Fauna Silvestre no Ambiente Urbano: licenciamento ambiental. Dra. Renata Cardoso Vieira
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- Júlio Palha Candal
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1 Fauna Silvestre no Ambiente Urbano: licenciamento ambiental Dra. Renata Cardoso Vieira
2 Tipologia de Estudos EIA /RIMA laudo de fauna monitoramento de fauna resgate de fauna IN 146/2007 IBAMA Licenciamento Simples Remoção Vegetal Estabelece critérios e padroniza os procedimentos relativos à fauna no âmbito do licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades que causam impactos sobre a fauna silvestre.
3 Fases e solicitações Na primeira fase do processo: para avaliação de emissão de LP solicita-se o laudo de fauna. Na LP sai a condicionante solicitando, para LI, o Plano de Resgate e Monitoramento de Fauna. Em casos onde não haja licença ambiental o projeto será solicitado e analisado antes da emissão da Autorização Especial para Remoção de Vegetais AERV
4 Corpo do Laudo ( IN 146 IBAMA) Definição da Área de Influência Direta e Indireta Lista de espécies para região Metodologia para cada grupo * em caso de coleta e captura deve-se solicitar autorização à SMAM SETOR ECAVS Descrição de ambientes ( banhados, corredores..) No caso de haver áreas úmidas, a avaliação destas deve descrever os ambientes baseados nos aspectos biológicos e hidrológicos caracterizando o tipo de área úmida encontrada, levando em consideração todas as estações do ano. A presença de peixes anuais também deve ser considerada em ecossistemas comuns a espécie. Animais ameaçados
5 Plano de Monitoramento e Resgate de Fauna Silvestre Em processos de licenciamento será uma condicionante da Licença de Instalação Deverá ter metodologia descrita para cada grupo Composição da equipe (com currículo) Seleção da área de soltura e monitoramento com respectivas justificativas Cronograma Em caso de empreendimentos que contenham estruturas e equipamentos que minimizem o impacto sobre a fauna, deverá estar previsto o monitoramento desses para avaliar o seu funcionamento e eficiência Deverá ser previsto um Plano de Informação a moradores quanto a animais silvestres. Informar os moradores locais quanto a possíveis adentramento, acidentes e telefone de contato da equipe de resgate. Contato com Centro de Triagem ou clinica especializada em caso de acidentes com animais.
6 Plano de Monitoramento e Resgate de Fauna Silvestre PROCEDIMENTO PÓS EMISSÃO LICENÇA O empreendedor deve apresentar relatório técnico detalhado dos resultados obtidos, atendendo no mínimo a IN IBAMA n. 146, de 11 de janeiro de 2007.
7 Quais os Impactos na Fauna que podem ocorrer? Perda de habitas Perda de área para deslocamentos corredores ecológicos Modificação de Regime Hídrico em áreas úmidas Atropelamentos ( empreendimentos com ruas internas)
8 O que podemos solicitar para evitar estes impactos na Fauna? Pedidos gerais: Solicitar passagens de fauna: aéreas, terrestres e aquáticas (conforme necessidade e possibilidades); Solicitar que sejam mantidas as conectividades entre áreas verdes (corredores ecológicos e matas ciliares) uma vez que a fauna precisa se deslocar para obter recursos (água, alimento e parceiros reprodutivos); Solicitar medidas específicas para fauna ameaçada e/ou rara
9 Exemplos de passagens de fauna terrestres: Mecanismos de Transposição
10 Mecanismos de Transposição Exemplos de passagens de fauna arborícolas: Exemplos de passagens de fauna aquáticas:
11 Implantar e Monitorar Garantia de eficácia e eficiência: Não basta exigir a colocação, é preciso monitorar os locais das passagens para verificar se realmente estão sendo eficientes essas medidas.
12 Coleta e Manejo de Fauna IN 146/IBAMA O pedido de autorização de coleta é realizado separadamente do processo de licenciamento do empreendimento - ECAVS Metodologia Equipe técnica com currículo Lista de fauna prévia do local Localização da área de coleta Aceite de entidade para recebimento de animais mortos
13 Modelo de Autorização de Coleta
14 Unidades de Conservação Como as UC possuem um papel chave para a conservação das espécies, deve-se verificar se o empreendimento encontra-se na área de amortecimento de alguma UC Solicitar que se identifique quais as UC que possuem suas áreas de influência no raio do empreendimento; Solicitar que seja feito o pedido de anuência para está UC (órgão ambiental)
15 Unidades de Conservação Lista das Unidades de conservação de Porto Alegre: Reserva Biológica do Lami Parque Natural Saint Hilaire Parque Natural Morro do Osso Refúgio de Vida Silvestre São Pedro As unidades existentes, que possuem Plano de Manejo, possuem estudos de fauna que podem ser consultados como dados secundários para o município.
