Anfíbios do Parque Nacional das Araucárias, Estado de Santa Catarina, Brasil

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1 Anfíbios do Parque Nacional das Araucárias, Estado de Santa Catarina, Brasil Responsável: Bióloga Dra. Elaine Maria Lucas Gonsales Colaborador: João Carlos Marroco 1. INTRODUÇÃO O Brasil abriga uma grande parte da diversidade de anfíbios do mundo (mais de 10%; Silvano & Segalla, 2005), mas tanto o conhecimento do status taxonômico quanto da distribuição geográfica da maioria das espécies é bastante fragmentário, mesmo para regiões mais estudadas (Haddad & Sazima, 1992). Nas últimas décadas, um número crescente de estudos e esforços para a conservação de anfíbios tem sido observado, em grande parte devido à constatação de declínios populacionais e desaparecimentos de muitas espécies em diversas regiões do mundo (Blaustein & Wake, 1990; Young et al, 2001; Kiesecker et al., 2001; Morrison & Hero, 2003), com alguns relatos também para o Brasil (Eterovick et al., 2005). Outra razão responsável pelo aumento de estudos sobre conservação de anfíbios é a importância ecológica desse grupo como possíveis indicadores de degradação ambiental (Seymour et al., 2001). Isso porque estes animais apresentam baixa mobilidade, restrições fisiológicas e especificidades de habitat (Duellmann & Trueb, 1994). A Mata Atlântica representa o bioma brasileiro com maior diversidade e endemismo de anuros no Brasil, apesar da falta de conhecimento do grupo em grande parte da sua extensão (Haddad, 1998; Rocha et al., 2004). Das espécies de anuros ameaçadas de extinção no Brasil, praticamente todas são da Mata Atlântica (Silvano & Segalla, 2005; IUCN, 2006). Assim como para a maioria dos elementos da biodiversidade no mundo (Sala et al., 2000; Young et al., 2001), a destruição dos habitats talvez seja a principal ameaça à conservação de anuros neste bioma (Silvano & Segala, 2005). O fato de que muitas espécies encontram-se ameaçadas, mas poucas tem sido registradas como extintas na Mata Atlântica, de acordo com o conhecimento atual, indica que ações urgentes e bem planejadas podem ser efetivas na conservação das espécies (Silva & Casteleti, 2003). Para subsidiar

2 2 essas ações, são necessários esforços visando conhecer a diversidade de espécies dos diferentes grupos e a variação na composição de espécies destes grupos em diferentes áreas ou regiões (Rocha et al., 2004). Este estudo tem como objetivo conhecer a diversidade de anfíbios no Parque Nacional das Araucárias, visando subsidiar o Plano de Manejo desta Unidade de Conservação (UC). O estudo considera os anfíbios anuros (ordem Anura, representada pelos sapos, rãs e pererecas), devido a este grupo apresentar maior diversidade de espécies dentre os anfíbios no Brasil (SBH, 2009), e, portanto, mais ser mais adequado à confecção do Plano de Manejo. 2. MATERIAL E MÉTODOS 2.1 Caracterização dos sítios de amostragem Os registros foram realizados em seis sítios de amostragem no Parque Nacional das Araucárias (Figura 1). Os sítios foram escolhidos considerando: 1) possibilidade e/ou facilidade de acesso, 2) melhor integridade ambiental e 3) representação dos diferentes tipos de ambientes presentes na área de estudo. Figura 1. Localização dos seis sítios de amostragem (pontos em azul: Santa Fé, Ameixeira, Caratuva, Rio do Mato, Marconstrói e Adami) de anfíbios, no Parque Nacional das Araucárias, Estado de Santa Catarina.

3 3 O sítio I está localizado na Linha Caratuva (coordenada geográfica geral: 26º ; 51º ; aprox m alt.). Nesta área, foram percorridos riachos permanentes no interior de mata nativa em bom estado de preservação, com a presença marcante do xaxim Dicksonia sellowiana, além de lagoas permanentes rasas, com abundante vegetação aquática emergente e flutuante, localizadas no interior de mata nativa, e lagoas permanentes e charcos temporários em borda de mata nativa e em áreas alteradas (lavouras; Figura 2). Dois riachos amostrados apresentavam fundo rochoso e os demais eram caracterizados por pequenos filetes d água de fundo lodoso. A vegetação adjacente às margens das lagoas localizadas em áreas alteradas era constituída principalmente por gramíneas. Além destes ambientes aquáticos, foram percorridas trilhas no interior da mata, geralmente próximas de corpos d água. Neste caso, a serapilheira foi cuidadosamente vistoriada, em busca de espécies que se reproduzem independentemente da presença de água acumulada. O sítio II corresponde à área do Rio do Mato (coordenada geográfica geral: 26º48 45 ; 51º ; aprox. 896 m alt.). Nesta área, as amostragens foram realizadas em lagoas permanentes no interior de mata nativa, as quais apresentam toda a superfície d água coberta por plantas aquáticas flutuantes da família Lemnaceae (e.g. Wolffia sp.; Figura 3), em riachos no interior de mata nativa e filetes d água e charcos temporários e permanentes situados ao longo de uma estrada desativada no interior de mata e nas margens do Rio do Mato (Figura 4). Todos os corpos d água amostrados estão localizados próximos ao Rio do Mato. Os sítios I e II correspondem às áreas amostradas mais bem preservadas do Parque. O sítio III corresponde à Vila Adami (coordenada geográfica geral: 26º49'37.2'', 51º48'41.6 '; aprox m alt.). Neste sítio, as amostragens foram realizadas em lagoas permanentes com influência antrópica, localizadas em área aberta e em borda de mata nativa, caracterizadas pela presença predominante de gramíneas nas margens e abundante vegetação emergente. Foram também realizadas observações em riachos na borda e em serapilheira no interior de um fragmento de mata nativa. O sítio IV está localizado na área da Fazenda Marconstrói (coordenada geográfica geral: 26º ; 51º ; aprox. 930 m alt.). Nesta área, foi

4 4 percorrida uma estrada desativada que inicialmente é margeada por talhões de Pinus sp. e na sua maior extensão por vegetação secundária, em estágio avançado de recuperação. Os ambientes aquáticos temporários e permanentes encontrados próximos à estrada foram amostrados, tais como filetes d água em valetas de drenagem, lagoas em áreas abertas, lagoa no interior de plantio de Pinus sp., e em riacho localizado no interior de um pequeno fragmento de mata nativa. O sítio V está localizado na Fazenda Santa Fé (coordenada geral: 26º ; 51º ; aprox m alt.). As amostragens se concentraram nas proximidades do Rio Chapecó, onde se observa a presença de poças permanentes e temporárias nas margens, com substrato rochoso (Figura 5). Foram percorridas uma trilha em uma faixa de mata ciliar deste mesmo rio e lagoas permanentes e charcos localizados em áreas alteradas. O sítio VI está localizado na Fazenda Ameixeira (coordenada geral: 26º ; 51º ; aprox. 951 m alt.). Neste sítio foram percorridas trilhas e córregos no interior da mata nativa, córregos na borda de fragmento de mata nativa, com abundante vegetação marginal e fundo lodoso, e lagoa em área aberta. Os córregos no interior da mata nativa apresentavam fundo lodoso com folhiço abundante, troncos caídos e xaxim. Apesar da mata nativa ser aparentemente bem preservada, com bastante serapilheira e árvores velhas, foram registradas evidências da presença constante de gado no interior da mata (Figura 6).

