Aspetos da Sustentabilidade

Transcrição

1 Aspetos da Sustentabilidade Francisco Ferreira (Quercus FCT/UNL) 16 de outubro de 2014 Ordem dos Engenheiros

2 Antigamente Bulla Regia Tunísia (vila subterrânea)

3 Atualmente

4 Aspetos de sustentabilidade Perspetiva de longo prazo Valores da sociedade Importância do conhecimento científico e técnico Relevância da análise de ciclo de vida Papel da formação, informação e sensibilização

5 Consumo final de energia 12% 3% Edifícios 29% 17% 32% Indústria Transportes Doméstico Serviços Agricultura e Pescas 36% Fonte: DGEG, 2012

6

7 Projeto EcoFamílias II Famílias Famílias Portugal Continental

8 EQUIPAMENTOS (C (CARACTERIZAÇÃO: CLIMATIZAÇÃO) Aquecimento central a gás natural 9% 10% Aquecimento central a gasóleo 7% 4% Aquecimento eléctrico a óleo (irradiador) 22% Aquecimento eléctrico através de acumulador de calor 15% Aquecimento eléctrico através de termoventilador Aquecimento eléctrico com painel radiante Aquecimento eléctrico de halogéneo Ar condicionado 12% 3% Lareira a lenha com recuperador 4% 4% 10% Lareira a lenha sem recuperador Outros REPRESENTATIVIDADE DOS EQUIPAMENTOS DE CLIMATIZAÇÃO

9 EQUIPAMENTOS (C (CARACTERIZAÇÃO: CLIMATIZAÇÃO) Situação encontrada 62% recorre à energia eléctrica para o aquecimento/arrefecimento da habitação 24% utiliza a biomassa para o aquecimento Placa de convecção Painel radiante Irradiador a óleo Ventoinha Ar condicionado Salamandra

10 CONSTRUÇÃO (C (CARACTERIZAÇÃO: CONFORTO HIGROTÉRMICO) 100% 90% 80% sim não 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% COMPARAÇÃO ENTRE A SENSAÇÃO DE CONFORTO E O ANO DE CONSTRUÇÃO DA HABITAÇÃO

11 CONSTRUÇÃO (C (CARACTERIZAÇÃO: CONFORTO HIGROTÉRMICO) 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% confortável não confortável sem informação 20% 10% 0% paredes com isolamento/ cobertura com isolamento paredes com isolamento/ cobertura sem isolamento paredes sem isolamento/ cobertura com isolamento paredes sem isolamento/ cobertura sem isolamento paredes com isolamento (piso intermédio) paredes sem isolamento (piso intermédio) SENSAÇÃO DE CONFORTO E EXISTÊNCIA DE ISOLAMENTO TÉRMICO NAS PAREDES EXTERIORES E COBERTURAS

12 CONSTRUÇÃO (C (CARACTERIZAÇÃO: CONFORTO HIGROTÉRMICO) 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% com sombreamento + vidro duplo/ dupla janela sem sombreamento + vidro duplo/ dupla janela com sombreamento + vidro simples SEM sombreamento + vidro simples confortável não confortável sem informação CONFORTO E PRESENÇA DE SOMBREAMENTO EXTERIOR E VIDRO DUPLO/ DUPLA JANELA

13 ONSTRUÇÃO (CARACTERIZAÇÃO:: PATOLOGIAS) CONSTRUÇÃO 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% condensações fungos/ bolores fissuras outros Condensações Fungos ComCom Sem PATOLOGIAS ENCONTRADAS NAS HABITAÇÕES Construção deficiente

14 ONSTRUÇÃO (CARACTERIZAÇÃO:: PATOLOGIAS) CONSTRUÇÃO As deficiências que a construção apresenta podem aumentar a fatura energética & Comprometem a qualidade e durabilidade da construção, condicionando o conforto e qualidade do ar interior Recomendações identificar e intervir para as eliminar ou, quando não for possível, minimizá-las no caso de fungos/bolores (50% das habitações apresenta estas patologias), ventilar convenientemente a habitação, garantido a qualidade do ar e a saúde Grelha de ventilação na caixa de estore

15 RESULTADOS POUPANÇA POTENCIAL Isolamento pelo exterior (sempre que possível) Material de isolamento: cortiça (natural, nacional, com baixa energia primária incorporada durante a produção e com resultados mais equilibrados durante o ano) Pela aplicação do RCCTE, a redução das necessidades de climatização é em média de 35% Vidros duplos de baixa emissividade Caixilharias de qualidade com corte térmico Protecções solares colocadas no exterior Pela aplicação do RCCTE, a redução das necessidades de climatização é em média 12%

16 RESULTADOS POUPANÇA POTENCIAL Poupança potencial pela melhoria dos aspetos construtivos

17 RESULTADOS POUPANÇA POTENCIAL As medidas recomendadas basearam-se em dois tipos: introdução de isolamento térmico (ou o seu reforço) das paredes exteriores, pavimentos e coberturas substituição dos vãos envidraçados por outros mais eficientes e/ou na introdução de sombreamento 50% 45% 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% isolamento paredes isolamento cobertura substituição vãos introdução sombreamento MEDIDAS PROPOSTAS ÀS FAMÍLIAS

18 RESULTADOS POUPANÇA POTENCIAL 60% das alterações nos vãos e sombreamento 10% poupança energética 35% das alterações no isolamento permitem 10-25% poupança energética Atuando sobre o isolamento podem-se atingir poupanças energéticas > 65% 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 80 [65; 80[ [40; 65[ [25; 40[ [10; 25[ < 10 20% 10% 0% vãos/ sombreamento isolamento POUPANÇAS POTENCIAIS COM A IMPLEMENTAÇÃO DAS MEDIDAS PROPOSTAS

19 Reabilitar Melhorar isolamento térmico das habitações Melhorar a qualidade térmica das áreas envidraçadas Melhorar o conforto das famílias Reduzir/não aumentar a despesa na climatização

20 Missão da Quercus Promover uma visão integrada e sustentável Formar e informar Influenciar os processos de decisão Monitorizar

21 Sustentabilidade = Antecipação Exemplo no planeamento Tirar proveito da topografia do terreno e condições ambientais Conservar e aproveitar, se possível, a vegetação existente, para técnicas de sombreamento Ter em conta as barreiras existentes e previstas

22 Boas práticas Escolher equipamentos mais eficientes É necessário ensinar/relembrar como se devem utilizar os dispositivos de sombreamento e as vantagens do aproveitamento da radiação solar Sensibilizar para as boas práticas na utilização dos dispositivos de climatização

23 Etiqueta de eficiência energética na UE Ainda só para ar condicionado Aquecedores de ambiente terão a partir de setembro de 2015 Caldeiras Bombas de calor Sistemas mistos (com painéis solares) Combinados (AQS + Aquecimento ambiente) A nível nacional: SEEP para janelas

24 Conhecer as tecnologias A tecnologia com inversor (inverter) permite modular a potência do aparelho, de forma proporcional às necessidades de quente ou frio, e poupar até 30% de eletricidade. Os aparelhos monobloco de classe A são menos eficientes do que os de split de classe D. Escolher um aparelho de ar condicionado eficiente e obter conselhos sobre como otimizar a sua utilização em

25 Conclusões A climatização é um aspeto crucial no consumo de energia e na qualidade do ar interior As questões de climatização influenciam direta e indiretamente a saúde pública As soluções de climatização têm de incidir na precaução e numa análise integrada O papel dos comportamentos da população é decisivo A sensibilização e formação são decisivas num quadro de desenvolvimento sustentável