O PROCESSO DE CRIAÇÃO DO FÓRUM DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E AS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA EDUCAÇÃO POPULAR EM MATO GROSSO (1990 a 2001)

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1 O PROCESSO DE CRIAÇÃO DO FÓRUM DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E AS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA EDUCAÇÃO POPULAR EM MATO GROSSO (1990 a 2001) Palavras-chave: Fórum de EJA. Mato Grosso. Política Pública Jefferson Bento de Moura UFMT - SEDUC/MT - FAPEMAT professor.je@gmail.com Marcia dos Santos Ferreira UFMT msf@ufmt.br 1. INTRODUÇÃO O interesse pelo estudo do tema e a proposta de fazer uma discussão sobre o processo de criação do Fórum Permanente de Debates da Educação de Jovens e Adultos de Mato Grosso FPDEJA/MT surgiu, a princípio, a partir da minha trajetória como educador e pesquisador na área da educação, principalmente na Educação de Jovens e Adultos EJA, e também pelo meu envolvimento com movimentos sociais que militam a favor do direito à educação garantido na constituinte, direito esse que se estende a todos os cidadãos residentes no Brasil independente de sua idade. Portanto, este trabalho é o fruto de aprendizados, trabalhos, lutas no campo e vivências tanto como educador em sala de aula até como gestor educacional na Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso. A Educação de Jovens e Adultos se constitui em uma luta para o acesso ao conhecimento formal e informal em uma educação escolar pautada na emancipação do sujeito. De acordo com Chilante e Noma (2009, p. 229) a EJA é tratada como uma dívida social a ser reparada, devendo, portanto, assumir a tarefa de estender a todos o acesso e o domínio da escrita e da leitura como bens sociais, seja na escola, seja fora dela. Com a garantia deste direito pela constituição, os anos iniciais da década de 1990 foram marcados por intensas mobilizações da sociedade civil para o fortalecimento da modalidade. Para efetivação de espaços de debates sobre a EJA foram organizados fóruns em todo o país. O movimento dos Fóruns de EJA no Brasil, conforme explica Duarte (2013, p. 3), nasce a partir da [...] preparação da V Conferência Internacional de Educação de Adultos V CONFINTEA. Surge marcado por dois princípios básicos. O primeiro é o da educação como

2 direito de todos, que se encontra assegurado no art. 205, da Constituição de Após a V CONFINTEA outro princípio passa a ser defendido, o do direito à educação ao longo da vida. Atualmente, existem no Brasil vinte e seis fóruns estaduais e um fórum distrital de EJA. O fórum de Mato Grosso foi criado em 2001, a partir de encontros regionais e da aprovação do Programa de Educação de Jovens e Adultos do estado. O objetivo deste estudo é compreender o processo de criação do Fórum Permanente de Debates em Educação de Jovens e Adultos no Estado de Mato Grosso, tendo por base a análise de seu percurso de implementação e suas implicações na luta por politicas públicas e educacionais para a modalidade durante a década de 1990, até o ano de Esse trabalho está dividido em três partes, a primeira parte focaliza o debate sobre a efervescência política e social da década de 1980 e início dos anos de 1990, mais especificamente, as mobilizações de lideranças de EJA nesse período, que propiciaram um importante espaço de interlocução, permitindo aos sujeitos dessa mobilidade uma maior participação nas discussões em relação ao direito à educação de jovens e adultos. No segundo momento expomos a organização da sociedade civil em conjunto com o governo brasileiro para participação da V CONFINTEA, bem como a criação do Fórum de Educação de Jovens e Adultos no Brasil, de modo a explicitar sua origem, estrutura, funcionamento e compreender sua atuação. E, no terceiro momento, trazemos a conjuntura política educacional da EJA em Mato Grosso do período em estudo e como se deu o processo de criação do Fórum de EJA neste estado. O estudo da constituição do Fórum EJA em Mato Grosso estabelece a trajetória desse movimento e o seu papel na luta pela definição de políticas públicas da educação voltadas à modalidade, bem como a participação do Fórum na busca da melhoria da prática dos professores, ao oportunizar espaços para intercâmbio de experiências, com o intuito de fortalecer a oferta de educação e jovens e adultos no estado. 2. MOBILIZAÇÕES SOCIAIS PELO DIREITO À EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Durante as décadas de 1970, 1980 e parte de 90 os movimentos sociais tiveram uma importante participação no processo de redemocratização de nosso país. Ganharam expressão bastante significativa, enfrentando vários problemas concretos, que vão desde a 2