16 Outras questões Algumas particularidades para tomar cuidados...
17 Atenção! Empreendimentos que envolvam demolição de prédios na primavera e verão. Cuidados com nidificação!!! Época de ninhos de aves que não podem ser manejados segundo a Lei de Solução: evitar que ocorra a nidificação ex. demolição do Olímpico. Realizar a demolição em época propícia.
18 Detalhamentos Existem diferenças importantes que devemos cuidar, tanto nos laudos, quanto para agendar vistorias: Diferenças em relação as características da Zona Norte e Zona Sul da cidade; Locais de nidificação (aves e quelônios); Horários de maior atividade da fauna = início da manha e final da tarde; Período de maior atividade: primavera e verão = equivale à época reprodutiva da maioria das espécies;
19 Áreas Úmidas Áreas reconhecidas pelo aumento da diversidade de alguns grupos: avifauna anfíbios peixes peixes anuais Marrequinha do banhado Jaçanas (Jacana jacana)
20 Espécies Ameaçadas Sempre cuidar quais as espécies ameaçadas estão presentes na área do empreendimento e quais as medidas de proteção e mitigação serão tomadas em relação as mesmas. Para o município cuidar principalmente o bugio!
21 Anfíbios Presentes no município, são bons indicadores de qualidade ambiental. Cuidar os ambientes úmidos que as espécies necessitam; Grande parte das espécies possui uma fase larval aquática (o girino). Rhinella dorbignyi Leptodactylus latrans
22 Répteis Intervenção em áreas naturais causam deslocamento dos animais; Animais peçonhentos podem causar acidentes Plano de informação aos moradores locais
23 Mamíferos Nem sempre é possível ter registros confiáveis de mamíferos no município, é preciso um grande esforço amostral. Sempre cuidar para que os vestígios secundários estejam sendo utilizados (pegadas, vezes,...) Armadilhas Fotográficas é o ideal Em Porto Alegre, as maiores ocorrências são morcegos e gambás. Didelphis albiventris
24 O caso dos Bugios Ameaçados de extinção; Presença nos remanescentes florestais de Poa; Pensar na preservação e em medidas para a espécie.
25 Mamíferos de médio porte Gato do Mato, Graxaim, Mão Pelada... Necessita manutenção de corredores Necessita passagens de fauna Avaliar áreas de vida Observar rastros e pegadas Leopardus weidi Pseudalopex gymnocercus Procyon cancrivorus
26 Roedores Constituem a mais numerosa ordem de mamíferos de pequeno porte; Presença de taquaras é sempre um indicativo; São importantes presas na cadeia alimentar de outros grupos; Algumas espécies transmitem doenças;
27 Aves Cuidar as épocas de nidificações Durante este período não é possível manejar os ninhos e/ou os filhotes. Caturritas IN IBAMA Torres de Celular condicionante de licença
28 O caso das Saracuras... Aves de Banhado
29 Peixes Cuidar as espécies de peixes anuais, em banhados e poças temporárias A maioria das espécies encontra-se ameaçada de extinção. A biologia destas espécies ainda é bastante desconhecida. Época ideal para amostragens diferente dos demais grupos.
30 Abelhas Nativas Res. Conama 346/2004 Disciplina a proteção e a utilização das abelhas silvestres nativas, bem como a implantação de meliponários. Art. 7: desmatamentos e empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental deverão facilitar a coleta de colônias em sua área de impacto ou enviá-las para os meliponários cadastrados mais próximos. Resgate + soltura em área apropriada Não existe o cadastro de meliponários no município.
31 Sugestões de referências É impossível conhecer plenamente todos os grupos da fauna, com suas particularidades e biologias... A solução é manter um bom acervo de bibliografias atualizadas e que possam dar segurança na hora de conferir informações sobre os estudos!!!
32 Biol. Dra Renata Cardoso Vieira Equipe de Controle Agrossilvopastoril e Fauna Silvestre. Secretaria Municipal de Meio Ambiente Prefeitura Municipal de Porto Alegre renata.cardoso@smam.prefpoa.com.br Telefone:
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