O necrochorume e a gestão ambiental dos cemitérios

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "O necrochorume e a gestão ambiental dos cemitérios"

Transcrição

1 1 O necrochorume e a gestão ambiental dos cemitérios Tochime Miguel Hino tochime_hino@hotmail.com MBA Gerenciamento de obras, tecnologia e qualidade da construção Instituto de Pós-Graduação - IPOG Joinville, SC, 27/01/2015 Resumo Este artigo tem como objetivo abordar as questões relativas à gestão ambiental dos cemitérios e o grave problema de contaminação por necrochorume. O questionamento que deu origem à pesquisa é o fato de que se debate o assunto, porém não se sabe exatamente qual é a situação real dos cemitérios no Brasil. Como os órgãos ambientais fiscalizam os cemitérios existentes? Pretende-se verificar os bons exemplos de prevenção e de medidas mitigadoras. Conhecer quais são as outras alternativas de sepultamentos, além do tradicional, menos agressivo ao meio ambiente. Muitos cemitérios brasileiros foram implantados, quando não existiam leis ambientais específicas e, terão que se adaptar as novas normas. Este artigo foi desenvolvido a partir de revisões bibliográficas, com base em artigos científicos publicados sobre cemitérios e seus resíduos nocivos ao meio ambiente e a saúde pública. Para isso, foi feita uma revisão da literatura disponível na internet. Concluiuse que existem algumas boas práticas e ações implementadas, por outro lado, ainda existe muito trabalho a ser efetuado, tendo em vista a falta de seriedade das autoridades e, o abandono em que se encontram os cemitérios existentes pelo país. Palavras-chave: Necrochorume. Gestão ambiental. Cemitérios. Contaminação. 1. Introdução Este artigo pretende apresentar alguns estudos efetuados por pesquisadores, professores, gestores e peritos ambientais, técnicos e profissionais de engenharia, geologia, química e demais áreas, tendo como foco principal o grave problema dos cemitérios horizontais, com sepultamentos convencionais em túmulos, com a discussão em torno do necrochorume, desde a sua origem iniciando-se pelas inumações, o estudo do tipo de solo existente, das águas superficiais e do lençol freático, a localização dos cemitérios e do seu entorno. O artigo estrutura-se em várias partes, divididas da seguinte forma: inicia-se com esta introdução, seguida da gestão ambiental dos cemitérios, a questão da contaminação por necrochorume, o estudo da vulnerabilidade do meio físico de subsuperfície à contaminação, seguida dos riscos de contaminação da água subterrânea e da água superficial, a situação atual dos cemitérios brasileiros, o monitoramento e medidas mitigadoras, discussões e resultados, a conclusão do artigo e finalmente a apresentação das referências bibliográficas. O estudo sobre este tema se insere na área de conhecimento, práticas de Gestão Ambiental de Resíduos, cujo interesse da pesquisa se iniciou, pela leitura de várias pesquisas e estudos encontrados, com as discussões em torno do necrochorume, cuja relevância de estudos é muito grande, devido à contaminação dos solos e das águas subterrâneas. A seleção dos artigos se justifica pela disponibilidade on line e pela facilidade dos mecanismos de busca. O recorte temporal que se utilizou para a pesquisa bibliográfica inicia-se em 1980 e finaliza-se em As localidades consideradas ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

2 2 neste artigo são cemitérios de alguns municípios brasileiros, que foram palco de estudos geológicos, hidrogeológicos, ensaios de campo e de laboratório, monitorados por um tempo determinado e, desta forma tornaram-se objeto e referência de algumas dissertações, artigos e trabalhos acadêmicos. Os artigos e demais publicações são assinados pelos autores ou citados por outros, de modo que serão consideradas as discussões e os resultados obtidos, bem como responder as questões levantadas neste artigo. Desta forma, este trabalho foi desenvolvido a partir de revisões bibliográficas, com base em artigos e estudos científicos publicados sobre cemitérios, tendo como ênfase os males que os mesmos podem ocasionar ao meio ambiente. Esta pesquisa sugere uma possibilidade de outros estudos de aprofundamento sobre o tema do necrochorume e, os seus efeitos poluidores e nocivos à saúde da população, bem como da gestão ambiental dos cemitérios, como empreendimento viável para acesso à população. O presente artigo tem como objetivo geral: Pesquisar como o problema do necrochorume é gerenciado em alguns cemitérios brasileiros; como objetivos específicos: entender a ação dos órgãos ambientais na fiscalização e monitoramento das atividades em alguns municípios. Conhecer os estudos científicos publicados, os principais problemas ambientais, as medidas preventivas e mitigadoras, elucidar a questão da contaminação das águas subterrâneas e a gestão ambiental dos cemitérios como um todo. 2. Gestão ambiental em cemitérios A população cresce sem parar e o número de óbitos também. As inumações são feitas em cemitérios, que podem provocar grandes impactos ambientais na região em que estão instalados. A Resolução CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) nº335 de 3 de abril de 2003 e a 402/08, regulamentam e estabelecem critérios mínimos que devem ser integralmente cumpridos na elaboração dos projetos de sua implantação dos cemitérios, como forma de garantir a decomposição normal do corpo e proteger as águas subterrâneas da infiltração do necrochorume e a contaminação do solo. Constata-se o grave problema de descaso em muitos aspectos, principalmente aos terrenos destinados para a ocupação de cemitérios, geralmente serem aqueles que possuem baixa valorização econômica, sendo que, muitas vezes, as características geológicas, geotécnicas e hidrogeológicas, não são avaliadas de maneira adequada, levando a sérios problemas sanitários e ambientais. Em muitos municípios brasileiros praticamente são nulos, os estudos e providências neste sentido, sejam pela falta de recursos financeiros ou técnicos existentes para a implantação destes empreendimentos. Segundo a EMBRAPA (2006), 72,9% dos municípios brasileiros têm uma população de até habitantes. E é bem provável que poucas destas localidades possuam uma política de meio ambiente atuante, voltada para a gestão ambiental dos cemitérios. Ou seja, grande parte dos municípios brasileiros enterra os seus mortos, sem maiores cuidados com a contaminação por necrochorume. Silva L., (2011), em sua pesquisa realizada em 600 cemitérios no Brasil, constatou-se que 75% dos casos de problemas de contaminação e de poluição verificados, eram originados por cemitérios municipais e 25% por cemitérios particulares, com sérios problemas de locação, aspectos construtivos e da falta de uma gestão ambiental. Verificou-se que os impactos ambientais são mais freqüentes em cemitérios municipais, os quais em geral, são implantados ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

3 3 e operados de forma negligente e, sem adoção de medidas mitigadoras por parte dos municípios. Com o crescimento populacional, os cemitérios hoje estão localizados em regiões centrais, que sofrem desvalorização imobiliária no seu entorno. O que se constata na realidade é a total falta de gestão ambiental dos cemitérios. Entre os cemitérios pesquisados encontramse os cemitérios municipais de São José do Rio Preto (SP), Catanduva (SP) e de Votuporanga (SP), onde apontaram irregularidades no processo de sepultamento e a maneira de se lidar com os resíduos, provenientes da decomposição dos corpos. Segundo a pesquisa, passaram-se 20 anos e a situação permanece a mesma, ninguém cobra o cumprimento das resoluções ou fiscaliza a situação. Por outro lado, a CETESB, instituição paulista responsável por fiscalizar os cemitérios particulares ou municipais, somente entra com pedido de vistoria em um cemitério, se houver uma denúncia com o caso comprovado de contaminação. Portanto, não há uma ação sistematizada ou mesmo esporádica; para fiscalizar seria preciso perfurar o solo e isso seria inviável, visto que seria necessário manter trabalhadores especializados em seu quadro funcional. O órgão ambiental fiscaliza o processo de implantação dos cemitérios, porém após esse período não há mais atuações. Fiscaliza-se o processo, mas não há monitoramento do solo, das águas superficiais e subterrâneas após a implantação, na fase de operação dos empreendimentos. Existem alguns cemitérios construídos dentro das leis ambientais, obedecendo-se toda a legislação vigente, porém ainda a maioria dos casos estudados e referenciados nos trabalhos encontrados, registra-se muitos casos de total abandono, sem nenhuma preocupação com o meio ambiente muito menos com a população e as condições do entorno. É fato de que com a implantação de um cemitério em uma localidade, os impactos ambientais e sanitários tendem a se manifestar, pois altera significativamente o meio em que se está inserido. Com certeza, estes locais não voltarão mais a serem os mesmos, salvo a implantação de sérias medidas de prevenção e de mitigação Contaminação por necrochorume De acordo com Pacheco et. al., (1997), cada corpo decomposto libera até 40 litros de chorume. O processo de putrefação é composto por duas fases principais: gasosa e a coliqüativa. Os gases internos, como o metano provoca o dilaceramento do corpo inumado. Como não há controle, estes gases são lançados ao ar livre, provocando odores que, conforme a velocidade dos ventos pode abranger grandes regiões. Em seguida, inicia-se a produção e a liberação de necrochorume, que pode atingir até 12 litros, durante o período de 1 a 4 semanas. O segundo período do processo possui duração mais longa, de 2 a 8 anos, ocorrendo dissolução pútrida (PACHECO, 1986:25). Desta forma, um determinado local recebendo esta quantidade de líquido infiltrando no solo e, sem nenhuma medida mitigadora ou de prevenção desta contaminação, com certeza se terá sérios problemas. A questão resume-se em não deixar que sejam contaminados o solo, a água e ar. Observam-se pelos estudos dos cientistas e pesquisadores, várias situações problemáticas encontradas pelo Brasil. ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

4 4 Segundo estudos de Matos apud Pacheco (2011), os cemitérios podem atuar como fontes geradoras de impactos ambientais quando sua localização e manejo são inadequados. A decomposição dos corpos depende das características físicas do solo, onde o cemitério está implantado. Podem contaminar os solos e mananciais existentes por microorganismos, que proliferam no processo de decomposição dos corpos. Em virtude do aumento de volume das águas pluviais, quase sempre o processo de transporte do necrochorume é acelerado, ocasionando maior contaminação. Assim surge a necessidade de se construir uma drenagem superficial eficiente de águas pluviais, em toda a área do cemitério, interligando-se com a rede pública na área externa. Devem-se instalar calhas e tubulações, dispostas adequadamente nas áreas internas, coletando as águas superficiais de chuva para fora do perímetro dos cemitérios. A contaminação pode atingir os lençóis freáticos através de necrochorume, líquido liberado pelos cadáveres em putrefação, que também pode conter microorganismos patogênicos. Tratase de uma solução aquosa rica em sais minerais e substâncias orgânicas desagradáveis, viscosa, de cheiro forte e grau variado de patogenicidade. O necrochorume é constituído de 60% de água, 30% de minerais e 10% de substâncias orgânicas, duas delas altamente tóxicas, como a putrescina e a cadaverina. Desde o final da década de 1980, a Universidade de São Paulo, realiza estudos sobre a contaminação nos cemitérios paulistas de Vila Nova Cachoeirinha e Vila Formosa. Detectaram-se principalmente bactérias heterotróficas, proteolíticas e clostrídios sulfitoredutores. Também foram encontrados enterovírus e adenovírus nas amostras. Verificou-se que as principais fontes de contaminação das águas subterrâneas no cemitério são as sepulturas com menos de um ano, localizadas nas cotas mais baixas, próximas ao nível freático. Nestes locais é maior a ocorrência de bactérias em geral. Os vírus podem ter a mobilidade maior que as bactérias. Os vírus foram transportados no mínimo até 3,20 metros da zona não saturada até atingir o aqüífero. A figura 1 ilustra exemplo de vazamento de necrochorume em sepultura de cemitério. Figura 1 Vazamento de necrochorume no cemitério Nova Cachoeirinha em São Paulo (SP) Fonte: Matos & Pacheco, 2000 ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

