Relatório Final. Abril Programa Internacional para Erradicação do Trabalho Infantil (IPEC)

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1 Missão de Estudos dos PALOP s no BRASIL Relatório Final Abril 2008 Programa Internacional para Erradicação do Trabalho Infantil (IPEC) i

2 Sumário PARTE I - A MISSÃO DE ESTUDOS PALOP S INTRODUÇÃO CONTEXTO DA MISSÃO HISTÓRICO OBJETIVOS, METODOLOGIA E ESTRUTURAÇÃO DA MISSÃO Objetivos da Missão Metodologia e Estruturação da Missão ATUAÇÃO DO IPEC NO BRASIL PARCERIA E AÇÃO Trabalho Infantil Doméstico Exploração Sexual Comercial Tráfico e Plantio de Entorpecentes Economia Agrícola Familiar Trabalho Informal Urbano PROJETO BRASILEIRO DE COOPERAÇÃO SUL/SUL: A MISSÃO: TEMAS E ASSUNTOS DEBATIDOS PREPARAÇÃO Constituição das delegações Vídeo conferência Recepção e Agenda BRASÍLIA A Institucionalidade e as redes de proteção Reuniões de trabalho OIT reconhecendo os instrumentos A diversidade e complexidade dos arranjos institucionais e informais Avaliação do Plano Nacional Um momento significativo Visita de Campo: Vila Estrutural, Associação Viver Uma Política de Intervenção integrada GOIÂNIA Três momentos ímpares Ministério Público do Trabalho e DRT/GO Secretaria de Educação Unilever SALVADOR Experiência de sucesso em ambientes familiares Agenda Bahia do Trabalho Decente Projeto PRACATUM Candeal ODEBRECHT e o programa social SÃO PAULO Quatro momentos e um grande objetivo (proteção da criança numa metrópole gigante) A experiência da Força Sindical e Sindicatos Associados Os trabalhadores mobilizados Fundação Abrinq Envolvendo Empregadores Experiência de Ação comunitária Sub-prefeitura de São Mateus Fundação ORSA e Fórum Paulista Articulação e empenho Combatendo o Trabalho Infantil Urbano São Paulo Protege/SMADS RIO DE JANEIRO Dois casos de Reflexão Coleta de Dados sobre Trabalho Infantil NESA A Universidade e o Combate ao trabalho Infantil LIÇÕES APRENDIDAS LIÇÕES RECOMENDAÇÕES E SUGESTÕES (SISTEMATIZAÇÃO DOS DIÁRIOS DE BORDO) PARTE II - REFLEXÕES SOBRE O MODELO DE COOPERAÇÃO SUL-SUL PANORAMA DA COOPERAÇÃO SUL-SUL COOPERAÇÃO SUL-SUL VERSUS COOPERAÇÃO VERTICAL ii

3 1.2- BILATERALISMO E MULTILATERALISMO NO CONTEXTO DA COOPERAÇÃO SUL-SUL O PAPEL DAS OIS NA COOPERAÇÃO SUL-SUL: UMA INICIATIVA PIONEIRA DO IPEC/OIT SUSTENTABILIDADE E REPLICABILIDADE DAS AÇÕES CONSTATAÇÕES INICIAIS RECOMENDAÇÕES SOBRE REPLICABILIDADE E SUSTENTABILIDADE CONSIDERAÇÕES FINAIS...50 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...52 ANEXOS...55 AGENDA FICHAS DOS PROJETOS Projeto: Programa de extensão da escola, escoteiro, musicalização e inclusão digital Projeto: Escola Mirim Olodum Projeto: Pracatum Projeto: Fundação Odebrecht Projeto: Infância Protegida para o Futuro Crescer feliz Projeto: Projeto Cata-Vento Projeto: Empresa Amiga da Criança MODELO DO DIÁRIO DE BORDO SÍNTESE DOS DIÁRIOS DE BORDO (DESTAQUES DO DIA) SÍNTESE DOS DIÁRIOS DE BORDO (SUGESTÕES AGRUPADAS) LISTA DAS DELEGAÇÕES iii

4 PARTE I - A MISSÃO DE ESTUDOS PALOP s 1

5 1- INTRODUÇÃO A realização da Missão de Estudos PALOP s, entre os dias 24 de setembro e 05 de outubro de 2007 foi o culminar de um intenso e complexo processo de articulação envolvendo diversos escritórios da OIT na América Latina, Europa e África e os Governos, empregadores, empregados e sociedade civil no Brasil, em Angola e em Moçambique. A iniciativa da OIT, através da Coordenação do seu Programa Internacional de Erradicação do Trabalho Infantil (IPEC) no Brasil, ensejada pela disposição expressa da Declaração Conjunta dos Ministros do Trabalho dos países da CPLP, em maio de 2006, em Lisboa, na qual se comprometeram a promover o intercâmbio de experiências e boas práticas no campo da erradicação do trabalho infantil nos seus países representava um desafio novo devido ao ineditismo da ação. Esta Declaração foi reforçada pela adoção de um Plano de Ação do Combate ao Trabalho Infantil e suas Piores Formas em setembro de 2006 em Guiné-Bissau. Costumeiramente as Agencias e Programas do sistema das Nações Unidas têm trabalhado num modelo de cooperação bilateral, com implementação de ações acordadas em cada país. Mesmo nos casos em que os mandatos dos organismos abarcam temas que poderiam ser tratados em ambiente multilateral tem prevalecido o tratamento da agenda com cada país especificamente. Dessa forma, a proposição de uma ação que envolve troca de experiências entre dois ou mais países com intermediação do IPEC/OIT era revestido de pionerismo. A constituição de uma agenda que conciliasse interesses de todos atores envolvidos, especialmente com a composição tripartite das delegações, e a mobilização de recursos humanos e materiais demandou exercício de articulação e negociação extraordinário. Desde a realização da Vídeo-conferência, em 28 de agosto, destinada a consolidar a agenda da Missão e harmonizar informações e procedimentos até o encerramento 2

6 da visita das delegações estrangeiras, em 05 de outubro foi cumprida uma intensa agenda permeada de seminários, exposições, debates e visitas de campo e trabalhos em grupo. A metodologia aplicada para consolidação diária das experiências e a composição da agenda entre momentos de informação e de observação in loco permitiu uma troca de idéias e uma percepção crítica crescente. O resultado desta intensa interação é apresentado agora neste relatório ao mesmo tempo descritivo e analítico. Para atender a este propósito o documento presente está dividido em duas partes: a primeira apresenta em forma descritiva desde o contexto da iniciativa até os resultados aprendidos. É oferecida uma síntese dos encontros e das visitas de campo e anexa uma ficha-resumo de cada projeto examinado. A segunda parte do relatório é destinada a uma análise do modelo de cooperação sul-sul em que esta iniciativa é realizada. Nesta parte é feito um panorama geral da cooperação horizontal e avançadas considerações sobre a concepção e execução de ações neste modelo. Esta análise é feita sob instigação da experiência da Missão de Estudos para troca de experiências e boas práticas em matéria de combate ao trabalho infantil nos países de língua portuguesa. Portanto, este relatório é a síntese de mais de 30 apresentações e exposições, 6 trabalhos de grupo, 8 visitas de campo a projetos específicos em 10 dias de intensa convivência entre as delegações de Angola e Moçambique, o conjunto de pessoas e instituições participantes no Brasil e a equipe local do IPEC/OIT em Brasília. 3