3 luta contra a inflação, por saúde, educação, moradia, transporte, passando pelo enfrentamento e resistência à ditadura militar, pela luta por Diretas-Já. Tais movimentos atuaram em diferentes espaços geográficos e políticos e em diferentes direções, tiveram grande poder de mobilização e organização. Muitas de suas atuações tiveram suas origens em experiências de Educação Popular, que vão desde grupos de alfabetização de adultos, passando pelas pesquisas participantes, pelos grupos de formação política, conjuntamente com processos de construção de sujeitos coletivos. Para Gohn (2009) tanto a educação popular como os movimentos sociais têm uma espécie de elemento comum que torna seus objetivos tão próximos: o fato de trabalharem com as populações entendidas (ou consideradas) como carentes e marginalizadas da sociedade. A referida autora parte da hipótese que os movimentos sociais populares são formas renovadas de educação popular. Isso porque muitos dos fundamentos desses estão baseados na prática daquele, como a perspectiva da construção de uma consciência de classe. O interesse dos movimentos está relacionado à busca de autonomia em sua organização e em sua relação com outras entidades da sociedade civil e o Estado, orientada para a formulação de políticas públicas e sociais alternativas ou complementares às oficiais. Movimentos que lutam para preservar sua independência, mas que contavam, no período focalizado neste estudo, com aliados assessores técnicos e políticos solidários com as lutas populares pelo direito a educação, em oposição ao regime militar e comprometidos com a redemocratização do país. A relação dos movimentos sociais com a educação de jovens e adultos tem um elemento de união, que é a questão da cidadania. Cumpre esclarecer esta categoria, permeada por várias abordagens, tanto do ponto de vista teórico-metodológico como das visões do processo de mudança e transformação da sociedade (Gohn, 2009). Podemos destacar dois fatores que marcaram o trabalho educativo desenvolvido pela sociedade civil no campo da educação de jovens e adultos no final da década de 1970 e início dos anos de1980. Conforme Haddad (2009, p. 356) o primeiro foi: [ ] o crescimento da diversidade de práticas educativas para além das pastorais da Igreja católica. Eram os movimentos de bairros, as associações de moradores e organizações populares, os movimentos sindicais que se constituíam à margem do movimento sindical oficial, os movimentos de mulheres e o movimento negro, os movimentos autônomos de luta por moradia, terra e trabalho. 3

4 O autor ainda nos diz que, com isso, as experiências de educação popular não se ativeram apenas às questões materiais de produção e reprodução da vida; voltaram-se também para os temas relativos ao plano cultural e simbólico, como as relações de gênero, etnia e raça. (Haddad, 2009). Nesse processo de redemocratização da sociedade brasileira, o segundo fato marcante que envolveu o trabalho da sociedade civil foi a luta pela construção de um ensino público de qualidade, inclusive para os jovens e adultos. Com a democratização da sociedade, o próprio movimento social colocou entre suas demandas a questão da escola pública como prioridade no campo do empoderamento dos grupos populares. (Haddad, 2009, p.356). A partir dessa democratização do país na década 1980, em consequência da abertura política conquistada nesse período, a preocupação com o reconhecimento de uma educação de jovens e adultos como direito, e não como compensação, ganhou expressão e visibilidade pelo Poder Público. Em 1988 foi promulgada a Constituição, que ampliou o dever do Estado para com a educação de adultos, garantindo o ensino fundamental obrigatório e gratuito para todos: Art A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. [...] Art O dever do Estado com a educação será efetivado mediante ensino fundamental obrigatório e gratuito, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria (BRASIL, 1988, p. 121). O Parecer nº 11 do Conselho Nacional de Educação, elaborado por Carlos Roberto Jamil Cury, aponta que é no processo de redemocratização dos anos 1980 que a Constituição efetivou um passo significativo em direção a uma nova concepção da educação de jovens e de adultos. Para efetivação de tal prerrogativa, foi significativa a presença de segmentos sociais identificados com a EJA, no sentido de recuperar e ampliar a noção de direito ao ensino fundamental extensivo aos adultos, já presente na Constituição de 1934 (BRASIL, 2000, p. 21). Nesse mesmo sentido a Constituição Federal de 1988, fecha o círculo com relação ao direito da obrigatoriedade escolar Paiva (2005). Embora a Constituição Federal de 1988 garanta no artigo 205 a educação como direito de todos e dever do Estado, na prática isso não se efetivou enquanto política do governo federal para educação jovens e adultos. Conforme aponta Beisiegel (1997) a partir da gestão 4