5 5 Figura 2. Lagoa permanente em borda de mata, utilizada pelas espécies de anuros, no sítio I (Caratuva), no Parque Nacional das Araucárias, Estado de Santa Catarina. Foto: Elaine M. Lucas Gonsales. Figura 3. Lagoa permanente no interior da mata, utilizada pelas espécies de anuros, no sítio II (Rio do Mato), no Parque Nacional das Araucárias, Estado de Santa Catarina. Foto: Elaine M. Lucas Gonsales.

6 6 Figura 4. Riacho de fundo rochoso, utilizado pelas espécies de anuros, no sítio II (Rio do Mato), no Parque Nacional das Araucárias, Estado de Santa Catarina. Foto: Elaine M. Lucas Gonsales. Figura 5. Margem de rio com afloramentos rochosos, no sítio V (Santa Fé), no Parque Nacional das Araucárias, Estado de Santa Catarina. Foto: Elaine M. Lucas Gonsales.

7 7 Figura 6. Corpo d água evidenciando as margens pisoteadas pelo gado, no sítio VI (Ameixeira), no Parque Nacional das Araucárias, Estado de Santa Catarina. Foto: Elaine M. Lucas Gonsales. 2.2 Coleta de dados A coleta de dados sobre as espécies de anfíbios ocorrentes Parque Nacional das Araucárias foi baseada principalmente em dados primários, obtidos durante a Avaliação Ecológica Rápida (AER), realizada no período de 18 a 27 de outubro de 2008 e 11 a 20 de março de De forma complementar, foi realizada uma revisão de literatura considerando espécies com ocorrência potencial, baseada em Lucas (2008), que apresenta uma revisão do material depositado em coleções científicas nacionais e trabalhos publicados sobre a fauna de anfíbios no estado de Santa Catarina. Algumas espécies mais relacionadas a formações de campos também foram consideradas como de ocorrência potencial, devido a ocorrência desta fitofisionomia nos limites adjacentes da UC. Em cada um dos seis sítios de amostragem, a busca foi realizada em hábitats potencialmente utilizados para reprodução ou abrigo de anuros, principalmente em corpos d água e suas proximidades. Os sítios I, II, III e IV foram amostrados nas duas campanhas de campo (outubro de 2008 e março

8 8 de 2009) e os sítios V e VI somente na segunda campanha de campo (março de 2009). O esforço de amostragem foi concentrado nos sítios que apresentavam ambientes mais íntegros e com maior quantidade de hábitats favoráveis à utilização dos anuros (Tabela 1). Tabela 1. Esforço de amostragem (busca visual e auditiva) empregado na procura de anfíbios no Parque Nacional das Araucárias, e coordenadas geográficas dos pontos visitados nos diferentes sítios de amostragem, nos períodos de 18 a 27 de outubro de 2008 e 11 a 20 de março de Sítio I = Caratuva; Sítio II = Rio do Mato; Sítio III = Adami; Sítio IV = Marconstrói; Sítio V = Santa Fé; Sítio VI = Ameixeira. Sítio Pontos de amostragem Horas/homem I 26º50'00'', 51º59'27''; 26º49'31'', 51º59 23''; 26º50'24'', 75 58º59'12''; 26º49'14'', 51º59'08''; 26º49'23'', 51º59'19''; 26º49'18'', 51º58'50''; 26º50'25'', 51º59'16''; 26º49'42'', 51º59'06'', 26º49'18'', 51º58' 50''; 26º49'22'', 51º58'38''; 26º49'07'', 51º59'27''; 26º49'05'', 51º58'55''; 26º49'17'', 51º58'54''; 26º49'21'', 51º59'02''; 26º49'31'', 51º59'10''; 26º49'42'', 51º59'06''; 26º49'07'', 51º59'27''; , II 26º48'22'', 51º54'15'', 26º48'01'', 51º54'07'', 26º48'43'', 53 51º54'06 '; 26º48'22'', 51º54'15''; 26º48'20 ', 51º54'18''; 26º48 43, 51º54 06 ; 26º48 45, 51º54 11 III 26º49'37'', 51º48'41''; 26º48'43'', 51º48 59''; 26º48'35'', 20 51º49'17''; 26º48'10'', 51º49'30''; 26º49'47'', 51º48'28''; 26º49'37'', 51º48'41''; 26º49'37'', 51º48'41''; , ; , ; , IV 26º46'17'', 51º57'18''; 26º45'30'', 51º57'09''; 26º45 26'', 24 51º57'07''; 26º45'16'', 51º56'56''; 26º46'17'', 51º57'18'' V 26º41'28'', 51º56'08' ; 26º41'59'', 51º55'25'', 26º42'09'', 12 51º54'58'' VI 26º46'50'', 51º58'45''; 26º44'54'', 51º58'30''; 26º45'20'', 51º58'10''; 26º45'14, 51º57'58''; 26º45'13'', 51º58'36''; 26º46'12'', 51º58'38 '; 26º46'20'', 51º58'28'' 40