7 2- CONTEXTO DA MISSÃO 2.1- Histórico A iniciativa desta Missão de Estudos se concretiza dentro de uma conjugação de diversos fatores e processos no contexto da cooperação entre o IPEC-OIT, o Estado brasileiro e os países da CPLP. Esta ação materializa e aproxima as históricas preocupações da OIT, circunstancializadas pelos objetivos do Programa Internacional para Eliminação do Trabalho Infantil (IPEC) e os entendimentos mais recentes dos países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa quanto a necessidade de ações conjuntas para enfrentar esta mazela que os assola. A Organização Internacional do Trabalho (OIT), enquanto agência especializada da Organização das Nações Unidas (ONU) em questões do trabalho atua, tanto no Brasil como nos países africanos, através de seus escritórios regionais. No Brasil a OIT está presente desde 1950 mediante programas e atividades no âmbito de seu mandato. Após a abertura democrática no Brasil, especialmente com a adoção da Constituição de 1988, a OIT passou a dedicar sua atenção a uma agenda propositiva direcionada à promoção de trabalho decente baseado nos seguintes pilares: promoção do emprego, com proteção social, diálogo social e respeito aos direitos humanos e do trabalho, conforme disposto nas Convenções Internacionais, a saber, Convenções 29, 87, 98, 100, 105, 111, 138 e 182 dentre outras. Igualmente, sob abrigo do Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e a Organização Internacional do trabalho para Cooperação Técnica com Outros Países da América Latina e Países da África, celebrado em 29 de julho de 1987, a OIT se dispôs a implementar conjuntamente programas e projetos de cooperação técnica, em áreas pertinentes a assuntos trabalhistas e sociais, solicitados por outros países da América Latina e países da África, cuja realização poderia ocorrer no território brasileiro ou nos países das duas regiões referidas, prenunciando, desde então, um modelo de cooperação sul-sul. 4

8 A partir de 1992, com a adoção mundial do Programa Internacional para Eliminação do Trabalho Infantil (IPEC) a OIT tem marcado presença em todo o território nacional brasileiro, e mais recentemente (2003) com ações diversas em mais de dez estados da federação mediante o Programa de Duração Determinada (PDD). Durante esta longa trajetória tanto o IPEC-OIT como o Estado brasileiro, têm acumulado experiências significativas na Geração de conhecimentos, Mobilização Social, Educação e Conscientização e Desenvolvimento de Capacidade Institucional e Legislativa. Destaque deverá ser dado à constituição de redes locais, estaduais e nacionais de proteção à criança e ao adolescente e de promoção de iniciativas, ações e projetos diversos de combate e erradicação do trabalho infantil no país, especialmente na promoção das políticas de incentivo e promoção da freqüência escolar, como meio de reduzir o trabalho infantil, até o estabelecimento de programas de transferência de renda condicionada a freqüência na escola (Programa para Erradicação do Trabalho Infantil - PETI, Bolsa Escola e, mais recentemente, Bolsa Família). Destacam-se também as experiências acumuladas na constituição e articulação de Instituições e espaços formais e informais de debate, proposição, fiscalização e canalização de projetos e ações em ambientes de amplo diálogo social com representação dos diversos setores da sociedade, elaboração e implementação do Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao trabalhador Adolescente. Se, por um lado, a realidade das crianças brasileiras afetadas pelos abusos mais variados, mesmo distantes de ser controlada, já é enfrentada com uma gama de instrumentos e ações construídos mediante parcerias estratégicas e comprometimento de atores de diversos setores da sociedade civil, com apoio técnico e financeiro de organismos internacionais e articulados num longo e contínuo esforço, no continente africano a situação dos direitos fundamentais das crianças e adolescentes representa ainda uma grande barreira ao desenvolvimento social. A constatação trazida pelo Relatório Global de 2006 sobre a elevada incidência de crianças economicamente ativas na região da África Sub-saariana - 26,4 % das 5

9 crianças entre 5 e 14 anos na região estão em situação de trabalho ensejou a adoção de uma Declaração Conjunta dos países da CPLP, em maio de 2006, em Lisboa, por meio da qual se comprometeram a promover o intercâmbio de experiências e boas práticas no campo da erradicação do trabalho infantil nos seus países. Na ocasião, foi elaborado um Plano de Ação para, entre outros propósitos, servir de referência no desenvolvimento, implantação e avaliação de Planos Nacionais de Combate ao trabalho Infantil e na criação de Programas de Duração Determinada (PDD) com ênfase na cooperação horizontal, comumente denominada cooperação sul-sul. Em setembro do mesmo ano os Ministros de Assuntos do Trabalho reuniram-se em Guiné-Bissau e adotavam o Plano acordado em Lisboa. Considerando que o Brasil era o único país da CPLP que estava implementando um Programa de Duração Determinada (PDD) nos moldes do IPEC-OIT para subsidiar o combate das Piores Formas de Trabalho Infantil, e a decisão do Governo brasileiro em apoiar os Países Africanos de Língua Portuguesa (PALOP) mediante cooperação horizontal (Sul-Sul) considerou-se a possibilidade da organização de uma missão de estudos com representantes dos constituintes tripartites da OIT de Angola e Moçambique como oportunidade para dar continuidade às atividades de cooperação sul-sul que o Projeto financiado pelo Governo Brasileiro vem viabilizando na esfera da eliminação do Trabalho Infantil, com foco nas suas piores formas. Através da sua experiência no Combate ao Trabalho Infantil e na promoção do trabalho decente, com apoio e cooperação técnica do IPEC-OIT, o Brasil poderia oferecer oportunidade de troca de experiências e verificação de iniciativas e ações concretas que ensejariam a implementação de ações específicas em Moçambique e Angola, inicialmente, e em outros países da CPLP na seqüência. É neste sentido que, em iniciativa pioneira, o IPEC/OIT viabiliza esta Missão de Estudos buscando a troca de experiências como mecanismo indutor de adoção de políticas e ações nos países cujo processo de combate ao trabalho infantil ainda este embrionário e fortalecimento dos mecanismos já existentes no Brasil. 6

10 2.2- Objetivos, Metodologia e Estruturação da Missão Objetivos da Missão -Promover o intercâmbio e a partilha de experiências, metodologias, estratégias e boas práticas na construção de políticas públicas e nas ações para a prevenção e erradicação do Trabalho Infantil a partir da realidade brasileira, porém aproveitando as experiências existentes em Angola e Moçambique para estimular a implementação de iniciativas, legislação e instituições naqueles países. -Apresentar a experiência do Brasil, não como a única nem necessariamente a melhor, mas vivenciada na construção de redes formais e informais de proteção a criança e adolescente e promoção de trabalho decente. -Permitir que o Brasil, através das instituições, agentes e tomadores de decisão que participarão da missão, perceba o estágio e os esforços que vêm sendo adotados em Angola e Moçambique, compartilhe os casos de sucesso e as dificuldades vivenciadas. -Possibilitar aos membros da missão verificar a adoção e execução de programas específicos como o PDD no intuito de que possam incitar iniciativas semelhantes ou equivalentes nos países africanos de língua portuguesa e possam servir de base para a atuação do IPEC-OIT naqueles países. -Encontrar nas experiências que foram verificadas elementos que permitam dar densidade as iniciativas da cooperação horizontal brasileira já iniciada com Angola e Moçambique no combate ao trabalho infantil Metodologia e Estruturação da Missão 7

