O Ofício da História

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "O Ofício da História"

Transcrição

1 O Ofício da História Profº Me. Ubiratã F. Freitas APOSTILA DE HISTÓRIA 3º ANO ENSINO MÉDIO 1

2 Freitas O Ofício da História Prof. Ubiratã F. Ofício da História Prof. Ubiratã F. Freitas SUMÁRIO AULA AULA AULA AULA AULA AULA AULA AULA AULA AULA AULA AULA AULA AULA AULA

3 Aula 01 História 3º Ano Ensino Médio O Período Regencial no Brasil Introdução Durante o século XVIII, o Antigo Regime foi duramente criticado pelos filósofos iluministas franceses e pelos pensadores liberais de toda a Europa. No Brasil, a Conjuração Mineira de 1789, a Baiana de 1798 e a Revolução Pernambucana de 1817 foram manifestações contra o Antigo Regime e o sistema colonial português. Esses movimentos protestavam contra a opressão política, a censura, a cobrança extorsiva de impostos e contra os privilégios destinados aos altos funcionários do Estado português. Apenas a Conjuração Baiana teve como um dos objetivos o fim da escravidão. Todos esses movimentos foram violentamente reprimidos. Em 1820, outra revolta de caráter liberal na Europa pôs fim ao absolutismo em Portugal, porem as intenções portuguesas em relação ao Brasil não era nada liberal. As cortes de Lisboa pretendia reconduzir o Brasil a Colônia portuguesa novamente. No entanto, a mobilização da elite brasileira em torno do príncipe regente D. Pedro I acelerou o processo de independência. Dom Pedro declarou sua intenção de permanecer no Brasil contra as ordens das Cortes de Lisboa e proclamou a independência pouco depois, em 7 de setembro de 1822, sendo proclamado imperador em 12 de outubro do mesmo ano. As Guerras de Independência e a Constituição de 1824 Alinhadas com as Cortes de Lisboa, os oficiais que controlavam as províncias do Grão-Pará, Maranhão, Piauí, Bahia e Cisplatina Uruguai resistiram aos mandos de D Pedro antes mesmo da proclamação da Independência. Retomar o controle nas localidades rebeladas não foi tarefa fácil, mas somente depois de dez meses de Independência oficial foram anexados as regiões rebeladas. Os Estados Unidos foram os primeiros a reconhecer a Independência do Brasil, no contexto da Doutrina Monroe, que defendia a autonomia das recém-formadas nações da América. A Inglaterra reconheceu a Independência em Na época, o Brasil representava o terceiro maior mercado externo para os produtos ingleses. A Inglaterra também interceio nas negociações entre Brasil e Portugal, financiando a quantia de 2 milhões de libras esterlinas, paga pelo Brasil à ex-metrópole a título de indenização. Com isso, a dívida brasileira com os bancos ingleses cresceu de maneira expressiva. A Assembleia Constituinte Proclamada a Independência, era preciso elaborar uma Constituição. A assembleia Constituinte reuniu-se em maio de 1823, formada por cem deputados eleitos por voto censitário e Indireto. Latifundiários, grandes comerciantes, juízes, médicos, militares e representantes da Igreja Católica compunham o grupo de constituintes. O projeto de Constituição foi redigido por Antônio Carlos de Andrade que Ra conservador, mas naquele momento foi apoiado pelo Partido Brasileiro, que defendia a soberania do Legislativo diante do imperador. O texto do projeto determinava que o poder Executivo, representado pelo imperador, não poderia vetar completamente uma lei aprovada pela Câmara dos Deputados, ou dissolvê-la. Alem disso, proibia o imperador de ser rei em outro país. Contrário a esse projeto e adepto da Monarquia absolutista, havia o Partido Português, formado por militares de alta patente, funcionários públicos e comerciantes, quase todos portugueses. Com o apoio desse grupo político, dom Pedro I rejeitou o projeto e dissolveu a assembleia constituinte. Em seguida, reuniu um Conselho de Estado formado por dez membros de sua confiança e elaborou a nova Constituição. A primeira Carta Constitucional brasileira foi outorgada pelo imperador em Os termos da Constituição não diferiam muito do projeto de Antônio Carlo, a não ser pela introdução do poder Moderador, que dava ao imperador total controle sobre os demais Poderes. O poder Legislativo era constituído do Senado, formado por senadores eleitos, mas com cargo vitalício, e da Câmara dos Deputados, 3

4 com cargo temporário. As eleições mantiveram-se indiretas e censitárias. Para tornar-se senador era necessário comprovar renda anual de mínima de 800 mil-réis. A Confederação do Equador Na província de Pernambuco, a reação à Constituição de 1824 não demorou a acontecer: os republicanos não aceitavam o país autoritário e centralizador que estava surgindo, além das divergências entre portugueses e brasileiros em Pernambuco, o crescimento do poder político e econômico das províncias do sul e do sudeste também alimentavam o medo de que as províncias do norte e nordeste perdessem sua influência. A revolta começou com a exigência de que o presidente de província, Francisco Pais Barreto, indicado por Dom Pedro I, renunciasse ao cargo diante da imensa oposição que sofria em Pernambuco. Em seu, os liberais escolheram Manuel de carvalho pais Andrade. Recife foi cercada pela marinha imperial por três meses, mas resistiu, e no dia 2 de julho de 1824 Pais de Andrade proclamou a Confederação do Equador, unindo as províncias de Pernambuco, Paraíba, Ceará, e do Rio Grande do Norte em torno da causa republicana e pelo fim do tráfico de escravos. Após quatro meses de resistência, os rebeldes se entregaram. A Independência do Brasil teve muitos projetos políticos que foram calados como a Confederação do Equador, com ordens expressas de Dom Pedro I para colocar fim aos movimentos republicanos. Impopularidade e Abdicação de D. Pedro I Após a dissolução da Constituinte, imposição da Constituição de 1824 e a repressão violenta a Confederação do Equador a popularidade de D. Pedro I ficou seriamente abalada. Outros problemas como a derrota na guerra Cisplatina, a morte de D. João VI em Portugal e os sentimentos antilusitanos, acabaram levando D. Pedro I a abdicar o trono brasileiro em favor de seu filho Pedro de Alcântara. Problema principal: o Brasil era uma sociedade extremamente heterogênea onde os diversos grupos disputavam o poder (entre estes diversos grupos de elite só havia um denominador comum; a manutenção da escravidão). Problemas enfrentados por D. Pedro I a partir de 1825 que o levaram a abdicação: - envolvimento do imperador em problemas dinásticos em Portugal gerando críticas - derrota na guerra da Cisplatina (1828) - quebra do banco do Brasil - endividamento com a Inglaterra para a compra da independência As Regências A Constituição de 1824 previa que, em caso de morte ou abdicação do imperador e com o herdeiro do trono sendo menor de 18 anos, o país seria governado por três regentes até que o sucessor ao trono atingisse maioridade. O Período Regencial ( ) A primeira experiência republicana brasileira. Significado da abdicação: vitória de um liberalismo calcado na escravidão e no latifúndio. Principais grupos políticos: Liberais exaltados ou farroupilhas: defendiam maior autonomia para as províncias e o fim do poder moderador. Restauradores ou caramurus: portugueses que queriam a volta de Dom Pedro I. Liberais moderados ou chimangos: defensores da centralização do poder, Com a morte de D. Pedro I acontece uma rearticulação partidária: parte dos moderados se une com os exaltados formando os liberais e outra parte se une com os restauradores formando os conservadores. Tendências Políticas no Período Regencial: Maré Liberal (regências trinas e una de Feijó) - medidas descentralizadoras: guarda nacional (origem do coronelismo), código do processo criminal (judiciário municipal com juiz de paz eleito na paróquia), ato adicional de 1834 (eleição direta para regentes e criação das assembleias legislativas municipais). 4

5 Maré Conservadora (regência una de Araújo Lima) - medidas centralizadoras: anulou o ato adicional, o código do processo e passou a nomear os chefes das guardas nacionais. O período ficou conhecido como Regresso. Revoltas Regenciais: Expressam os diferentes interesses locais que lutavam por maior participação do poder. A ruptura de elites permite manifestações de setores marginalizados. - Guerra Dos Farrapos Rio Grande do Sul - entre 1835 e 45 - luta dos produtores de charque do sul por maior autonomia econômica. A Revolução farroupilha foi liderada por estancieiros, criadores de gado estabelecidos principalmente na fronteira com o Uruguai, e por charqueadores, produtores de carne seca, vendida às outras regiões do país. - Sabinada - Bahia em movimento autonomista de classe média. Em 1837, mais uma revolta agitou Salvador. O que mobilizou os rebeldes foi à luta pela autonomia da província e o forte sentimento antilusitano. O comércio local era dominado por portugueses, e a população considerava-se explorada por eles. - Cabanagem Pará - entre 1836 e 37 - movimento popular contra o autoritarismo do governo central. As pessoas pobres da província do Grão-Pará tinham ascendência indígena e/ou africana, viviam em cabanas simples à beira dos rios da região. Por essa razão eram chamadas de cabanos. Desde a guerra pela Independência do Grão-Pará em 1823, os cabanos lutavam para que a província tivesse um representante local. - Revolta dos Malês - Bahia em revolta de escravos muçulmanos aproveitando-se de divergências nas elites. Em 24 de Janeiro de 1835, começou em Salvador a Revolta do Malês, muçulmanos africanos, muitos deles alfabetizados em árabe, reuniram 600 rebeldes e pretendiam tomar Salvador matar os europeus, manter a escravidão africana, menos os muçulmanos, e fundar uma nação muçulmana negra africana no Brasil. - Balaiada - Maranhão e Piauí em movimento popular contra as arbitrariedades das elites. Aproveitam-se dos atritos entre conservadores e liberais. Várias revoltas ocorridas entre 1838 e 1842 foram chamadas de Balaiada. O nome é uma referencia a um dos lideres do movimento, o artesão de balaios Manuel dos Anjos Ferreira, conhecido como Balaio. A forte crise econômica que atingiu o Maranhão nessa época fez aumentar os níveis de pobreza e contribuiu para que a população se rebelasse contra a elite local, composta de comerciantes portugueses e latifundiários produtores de algodão. 5