9 9 Nestes ambientes, as espécies foram registradas por meio de procura visual ou auditiva (Crump & Scott Jr., 1994; Zimmerman, 1994). Todos os microhábitats visualmente acessíveis foram examinados. As atividades de procura foram realizadas principalmente no período noturno, com auxílio de lanternas-de-cabeça, sendo as atividades iniciadas logo após o entardecer e encerradas após a diminuição da atividade de vocalização das espécies. Durante o dia, abrigos potenciais e corpos d água também foram examinados, em diferentes horários, em busca de espécies de hábito diurno, indivíduos em repouso e girinos. Para o registro das vocalizações foi utilizado gravador Sony TCM 353-V e microfone direcional Yoga EM9600. Os anuros foram fotografados em seu ambiente natural por meio de câmera digital, sempre que possível. As coordenadas geográficas dos locais de registro das espécies foram obtidas com auxilio de GPS Garmim modelo 12XL. As espécies registradas foram quantificadas, utilizando estimativas do número de machos de cada espécie em atividade de vocalização, da seguinte forma: 1) um macho vocalizante; 2) de dois a cinco machos vocalizantes; 3) de seis a 10 machos vocalizantes; 4) acima de 10 até 50 machos vocalizantes e 5) acima de 50 machos vocalizantes. Para as espécies que foram registradas em mais de um corpo d água no mesmo sítio de amostragem, foi considerada a categoria mais freqüente e na falta desta, aquela de maior abundância. Para identificar espécies indicadoras de integridade ambiental, foram consideradas as características reprodutivas das espécies registradas, tais como dependência de ambientes florestados e água límpida e bem oxigenada para a reprodução. A ocorrência de espécies ameaçadas ou quase ameaçadas foi considerada de acordo com as espécies classificadas nas categorias de ameaça ou quase ameaça na lista mundial de espécies ameaçadas (IUCN, 2008), lista da fauna brasileira ameaçada de extinção (IBAMA, 2003), lista da fauna ameaçada de extinção do estado do Paraná (Mikich & Bérnils, 2004) e lista da fauna ameaçada de extinção do estado do Rio Grande do Sul (Marques et al., 2002). Um ou dois exemplares de cada espécie, especialmente aquelas de difícil identificação em campo, foram capturados manualmente, acondicionados em sacos plásticos umedecidos, arejados freqüentemente e mantidos em caixas de isopor fechadas, para diminuição do estresse visual e térmico dos

10 10 animais (Licença SISBIO nº ). Posteriormente, os exemplares eram preparados para estudos científicos, conforme técnica padrão (McDiarmid, 1994). Após a finalização do trabalho, os espécimes coletados serão depositados em coleção científica de referência. A classificação taxonômica das espécies registradas em campo foi considerada de acordo com revisões taxonômicas recentes (e.g. Faivovich et al. 2005; Frost et al. 2006; Hedges et al. 2008; Guayasamin et al., 2009). Serpentes ocasionalmente encontradas pela equipe durante as atividades de campo também foram registradas. 3. RESULTADOS 3.1 Considerações gerais sobre a anurofauna registrada e com ocorrência potencial no Parque Nacional das Araucárias Riqueza geral Durante a AER foram registradas 30 espécies de anuros, as quais pertencem a 17 gêneros e nove famílias (Brachycephalidae, Bufonidae, Cycloramphidae, Centrolenidae, Hylidae, Leiuperidae, Leptodactylidae, Microhylidae e Ranidae). Hylidae foi a família com maior número de espécies registradas (ca. de 55%; n = 17; Tabela 1), possivelmente porque é uma das famílias mais numerosas da ordem Anura (cerca de 45 gêneros e 844 espécies), com representantes apresentando grande diversidade de modos reprodutivos (Uetanabaro et al., 2008) e exploração de uma ampla diversidade de microhábitats. A maior representatividade desta família é freqüentemente observada em estudos de diversidade de anuros em regiões neotropicais. Além das 30 espécies registradas em campo, mais 13 espécies foram consideradas de ocorrência potencial, totalizando uma riqueza em torno de 43 espécies de anuros na área. Uma espécie registrada em campo é exótica, Lithobates catesbeianus (família Ranidae), conhecida como rã-touro. A curva de acumulação de espécies demonstrou que não foram registradas todas as espécies de anuros possivelmente ocorrentes na UC

11 11 durante a AER (Figura 7). Os estimadores de riqueza de espécies utilizados indicaram a ocorrência de aproximadamente 35 espécies na área (Figura 7), valor de riqueza menor daquele previsto quando considerado as espécies com potencial ocorrência (n = 43; Tabela 1). Isso pode estar relacionado ao fato de que somente duas espécies foram acrescentadas à lista na segunda campanha de campo (março de 2009), sendo ambas registradas no primeiro dia de amostragem. Na segunda campanha de campo foram registradas baixas riqueza e abundância (Tabela 2), provavelmente devido a este período representar o final da estação reprodutiva de muitas espécies, ou ainda, ao longo período de estiagem (grande parte dos corpos d água encontravam-se secos) e as baixas temperaturas noturnas registradas no período Número de espécies Sobs Dp Dp Jack1 Jack Dias de amostragem Figura 7. Curvas de acumulação de espécies, calculadas com os dados obtidos na AER, no período de 18 a 26 de outubro de 2008 e 11 a 20 de março de 2009 e a riqueza estimada utilizando Jacknife 1 e Jacknife 2, no Parque Nacional das Araucárias, estado de Santa Catarina, Brasil. Os pontos correspondem à média e desvio padrão das curvas geradas com ordem aleatória de amostras.

12 Tabela 1. Espécies de anuros e sítios de amostragem registrados durante a AER, no período de 18 a 26 de outubro de 2008 e 11 a 20 de março de 2009 e espécies com ocorrência potencial para o Parque Nacional das Araucárias, Estado de Santa Catarina, e tipo predominante de ambiente utilizado pelas espécies. Sítio I = Caratuva; sítio II = Rio do Mato; sítio III = Adami; sítio IV = Marconstrói; sítio V = Santa Fé; sítio VI = Ameixeira; OP = espécies de ocorrência potencial; IBM = espécies relacionadas predominantemente com interior ou borda de mata; AA = espécies relacionadas predominantemente a áreas abertas (naturais ou antrópicas). Família/Espécie Sítio I Sítio II Sítio III Sítio IV Sítio V Sítio VI OP IBM AA Brachycephalidae Ischnocnema cf. henselii x x x x x x Bufonidae Rhinella henseli (Lutz, 1934) x x x Rhinella icterica (Spix, 1824) x x x x Melanophryniscus sp. (gr. tumifrons) x x Centrolenidae Vitreorana uranoscopa (Müller, 1924) x x x x x Cycloramphidae Limnomedusa macroglossa (Duméril & Bibron, 1841) x x x Odontophrynus americanus (Duméril & Bibron, 1841) x x Proceratophrys bigibbosa (Peters, 1872) x x x x Hylidae Aplastodiscus perviridis Lutz in Lutz, 1950 x x x x x x x x Dendropsophus minutus (Peters, 1872) x x x x x x x x

13 13 Dendropsophus nahdereri (Lutz & Bokermann, 1963) x x x x x Dendropsophus sanborni (Schmidt, 1944) x x Hypsiboas bischoffi (Boulenger, 1877) x x x x x Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824) x x Hypsiboas curupi Garcia, Faivovich & Haddad, 2007 x x x x Hypsiboas faber (Wied-Neuwied, 1821) x x x x x x Hypsiboas leptolineatus (Braun & Braun, 1977) x x x x x x x Hypsiboas prasinus (Burmeister, 1856) x x x Hypsiboas pulchellus (Duméril & Bibron, 1841) x x Phyllomedusa tetraploidea Pombal & Haddad, 1992 x x x x x Scinax berthae (Barrio, 1962) x x x x x Scinax aromothyella Faivovich, 2005 x x Scinax catharinae (Boulenger, 1888) x x Scinax fuscovarius (Lutz, 1925) x x x x Scinax granulatus (Peters, 1871) x x x x x x x x Scinax cf. perereca Pombal, Haddad & Kasahara, 1995 x x x Scinax sp. x Scinax squalirostris (Lutz, 1925) x x x Scinax uruguayus (Schmidt, 1944) x x Sphaenorhynchus surdus (Cochran, 1953) x x x Trachycephalus dibernardoi Kwet & Solé, 2008 x x Leiuperidae