11 Para a concretização dos objetivos da missão foi adotada uma metodologia que integrava quatro dimensões essenciais: 1)- Construção de base informacional sobre a realidade brasileira mediante seminários e apresentações de instituições (públicas e privadas, formais e informais) envolvidas no Planejamento, Formulação e Execução de Políticas Públicas, desenho, constituição e funcionamento de redes de proteção à criança e ao adolescente e a articulação das entidades que participam dos diversos espaços existentes para o Combate ao Trabalho Infantil e Promoção do Trabalho Decente, sediados na Capital Federal; 2)- Discussões de Casos concretos a análise de casos concretos e específicos permitiu melhor troca de idéias e a percepção do estágio de desenvolvimento em que os três países se encontram levando a ponderações comparativas sobre os avanços conseguidos e as dificuldades prevalecentes na árdua tarefa de proteção à criança e ao adolescente; 3)- Encontros com atores sociais o intercâmbio com atores sociais dos vários segmentos permitiu um diálogo mais próximo e franco e revelador das proximidades e diferenças entre as experiências que os três países vivenciam na temática do trabalho infantil; 4)- Participação em oficinas de trabalho e debate nestes momentos era possível a troca de experiências entre os participantes dos três países envolvidos na missão conforme o modelo tripartite da OIT, objetivando suscitar reflexões e exposição de idéias e propostas que ultrapassassem a simples observação da realidade brasileira; e, 5)- Visitas de campo com interesse de proporcionar uma observação in loco das experiências desenvolvidas no Brasil, as visitas abrangeram uma gama diversificada de projetos e iniciativas espalhadas por quatro Estados (Goiás, Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro) e o Distrito Federal. Nestes momentos, além de observar as experiências concretas, os integrantes da missão teriam a oportunidade de trocar idéias com os diversos atores que participam da concepção, formulação e execução de ações visando a erradicação do trabalho infantil no Brasil. 6)- Síntese diária das observações mediante o preenchimento diário, ao final da programação do dia, de um documento na forma de questionário sintético, apelidado de Diário de Bordo, os integrantes da missão teriam a possibilidade de 8

12 registrar suas impressões mais significativas do conjunto de atividades realizadas e oferecer sugestões das melhores formas de encaminhamento dos temas mais relevantes na visão de cada componente das delegações. O resultado destes questionários possibilitaria a síntese das observações consolidadas da Missão (anexo modelo de Diário de Bordo). 3- ATUAÇÃO DO IPEC NO BRASIL 3.1- Parceria e Ação O Programa Internacional para a Erradicação do Trabalho Infantil (IPEC), até por ter sido acolhido pelo Brasil desde sua concepção (1992), transformou-se num instrumento fundamental da atuação da OIT no país e catalisou a articulação, mobilização e legitimação de políticas, ações e iniciativas nacionais de combate ao trabalho infantil. A OIT/IPEC logrou, de forma estratégica e oportuna, potencializar os vários movimentos no País em defesa dos direitos da criança e do adolescente no contexto das duas convenções complementares fundamentais que tratam do trabalho infantil: Convenção nº138 (Idade Mínima) e Convenção nº182 (Piores Formas). Com mais de 100 programas de ação financiados pela OIT, mostrou-se ser possível não somente implementar políticas integradas de retirada e proteção da criança e do adolescente do trabalho precoce, como também desenhar ações preventivas junto à família, escola, comunidade e à própria criança. O desempenho do IPEC no Brasil ao introduzir a questão da erradicação do trabalho infantil na agenda das políticas nacionais se traduz nos maiores índices de redução do número absoluto de crianças exploradas no trabalho formal que se tem notícia. Entretanto, a OIT/IPEC continua cooperando com a sociedade brasileira para progressivamente retirar as mais de 5 milhões de crianças e adolescentes restantes (das 8,4 milhões existentes, entre 5 e 17 anos no início da década de 90, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD 2006, do 9

13 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE). Essas crianças encontram-se no trabalho informal, perigoso, ilícito e oculto, e continuam representando um desafio não menor do que era quando o IPEC se estabeleceu no Brasil há mais de 10 anos. A adoção dos Programas de Duração Determinada (PDD) permitiu que o IPEC/OIT fosse além de fomentador de políticas públicas, catalisador de articulações e incentivador de boas práticas. Com os PDD a atuação do IPEC chegou a ações concretas com experiências de intervenção e contribuição direta nas iniciativas de erradicação ao trabalho infantil com espectro amplo de reintegração social. O enfrentamento dos abusos e profundas violações aos direitos fundamentos da criança e do adolescente são realizados em diversas frentes, tão complexas como são as sutilezas com que são perpetradas as agressões. O IPEC tem atuado nas frentes significativas em que as violações ocorrem ou através de ações que as previnam Trabalho Infantil Doméstico Essa forma oculta de trabalho infantil está assumindo um espaço especial na agenda nacional. Crianças que trabalham como domésticas em casa de terceiros, afastadas de suas famílias e sem oportunidade de estudar ou brincar compõem um exército invisível de mão-de-obra, que está sujeita a toda sorte de exploração. No processo de implementação da Convenção nº182, em especial da sua Recomendação nº190, a OIT/IPEC contribui com os esforços nacionais para desenvolver mecanismos de sensibilização da sociedade, prevenção e enfrentamento do problema, dificultado não somente pelos aspectos culturais "benevolentes" que envolvem o emprego de crianças nessa atividade como também pelas restrições de acesso aos lares daqueles que exploram essa mão-de-obra Exploração Sexual Comercial No âmbito da Convenção 182 a OIT/IPEC desenvolve ações com governos, organizações de empregadores e de trabalhadores no combate e enfrentamento da exploração sexual comercial em todo o País, mesmo antes da ratificação da Convenção pelo Brasil. As ações são fundamentalmente voltadas a buscar 10