6 Aula 02 História 3º Ano Ensino Médio Imperialismo Unificação Italiana e Alemã Introdução A partir do século XV, a cristandade ocidental lançou-se ao mar. De início os navegadores buscavam mercadorias que a Europa valorizava e consumia. Mas logo passou a haver a conquista militar e a ocupação das terras que os navios alcançavam. A principal região conquistada pela Europa nos séculos XVI e XVIII foi a América, colonizada por milhões de imigrantes ocidentais. Seguindo os pioneiros navegadores de Portugal, navios da Espanha, da França, da Holanda e da Inglaterra cruzaram os oceanos em busca de mercadorias exóticas, no contexto do sistema mercantilista. No século XVIII, o início da Revolução industrial veio mudar esse quadro. As novas máquinas processavam novos materiais e, produziam mercadorias em quantidades nunca vistas, exigiam um mercado gigantesco. A burguesia industrial se fortalecia e passava a influir cada vez mais no rumo dos Estados. Houve revoluções burguesas em quase todos os países ocidentais, e um novo sentido nacionalista surgiu, ensejando a união dos povos que ainda viviam em Estados fragmentados. Avanços técnicos ditaram as marinhas e os exércitos ocidentais de armas com incrível poder de destruição. Possuindo dinheiro, mercadorias e armas, o Ocidente estava pronto para mais uma fase de expansão pelo mundo. Unificação Italiana e Alemã Na primeira metade do século XIX, duas regiões da Europa a península Itálica e os estados alemães encontravam-se divididas em Estados de vários tamanhos, pesar de possuírem cultura e língua comuns. Durante a segunda metade do século XIX, o nacionalismo cresceu nessas regiões. O jogo de interesses políticos e econômicos, aliados a ideias nacionalistas, resultou na criação de dois novos estados nacionais; Itália e Alemanha. A Itália dividida Desde o fim do Renascimento, a maior parte da península Itálica esteve sob o domínio de Estados estrangeiros. O norte das cidades de Veneza e Milão era governado pelos imperadores austríacos do Sacro Império Romano Germânico. No sul, a rica região da cidade de Nápoles e da ilha da Sicília era dominada por dinastias espanholas desde o século XIII. Ao centro, situavam-se os Estados Pontifícios, governados pelo papa e sediados na cidade Roma. No início do século XIX, os italianos governavam apenas dois Estados: a República de Veneza e o Reino da Sardenha. Napoleão Bonaparte, comandando os exércitos da França revolucionária, conquistou vários Estados italianos, abolindo os direitos feudais e os privilégios da Igreja. Os ideais iluministas da Revolução Francesa trazidos por Napoleão animaram o povo a lutar por sua união e independência. A Opressão Estrangeira A derrota de Napoleão trouxe de volta à península italiana os antigos dominadores, que defendiam o Absolutismo. O congresso de Viena (1815) determinou que as regiões como Lombardia, Vêneto e Toscana ficassem sob domínio austríaco, enquanto o reino das Duas Sicílias foi devolvido aos nobres Bourbons espanhóis. O papa também recebeu de volta seus Estados. Apenas o reino do Piemonte-Sardenha continuou governado por uma dinastia italiana. Os ideais de independência e união não havia, porém, desaparecido. Em 1848, acompanhando outras insurreições européias, os italianos revoltaram-se contra seus dominadores. Os revoltosos concordavam sobre a necessidade de expulsar os austríacos e os Bourbons. Mas discordavam em muitos aspectos. 6

7 Os Nacionalistas Italianos Os partidos do Risorgimento (ressurgimento) de um Estado nacional italiano dividiam-se principalmente entre os revolucionários e moderados. Os revolucionários, liderados por Giuseppe Mazzini e Giuseppe Garibaldi, pretendiam implantar uma república democrática que aumentasse o poder e os direitos dos trabalhadores diante da burguesia. Os nacionalistas, moderados defendiam uma monarquia constitucional, sob o comando dos reis de Piemonte-Sardenha. Essa opção era apoiada pela burguesia italiana, por ampliar o mercado consumidor e eliminar tarifas alfandegárias sem provocar mudanças sociais revolucionárias. A principal liderança dos moderados era Camilo Benso, conde de Cavour, nomeado em 1852, primeiro-ministro do reino da Sardenha. Em 1859, com apoio da França, Cavour iniciou a guerra de unificação italiana, conquistando a Lombardia austríaca. A Criação do Reino da Itália Em 1860, mil soldados revolucionários, comandados por Garibaldi, conquistaram o reino das Duas Sicílias. No entanto, em nome da unidade italiana eles abriram mão do projeto republicano e aderiram ao reino sardo. Venceram os moderados, e em 1861, Vitor Emanuel II, rei do Piemonte-Sardenha, foi coroado Rei da Itália. Após a conquista de Veneza, em 1866, restava Roma, símbolo da antiga grandeza italiana. Após muitas tentativas, em 1870 o papa foi vencido e Roma foi anexada, tornando-se a capital do reino da Itália. A Unificação da Alemanha O povo de cultura alemã estava dividido desde a Baixa Idade Média em Estados de tamanhos e importância variados. Havia desde cidades-estados até grandes e poderosos reinos. No século XVIII, dois reinos se destacam: Prússia e Áustria. No início do século XIX, a maior parte dos Estados alemães foi conquistada por Napoleão Bonaparte. Entretanto, após a derrota de Napoleão o Congresso de Viena criou a Confederação Germânica, composta de cerca de quarenta Estados, sob comando da Áustria e da Prússia. Com o crescimento dos ideais nacionalistas e a necessidade dos Estados mais industrializados de ampliar seus mercados, Prússia e Áustria passaram a disputar o comando da reunificação alemã. Durante os levantes burgueses e populares de 1848, os alemães reuniram-se na cidade de Frankfurt e votaram uma constituição da nação alemã. 7

8 A Prússia de Bismarck A Prússia era o Estado alemão mais industrializado e possuía o exército mais poderoso. Interessados em obter mercados para seus produtos, os prussianos criaram, em 1834, uma união aduaneira, chamada Zollverin, reunindo vários Estados alemães do norte. Otto Von Bismarck, primeiro-ministro do rei prussiano Guilherme I, comandou o processo de união econômica, que visava à unificação política. O governo de Bismarck tentou unir a sociedade prussiana em torno do projeto de unificação alemã. Para isso, garantiu os direitos dos grandes proprietários de terra, nobres conhecidos como junkers, o fortalecimento do exército também beneficiou os junkers, que tradicionalmente ocupavam os mais altos postos militares. Ao mesmo tempo, Bismarck entendia os interesses da burguesia, ampliando o parque industrial prussiano com investimentos do Estado na siderurgia, em ferrovias e na indústria bélica. O Processo de Expansão Sob a liderança de Bismarck, a Prússia pôs em prática seu projeto expansionista com base em uma política de alianças (diplomacia) e em ações militares (guerras). Os prussianos promoveram e venceram guerras contra a Dinamarca (1864) e a Áustria (1866). Como resultado, ampliaram seu território e a influência sobre os Estados alemães menores. Porém, os Estados germânicos do sul, principalmente a Baviera, eram predominantemente católicos e se opunham à hegemonia prussiana protestante. Somente uma guerra de grandes proporções, que inspirasse o espírito nacionalista, poderia reuni-los. O Novo Império Alemão O crescimento da Prússia preocupava a França, potência que temia a ascensão de um poderoso vizinho continental. Havia ainda a possibilidade de a Espanha ser governada por um príncipe prussiano, primo de Guilherme I, o que provocou uma dura reação do governo Francês. O imperador Napoleão III exigiu que a candidatura prussiana fosse retirada. Bismarck soube manipular a tensão que essa situação causou entre alemães e franceses, forjando documentos que insultavam os franceses. A França caiu na armadilha e declarou guerra à Prússia em A agressão francesa provocou uma onda de nacionalismo nos Estados alemães, que se uniram para defender a Prússia. A própria Baviera engajou-se na luta. A vitória alemã foi esmagadora. Animados pela força de sua união, os alemães aceitaram a liderança do rei prussiano. Em 1871, Guilherme I foi coroado imperador da Alemanha no palácio de Versalhes. A Formação dos Impérios Ao longo dos séculos XIX, enquanto alemães e italianos lutavam para se unir, alguns Estados nacionais principalmente da Europa, desenvolviam uma política de que ficou conhecida como imperialismo. As potências imperialistas submeteram grandes regiões da Ásia, da África e da América Latina a seus interesses econômicos, militares e políticos, impondo-lhes também suam cultura. A maioria dos estudiosos defende que a origem do imperialismo foi o desenvolvimento do capitalismo nesse período, desencadeado pela segunda Revolução Industrial. 8

9 9

10 Aula 03 História 3º Ano Ensino Médio Imperialismo Inglês A Segunda Revolução Industrial As transformações da economia mundial no século XIX, não se limitavam ao rompimento do sistema colonial. A segunda metade desse século foi um período de grande crescimento econômico para a Europa ocidental e os Estados Unidos. Com a ampliação do comércio mundial e o acúmulo de capitais entre os empresários das grandes potências. Calcula-se que 80% do capital mundial ficou concentrado nas mãos de poucos países ricos como: Inglaterra, França, Alemanha e Estados Unidos. O desenvolvimento do capitalismo está vinculado ao grande desenvolvimento tecnológico científico durante o período de 1850 a Esse desenvolvimento se refletiu com a energia, o aço, transporte e comunicação. A partir de 1870, inúmeras invenções tecnológicas foram aplicadas à indústria dos países do Ocidente. A energia elétrica, o gás e os derivados de petróleo começam a substituir a energia a vapor. Grandes inventos surgiram como o motor à explosão, o telefone, os corantes sintéticos, novas técnicas que permitiram a produção de um aço mais barato e resistente. Nas fábricas as maquinas funcionavam cada vez mais de modo automático, deixando de depender de grande número de trabalhadores para operá-las. A automação gerou um considerável aumento de produtividade, com duas consequências imediatas: o desemprego de operários e o barateamento dos produtos industrializados. Capitalismo Financeiro e Monopolista A concentração do capital e uma produção em grande escala, favoreceu a capitalização e formação de grandes empresas. A livre concorrência transformou-se em uma luta acirrada de poder econômico, vencendo os grandes centros com maior concentração de capital, favorecendo as grandes indústrias e formando monopólios industriais, representado pelos cartéis das indústrias monopolistas. Surgiram, assim, grandes conglomerados industriais concentrados nas mãos de poucos empresários, resultou na forma de grande grupos: - Trustes é a reunião de várias empresas sob o comando de um mesmo monopólio; - Holding é uma empresa criada para controlar as várias empresas que compõem o triste; - Cartel é quando empresas independentes entram e, acordo para controlar o mercado (estabelecem preços a ser pagos e vendidos de matérias-primas e produto acabado). Os bancos passaram então a financiar as indústrias em larga escala. Os interesses bancários e industriais se fundiram dando origem ao capital bancário com o industrial, marcando essa fase do capitalismo, que ficou conhecido como capitalismo financeiro monopolista, cujo principais características são: 1) aumento da produção industrial e busca de novos mercados consumidores; 2) acúmulo de capitais que passaram a ser investidos em novos projetos lucrativos. Imperialismo Inglês A Inglaterra foi o primeiro país industrializado do mundo. Mas na segunda metade do século XIX, países como a Bélgica, a França, a Alemanha e a Itália unificadas, os Estados Unidos e o Japão passaram a competir com a indústria inglesa pelos mercados consumidores. Os industriais desses países ambicionavam ter acesso a mercados que consumissem sua crescente produção. Eles necessitavam também de fontes de matérias-primas, como algodão, minérios, cacau, couro, borracha, petróleo, etc. A solução encontrada por esses países empresários, apoiadas pelos governos de seus países de origem, foi controlar territórios estrangeiros não industrializados. Na América Latina, esse controle deu-se de forma indireta, pela ação da diplomacia, da pressão militar e do investimento agressivo, que sufocava as 10