5 5 Os corpos podem sofrer dependendo das condições ambientais locais, fenômenos como autólise, putrefação e saponificação. A autólise é iniciada logo após a morte, onde as células deixam de receber oxigênio e de trocar nutrientes e, passam a ser dissolvidas por enzimas do próprio corpo. Em seguida vem a putrefação que é a decomposição dos tecidos e órgãos por bactérias e outros microorganismos. Em locais de solos muito úmidos, ocorre a saponificação, processo em que a quebra das gorduras corporais libera ácidos graxos, que inibe a ação das bactérias putrefativas, atrasando a decomposição dos corpos. O fenômeno ocorre em ambientes quentes e úmidos; é comum nos cemitérios brasileiros, onde há alagamento de sepulturas por águas superficiais e subterrâneas. Constata-se a sua ocorrência no cemitério Tapanã em Belém (PA), onde os prazos para as exumações podem chegar a 8 anos, bem além dos 5 anos, constante na legislação. A saponificação dos corpos pode lotar os cemitérios, cuja rotatividade de vagas fica bastante prejudicada, devido à demora exatamente na exumação dos corpos. Uma das primeiras providências nos cemitérios será a instalação, dos sistemas de poços de monitoramento que deverão ser instalados, conforme norma vigente da ABNT NBR 15495, Poços de Monitoramento de Águas Subterrâneas em Aqüíferos Granulares, estrategicamente localizados a montante e a jusante da área do cemitério, com relação ao sentido de escoamento freático. Os poços deverão ser monitorados e as águas subterrâneas analisadas antes do início da operação do cemitério, para o estabelecimento da qualidade em branco, do aqüífero freático, de acordo com os padrões de potabilidade do Ministério da Saúde, Portaria nº 2914/2011. A figura 2 apresenta um poço de monitoramento de águas subterrâneas. Figura 2 Poço de monitoramento no cemitério São Pedro Curitiba PR Foto: Aniela Almeida do Jornal Gazeta do Povo 11/ Curitiba PR 2.2. Estudo da vulnerabilidade do meio físico de subsuperfície à contaminação ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

6 6 Como ocorre a contaminação do subsolo? Conforme Silva L., (1995), a contaminação do subsolo inicia-se no processo de deterioração, se houver condições de vulnerabilidade no meio físico. Decorre das características geológica, geotécnica e hidro-geológicas. A filtração mecânica e absorção são os processos mais importantes na retenção de organismos (PACHECO, 1986:28). A eficácia na retenção das bactérias e vírus depende da litologia, da aeração, da redução de umidade, da presença de nutrientes, etc. Esse mecanismo de filtração tem sua maior importância para organismos maiores como as bactérias. Pacheco (1986), em estudo feito em um cemitério da Alemanha, localizado em terrenos de aluvião não-consolidado, observou-se pelas análises químico-bacterológicas realizadas a cada 0,5 m, que a diminuição no número de bactérias somente se inicia a partir de 3,00 m da base do túmulo, havendo uma redução de 97% do número de bactérias a 5,50 m, sendo praticamente nulo destas a 6,00 m. Trata-se de uma constatação muito significativa, pois este estudo comprova que a existência do meio físico favorável, facilita a filtração de bactérias presentes e que, zeram a possibilidade de contaminação das águas subterrâneas. Confrontando-se os estudos destes pesquisadores, verifica-se que independentemente da região onde se encontram os cemitérios, o meio físico geológico existente tem sido o fator determinante para a filtragem dos líquidos da decomposição dos cadáveres. A porcentagem de ideal de argila no solo é na faixa de 20 a 40%, para que os processos de decomposição aeróbica e condições do necrochorume sejam favorecidos. A figura 3 apresenta os níveis de vulnerabilidade do meio físico de subsuperfície em cemitérios. Figura 3 Modelo de níveis de vulnerabilidade do meio físico de subsuperfície em cemitérios (adaptado de PACHECO, 1986) A figura acima apresenta um modelo de níveis de vulnerabilidade do meio físico de subsuperfície, conforme o local de sepultamento e sua relação com a litologia e o nível freático. Pode-se verificar que na situação A, em que o material geológico apresenta média condutividade hidráulica e profundidade do lençol freático acima do recomendado, é considerada de baixa vulnerabilidade de contaminação, favorecendo os fenômenos transformativos destrutivos, sendo assim indicado o processo de sepultamento. Já a situação ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

7 7 B, em que o material geológico apresenta baixa condutividade hidráulica e o nível freático quase aflorante, é considerada como de extrema vulnerabilidade à contaminação e favorecendo fenômenos transformativos como da saponificação, sendo desfavorável o processo de sepultamento. Na situação C, o processo de sepultamento é desfavorável, devido ao material geológico que apresenta alta condutividade hidráulica e profundidade do nível freático abaixo do recomendado, sendo considerada como situação de alta vulnerabilidade. Segundo a resolução CONAMA nº 335, a condutividade hidráulica do material geológico de cemitérios deve ser entre 10-5 e 10-7 cm/s. Nos terrenos destinados à implantação de cemitérios, a espessura da zona não saturada e o tipo de material geológico são fatores determinantes para a filtragem dos líquidos resultantes da decomposição de cadáveres. Solos com baixa condutividade hidráulica são bons retentores de contaminantes, mas isso faz com que o lençol freático se aproxime da superfície rapidamente, entrando diretamente em contato com as sepulturas ou camadas contaminadas do solo. Resta analisar os diversos fatores e propor soluções e medidas de monitoramento e de mitigação, para a administração dos cemitérios existentes em solos desta natureza Risco de contaminação da água subterrânea A ocorrência da contaminação das águas subterrâneas está interligada à eficiência de filtragem físico-química do solo, atividades resultantes da ação do homem passíveis de contaminação, medições no controle ambiental das áreas cemiteriais. A seguir se apresenta um modelo de quatro situações de sepultamento e seus respectivos riscos à contaminação da água subterrânea, pela pluma de contaminante, conforme o local de sepultamento e a relação dos materiais geológicos, profundidade do nível freático e os aspectos ambientais externos ao meio físico, como rachaduras em jazigos, que são comuns em cemitérios. Na situação A observa-se uma lenta condução do contaminante devido à média condutividade hidráulica do material geológico, das características geossanitárias do material argiloso, aliado à profundidade do nível do lenço freático favorável, onde o contaminante é interceptado na zona não saturada, sendo assim classificada como situação de médio risco à contaminação da água subterrânea. Já na situação B, o túmulo está situado sob o nível freático podendo ser inundado; como os túmulos não são impermeáveis, considera-se essa situação de extremo risco. Na situação D há um risco grave de condução do contaminante a profundidade maior, devida a sua alta condutividade hidráulica, aliada à baixa profundidade do lençol freático, considerando-se, portanto de situação de alto risco; para resolver esse tipo de situação objetivando a diminuição do risco à contaminação da água subterrânea, a resolução CONAMA nº 355 exige o sepultamento acima do nível natural do terreno, conforme apresenta a situação C. Com a apresentação deste perfil geológico, torna-se fácil o entendimento das situações, que se pode encontrar nos cemitérios das diversas regiões do país. A figura 4 apresenta este modelo de perfil de solo, quanto aos riscos e a condutividade hidráulica. ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

8 8 Figura 4 Modelo de risco à contaminação da água subterrânea (adaptado de PACHECO 1986) 2.4. Risco de contaminação da água superficial Em cemitérios em que o terreno está repleto de túmulos e onde o sistema de drenagem das águas pluviais é deficiente, estas podem escoar superficialmente e inundar os túmulos existentes. As águas pluviais têm destinação na rede pública sob o pavimento das ruas e canalizadas para os corpos de água mais próximos, contaminando-os com substâncias trazidas do interior dos cemitérios. Para minimizar este problema a Resolução nº 355 do CONAMA, estabelece que a área de sepultamento deve-se ter um recuo mínimo de 5 m em relação ao perímetro do cemitério. Entende-se que esse recuo deve ser ampliado se as características do solo da área forem desfavoráveis, como permeabilidade reduzida, distância inadequada em relação ao nível do lençol freático e outras. Constata-se que a resolução CONAMA nº 368/2006, não contempla recuos em construções fora do perímetro dos cemitérios, em relação a estes. A maioria dos cemitérios estudados está bem aquém do estabelecido pela Resolução, não obedecendo aos parâmetros preconizados Situação atual dos cemitérios brasileiros Segundo identificou Silva L., (2011), cerca de 70% dos cemitérios públicos brasileiros têm problemas de ordem ambiental e sanitária. Chegou-se a esta conclusão, após levantamento onde se reuniu dados de mais de mil cemitérios do país, entre públicos e privados. O pesquisador, que é professor da Universidade de São Judas, explica que os problemas começam na superfície, com a proliferação de animais vetores de doenças e, continuam no subsolo, com a contaminação do lençol freático. Se o necrochorume escapa do túmulo, ele pode entrar em contato com o lençol freático, criando-se uma mancha de poluição que atinge quilômetros de distância podendo contaminar poços e mananciais, como ocorre em alguns ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

9 9 municípios da região norte do país. Em décadas anteriores não havia a preocupação de se observar os critérios geológicos para construção de cemitérios. A escolha dos terrenos para a implantação de cemitérios deveria considerar os mesmos critérios dos aterros sanitários, com o lençol freático profundo, distantes de centros urbanos e de corpos de água, como rios, córregos e lagos. Os aterros sanitários quando saturados são desativados, porém com os cemitérios o tratamento é outro, depois de algum tempo os ossos são removidos e outro corpo é inumado no mesmo local. Os cemitérios constituem-se portanto de fonte renovável de contaminação, pois estes não costumam ser desativados. Um diagnóstico ambiental dos locais de enterro já existentes e, a observação de critérios geológicos para a implantação de novos cemitérios são algumas medidas para amenizar a situação das contaminações. A pesquisa desenvolvida por Silva L., (2011) resultou no desenvolvimento de substâncias capazes de neutralizar o necrochorume, reduzindo o nível de contaminação. A grande meta é não permitir que o líquido extravase. Para tanto, foi criada uma espécie de colchão a ser colocado na sepultura, o qual possui um líquido que elimina os efeitos dos poluentes. Existe também uma substância que lava o subsolo retirando o necrochorume. O geólogo destaca ainda a necessidade de uma legislação mais específica, que oriente a construção de lajes e paredes de contenção e obrigue uso de substâncias neutralizadoras do necrochorume. Segundo estudos de Braz et. al., (2000) no cemitério São José em Belém (PA), mais conhecido como Benguí, em 1995, pessoas da comunidade denunciaram ao Ministério Público, de que existia contaminação de águas subterrâneas e superficiais, na área periférica ao cemitério. Após vários ensaios e estudos executados comprovou-se que realmente havia contaminação e, em 1997 este cemitério foi desativado e lacrado para novos sepultamentos. Verificou-se também que o cemitério fora implantado em local de antiga extração de minério classe II, resultando, portanto, em presença de lençol freático bem próximo à superfície. Em 2000 ainda foram encontrados níveis elevados de contaminação, permanecendo o risco de ocorrência de doenças à população local, que utilizam água captada de poços rasos, nas proximidades do cemitério. O fato comprova a importância de monitoramento das águas subterrâneas e superficiais, nas áreas de implantação de cemitérios mesmo após a sua desativação. Conforme relata Martins, C., (2004) nenhum dos 8 cemitérios de Cuiabá (MT) possui licença ambiental de acordo com a Resolução nº 335; apenas 2 cemitérios são efetivamente monitorados através de poços. A situação dos 25 cemitérios situados em zona rural são as mais críticas, que estão situados próximos aos mananciais existentes e, que já deveriam estar interditados há muito tempo. Comparando-se o trabalho de vários pesquisadores, os problemas existentes nos cemitérios são análogos e de difícil resolução, pois observa-se que os mesmos estão abandonados há muito tempo e, a intervenção dos especialistas quase sempre acontece, quando estes locais já estão em colapso e apresentando grave problema para a população do seu entorno. As figuras 5 e 6 mostram a situação caótica de alguns cemitérios pesquisados neste artigo. ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