14 alternativas concretas para retirada das meninas e meninos das redes de exploração e tráfico e para reabilitação e reintegração social Tráfico e Plantio de Entorpecentes Ainda que a experiência do IPEC no combate à exploração de crianças em atividades ilícitas no Brasil seja pequena, a OIT foi pioneira em elaborar um estudo nessa temática, por meio do Projeto SIMPOC (Programa de Informações Estatísticas e de Monitoramento sobre Trabalho Infantil), intitulado "Diagnóstico Rápido sobre crianças no narcotráfico". Os dados do estudo servem de base para um programa de ação inovador e integrado de prevenção junto a essa população em risco social. Ações educativas direcionadas para crianças vítimas de redes do tráfico de drogas, como o trabalho com a ONG Observatório de Favelas, na Comunidade da Maré, no Rio de Janeiro, têm sido estimuladas pelo Programa Economia Agrícola Familiar As ações da OIT/IPEC no contexto do trabalho infantil na agricultura familiar têm sido sistemáticas e inovadoras no sentido de buscar alternativas econômicas para as famílias em áreas rurais. As lições aprendidas com o Programa de erradicação do Trabalho Infantil (PETI), em especial na região sisaleira do País, são hoje reconhecidas internacionalmente como uma iniciativa eficaz, pois aliam a questão agrária (propriedade de terra e migração rural) à geração de renda, fortalecimento do papel da mulher, economia familiar ao combate do trabalho infantil e proteção do trabalhador adolescente por meio das organizações comunitárias, governo local e sindicatos de trabalhadores rurais Trabalho Informal Urbano A OIT/IPEC também participou e contribuiu com o movimento social brasileiro no contexto das ações de defesa dos meninos e meninas em situação de rua. Assim, inúmeras iniciativas foram desenhadas e desenvolvidas com organizações da sociedade civil no sentido de conhecer a natureza do fenômeno do trabalho infantil nos centros urbano e informal como também executar ações de intervenção direta que contemplam a proteção integral das crianças ocupadas em atividades informais, lícitas ou ilícitas, e sua reinserção responsável e coordenada no contexto escolar e do convívio social e familiar. 11

15 4- PROJETO BRASILEIRO DE COOPERAÇÃO SUL/SUL: O acordo firmado entre o estado brasileiro e a OIT, em julho de 1987, abria cominho para a execução de programas e projetos que envolvessem terceiros países da região da América Latina e África. Dentre outros propósitos o Acordo previa a cooperação entre o Brasil e a OIT nas seguintes modalidades: a)- envio de peritos brasileiros para atuar na execução de programas e projetos competentemente aprovados pelas Partes Contratantes e pelo Governo do país ou países parceiros; b)- indicação de peritos brasileiros para integrar missões técnicas específicas ou pluridisciplinares; c)-preparação, participação e execução conjunta de seminários, simpósios e outros eventos de caráter nacional, sub-regional ou regional; d)- promoção e execução conjuntas de cursos de formação e especialização para diretores, administradores, técnicos ou funcionários de entidades responsáveis pela formação profissional, segurança no trabalho, política de emprego, normas trabalhistas, movimentos migratórios e outros setores especializados do trabalhismo e assuntos sociais. O governo brasileiro, por meio do Ministério das Relações exteriores e da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), particularmente sob responsabilidade da divisão de Cooperação Técnica entre Países em Desenvolvimento (CTPD), definiu como prioridade a concretização de uma cooperação horizontal, denominada, cooperação Sul-Sul. Neste contexto, em 2002, o Governo Brasileiro e o FNUAP firmaram Subprograma de Cooperação Sul-Sul visando aproveitar a experiência brasileira no equacionamento de problemas comuns aos países em desenvolvimento, estimulando a cooperação técnica na América Latina, Caribe e em países lusófonos 12

16 em desenvolvimento, concentrando sua atuação em três áreas temáticas: estratégias de população e desenvolvimento, saúde reprodutiva, e tratamento e prevenção de HIV/AIDS. Para dar corpo a esta nova dimensão da cooperação brasileira, de 20 de outubro a 1º de novembro de 2002, durante o I Workshop Internacional de Cooperação Técnica Sul-Sul foram estabelecidos objetivos específicos da cooperação técnica Sul-Sul, a saber: a- Identificar e analisar as demandas e ofertas de cooperação internacional, resultante de metodologia de consultas especificamente aplicada no Brasil e países da América Latina, Caribe e países de Língua Portuguesa; b- Preparar programas e projetos de cooperação técnica, nas áreas de população e desenvolvimento, saúde reprodutiva e DST/AIDS; c- Implementar, monitorar e avaliar os programas e projetos; d- Desenvolver e ampliar a capacidade de atuação local e regional nas áreas de população e desenvolvimento, saúde reprodutiva, prevenção de DST/AIDS e eqüidade de gênero; e- Facilitar, em bases recíprocas, a transferência de conhecimento, de tecnologia e de experiências, troca de informações, formação de recursos humanos e fortalecimento de instituições. O sentido dessa iniciativa de cooperação técnica é de compartilhar experiências bem sucedidas, estimular a transferência de conhecimento empírico brasileiro e estabelecer vínculos entre países considerados em desenvolvimento. Em relações a África o projeto brasileiro ensejou nas iniciativas no contexto da Comunidade dos Países de Língua portuguesa (CPLP) - na qual o Brasil teve papel destacado na sua criação - e muito particularmente no âmbito dos Países africanos de Língua Portuguesa (PALOP), por óbvia identificação cultural, histórica e lingüística. 13

17 No contexto da CPLP destacam-se as seguintes ações dentro da cooperação sul-sul levada a cabo pelo governo brasileiro com os países da comunidade: A) Projetos Centro Regional de Excelência em Desenvolvimento Empresarial a ser implantado em Angola, e Centro Regional de Excelência em Administração Pública, em Maputo; B) Acordo de Cooperação entre os Governos da CPLP sobre o Combate ao HIV/SIDA; C) Seminários anuais na área de telecomunicações dentro do projeto Cooperação Técnica em Telecomunicações ; D) Projeto Cursos de Concepção e Elaboração de Projetos para o Desenvolvimento que já possibilitou a formação de 103 especialistas, dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (Palop) e de Timor- Leste, atuantes em cooperação internacional; E) O projeto Recursos Humanos em Saúde Pública nos PALOP e Timor-Leste prevê o apoio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aos PALOP e Timor-Leste, nas áreas de gestão de saúde pública e vigilância epidemiológica; F) Formação de inspetores e delegados regionais da Inspeção Geral do Trabalho e Segurança Social, e apetrechamento da Faculdade de Direito de Bissau; G) Projeto Estudos Lusitanistas na Biblioteca Nacional de Lisboa, que prevê a concessão de bolsas para acadêmicos africanos e do Timor- Leste, para a realização de estudos em história, ciências sociais, direito, literatura, língua, entre outras áreas, conta com o apoio conjunto de Portugal e do Brasil. Desses estudos deverão resultar publicações destinadas a instituições culturais e de ensino da língua portuguesa. 14

18 No âmbito dos PALOP a definição da Cooperação Técnica entre Países em Desenvolvimento, direciona-se a ajudar a minorar o impacto da exclusão econômica e social naqueles países. A seguir são indicadas algumas ações previstas e em execução com os PALOP: a)- Projeto Centro de Formação Profissional Angola-Brasil, na cidade de Cazenga - é o maior dos projetos de cooperação técnica prestados pelo Brasil a países em desenvolvimento b)- Programa de Alfabetização Solidária em Cabo Verde; c)- Projeto de Dessalinização em Ribeira da Barca, Cabo Verde; d)- Projeto de Formação Profissional, Cabo Verde; e)- Fortalecimento da a capacidade de combate a epidemia de HIV/AIDS e prevenção da transmissão materno-infantil em Guiné- Bissau; f)- Projeto PCI-Ntwanano, na área de DST e AIDS em Moçambique e projeto semelhante em São Tomé e Príncipe; g)- Alfabetização e Educação de Adultos em Moçambique e em São Tomé e Príncipe; h)- Bolsa Escola em Moçambique e em São Tomé e Príncipe i)- Uso de Tecnologias da Informação e da Comunicação na Educação Presencial e a Distância em Moçambique. j)- Projeto de Apoio ao Desenvolvimento e Fortalecimento do Setor de Pesquisa Agropecuária da República de Moçambique, que se constitui de um conjunto de ações que visam o estabelecimento institucional e operacional do Instituto de Investigação Agrária de Moçambique IIAM; l)- Projeto Inserção Social pela Prática Esportiva em Moçambique; 15