11 empresas locais. Na África e Ásia, ocorreu o controle direto de extensos territórios, que passaram a ser governados por autoridades coloniais. Neocolonialismo O controle de extensos territórios na África e Ásia no século XIX pelas potências imperialistas apresentavam uma série de diferenças em relação ao colonialismo europeu aplicado nos séculos XVI e XVIII. Para marcar essas diferenças, essa nova forma de dominação ficou conhecida como Neocolonialismo, neo= a novo + colonialismo, ou seja, novo colonialismo. As formas de dominação colonial foram basicamente três: - Colônia de enraizamento com a imigração de grandes contingentes populacionais e a ocupação da terra pelos colonos; - Colônia de enquadramento com o domínio político e administrativo e a exploração da mão de obra nativa, sem tomada das terras; - Protetorado com a imposição da autoridade da Metrópole sobre um Estado de pretexto de protegê-lo de ameaças estrangeiras. Mudando o foco de mercado, os países não desenvolvidos industrialmente como África, Ásia e Oceania, foram atingidos pelo capitalismo monopolista. Para a expansão das grandes potências, a prática política foi o Imperialismo, onde as grandes nações passaram a dominar outros países do mundo. O termo Imperialismo denomina a política de dominação empregada em dois sentidos, territorial e econômico, ou seja, os grandes impérios industriais dividiram o mundo entre eles, ampliando e integrando mercados mundiais. Dominação e Legitimação Ideológica Os países imperialistas tentaram legitimar a dominação neocolonial baseando-se no etnocentrismo, isto é, na convicção de sua superioridade sobre os povos dominados. A posição etnocêntrica tinha como componente essencial à recusa em entender as características das civilizações e culturas dos países e sociedades dominadas. Tradições culturais e científicas antigas complexas, como as existentes na Índia, na China, na Birmânia, no Mundo Árabe, no Congo, na Guiné, etc. foram ignoradas. Os discursos etnocêntricos rotulava como bárbaro ou primitivo tudo o que fosse diferente dos países imperialistas. No Ocidente, os países imperialistas criaram a ideia de que possuíam a missão de civilizar os povos considerados primitivos. Os ocidentais consideravam essa pretensa missão o fardo do homem branco, sob a justificativa desse fardo fictício, as sociedades ocidentais imperialistas, lançaram-se à exploração econômica e à dominação política de vastas regiões da Ásia e da África. Poder Político-Militar e Segurança nacional A luta internacional pelo controle das fontes de matérias-primas, a disputa por novos mercados e a necessidade de exportação de capitais (investimentos no exterior) não eram apenas problemas econômicos gerados pelo capitalismo monopolista. Era também problemas políticos, cuja solução exigia a participação ativa dos governos das principais potências. Esses governos passaram a estimular a expansão colonialista, movidos por questões estratégicas. Assim, a conquista de territórios em diversas partes do mundo assumiu grande importância em termos de poderio militar e de segurança nacional. Dominação da África e da Ásia O processo de dominação imperialista européia sobre os continentes africano e asiático é conhecido, respectivamente, como partilha da África e partilha da Ásia. Os governos de Portugal, Bélgica, Espanha, Alemanha, Itália, Holanda e Japão desenvolveram políticas voltadas para a conquista colonial. Entretanto, os maiores impérios coloniais foram estabelecidos, principalmente, pelos governantes e grupos econômicos da França e Inglaterra. Essas conquistas desencadearam em diversas regiões da África e da Ásia uma série de 11

12 rebeliões anticolonialista, organizadas por grupos locais. Diante do poderio militar e econômico destas potências coloniais, a maior parte dessas revoltas foi sufocada pelo poderio bélico dos imperialistas. 12

13 Aula 04 História 3º Ano Ensino Médio Partilha da África A África foi o primeiro continente a ser ocupado pelos europeus, no processo de expansão marítima européia, no século XV. Contudo, durante séculos essa ocupação limitou-se a algumas feitorias comerciais na costa, onde se negociava ouro, marfim, pimenta e escravos. Em 1880, apenas 10% do continente africano estava sob domínio europeu. Entre esses territórios, destacava-se a Argélia, dominada pela França, Angola, colônia portuguesa, e a colônia do Cabo, possessão da Inglaterra. Nas décadas seguintes, todo continente foi dividido entre as potência coloniais européias: Alemanha, Bélgica, Espanha, Itália, Portugal, França e Inglaterra. A justificativa formal dos governos para essa partilha era a missão civilizadora, o fardo do homem branco em levar aos povos atrasados o desenvolvimento. A motivação real era a cobiça por terras, matérias-primas, produtos tropicais e metais preciosos, e a expansão dos investimentos capitalistas para além da Europa. Mais de 90% do território africano foi dominado por nações europeias entre a segunda metade do século XIX e o início do século XX. A divisão do território africano, tal como aparece no mapa, resultou em um processo iniciado no século XIX. Na conferencia de Berlin, que aconteceu de novembro de 1884 a 1885, onde reuniram representantes dos EUA, Rússia e de outros 14 países europeus, foram definidos os critérios para a conquista dos territórios da África e que ainda eram livres. Partilha da Ásia Na Ásia a expansão europeia enfrentou forte resistência em alguns países, como China e Japão. Entretanto, o poderio militar dos europeus foi vencendo gradativamente essa resistência. A partir de 1867, a economia e a sociedade japonesa entraram em rápida modernização, caminhando no sentido de tornar o Japão uma potência imperialista na Ásia. Na Índia, os portugueses foram os primeiros europeus a chegar nessa região, com Vasco da Gama, em 1498, sendo seguidos no século XVI por holandeses, franceses e ingleses. A partir do século XVIII, o predomínio sobre a região, entretanto, coube à Inglaterra, que fez da Índia um protetorado, em 1763, com a Guerra dos Sete Anos ( ). A situação do protetorado dava à Índia proteção por parte da Inglaterra, mas, na prática, estabelecia ocupação e controle da administração local. Em 1806, o Império Britânico anexou a Birmânia, na península da Indochina. O controle sobre a região intensificou-se a partir de 1848, com a introdução de uma estrutura administrativa britânica, que constituiu estradas e organizou missões políticas e religiosas. O resultado desse processo afetou profundamente os costumes locais, destruindo a tradicional economia indiana, voltada para a subsistência e sustentada em manufaturas têxteis, incapazes de concorrer com a produção industrial inglesa de tecidos de algodão. O nacionalismo indiano, despertado pela presença inglesa, culminou, em 1857, na Guerra dos Sipaios ( ). Mas, foi sufocada pelo militarismo inglês. Em 1876, a Rainha Vitória foi coroada com o título de Imperatriz da Índia. 13

14 A Conferência de Berlim Foi Leopoldo II, rei da Bélgica, que iniciou a corrida pelas terras africanas. A ação de Leopoldo chamou a atenção dos governos europeus para a África. A possibilidade de o rei belga tornar-se dono de enormes territórios provocou uma corrida por conquistas de territórios africanos. Evitando uma guerra que enfraquecesse a posição européia na África, entre novembro de 1848 e fevereiro de 1885 ocorreu a Conferência de Berlim, na Alemanha. A ideia era que a disputa e a divisão dos territórios africanos fossem feitas pela diplomacia. Participara da Conferência: Portugal, Inglaterra, França, Espanha, Itália, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Suécia, Áustria, Império Otomano e EUA. A Conferência determinou que Leopoldo II governaria o Estado do Livre do Congo, de sua propriedade. Foi determinado também, o fim da escravidão e do tráfico de escravos na África. Além disso, estabeleceu-se a norma segundo a qual um território africano só poderia ser reconhecido como pertencente a um país se fosse ocupado por ele. As Potências Imperialistas O império colonial francês foi o segundo do mundo em extensão, menos apenas que o britânico. As conquistas coloniais francesas tiveram impulso no governo de Luís Felipe ( ). Em 1832, os franceses conquistaram a Argélia, situada no norte da África. O domínio francês no território argelino foi assegurado pelas tropas especiais chamadas de Legiões Estrangeiras, formadas por criminosos e aventureiros a traz de riquezas. Aos domínios franceses ampliaram-se por quase toda a África, criando regiões específicas conhecidas como África Ocidental Francesa e África Equatorial Francesa. Na Ásia, as forças francesas conquistaram a Indochina (Vietnã), Camboja e Laos. Nessas áreas foram exploradas plantações de seringueiras. A expansão colonial britânica chegou a dominar um quinto da superfície do planeta compreendida pelo Canadá, Austrália e vastas porções da Ásia e África onde viviam aproximadamente 23% da população mundial. Na África, a exploração de diamantes e de ouro na região do Orange provocou lutas entre os ingleses e africanos de origem holandesa que habitavam a região, os bôeres. Foi vencido pelos britânicos. Na Ásia, uma das principais regiões sob o domínio imperialista britânico foi à Índia, cuja dominação, iniciada no século XVIII, estendeu-se a uma área que hoje corresponde aos territórios da Índia, Paquistão e Bangladesh. A China foi outro território que foi explorado pelos britânicos, fazendo um clandestino comércio do ópio, quando os chineses decidiram reprimir o comércio desse produto, a Inglaterra declarou guerra com os indianos ficando conhecida como Guerra do Ópio. Chegando o final desse conflito, os chineses foram obrigados a assinar o Tratado de Nanquim, que favoreceu a exploração dos ingleses. 14

15 15

16 Aula 05 História 3º Ano Ensino Médio O Segundo Reinado Com o fracasso dos governos regenciais, evidenciados pelas revoltas separatistas, a solução foi uma manobra liberal para garantir no poder uma autoridade reconhecida por todos. Foi assim que se deu a antecipação da coroação de D. Pedro II em 1840, com reformas constitucionais que asseguraram plenos poderes ao jovem imperador. O Golpe da Maioria Com a ascensão de D Pedro II ao poder com 15 anos, evidenciou a vitória do projeto centralizador defendido por José Bonifácio. Os liberais abriram mão de qualquer desejo de autonomia em nome da união de Estados e da estabilidade política da nação, o que só poderia ser alcançado com a autoridade e a tradição representadas pelo poder da dinastia de Bragança. Inicialmente, o governo de D. Pedro II ainda se deu sobre uma nação agitada politicamente por revoltas, como a Balaiada, e a Farroupilha, que só terminaria em A Revolução Praieira Os políticos liberais pernambucanos discordavam da necessidade de um governo centralizador. Representavam uma parcela expressiva da Assembléia Provincial, limitando o comando dos senhores de engenho e dos comerciantes portugueses. O domínio liberal deu vazão ao ódio contra os antigos donos do poder. A agitação em Pernambuco fez com que o governo central indicasse um novo presidente provincial, conservador, em Os liberais se opuseram e decidiram depô-lo por meio de uma revolta armada. O governo reagiu violentamente. Para tornar o movimento mais coeso, os liberais decidiram organizar propostas que conferiram à Revolução Praieira amplo caráter político e social contrário à monarquia. Em 1849, a revolução já estava completamente derrotada, marcando o fim do ciclo de revoltas que se iniciou logo antes do movimento de independência, a partir daí, o império brasileiro entrou em uma fase de calmaria. O Governo de D. Pedro II A ascensão de D. Pedro II trouxe pontos de concordância fundamentais para o funcionamento do Estado, como a monarquia centralizadora o voto censitário de modo a excluir a grande maioria da população da participação política e o controle político nas mãos dos homens brancos, latifundiários e escravistas. Os desacordos eram muitos: como dividir o poder do imperador com a Câmara e o Senado? Como se daria o sistema eleitoral? Os debates resultaram na criação de um parlamento, o primeiro da história do país. O primeiro-ministro deveria ser indicado pelo Poder Moderador (ou seja, pelo imperador) e, então, formar o ministério, a ser aprovado pelo parlamento. Se o ministério não fosse aprovado, o imperador poderia indicar um novo primeiro-ministro ou dissolver a Câmara, convocando novas eleições parlamentares. Isso se tornou a regra geral, fazendo com que o foco da política fossem, de fato, as eleições. Por isso, ficou conhecido como parlamentarismo às avessas. Para ser eleito, valia tudo: violência, fraude, irregularidades nas urnas. Isso porque era preciso eleger a todo custo o ministério que fosse indicado pelo imperador. Esse método eleitoral, cuja única função era legitimar as decisões imperiais. De modo geral, na havia, entre conservadores e liberais, divergências que justificassem uma revolta contra o sistema eleitoral. Eram quase todos os latifundiários e proprietários de escravos que buscavam defender seus interesses. As Relações Entre Brasil e Inglaterra Na segunda metade do século XIX, a Inglaterra vivia a Segunda Revolução Industrial. Isso significava um novo interesse no Brasil como mercado e local de investimentos; o Brasil continuava a depender dos produtos ingleses de seus empresários. A questão da escravidão, contudo, se tornava um 16