14 14 Physalaemus aff. gracilis x x x x x Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826 x x x x x x Physalaemus olfersii (Lichtenstein & Martens, 1856) x x Pleurodema bibroni Tschudi, 1838 x x Leptodactylidae Leptodactylus araucaria (Kwet & Angulo, 2002) x x Leptodactylus gracilis (Duméril & Bibron, 1841) x x Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799) x x Leptodactylus mystacinus (Burmeister, 1861) x x Leptodactylus cf. ocellatus x x x x x x Leptodactylus plaumanni Ahl, 1936 x x x Microhylidae Elachistocleis bicolor (Guérin-Méneville, 1838) x x Ranidae Lithobates catesbeianus (Shaw, 1802) x x x TOTAL

15 A maior riqueza de espécies foi registrada nos sítios I, II e IV, que correspondem a Linha Caratuva, Rio do Mato e Marconstrói, respectivamente (Tabela 1). As espécies relevantes de cada sítio, bem como as principais ameaças observadas à fauna de anuros em cada um deles, encontram-se no item 3.2. Além dos anfíbios anuros, foram registradas quatro espécies de serpentes por registros ocasionais durante a AER: Bothrops cotiara, B. alternatus, Micrurus altirostris e Thamnodynastes strigatus. Bothrops cotiara é uma serpente endêmica de Floresta Ombrófila Mista e classificada na categoria vulnerável na lista vermelha da fauna ameaçada de extinção do Estado do Rio Grande do Sul (Marques et al. 2002). O desmatamento de áreas de Floresta Ombrófila Mista é uma ameaça à sobrevivência desta espécie. A fitofisionomia de Floresta Ombrófila Mista está entre as mais ameaçadas do Bioma Mata Atlântica, com apenas 2 a 4% da área original razoavelmente bem preservada (Hirota, 2003). Na Argentina, a cotiara é uma das espécies de serpentes mais ameaçadas (Giraudo, 2001) Distribuição geográfica das espécies A maioria das espécies registradas em campo (ca. 70%) apresenta distribuição geográfica ampla no bioma Mata Atlântica. No entanto, um número representativo das espécies apresenta distribuição geográfica mais restrita ao sul do Brasil e às vezes nos países adjacentes: Rhinella henseli, Proceratophrys bigibbosa, Dendropsophus nahdereri, Hypsiboas leptolineatus, Phyllomedusa tetraploidea, Scinax granulatus, Trachycephalus dibernardoi, Leptodactylus plaumanni, Sphaenorhynchus surdus e Scinax uruguayus Espécies indicadoras de integridade ambiental As espécies consideradas como indicadoras de integridade ambiental neste estudo, são exclusivamente ou mais relacionadas a ambientes íntegros, e desta forma, são mais sensíveis às alterações ambientais, tais como

16 16 Ischnocnema cf. henselii, Rhinella henseli, Melanophryniscus sp. (gr. tumifrons), Vitreorana uranoscopa, Proceratophrys bigibbosa, Aplastodiscus perviridis, Hypsiboas curupi, Scinax uruguayus, Sphaenorhynchus surdus, Trachycephalus dibernardoi e Physalaemus olfersii. Considerações específicas sobre as espécies encontram-se no item 3.2. No entanto, de uma forma geral, a maioria das espécies de anuros é muito suscetível às modificações ambientais, especialmente nos corpos d água, pois dependem destes ambientes para a reprodução Espécies ameaçadas de extinção Das espécies registradas em campo, duas se encontram listadas em categorias de ameaça ou quase ameaça segundo as listas de espécies ameaçadas de extinção avaliadas (IUCN, 2008; IBAMA, 2003; Mikich & Bérnils, 2004; Marques et al., 2002). Proceratophrys bigibbosa consta na lista mundial de espécies ameaçadas de extinção (IUCN, 2008), na categoria quase ameaçada. Vitreorana uranoscopa, a perereca-de-vidro, é considerada vulnerável na lista vermelha da fauna ameaçada de extinção do Estado do Rio Grande do Sul (Marques et al. 2002) e na categoria de dados insuficientes na lista vermelha da fauna ameaçada de extinção do Estado do Paraná (Mikich & Bernils, 2004). No entanto, a ocorrência de hábitats de água corrente com afloramentos rochosos favorece a presença de Limnomedusa macroglossa, não registrada nos períodos de amostragem, mas considerada como de ocorrência provável. Limnomedusa macroglossa é classificada como Criticamente em Perigo segundo a lista da fauna ameaçada do Estado do Paraná (Mikich & Bérnils, 2004). Não foram registradas espécies listadas na lista brasileira da fauna ameaçada de extinção (IBAMA, 2003) Abundância das espécies registradas

17 17 As espécies mais abundantes, considerando as categorias de estimativa de abundância de machos vocalizantes, registradas em campo foram Dendropsophus minutus, Physalaemus cuvieri, Scinax granulatus, Hypsiboas leptolineatus e Aplastodiscus perviridis (Tabela 2). Estas espécies são consideradas relativamente comuns dentro da sua área de distribuição geográfica e foram observadas em todos os pontos amostrais na área de estudo. Melanophryniscus sp. (gr. tumifrons), R. henseli, S. surdus, H. curupi e S. squalirostris foram as espécies menos abundantes registradas em campo. Nos Sítios V e VI foram registradas poucas espécies e indivíduos em atividade de vocalização, devido aos mesmos terem sido amostrados somente na segunda campanha de amostragem, a qual foi mais desfavorável ao registro das espécies, como salientado anteriormente. Tabela 2. Categorias de abundância das espécies de anuros registradas em atividade de vocalização, durante a AER, nos seis sítios de amostragem, no Parque Nacional das Araucárias, Estado de Santa Catarina, Brasil, no período de 18 a 26 de outubro de 2008 e 11 a 20 de março de Sítio I = Caratuva, Sítio II = Rio do Mato, Sítio III = Adami, Sítio IV = Marconstrói, Sítio V = Santa Fé e Sítio VI = Ameixeira. 1 = um macho vocalizante; 2 = de dois a cinco machos vocalizantes; 3 = de seis a 10 machos vocalizantes; 4 = acima de 10 até 50 machos vocalizantes e 5 = acima de 50 machos vocalizantes. Família/Espécie Sítio I Sítio II Sítio III Sítio IV Sítio V Sítio VI Brachycephalidae Ischnocnema cf. henselii Bufonidae Melanophryniscus sp. (gr. tumifrons) 2 Centrolenidae Vitreorana uranoscopa Cycloramphidae Proceratophrys bigibbosa 3 2 Hylidae Aplastodiscus perviridis Dendropsophus minutus