19 Este conjunto amplo de ações representa a substância da cooperação horizontal brasileira, no contexto da qual se insere o apoio aos PALOP na formatação de instituições e implementação de ações visando à erradicação do trabalho infantil, usando ponto de partida e referência as experiências bem sucedidas no país. 5- A MISSÃO: TEMAS E ASSUNTOS DEBATIDOS 5.1- Preparação A realização da Missão de Estudos PALOPs, entre 24 de setembro e 05 de outubro de 2007, representou o culminar de um processo de articulação e preparação que envolveu uma diversidade de instituições dentro do Brasil, nos dois países africanos participantes da Missão e nos escritórios da OIT na América Latina (Lima), África (Lusaka, Iaondé), na Europa (Turim e Genebra). O alinhamento de uma gama de atores desta magnitude exigiu um trabalho de articulação e coordenação que vai desde a concepção do formato da Missão, a mobilização de recursos financeiros e humanos, a formação das delegações, a logística de transporte e acomodação à materialização da agenda de trabalho. O pionerismo de uma ação que poderá representar marco na cooperação horizontal, inclusive para a própria OIT, que historicamente tem atuado em relações essencialmente bilaterais (OIT-Países), representou um desafio adicional, ainda que muitos projetos desenvolvidos pela entidade tenham cunho regional e sub-regional Constituição das delegações A Missão de estudos era composta por delegações de Angola e Moçambique e parceiros sociais brasileiros, acompanhados por equipe do IPEC/OIT de Brasília. A composição das delegações, previamente acertada com cada país, observou o modelo tripartite ampliado, envolvendo pessoas com vivência na área de proteção à criança e ao adolescente e combate ao trabalho infantil nos dois países. 16

20 Cada uma das delegações foi composta por cinco pessoas (duas representando instituições do Estado, uma representando o segmento dos empregadores, uma representando os trabalhadores e uma representando a sociedade civil). As duas delegações participaram do programa integralmente durante os dez dias inicialmente previstos para a missão (lista completa das delegações em anexo). No Brasil, as delegações tiveram contato, nos diversos momentos dos seminários, debates e visitas de campo, com integrantes dos setores formais (União, Estado e Município), representantes dos trabalhadores através dos sindicatos, representantes de entidades patronais e integrantes da Sociedade Civil Vídeo conferência Como parte da preparação da Missão foi realizada uma Vídeo-conferência no dia 28 de agosto de 2007 entre as cidades de Luanda, Maputo, Genebra e Brasília, em que participaram, simultaneamente, os integrantes das delegações de Angola e Moçambique funcionários da sede da OIT em Genebra, autoridades e convidados de instituições brasileiras envolvidas com a temática do trabalho infantil e integrantes do escritório da OIT em Brasília 1. A vídeo-conferência coordenada pelo Sr. Pedro Américo Furtado de Oliveira, Coordenador do IPEC/Brasil serviu para estabelecer um primeiro contato informativo sobre o contexto da Missão e avançar os preparativos da visita das delegações de Angola e Moçambique. 1 Participantes da Vídeo-conferência: Sr. Pedro Américo Furtado de Oliveira (OIT/IPEC), Sra. Isa Oliveira (Fórum Nacional), Sr. Leonardo Soares (CONAETI), Sr. Sérgio Paixão (MTE), Embaixador Edson Monteiro (ABC/MRE), Sr. Jesus Isaias (rep. Embaixada de angola em Brasília), Sra. Anita Amorim (OIT/Genebra), Sr. Benjamim Smith (IPEC/OIT/Genebra), além dos representantes das duas delegações dos países africanos que consta em anexo. 17

21 Na abertura o coordenador destacou a importância e o ineditismo desta iniciativa e a necessidade de compartilhar as experiências vivenciadas os três países sem quaisquer pretensões de que uma ou outra sirva de receita pronta a ser aplicada em outros lugares sem as devidas precauções. Os representantes para a região da latino-americana no escritório da OIT/IPEC em Genebra, Sra. Anita Amorim e Sr. Benjamim Smith, destacam o momento oportuno para relançar a cooperação sul-sul a partir da iniciativa brasileira de apoiar os países africanos na construção de instrumentos para o combate ao trabalho infantil naqueles países aproveitando-se das experiências e boas práticas vivenciadas no Brasil. O Embaixador Edson Monteiro, representante da Divisão de Cooperação Técnica entre Países em Desenvolvimento, enalteceu a iniciativa e comentou o apoio da agência Brasileira de Cooperação (ABC) a este evento e a disponibilidade do MRE para levar adiante programas e projetos que materializam a cooperação Sul-Sul vetor prioritário na política de cooperação do estado brasileiro. Os senhores Leonardo Soares, Sérgio Paixão e Isa Oliveira, representantes da CONAETI, MTE e FNPETI respectivamente, destacaram a importância do diálogo ampliado para avançar no enfrentamento do tema de cooperação em pauta conforme disposto nas convenções internacionais da OIT, assim como a importância da troca de experiências entre os países lusófonos, em especial considerando o momento de reflexão e avaliação dos instrumentos e estratégias desenvolvidos no Brasil, como a avaliação do Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Trabalhador Adolescente Recepção e Agenda As delegações de Angola e Moçambique, que haviam desembarcado em Brasília no dia anterior, foram recepcionadas na manhã do dia 24 de setembro no escritório da OIT para início da agenda da Missão de estudos. 18

22 A sessão de abertura contou com a presença da Diretora Geral da OIT no Brasil, Dra. Lais Abramo que destacou o sentido da cooperação sul-sul que procura compartilhar as experiências e as boas práticas entre os países envolvidos e a necessidade de que as políticas tenham mais continuidade que o período dos governos. Estavam presentes também além do coordenador do IPEC/Brasil, os representantes das embaixadas de Angola e Moçambique, do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério do Trabalho e emprego, e membros da equipe do IPEC/Brasil. A agenda confirmada em seguida compreendia um conjunto de encontros nos dias seguintes em Brasília e visitas de campo a projetos e iniciativas em outras quatro cidades, a saber, Goiânia, Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro (Agenda e Programação Completa da Missão de Estudos em anexo) Brasília Valendo-se da condição de Capital da República, sede das Instituições Públicas e do Escritório da OIT no Brasil, abrigou os primeiros dias da Missão, destinados a construção da base informacional e do entendimento da diversidade de Instituições e arranjos intervenientes no combate e erradicação do trabalho infantil A Institucionalidade e as redes de proteção Reuniões de trabalho OIT reconhecendo os instrumentos Entre os dias 24 e 26 de setembro grande parte da agenda foi cumprida em reuniões no escritório da OIT em Brasília. A tônica da agenda foi a apresentação dos atores, instituições formais e informais - e as 19