5 de José Goldemberg no Ministério da Educação, no governo Collor, a educação de jovens e adultos analfabetos foi praticamente eliminada das atribuições educacionais da União. A não efetivação do direito de certo modo persistiu nos governos posteriores, essa questão solicita uma análise um pouco mais minuciosa. 3. FÓRUM DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS BRASIL O primeiro Fórum de EJA foi criado no estado do Rio Janeiro no ano de 1996, em meio à série de encontros preparatórios que antecederam a V CONFINTEA, ocorrida em Hamburgo (Alemanha), em Paiva (2004, p.12)afirma que a experiência mais rica, todavia, na tessitura dessa teia, tem sido vivida nos movimentos internos do Brasil, de 1996 para cá, com a constituição de Fóruns de EJA. A experiência do Fórum no Rio de Janeiro fez surgir muitas outras. Por intermediação, essencialmente, de seus representantes, o crescimento dos demais fóruns contou com a organização e articulação de pessoas atuantes em instituições envolvidas com essa modalidade educacional em cada estado. Para Di Pierro (2005), estes fóruns iniciaram uma mobilização social que pretendia estabelecer resistência à negação do direito à educação conquistado na Carta Constitucional de Conferência Internacional de Educação de Adultos A história do surgimento e da difusão dos Fóruns de EJA no país toma corpo a partir de 1996, que foi o ano preparatório para a V Conferência Internacional de Educação de Adultos, realizada em Hamburgo, na Alemanha, no ano de A Conferência Internacional de Educação de Adultos CONFINTEA, promovida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciências e a Cultura UNESCO é realizada a cada doze anos. É um evento global que envolve os atores da educação de adultos. Desde 1949 as conferências vêm sendo realizadas em vários países. Conforme (IRELAND; SPEZIA, 2012, p. 9): Ao longo das últimas seis décadas, a UNESCO promoveu seis Conferências Internacionais de Educação de Adultos que se tornaram conhecidas mais recentemente como CONFINTEAs (do francês, Conférence Internationale sur l Education des Adultes). As CONFINTEAs têm se estabelecido como um dos fóruns mais influentes na arena internacional da educação de adultos. Nos últimos sessenta anos, foram essas Conferências que debateram e 5

6 indicaram as grandes diretrizes e políticas globais da educação de adultos para o período entre uma Conferência e a próxima e, em alguns momentos mais conturbados, evitaram o desaparecimento da Educação de Jovens e Adultos (EJA) das pautas políticas em vários países. Para Feitosa (2012), as Conferências Internacionais de Educação de Adultos foram importantes espaços de discussões e encaminhamentos de recomendações, pareceres e procedimentos para EJA, contribuindo significativamente para o fortalecimento desta modalidade. Rezende (2008) elaborou um quadro sintético, no qual podemos observar as conferencias realizadas e a conceituação da educação de adultos utilizadas (ou empregadas) em cada período: DATAS CONCEITOS E DEFINIÇÕES 1949 I Conferência Internacional realizada na Dinamarca (1949). Educação concebida como Educação moral paralela à educação escolar; 1963 II Conferência Internacional realizada em Montreal (1963). Educação de Adultos em dois focos distintos: educação como continuação da educação formal, passa a ser permanente; educação de base ou comunitária; 1972 III Conferência Internacional sobre Educação de Adultos, realizada em Tóquio (1972), é entendida como suplência da educação fundamental IV Conferência (1985) em Paris. Educação de Adultos é caracterizada pela pluralidade de conceitos, entre eles alfabetização de adultos, pós-alfabetização e outros Conferência Mundial realizada em Jomtiem (Tailândia) Educação para todos, educação de adultos é concebida como primeira etapa da educação básica V Conferência Internacional sobre Educação de Adultos em Hamburgo (1997) a educação é considerada uma chave para o século XXI. Quadro 01: A CONSTRUÇÃO DOS CONCEITOS DE EDUCAÇÃO DE ADULTOS NAS CONFERÊNCIAS INTERNACIONAIS Fonte: REZENDE, 2008 A CONFINTEA VI aconteceu, pela primeira vez no Hemisfério Sul, e mais precisamente no Brasil, em Belém, no estado do Pará, 1º a 4 de dezembro de Na ocasião, o governo brasileiro apresentou o documento que reafirma o compromisso político do Estado brasileiro, para avançar na garantia do direito à educação para todos. O documento nacional preparatório à VI CONFITEAS têm, em geral, um caráter mais político e comprometimento com os seguintes fatos (BRASIL, 2009, p. 10): a) O ainda insuficiente nível de oportunidades e de condições oferecidos a jovens e adultos dos setores populares para garantir seu direito à educação básica b) A persistência de desigualdades sócio-étnico-raciais, de gênero, do campo, das periferias urbanas, entre outros, no processo históricoestrutural na sociedade; 6