18 18 Dendropsophus nahdereri Hypsiboas bischoffi Hypsiboas faber 2 2 Hypsiboas leptolineatus Phyllomedusa tetraploidea Scinax berthae Scinax fuscovarius 4 Scinax granulatus Scinax cf. perereca 3 Scinax sp. 3 Scinax squalirostris 2 Scinax uruguayus 3 Sphaenorhynchus surdus 3 Leiuperidae Physalaemus aff. gracilis Physalaemus cuvieri Physalaemus olfersii 4 Leptodactylidae Leptodactylus cf. ocellatus Leptodactylus plaumanni 3 2 Ranidae Lithobates catesbeianus 4 TOTAL Principais ameaças às espécies de anuros As principais ameaças à conservação dos anuros no Parque Nacional das Araucárias são: 1) conversão dos ambientes naturais em lavouras e/ou reflorestamentos; 2) presença de javalis, bovinos e eqüinos e 3) presença da espécie exótica L. catesbeianus, a rã-touro. A eliminação e a modificação dos ambientes naturais é a principal causa de extinções e declínios populacionais de anfíbios (Haddad, 2008). Desta forma, as práticas de agricultura podem comprometer a permanência das populações de anfíbios, pois além da modificação dos ambientes, o uso de produtos químicos compromete a qualidade da água dos corpos d água, afetando

19 19 diretamente os anfíbios, por ocasionar a morte ou anormalidades principalmente nas formas larvais (Gurushankara et al., 2007; Krishnamurthy et al., 2008). Os javalis, assim como os bovinos, eqüinos e suínos domésticos, registrados de forma marcante dentro do Parque - inclusive em ambientes aparentemente bem preservados, ocasionam a compactação do solo e modificam grande parte das margens dos ambientes aquáticos. A modificação dos ambientes aquáticos deve ocasionar um forte impacto negativo sobre as espécies de anuros que depositam seus ovos tanto no solo quanto na água nestes locais, como as espécies dos gêneros Leptodactylus, Physalaemus e Melanophryniscus. Além de destruir as desovas, o pisoteamento modifica a dinâmica da água nas poças e altera as características da vegetação marginal, a qual também é utilizada como sítios de canto, principalmente por hilídeos. A rã-touro é nativa da América do Norte e foi introduzida na região provavelmente na década de 80, para criação intensiva, e atualmente sua distribuição geográfica vem ampliando rapidamente. Esta é uma espécie bastante voraz e generalista, e sua dieta inclui girinos e adultos de espécies nativas de anuros. A rã-touro provavelmente vem ocasionando impactos negativos significativos sobre as espécies nativas de anuros na região (Fortes et al., 2004). 3.2 Considerações da anurofauna por sítios de amostragem no Parque Nacional das Araucárias Sítio I (Caratuva) Neste sítio foi registrada a maior riqueza de espécies (n = 20; 66%) e duas espécies exclusivas (Melanophryniscus sp. (gr. tumifrons) e Sphaenorynchus surdus; Tabela 1). a) Espécies ameaçadas de extinção, raras ou de interesse especial

20 20 Destacam-se as presenças de Melanophryniscus sp. (gr. tumifrons), Sphaenorhyncus surdus (Figura 8), Vitreorana uranoscopa (Figura 9) e Ischnocnema cf. henselii (Figura 10). Melanophryniscus sp. (gr. tumifrons) e S. surdus podem ocorrer em áreas abertas e ambientes com algum grau de perturbação, mas geralmente estão relacionados a ambientes melhor preservados. Sphaenorhynchus surdus utiliza lagoas temporárias ou permanentes, de pouca profundidade e com abundante vegetação aquática flutuante para a reprodução (Toledo et al., 2007) e Melanophryniscus sp. (gr. tumifrons) se reproduz em charcos temporários, de água lótica ou lêntica, formados após fortes chuvas. Vitreorana uranoscopa e I. cf. henselii, são espécies relacionadas a ambientes florestados. Vitreorana uranoscopa é encontrada em riachos de fundo rochoso, no interior ou borda de mata (Lucas & Fortes, 2008) e I. cf. henselii se reproduz no chão da mata, independente de corpos d água acumulada. Desta forma, a eliminação de ambientes florestados ocasiona extinções locais destas espécies, que possivelmente se encontram ameaçadas na região oeste, devido ao intenso desmatamento. Vitreorana uranoscopa, a perereca-de-vidro, é considerada vulnerável na lista vermelha da fauna ameaçada de extinção do Estado do Rio Grande do Sul (Marques et al. 2002, como Hyalinobatrachium uranoscopum) e na categoria de dados insuficientes na lista vermelha da fauna ameaçada de extinção do Estado do Paraná (Mikich & Bernils, 2004). b) Ameaças registradas As principais ameaças à conservação dos anfíbios registradas neste sítio foram 1) a presença marcante de javalis na maioria dos corpos d água, principalmente aqueles localizados no interior da mata, 2) práticas de agricultura e 3) presença da espécie exótica Lithobates catesbeianus (rã-touro) nas lagoas artificiais em área aberta. A rã-touro foi uma das espécies de anuros mais abundantes nas lagoas artificiais localizadas em áreas abertas (ver Tabela 2). Esta espécie foi registrada somente em dois sítios (I e IV) amostrados, no entanto, tendo em vista a sua elevada capacidade de invasão, se medidas adequadas de manejo não forem urgentemente tomadas, dentro de pouco tempo ela poderá estar

21 21 presente em todas as áreas, inclusive nos ambientes mais bem preservados da UC. Figura 8. Exemplar de Sphaenorhyncus surdus, no Parque Nacional das Araucárias. Foto: Elaine Lucas Gonsales. Figura 9. Exemplar de Vitreorana uranoscopa, no Parque Nacional das Araucárias. Foto: Elaine Lucas Gonsales.

