 Standard Methods 4500 P D 0,03 Fósforo Total mg P/L 0,212 Standard Methods 4500 P D 0,01 Nitratos mg NO3-/L 0,29 NBR Setembro/1992 0,05 Nitritos mg NO2-/L 0,13 Standard Methods 4500 NO2 B 0,01 Nitrogênio Amoniacal mg N/L 0,05 ABNT - NBR ,02 Nitrogênio Total Kjeldahl mg N/L 1,26 ABNT - NBR ,02 Sólidos Sedimentáveis ml /L 0,8 Standard Methods 2540 F 0,1 Sólidos Suspensos mg /L 137 Standard Methods 2540 D, E 1 Sólidos Totais Dissolvidos mg /L 68 Standard Methods 2540 C 1 Clorofila "a" µg /L 6 Standard Methods H 3 Zooplâncton Org/L Ver Obs. Microscopia 1,0 Fitoplâncton -Simples Org/ml Ver Obs. Microscopia 1,0 N.M.P. Coliformes Termotolerantes N.M.P./100mL 50 Standard Methods 9221 E 2 Observações: Os resultados dos ensaios de Fitoplâncton e/ou Zooplâncton estão apresentados em laudo anexo. Observações: A amostra apresentou características que impediram a realização de um ou mais ensaios com uma confiabilidade mínima para a expressão de resultados. Legenda: L.D. : Limite de detecção N.A. : Não aplicável N.O. : Não objetável V.M.P. : Valor máximo permitido EPA : Environmental Protection Agency - USA ASTM : Americam Society for Testing and Materials NBR : Norma Brasileira Standard Methods: Standard Methods for the Examination of Water and Wastwater 21 ª ed. Prejud. : Ensaio prejudicado em função das características da amostra P.O. : Procedimento Operacional da Laborquímica Nota: Os resultados contidos neste relatório têm significado restrito e se aplicam somente à amostra ensaiada, só podendo ser reproduzidos na íntegra e com autorização da Laborquímica. A Laborquímica garante a realização dos ensaios dentro do prazo de validade da amostra. As datas de execução de cada ensaio constam nos dados brutos e estão disponíveis para consulta. RE Nº: /010 Página: 1/ 2
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