7 c) A precariedade e vulnerabilidade dos direitos humanos básicos, o que condiciona o direito à educação de jovens e adultos populares; d) O avanço da consciência dos direitos humanos básicos e especificamente do direito à educação, assim como as pressões pela igualdade do direito à cidadania em nossa sociedade; e) As crescentes pressões de coletivos populares e da diversidade de movimentos sociais para que políticas públicas atendam a especificidade de comunidades indígenas, quilombolas, negras, do campo, de periferias urbanas, de idosos e de pessoas privadas de liberdade que lutam por direitos coletivos e por políticas diferenciadas que revertam a negação histórica de seus direitos como coletivos; f) Os avanços que vêm acontecendo nas políticas públicas socioeducativas, de qualificação, de geração de emprego e renda etc. articuladas especificamente para a juventude e vida adulta populares, inaugurando formas compartilhadas de gestão colegiada, notadamente com a participação dos Fóruns de Educação de Jovens e Adultos em instâncias de representação nacional e na CNAEJA; g) Os avanços havidos nas políticas de financiamento da educação básica e particularmente da educação de jovens e adultos Preparatório para V Conferência Internacional de Educação de Adultos O governo federal no ano de 1996 instaurou uma metodologia de trabalho envolvendo representantes do setor público da educação, universidades, organizações não governamentais, sistema S e outros com o objetivo de elaborar um documento que retratasse a realidade da EJA naquele contexto histórico, esse diagnóstico depois de elaborado seria apresentando pelos representantes brasileiros participantes da CONFINTEA, de Hamburgo, em O processo de construção do documento nacional foi coordenado pela Comissão Nacional de Educação de Jovens e Adultos CNAEJA, que orientou os estados para que fizessem seus encontros e seminários preparatórios com a participação da sociedade civil. (HADDAD, 2009, p. 359). Além dos vários encontros estaduais, foram realizados três encontros regionais e um Seminário Nacional de Jovens e Adultos, em Natal. Conforme Haddad (2009, p. 359), o movimento de educação de adultos viu na V CONFINTEA uma oportunidade para tornar visível o tema da educação de jovens e adultos no contexto brasileiro e, também, para tomar seus documentos e acordos firmados como instrumentos de luta para a garantia do direito constitucional. Durante a realização do Seminário Nacional de Educação de Jovens e Adultos, em Natal, RN, entre 8 e 10/09/1996, foram apresentados os relatórios dos encontros que ocorreram nas regiões Nordeste, Sul, Sudeste, Norte e Centro Oeste. O diagnóstico da Educação de Jovens e Adultos no Brasil revelou vários desafios, dentre os quais podemos destacar: 7

8 O Brasil apresentava um quadro com de analfabetos absolutos, 20% da população total com 15 anos ou mais, que totalizava de habitantes. Falta de dados atualizados e consistentes sobre a demanda e a oferta de EJA A equivocada política de marginalização dos serviços de EJA e a prioridade à educação das crianças e adolescentes têm conduzido a um lugar secundário no interior das políticas educacionais. Ausência de políticas públicas mais efetivas de médio e longo prazo, conduzindo à fragmentação dispersão e descontinuidade dos programas de EJA (BRASÍLIA, 2004). O diagnóstico foi aprovado pelos delegados reunidos no plenário do seminário e resultou da consolidação dos relatórios dos encontros preparatórios. Os representantes da delegação brasileira que participaram da V CONFINTEA produziram momentos de tensão entre o poder público e a sociedade civil, pois o governo brasileiro não apresentou a versão do documento final aprovado pela plenária no seminário nacional realizado no Brasil com a participação da sociedade civil, causando, assim, certo constrangimento aos representes deste segmento presentes na V CONFINTEA. Segundo Haddad (209, p. 359): Após o encontro, a coordenadora nacional de EJA, nitidamente favorável à aliança com a sociedade civil para a garantia dos direitos educativos dos jovens e adultos, foi afastada e a Comissão Nacional não mais convocada, em uma evidente atitude de isolar a pressão que a sociedade civil fazia, claramente insatisfeita com a orientação das políticas na área. Apesar desses acontecimentos, as mobilizações dos movimentos em prol da educação de jovens e adultos no Brasil anteriores a V CONFINTEA contribuíram para constituir importantes articulações dos atores envolvidos nesse processo, que culminaram no surgimento dos Fóruns de Educação de Jovens e Adultos. Paiva, Machado e Ireland (2004, p. 12) entendem que a chegada de representantes em Natal era fruto de uma mobilização parceira do Estado e da sociedade civil que resultou em um movimento até hoje presente no país o surgimento de Fóruns de EJA Encontro Nacional de Educação de Jovens e Adultos ENEJA A experiência do Fórum do Rio de Janeiro fez com que houvesse mobilizações em outros Estados brasileiros a fim de programarem encontros estaduais que reunissem sociedade civil e Estado para debaterem a oferta de EJA local. No ano de 1998, o fórum tomou corpo 8