22 22 Figura 10. Exemplar de Ischnocnema cf. henselii, no Parque Nacional das Araucárias. Foto: Elaine Lucas Gonsales Sítio II (Rio do Mato) Neste sítio foi registrada a segunda maior riqueza de espécies (n = 19; 63%) e quatro espécies exclusivas (Scinax sp.;, S. cf. perereca, Trachycephalus dibernardoi e Physalaemus olfersii; Tabela 1). a) Espécies ameaçadas de extinção, raras ou de interesse especial Destacam-se os registros de Physalaemus olfersii (Figura 11), Rhinella henseli (Figura 12), Proceratophrys bigibbosa, V. uranoscopa e I. cf. henselii, as quais estão relacionadas a ambientes florestados mais íntegros. Physalaemus olfersii e Trachycephalus dibernardoi (Figura 13), além de serem espécies relacionadas a ambientes mais íntegros, foram registradas de forma exclusiva neste sítio, em uma lagoa permanente localizada próxima ao Rio do Mato o poço verde, um dos ambientes amostrados em boas condições de preservação. Trachycephalus dibernardoi foi recentemente descrita, sendo considerada uma espécie rara ao longo da sua distribuição geográfica e possivelmente muito sensível às perturbações de hábitat (Kwet & Sole 2008). A maioria das

23 23 listas de espécies ameaçadas de extinção considera T. dibernardoi na categoria de Dados Insuficientes para avaliação (ver Kwet & Sole, 2008), o que demonstra a falta de conhecimento sobre a mesma em toda a área de distribuição. Proceratophrys bigibbosa utiliza ambientes muito similares à V. uranoscopa, ou seja, riachos de fundo rochoso ou lodoso no interior ou borda de mata. Neste estudo, além de adultos serem observados neste tipo de ambiente, em atividade reprodutiva, girinos foram observados em valetas de drenagem na margem de estrada desativada no interior da mata. Esta espécie consta na lista mundial de espécies ameaçadas de extinção (IUCN, 2008), na categoria quase ameaçada. b) Ameaças registradas As principais ameaças registradas foram 1) plantio de Pinus sp. e 2) presença de javalis nos corpos d água. Figura 11. Exemplar de Physalaemus olfersii, no Parque Nacional das Araucárias. Foto: Elaine Lucas Gonsales.

24 24 Figura 12. Exemplar de Rhinella henseli, no Parque Nacional das Araucárias. Foto: Elaine Lucas Gonsales. Figura 13. Exemplar de Trachycephalus dibernardoi, no Parque Nacional das Araucárias. Foto: Elaine Lucas Gonsales.

25 Sítio III (Adami) Neste sítio foram registradas 13 espécies (43% da riqueza total; Tabela 1). Duas espécies foram registradas somente neste sítio: Odontophrynus americanus e Scinax uruguayus. a) Espécies ameaçadas de extinção, raras ou de interesse especial: Destacam-se os registros de Scinax uruguayus (Figura 14), V. uranoscopa e I. cf. henseli. Vitreorana uranoscopa e I. cf. henseli estão relacionados a ambientes florestados pouco perturbados. Scinax uruguayus foi registrada de forma exclusiva neste sítio, apesar da sua presença nos ambientes ser facilmente reconhecida durante o período de atividade reprodutiva, que ocorre associado às chuvas (Kwet & Di-Bernardo, 1999). Esta espécie é típica de campos (Kwet & Di-Bernardo, 1999; Garcia et al., 2007), e sua presença deve estar associada à presença de remanescentes de campos naturais nos limites adjacentes ao Parque, os quais se encontram fortemente ameaçados pela intensa ocupação do solo. Vitreorana uranoscopa é considerada ameaçada de extinção no Estado do Rio Grande do Sul (Marques et al. 2002), como salientado anteriormente. b) Ameaças registradas: Perda e modificação dos ambientes naturais devido a 1) ocupação humana e 2) plantio de Pinus sp Sítio IV (Marconstrói) Neste sítio foram registradas 18 espécies, representando 60% da riqueza total de espécies registrada (Tabela 1). Nenhuma espécie foi registrada exclusivamente neste sítio. a) Espécies ameaçadas de extinção, raras ou de interesse especial

26 26 Quatro espécies registradas estão relacionadas a ambientes predominantemente florestados, com geralmente pouca perturbação antrópica: V. uranoscopa, I. cf. henselii, P. bigibbosa e Hypsiboas curupi. Vitreorana uranoscopa é a única espécie registrada que se encontra em categoria de ameaça de extinção na lista da fauna ameaçada do Rio Grande do Sul (Marques et al. 2002). Hypsiboas curupi é uma espécie provavelmente relacionada a ambientes mais íntegros. b) Ameaças registradas As principais ameaças registradas foram 1) presença de javalis, 2) presença marcante de bovinos em toda a área (fator mais marcante) e 3) plantio de Pinus sp. Figura 14. Exemplar de Scinax uruguayus, no Parque Nacional das Araucárias. Foto: Elaine Lucas Gonsales. 3.5 Sítio V (Santa Fé) Neste sítio foram registradas somente oito espécies, representando 26% da riqueza total de espécies registrada (Tabela 1). No entanto, as espécies não se encontravam em atividade nos dias de estudo, devido provavelmente às baixas

27 27 temperaturas, estiagem e término da estação reprodutiva. Desta forma, o número de espécies neste sítio deve aumentar com a intensificação de esforços de amostragem. a) Espécies ameaçadas de extinção, raras ou de interesse especial Destacam-se os registros das espécies Aplastodiscus perviridis (Figura 15) e Hypsiboas leptolineatus, que, apesar de serem encontradas em ambientes com algum grau de alteração antrópica, são mais freqüentes em ambientes com melhor qualidade de hábitat. Neste sítio observa-se ambientes favoráveis à ocorrência de Limnomedusa macroglossa, espécie classificada como Criticamente em Perigo segundo a lista da fauna ameaçada do Estado do Paraná (Mikich & Bérnils, 2004). b) Ameaças registradas Foi observado um elevado grau de perturbação antrópica neste sítio. As margens dos ambientes aquáticos, inclusive no interior de mata, eram intensamente pisoteadas por bovinos e suínos e eqüinos. Além disso, a provável perda de ambientes devido a instalação de uma PCH (PCH Passos Maia) prevista para o Rio Chapecó, também pode ser considerada uma séria ameaça para algumas espécies de anuros. A perda de ambientes de água lótica, devido ao represamento, implica na extinção local de Limnomedusa macroglossa, a qual é dependente deste tipo de ambiente para a reprodução. Em Santa Catarina, o estado de conservação desta espécie pode estar seriamente comprometido devido a redução de hábitats na região de distribuição, ocasionada em grande parte pela instalação de usinas hidrelétricas (Lucas, 2008) Sítio VI (Ameixeira) Neste sítio foram registradas somente nove espécies, representando 30% da riqueza total de espécies registrada (Tabela 1). No entanto, assim como considerado para o sítio IV, o período da AER provavelmente não favoreceu uma amostragem adequada da fauna de anuros do local.