10 10 Figura 5 Cemitério Tapanã Belém (PA) Foto: Portal ORM 11/ Figura 6 Descaso no cemitério Nossa Senhora da Piedade em Cuiabá (MT) Foto: Telma Couto da Silva g1.globo.com/mt - 02/2013 TV Centro América Uma constatação interessante, segundo Lastoria (2002) na cidade São Paulo existe uma condição hidrogeológica diferente de Campo Grande (MS), porque se localiza em uma bacia sedimentar em que o embasamento está mais próximo à superfície e, por isso mais desfavorável, aumentando a preocupação quando se refere aos solos. Nestas situações, a geologia, o tipo de solo e a topografia são agravantes. O mesmo acontece devido às condições naturais em Bonito (MS), tornando-a adversa, pois há o relevo cárstico, ou seja, formado por rochas calcárias o que a torna desfavorável, onde a espessura do solo é muito pequena. Assim, se as sepulturas são executadas diretamente no solo, sem nenhuma camada de proteção, o problema pode se agravar. Um fator que é muito preocupante é o nível do lençol freático em Bonito que, está há apenas 1,86 m de profundidade da superfície do terreno, no período final da época das chuvas. ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

11 11 No estado de São Paulo, a USP, investigou a influência dos cemitérios na contaminação dos aqüíferos livres no Cemitério Vila Formosa (segundo maior do mundo) e Vila Nova Cachoeirinha, na cidade de São Paulo e o Cemitério de Areia Branca, na cidade litorânea de Santos. Concluiu-se que há um comprometimento sério, relativo à contaminação do subsolo, nas cercanias daquelas necrópoles. Observou-se também a presença de radioatividade num raio de duzentos metros das sepulturas, provenientes da radioterapia ou dos que receberam marca-passos cardiológicos em vida. Na avaliação da ocorrência e do transporte de microorganismos no aqüífero freático do Cemitério Vila Nova Cachoeirinha, no município de São Paulo, a pesquisa de indicadores demonstrou a presença, de várias bactérias e também enterovírus e adenovírus, que são vírus potentes que causam doenças graves, como a meningite e a poliomielite paralítica, sendo que as crianças são as mais susceptíveis às infecções. Já Terra et. al., (2008) avaliaram o impacto do necrochorume nas águas subterrâneas do cemitério de Santa Inês, na cidade de Vila Velha (ES). Das análises físico-químicas realizadas constatou-se a presença de compostos nitrogenados em índices elevados. No caso da amônia, que indica poluição recente, refere-se ao primeiro estágio da matéria orgânica. Os riscos dessas contaminações para a saúde pública implicam em problemas como a metahemoglobinemia, malformações congênitas e cânceres gastrointestinais. Já para análises bacteriológicas, há indícios de alto grau de contaminação por microorganismos, visto que foram encontrados concentrações acima do estabelecido pela legislação brasileira. Segundo Lussi et. al., (2011), o cemitério municipal de Sinop (MT) encontra-se em uma região de condutividade hidráulica classificada como de moderadamente rápida a muito rápida. Este fator é preocupante, pois se constata valores de condutividade hidráulica de até 45,05 cm/h, em desconformidade com a legislação pertinente. Uma proposta de solução seria a verticalização do cemitério, devido ao lençol freático ser próximo da superfície do terreno, ou a escolha de uma nova área para o cemitério que se enquadre conforme a legislação. Verifica-se dessa forma que, conforme constatado por Lastoria (2002) em Sinop (MT) apresenta o mesmo problema da cidade de Bonito (MS), onde o lençol freático se situa bem próximo da superfície do terreno do cemitério. Conforme estudos de Reis et. al., (2012), o não atendimento aos quesitos legais de licenciamento ambiental de cemitérios é uma realidade em todos os municípios do Norte Pioneiro do Estado do Paraná, inclusive quanto ao cemitério municipal de Bandeirantes (PR); segundo estudos, o relevo planialtimétrico deste cemitério sugere que um grande número de sepultamentos, nos últimos 60 anos, ocorreu em área de alta e extrema vulnerabilidade ambiental. Pelos estudos realizados em vários municípios do Brasil, constatou-se que na maioria dos casos estudados, os problemas apontados são bem semelhantes, ou seja, os cemitérios estão localizados em áreas impróprias, em condições geológicas desfavoráveis e, os ensaios físico-químicos apresentaram algum grau de contaminação e, portanto fora dos padrões da legislação vigente. ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

12 12 Alguns trabalhos reportam os resultados do monitoramento de cemitérios no Brasil: Pacheco et. al., (1999) cidades de Santos e São Paulo (SP); Matos (2011) São Paulo (SP); Pequeno Marinho (1998) Fortaleza (CE), além de outros autores citados neste artigo. A análise crítica destes resultados em conjunto com os parâmetros recomendados para controle pelas legislações da CETESB (1999), e da Agência Britânica (2002) e mencionada pela Organização Mundial de Saúde (1998), permite identificar como indicadores químicos e biológicos mais importantes para o monitoramento de cemitérios, as seguintes análises de amostras de água: ph (em geral observa-se uma tendência de aumento); Condutividade elétrica específica CEE (aumento devido à presença de sais na solução); Íons: Cl-, carbonatos (HCO3-; CO3=); Ca2+; Nitrogênio e Fósforo (os monitoramentos não detectaram aumento nestes parâmetros); Dureza (ou Alcalinidade) (observado aumento); Alguns metais pesados, em particular ferro, Cromo total (não analisados); DQO (Demanda Química de Oxigênio), DBO5 (Demanda Bioquímica de Oxigênio); Carbono Orgânico Total (COT) (como parâmetro indicador de compostos orgânicos); Bactérias heterotróficas (todos observaram aumento); Bactérias proteolíticas (todos que analisaram encontraram presença significativa); Bactérias lipolíticas (idem); Clostrídios sulfito-redutores (idem); Coliformes Totais (presentes em todos, porém maiores valores em locais sem saneamento); Coliformes Fecais (presentes em parte das amostras, também maiores valores em locais sem saneamento). 3. Monitoramento e medidas mitigadoras Comparando-se os trabalhos de vários autores, há um consenso de que existe a necessidade de monitoramento contínuo de solos, das águas de superfície e de subsuperfície dos cemitérios, pois os mesmos configuram fontes potenciais de contaminação. Verifica-se a necessidade urgente em se implantar poços de monitoramento do nível hidrostático, de acordo com norma vigente ABNT NBR Poços de Monitoramente de Águas Subterrâneas em Aqüiferos Granulares, estrategicamente localizados a montante e a jusante da área do cemitério, com relação ao sentido de escoamento freático; com análise físico-química da águas efetuadas, com os padrões estabelecidos de potabilidade, de acordo com a Portaria 2914/2011 do Ministério da Saúde. Muito se discute sobre a conservação do meio ambiente, dos mares, dos rios, lagos e nascentes, porém verifica-se que pouco se discute sobre as águas subterrâneas, que são consumidas no mundo através de poços tubulares, poços rasos e nascentes. Na prática verifica-se facilmente esta realidade, onde no caso de ocorrência de acidentes em rodovias, por exemplo, o órgão ambiental local trabalha rapidamente para a contenção de combustíveis e outros produtos químicos, evitando-se o seu espalhamento e contaminação de córregos e nascentes próximos. Por que as águas subterrâneas para o consumo humano, não recebem o mesmo tratamento? O desastre ambiental no caso de contaminação não é o mesmo? Acredita- ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

13 13 se que se trata de negligência por parte dos municípios e da população em geral, na falta de cobrança aos órgãos competentes do meio ambiente, para o monitoramento regular e a fiscalização sistêmica dos poços subterrâneos, situados no entorno dos cemitérios e outros locais, como aterros sanitários, lixões, etc. Além da implantação de poços de monitoramento, os jazigos para inumação de cadáveres deverão ser construídos de forma que o efluente líquido ou gasoso, não infiltrem para a área externa. A escolha do local a ser implantado em caso de ampliação e de novos cemitérios é muito importante, devendo ser o mais distante do lençol freático, com solo favorável e, se possível em área que não seja urbana, ser longe de captação de água para consumo humano e local de dessendentação de animais. Executar a impermeabilização de solo com coleta de necrochorume para tratamento em lagoas apropriadas; canalização de enxurradas na área do cemitério através de tubulações e calhas apropriadas; incineração de todo material utilizado no interior dos cemitérios. A informação mais importante a ser considerada é a profundidade do topo do aqüífero, ou seja, o nível hidrostático, onde é exigida uma distância mínima do nível inferior das sepulturas ao topo do lençol freático, de pelo menos 1,50 m acima do mais alto nível freático, medido no final da estação das cheias. Esta medição somente será possível se houver poços de monitoramento nos cemitérios. As providências citadas são de suma importância e, que não ofereceria maiores ônus aos cemitérios municipais, uma vez que, normalmente as prefeituras já mantem pessoal lotado para a lida diária nestes locais. Seria necessário somente treinar adequadamente estes funcionários, através de convênios com órgãos estaduais de meio ambiente e, eventualmente com técnicos contratados para ministrar as formações e elaborar um cronograma, com os procedimentros necessários para o monitoramento dos poços. Segundo Silva L., (2010) sem mecanismos e monitoramento de proteção ao lençol freático, 115 cemitérios da região de São José do Rio Preto (SP), ameaçam a água do subsolo. Seria necessário descontaminar a área, por meio de produtos oxidantes aplicados em perfurações de até 5 metros e, construir pequenas bacias no fundo das covas, para o necrochorume não escorrer para a terra. Conforme dados da prefeitura de Votuporanga (SP), o investimento para se adequar cada túmulo às normas, custa de R$1000,00 a R$2500,00, dependendo do tamanho do jazigo. Existem 7000 sepulturas construídas antes de 2003 e, pelo ritmo do trabalho empregado neste cemitério, levaria 58 anos para a sua conclusão, ao custo de mais de 12 milhões de reais. São números assombrosos e totalmente inviáveis, para a execução efetiva dos trabalhos de adequação naquele município. Os dados descritos são de abril de A adequação dos cemitérios à Resolução nº 355, entre outras coisas deve observar a distância do lençol freático, conforme já citados neste artigo, a instalação de filtros biológicos, através de microorganismos capazes de tratar o necrochorume e, outras formas de cumprir as exigências ambientais; a utilização de pastilhas contendo uma imensa quantidade de bactérias selecionadas, que possuem alta capacidade de digerir matéria orgânica. Essas bactérias vêm em forma de esporos e são ativadas gradativamente na medida em que entram em contato com líquido contendo o necrochorume. Estas pastilhas são colocadas dentro da urna funerária, ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