9 nos estados de Espírito Santo, Minas Gerais, Paraíba, Rio Grande do Sul e São Paulo. Impulsionado por esses movimentos,foi realizado em 1999, no Rio Janeiro, o I Encontro Nacional de Educação de Jovens e Adultos. O ENEJA/RIO buscou contribuir para a ampliação e a melhoria da qualidade da educação de jovens e adultos. Conforme Paiva, Machado e Ireland (2004, p. 12): A energia solidária que se instaurou entre os Fóruns possibilitou a organização anual de encontros nacionais que, desde 1999, vêm acontecendo e que, em2004, efetiva a sexta edição. Os Encontros Nacionais de Educação de Jovens e Adultos (ENEJAs) mantêm a preocupação com o registro das reflexões produzidas nesses eventos, além de um trabalho cuidadoso de síntese dessas reflexões, sistematizadas em relatório final, em cada encontro. Construídos a muitas mãos, publicá-los é também reconhecer o importante trabalho de cada equipe de relatoria, como guardiã do pensamento contemporâneo da EJA. O ENEJA é um espaço significativo para o exercício da convivência com as diferenças e com modos de pensar a EJA. É um espaço para criar instrumentos de pressão política, que influenciem nas políticas públicas da educação de jovens e adultos nos âmbitos municipal, estadual e federal (ENEJA. II, 2000, p. 03). Desde o primeiro, de 1999, foram realizados 13 encontros, conforme indicado abaixo: ENCONTROS LOCAL DATA/MÊS ANO I ENEJA Rio de Janeiro/RJ 08 a 10 de setembro 1999 II ENEJA Campina Grande/PB 07 a 09 de setembro 2000 III ENEJA São Paulo/SP 05 a 06 de setembro 2001 IV ENEJA Belo Horizonte/MG 21 a 24 de agosto 2002 V ENEJA Cuiabá/MT 03 a 05 de setembro 2003 VI ENEJA Porto Alegre/RS 08 a 11 de setembro 2004 VII ENEJA Luziânia/GO 31 de agosto a 03 de setembro 2005 VIII ENEJA Recife/PE 30 de agosto a 02 de setembro 2006 IX ENEJA Faxinal do Céu/PR 18 a 22 de setembro 2007 X ENEJA Rio das Ostras/RJ 27 a 30 de agosto 2008 XI ENEJA Belém/PA 17 a 20 de setembro 2009 XII ENEJA Salvador/BA 20 a 23 de setembro 2011 XIII ENEJA Natal/RN 10 a 13 de setembro 2013 Quadro 01: ENCONTROS NACIONAIS DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 9