28 28 a) Espécies ameaçadas de extinção, raras ou de interesse especial Destacam-se os registros de Proceratophrys bigibbosa, I. cf. henselii e H. curupi, todas relacionadas a ambientes florestados de melhor qualidade ambiental, como já destacado anteriormente. Proceratophrys bigibbosa consta na lista mundial de espécies ameaçadas de extinção (IUCN, 2008), na categoria quase ameaçada. b) Ameaças registradas A principal ameaça registrada neste sítio foi a presença marcante de bovinos e eqüinos em toda a área, inclusive em locais no interior da mata e com considerável distância da sede da fazenda. Figura 15. Exemplar de Aplastodiscus perviridis, no Parque Nacional das Araucárias. Foto: Elaine Lucas Gonsales. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS O Parque Nacional das Araucárias abriga cerca de 20% das espécies de anuros conhecidas no estado de Santa Catarina (Lucas, 2008). Esta riqueza pode ser considerada elevada, especialmente quando considerados: 1) o

29 29 curto período de amostragem realizado em campo e 2) a riqueza de espécies registrada em outros estudos com maior duração em áreas com predomínio de Floresta Ombrófila Mista na região oeste do Estado (ver Lucas & Fortes, 2008 e Hartmann et al., 2008). Foram registradas diversas espécies de anfíbios dependentes de ambientes íntegros ou de boa qualidade ambiental para a sobrevivência (e.g. Melanophryniscus (gr. tumifrons), Sphaenorhynchus surdus, Vitreorana uranoscopa, Ischnocnema cf. henselii, Proceratophrys bigibbosa, Rhinella henseli, Physalaemus olfersii, Trachycephalus dibernardoi) demonstrando que o Parque Nacional das Araucárias é uma área fundamental na conservação da diversidade de anfíbios na região oeste do Estado de Santa Catarina. No entanto, o estado do conhecimento sobre a diversidade de anfíbios nesta UC pode ainda ser considerado incipiente, devido ao baixo esforço de amostragem realizado. 5. RECOMENDAÇÕES E SUGESTÕES PARA O PLANO DE MANEJO DO PARQUE NACIONAL DAS ARAUCÁRIAS Recomenda-se o incentivo a pesquisas científicas básicas de longo prazo, que visam ampliar o conhecimento e monitorar a diversidade de anfíbios da UC. As pesquisas devem analisar a variação na diversidade deste grupo nos diferentes ambientes, identificando as ameaças as quais as espécies estão sujeitas e propostas de manejo às ameaças registradas. Os estudos sobre história natural e ecologia das espécies também devem ser incentivados, especialmente com aquelas de interesse especial para a conservação. É prioritária a realização de estudos sobre a dinâmica populacional, distribuição espacial e dieta da rã-touro (Lithobates catesbeianus) no interior e no entorno da UC, com o objetivo de avaliar os impactos desta espécie sobre as espécies nativas de anfíbios, bem como possíveis medidas de manejo. A presença da rã-touro nos locais de reprodução dos anuros na UC pode resultar em um impacto negativo significativo sobre as espécies nativas.

30 30 Recomenda-se o incentivo a pesquisas científicas com o objetivo de conhecer a diversidade de répteis da UC, bem como detectar as principais ameaças ao grupo e ações de manejo às ameaças registradas. Estudos sobre a biologia e ecologia das espécies também são recomendados. Tendo em vista que os sítios I e II apresentam: 1) áreas de florestas relativamente bem conservadas, 2) presença de espécies de anfíbios raras ou com interesse especial para a conservação e 3) ambientes favoráveis à ocorrência de maior diversidade de anfíbios, sugere-se que as áreas melhor preservadas destes sítios sejam consideradas como zonas primitivas no zoneamento do Plano de Manejo da UC. Para os demais sítios, sugere-se a consideração como zona de recuperação. É prioritária a realização de estudos com anfíbios e répteis nas áreas ao sul da UC, não amostradas durante a AER (Fazendas São Francisco e Ponte Serrada), as quais são aparentemente bem preservadas e podem abrigar espécies importantes para a conservação. Tendo em vista o amplo conhecimento sobre o impacto negativo das estradas sobre os ecossistemas naturais, tais como isolamento de populações da fauna, atropelamentos de fauna silvestre, dispersão de plantas exóticas, emissão de ruídos, alteração da luminosidade, poluição do ar com gases e poeira, problemas de drenagem e erosão, entre outros (ver Forman & Alexander, 1998; Prado et al., 2006; Santos et al., 2007) recomenda-se o fechamento das estradas no interior da UC, deixando a utilização restrita ao uso para fiscalização e deslocamento de pesquisadores ou visitas monitoradas. No entanto, três estradas municipais atravessam o Parque Nacional das Araucárias e não são partes integrantes desta UC no decreto de criação. Para estas, recomenda-se que em curto prazo seja realizada a implantação placas de identificação de passagem de animais, redutores e controladores de velocidade para os meios de transporte e túneis de passagens de fauna por baixo da estrada. Além disso, devem ser adotadas outras medidas que minimizem os sons gerados a partir do uso das estradas por veículos, considerando que estes podem afetar negativamente a atividade reprodutiva dos anfíbios (ver Sun & Narins, 2005). As placas de identificação, redutores e controladores de velocidade e medidas para a redução dos ruídos são recomendadas também para as estradas localizadas

31 31 na zona de amortecimento e no entorno da UC (incluindo as rodovias SC 465, BR 282 e BR 153). Estas medidas devem minimizar o impacto negativo das estradas sobre a fauna, evitando o atropelamento de anfíbios, répteis e outros animais que utilizam as estradas para travessia. Em médio prazo, deve-se realizar estudos que viabilizem acessos alternativos, visando o fechamento das três estradas municipais acima mencionadas. Sugere-se também, o incentivo a pesquisas científicas que avaliem e monitorem o efeito das estradas sobre a fauna, especialmente no que se refere a atropelamentos, visando recomendações de ações que minimizem impactos negativos, se estes forem detectados. É medida prioritária e urgente a retirada dos bovinos, eqüinos e suínos domésticos do interior da UC, especialmente aqueles que se encontram soltos, em áreas de mata. Da mesma forma, é prioritário e urgente o incentivo aos estudos que viabilizem ações de manejo dos javalis, devido a grande modificação dos ambientes naturais observada, ocasionada por estes animais, especialmente nos corpos d água, e possíveis impactos negativos sobre os anfíbios da UC. Sugere-se a incorporação dos campos naturais dos limites adjacentes à UC, os quais abrigam espécies importantes para a conservação e típicas de formações abertas, tais como Scinax uruguayus, além de estudos que viabilizem a implantação de corredor ecológico entre o Parque Nacional das Araucárias e Estação Ecológica da Mata Preta. Os corredores ecológicos minimizam os efeitos da fragmentação, facilitando o deslocamento da fauna e contribuindo com a viabilidade das populações em longo prazo. É necessária a revisão da proposta de implantação da PCH Passos Maia prevista para o Rio Chapecó, uma vez que o empreendimento está localizado na zona de amortecimento da UC e apresenta elevado potencial para ocasionar impactos negativos sobre as espécies de anuros que utilizam as margens do rio para a reprodução. Recomenda-se a implantação de estratégias de sensibilização aos moradores da zona de amortecimento e entorno da UC para evitar o uso de agrotóxicos nos plantios agrícolas. Os agrotóxicos contaminam a água, afetando diretamente as populações de anuros que se reproduzem nesses ambientes.

