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1 (VSHFLDOLVWDVDYDOLDP/HLGH&ULPHV$PELHQWDLV 'HEDWHUHXQLXLQWHUHVVDGRVFRPUHVSRQViYHLVSHODDSOLFDomRGDOHL voltar A transformação de algumas infrações ambientais - como as da flora, por exemplo - de contravenções em crimes, a criminalização da pessoa jurídica, a natureza essencialmente educativa das penas, um enfoque do meio ambiente em sua integralidade e a consolidação, num único diploma legal, de boa parte dos crimes ambientais: estes foram alguns dos aspectos da Lei de Crimes Ambientais examinados por representantes de instituições diretamente envolvidas em sua aplicação, na reunião técnica promovida pela UniLivre. "A aplicabilidade dos ordenamentos jurídicos também depende do conhecimento que deles tem a comunidade e do grau de reflexão entre os que devem aplicá-los", afirmou o arquiteto Cleon Ricardo dos Santos, Diretor-Executivo da Universidade, ao salientar que a reunião atendia a um dos objetivos centrais da instituição, que é o de estimular debate sobre as questões ambientais que interessam à sociedade como um todo.. &LGDGDQLD "A lei é mais uma ferramenta de cidadania que se coloca a serviço do brasileiro, protegendo a sadia qualidade de vida para os cidadãos desta e das futuras gerações", afirmou a bióloga Rosemari Rothen de Sá, Coordenadora de Ensino da Universidade. A acrescentou que, "após um ano da promulgação da lei, a UniLivre propôs organizar a reunião com o objetivo de se avaliar a aplicação da Lei de Crimes Ambientais no Estado do Paraná, analisando sua eficácia quanto à reparação do dano ambiental e fazendo uma análise de sua efetividade". Participaram da reunião, como expositores, a Delegada Valéria Padovani Souza, da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente; o advogado Luiz Miguel Justo Silva, Procurador do Município de Curitiba; o Capitão Reinaldo M. Castro, Oficial de Planejamento da Polícia Florestal; o advogado João Gualberto P. Júnior, advogado do Instituto Ambiental do Paraná (IAP); o Procurador de Justiça Saint-Clair Honorato Santos, e o engenheiro-florestal Luiz Antônio Nunes de Melo e a advogada Andréa Vulcanis Macedo de Paiva, representando o IBAMA/PR. Após as intervenções, houve um debate entre todos os participantes. A seguir, um extrato de cada uma das exposições /HLGH&ULPHV$PELHQWDLVHDVXDDSOLFDomRQR(VWDGRGR 3DUDQi 9DOpULD3DGRYDQL6RX]D 'HOHJDGDGH3URWHomRDR0HLR$PELHQWH Objetivando a consolidação da legislação relativa ao meio ambiente na esfera penal foi aprovada pelo Congresso Nacional a Lei 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, nascida de projeto enviado pelo Poder Executivo Federal.

2 A Lei em tela tanto nos descreve as condutas lesivas ao meio ambiente, com suas correspondentes respostas do Poder Público, nas esferas penal e administrativa, como dispõe sobre o processo penal e cooperação internacional para a preservação do meio ambiente. As contravenções penais relativas à proteção da flora, em sua maioria, foram transformadas em crimes, mas, no entanto, entendo que necessário seria um maior rigor legislativo quanto a este tema. No âmbito do direito penal o Período Atual, qual seja, da Nova Defesa Social ou Neodefensivo Social, iniciado em 1945 com o Professor Filippo Gramatica, em Gênova, se dá contra o sistema carcerário vigente, premido pela constatação de que a prisão não regenera, nem ressocializa, antes, perverte, corrompe, destrói e aniquila a saúde, a personalidade, estimula a reincidência e onera sensivelmente o Estado, sendo uma verdadeira escola do crime, paga e manipulada pelos cofres públicos. Por essa razão, defende-se que a cadeia deve ser reservada somente aos delinqüentes perigosos, que não ofereçam a mínima possibilidade de recuperação. Aos demais, deve-se impor medidas substitutivas da prisão. Buscando-se alternativas através das quais as penas se tornem mais eficazes e menos maléficas. Observando-se as penas cominadas aos crimes da Lei 9.605/98, evidenciamos que, em sua generalidade, não ultrapassam quatro anos e, conforme seu art. 7º são passíveis de substituição por penas restritivas de direitos: prestação de serviços à comunidade; interdição de direitos; suspensão parcial ou