17 problema maior. Capitalista e industrial, a Inglaterra via na escravidão um empecilho à expansão do mercado consumidor, além de viabilizar a produção de artigos que concorriam com os ingleses. Era preciso abolir o sistema escravocrata, ou seja, a lógica de trabalho que sustentava a economia nacional, além de parte fundamental das relações sociais brasileiras. O governo brasileiro não poderia desagradar às elites, tampouco desejava romper com a Inglaterra. A saída foi tomar medidas para acalmar os ânimos ingleses, mas sem prejudicar, de forma repentina e profunda, os latifundiários. A Inglaterra, então decidiu intensificar as pressões sobre o governo imperial, com uma série de leis visando diminuir a entrada de escravos no Brasil, mas o império fez o possível para proteger os produtos nacionais. Teve início, assim, um conflito legal entre os dois países: - Lei Alves Branco (1848): aumentava os impostos sobre os produtos importados que concorressem com um similar nacional. - Lei Bill Alberdeen (1845): a lei que inglesa que colocava fim ao tráfico internacional de escravos. Os infratores seriam julgados e punidos de acordo com as leis britânicas. Sabendo, contudo, que o tráfico estava com os dias contados, os latifundiários brasileiros fizeram de tudo para burlar essa lei, o que aumentou muito a entrada de negros no país. - Lei Eusébio de Queiros (1850): extinguia o tráfico negreiro no Brasil. A necessidade do fim do escravismo faz com que o governo imperial se tornasse cada vez mais forte e coeso entorno do projeto centralizador. As elites locais, cientes de sua impotência diante do poderio inglês, fizeram o possível para reforçar a solidez do governo, o que foi fundamental para assegurar a integridade territorial. A Economia Imperial Entre 1850 e 1870, a economia nacional estava focada na produção de cafeeira do vale do Parnaíba fluminense. Produzido em grandes latifúndios monocultores escravistas, o café era o principal produto de exportação e podia ser ameaçado pelo fim do trafico negreiro.com alei Eusébio de Queirós, intensificou-se a venda de escravos entre as próprias províncias: Nordeste e Sul, que passava por dificuldades, começavam a vender sua mão de obra para o Sudeste. Foi um passo fundamental para que as tornassem menos dependentes da escravidão. A produção cafeeira transformou profundamente o interior do país, com destaque para: - o surgimento da rede de transporte ferroviário e investimentos na sua modernização: a Inglaterra exerceu papel fundamental nesse processo, fazendo empréstimos e exportando matéria-prima para implementação das ferrovias no Brasil. - o aumento da exportação cafeeira, que fez o governo saldar parte de suas dívidas externas e investir na diversificação da economia: empresas de navegação, telégrafos e bancos. Esses processos lançou uma personalidade importante na política brasileira: o Barão de Mauá. A Decadência do Império Uma das principais razões para a crise do império brasileiro foi o lento, porém irreversível, fim da escravidão. O movimento abolicionista crescia, incentivado pela política de países como Estados Unidos, após a Guerra de Secessão (1865). Apesar da pressão exercida pelas elites urbanas sobre o governo central, duas importantes leis adiaram a abolição. - Lei do ventre Livre 1871: filhos de escravos nascidos após essa data eram homens livres, embora fossem obrigados a permanecer nas fazendas em que haviam nascido até os 20 anos, sustentando o sistema escravista. - Lei do Sexagenário, 1885: os escravos com mais de 60 anos deveriam ser liberados a permanência nas fazendas por mais cinco anos. De modo geral, essa lei significava, para os escravos, o abandono e a miséria na velhice; para os fazendeiros, bocas a menos para alimentar. O café, no vale do Parnaíba fluminense, começava a entrava em colapso graças a uma série de fatores, sendo substituído pela produção do oeste paulista. Os fazendeiros dessa região já usavam mão de obra imigrante assalariada Em 1888, a princesa Isabel, filha de D. Pedro II, assinou a Lei Aurea, declarando extinta a escravidão. O governo imperial contava diminuir a oposição, mas o resultado foi o inverso: a elite 17

18 rural tradicional, única base de apoio do governo imperial, sentiu-se traída e apoiou a iniciativa oferecida pelos militares a instituição da República. 18

19 Aula 06 História 3º Ano Ensino Médio A Primeira República do Brasil Os Militares Na segunda metade do século XIX, a sociedade brasileira sofreu uma série de transformações. Nas províncias ao sul do Rio de Janeiro, a mão de obra escrava foi substituída pelo trabalho dos imigrantes. Capitalistas instalaram ferrovias para escoar as mercadorias até os portos. Em 1889, o Brasil possuía cerca de 10 mil quilômetros de ferrovias. Enquanto isso crescia a insatisfação de vários grupos sociais em relação à monarquia. Aos a Guerra do Paraguai, os militares exigiam um tratamento privilegiado, o que era recusado pelo Estado imperial. Depois de maio de1888, até mesmo os donos de escravos estavam descontentes com a monarquia, pois se sentiram lesados com o fim da escravidão. Havia ainda uma percepção entre as elites de que a monarquia era incapaz de modernizar o país e, com isso, aproximar o Brasil de países considerados adiantados, como a França e a Inglaterra o fim da monarquia representou, para muitos grupos, o início da modernidade no Brasil. Um dos símbolos dessa modernização foi a remodelação das ruas e dos edifícios das principais cidades brasileiras, ocorrida a partir do início do século XX. Civis e Militares Derrubam a Monarquia Em 1870, um grupo formado por políticos liberais dissidentes, jornalistas e intelectuais publicaram no Rio de janeiro, no jornal A República. O Manifesto Republicano. Liderados por Quintino Bocaiúva e por Saldanha Marinha, esses republicanos repudiam o poder centralizado do Império e defendiam a criação de uma República Federativa. Em 1873, um grupo de cafeicultores do Oeste de São Paulo, insatisfeitos com a monarquia, reuniram-se na chamada Convenção de Itu e fundou o Partido Republicano Paulista. Mas esses vários grupos de republicanos não seguiam um projeto político único. Havia uma multiplicidade de projetos visando à construção de um novo país. Projetos de República Durante a gestação da República destacaram-se três projetos políticos: Liberalismo à Monarquia defendia uma sociedade regulada pelo mercado, sem intervenção do Estado na vida dos cidadãos. Era adotada principalmente pelas oligarquias rurais paulistas (PRP) e mineiras. Jacobinismo à francesa prega a participação direta dos cidadãos no governo. Alguns setores urbanos, como os profissionais liberais, os estudantes, os jornalistas e os professores, defendiam o jacobinismo. Positivismo criado pelo francês Augusto Comte, defendia um Poder Executivo forte e um Estado intervencionista. Grande parte dos militares brasileiros identificava-se com esse projeto. Os republicanos civis, liderados pelo jornalista Quintino Bocaiúva, aproximaram-se do exército e conseguiram convencer o veterano marechal Deodoro da Fonseca a derrubar D. Pedro II do poder. No dia 15 de novembro de 1889, as unidades militares marcharam pelas ruas do Rio de Janeiro e Deodoro depôs o ministério sem nenhuma resistência. Dom Pedro II e sua família foram banidos e partiram para a Europa na Madrugada do dia 17 de novembro. A população não participou do golpe, apenas assistiu à movimentação de tropas. A República da Espada Os presidentes da República entre 1889 e 1894 eram militares. Por esse motivo, o período ficou conhecido como República da Espada. Foi um período de transição marcado por conflitos entre os grupos políticos que disputavam o poder. Nesse momento o exército garantiu o controle do país pelas oligarquias do sudeste, principalmente os cafeicultores de São Paulo. 19

20 O Encilhamento Deodoro escolheu Rui Barbosa para comandar o Ministério da Fazenda. O novo ministro adotou medidas de estímulo à industrialização do país. O governo passou a conceder empréstimos generosos e autorizou os bancos particulares a emitir papel-moeda. Esse dinheiro deveria financiar a criação de novas empresas, principalmente indústrias. Outra fonte de dinheiro que deveria ser aplicada nas indústrias foi a bolsa de valores, que teve um alto índice de vendas de ações. A grande quantidade de dinheiro em circulação permitiu aos investidores comprar muitas ações. Os preços dispararam, atraindo mais investidores. Quando o mercado percebeu que muitas empresas eram fantasmas, o crédito foi cortado e todos quiseram vender as ações. Os preços despencaram e a maioria das novas empresas, fictícias e reais, faliu. O primeiro plano econômico da República foi um fiasco. Rui Barbosa pediu demissão, deixando uma imensa crise econômica. Constituição de 1891 A primeira Constituição republicana alterava a organização política nacional. A forma de governo adotada era a Republicana presidencialista. Os poderes constituídos passaram a ser: Executivo, Legislativo e Judiciário. O voto era limitado aos homens alfabetizados maiores de 21 anos. Não votavam: mulheres, mendigos, soldados, membros de ordens religiosas, estrangeiros e analfabetos. As regras da nova constituição afastavam o povo da vida política, principalmente os ex-escravos e os pobres em geral, tanto brancos quanto negros, que raramente eram alfabetizados, além de todas as mulheres. Governo Constitucional Os deputados da Assembléia Constituinte elegeram Deodoro da Fonseca como presidente e o Marechal Floriano Peixoto como vice. Dessa forma, Deodoro permanecia chefiando o governo, mas sob novas condições: devia dividir o poder com o Congresso e o Judiciário. Essa nova situação não agradou ao militar, que passou a agir de forma autoritária. Destituiu os governadores estaduais que não eram seus aliados e entrou em conflito com a oposição no Congresso Nacional. No auge do conflito com os republicanos civis, o presidente fechou o Congresso. Pressionado por uma rebelião da marinha, Deodoro da Fonseca renunciou à presidência em novembro de 1891.o vice-presidente Floriano Peixoto, assumiu o governo. O Autoritarismo Florianista Floriano Peixoto era partidário de um Estado forte que incentivasse a industrialização e a melhora das condições de vida do povo. Em seu governo, os aluguéis forma congelados e praticou-se o co0ntrole de preços dos produtos de primeira necessidade. Floriano manteve hábitos simples, evitando o luxo e o aparato oficial da presidência da República. Com essas medidas, conquistou o apoio das camadas populares. Contudo, setores das elites regionais não aceitavam o governo. Muitos republicanos entendiam que Floriano deveria ter convocado novas eleições para substituir Deodoro. A firme decisão de Floriano de permanecer no poder causava grande insatisfação nas correntes divergentes dos florianistas. A união dos monarquistas a esses grupos descontentes gerou duas rebeliões armadas: Revolução Federalista e Revolta Armada que tentaram derrubar o presidente, pondo em risco a jovem república. A República Civil Ao afastar-se da política, Floriano Peixoto deixou o caminho aberto para as oligarquias do Centro- Sul, principalmente os cafeicultores, estabelecerem um mecanismo político capaz de garantir estabilidade econômica e sua manutenção no poder. O paulista Prudente de Moraes, advogado ligado aos interesses dos cafeicultores, foi o primeiro presidente civil do Brasil. As afinidades existentes entre o governador do Rio Grande do Sul, Júlio de Castilhos; e os políticos paulistas permitiram que Prudente de Morais negociasse o fim da Revolução Federalista em O problema mais sério dessa administração foi a Guerra de Canudos. 20