14 14 na região lombar e, na medida em que o corpo vai liberando o necrochorume, elas são ativadas e vão digerindo essas substâncias. Outro produto eficiente utilizado é a manta absorvente de necrochorume. É fabricada com um plástico resistente e possui uma camada de celulose e um pó que em contato com líquido se transforma num gel. Nas bordas possue um fio de náilon que na ocasião da exumação ele é puxado e transformado a manta num saco de ossos. É colocada dentro de uma urna revestindo todo o seu interior e na medida que, o corpo vai liberando líquidos, a celulose vai absorvendo impedindo que o mesmo extravase e fazendo com que ele permaneça na urna pelo tempo necessário à decomposição sem contaminar a urna, a sepultura e o meio ambiente como um todo. No município de Conchal (SP), a prefeitura somente autoriza os sepultamentos, se os corpos estiverem acondicionados em invólucros protetores, que evita o vazamento do chorume. No caso de famílias carentes e indigentes, pode-se requerer gratuitamente, através de pedido ao departamento de promoção social. O mesmo acontece em Rio Branco do Sul (PR), sendo que neste município, a prefeitura disponibiliza gratuitamente a toda a população, os invólucros para o sepultamento. Constata-se outros municípios que se utilizam de invólucros semelhantes para sepultamentos: Laguna (SC), Barra do Bugre (MT), Fortaleza (CE) e São Lourenço do Oeste (SC). O custo unitário médio de um invólucro para adulto é de R$50,00, conforme consulta efetuada à empresa Invol (preço base: outubro/2014). A figura 7 apresenta este modelo de invólucro retentor e absorvedor para sepultamentos, testado e aprovado pelo Instituto de Tecnologia do Paraná. 4. Discussões e resultados Figura 7 Exemplo de invólucro absorvedor e retentor de necrochorume Foto: Invol Ambiental - Campo do Tenente PR Uma alternativa encontrada em algumas cidades do Brasil são os cemitérios verticais. São prédios de dois ou mais pavimentos que oferecem lóculos ou gavetas, para o sepultamento e que devem dispor de sistema de inativação dos gases do necrochorume e sistema de vedação para que estes gases não cheguem às áreas comuns de visitantes e funcionários. Os cemitérios verticais possuem, além de lóculos, crematório, ossário e cinerário. A maioria utiliza o ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

15 15 sistema de tratamento do necrochorume, com a decomposição que acontece na presença de ar, evitando-se a produção de líquidos; os gases seguem para um inativador de gases contaminantes, conforme apresenta a figura nº 8. Figura 8 Modelo de inativador de gases em cemitério vertical Foto: Valfer Tecnologia - Cemitérios ecológicos Jundiaí SP Segundo o fabricante, a utilização deste inativador permite a construção de cemitérios verticais, com baixo custo e ecologicamente corretos. A manutenção e o cuidado destes sistemas devem ser constantes, pois qualquer vazamento gera transtornos sociais e ambientais. O maior cemitério vertical do mundo está na cidade de Santos (SP); trata-se do Memorial Necrópole Ecumênica, que foi criado em 1983 e possui mais de catorze mil lóculos, distribuídos em catorze andares. A figura 9 apresenta este cemitério vertical de Santos (SP). As figuras 10 e 11 apresentam respectivamente, exemplo de lóculos em andares e o cemitério vertical de Curitiba (PR). Figura 9 Cemitério vertical de Santos (SP) Foto: Memorial Necrópole Ecumênica ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

16 16 Figura 10 Lóculos do cemitério São Miguel e Almas em Porto Alegre RS Foto: Figura 11 Cemitério vertical de Curitiba PR Foto: Universal Necrópole Ecumênica de Curitiba A grande vantagem dos cemitérios verticais é o fato de ser uma alternativa para a necessidade das cidades, em virtude do crescimento populacional, além de ser uma opção ecologicamente correta, por não poluírem o meio ambiente, o solo e o lençol freático. Também em cemitérios implantados em parques, o controle pode ser eficiente e ecologicamente correto, como no caso do cemitério Parque São Pedro de Curitiba (PR), onde o grande diferencial é uma estrutura composta por poços de monitoramento e uma malha de drenagem profunda que abrange os seus m 2 de área. Através do sistema, o necrochorume é drenado para um filtro biológico. A cada seis meses, as águas subterrâneas são analisadas em atendimento às normas vigentes. Outro bom exemplo vem do cemitério metropolitano Parque das Allamandas de Londrina (PR), inaugurado em 2011, onde o jazigo na área mais baixa do cemitério está a 7,50 metros distantes do lençol freático, cinco vezes maior do que a exigida em lei. Além disso, todo o terreno é revestido por uma manta com lastro de brita, que serve como filtro natural; contém ainda seis poços de monitoramento distribuídos nos seus m 2. É o único cemitério completamente adequado às normas, dos sete existentes na área urbana do município. ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

17 17 Outra possível solução discutida e aceita por estudiosos poderia ser a cremação. A cremação é um processo eficaz na destruição de micróbios. Segundo Mariath (1995, p.15) a cremação apresenta a grande vantagem de destruir os microorganismos patogênicos e seus esporos, agentes das moléstias infecciosas, concorrendo para o desaparecimento das epidemias. Um dos inconvenientes pode-se citar que no caso de necessidade de posterior exumação, por exemplo, num processo de investigação ou identificação, já não é possível. Outra grande polêmica é a questão religiosa, onde algumas denominações, não aprovam a cremação de corpos. Um crematório é um forno que reduz cadáveres a cinzas, submetendo os corpos a temperaturas altíssimas de até 1000 C. Em alguns países a cremação chega a superar os enterros, enquanto que no Brasil apenas cerca de 5% dos cadáveres são cremados. Os pesquisadores concordam que a cremação seria a solução mais adequada, para a preservação do meio físico. Eles avaliam, no entanto, que a questão cultural é o principal empecilho, para o uso desta técnica. Pode-se citar como desvantagens da utilização dos crematórios, a queima de árvores; somente na Índia, 50 milhões de árvores são cortadas anualmente, lançando na atmosfera 8 milhões de toneladas de dióxido de carbono. Estima-se que no Reino Unido, 25% das emissões de mercúrio, são provenientes da queima de obturações dentárias em crematórios. Entretanto, se os crematórios forem providos de filtros para a coleta de resíduos de gases exalados, constituem-se em uma boa alternativa para a destinação final de corpos. A figura 12 apresenta um modelo de forno de cremação de corpos. Figura 12 Modelo de forno para cremação de corpos Foto: Memorial Guararapes Jaboatão dos Guararapes PE O setor funerário tem investido em novas tecnologias para reduzir cada vez mais os impactos da despedida. Um exemplo é cremação criada pela empresa escocesa Resomation Ltd, que oferece uma mistura de água em alta temperatura e hidróxido de potássio. O corpo é colocado em uma cápsula que, em seguida, é preenchida com o líquido alcalino. De duas a três horas depois, restam apenas os ossos, transformando em pó e entregue à família. A vantagem fica na ausência de emissões de gases do efeito estufa e do mercúrio emitido pela queima de próteses dentárias. Também utiliza 80% menos de energia que a cremação regular. A água restante do processo segue para estações municipais de tratamento e retorna ao ciclo hidrológico. Até agora, o processo foi aprovado para ser utilizado em alguns estados ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

18 18 americanos e países europeus. A figura 13 apresenta um modelo de equipamento de ressomação. Figura 13 Modelo de equipamento utilizado na ressomação de corpos Fonte/foto: Mother Nature Network 5. Conclusão Como resposta para os questionamentos conclui-se que no Brasil não há controle na construção de cemitérios, pois os governantes empurram o problema, o Estado aos órgãos ambientais e estes ao municípios, que não possuem recursos humanos e financeiros para fiscalizar e monitorar. Desta forma, respondendo ao questionamento da situação atual dos cemitérios no Brasil, constatou-se que se apresenta bastante precária, com problemas graves de localização dos cemitérios existentes e, que poucas medidas de prevenção e de monitoramento estão sendo executadas. Após a resolução CONAMA de 2003 foi estipulado um prazo de 180 dias para adaptação dos cemitérios existentes, porém não ocorreu quase nenhuma ação significativa nos cemitérios pesquisados. Constata-se também que os órgãos ambientais, segundo vários autores pesquisados, atuam na fase de processo de licenciamento e implantação dos cemitérios, porém não fiscaliza os empreendimentos em operação. Cita-se o exemplo absurdo do município de Joaçaba (SC), onde o Ministério Público colocou o órgão estadual de meio ambiente (FATMA) como ré, em ações movidas contra o município, pela ausência de fiscalização deste órgão. O caso mais grave ocorre no cemitério frei Edgar, devido o mesmo se localizar muito próximo do rio do Peixe, naquele município. Será que os cemitérios não merecem uma política pública específica, uma equipe multidisciplinar que pudesse levantar, avaliar, diagnosticar, planejar e propor alternativas, para o enfrentamento destes diversos impactos e para a busca de uma sustentabilidade ambiental? Na busca incessante de respostas às situações degradantes que se encontram as necrópoles, foram nulos autores que descrevem uma boa atuação destes órgãos. Pelo ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

19 19 contrário, a atuação dos órgãos ambientais são omissas em alguns estados, na questão dos cemitérios. É notório que as resoluções não são obedecidas em sua totalidade, além do que as medidas mitigadoras e o controle do necrochorume são tímidas e pontuais, não representando portanto, nem de longe, o universo dos cemitérios pesquisados. Acredita-se que não existam soluções a médio e a longo prazos, seja, pela falta de ação e fiscalização dos órgãos ambientais, pelo elevado custo em projetos e adequações. O cenário vislumbrado pelo trabalho de pesquisa, mostrou-se bastante sombrio na solução da gestão ambiental dos cemitérios. Nota-se que deve haver uma intervenção maciça do poder público federal, realizar um verdadeiro mutirão nacional de estudos e adequações, juntamente com os órgãos estaduais de meio ambiente e das prefeituras. Deverá disponibilizar recursos técnicos e financeiros, além de investir e incentivar pesquisas e novas tecnologias, para recuperação de áreas já degradadas e colapsadas, que são os cemitérios contruídos antes de A exemplo das verbas destinadas às áreas da educação e da saúde, o governo federal deverá repassar uma percentagem dos recursos, para a gestão ambiental dos cemitérios municipais de todo o país. Chega-se à conclusão de que algumas alternativas como já debatido anteriormente, seriam a implantação de cemitérios verticais e crematórios, pela iniciativa privada ou sob concessão, devido ao seu alto investimento. São estruturas dotadas de mecanismos que impedem que o necrochorume entre em contato diretamente com o solo e, assim evitando-se a poluição dos lençois freáticos, não comprometendo a qualidade das águas. Para os cemitérios convencionais, comparando-se os estudos de diversos autores pesquisados, a questão de contaminação por necrochorume e, as tratativas para a solução são muito parecidas, especificamente no trinômio inseparável: cemitério-meio físico-necrochorume. Pode-se resumir como boas práticas também, por escolha correta do local do cemitério, solo geologicamente favorável e o tratamento adequado dos resíduos gerados. Surpreendentemente verificou-se que não existe uma norma internacional específica de meio ambiente que versa sobre cemitérios, pelo baixo interesse das autoridades ambientais dos países. No Brasil verifica-se que existe maior acompanhamento por contaminação de postos de combustíveis, indústrias em geral e dos aterros sanitários, em detrimento dos problemas de contaminação nos cemitérios, mais especificamente de solos e aqüiferos. Entende-se que a fiscalização dos locais citados também são necessárias, porém espera-se uma atenção maior na fiscalização dos cemitérios, pelos efeitos altamente nocivos detectados. Nota-se que, em muitos casos pesquisados não existe monitoramento pelos órgãos municipais e, as pesquisas de contaminação contratadas muitas vezes não são conclusivas, além de não sofrerem uma fiscalização sistêmica. Muitos cemitérios estão em completo abandono com superlotação e a falta de vagas para novos sepultamentos, notadamente em alguns municípios pesquisados na região norte do país, ao ponto do agendamento para sepultamento ser de até 48 horas em algumas localidades. Embora a resolução do CONAMA preveja o licenciamento dos cemitérios desde 2003, a regularização pouco avançou no país, mesmo com a resolução de 2008, poucas providências ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