total de atividades; prestação pecuniária e recolhimento domiciliar (art. 8º). Encontramos a pena máxima superior a quatro anos no art. 35 (pesca mediante o uso de explosivos ou de substâncias tóxicas, no art. 40 (causar dano às unidades de conservação) e no art. 54 2º (poluição qualificada). Verificando a prática forense podemos constatar que, no Brasil, não se aplica a pena máxima cominada a um crime, portanto, conclui-se que a pena de prisão, a não ser nos casos de reincidência, não será efetivamente cominada ao criminoso ambiental. Cumprindo-nos lembrar que, necessário se faz, para o ingresso no regime fechado (penitenciária) que a pena aplicada ao crime seja superior a oito anos. Dessa forma, a promiscuidade carcerária fica afastada, objetivando-se um novo sistema de penas. A nova lei acolheu a responsabilidade penal da pessoa jurídica, não podendo ser diferente pois evidenciamos o corporativismo existente no que diz respeito aos atividades mais lesivas ao meio ambiente, como o desmatamento intensivo, a poluição e constatamos a atuação dessas no mundo contemporâneo frente a estas atividades. No entanto, resistências foram encontradas, por parte dos penalistas, frente a essa incriminação, pois os conceitos de vontade, de culpabilidade, foram construídos em função exclusiva da pessoa física; fazendo-se necessária a adaptação dessas noções aos entes coletivos, bem como a reconstrução e reformulação da culpabilidade. A lei não quis deixar impune a pessoa física autora, co-autora ou partícipe, as responsabilidades são diferente, ainda que apuradas em um mesmo processo penal, podendo, inclusive, acontecer a absolvição ou a condenação separadamente ou em conjunto. As penas aplicadas as pessoas jurídicas, previstas no art. 21 são: multa; restritivas de direitos e a prestação de serviços à comunidade. Dificuldades existem quanto à aplicação da lei de crimes ambientais pelo fato de tratarse, na sua grande maioria, de norma penal em branco, ou seja, norma que necessita de complementação para sua aplicação. Essa complementação pode advir do próprio poder legislativo federal (homólogas) ou, ainda, de esferas legislativas

3 hierarquicamente inferiores (heterólogas), como leis estaduais, leis municipais, decretos, regulamentos, portarias, etc.. Outra dificuldade está em que, na grande maioria dos casos, o infrator ambiental não se considera um marginal; para ele, devido aos seus valores culturais, sua conduta é moralmente correta, e esta situação acaba gerando um grande desconforto quando da repressão e censurabilidade da conduta, pois as leis devem representar os anseios dos cidadãos, a partir do momento em que a sociedade não está imbuída de valores ambientais, de uma cultura ambiental, as leis passam a ser consideradas injustas. Necessário se faz, portanto, antes de qualquer forma de repressão, inserir nos integrantes da sociedade princípios ambientais, fomentando seu crescimento e contribuindo, dessa forma, à formação de valores próprios de moral, pois só assim poderemos contar com eficazes e sólidos propósitos. À Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente cabe adotar medidas necessárias para investigação, prevenção e repressão, apurando as infrações penais lesivas ao Meio Ambiente, incluindo-se os atos lesivos a fauna, pesca, flora, poluição, ordenamento urbano e patrimônio cultural. Podendo, para tanto, desenvolver programas, por iniciativa própria ou conjugadamente com organismos rurais e/ou entidades privadas, que objetivem a eliminação dos processos de poluição prejudiciais ao bem estar da comunidade, à sua saúde, segurança e outros pertinentes à proteção do meio ambiente. (QIRTXHLQWHJUDOGRPHLRDPELHQWH /XL]0LJXHO-XVWR6LOYD 3URFXUDGRUGR0XQLFtSLRGH&XULWLED A Lei (Lei de Crimes Ambientais) é a complementação de um ordenamento jurídico que, ao longo do tempo, foi se desenvolvendo na área administrativa, que é a área de atuação, por exemplo, da Procuradoria do Município, a qual represento. Desenvolveu-se, também, em outros campos do direito, na esfera civil e penal, sobre a questão da responsabilidade, de pessoas físicas ou jurídicas advinda das condutas lesivas ao meio ambiente. O avanço na Lei de Crimes