21 Campos Sales e seu Governo Campos Sales, herdou uma enorme dívida externa do governo anterior, em um momento em que os preços do café caia no mercado internacional. O governo brasileiro fez um empréstimo ao banco inglês Rothschild e suspendeu o pagamento da dívida. A garantia, se não houvesse pagamento, era a renda da alfândega do Rio de Janeiro. Essa negociação ficou conhecida como Dívida Flutuante, o que na realidade era outro empréstimo para pagar o anterior. Para diminuir as despesas e aumentar a receita, o ministro da Fazenda Joaquim Murtinho foi rigoroso: cortou as despesas do governo em infraestrutura, como construção de estradas, escolas e hospitais, e aumentou os impostos. Durante seu governo, a economia foi saneada, mas quem pagou a conta foi o povo: mais imposto e menos emprego. 21

22 Aula 07 História 3º Ano Ensino Médio A Política dos Governadores na Primeira República A Política dos Governadores Após solucionar os problemas financeiros, a administração de Campos Sales criou alguns mecanismos para garantir a permanência das oligarquias no poder, o que ficou conhecido como política dos governadores. Por trinta anos, as oligarquias conseguiram anular todos os projetos políticos de oposição. O Coronelismo e o Voto de Cabresto A manipulação das eleições era uma das bases da política dos governadores. Os latifundiários ou coronéis, denominação originada na Guerra Nacional, indicavam o seu candidato para qualquer cargo. O voto aberto determinava o processo de controle, permitindo a formação do curral eleitoral, grupo de eleitores que seguiam a indicação do chefe local. O coronel determinava os votos de seus comandados em troca de favores, que iam de cargos públicos até presentes variados, como um par de botas, remédios ou uma garrafa de cachaça. Essa disposição do eleitorado em vender seu voto contribuía para o voto de cabresto, controlado pelos coronéis. Caso a influência política, os discursos ou os presentes não gerassem o resultado esperado, apelava-se para a violência ou para a fraude, comum desde as eleições do Império. O Poder dos Governadores As oligarquias de cada estado se organizavam principalmente nas eleições para o Congresso Nacional. Por meio dos coronéis e de seus currais eleitorais, eram eleitos os deputados e os senadores, aliados políticos das oligarquias. Para evitar a vitória de candidatos de oposição, o governo de Campos Sales criou a Comissão Verificadora de Poderes para apurar possíveis irregularidades do candidato eleito. Na realidade, essa comissão encontrava irregularidades apenas entre os candidatos de oposição, que não conseguiam assumir seus cargos. Essa prática era conhecida como degola, e permitia ao presidente da República governar sem uma oposição significativa. Nos Estados, os mesmos mecanismos possibilitavam aos governadores controlar os legislativos estaduais. Havia, na verdade, um sistema de convivência pacífica entre o poder federal, controlado pelos grandes estados, e os poderes estaduais, controlados pelas oligarquias locais. Como o presidente da República não sofria oposição significativa na Câmara Federal e no Senado, as oligarquias estaduais, em troca, ficavam livres para fazer o que bem entendessem dentro de seus estados. A política dos governadores era essa cordial troca de favores entre o presidente da República e os governadores de estados aliados. O 22

14. Brasil: Período Regencial PÁGINAS 18 À 29.

14. Brasil: Período Regencial PÁGINAS 18 À 29. 14. Brasil: Período Regencial PÁGINAS 18 À 29. Política e economia Regência Trina Provisória: Formada pelos senadores Nicolau Vergueiro, José Joaquim de Campos e pelo brigadeiro Francisco de Lima e Silva

Leia mais

Período Regencial Prof. Thiago História C Aula 11

Período Regencial Prof. Thiago História C Aula 11 Período Regencial 1831-1840 Prof. Thiago História C Aula 11 Regência Trina Provisória formada desde que Dom Pedro I abdicou ao trono do Brasil, responsável organizar a eleição da Regência Trina Permanente.

Leia mais

PERÍODO REGENCIAL HISTÓRIA DO BRASIL

PERÍODO REGENCIAL HISTÓRIA DO BRASIL PERÍODO REGENCIAL HISTÓRIA DO BRASIL INTRODUÇÃO Em 07/04/1831 D. Pedro I abdica em virtude de não conseguir conter a crise; Àquela altura já havia três divisões partidárias no país: os Conservadores, os

Leia mais

HISTÓRIA. aula Regências e o 2º Reinado

HISTÓRIA. aula Regências e o 2º Reinado HISTÓRIA aula Regências e o 2º Reinado Regência Trina Provisória Formada desde que Dom Pedro I abdicou ao trono do Brasil, responsável organizar a eleição da Regência Trina Permanente. Concedeu anistia

Leia mais

PRIMEIRO REINADO ( )

PRIMEIRO REINADO ( ) PRIMEIRO REINADO (1822 1831) 7 de setembro de 1822 Independência ou morte? O grito do Ipiranga. Pedro Américo. 1888. A proclamação da Independência. François- René Moreaux. 1844. Os desafios após a independência

Leia mais

O golpe nada mais foi que a antecipação da maioridade de D. Pedro II, que contava então com um pouco mais de 14 anos.

O golpe nada mais foi que a antecipação da maioridade de D. Pedro II, que contava então com um pouco mais de 14 anos. GOLPE DA MAIORIDADE Desde 1838, estava claro tanto para os LIBERAIS, quanto para os CONSERVADORES que somente a monarquia plena poderia levar o país a superar a sua instabilidade política. O golpe nada

Leia mais

Primeiro Reinado. Professora Adriana Moraes História

Primeiro Reinado. Professora Adriana Moraes História Primeiro Reinado O Primeiro Reinado é a fase da História do Brasil que corresponde ao governo de D. Pedro I. Tem início em 7 de setembro de 1822, com a Independência do Brasil e termina em 7 de abril de

Leia mais

Regências e o 2º Reinado

Regências e o 2º Reinado Regências e o 2º Reinado Período Regencial (1831-1840) 2º Reinado, 1ª Fase (1840-1850) Prof. Thiago História C Aula 06 Regência Trina Provisória formada desde que Dom Pedro I abdicou ao trono do Brasil,

Leia mais

BRASIL NA PRIMEIRA REPÚBLICA

BRASIL NA PRIMEIRA REPÚBLICA CAPÍTULO 26 BRASIL NA PRIMEIRA REPÚBLICA Primeiros tempos da república n 15 de novembro de 1889: a república foi proclamada no Brasil por meio de um golpe liderado por militares. O marechal Deodoro da

Leia mais

Unificação Italiana e Alemã. Prof. Leopoldo UP

Unificação Italiana e Alemã. Prof. Leopoldo UP Unificação Italiana e Alemã Prof. Leopoldo UP Antecedentes: O Congresso de Viena(1815) Tentativa frustrada de manter o Antigo Regime. A Revolução de 1830. A Revolução Industrial se espalha por várias regiões

Leia mais

BAILE DA ILHA FISCAL

BAILE DA ILHA FISCAL BAILE DA ILHA FISCAL A CAMINHO DA REPÚBLICA 1870 RIO DE JANEIRO fundação do Partido Republicano e lançamento do MANISFESTO REPUBLICANO por Quintino Bocaiúva SOMOS DA AMÉRICA E QUEREMOS SER AMERICANOS 1873

Leia mais

PERÍODO REGENCIAL ( ) Experiência Republicana

PERÍODO REGENCIAL ( ) Experiência Republicana PERÍODO REGENCIAL (1831-1840) Experiência Republicana - Grupos políticos os restauradores absolutistas (volta da monarquia) os liberais exaltados (monarquia federalista ou república) Liberais moderados

Leia mais

Segundo Reinado 2ª Fase e Crise. Prof. Thiago Aula 07 Frente C

Segundo Reinado 2ª Fase e Crise. Prof. Thiago Aula 07 Frente C Segundo Reinado 2ª Fase e Crise Prof. Thiago Aula 07 Frente C O Ouro Verde Inicialmente produzido no Vale do Paraíba (RJ/SP) depois se expande ao Oeste de São Paulo; Estrutura semelhante à da cana de Açúcar:

Leia mais

HISTÓRIA. aula Imperialismo e Neocolonialismo no século XIX

HISTÓRIA. aula Imperialismo e Neocolonialismo no século XIX HISTÓRIA aula Imperialismo e Neocolonialismo no século XIX Origens do imperialismo Resultado da 2ª Revolução Industrial na Europa e nos EUA Características gerais: Novidades tecnológicas Aumento da produção

Leia mais

PERÍODO REGENCIAL O Período Regencial corresponde ao período da História, em que o Brasil foi governado por Regentes

PERÍODO REGENCIAL O Período Regencial corresponde ao período da História, em que o Brasil foi governado por Regentes PERÍODO REGENCIAL 1831-1840 O Período Regencial corresponde ao período da História, em que o Brasil foi governado por Regentes REGENTES são governantes que substituem o rei ou Imperador se forem menores

Leia mais

REVOLUÇÕES SÉCULO XIX. 8 º A N O P R O F. ª B I A N C A H I S T Ó R I A

REVOLUÇÕES SÉCULO XIX. 8 º A N O P R O F. ª B I A N C A H I S T Ó R I A REVOLUÇÕES LIBERAIS DO SÉCULO XIX. 8 º A N O P R O F. ª B I A N C A H I S T Ó R I A INÍCIO OséculoXIXfoinaEuropaumperíododerevoltaserevoluções.Cadaumdessesmomentos OséculoXIXfoinaEuropaumperíododerevoltaserevoluções.Cadaumdessesmomentos