23 redes construídas para a proteção da criança e do adolescente e combate ao trabalho infantil no país. A apresentação do representante da Comissão Nacional Tripartite de Erradicação do trabalho Infantil (CONAETI), trouxe para a Missão a experiência da prática do diálogo social necessária para a construção de instrumentos legítimos e eficazes e para a sensibilização e engajamento de diversos segmentos na causa da proteção da criança. Instância de diálogo social de fundamental importância para o trabalho infantil a CONAETI revelou e impressionou a Missão de Estudos pela diversidade de instituições que interagem no seu seio, assim como a complexidade de arranjos conseguidos desde sua constituição em As exposições sobre o processo de construção e formulação do Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Trabalhador Adolescente no Brasil, como estruturar um programa de combate às piores formas de trabalho infantil nas escolas, experiências do combate ao trabalho infantil na rede de saúde, atuação da Frente Parlamentar e da audiência pública no desenvolvimento legislativo e aplicação da lei, políticas de transferência de renda como forma de combate ao trabalho infantil e estratégias de comunicação para garantir a divulgação de boas práticas e oferecer denúncias sobre violações, foram momentos de aprendizagem significativa para os participantes. A metodologia de debates em grupos e síntese diária individual obtida mediante reflexão e resposta a um roteiro de questões de sistematização, previamente elaboradas pela coordenação do evento (apelidados de DIÁRIO DE BORDO, modelo em anexo), revelou as primeiras impressões positivas e as inevitáveis comparações entre as práticas existentes nos três países presentes o que começava a materializar o objetivo básico da troca de experiências e boas práticas A diversidade e complexidade dos arranjos institucionais e informais A diversidade de instrumentos e instituições que foram apresentados a Missão durante as reuniões iniciais em Brasília CONANDA, FORUM NACIONAL e ESTADUAIS e MUNICIPAIS, CONAETI dentre outros - geraram impressões em 20

24 duas direções. Por um lado ressaltou o importante caminho construído pelo Brasil em direção a erradicação do trabalho infantil, inclusive com instrumentos adotados antes mesmo do país ter ratificados instrumentos internacionais, como é o caso do PETI e Bolsa-Escola. Mas, por outro lado, esta diversidade levou a percepção generalizada dos participantes de que a diversidade dos instrumentos inclusive a não institucionalidade de alguns, como é o caso da FNPETI, gerava, em muitos casos, sobreposição de abrangência e dificuldades de delimitação de espectro e escopo de atuação. Esta percepção era corroborada pela complexidade de alguns dos arranjos institucionais e a composição densa e estratificada de outros. A CONAETI por exemplo, criada em 2002 por Portaria Ministerial, congrega 33 entidades respeitando o modelo quadripartite na sua composição governo, empregadores, empregados e sociedade civil (através do CONANDA) ainda conta com o Ministério Público do Trabalho e o Fórum Nacional que por sua vez tem o mesmo modelo de composição dela. Porém, prevaleceu a percepção geral do significativo avanço conseguido pelo Brasil e da boa prática do diálogo social alcançado nas instâncias intervenientes no combate ao trabalho infantil e que poderá servir de referência para os novos processos iniciados em Angola e Moçambique, seja na formação de instituições como no desenho e execução da ações Avaliação do Plano Nacional Um momento significativo Um dos momentos mais significativos da Missão foi a participação dos integrantes no Seminário Nacional de avaliação do Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Trabalhador Adolescente no Brasil, adotado em Tratou-se de um momento histórico, conforme descreveu Leonardo Soares representante do Ministério do trabalho e Emprego e da CONAETI na véspera do encontro. O momento de bastante proveito para os integrantes da missão que puderam in loco acompanhar um processo de avaliação coletiva de um instrumento fundamental no sistema de proteção à criança no país. 21

25 Destaque maior foi dado a observação do diálogo social protagonizado por representantes de dezenas de instituições que integram as redes de proteção e os órgãos formais e informais presentes ao evento. Deve ser registrado o fato de que a presença das delegações da Missão de estudos foi planejada como parte da agenda oficial para que pudessem ter a dimensão da complexidade e do desafio de avaliar um instrumento que sintetiza, em grande medida, o sentido da Política Pública Nacional na proteção À criança e ao adolescente no Brasil. As intervenções feitas pelos membros das delegações durante o encontro merecem atenção especial dos parceiros locais e contribuíram para o encaminhamento de Resolução adotada na ocasião Visita de Campo: Vila Estrutural, Associação Viver Uma Política de Intervenção integrada A primeira visita de campo da Missão aconteceu ainda Brasília num Programa de Ação de Intervenção direta PDD desenvolvido numa das áreas de maior degradação social, a Vila Estrutural. em do Localizada numa área de lixão, o projeto tem por objetivo prestar a assistência social e amparo às crianças e aos adolescentes carentes, auxílio às respectivas famílias, e a promoção da educação complementar, oferecendo oportunidades para desenvolvimento de boa índole e capacidade de empregabilidade. Hoje o projeto atende cerca de 300 crianças e adolescentes e conta com a participação da Primeira Igreja Presbiteriana do Brasil no Cruzeiro; União dos Escoteiros do Brasil; SESC/Brasília; Secretaria de Esporte e Lazer do GDF; Sindicato da Construção Civil; e Voluntários. 22

26 5.3- Goiânia A visita à cidade de Goiânia foi revestida de momentos de grandes surpresas positivas e descrita pelos integrantes das delegações estrangeiras como experiência louvável. Nos três momentos vivenciados na cidade (MPT/DRT, SEEG e UNILEVER) ficou a impressão de uma articulação sólida entre as instituições e um compromisso forte no objetivo de combate ao trabalho infantil. Ressalta-se a Rede de Proteção constituída com a atuação do MPT/GO e o Fórum Estadual, as campanhas de conscientização nos diversos espaços onde ocorrem as maiores violações, as negociações do Pacto Setorial Sucro-Alcooleiro com o destacado papel da DRT/GO, as ações de integração mediante escola levadas a cabo pela Secretaria Estadual de Educação e um exemplo de engajamento de Empresa no combate ao trabalho infantil em toda a sua cadeia produtiva Três momentos ímpares Ministério Público do Trabalho e DRT/GO Na Coordenadoria da infância (Coordinfância) do Ministério Público do Trabalho 2 de Goiás foi apresenta uma experiência de trabalho integrado seja na frente repressiva ou na preventiva. Na ação preventiva a experiência com os Termos de Cooperação Preventivos celebrados com o setor sucroalcooleiro se aliam a iniciativas como: conversão de multas em prestação de serviços e apoio às campanhas de conscientização e sensibilização da sociedade e de segmentos específicos, trabalho desenvolvido de forma articulada em 2 O MPT, braço do Ministério Público da União, atua junto a todos os poderes como fiscalizador das ações e da legalidade dos atos relativos a relação trabalhista e no combate e erradicação do trabalho infantil. As metas do MPT/GO são: erradicação do trabalho escravo, erradicação das fraudes do trabalho, erradicação do trabalho infantil e promoção de um meio ambiente de trabalho sadio. Os principais são a Sensibilização da Sociedade Civil, a cooperação intersetorial, a construção de parcerias amplas e a conversão de multas trabalhistas em prestação de serviços e apoio a campanhas de conscientização. 23