10 Fonte: FPDEJA, Atualmente, os encontros passaram a assumir visibilidade nacional e, a partir de 2009, os ENEJAS começaram a ocorrer bianualmente, devido à necessidade da realização de encontros regionais, criando, assim, nos intervalos dos anos, os Encontros Regionais de Educação de Jovens e Adultos EREJA, e alternando com os Seminários Nacionais de Formação FÓRUM DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS EM MATO GROSSO No final da década de 1990, umas das formas de atendimento a EJA no Estado de Mato Grosso era o Projeto de Alfabetização de Adultos ALFA. Segundo as pesquisas realizadas por Boff (2002), o Projeto ALFA foi implantado no Estado de Mato Grosso, em 1997, para diminuir a dívida social com a população excluída da educação escolar. Boff (2002, p. 145) afirma que esse projeto tinha por objetivos: Minimizar os índices de analfabetismo no Estado de Mato Grosso, resgatando o papel de alfabetização como condição fundamental para uma inserção social e cultural mais eficaz dos indivíduos; compreender a alfabetização como uma construção social, no sentido de que a aprendizagem da leitura e da escrita não fosse limitada apenas à aquisição técnica e mecânica, mas que envolvesse nesse processo o entendimento da realidade de inserção do indivíduo, de modo a estabelecer conexões entre o saber, fruto da experiência, e o saber sistemático universal; e alfabetizar jovens e adultos, considerando a faixa etária de 14 a 49 anos, a partir de O que nos chama a atenção no Projeto ALFA é a faixa etária determinada entre 14 a 49 anos. Boff (2002) critica essa delimitação etária, dizendo que, justamente na década em que se afirma, conforme Jomtien, Hamburgo e Dackar, uma perspectiva de educação para todos ao longo de toda a vida, o projeto limitava a idade máxima. Boff (2002, p. 145) sistematizou um quadro para mostrar os números de jovens e adultos alfabetizados pelo Projeto ALFA. De acordo com os dados demonstrados, a meta do Projeto de atender jovens e adultos estava muito longe de ser efetivada, O atendimento nos quatro anos de seu desenvolvimento foi de jovens e adultos. A partir do ano 2000, houve outra organização sobre o trabalho de Educação de Jovens e Adultos 1 O I Seminário Nacional sobre a Formação do Educador de Jovens e Adultos, aconteceu na UFMG, em maio de A realização do encontro por meio de um esforço coletivo, que envolveu o Ministério da Educação, seis universidades públicas mineiras cinco federais e uma estadual e a UNESCO, representa a vontade de todos de iniciar uma profunda mudança nesse quadro, tomando como ponto de partida a formação do educador. 10

11 A aprovação da LDB nº 9394/96 e das Diretrizes Curriculares Nacionais para a EJA impuseram aos Estados a reformulação de suas legislações referentes à modalidade. Em Mato Grosso, este processo iniciou com a elaboração da Resolução n.º 180, aprovada pelo CEE, homologada em 05 de setembro de 2000, publicada em 04 de outubro do mesmo ano. Esta resolução estabeleceu as normas para a oferta da EJA no Sistema Estadual de Ensinoe reafirmou a educação com um direito de todos previstos na Lei Complementar nº 49/98, na LDB, e na Constituição Federal: Art. 4º - A oferta da Educação de Jovens e Adultos pressupõe uma política educacional integrada no contexto do Estado de Mato Grosso, e constitui direito público subjetivo, conforme Lei Complementar n.º 49/98. 1º - Os órgãos públicos de educação deverão encaminhar ao Conselho Estadual de Educação, o Programa de Educação de Jovens e Adultos, adequado às Diretrizes Nacionais e a esta Resolução. 2º - As escolas das redes estadual e municipais que integram o sistema estadual de ensino encaminharão à Secretaria de Estado de Educação ou ao respectivo órgão municipal de educação, proposta circunstanciada, de acordo com os critérios de oferta estabelecidos no Programa previsto no parágrafo anterior, que posteriormente será encaminhada ao Conselho Estadual de Educação. 3º - Será facultado às escolas da rede particular de ensino integrar-se ao Programa de Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de Estado de Educação. (MATO GROSSO, 2000, s/p.) A resolução do CEE garantiu a oferta de EJA e provocou o Estado no sentido de elaborar um Programa de Educação de Jovens e Adultos que fosse adequado às Diretrizes Nacionais de EJA, estabelecidas pelo Parecer nº 11 de Jamil Cury. Com a Resolução e o Programa de EJA dela decorrente, Mato Grosso extinguiu as Escolas de Suplência e a EJA passou a ser ofertada pelo estado de forma presencial, com duração de três anos. Para elaboração de uma proposta de Programa de Educação de Jovens e Adultos, a SEDUC/MT constituiu através da Portaria nº 204/2000, publicada no Diário Oficial do Estado de 04/01/2001, um grupo de trabalho interinstitucional constituído por representantes da Secretaria de Estado da Educação SEDUC, do Conselho Estadual de Educação CEE, da União dos Dirigentes Municipais de Ensino UNDIME, da Secretaria Municipal de Educação de Cuiabá e dirigentes de escolas que ofertam educação de jovens e adultos, com a consultoria de Ação Educativa assessoria, pesquisa e informação. O grupo interinstitucional estabeleceu um cronograma de ações norteadoras de todo o processo de difusão, discussão e 11