Leia mais

Independência do Brasil 1822

Independência do Brasil 1822 Independência do Brasil 1822 A Independência se deu por meios pacíficos, proclamada por um membro da família real. Em 01 de Dezembro de 1822, Dom Pedro I foi coroado e consagrado Imperador e Defensor Perpétuo

Leia mais

Revoltas provinciais no período Regencial Brasil século XIX. Colégio Ser! História 8º ano Profª Marilia Coltri

Revoltas provinciais no período Regencial Brasil século XIX. Colégio Ser! História 8º ano Profª Marilia Coltri Revoltas provinciais no período Regencial Brasil século XIX Colégio Ser! História 8º ano Profª Marilia Coltri Revoltas provinciais do período regencial Devido a excessiva centralização do poder político

Leia mais

A República Velha ( )

A República Velha ( ) Capítulo 52 A República Velha (1889 1930) A CRISE DA REPÚBLICA (1889-1894) A República Velha (1889 1930) 1889 1891 Governo Provisório 1891 1894 República da Espada 1891 Mal. Deodoro Da Fonseca 1891-1894

Leia mais

BRASIL IMPÉRIO REVOLTAS REGENCIAIS. Professor: Edson Martins

BRASIL IMPÉRIO REVOLTAS REGENCIAIS. Professor: Edson Martins BRASIL IMPÉRIO REVOLTAS REGENCIAIS Professor: Edson Martins Cabanagem (1835 1840) A rebelião explodiu no Pará Causas: revolta dos liberais contra o presidente nomeado pelo governo regencial situação de

Leia mais

BRASIL IMPÉRIO. Primeiro e Segundo Reinados. Prof. Rodrigo Toledo

BRASIL IMPÉRIO. Primeiro e Segundo Reinados. Prof. Rodrigo Toledo BRASIL IMPÉRIO Primeiro e Segundo Reinados Prof. Rodrigo Toledo PRIMEIRO REINADO Definição O primeiro Reinado do Brasil é o nome dado ao período em que D. Pedro I governou o Brasil como Imperador, entre

Leia mais

1.2- Novas tecnologias: motor a combustão; aço; energia elétrica; indústria química(petróleo);indústria de máquinas;

1.2- Novas tecnologias: motor a combustão; aço; energia elétrica; indústria química(petróleo);indústria de máquinas; IMPERIALISMO 1- SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL: 1.1- Segunda metade do século XIX; 1.2- Novas tecnologias: motor a combustão; aço; energia elétrica; indústria química(petróleo);indústria de máquinas; 1.3-

Leia mais

PERÍODO REGENCIAL ( )

PERÍODO REGENCIAL ( ) PRIMEIRO REINADO 1822-1831 PERIODO REGENCIAL 1831-1840 SEGUNDO REINADO 1840-1889 CONTEXTO GERAL Após a abdicação de D. Pedro I, para seu filho, que na época era menor de idade. prefiro descer do trono

Leia mais

O Primeiro Reinado

O Primeiro Reinado O Primeiro Reinado 1822-1831 Contexto Pós proclamação da independência : Em 7 de setembro de 1822. Independência ou Morte!(Autoria Pedro Américo,1888 Contexto A nova Nação necessitava de organização político-administrativa;

Leia mais

DEFINIÇÃO. Antecedentes/causas: (dinastia STUART) e o. Atritos entre os reis parlamento.

DEFINIÇÃO. Antecedentes/causas: (dinastia STUART) e o. Atritos entre os reis parlamento. REVOLUÇÃO INGLESA DEFINIÇÃO Movimento político, militar e religioso que destruiu o absolutismo na Inglaterra instalando naquele país a primeira monarquia parlamentar da história. Quando: século XVII. Antecedentes/causas:

Leia mais

Unificação Italiana e Alemã. Professora: Martha J. da Silva

Unificação Italiana e Alemã. Professora: Martha J. da Silva Unificação Italiana e Alemã Professora: Martha J. da Silva Monarquias Absolutistas Formação dos Estados Modernos séc. XV e XVI Centralização absoluta do poder na mão do rei FOI Substituído por forma constitucionais

Leia mais

Os primeiros anos da República no Brasil MCC

Os primeiros anos da República no Brasil MCC Os primeiros anos da República no Brasil MCC blogs.estadao.com.br A Província de São Paulo, 15 de novembro de 1889. Glorioso centenário da grande revolução. Proclamação da República Brazileira. Recebemos

Leia mais

PRIMEIRO REINADO NO BRASIL ( ) Professora : Daianne Luz.

PRIMEIRO REINADO NO BRASIL ( ) Professora : Daianne Luz. PRIMEIRO REINADO NO BRASIL (1822 1831) Professora : Daianne Luz. PRIMEIROS MOMENTOS Algumas províncias (antigas Capitanias Hereditárias), que eram favoráveis às Cortes (Parlamento) de Lisboa, recusaram-se

Leia mais

SEGUNDO REINADO ( ) Política Interna

SEGUNDO REINADO ( ) Política Interna SEGUNDO REINADO (1840-1889) Política Interna DANÇA DOS PARTIDOS Primeiro Reinado (1822-1831) Partido Brasileiro Projeto descentralizador Aristocracia rural. Partido Português Projeto centralizador D.Pedro

Leia mais

Aula 10 - Primeiro Reinado

Aula 10 - Primeiro Reinado Aula 10 - Primeiro Reinado 1822-1831. 7 de setembro de 1822 Independência do Brasil. Brasil Império Primeiro Reinado 1822-1831. Período Regencial 1831-1840. Segundo Reinado 1840-1889. Primeiro Reinado

Leia mais

O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL COLÉGIO PEDRO II PROFESSOR: ERIC ASSIS

O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL COLÉGIO PEDRO II PROFESSOR: ERIC ASSIS O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL 1820-1822 COLÉGIO PEDRO II PROFESSOR: ERIC ASSIS O 7 DE SETEMBRO: A INDEPENDÊNCIA FOI SOMENTE O GRITO DO IPIRANGA? OS SIGNIFICADOS DA INDEPENDÊNCIA Emancipação ou

Leia mais

Aula 15- A Crise do Império de Novembro de 1889

Aula 15- A Crise do Império de Novembro de 1889 Aula 15- A Crise do Império 1870-1889 15 de Novembro de 1889 Silêncio! Dom Pedro está governando o Brasil. z z z Proclamação da República A Questão Militar A Questão Religiosa Questão Abolicionista A

Leia mais

Unificação da Itália, Alemanha e EUA

Unificação da Itália, Alemanha e EUA Material de apoio para Monitoria 1. (PUC-SP) Na base do processo das unificações italiana e alemã, que alteraram o quadro político da Europa no século XIX, estavam os movimentos a) sociais, acentuadamente

Leia mais

SEGUNDO REINADO D. PEDRO II

SEGUNDO REINADO D. PEDRO II SEGUNDO REINADO D. PEDRO II 1840 1889 Golpe da Maioridade Proclamação da República GOVERNO = MONARQUIA PARLAMENTARISTA Segundo Reinado, a estrutura e a organização política, econômica e social do Brasil,

Leia mais

O Primeiro Reinado ( ) MARCOS ROBERTO

O Primeiro Reinado ( ) MARCOS ROBERTO O Primeiro Reinado (1822 1831) MARCOS ROBERTO Imagem: Henrique José da Silva / public domain A Independência do Brasil é um dos fatos históricos mais importantes de nosso país, pois marca o fim do domínio

Leia mais

BRASIL IMPÉRIO PERÍODO REGENCIAL

BRASIL IMPÉRIO PERÍODO REGENCIAL BRASIL IMPÉRIO PERÍODO REGENCIAL PERÍODO REGENCIAL Regência Trina Provisória (Abril Junho de 1831) senador Nicolau Pereira de Campos Vergueiro senador José Joaquim Carneiro de Campos brigadeiro Francisco

Leia mais

Está correto o que se afirma somente em a) II e III. b) I. c) I e II. Página 1 de 5

Está correto o que se afirma somente em a) II e III. b) I. c) I e II. Página 1 de 5 1. (Uece 2014) O período historicamente conhecido como Período Regencial foi caracterizado a) por rebeliões populares cujas ações exigiam o retorno da antiga realidade social com a volta de Pedro I ao

Leia mais

Unificações: Alemanha, Itália e EUA no Séc. XIX

Unificações: Alemanha, Itália e EUA no Séc. XIX Unificações: Alemanha, Itália e EUA no Séc. XIX 1. (UNESP) As unificações políticas da Alemanha e da Itália, ocorridas na segunda metade do século XIX, alteraram o equilíbrio político e social europeu.

Leia mais

Prof. André Vinícius.

Prof. André Vinícius. 1 - Diferentes projetos republicanos: República Positivista: centralização política nas mãos do presidente. Postura predominante entre os militares. Prevaleceu entre 1889 e 1894, durante a chamada República

Leia mais

O 2º REINADO: ( ) 1ª Fase: (Pacificação); 2ª Fase: (Auge); 3ª Fase: (Crise); Proclamação da República: 1889.

O 2º REINADO: ( ) 1ª Fase: (Pacificação); 2ª Fase: (Auge); 3ª Fase: (Crise); Proclamação da República: 1889. O 2º REINADO: (1840 1889) 1ª Fase: 1840 1850 (Pacificação); 2ª Fase: 1850 1870 (Auge); 3ª Fase: 1870 1889 (Crise); Proclamação da República: 1889. Tal período durou por 49 anos, com picos de revoltas,

Leia mais

A República da Espada. Prof. Thiago História C Aula 08

A República da Espada. Prof. Thiago História C Aula 08 A República da Espada Prof. Thiago História C Aula 08 O Novo Regime Proclamação da República Militares ideário positivista Cafeicultores defesa do federalismo Classe Média desenvolvimento industrial e

Leia mais

Uma visão de mundo renovada (Renascimento Cultural);

Uma visão de mundo renovada (Renascimento Cultural); do 3 e 4 períodos 6º ano História 3 período O mundo grego As origens da sociedade grega Esparta e Atenas A cultura grega O período helenístico Roma: Formação e expansão A formação de Roma A República romana

Leia mais

Nome: Nº: Turma: Este caderno contém questões de: Português Matemática História Geografia Ciências - Inglês

Nome: Nº: Turma: Este caderno contém questões de: Português Matemática História Geografia Ciências - Inglês Nome: Nº: Turma: Este caderno contém questões de: Português Matemática História Geografia Ciências - Inglês 1 Caderno de Atividades 17 Os exercícios deverão ser feitos no livro e / ou no caderno. Livro

Leia mais

SOMOS DA AMÉRICA E QUEREMOS SER AMERICANOS ONDE TUDO COMEÇOU?