Mostra de Projetos 2011

Mostra de Projetos 2011 Mostra de Projetos 2011 Instalação de Estações de Tratamento de Esgotos por Zona de Raízes em Estabelecimentos Agrícolas Familiares na Bacia Hidrográfica Rio Mourão Mostra Local de: Campo Mourão Categoria

Leia mais

Revisão sistemática sobre os parâmetros de qualidade de água subterrânea em regiões onde operam cemitérios

Revisão sistemática sobre os parâmetros de qualidade de água subterrânea em regiões onde operam cemitérios VIII Semana de Ciência e Tecnologia do IFMG - campus Bambuí I Seminário dos Estudantes de Pós-graduação Revisão sistemática sobre os parâmetros de qualidade de água subterrânea em regiões onde operam cemitérios

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2015. (Do Sr. Fausto Pinato)

PROJETO DE LEI Nº, DE 2015. (Do Sr. Fausto Pinato) PROJETO DE LEI Nº, DE 2015. (Do Sr. Fausto Pinato) Dispõe sobre a recuperação e conservação de mananciais por empresas nacionais ou estrangeiras especializadas em recursos hídricos ou que oferecem serviços

Leia mais

III-123 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL EM ATERROS DE RESÍDUOS SÓLIDOS A PARTIR DE ESTUDOS DE REFERÊNCIA

III-123 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL EM ATERROS DE RESÍDUOS SÓLIDOS A PARTIR DE ESTUDOS DE REFERÊNCIA III-123 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL EM ATERROS DE RESÍDUOS SÓLIDOS A PARTIR DE ESTUDOS DE REFERÊNCIA Vera Lúcia A. de Melo (1) Mestre em Engenharia Civil (Geotecnia) pela UFPE. Aperfeiçoamento em pesquisa no

Leia mais

CIÊNCIAS - 6ª série / 7º ano U.E - 02

CIÊNCIAS - 6ª série / 7º ano U.E - 02 CIÊNCIAS - 6ª série / 7º ano U.E - 02 A crosta, o manto e o núcleo da Terra A estrutura do planeta A Terra é esférica e ligeiramente achatada nos polos, compacta e com um raio aproximado de 6.370 km. Os

Leia mais

AVALIAÇÃO DA ÁREA DE DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE ANÁPOLIS: um estudo de caso PIBIC/2010-2011

AVALIAÇÃO DA ÁREA DE DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE ANÁPOLIS: um estudo de caso PIBIC/2010-2011 AVALIAÇÃO DA ÁREA DE DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE ANÁPOLIS: um estudo de caso PIBIC/2010-2011 Walleska Alves De Aquino Ferreira 1 Escola de Engenharia Civil / UFG walleskaaquino@gmail.com

Leia mais

V-019 - ESTUDO TEMPORAL DA QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO GUAMÁ. BELÉM-PA.

V-019 - ESTUDO TEMPORAL DA QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO GUAMÁ. BELÉM-PA. V-019 - ESTUDO TEMPORAL DA QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO GUAMÁ. BELÉM-PA. Vera Nobre Braz (1) Química Industrial. Mestre em Geoquímica pelo Centro de Geociências da UFPA. Coordenadora do Curso de Ciências Ambientais

Leia mais

Estado do Amazonas Câmara Municipal de Manaus Gabinete do Vereador Ewerton Campos Wanderley

Estado do Amazonas Câmara Municipal de Manaus Gabinete do Vereador Ewerton Campos Wanderley PROJETO DE LEI Nº. 091/2016 Institui a prática de cremação de cadáveres e incineração de restos mortais, e a instalação de fornos incineradores destinados a esta atividade na cidade de Manaus, e dá outras

Leia mais

Poluição atmosférica decorrente das emissões de material particulado na atividade de coprocessamento de resíduos industriais em fornos de cimento.

Poluição atmosférica decorrente das emissões de material particulado na atividade de coprocessamento de resíduos industriais em fornos de cimento. Poluição atmosférica decorrente das emissões de material particulado na atividade de coprocessamento de resíduos industriais em fornos de cimento. Benedito Costa Santos Neto

Leia mais

QUALIDADE DAS ÁGUAS DOS POÇOS TUBULARES PROFUNDOS DO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE ANALISADA EM RELAÇÃO À POTABILIDADE

QUALIDADE DAS ÁGUAS DOS POÇOS TUBULARES PROFUNDOS DO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE ANALISADA EM RELAÇÃO À POTABILIDADE QUALIDADE DAS ÁGUAS DOS POÇOS TUBULARES PROFUNDOS DO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE ANALISADA EM RELAÇÃO À POTABILIDADE Miriam Suzana Rodrigues Schwarzbach 1 Resumo - Em 1997, o Departamento Municipal de Água

Leia mais

Lei nº 7653 DE 24/07/2014

Lei nº 7653 DE 24/07/2014 Lei nº 7653 DE 24/07/2014 Norma Estadual - Alagoas Publicado no DOE em 28 jul 2014 Dispõe sobre as atividades pertinentes ao controle da poluição atmosférica, padrões e gestão da qualidade do ar, conforme

Leia mais

COMPARAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA EM PONTOS DETERMINADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CAMBORIÚ

COMPARAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA EM PONTOS DETERMINADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CAMBORIÚ COMPARAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA EM PONTOS DETERMINADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CAMBORIÚ Pietra Quelissa ROBE, Estudante de Controle Ambiental do IFC- Campus Camboriú Yasmin Nunes DA SILVA, Estudante

Leia mais

2 Remediação Ambiental 2.1. Passivo Ambiental

2 Remediação Ambiental 2.1. Passivo Ambiental 17 2 Remediação Ambiental 2.1. Passivo Ambiental O conceito de passivo ambiental vem das ciências contábeis, onde, Galdino et al. (2002) definem como sendo as obrigações adquiridas em decorrência de transações

Leia mais

LISTA DE VERIFICAÇAO DO SISTEMA DE GESTAO DA QUALIDADE

LISTA DE VERIFICAÇAO DO SISTEMA DE GESTAO DA QUALIDADE Questionamento a alta direção: 1. Quais os objetivos e metas da organização? 2. quais os principais Produtos e/ou serviços da organização? 3. Qual o escopo da certificação? 4. qual é a Visão e Missão?

Leia mais

RESPONSÁVEL PELA APRESENTAÇÃO ORAL: Lourival Rodrigues dos Santos

RESPONSÁVEL PELA APRESENTAÇÃO ORAL: Lourival Rodrigues dos Santos TÍTULO DO TRABALHO: Sustentabilidade e Viabilidade do Tratamento de Resíduos de Serviço de Saúde pelo sistema de autoclavagem a experiência do município de Penápolis (SP ) TEMA : III Resíduos Sólidos NOME

Leia mais

Tratamento de Água Meio Ambiente

Tratamento de Água Meio Ambiente Tratamento de Água Meio Ambiente Puc Campinas Engenharia de Computação César Kallas RA: 02099224 Introdução Conhecida como solvente universal, a água sempre retém algum resíduo dos materiais com os quais

Leia mais

1. INTRODUÇÃO 2. DADOS DO EMPREENDEDOR:

1. INTRODUÇÃO 2. DADOS DO EMPREENDEDOR: TERMO DE REFERÊNCIA PARA ELABORAÇÃO DE RELATÓRIO DE CONTROLE AMBIENTAL E PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL PARA PARQUES DE GERAÇÃO DE ENERGIAS ALTERNATIVA (SOLAR, EÓLICA E OUTRAS) 1. INTRODUÇÃO Este Termo de

Leia mais

Projeto de Revitalização da Microbacia do Rio Abóboras Bacia Hidrográfica São Lamberto

Projeto de Revitalização da Microbacia do Rio Abóboras Bacia Hidrográfica São Lamberto Projeto de Revitalização da Microbacia do Rio Abóboras Bacia Hidrográfica São Lamberto Autores: Emílio Rodrigues Versiani Junior 1 Geraldo Aristides Rabelo Nuzzi Andréa Rodrigues Fróes Resumo O Projeto

Leia mais

Título do trabalho: Pesquisa para Elaboração do Diagnóstico do Recreio da Borda do Campo, Município de Santo André

Título do trabalho: Pesquisa para Elaboração do Diagnóstico do Recreio da Borda do Campo, Município de Santo André Título do trabalho: Pesquisa para Elaboração do Diagnóstico do Recreio da Borda do Campo, Município de Santo André Autores: Departamento de Gestão Ambiental SEMASA Serviço Municipal de Saneamento Ambiental

Leia mais

Ciclos Biogeoquímicos

Ciclos Biogeoquímicos Os organismos retiram constantemente da natureza os elementos químicos de que necessitam, mas esses elementos sempre retornam ao ambiente. O processo contínuo de retirada e de devolução de elementos químicos

Leia mais

Eng Civil Washington Peres Núñez Dr. em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Eng Civil Washington Peres Núñez Dr. em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul PESQUISA ANÁLISE DE CARACTERÍSTICAS DE QUALIDADE DE MISTURAS ASFÁLTICAS PRODUZIDAS NA ATUALIDADE NO SUL DO BRASIL E IMPACTOS NO DESEMPENHO DE PAVIMENTOS FLEXÍVEIS. MANUAL DE OPERAÇÃO DO BANCO DE DADOS

Leia mais

DIAGNÓSTICO DA COLETA E DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS-GO

DIAGNÓSTICO DA COLETA E DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS-GO DIAGNÓSTICO DA COLETA E DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS-GO Cinthia Martins dos SANTOS Programa de Pós Graduação em Engenharia do Meio Ambiente, Escola de Engenharia,

Leia mais

PROBLEMATIZAÇÃO DA ESCASSEZ DE ÁGUA NO MUNICÍPIO DO CAMBORIÚ

PROBLEMATIZAÇÃO DA ESCASSEZ DE ÁGUA NO MUNICÍPIO DO CAMBORIÚ PROBLEMATIZAÇÃO DA ESCASSEZ DE ÁGUA NO MUNICÍPIO DO CAMBORIÚ Emily Caroline da Silva PADILHA, Maria Carolina Bueno da SILVA, estudantes do curso técnico em Controle Ambiental integrado ao ensino médio,

Leia mais

CONTROLE DE POLUIÇÃO DE ÁGUAS

CONTROLE DE POLUIÇÃO DE ÁGUAS CONTROLE DE POLUIÇÃO DE ÁGUAS NOÇÕES DE ECOLOGIA. A ÁGUA NO MEIO A ÁGUA É UM DOS FATORES MAIS IMPORTANTES PARA OS SERES VIVOS, POR ISSO É MUITO IMPORTANTE SABER DE QUE MANEIRA ELA SE ENCONTRA NO MEIO,

Leia mais

O lançamento de Resíduos Industriais no trecho entre Resende e Volta Redonda

O lançamento de Resíduos Industriais no trecho entre Resende e Volta Redonda O lançamento de Resíduos Industriais no trecho entre Resende e Volta Redonda Janaina da Costa Pereira Torres janainacpto@gmail.com Lucas de Medeiros Figueira lucasfigueira.c4@gmail.com Danielle Alves de

Leia mais

Abertura de poços fora de normas técnicas não resolve problema do desabastecimento.