Ambientais vem no sentido de tornar certas infrações que anteriormente eram contravenções, agora como crimes e, tentar resgatar uma lacuna que existia no Código Penal no referente as questões ambientais. Na metade do século, o meio ambiente encontrava-se compartimentalizado entre fauna, flora, água, ar, aspectos culturais, etc. Hoje, temos a concepção do um meio ambiente como objeto de tutela jurídica, com a necessária integridade e a interdependência entre todos estas categorias. Isso veio a ser contemplado já na década de 80, e consagrado através da Constituição de É a partir daí que, efetivamente, o meio ambiente aparece tutelado em uma outra dimensão. Antes encontrava-se em parte no Código Civil, de forma fragmentária, em parte no Código Penal, e também nos instrumentos administrativos, em suas legislações e regulamentações, porém sempre equivocadas. Duas são as questões ao meu ver que são paradigmáticas na questão ambiental, do ponto de vista jurídico. Uma delas é a concepção do meio ambiente como direito à vida

4 e à saúde, portanto direitos fundamentais do cidadão, acolhidos constitucionalmente. Por Segundo, a sua integridade enquanto objeto de tutela jurídica, onde soma-se as categorias de meio ambiente natural, o artificial, o cultural e o do trabalho. Este ambiente como bem de uso comum, transgeracional na medida em que não pertence apenas a essa geração mas, por dispositivo constitucional, também às futuras gerações. É esta concepção da integralidade deste bem tutelado, que atinge uma outra dimensão para a sua proteção jurídica. Desta forma integral, a constituição impõe ao Poder Público e à sociedade o dever de preservá-lo para esta e as futuras gerações. É nessa perspectiva que a nova lei ambiental (Lei de Crimes Ambientais) veio concebida, e é nesta mesma perspectiva, a esperança do meio ambiente melhor protegido. Nós, na qualidade de membros da Procuradoria do Município, atuamos na parte administrativa diretamente, e na esfera penal, como colaboradores do Ministério Público. A execução, a aplicação, o enquadramento penal das condutas delituosas é uma competência da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, do Ministério Público e dos magistrados. Essa lei foi importante porque, além de consolidar as leis de crimes ambientais num único ordenamento, pelo menos naqueles crimes mais importantes em sua lesividade, o faz agora a partir da perspectiva da integralidade do conceito moderno de meio ambiente. -XVWLoDWRUQRXVHPDLVUiSLGD &DSLWmR5HLQDOGR0&DVWUR 2ILFLDOGH3ODQHMDPHQWRGD3ROtFLD)ORUHVWDO Um dos pontos positivos da Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605) foi a consolidação dos aspectos criminais de toda a legislação ambiental, que encontrava-se bastante esparsa. Outro ponto positivo diz respeito à divulgação, tornando-a bastante conhecida e suscitando uma ampla discussão da questão ambiental. Também foi agilizada a prestação jurisdicional. Pela Lei foi instituído o Termo Circunstanciado, aplicável aos crimes que tenham pena máxima de um ano. Com isto, diante de um crime ambiental, é possível a lavratura do Termo Circunstanciado, já indicando ao infrator a hora, a data e local para comparecer em juízo. Há a possibilidade de aplicação de penas alternativas, como a prestação de serviços à comunidade, em parques ou jardins zoológicos, ou de prestação pecuniária, onde o infrator pode pagar ao ofendido ou fornecendo cestas básicas ou material escolar para uma entidade. Isso agilizou em muito o processo. No caso da fauna, antes desta Lei, os crimes de caça eram inafiançáveis, com penas de 1 a 5 anos, o que era bastante rígido. Agora, em sua grande maioria, são apenados de 3 meses a 1 ano, exceto nos casos em que o infrator incide em agravantes, como o abate de animal em extinção, ou a caça profissional, ou a noturna, quando então a pena passa a ser de 2 a 5 anos, o que impossibilita a aplicação do Termo Circunstanciado. Outro ponto positivo foi a criminalização das antigas contravenções de flora. Antes da nova lei, pelo Código Florestal, o único crime contra a flora era a utilização de motoserra sem registro ou sem porte. Derrubar uma floresta com um trator era contravenção penal.