SOMOS DA AMÉRICA E QUEREMOS SER AMERICANOS ONDE TUDO COMEÇOU? A CAMINHO DA REPÚBLICA fatos que antecederam a P. da República 1870 RIO DE JANEIRO fundação do Partido Republicano e lançamento do MANISFESTO REPUBLICANO por Quintino Bocaiúva SOMOS DA AMÉRICA E QUEREMOS

Leia mais

Nome: Nº: Turma: Este caderno contém questões de: Português Matemática História Geografia Ciências - Inglês

Nome: Nº: Turma: Este caderno contém questões de: Português Matemática História Geografia Ciências - Inglês Nome: Nº: Turma: Este caderno contém questões de: Português Matemática História Geografia Ciências - Inglês 1 Os exercícios deverão ser feitos no livro. Livro Didático Língua Portuguesa Diálogo em gênero,

Leia mais

Aula 08 Movimentos de Pré- Independência e Vinda da Família Real.

Aula 08 Movimentos de Pré- Independência e Vinda da Família Real. Aula 08 Movimentos de Pré- Independência e Vinda da Família Real. O que foram os movimentos de pré-independência? Séculos XVIII e XIX grandes mudanças afetaram o Brasil... MUNDO... Hegemonia das ideias

Leia mais

ABOLIÇÃO E REPÚBLICA CAP. 13. Marcos Antunes. 2017

ABOLIÇÃO E REPÚBLICA CAP. 13. Marcos Antunes. 2017 ABOLIÇÃO E REPÚBLICA CAP. 13 Marcos Antunes. 2017 ABOLIÇÃO: A RESISTÊNCIA DOS ESCRAVIZADOS DUROU ENQUANTO HOUVE A ESCRAVIDÃO: FUGAS, LEVANTES URBANOS E QUILOMBOS. O MOVIMENTO ABOLICIONISTA DUROU QUASE

Leia mais

A FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS NACIONAIS. Professor: Eustáquio

A FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS NACIONAIS. Professor: Eustáquio A FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS NACIONAIS Professor: Eustáquio BURGUESIA E O REI Situação a partir do século XI Revigoramento do comércio Revigoramento das cidades Surgimento de uma nova classe social Burguesia

Leia mais

HISTÓRIA. aula Era Napoleônica, Congresso de Viena e Revoluções Liberais

HISTÓRIA. aula Era Napoleônica, Congresso de Viena e Revoluções Liberais HISTÓRIA aula Era Napoleônica, Congresso de Viena e Revoluções Liberais Era Napoleônica Do Golpe do 18 Brumário (nov/1799) até a Queda de Napoleão (jun/1815) Três fases: Consulado (1799-1804) Império (1804-1815)

Leia mais

Rev. Liberais do Século XIX e Período Regencial

Rev. Liberais do Século XIX e Período Regencial Rev. Liberais do Século XIX e Período 1. (PUC-RJ) O Congresso de Viena, concluído em 1815, após a derrota de Napoleão Bonaparte, baseou-se em três princípios políticos fundamentais. Assinale a opção que

Leia mais

A REPÚBLICA DA ESPADA ( )

A REPÚBLICA DA ESPADA ( ) A REPÚBLICA DA ESPADA ( 1889-1894) A proclamação da República foi um golpe militar, sem participação popular, que contou com o apoio dos fazendeiros progressistas do oeste paulista e das camadas médias

Leia mais

BRASIL: SEGUNDO REINADO

BRASIL: SEGUNDO REINADO Período: 1840 1889 Golpe da Maioridade deu início ao Segundo Reinado CONSOLIDAÇÃO DO ESTADO As Eleições do Cacete Disputa eleitoral entre: Partido Conservador e Partido Liberal Nessas eleições aconteceram

Leia mais

GIVALDO CARIMBÃO (PSB/AL),

GIVALDO CARIMBÃO (PSB/AL), DISCURSO PROFERIDO PELO DEPUTADO GIVALDO CARIMBÃO (PSB/AL), NA SESSÃO SOLENE REALIZADA EM.../.../..., PELA CÂMARA DOS DEPUTADOS EM HOMENAGEM AOS 188 ANOS DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DO ESTADO DE ALAGOAS. Senhor

Leia mais

Principais causas para revolução francesa

Principais causas para revolução francesa Revolução Francesa Principais causas para revolução francesa -Empobrecimento do povo francês guerras, luxo, empréstimos. -Cerca de 80% do povo viviam no campo em situação precária. -Os anos que antecederam

Leia mais

ROF.º OTTO TERRA BRASIL: 1º REINADO ( )

ROF.º OTTO TERRA BRASIL: 1º REINADO ( ) ROF.º OTTO TERRA BRASIL: 1º REINADO (1822-1831) Jean Baptiste Debret O RECONHECIMENTO INTERNACIONAL DO BRASIL INDEPENDENTE Estados Unidos da América A Doutrina Monroe (A América para os americanos )

Leia mais

Imperialismo Marco Abreu dos Santos.

Imperialismo Marco Abreu dos Santos. Imperialismo Marco Abreu dos Santos marcoabreu@live.com www.professormarco.wordpress.com Conceito Imperialismo foi a disputa entre as potências capitalistas por colônias ou áreas de influência na Ásia,

Leia mais

Curriculum Guide 11 th grade / História

Curriculum Guide 11 th grade / História Curriculum Guide 11 th grade / História Tema Conteúdo Habilidades Essential Questions 1) Era das Revoluções 1.1) Império Napoleônico 1.1a)Compreender o período napoleônico como uma época de consolidação

Leia mais

Brasil: Nasce a República

Brasil: Nasce a República Brasil: Nasce a República Apostila 1 Capitulo 1 1 Um novo país? Depois de 67 anos, Monarquia no Brasil foi substituída pela República. O país já havia ficado livre da escravidão um ano antes (1888). (Pintura

Leia mais

AS VÉSPERAS DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

AS VÉSPERAS DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL AS VÉSPERAS DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL CRISE DO SISTEMA COLONIAL Portugal perde colônias no Oriente e o monopólio da Produção de açúcar na América. Pressão da Metrópole x Enriquecimento de da elite Brasileira

Leia mais

Segundo Reinado 2ª Fase e Crise. Prof. Thiago Aula 07 Frente C

Segundo Reinado 2ª Fase e Crise. Prof. Thiago Aula 07 Frente C Segundo Reinado 2ª Fase e Crise Prof. Thiago Aula 07 Frente C O Ouro Verde Inicialmente produzido no Vale do Paraíba (RJ/SP) depois se expande ao Oeste de São Paulo; Estrutura semelhante à da cana de Açúcar:

Leia mais

UFSC. Resposta: 11. Comentário

UFSC. Resposta: 11. Comentário Resposta: 11 01. Correta. 02. Correta. 04. Incorreta. A divisão em períodos da história feita por historiadores europeus não necessariamente deve ser empregada, e não é por diferentes povos do mundo. Foi

Leia mais

O Processo de Unificação Italiana. Apresentação cedida, organizada e editada pelos profs. Rodrigo Teixeira e Rafael Ávila

O Processo de Unificação Italiana. Apresentação cedida, organizada e editada pelos profs. Rodrigo Teixeira e Rafael Ávila O Processo de Unificação Italiana Apresentação cedida, organizada e editada pelos profs. Rodrigo Teixeira e Rafael Ávila Itália: Uma Península Historicamente dividida Habsburgos: Reino da Lombardia-Veneza

Leia mais

Colonização. Os Estados Unidos foi colonizado por ingleses. A ocupação e exploração dessa colônia não se deu de forma igualitária.

Colonização. Os Estados Unidos foi colonizado por ingleses. A ocupação e exploração dessa colônia não se deu de forma igualitária. ESTADOS UNIDOS Colonização Colonização Os Estados Unidos foi colonizado por ingleses. A ocupação e exploração dessa colônia não se deu de forma igualitária. As Colônias do Norte, foram ocupadas por ingleses

Leia mais

Imperialismo ou Neocolonialismo (XIX-XX)

Imperialismo ou Neocolonialismo (XIX-XX) Imperialismo ou Neocolonialismo (XIX-XX) Colégio Pedro II São Cristóvão II 9º ano Professora: Robertha Triches Explicando o conceito e o fenômeno No século XIX, países industrializados como Grã-Bretanha,

Leia mais

PRIMEIRO REINADO NO BRASIL ( )

PRIMEIRO REINADO NO BRASIL ( ) PRIMEIRO REINADO NO BRASIL ( 1822-1831) Principais fatos pré Independência: Vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil; Abertura do Portos às Nações Amigas; Obras como o Jardim Botânico, a Biblioteca

Leia mais

Primeira República: 1 A Crise da República. 2 Governo do Mal. Deodoro da Fonseca. 3 Governo do Mal. Floriano Peixoto. Aula 15 Primeira República

Primeira República: 1 A Crise da República. 2 Governo do Mal. Deodoro da Fonseca. 3 Governo do Mal. Floriano Peixoto. Aula 15 Primeira República Aula 15 Primeira República: A República da Espada 1 A Crise da República Setor 1605 2 Governo do Mal. Deodoro da Fonseca 3 Governo do Mal. Floriano Peixoto Aula 15 Primeira República A República da Espada

Leia mais

SEGUNDO REINADO ( )

SEGUNDO REINADO ( ) AVISO: O conteúdo e o contexto das aulas referem-se aos pensamentos emitidos pelos próprios autores que foram interpretados por estudiosos RUBENS dos temas RAMIRO expostos. JUNIOR Todo exemplo (TODOS DIREITOS

Leia mais

Período Regencial. Prof. Filipe Carota

Período Regencial. Prof. Filipe Carota Período Regencial Prof. Filipe Carota 1)Respeitar Regras de Sala 2) Pedir 3) Cumprir Dom Pedro II, imperador do Brasil O governo monárquico de Dom Pedro II foi marcado por uma série de temas como a escravidão,

Leia mais

Período Regencial e Revoltas Regenciais

Período Regencial e Revoltas Regenciais Período Regencial e Revoltas Regenciais Transição até a maioridade de D. Pedro II. Instabilidade política (agitações internas). Fases: Regência Trina Provisória (abr/jun. 1831); Regência Trina Permanente

Leia mais

GOVERNO DEODORO DA FONSECA

GOVERNO DEODORO DA FONSECA GOVERNO DEODORO DA FONSECA GOVERNO PROVISÓRIO (1889/1891) 1- Primeiras medidas: Fim do Senado vitalício e do conselho de Estado, Dissolução da Câmara dos Deputados, Separação entre Igreja e Estado (extinção

Leia mais

AVISO: O conteúdo e o contexto das aulas referem-se aos pensamentos emitidos pelos próprios autores que

AVISO: O conteúdo e o contexto das aulas referem-se aos pensamentos emitidos pelos próprios autores que AVISO: O conteúdo e o contexto das aulas referem-se aos pensamentos emitidos pelos próprios autores que foram interpretados por estudiosos dos temas RUBENS expostos. RAMIRO Todo JUNIOR exemplo (TODOS citado

Leia mais

A crise da monarquia, a Primeira República e seus movimentos sociais. Prof. Maurício Ghedin Corrêa

A crise da monarquia, a Primeira República e seus movimentos sociais. Prof. Maurício Ghedin Corrêa A crise da monarquia, a Primeira República e seus movimentos sociais. Prof. Maurício Ghedin Corrêa 1. A CRISE DA MONARQUIA: Elementos da crise: A luta anti-escravista A questão militar O movimento Republicano