Abertura de poços fora de normas técnicas não resolve problema do desabastecimento. Abertura de poços fora de normas técnicas não resolve problema do desabastecimento. Entrevista com Reginaldo Bertolo A crise de abastecimento de água vivida pela cidade de São Paulo trouxe à tona, mais

Leia mais

Considerações sobre redimensionamento de motores elétricos de indução

Considerações sobre redimensionamento de motores elétricos de indução Considerações sobre redimensionamento de motores elétricos de indução Artigo publicado na revista Lumiere Electric edição nº 166 Aplicações de investimentos dentro das empresas sempre são questionadas

Leia mais

Ciclos do elementos Carbono, Nitrogênio e Enxofre

Ciclos do elementos Carbono, Nitrogênio e Enxofre Ciclos do elementos Carbono, Nitrogênio e Enxofre Atmosfera Atmosfera é a camada gasosa ao redor da Terra. Hidrosfera é a parte líquida da Terra que corresponde a cerca de 80% da superfície. A água dos

Leia mais

Instruções Técnicas para Apresentação de Projetos de Serviços de Lavagem, Lubrificação e Troca de Óleo de Veículos - Licença de Instalação (LI) -

Instruções Técnicas para Apresentação de Projetos de Serviços de Lavagem, Lubrificação e Troca de Óleo de Veículos - Licença de Instalação (LI) - Governo do Estado do Rio Grande do Norte Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos Instruções Técnicas para Apresentação de Projetos de Serviços de Lavagem, Lubrificação e Troca de

Leia mais

TESTES REFERENTES A PARTE 1 DA APOSTILA FUNDAMENTOS DA CORROSÃO INDIQUE SE AS AFIRMAÇÕES A SEGUIR ESTÃO CERTAS OU ERRADAS

TESTES REFERENTES A PARTE 1 DA APOSTILA FUNDAMENTOS DA CORROSÃO INDIQUE SE AS AFIRMAÇÕES A SEGUIR ESTÃO CERTAS OU ERRADAS TESTES REFERENTES A PARTE 1 DA APOSTILA FUNDAMENTOS DA CORROSÃO INDIQUE SE AS AFIRMAÇÕES A SEGUIR ESTÃO CERTAS OU ERRADAS 1) Numa célula eletroquímica a solução tem que ser um eletrólito, mas os eletrodos

Leia mais

A água nossa de cada dia

A água nossa de cada dia A água nossa de cada dia Marco Antonio Ferreira Gomes* Foto: Eliana Lima Considerações gerais A água é o constituinte mais característico e peculiar do Planeta Terra. Ingrediente essencial à vida, a água

Leia mais

CP 013/14 Sistemas Subterrâneos. Questões para as distribuidoras

CP 013/14 Sistemas Subterrâneos. Questões para as distribuidoras CP 013/14 Sistemas Subterrâneos Questões para as distribuidoras 1) Observa-se a necessidade de planejamento/operacionalização de atividades entre diversos agentes (distribuidoras, concessionárias de outros

Leia mais

Avaliação do plano de gerenciamento dos RCC em Santa Maria.

Avaliação do plano de gerenciamento dos RCC em Santa Maria. Avaliação do plano de gerenciamento dos RCC em Santa Maria. Resumo Mirdes Fabiana Hengen 1 1 Centro Universitário Franciscano (mirdes_hengen@yahoo.com.br) Com a Resolução nº 307, de 05 de Julho de 2002,

Leia mais

TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE

TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE ANEXO I TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADA PARA ELABORAÇÃO DE PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DOS MUNICÍPIOS DE BRASIL NOVO, MEDICILÂNDIA, URUARÁ E PLACAS PROJETO042/2014

Leia mais

Os fenômenos climáticos e a interferência humana

Os fenômenos climáticos e a interferência humana Os fenômenos climáticos e a interferência humana Desde sua origem a Terra sempre sofreu mudanças climáticas. Basta lembrar que o planeta era uma esfera incandescente que foi se resfriando lentamente, e

Leia mais

Reconhecer as diferenças

Reconhecer as diferenças A U A UL LA Reconhecer as diferenças Nesta aula, vamos aprender que os solos são o resultado mais imediato da integração dos processos físicos e biológicos na superfície da Terra. A formação e o desenvolvimento

Leia mais

CAPÍTULO X DOS RESÍDUOS GASOSOS

CAPÍTULO X DOS RESÍDUOS GASOSOS CAPÍTULO X DOS RESÍDUOS GASOSOS Art. 76 Com o propósito de proteger a população ficam estabelecidos, em toda a extensão do Município de Volta Redonda os seguintes padrões de qualidade do ar, como metas

Leia mais

OUTORGA DE DRENAGEM E FISCALIZAÇÃO COMO MECANISMOS DE GESTÃO DE ÁGUAS URBANAS

OUTORGA DE DRENAGEM E FISCALIZAÇÃO COMO MECANISMOS DE GESTÃO DE ÁGUAS URBANAS OUTORGA DE DRENAGEM E FISCALIZAÇÃO COMO MECANISMOS DE GESTÃO DE ÁGUAS URBANAS Carolinne Isabella Dias Gomes (1) Possui Bacharelado e Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade de Brasília (UnB)

Leia mais

Ambientes acessíveis

Ambientes acessíveis Fotos: Sônia Belizário Ambientes acessíveis É FUNDAMENTAL A ATENÇÃO AO DESENHO E A CONCEPÇÃO DOS PROJETOS, PRINCIPALMENTE NOS ESPAÇOS PÚBLICOS,PARA ATENDER ÀS NECESSIDADES E LIMITAÇÕES DO MAIOR NÚMERO

Leia mais

O licenciamento ambiental de unidades de compostagem no Estado de São Paulo

O licenciamento ambiental de unidades de compostagem no Estado de São Paulo Seminário: Compostagem na Cidade de São Paulo 10 de agosto de 2012 O licenciamento ambiental de unidades de compostagem no Estado de São Paulo Eng. Cristiano Kenji Iwai Divisão de Apoio ao Controle de

Leia mais

PROJETOS. Principais aplicações:

PROJETOS. Principais aplicações: 1 PROJETOS 2 PROJETOS A Econsulting atua na atividade de desenvolvimento de projetos diversos relativos à área ambiental, sendo esta uma das atividades pioneiras da empresa e atingindo um número superior

Leia mais

ATERRAMENTO ELÉTRICO 1 INTRODUÇÃO 2 PARA QUE SERVE O ATERRAMENTO ELÉTRICO? 3 DEFINIÇÕES: TERRA, NEUTRO, E MASSA.

ATERRAMENTO ELÉTRICO 1 INTRODUÇÃO 2 PARA QUE SERVE O ATERRAMENTO ELÉTRICO? 3 DEFINIÇÕES: TERRA, NEUTRO, E MASSA. 1 INTRODUÇÃO O aterramento elétrico, com certeza, é um assunto que gera um número enorme de dúvidas quanto às normas e procedimentos no que se refere ao ambiente elétrico industrial. Muitas vezes, o desconhecimento

Leia mais

PUBLICAÇÕES: TECNOMETAL n.º 149 (Novembro/Dezembro de 2003) KÉRAMICA n.º 264 (Janeiro/Fevereiro de 2004)

PUBLICAÇÕES: TECNOMETAL n.º 149 (Novembro/Dezembro de 2003) KÉRAMICA n.º 264 (Janeiro/Fevereiro de 2004) TÍTULO: Atmosferas explosivas risco de explosão AUTORIA: Paula Mendes PUBLICAÇÕES: TECNOMETAL n.º 149 (Novembro/Dezembro de 2003) KÉRAMICA n.º 264 (Janeiro/Fevereiro de 2004) INTRODUÇÃO A protecção contra

Leia mais

LICENCIAMENTO AMBIENTAL. CIESP - Centro das Indústrias do Estado de São Paulo SOROCABA-SP

LICENCIAMENTO AMBIENTAL. CIESP - Centro das Indústrias do Estado de São Paulo SOROCABA-SP LICENCIAMENTO AMBIENTAL CIESP - Centro das Indústrias do Estado de São Paulo SOROCABA-SP 19/06/2012 Estrutura organizacional da CETESB depois da unificação do licenciamento Presidência Vice Presidência

Leia mais

ANTEPROJETO DE DECRETO (OU LEI) (A ser Publicado no Diário Oficial do Município/Estado)

ANTEPROJETO DE DECRETO (OU LEI) (A ser Publicado no Diário Oficial do Município/Estado) ANTEPROJETO DE DECRETO (OU LEI) (A ser Publicado no Diário Oficial do Município/Estado) Considerando: 1) A importância dos mananciais e nascentes do Município para o equilíbrio e a qualidade ambiental,

Leia mais

2º Para os veículos leves do ciclo Otto ficam estabelecidos os limites máximos de Co, HC, diluição e velocidade angular do motor do Anexo I.

2º Para os veículos leves do ciclo Otto ficam estabelecidos os limites máximos de Co, HC, diluição e velocidade angular do motor do Anexo I. RESOLUÇÃO CONAMA Nº 007, de 31 de agosto de 1993 O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, no uso das atribuições previstas na Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, alterada pelas Leis nº 7.804,

Leia mais

Aula 17 Projetos de Melhorias

Aula 17 Projetos de Melhorias Projetos de Melhorias de Equipamentos e Instalações: A competitividade crescente dos últimos anos do desenvolvimento industrial foi marcada pela grande evolução dos processos produtivos das indústrias.

Leia mais

Tratamento de Efluentes na Aqüicultura

Tratamento de Efluentes na Aqüicultura Tratamento de Efluentes na Aqüicultura Alessandro Trazzi, Biólogo, Mestre em Engenharia Ambiental. Diretor de Meio Ambiente - CTA VI Seminário de Aqüicultura Interior, Cabo Frio Rio de Janeiro. Introdução

Leia mais

PROGRAMA ESTADUAL DE GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO ÂMBITO MUNICIPAL PEGRSM.