5 A questão da responsabilidade da pessoa jurídica foi um avanço na Lei. Era instituto já utilizado no 1º mundo que chega ao Brasil por intermédio da Lei de Crimes Ambientais. Criminalizou-se também a conduta de maus tratos aos animais, mesmo que domésticos. Antes era contravenção penal, pelo que acabava recebendo pouca atenção. Inovação que acompanha a moderna tendência do direito ambiental, foi a inclusão do patrimônio histórico, artístico e cultural, assim como as normas que regem o ordenamento urbano, como valores ambientais. Essas áreas receberam o tratamento de "ambientais" pela importância que tem para o bem estar da humanidade. A lei também tem, ao nosso ver, seus pontos negativos. Primeiro, necessita de regulamentação. Dessa regulamentação depende a aplicação das novas multas, que atingirão até o valor de 50 milhões de reais. A aplicação dessas multas é um dos pontos nelvrálgicos dessa Lei. Algo que entendemos que destoou foram as penas nos crimes de pesca, que ficaram bastante pesadas, sendo as mais graves da nova Lei, indo de 1 a 3 anos de reclusão. Claro que excluímos dessa consideração de rigidez a pesca com explosivos e a que usa substâncias tóxicas. 2EMHWLYRpRULHQWDUDDGPLQLVWUDomR -RmR*XDOEHUWR3-~QLRU $GYRJDGRGR,QVWLWXWR$PELHQWDOGR3DUDQi Nossa preocupação com a Lei de Crimes Ambientais, no âmbito de atuação do IAP, é orientar a administração, como advogado. Em primeiro lugar, salientaria a parte da lei que trata dos crimes contra a administração ambiental. Destaco o previsto pelo artigo 66: fazer o funcionário público afirmação falsa, enganosa, não dizer a verdade, sonegar informações ou dados técnicos e científicos em procedimentos de autorização e licenciamento ambiental. Evidentemente que é um crime doloso e há necessidade de uma orientação aos técnicos no sentido de aprimorar seus pareceres. Outra preocupação é com relação às licenças, autorizações ou permissões em desacordo com as normas ambientais para atividades, obras e serviços cuja realização depende da autorização do poder público, no caso o órgão ambiental. Isto reza o artigo 67. Trata-se de um crime com pena de detenção de um a três anos. Esta é uma situação preocupante porque o licenciamento é um instrumento básico de todos os órgãos ambientais, em quaisquer níveis de governo. É necessário que, na emissão das licenças de autorização sejam respeitados estritamente as leis e normas vigentes. Outra preocupação diz respeito à co-responsabilidade do administrador pela não apuração, na área administrativa, de uma infração ambiental. Então é necessária a apuração rigorosa de todas as denúncias, mediante a abertura de um processo, aplicando a legislação pertinente. Outro ponto é de que as infrações sejam comunicadas ao Ministério Público e à Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, para que procedam à apuração da responsabilidade penal em face da infração, como também a eventual reparação civil do dano através de uma ação civil pública ou outro termo de ajustamento.

