Sapo pigmeu: Rhinella pygmaea (Myers & Carvalho, 1952)
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1 Sapo pigmeu: Rhinella pygmaea (Myers & Carvalho, 1952) Caio A. Figueiredo-de- Andrade Leonardo Serafim da Silveira
2 Sapo pigmeu: Rhinella pygmaea (Myers & Carvalho, 1952) Caio A. Figueiredo-de-Andrade * Leonardo Serafim da Silveira Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro. * caio.herpeto@gmail.com Rhinella pygmaea (Myers & Carvalho, 1952) A família Bufonidae Gray, 1825 é atualmente representada por 571 espécies de anfíbios anuros, apresentando distribuição cosmopolita (exceto Austrália, Madagascar e regiões oceânicas). Composta por animais popularmente conhecidos como "sapos" ou "cururús", a referida família compreende 48 gêneros, dos quais oito ocorrem em território brasileiro (em um total de 70 espécies). Nesse panorama, pode-se destacar o gênero Rhinella Fitzinger, 1826, que compreende mais de 50% dos bufonídeos brasileiros. Rhinella pygmaea (Figura 1) figura dentre os menores bufonídeos da anurofauna brasileira. Popularmente conhecida como sapo-pigmeu era considerada (até 2007) uma espécie endêmica das restingas do estado do Rio de Janeiro. Contudo, publicações recentes revelam sua ocorrência também em áreas de Floresta Atlântica, localizadas no sul do estado do Espírito Santo e norte do estado do Rio de Janeiro. O comprimento rostro-cloacal dos machos adultos do sapo-pigmeu varia entre 24,6mm e 42,7mm, enquanto nas fêmeas adultas a mesma medida varia entre 28,8mm e 49,1mm. Pouco se sabe sobre a história natural de Rhinella pygmaea, principalmente pelo fato de esta espécie permanecer abrigada em cavidades subterrâneas (Figura 2), saindo apenas para alimentar-se ou reproduzir-se em poças temporárias após chuvas intensas (apresentam reprodução do tipo explosiva). Um casal em amplexo pode ser observado na Figura 3. 2
3 Conservação A IUCN (International Union for Conservation of Nature) não aponta Rhinella pygmaea como espécie ameaçada de extinção pois, apesar de apresentar distribuição geográfica restrita, tal espécie seria comum e adaptável a mudanças ambientais. Além disso, alguns pesquisadores presumem um grande tamanho populacional para a espécie, afirmando que a mesma não estaria declinando rápido o suficiente para ser listada em uma categoria de maior ameaça. A mesma organização aponta como ameaças à conservação da espécie a perda de hábitat (gerada pela especulação imobiliária e construção civil) e o comércio internacional de animais de estimação (o qual ocorre em níveis pouco alarmantes). O sapo-pigmeu e o NEPAS Pesquisadores do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Animais Selvagens da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (NEPAS/UENF) têm trabalhado no sentido de aumentar o conhecimento sobre a biologia e a história natural de Rhinella pygmaea no norte do Estado do Rio de Janeiro. Aspectos relacionados ao comportamento animal, bioacústica, tamanho das desovas, embriogênese, desenvolvimento dos girinos e morfometria (tanto das larvas, quanto dos indivíduos adultos) estão sendo estudados. Referências Bibliográficas Carvalho-e-Silva AMPT, Carvalho-e-Silva SP (1994). Données sur la biologie et description des larves de Bufo pygmaeus Myers et Carvalho (Amphibia, Anura, Bufonidae). Revue Française d Aquariologie et Herpetologie, 21(1-2): Carvalho-e-Silva SP, Carvalho-e-Silva, AMPT (2004). Rhinella pygmaea. Disponível em: < Acesso em: 06 dezembro Frost DR (2013). Amphibian Species of the World: an Online Reference. Version 5.6. Disponível em: < Acesso em: 06 dezembro
4 Segalla MV, Caramaschi U, Cruz CAG, Garcia PCA, Grant T, Haddad CFB, Langone J (2012). Brazilian amphibians List of species. Disponível em: < Acesso em: 06 dezembro Silva GR, Carvalho-e-Silva SP, Carvalho-e-Silva AMPT (2007). Chaunus pygmaeus: geographical distribution. Herpetological Review, 38 (1): 97. Silveira AL, Salles ROL, Pontes RC (2009). Amphibia, Anura, Bufonidae, Rhinella pygmaea: Distribution extension and geographic distribution map. Check List, 5 (3): Figuras Figura 1. Macho adulto de Rhinella pygmaea, em atividade de vocalização. Foto por Henrique Nogueira. 4
5 Figura 2. Rhinella pygmaea, abrigando-se em uma cavidade subterrânea. Foto por Caio A. Figueiredo-de-Andrade. Figura 3. Casal de Rhinella pygmaea em amplexo. Foto por Caio A. Figueiredo-de- Andrade. 5
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