27 parceria com o Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do trabalho Infantil (FEPETI), Delegacia Regional do Trabalho e outros órgãos do Estado. O desenvolvimento de novos instrumentos de intervenção que vão além das práticas de inspeção tradicionais que não alcançam a diversidade de violações são um dos motivos do destaque da intervenção do DRT/GO. O trabalho da DRT/GO que busca ampliar os instrumentos normais de fiscalização e inspeção do trabalho como forma de encontrar alternativas para alcançar todas as situações de violação aos direitos das crianças, permitiu intervenções em Feiras populares, Bares, Associações de Moradores, Catadores de lixo que não eram abrangidos pela fiscalização normal. A aposta num trabalho de Proteção Social como forma de combater o trabalho infantil se concretizou na adoção de programas como o PETIN (aplicação dos princípios do PETI para os Donos de Bares, consumidores e Garçons), inclusão das bandeiras de preservação ambiental, saúde e inclusão social no Movimento dos Catadores de lixo, entre outros exemplos Secretaria de Educação O engajamento da Secretaria Estadual de Educação de Goiás traduz-se em ações específicas que contribuem para o combate ao trabalho infantil no estado. A percepção explicitada pela Dra. Milka Severino, Secretária Estadual de Educação de que o combate ao trabalho infantil não deve se restringir às ações de assistência social, e sim enfocarem a educação com solução sólida levou a inclusão de contrapartida dos país das crianças atendidas pelo programa Renda-Família 3 a exigência de participarem de cursos profissionalizantes direcionados ao mercado de trabalho. Como resultado desta ação já se contabilizam pais que se 3 O Programa estadual Renda-Família é similar ao Programa Federal Bolsa-Escola mas que inclui a contrapartida dos pais dos alunos beneficiados pelo programa obrigatoriedade de participarem de cursos profissionalizantes para o mercado de trabalho 24

28 desvinculam voluntariamente dos programas assistenciais por não mais precisarem deles. A Secretária Estadual de educação de Goiás resume a ação da Secretaria com a afirmação de que o combate ao trabalho infantil não deve se restringir a ações de Assistência Social, mas sim a oferta de oportunidades de educação inclusiva e de qualidade Unilever A experiência da Multinacional UNILEVER traduzida no Projeto Infância Protegida: Para o futuro Crescer Feliz, demonstrou o que se pode obter de resultado expressivo quando o segmento empresarial se engaja na causa de proteção à criança. O projeto surgido de uma constatação de existência de trabalho infantil na cadeia produtiva da empresa em 2003 foi concebido e implementado sempre com a percepção da necessidade de ação integrada e de inclusão social da criança e da sua família para garantia de sucesso. Como resultado, a empresa apresentou a erradicação completa do trabalho infantil em toda a extensão de sua cadeia produtiva, incluindo fornecedores, em O projeto destacou também a necessidade do envolvimento das administrações municipais (prefeituras) e das próprias comunidades. Assim a infra-estrutura criada no âmbito do projeto e as políticas adotadas são extensivas a toda a comunidade Salvador A Bahia apresentou os casos pioneiros de experiências de trabalho decente no mundo. Os projetos visitados em Salvador testemunham as boas iniciativas praticadas no Estado, embora a dimensão do problema seja 25

29 ainda maior que as medidas adotadas. A reunião com os representantes da Sociedade Civil na Casa do Olodum e a Agenda Bahia de Trabalho Decente e Ações de Enfrentamento ao Trabalho Infantil, revelaram, por um lado a profundidade do desafio e por outro a criatividade das experiências vivenciadas. A realidade do Estado da Bahia foi apontada pelos integrantes da Missão como aquela que apresenta proximidade com as realidades de Angola e Moçambique, embora as iniciativas visitadas ainda não estejam ocorrendo nas mesmas dimensões naqueles países Experiência de sucesso em ambientes familiares Agenda Bahia do Trabalho Decente Momento relevante foi a participação da Missão na Conferência Estadual do Trabalho Decente que visava a criação de marcos para a adesão ao trabalho Decente no Estado. Na ocasião, o Estado assumiu o compromisso de construção de uma agenda do Trabalho Decente, expandindo o acordo firmado entre o governo federal e a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Durante o evento, foi reafirmada a necessidade da aliança entre o Estado e os diversos setores da sociedade para buscar diretrizes gerais e propostas para a Agenda do Trabalho Decente (ATD), como subsídio para a construção das políticas públicas do trabalho. Um dos momentos significativos do evento foi a constatação da semelhança entre as realidades de Angola e Moçambique e a Bahia o que permite melhor aproveitamento das experiências vivenciadas no Estado. Uma vez mais se 26

30 ressaltou a importância de uma articulação ampla entre os diversos segmentos sociais para o sucesso das ações de combate ao trabalho infantil. No evento estiveram presentes mais de 250 representantes de organizações não governamentais, governo federal, municipal, estadual alem de entidades de classe Projeto PRACATUM Candeal O Projeto PRACATUM se destaca pela identificação com a realidade social em que está inserido. Concebido a partir das práticas locais a Escola de Musica que materializa o projeto baseia o seu currículo na natureza dos trabalhos musicais já concluídos e em desenvolvimento no Candeal por seu idealizador, o musico Carlinhos Brown. A metodologia utiliza-se de referências e práticas culturais pertinentes ao universo do aluno, buscando incentiva-los para que se apropriem e produzam novos conhecimentos, reformulando comportamentos, e traduzindo-os na formação de hábitos e internalização de novos valores. A Escola Pracatum dispõe de uma estrutura física apropriada para o ensino da Música profissional com estúdio de gravação, salas de aula, biblioteca, salas para pratica em grupo, salas individuais, cantina, e sala de instrumentos. O objetivo precípuo do Projeto é a inserção dos jovens a partir da arte musical. Com resultados expressivos (186 adolescentes de, 14 a 20 anos, no curso profissionalizante de música; 150 Crianças de 07 a 11 anos no curso iniciação musical, teatro, artes plásticas e dança; 08 bandas profissionais; 62 alunos colocados no mercado de trabalho; 27 alunos cursando universidades; 700 pessoas 27