6 A regulamentação do procedimento administrativo ainda não ocorreu, o que prejudica a atuação dos órgãos ambientais. Essa regulamentação deve ser objetiva, prática, servindo não só como norma geral de aplicação da nova lei ambiental para todos os órgãos ambientais, como também aos órgãos ambientais estaduais e municipais que não tenham uma legislação específica de proteção do meio ambiente. O que percebemos, no último ano, é que houve uma mudança de conduta do infrator ambiental. Ele já procura o órgão público para consertar, pagar as multas, para livrarse das conseqüências da aplicação da legislação que, em alguns casos, pode ser muito pesada. As atividades estão sendo regularizadas através do devido licenciamento. Também constatamos os efeitos altamente positivos dos juizados especiais, tanto criminal, como cível, pela celeridade, pela oralidade e pela aplicação das correções no curto prazo. Isso contribui para formar uma nova consciência porque a pessoa não fica esperando dez anos para vir a ser penalizada. Finalmente gostaria de salientar que, como vem acontecendo na história do Brasil, leis são promulgadas mas não são dadas as contrapartidas de estrutura, de orçamento e recursos humanos necessárias para sua execução. É preciso equipar o Poder Judiciário, a administração pública, reformar os conceitos da administração ambiental. Do contrário a lei não se efetiva e, as vezes, é até modificada para pior, como o caso da medida provisória alterando o artigo 69 da lei, possibilitando que atividades de longa data irregulares em todo o País pudessem, através da assinatura de um termo de compromisso de adaptação e correção de atividades, livrar-se eventualmente de uma punição. &RQWH[WRMXUtGLFRHVWiFRPSOHWR 6DLQW&ODLU+RQRUDWR6DQWRV 3URFXUDGRUGH-XVWLoD Nós tínhamos certa dificuldade na questão dos crimes ambientais porque trabalhávamos com contravenções penais, que são infrações mais leves, como eram as do Código Florestal. Isso levava à prescrição, ou seja, pelo decurso de tempo, o infrator não era punido. A Lei de Crimes Ambientais conferiu a essas infrações penas mais graves, de modo a que fossem realmente punidos todos os que agredissem o meio ambiente. Além da sanção administrativa e civil pelas infrações ambientais, a sociedade brasileira estava sem o amparo das sanções penais. É o que estava faltando. Nesse ínterim, surgiram os juizados especiais, um modo célere de aplicar a justiça no âmbito penal. O quadro que a sociedade brasileira deseja está completo. Infelizmente a nova lei já foi mutilada pela medida provisória que permite às empresas prazos para adaptação à lei ambiental. Há questões culturais que envolvem a nova lei. A criminalização dos maus tratos aos animais, por exemplo. Tivemos que ir ao Supremo Tribunal Federal para que se dissesse que a farra do boi é condenável. E hoje talvez tenhamos também que ir ao Supremo para que se diga que os rodeios fazem mal aos animais. A lei também passa

7 por esses momentos de afirmação. A verdade é que, se o Estado combate a infração, sua a incidência diminui; diminuindo-se a fiscalização ela reaparece. Também existem alguns problemas com relação à estrutura do Estado à nossa disposição para que a lei seja melhor aplicada. Muitos órgãos do Estado não estão devidamente equipados. Um exemplo é o Instituto de Criminalística, de cujos laudos depende a eficácia da ação penal. A nova lei ambiental está dentro da moderna política do Direito Penal. Não quer simplesmente colocar as pessoas na cadeia mas, fundamentalmente, reeducar o infrator. Por isso apresenta mecanismos interessantes como, por exemplo, o que exige a reparação do dano para que possa haver a suspensão do processo. A apreensão dos objetos também parece uma regra muito interessante, principalmente em relação à madeira. O produto da infração não é devolvido ao infrator, mas doado. Outro exemplo do caráter educativo das penas é o da prestação, pelo infrator, de serviços à comunidade, preferencialmente, na área ambiental. O quadro, portanto, está completo, a parte penal da lei em plena vigência. Basta que todos provoquemos as autoridades para que ofereçam o mínimo necessário para que todos possam, em conjunto, atuar nesses casos. E os promotores de justiça pedem a todos que, sempre que tomarem conhecimento, de fatos ilícitos, comuniquem imediatamente o Ministério Público Quanto mais rápida for esta comunicação maior será a agilidade da Justiça. $LQGDIDOWDDUHJXODPHQWDomR $QGUpD9XOFDQLV0DFHGRGH3DLYD $GYRJDGDGR,%$0$35 A aplicação da lei, na parte administrativa, que é atribuição do IBAMA, tem sido bastante complicada pela falta de regulamentação. Ainda estamos utilizando o artigo 14 da Lei 6938 e a multa administrativa de até R$ 4.950,00, independente da infração, enquanto a nova lei prevê até R$ 50 milhões. Isso facilita a atividade infracional das grandes empresas, dos grandes poluidores. Lavrado o auto de infração pelo IBAMA, passamos a informação ao Ministério Público, para apurar a infração criminal. Mas não temos tido retorno quanto às penas aplicadas, se é que foram. A gente apura a infração administrativa, mas não vemos mudança na conduta do infrator já que a pena ainda é insignificante para as grandes infrações. Com relação ao procedimento administrativo, questiona-se muito o fato de não existir definição da infração administrativa e, por consegüinte, não se poder aplicar a multa. Muitos autos de infração do IBAMA tem sido cancelados pela Justiça por causa da inexistência de tipificação administrativa, o que só será resolvido com a regulamentação da lei.

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