12 sistematização de contribuições, para fundamentar o novo paradigma da Educação de Jovens e Adultos no estado. A metodologia de trabalho empregada pelo grupo interinstitucional promoveu a realização de Seminários Regionais sobre o Programa a ser implantado. Os relatórios das discussões e sugestões sobre o Programa à equipe da EJA da SEDUC e à Assessoria do Programa culminaram na realização do Seminário Estadual da EJA, realizado na capital do Estado, Cuiabá, em julho de 2001, com o objeto principal de estudar e analisar a redação final sobre o Programa de Educação de Jovens e Adultos e a sua aprovação (BOFF, 2002). 2009, p. 01): Conforme o relatório do histórico de criação do Fórum de EJA (MATO GROSSO, O Seminário Estadual de Educação de Jovens e Adultos foi realizado, no período de 06 a 08 de junho de 2001, com cerca de seiscentos participantes, sendo cento e noventa delegados da Rede Estadual de Ensino, eleitos em Seminários Regionais e representantes de instituições: Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso SEDUC, Universidade Estadual de Mato Grosso UNEMAT, Pastoral da Criança, Serviço Social da Indústria SESI, Serviço Nacional do Comércio SENAC DR/MT, Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso SINTEP, Conselho Estadual de Educação CEE/MT, Central Única dos Trabalhadores CUT, União dos Dirigentes Municipais de Educação UNDIME/MT e Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura UNESCO. Em seguida ao seminário estadual, o Conselho Estadual de Educação, por meio da Resolução nº 177/02CEE/MT, aprovou o Programa da EJA, com as diretrizes e critérios de oferta da modalidade, por meio de cursos e Exames de Ensino Fundamental e Médio para as escolas integrantes do Sistema Estadual de Ensino. Embora Mato Grosso tenha conferido amplos direitos à EJA e a reconheceu em sua legislação, a oferta de formação continuada aos docentes desta modalidade educativa e o financiamento para a execução do Programa não foram normatizados e a maioria das Escolas Estaduais de Mato Grosso relutavam em ofertar a modalidade. O processo de criação do Fórum de EJA no Estado de Mato Grosso surgiu de forma análoga à criação do Fórum EJA no Rio Janeiro em Assim como em 1996 quando o governo promoveu os seminários regionais e nacionais de educação de jovens e adultos permitindo que a sociedade civil participasse do debate preparatório para V CONFINTEA, o 12

13 movimento do Fórum em Mato Grosso surgiu, a partir dos seminários regionais e estaduais de educação de jovens e adultos envolvendo a sociedade civil e governo. No dia 08 de junho de 2001, foi apresentada no seminário estadual de EJA a Carta da Cidadania, elaborada pelos por grupo de militantes que buscavam estabelecer de um diálogo entre as instituições e organismos educacionais que atuam na Educação de Jovens e Adultos, para Constituição do Fórum Estadual Permanente de Debates de Educação de Jovens e Adultos (MATO GROSSO, 2009, p. 21). Formou-se, então, uma Comissão Provisória que se responsabilizou pelos encaminhamentos iniciais do Fórum, elaborando, inclusive a Minuta do Regimento. Somente em fevereiro de 2002 foi eleita a primeira coordenação do Fórum Permanente de Debates de Educação de Jovens e Adultos de Mato Grosso. A partir de sua constituição a coordenação do Fórum mato-grossense passou a se reunir mensalmente e extraordinariamente, sempre que houve necessidade. Anualmente, começou a realizar Seminários Estaduais de Educação de Jovens e Adultos, com o propósito de oportunizar espaço de intercâmbio de experiências, projetos e trabalhos sobre a Educação de Jovens e Adultos e contribuir para a melhoria da prática da Educação de Jovens e Adultos no contexto mato-grossense, buscando o fortalecimento das escolas, para execução e implantação de propostas pedagógicas. Nestes Seminário são escolhidos os delegados do Fórum para os ENEJAS. 5. COSIDERAÇÕES FINAIS O Fórum é uma importante conquista dos educadores mato-grossenses, que estimula as discussões sobre temas pertinentes à Educação de Jovens e Adultos, servindo para aproximar e cooperar com as diversas Instituições e organismos que oferecem e são beneficiários da EJA. Pode-se observar nessa fase parcial da pesquisa, que o Fórum de EJA se faz necessário para o crescimento da EJA, ele busca uma educação igualitária e de qualidade para que todos possam ter acesso a ela. O Fórum Mato Grosso, também poderia ser um espaço para pressionar o governo, no entanto, essa função ainda é tímida, pois as lideranças do movimento desde seu início são de pessoas diretamente ligadas a órgãos do próprio governo. A pesquisa aponta que a oferta de EJA no Brasil e em Mato Grosso enfrenta a falta de compromisso do Estado em garantir o estabelecido enquanto direito na legislação brasileira. 13