31 capacitadas em cursos profissionalizantes), esta boa prática representou um dos momentos mais ilustrativos da força de ações específicas para inserção social ODEBRECHT e o programa social Desde 1988, a Fundação Odebrecht cumpre a missão de contribuir para promover a educação de Adolescentes para a vida, visando sua formação como cidadãos responsáveis, conscientes, produtivos, participativos e solidários, que realizem sua capacidade de Constituir famílias aptas a formar uma nova geração educada, saudável e estruturada para a vida produtiva, Promover permanentemente o seu auto-desenvolvimento e Contribuir para o Desenvolvimento Sustentável da comunidade. Este desígnio é realizado a partir de diversos projetos, a saber: Casa Jovem; Escola Municipal Casa Jovem; Colégio Estadual Casa Jovem II; Casa Familiar Agro-florestal; Casa Familiar do Mar; Casa Familiar Rural; Organização de Conservação de Terras do Baixo Sul da Bahia; Instituto Direito e Cidadania entre outros. A extensão e diversidade de projetos da Fundação ODEBRECHT permitiram ilustrar o envolvimento de atores empresariais em iniciativas que contribuem para a integração social e reduzem as situações que facilitam a vulnerabilidade de crianças e adolescentes. A conscientização do vetor empresarial é um dos elementos a ser retido na troca de experiências promovida com a Missão de Estudos se consideradas as tímidas iniciativas neste sentido registradas em Angola e Moçambique São Paulo Em São Paulo predominou a impressão do desafio gigantesco diante da dimensão do problema numa metrópole mais populosa que os países africanos integrantes da Missão de Estudos. As iniciativas e instituições visitadas apresentaram um padrão 28

32 elevado de organização e articulação e exibiram capilaridade significativa nas suas ações. Entre as experiências da Fundação Abrinq, Projeto Catavento no Glicério da fundação ORSA, a mobilização comunitária da Sub-prefeitura de São Mateus, destaca-se a articulação do Movimento Sindical como experiência diferenciada para os integrantes da Missão, especialmente pelo estágio de organização e mobilização deste setor naqueles países. Os integrantes das delegações puderam constatar a grandeza dos problemas relacionados e as dimensões significativas das ações e dos recursos mobilizados Quatro momentos e um grande objetivo (proteção da criança numa metrópole gigante) A experiência da Força Sindical e Sindicatos Associados Os trabalhadores mobilizados Na Força Sindical foi possível acompanhar as iniciativas realizadas por ela e pelos sindicatos associados em todo o Estado de São Paulo e no país. Com envolvimento no esforço de combate ao trabalho infantil de mais de 16 anos, a diversidade de experiências apresentadas procurou ilustrar a capilaridade das ações e a força dos trabalhadores organizados. Os projetos do Instituto Desportivo Meu futuro do sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos, e Centro de Integração e Convivência Social, dos Metalúrgicos de Santo André, sustentados apenas com as contribuições dos trabalhadores revelam um estágio de mobilização interna dos sindicatos significativo embora denuncie a falta de Políticas e Programas de Sensibilização da Sociedade de dos Gestores Públicos, conforme expressou o representante dos metalúrgicos de Osasco. Deve ser ressaltada a constatação da baixa sensibilização da sociedade sobre a matéria de proteção à criança, 29

33 levantada pelos representantes das organizações de trabalhadores. Esta situação dificulta a ações dos sindicatos por se deparar com questões históricas e culturais dentre os trabalhadores que percebem o trabalho infantil como integrante na formação da personalidade da criança, futuro adulto. A troca de experiências nesta área ensejou a manifestação dos integrantes da Missão da necessidade de abrir mais canais para intercâmbio de entidades sindicais dos três países (Angola, Brasil e Moçambique) Fundação Abrinq Envolvendo Empregadores A Fundação Abrinq representou a experiência de uma ONG de origem empresarial que tem forte atuação nas questões de proteção à criança participou da elaboração do Estatuto da Criança e do Adolescente no Brasil, acompanha todas as leis em tramitação nos poderes locais, regionais e nacionais que mobiliza recursos elevados, no entanto não executa projetos diretamente. Criada em 1990 por empresários sensibilizados pela causa da criança, a entidade hoje tem 17 programas e projetos em andamento, sem receber recursos públicos. Sua estratégia de ação é implementada em três vertentes: Campanhas como a realizada em parceria com a OIT/PDD sobre Prevenção e Combate às piores Formas do trabalho Infantil (2005/2007); Pactos Setoriais especialmente naqueles setores de maior risco de violação aos direitos da criança como o sucro-alcooleiro; e, Selo de Reconhecimento de responsabilidade social, como empresa Amiga da Criança. Nesta última estratégia a Instituição conta atualmente com a adesão de 1037 empresas de 312 municípios em 22 estados e um volume de recursos de R$551,7 milhões. 30

34 A experiência foi recebida positivamente pelos integrantes da Missão e despertou interesse de colaboração da instituição nos seus países Experiência de Ação comunitária Sub-prefeitura de São Mateus A experiência na Comunidade de São Mateus aconteceu em condições pouco adequadas para absorver plenamente a dimensão da atividade exercida na região. O empenho e disposição dos membros da comunidade ficaram patentes no curto espaço de tempo em que a delegação esteve no local. No entanto, foi um momento de grande valia para todas ao perceber o contraste do empenho e a força de vontade das equipes da comunidade para encontrar alternativas de integração social de crianças e adolescentes da comunidade e combater o trabalho de menores com os diminutos recursos disponíveis. Mais significativo ainda quando comparadas as experiências visitadas anteriormente na cidade, como a fundação Abrinq e a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo (SMADS). Esta experiência serviu para alertar a necessidade e envolvimento de atores locais e da comunidade em iniciativas que busquem prevenir e combater as violações dos direitos fundamentais das crianças e adolescentes. No entanto, os resultados expressivos alcançados com a redução acentuada de crianças nas ruas e em situação de risco traduziram-se numa experiência de riqueza singular para a Missão Fundação ORSA e Fórum Paulista Articulação e empenho 31

35 O projeto Cata Vento coordenado pela Fundação ORSA é resultado de uma parceria entre esta, a OIT e o Fórum Paulista. O projeto alia a estratégia do IPEC/OIT de Programas de Duração Determinada e os propósitos do plano Nacional brasileiro. É um projeto construído a partir de um debate no Fórum com o objetivo de demonstrativo e gerar impactos nas políticas públicas. Or ganizações Fundação Orsa Desenvolve e executa propostas de intervenção social nas linhas de educação, saúde, mundo do trabalho e promoção de direitos, com foco na criança e adolescente. Comunidade ser Família O projeto desenvolve-se nas linhas de Educação, Saúde, Garantia de Direitos, empregablidade e Criança, Adolescente e Juventude Empreendedorismo, sempre em parceria com os Poderes Públicos Locais. Ressalta-se o fato de que além do atendimento às crianças e suas famílias projeto já tem outros resultados como a criação de Fóruns locais e a constituição de Planos Locais de Prevenção e Combate ao Trabalho Infantil. Em resposta a manifestação dos integrantes da Missão o representante da Fundação ORSA sinalizou a disposição da organização em fazer transferência de tecnologia social para os países amigos Combatendo o Trabalho Infantil Urbano São Paulo Protege/SMADS Diante dos números expressivos da situação de vulnerabilidade na cidade de São Paulo as ações precisam ser de grande vulto e contínuas. Estima-se que mais de 1000 pessoas por ano passam a situação de vulnerabilidade na cidade. As crianças são o segmento mais frágil nesta situação de vulnerabilidade. Par enfrentar a situação o Estado de São Paulo, através da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social implementa dois grandes projetos: São Paulo Protege e Ação Família. 32

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