Leia mais

IDADE CONTEMPORÂNEA A ERA NAPOLEÔNICA

IDADE CONTEMPORÂNEA A ERA NAPOLEÔNICA ERA NAPOLEÔNICA (1799 1815) Prof. João Gabriel da Fonseca joaogabriel_fonseca@hotmail.com 1 - O CONSULADO (1799 1804): Pacificação interna e externa. Acordos de paz com países vizinhos. Acordo com a Igreja

Leia mais

07 - MERCANTILISMO E EXPANSÃO MARÍTIMA

07 - MERCANTILISMO E EXPANSÃO MARÍTIMA 07 - MERCANTILISMO E EXPANSÃO MARÍTIMA Mercantilismo Surgimento intervenção das monarquias absolutistas na área econômica expandir o comércio aumentar as reservas financeiras se tornarem governos fortes

Leia mais

UNIDADE: DATA: 02 / 12 / 2016 III ETAPA AVALIAÇÃO ESPECIAL DE HISTÓRIA 8.º ANO/EF

UNIDADE: DATA: 02 / 12 / 2016 III ETAPA AVALIAÇÃO ESPECIAL DE HISTÓRIA 8.º ANO/EF SOCIEDADE MINEIRA DE CULTURA Mantenedora da PUC Minas e do COLÉGIO SANTA MARIA UNIDADE: DATA: 02 / 2 / 206 III ETAPA AVALIAÇÃO ESPECIAL DE HISTÓRIA 8.º ANO/EF ALUNO(A): N.º: TURMA: PROFESSOR(A): VALOR:

Leia mais

A ERA DO IMPERIALISMO

A ERA DO IMPERIALISMO A ERA DO IMPERIALISMO 1 Revolução Industrial (Inglaterra, França) Fonte de energia/maquinha: Máquina a vapor, Carvão Mineral 2 Revolução Industrial(EUA, Alemanha e URSS) Linhas de Produção Energia: Petróleo

Leia mais

GOVERNO DE D.PEDRO I ( ) Livro 4 / Módulo 13 (Extensivo Mega) 3º ano / Pré-vest Ano 2018 Prof. Abdulah

GOVERNO DE D.PEDRO I ( ) Livro 4 / Módulo 13 (Extensivo Mega) 3º ano / Pré-vest Ano 2018 Prof. Abdulah GOVERNO DE D.PEDRO I (1822 1831) Livro 4 / Módulo 13 (Extensivo Mega) 3º ano / Pré-vest Ano 2018 Prof. Abdulah AS LUTAS PÓS-INDEPENDÊNCIA q Resistência à Independência ou ao modelo de Independência (Pará,

Leia mais

MÓDULO 06 - O II REINADO( ) A) Política Interna Predomínio do Parlamentarismo às avessas : Inverso do modelo inglês Com o Poder Moderador, o

MÓDULO 06 - O II REINADO( ) A) Política Interna Predomínio do Parlamentarismo às avessas : Inverso do modelo inglês Com o Poder Moderador, o MÓDULO 06 - O II REINADO( 1840-1889) A) Política Interna Predomínio do Parlamentarismo às avessas : Inverso do modelo inglês Com o Poder Moderador, o Imperador reina, governa e administra Assegura a centralização,

Leia mais

CONSERVADORES LIBERAIS

CONSERVADORES LIBERAIS CONSERVADORES desejavam a criação de um governo fortemente centralizado, com uma monarquia dotada de amplos poderes LIBERAIS desejavam a criação de uma monarquia constitucional e a descentralização administrativa

Leia mais

A expansão cafeeira no Brasil.

A expansão cafeeira no Brasil. A expansão cafeeira no Brasil. - A expansão cafeeira reforçou a importação de escravos africanos no Brasil e gerou capitais para investir na indústria e transporte. - O café chegou ao Brasil, na segunda

Leia mais

Professor Edmário Vicente 1

Professor Edmário Vicente 1 Professor Edmário Vicente 1 Professor Edmário Vicente 3 ANTECEDENTES DA EMANCIPAÇÃO Ideais Iluministas; Colônias espanholas na América; Independência dos Estados Unidos 1776; Revolução Francesa em 1789.

Leia mais

Primeiro Reinado ( )

Primeiro Reinado ( ) Primeiro Reinado (1822-1831) PROF. CRISTIANO CAMPOS CPII - HUMAITÁ II O que a Bandeira do Império pode nos informar sobre este momento da nossa história? Ordem de Cristo - herança portuguesa O rei como

Leia mais

China. A história da China é marcada por ciclos econômicos cuja crise provocava a ascensão de uma nova dinastia.

China. A história da China é marcada por ciclos econômicos cuja crise provocava a ascensão de uma nova dinastia. China à Antes de 1949 A história da China é marcada por ciclos econômicos cuja crise provocava a ascensão de uma nova dinastia. Durante a última dinastia, a Qing, a China sofreu muita pressão dos países

Leia mais

H13 - Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processos de disputa pelo poder.

H13 - Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processos de disputa pelo poder. H13 - Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processos de disputa pelo poder. Período Regencial no Brasil Situação política no Brasil Grupos e Disputas

Leia mais

Proclamação da República e República das Espadas

Proclamação da República e República das Espadas Proclamação da República e República das Espadas 1. Caracteriza o processo eleitoral durante a Primeira República, em contraste com o vigente no Segundo Reinado: a) A ausência de fraudes, com a instituição

Leia mais

Formação da Economia Global

Formação da Economia Global Formação da Economia Global *Capitalismo Comercial Séculos XV e XVI Expansão Comercial Renascimento (arte, cultura, filosofia e ciências, século XIII a XVI) Matéria- prima MercanGlismo metais preciosos

Leia mais

O imperador nomeava um presidente conservador ou liberal de acordo com a conjutura política

O imperador nomeava um presidente conservador ou liberal de acordo com a conjutura política O imperador nomeava um presidente conservador ou liberal de acordo com a conjutura política Oliveira Viana chegou a afirmar que nada mais conservador que um liberal no poder. Nada mais liberal que um conservador

Leia mais

7 de setembro de 1822 Independência do Brasil.

7 de setembro de 1822 Independência do Brasil. 7 de setembro de 1822 Independência do Brasil. Brasil Império Primeiro Reinado 1822-1831. Período Regencial 1831-1840. Segundo Reinado 1840-1889. Primeiro Reinado 1822-1831 As primeiras dificuldades do

Leia mais

Século XVIII. Revolução francesa: o fim da Idade Moderna

Século XVIII. Revolução francesa: o fim da Idade Moderna Século XVIII Revolução francesa: o fim da Idade Moderna Marco inicial: tomada da Bastilha Assembleia Nacional Consituinte 1789-1792 Nova Constituição (liberal) para a França; Alta burguesia assume o comando

Leia mais

Brasil e suas varias faces. Rayssa e Eduarda

Brasil e suas varias faces. Rayssa e Eduarda Brasil e suas varias faces Rayssa e Eduarda 1-Primeiro Reinado no Brasil O Primeiro Reinado, também chamado de Brasil Império, foi regido per Dom Pedro I. Teve início em 7 de setembro de 1822, quando foi

Leia mais

UDESC 2017/1 HISTÓRIA. Comentário

UDESC 2017/1 HISTÓRIA. Comentário HISTÓRIA Apesar da grande manifestação em São Paulo, no ano de 1984, com a presença de políticos como Ulisses Guimarães, a emenda Dante de Oliveira, que restabelecia as eleições presidenciais diretas,

Leia mais

Proclamação da República

Proclamação da República Proclamação da República 15 novembro de 1889 Império do Brasil - (1822-1889) Estados Unidos do Brasil (1891-1967) Formas de Governo República : O poder deriva/vem da vontade popular, é exercido em teoria

Leia mais

HISTÓRIA Professor Marcelo Lameirão PROVAS ESA

HISTÓRIA Professor Marcelo Lameirão PROVAS ESA HISTÓRIA Professor Marcelo Lameirão PROVAS ESA QUESTÃO 01 2016/2017 A Revolta dos Malês foi um movimento de escravos africanos, muitos dos quais eram muçulmanos, ocorrido em 1835 na seguinte província:

Leia mais

CONSTITUIÇÃO DE 1824 E

CONSTITUIÇÃO DE 1824 E Curso/Disciplina: Teoria Geral do Estado Aula: Constituição de 1824 e 1891-29 Professor(a): Marcelo Leonardo Tavares Monitor(a): Bruna Paixão Aula nº. 29 CONSTITUIÇÃO DE 1824 E 1891 HISTÓRICO CONTITUIÇÕES:

Leia mais

1840 ATÉ 1889 POLÍTICA E MOVIMENTOS SOCIAIS PROF. FELIPE KLOVAN

1840 ATÉ 1889 POLÍTICA E MOVIMENTOS SOCIAIS PROF. FELIPE KLOVAN SEGUNDO REINADO 1840 ATÉ 1889 POLÍTICA E MOVIMENTOS SOCIAIS SEGUNDO REINADO Golpe da maioridade 1840 Novo gabinete do governo Liberal de curta existência. Conservadores retornam ainda no mesmo ano ao governo.

Leia mais

- votaram: crianças, escravos. e mortos. PARTIDO LIBERAL E PARTIDO CONSERVADOR... OU SERÁ VICE-VERSA?

- votaram: crianças, escravos. e mortos. PARTIDO LIBERAL E PARTIDO CONSERVADOR... OU SERÁ VICE-VERSA? 1 - Eleições do cacete 1.1 - D. Pedro II - 1 Ministério composto por membros do Partido Liberal. 1.2 - Eleições para Câmara dos Deputados => fraudes - substituições: juizes, presidentes das províncias,

Leia mais

História do Brasil Período Regencial

História do Brasil Período Regencial História do Brasil Período Regencial 1831-1840 O período regencial tinha como uma de suas principais características grandes disputas políticas, que estavam presentes na imprensa, nos órgãos do legislativo

Leia mais

A ERA DO IMPERIALISMO

A ERA DO IMPERIALISMO A ERA DO IMPERIALISMO 1 Revolução Industrial (Inglaterra, França) Fonte de energia/maquinha: Máquina a vapor, Carvão Mineral 2 Revolução Industrial(EUA, Alemanha e URSS) Linhas de Produção Energia: Petróleo

Leia mais

Primeiro reinado

Primeiro reinado Primeiro reinado 1822-1831 Professor: Tácius Fernandes Blog: www.proftaciusfernandes.wordpress.com Coroação de D. Pedro I (1 Dez 1822) Ordem social e econômica do período colonial: Latifúndio, monocultura,

Leia mais

3º ANO / PRÉVEST PROF. Abdulah

3º ANO / PRÉVEST PROF. Abdulah PERÍODO JOANINO (1808-1821) Livro 3 / Módulo 12 (Extensivo Mega) 3º ANO / PRÉVEST PROF. Abdulah TRANSFERÊNCIA DA FAMÍLIA REAL O PROJETO BRAGANTINO (século XVII) de transmigração RAZÕES: - Proximidade com

Leia mais