14 A modalidade ainda encontra muita resistência por parte de nossos gestores, seja na esfera federal, estadual ou municipal. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AÇAO EDUCATIVA. Carta de Cuiabá. Boletim Informação em Rede. Nº 59, Disponível em: Acesso em: 11/07/2014. BEISIEGEL, Celso de Rui. Considerações sobre a política da união para a educação de jovens e adultos analfabetos. Disponível em:< L.pdf> Acesso em 14/04/ BOFF, Leonir Amantino. As Políticas Públicas de Educação de Jovens e Adultos no Estado de Mato Grosso 1991/2001: Internalidade e Diálogos com o Mundo da Vida dos Jovens e Adultos Dissertação (Mestrado em Educação) Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Parecer CEB nº. 11/2000. Diretrizes Curriculares para a Educação de Jovens e Adultos. Brasília: MEC, maio Ministério da Educação e Cultura. Lei de Diretrizes e base da Educação Nacional LDB. Centro de documentação do Congresso Nacional. Brasília, DF, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Documento Nacional Preparatório à VI Conferência Internacional de Educação de Adultos (VI CONFINTEA). Brasília: MEC; Goiânia:FUNAPE/UFG, Disponível em: < Acesso em: 15/06/2014. CHILANTE, Edinéia Fátima Navarro, NOMA, Amélia Kimiko. Reparação da dívida social da exclusão: uma função da educação de jovens e adultos no Brasil? Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n. Especial, p , mai Disponível em: < Acesso em: 10/06/2014. DI PIERRO, Maria Clara. As políticas públicas de educação básica de jovens e adultos no Brasil do período 1985/ f. Tese de Doutorado em História e Filosofia da Educação Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, Notas sobre a redefinição da identidade e das políticas públicas da educação de jovens e adultos no Brasil. In.: Educação e Sociedade. v. 26, n. 92, out DUARTE, Cláudia Costa. O movimento dos fóruns de EJA: história de construção coletiva da política pública de EJA. In: Anais...I Congresso Internacional Cátedra da UNESCO da 14

15 Educação de Jovens e Adultos, Disponível em: < Acesso em: 10/06/2014. GOHN, Maria da Glória Marcondes. Movimentos Sociais e Educação. São Paulo, Ed. Cortez, (Coleção Questões da Nossa Época; V. 5).. Movimentos sociais na contemporaneidade. Revista Brasileira de Educação v. 16 n. 47 maio-ago Disponível em: < Acesso em: 10/06/2014. MATO GROSSO. Secretaria de Estado de Educação. Orientações Curriculares: Diversidades Educacionais. Cuiabá: Defanti, p. Conselho Estadual de Educação. Resolução CEE nº. 180/2000. Fixa normas para educação de jovens e adultos. Cuiabá: SEDUC/MT, Conselho Estadual de Educação. Resolução CEE nº. 177/2002. Programa da Educação de Jovens e Adultos. Cuiabá: SEDUC/MT, Fórum Permanente de Debates de Educação de Jovens e Adultos do Estado de Mato Grosso. Cuiabá: FPDEJA, Disponível em: Acesso em: 11/07/2014. PAIVA, Jane. Educação de jovens e adultos: direitos, concepções e sentidos / Jane Paiva f PAIVA, Jane, MACHADO, Maria M, IRELAND, Timothy (orgs) Educação de Jovens e Adultos: uma memória contemporânea, ( ). Brasília: Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação: Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, Educação de Jovens e Adultos: movimentos pela consolidação de direitos. Revista eletrônica REVEJA. Revista de Educação de Jovens e Adultos et al. Educação de Jovens e Adultos: uma memória contemporânea, Brasília: UNESCO/MEC, REZENDE, Maria Aparecida. Os saberes dos professores da Educação de Jovens e Adultos: o percurso de uma professora./ Maria Aparecida Rezende. Dourados, MS: Editora da UFGD, p. 15

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