32 32 Da mesma forma, recomenda-se o desenvolvimento de programas de educação ambiental nas escolas e comunidade do entorno, com o objetivo de sensibilizar sobre a importância desta UC na conservação da biodiversidade regional. Nestes programas, devem ser abordados conhecimentos relacionados a importância da biodiversidade, características das espécies, ameaças e estratégias para a conservação. Para os anfíbios e répteis, devem ser trabalhadas também a desconstrução de crendices e preconceitos, além da importância desses grupos na manutenção do equilíbrio ecológico, produção de medicamentos, entre outras. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Blaustein, A.R. & Wake D.B Declining Amphibian Populations - a Global Phenomenon. Trends in Ecology & Evolution 5: Crump, M.L. & Scott Jr., N.J Visual encounter surveys. In: W. R. Heyer, M. A. Donnely, R. W. McDiarmid, L. A. C. Hayek e M. S. Foster. Measuring and monitoring biological diversity. Standard methods for amphibians. Smithsonian Institution Press., p Duellman, W.E. & Trueb, L Biology of Amphibians. New York. McGraw- Hill Book Company, 679 p. Eterovick, P.C.; Carnaval, A.C.O.Q.; Borges-Nojosa, D.M.; Silvano, D.L.; Segala, M.V. & Sazima, I Amphibian declines in Brazil: an overview. Biotropica 37 (2): Faivovich, J.; Haddad, C.F.B.; Garcia, P.C.A.; Frost, D.R; Campbell, J.A. & Wheeler, W.C Systematic review of the frog family Hylidae, with special reference to Hylinae: phylogenetic analysis and taxonomic revision. Bulletin of the American Museum of Natural History 294: Fonseca, G.A.B Proposta para um programa de avaliação rápida em âmbito nacional. In: Garay, I.; Dias, B. Conservação da biodiversidade em ecossistemas tropicais: avanços conceituais e revisão de novas metodologias de avaliação e monitoramento. Petrópolis, Vozes, p

33 33 Fortes, V.B., Gonsales, E.M.L., Branco, A., Alves, F.C. & Martins, A.K Perigo: anfíbio exótico ameaça biodiversidade brasileira. Revista Sul Ambiental 4(10):1-3. Forman, R.T.T. & Alexander, L.E Roads and their major ecological effects. Annual Review of Ecology and Systematics 29: Frost, D. R.; Grant, T.; Faivovich, J.; Bain, R. H.; Haas, A.; Haddad, C. F. B.; De Sá, R. O.; Channing, A.; Wilkinson, M.; Donnellan, S. C.; Raxworthy, C. J.; Campbell, J. A.; Blotto, B. L.; Moler, P.; Drewes, R. C.; Nussbaum, R. A.; Lynch, J. D.; Green, D. M. & Wheller, W.C The amphibian tree of life. Bulletin of the American Museum of Natural History 297: Garcia, P.C.A.; Lavilla, E.; Langone, J. & Segalla, M.V Anfíbios da região subtropical da América do Sul. Ciências & Ambiente 35: Giraudo, A.R Sierpientes de la selva Paranaense y Del Chaco húmedo. L.O.L.A., Buenos Aires, Argentina, 328 p. Gurushankara, H.P.; Krishnamurthy, S.V. & Vasudev, V Morphological normalities in natural populations of common frogs inhabiting agroecosystems of central Western Ghats. Applied Herpetology 4: Guayasamin, J.M.; Castroviejo-Fisher, S.; Trueb, L.; Ayarzagüena, J.; Rada, M. & Vilà, C Phylogenetic systematics of Glassfrogs (Amphibia: Centrolenidae) and their sister taxon Allophryne ruthveni. Zootaxa 2100: Haddad, C.F.B Biodiversidade dos anfíbios no Estado de São Paulo. In Joly, C. A., Bicudo, C. E. M. (Org.) Biodiversidade do Estado de São Paulo, Brasil: síntese do conhecimento ao final do século XX. 6: Vertebrados: p Haddad, C.F.B Uma análise da lista brasileira de anfíbios ameaçados de extinção. Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. p Haddad, C.F.B.; Sazima, I Anfíbios anuros da Serra do Japi. In: Morellato, L. P. C. (Org). História Natural da Serra do Japi: ecologia e preservação de uma área florestal no sudeste do Brasil. Campinas: Editora da Unicamp.

34 34 Hedges, S.B.; Duellman, W.E. & Heinicke, M.P New World directdeveloping frogs (Anura: Terrarana): Molecular phylogeny, classification, biogeography, and conservation. Zootaxa 1737: Hirota, M.M Monitoring the Brazilian Atlantic Forest Cover. p In: Galindo-Leal, C. & Câmara, I.G. (Eds). The Atlantic Forest of South America: Biodiversity Status, Threats, and Outlook. Center for Applied Biodiversity Science and Island Press, Washington, D.C. 488 p. IBAMA. Roteiro Metodológico De Zoneamento, Parque Nacional, Reserva Biológica, Estação Ecológica. 136 p IUCN IUCN Red List of Threatened Species. < Acessado em 03 de dezembro de Kiesecker, J.M.; Blaustein, A.R. & Belden, L.K Complex causes of amphibian population declines. Nature 410: Krishnamurthy, S.V.; Meenakumar, D.; Gurushankara, H.P. & Vasudev, V Nitrate-Induced Morphological Anomalies in the Tadpoles of Nyctibatrachus major and Fejervarya limnocharis (Anura: Ranidae). Turk J Zool 32: Lucas, E.M. & Fortes, V.B Frog Diversity in the Floresta Nacional de Chapecó, Atlantic Forest of Southern Brazil. Biota Neotropica 8(3): Lucas, E.M Diversidade e conservação de anfíbios anuros no Estado de Santa Catarina, Brasil. Tese de doutorado. Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo. 203 p. Marques, A.A.B. de; Fontana, C.S.; Vélez, E.; Bencke, G.A.; Schneider, M. & Reis, R. E. dos. Lista das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção no Rio Grande do Sul. Decreto n , de 10 de junho de Porto Alegre: FZB/MCT-PUCRS/PANGEA, 52 p Mikich, S.B. & Bérnils, R.S Livro Vermelho da Fauna Ameaçada no Estado do Paraná. Disponível em: > Acessado em: 24 nov 2008 Morrison, C. & Hero, J.M Geographic variation in life-history characteristics of amphibians: a review. Journal of Animal Ecology 72 (2):

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