PROGRAMA ESTADUAL DE GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO ÂMBITO MUNICIPAL PEGRSM. PROGRAMA ESTADUAL DE GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO ÂMBITO MUNICIPAL PEGRSM. Aprovado no CONSEMA Reunião N 0 180 em 20/08/2015 1. INTRODUÇÃO. A partir da Lei Federal 12.305/2010, foram definidos cronogramas

Leia mais

PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS

PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS MODELO PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS NOME DA EMPRESA PERÍODO Dia / Mês / Ano a Dia / Mês / Ano 1 SUMÁRIO 3 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA 4 4 OBJETIVO GERAL CONDIÇÕES PRELIMINARES 5 DESENVOLVIMENTO

Leia mais

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE Com a edição da Lei nº 6.938/81 o país passou a ter formalmente uma Política Nacional do Meio Ambiente, uma espécie de marco legal para todas as políticas públicas de

Leia mais

Política de Gerenciamento de Risco Operacional

Política de Gerenciamento de Risco Operacional Política de Gerenciamento de Risco Operacional Departamento Controles Internos e Compliance Fevereiro/2011 Versão 4.0 Conteúdo 1. Introdução... 3 2. Definição de Risco Operacional... 3 3. Estrutura de

Leia mais

Infra Estrutura Verde no Planejamento Urbano Das Cidades

Infra Estrutura Verde no Planejamento Urbano Das Cidades Infra Estrutura Verde no Planejamento Urbano Das Cidades A Remaster Sinônimo de pioneirismo no desenvolvimento da solução ideal em pisos elevados para espaços corporativos, a Remaster empresa brasileira

Leia mais

LICENCIAMENTO AMBIENTAL

LICENCIAMENTO AMBIENTAL LICENCIAMENTO AMBIENTAL Página 1 / 7 O que é LICENCIAMENTO AMBIENTAL? O LICENCIAMENTO AMBIENTAL é o procedimento administrativo realizado pelo órgão ambiental competente, que pode ser federal, estadual

Leia mais

PROJETO QUALIFEIRAS QUALIDADE NAS FEIRAS LIVRES DO MUNICÍPIO DE VITÓRIA - ES

PROJETO QUALIFEIRAS QUALIDADE NAS FEIRAS LIVRES DO MUNICÍPIO DE VITÓRIA - ES PROJETO QUALIFEIRAS QUALIDADE NAS FEIRAS LIVRES DO MUNICÍPIO DE VITÓRIA - ES Rosimeri Galimberti Martins (1)* Diretora do Departamento de Abastecimento da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Vitória.

Leia mais

PASSIVOS AMBIENTAIS Aspectos Técnicos e Juridicos que Impactam as Empresas. Dr. M.Sc. Engº Ricardo de Gouveia WTS ENGENHARIA

PASSIVOS AMBIENTAIS Aspectos Técnicos e Juridicos que Impactam as Empresas. Dr. M.Sc. Engº Ricardo de Gouveia WTS ENGENHARIA PASSIVOS AMBIENTAIS Aspectos Técnicos e Juridicos que Impactam as Empresas Dr. M.Sc. Engº Ricardo de Gouveia WTS ENGENHARIA Legislação O gerador é responsável a menos que a área contaminada seja adquirida.

Leia mais

QUADRO 11 - ENQUADRAMENTO DAS ÁGUAS QUANTO À BALNEABILIDADE

QUADRO 11 - ENQUADRAMENTO DAS ÁGUAS QUANTO À BALNEABILIDADE 171 2 - A balneabilidade refere-se a utilização das águas para recreação de contato primário e é monitorada, sistematicamente, pela CPRH, através de análises bacteriológicas desse recurso, com vistas a

Leia mais

RESOLUÇÃO CONAMA nº 334, de 3 de abril de 2003 Publicada no DOU n o 94, de 19 de maio de 2003, Seção 1, páginas 79-80

RESOLUÇÃO CONAMA nº 334, de 3 de abril de 2003 Publicada no DOU n o 94, de 19 de maio de 2003, Seção 1, páginas 79-80 RESOLUÇÃO CONAMA nº 334, de 3 de abril de 2003 Publicada no DOU n o 94, de 19 de maio de 2003, Seção 1, páginas 79-80 Dispõe sobre os procedimentos de licenciamento ambiental de estabelecimentos destinados

Leia mais

Química de Águas Naturais. -todas as formas de vida existentes no planeta Terra dependem da água;

Química de Águas Naturais. -todas as formas de vida existentes no planeta Terra dependem da água; Química de Águas Naturais todas as formas de vida existentes no planeta Terra dependem da água; a água cobre 70% da superfície do planeta, apenas uma parte dessa quantidade (~2,8%) é água doce sendo que

Leia mais

P4-MPS.BR - Prova de Conhecimento do Processo de Aquisição do MPS.BR

P4-MPS.BR - Prova de Conhecimento do Processo de Aquisição do MPS.BR Data: 6 de Dezembro de 2011 Horário: 13:00 às 17:00 horas (hora de Brasília) Nome: e-mail: Nota: INSTRUÇÕES Você deve responder a todas as questões. O total máximo de pontos da prova é de 100 pontos (100%),

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO I. Família Pai, mãe, filhos. Criar condições para a perpetuação da espécie

ADMINISTRAÇÃO I. Família Pai, mãe, filhos. Criar condições para a perpetuação da espécie 1 INTRODUÇÃO 1.1 ORGANIZAÇÃO E PROCESSOS A administração está diretamente ligada às organizações e aos processos existentes nas mesmas. Portanto, para a melhor compreensão da Administração e sua importância

Leia mais

MINUTA PROJETO DE LEI. Súmula: Institui a Política Estadual sobre Mudança do Clima.

MINUTA PROJETO DE LEI. Súmula: Institui a Política Estadual sobre Mudança do Clima. MINUTA PROJETO DE LEI Súmula: Institui a Política Estadual sobre Mudança do Clima. A Assembléia Legislativa do Estado do Paraná decretou e eu sanciono a seguinte lei: Art. 1º. Esta Lei institui a Política

Leia mais

EDITAL PARA SELEÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS 2014

EDITAL PARA SELEÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS 2014 EDITAL PARA SELEÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS 2014 1. DO OBJETO 1.1. O presente edital tem por objeto realizar uma chamada pública nacional para seleção de projetos sociais. O edital destina-se às organizações

Leia mais

ENCHENTES URBANAS: CAUSAS E SOLUÇÕES. Geól. Álvaro Rodrigues dos Santos (santosalvaro@uol.c0m.br)

ENCHENTES URBANAS: CAUSAS E SOLUÇÕES. Geól. Álvaro Rodrigues dos Santos (santosalvaro@uol.c0m.br) ENCHENTES URBANAS: CAUSAS E SOLUÇÕES Geól. Álvaro Rodrigues dos Santos (santosalvaro@uol.c0m.br) ENCHENTES: CAUSAS E SOLUÇÕES EM QUALQUER RAMO DA ATIVIDADE HUMANA VALE UMA LEI BÁSICA: A SOLUÇÃO DE UM PROBLEMA

Leia mais

Tipos de Poços. escavação..

Tipos de Poços. escavação.. O que é um poço Tubular Chamamos de poço toda perfuração através da qual obtemos água de um aqüífero e há muitas formas de classificá-los. Usaremos aqui uma classificação baseada em sua profundidade e

Leia mais

Manejo Sustentável da Floresta

Manejo Sustentável da Floresta Manejo Sustentável da Floresta 1) Objetivo Geral Mudança de paradigmas quanto ao uso da madeira da floresta, assim como a percepção dos prejuízos advindos das queimadas e do extrativismo vegetal. 2) Objetivo

Leia mais

30/11/2012. do adensamento populacional. crescimento desordenado. ocupação de áreas naturais e frágeis

30/11/2012. do adensamento populacional. crescimento desordenado. ocupação de áreas naturais e frágeis Universidade Metodista Recuperação Ambiental de Áreas Degradadas Impactos gerados pelo uso e ocupação do solo no meio urbano Final século XVIII Revolução Industrial Migração do homem do campo objetivo

Leia mais

Gestão de Economias com o Serviço de Tratamento de Esgoto Melhorias no Processo para a Universalização do Saneamento.

Gestão de Economias com o Serviço de Tratamento de Esgoto Melhorias no Processo para a Universalização do Saneamento. Prêmio Nacional da Qualidade em Saneamento PNQS Inovação da Gestão em Saneamento IGS Gestão de Economias com o Serviço de Tratamento de Esgoto Melhorias no Processo para a Universalização do Saneamento.

Leia mais

7 perguntas para fazer a qualquer fornecedor de automação de força de vendas

7 perguntas para fazer a qualquer fornecedor de automação de força de vendas 7 perguntas para fazer a qualquer fornecedor de automação de força de vendas 1. O fornecedor é totalmente focado no desenvolvimento de soluções móveis? Por que devo perguntar isso? Buscando diversificar

Leia mais

Modelos de Gestão Novas Demandas e Ambientes para o Gestor Contemporâneo

Modelos de Gestão Novas Demandas e Ambientes para o Gestor Contemporâneo Modelos de Gestão Novas Demandas e Ambientes para o Gestor Contemporâneo Modernidade trouxe vantagens e prejuízos Poluição causada pelas organizações afeta diretamente a natureza Criação de Leis para minimizar

Leia mais

MINAS, IDEB E PROVA BRASIL

MINAS, IDEB E PROVA BRASIL MINAS, IDEB E PROVA BRASIL Vanessa Guimarães 1 João Filocre 2 I I. SOBRE O 5º ANO DO EF 1. O IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) foi criado há um ano pelo MEC e adotado como indicador da

Leia mais

DER/PR ES-T 03/05 TERRAPLENAGEM: EMPRÉSTIMOS

DER/PR ES-T 03/05 TERRAPLENAGEM: EMPRÉSTIMOS TERRAPLENAGEM: EMPRÉSTIMOS Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Paraná - DER/PR Avenida Iguaçu 420 CEP 80230 902 Curitiba Paraná Fone (41) 3304 8000 Fax (41) 3304 8130 www.pr.gov.br/derpr Especificações

Leia mais

CEMITÉRIOS: FONTES POTENCIAIS DE IMPACTOS AMBIENTAIS

CEMITÉRIOS: FONTES POTENCIAIS DE IMPACTOS AMBIENTAIS CEMITÉRIOS: FONTES POTENCIAIS DE IMPACTOS AMBIENTAIS Rosiane Bacigalupo Estudante do Curso de Geografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro rosianebauer@hotmail.com INTRODUÇÃO Após o óbito o corpo

Leia mais

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 002/2012

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 002/2012 INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 002/2012 DISPÕE SOBRE TERMO DE REFERÊNCIA PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL PCA E DÁ OUTRAS PROVIDENCIAS. O SECRETÁRIO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE DE GUARAPARI, Estado

Leia mais

Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Departamento Geral de Administração e Finanças

Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Departamento Geral de Administração e Finanças 1. DO OBJETO: Governo do Estado do Rio de Janeiro Código de Classificação: 13.02.01.15 TERMO DE REFERÊNCIA Outorga de permissão de uso, com encargos, de área localizada no prédio sede da, situado na Avenida

Leia mais

PERDAS EM SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA: DIAGNÓSTICO, POTENCIAL DE GANHOS COM SUA REDUÇÃO E PROPOSTAS DE MEDIDAS PARA O EFETIVO COMBATE

PERDAS EM SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA: DIAGNÓSTICO, POTENCIAL DE GANHOS COM SUA REDUÇÃO E PROPOSTAS DE MEDIDAS PARA O EFETIVO COMBATE PERDAS EM SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA: DIAGNÓSTICO, POTENCIAL DE GANHOS COM SUA REDUÇÃO E PROPOSTAS DE MEDIDAS PARA O EFETIVO COMBATE SUMÁRIO EXECUTIVO ABES Associação Brasileira de Engenharia Sanitária

Leia mais

Disciplina: Introdução à Engenharia Ambiental. 5 - Poluição e Degradação do Solo. Professor: Sandro Donnini Mancini.

