MOBILIÁRIO, CERÂMICA E VIDRO NA SAÚDE E QUOTIDIANO

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Wagner Caldeira Borba
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1 MOBILIÁRIO, CERÂMICA E VIDRO NA SAÚDE E QUOTIDIANO Proibida a reprodução total deste trabalho Augusto Moutinho Borges, CLEPUL Escola de Serviço de Saúde Militar Academia Portuguesa da História 25 março 2015

2 MONTEMOR-O-NOVO, ENFERMARIA DO CONVENTO O AZULEJO COMO MATÉRIA HIGIENISTA

3 O AZULEJO COMO MATÉRIA HIGIENISTA

4 Luminárias, utilizadas nas enfermarias

5 Xaropeira Alt. 23 cm

6 Boiões de Botica

7 Canudos de botica

8 Almofarizes: bronze, mármore e marfim

9 Barbeiro com seringa para clisteres

10 Estanho: Seringa para clisteres, escarradores, cuspideiras, urinol, caneca, bule de doente

11 Fábula de la Fontaine: o Bom e o Mau Médico

12 Espreguiçadeira

13 Canapé para descanço, funcionando como cama

14 Museu Fundação Ricardo Espirito Santo, Lisboa Cadeira de doente

15 Cadeira furada Cadeira com secreto Secretas

17 Cadeira de partos

24 Tamboretes de farmácia

25 Cadeira de Secretária, de Barbeiro e Sangria

26 Cadeira de Secretária, de Barbeiro e Sangria Bacia degolada para Barba e sangrias

27 Jradim do Palácio Fronteira, Lisboa

29 Bacia de barba / sangria Pratos degolados

30 Fonte e bacia para lavagem de mãos antes das refeições

31 Faqueiro. A faca deixou de ser afiada e passou a ser arredondada, impedindo que se palitassem os dentes com este objeto, que causava inúmeros problemas de saúde

32 Chaleira para aquecimento de água Perfumador portátil para perfumar as dependências da casa, provocados pelos maus odores e falta de higienização

33 Faiança: Arrastadeira Bacio alto Urinol

34 Bistrope

35 Bacios de noite sem tampa

36 Bourdalaux: Urinóis femininos

37 Serviço de quarto: Jarro e bacia Bacio de noite Saboneteira Caixa de escova de dentes

38 Gomil para doente

39 Bule de sopa para doentes

41 Escarrador de sala

42 Cuspideiras: destinavam-se a despejar os caroços de frutos, da boca directamente para o recipiente

44 A utilização do vidro está intimamente ligada à saúde. Nesta análise em estudo não vamos falar sobre o vidro na farmácia e no laboratório. Vamos interrelacionar o vidro com a saúde e, naturalmente, a sua relação com o quotidiano.

45 As variantes em estudo são duas: I - VIDRO E SAÚDE PÚBLICA Vidro e Saúde Vidro e Higienização II - VIDRO E CIÊNCIA Vidro e Farmácia Vidro e Laboratório

47 O Termalismo também utiliza o vidro, sendo mais evidentes os copos graduados.

49 Desde os primórdios da humanidade até ao presente que a aleitação tem sofrido alterações relativamente à sua forma. Embora a dicotomia seja feita de forma direta (pelas progenitora ou amas designadas neste último caso amas de leite).

50 e indireta (através de recipientes onde se colocava o líquido para ser deglutinado), podendo ser fabricados em materiais distintos, como o estanho, a faiança, a porcelana e o vidro.

51 Estanho, séc. XVIII-XIX Faiança, séc. XVIII Porcelana, séc. XIX

52 Mamadeira em vidro, VA produção que vai de 1824 a 1880 Inspiração dos modelos Limande Sem inscrições Formato Torpedo Recipiente para 210ml

53 Os recipientes eram fabricados em cristal ou em vidro, com cerca de 185gr. O seu formato original é horizontal (Dim. alt. 4,5 x comp. 15,5 x larg. 7cm), sobressaindo a sua forma anatómica e o bocal de vidro incorporado numa das extremidades.

54 São conhecidas quatro formatos de mamadeiras em vidro temperado ou cristal produzidas durante o séc. XIX.

55 De forma a que o líquido escorre-se facilmente, há um orifício que deixa entrar o ar para o recipiente, permitindo a sucção. As mamadeiras eram, inicialmente, horizontais, havendo a referência para três exemplares.

56 Mamadeira portuguesa, VA modelo Lemande Mamadeira francesa, modelo Lemande

57 Dim. alt. 7,5cm comp. 14cm larg. 7,5cm Peso 180gr. Recipiente para 180ml Mamadeira em vidro, VA Modelo Sabot produção que vai de c.1860 a 1880 Com graduação e sem inscrições Formato Banjo

58 Dim. alt. 7cm comp. 19cm larg. 7,5cm Peso 200gr. Mamadeira em vidro, inglesa, Griptight Produção princípios séc. XX Com graduação e inscrições Formato de Banana Recipiente para 200ml

59 Até meados de 1920 as mamadeiras eram, genericamente, horizontais até que, a partir desta data, passaram a ser verticais, sofrendo algumas alterações quanto à forma e começaram a ter tetinas de borracha.

60 Garrafas fabricados no Centro Vidreiro com a forma arredondada e seistavada Bocal estreito, sem tetina Com graduação Recipiente para 200ml alt. 17cm diam 5,5cm Peso 180 e 185gr

61 VIDRO E HIGIENIZAÇÃO O vidro também foi utilizado para se produzirem objetos diretamente relacionados com a problemática da Saúde Pública. Vejamos alguns exemplares que integram uma reduzida lista do vidro, da saúde e quotidiano.

62 Higienização na mesa Descanso de talheres

63 Paliteiros

64 Um dos exemplares mais recuados é a cuspideira. Objeto, vidro opalino azul, que servia para cuspir a água depois de bochechar os dentes á mesa com um elixir.

66 Que têm a mesma forma dos escarradores (col. MVMG) Vidro azul e castanho, destinado à expetoração

69 Urinol masculino (col. MVMG) Vaso de noite (col. MVMG)

vidro, os apanha-moscas (para uso interior) e os

70 De forma a preservar as habitações livres de insetos (transmissores de doenças) desenvolveram-se, em vidro, os apanha-moscas (para uso interior) e os apanha-mosquitos (para uso exterior, pendurando-se nas árvores).

71 Apanha-mosquitos

72 Apanha-moscas (col. MVMG)

73 Cadeira de transporte de doentes

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