Disciplina: Introdução à Engenharia Ambiental. 5 - Poluição e Degradação do Solo. Professor: Sandro Donnini Mancini. Campus Experimental de Sorocaba Disciplina: Introdução à Engenharia Ambiental Graduação em Engenharia Ambiental 5 - Poluição e Degradação do Solo Professor: Sandro Donnini Mancini Setembro, 2015 Solo camada

Leia mais

ANÁLISE COMPARATIVA DOS PROCEDIMENTOS PARA OBTER O LICENCIAMENTO AMBIENTAL VISANDO A INSTALAÇÃO DE INDÚSTRIAS EM SANTA CATARINA E ANDALUZIA

ANÁLISE COMPARATIVA DOS PROCEDIMENTOS PARA OBTER O LICENCIAMENTO AMBIENTAL VISANDO A INSTALAÇÃO DE INDÚSTRIAS EM SANTA CATARINA E ANDALUZIA ANÁLISE COMPARATIVA DOS PROCEDIMENTOS PARA OBTER O LICENCIAMENTO AMBIENTAL VISANDO A INSTALAÇÃO DE INDÚSTRIAS EM SANTA CATARINA E ANDALUZIA Manuel Tejera Martos (*), Valdésio Benevenutti, Evandro Bittencourt

Leia mais

Capítulo 2 Objetivos e benefícios de um Sistema de Informação

Capítulo 2 Objetivos e benefícios de um Sistema de Informação Capítulo 2 Objetivos e benefícios de um Sistema de Informação 2.1 OBJETIVO, FOCO E CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. Os Sistemas de Informação, independentemente de seu nível ou classificação,

Leia mais

XX Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica SENDI 2012-22 a 26 de outubro Rio de Janeiro - RJ - Brasil

XX Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica SENDI 2012-22 a 26 de outubro Rio de Janeiro - RJ - Brasil XX Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica SENDI 2012-22 a 26 de outubro Rio de Janeiro - RJ - Brasil cristian sippel Diogo Angelo Stradioto Rio Grande Energia SA APS Engenharia de Energia

Leia mais

9. MANUTENÇÃO DE TRANSFORMADORES:

9. MANUTENÇÃO DE TRANSFORMADORES: 9. MANUTENÇÃO DE TRANSFORMADORES: 9.1 OTIMIZAÇÃO E MONITORAMENTO DA OPERAÇÃO DOS TRANSFORMADORES Os transformadores são máquinas estáticas que transferem energia elétrica de um circuito para outro, mantendo

Leia mais

Análise de Percolação em Barragem de Terra Utilizando o Programa SEEP/W

Análise de Percolação em Barragem de Terra Utilizando o Programa SEEP/W Análise de Percolação em Barragem de Terra Utilizando o Programa SEEP/W José Waldomiro Jiménez Rojas, Anderson Fonini. Programa de Pós Graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio Grande

Leia mais

Diretrizes para determinação de intervalos de comprovação para equipamentos de medição.

Diretrizes para determinação de intervalos de comprovação para equipamentos de medição. Diretrizes para determinação de intervalos de comprovação para equipamentos de medição. De acordo com a Norma NBR 1001, um grande número de fatores influência a freqüência de calibração. Os mais importantes,

Leia mais

1. Canteiro de Obra Campo Grande 03

1. Canteiro de Obra Campo Grande 03 1. Canteiro de Obra Campo Grande 03 A cidade de Campo Grande, localizada no estado do Rio Grande do Norte (RN), é um dos municípios no qual dispõe de boa estrutura para implantação de um dos três canteiros

Leia mais

Energia Eólica. Atividade de Aprendizagem 3. Eixo(s) temático(s) Ciência e tecnologia / vida e ambiente

Energia Eólica. Atividade de Aprendizagem 3. Eixo(s) temático(s) Ciência e tecnologia / vida e ambiente Energia Eólica Eixo(s) temático(s) Ciência e tecnologia / vida e ambiente Tema Eletricidade / usos da energia / uso dos recursos naturais Conteúdos Energia eólica / obtenção de energia e problemas ambientais

Leia mais

MEIO AMBIENTE Fiscalização ambiental: seu posto está preparado?

MEIO AMBIENTE Fiscalização ambiental: seu posto está preparado? MEIO AMBIENTE Fiscalização ambiental: seu posto está preparado? A resolução 273 do Conama já completou dez anos, mas muitos postos revendedores ainda não concluíram o licenciamento ambiental e, por isso,

Leia mais

TRATAMENTO DE ESGOTO EM OBRAS DE PEQUENO PORTE

TRATAMENTO DE ESGOTO EM OBRAS DE PEQUENO PORTE UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL JEVERTON PAES DOS SANTOS MORAES TRATAMENTO DE ESGOTO EM OBRAS DE PEQUENO PORTE LAGES (SC) 2014 JEVERTON PAES DOS SANTOS MORAES TRATAMENTO

Leia mais

IV-027 - ASPECTOS HIDROLÓGICOS E QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO CUBATÃO NORTE SANTA CATARINA

IV-027 - ASPECTOS HIDROLÓGICOS E QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO CUBATÃO NORTE SANTA CATARINA 22º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 14 a 19 de Setembro 2003 - Joinville - Santa Catarina IV-027 - ASPECTOS HIDROLÓGICOS E QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO CUBATÃO NORTE SANTA CATARINA

Leia mais

Seguro-Saúde. Guia para Consulta Rápida

Seguro-Saúde. Guia para Consulta Rápida Seguro-Saúde. Guia para Consulta Rápida O que é seguro? 6 O que é Seguro-Saúde? 6 Como são os contratos de Seguro-Saúde? 7 Como ficaram as apólices antigas depois da Lei nº 9656/98? 8 Qual a diferença

Leia mais

1. OBJETIVO 2. APLICAÇÃO 3. REFERÊNCIAS 4. DEFINIÇÕES E ABREVIAÇÕES GESTÃO DE RESÍDUOS

1. OBJETIVO 2. APLICAÇÃO 3. REFERÊNCIAS 4. DEFINIÇÕES E ABREVIAÇÕES GESTÃO DE RESÍDUOS Versão: 03 Página 1 de 6 1. OBJETIVO Estabelecer as diretrizes para a segregação, coleta e transporte interno, armazenamento temporário, transporte e destinação dos resíduos sólidos gerados, de acordo

Leia mais

TERMO DE REFERÊNCIA PARA ELABORAÇÃO DE ESTUDO DE VIABILIDADE AMBIENTAL - EVA

TERMO DE REFERÊNCIA PARA ELABORAÇÃO DE ESTUDO DE VIABILIDADE AMBIENTAL - EVA TERMO DE REFERÊNCIA PARA ELABORAÇÃO DE ESTUDO DE VIABILIDADE AMBIENTAL - EVA 1. OBJETIVO GERAL As instruções técnicas contidas no presente Termo de Referência objetivam estabelecer os procedimentos e os

Leia mais

Bruno Maiolli Razera 1 ; Paulo Giovani Basane 2 ; Renan Vinicius Serbay Rodrigues 3 ; José Hilton Bernardino de Araújo

Bruno Maiolli Razera 1 ; Paulo Giovani Basane 2 ; Renan Vinicius Serbay Rodrigues 3 ; José Hilton Bernardino de Araújo DIAGNÓSTICO DAS EMISSÕES ATMOSFÉRICAS DE ORIGEM VEICULAR POR MEIO DE ANALISADOR PORTÁTIL DE GASES NO MUNICÍPIO DE CAMPO MOURÃO-PR E ANÁLISE DOS SEUS EFEITOS NA SAÚDE DA POPULAÇÃO Bruno Maiolli Razera 1

Leia mais

Bairros Cota na Serra do

Bairros Cota na Serra do Geotecnia Ambiental Bairros Cota na Serra do Mar em Cubatão riscos em ebulição e planos de ação em andamento Os bairros localizados nas encostas da Serra do Mar, na cidade de Cubatão, passam por um processo

Leia mais

Aterro Sanitário. Gersina N. da R. Carmo Junior

Aterro Sanitário. Gersina N. da R. Carmo Junior Aterro Sanitário Gersina N. da R. Carmo Junior Aterro Sanitário Rotina de operação do aterro Descarga do lixo O caminhão deve depositar o lixo na frente de serviço mediante presença do fiscal, para controle

Leia mais

Introdução ao Tratamento de Esgoto. Prof. Dra Gersina Nobre da R.C.Junior

Introdução ao Tratamento de Esgoto. Prof. Dra Gersina Nobre da R.C.Junior Introdução ao Tratamento de Esgoto Prof. Dra Gersina Nobre da R.C.Junior PARÂMETROS QUÍMICOS DO ESGOTO Sólidos ph Matéria Orgânica(MO) Nitrogênio Total Fóforo Total PARÂMETROS QUÍMICOS DO ESGOTO ph Potencial

Leia mais

CADERNO DE EXERCÍCIOS 2F

CADERNO DE EXERCÍCIOS 2F CADERNO DE EXERCÍCIOS 2F Ensino Médio Ciências da Natureza Questão 1. 2. Conteúdo Extração do ferro a partir do minério, representações químicas das substâncias e reações químicas Habilidade da Matriz

Leia mais

COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, MEIO AMBIENTE E MINORIAS PROJETO DE LEI Nº 576, DE 1999 PARECER REFORMULADO

COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, MEIO AMBIENTE E MINORIAS PROJETO DE LEI Nº 576, DE 1999 PARECER REFORMULADO COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, MEIO AMBIENTE E MINORIAS PROJETO DE LEI Nº 576, DE 1999 PARECER REFORMULADO Proíbe a instalação de aquecedores a gás no interior de banheiros. Autor: Deputado Simão Sessim

Leia mais

FACULDADE REDENTOR CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU EM, AUDITORIA, PERÍCIA E GESTÃO AMBIENTAL

FACULDADE REDENTOR CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU EM, AUDITORIA, PERÍCIA E GESTÃO AMBIENTAL FACULDADE REDENTOR CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU EM, AUDITORIA, PERÍCIA E GESTÃO AMBIENTAL CEMITÉRIO: DA TRADIÇÃO CULTURAL AO ECOLÓGICAMENTE CORRETO. Robson Ferraz e Silva Ponte Nova, 2012 Robson Ferraz

Leia mais

GUIA DE ESTÁGIO CURSOS TECNOLÓGICOS

GUIA DE ESTÁGIO CURSOS TECNOLÓGICOS GUIA DE ESTÁGIO CURSOS TECNOLÓGICOS 1 SUMÁRIO 3 INTRODUÇÃO 4 DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA PARA REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO 6 RESCISÃO DO CONTRATO DE ESTÁGIO 7 CONCLUSÃO DE CURSO 7 RELATÓRIO TÉCNICO 8 AVALIAÇÃO DE

Leia mais

Resolução CONAMA nº 07, de 31 de agosto de 1993. (Publicação - Diário Oficial da União 31/12/1993)

Resolução CONAMA nº 07, de 31 de agosto de 1993. (Publicação - Diário Oficial da União 31/12/1993) Resolução CONAMA nº 07, de 31 de agosto de 1993. (Publicação - Diário Oficial da União 31/12/1993) O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, no uso das atribuições previstas na Lei nº 6.938, de 31

Leia mais