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2 A presente obra encontra-se licenciada sob a licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Unported. Para visualizar uma cópia da licença, visite ou mande uma carta para: Creative Commons, 171 Second Street, Suite 300, San Francisco, California, 94105, USA. Você tem a liberdade de: Compartilhar copiar, distribuir e transmitir a obra. Remixar criar obras derivadas. Sob as seguintes condições: Atribuição Você deve creditar a obra da forma especificada pelo autor ou licenciante (mas não de maneira que sugira que estes concedem qualquer aval a você ou ao seu uso da obra). Uso não-comercial Você não pode usar esta obra para fins comerciais. Compartilhamento pela mesma licença Se você alterar, transformar ou criar em cima desta obra, você poderá distribuir a obra resultante apenas sob a mesma licença, ou sob uma licença similar à presente. Considerando que alguns dos artigos aqui publicados não são exclusivos da CyanZine, tendo sido incorporados a partir do site de seus respectivos autores, por vezes a licença do CyanZine se torna ainda mais restritiva do que a original (mas nunca menos restritiva). Portanto, convém visitar a publicação diretamente para o caso de se precisar de uma licença mais flexível do que esta.

3 Chegamos à terceira edição do CyanZine, uma proposta diferente que coleta textos sob licenças livres e os agrupa em uma publicação. Complementarmente, distribuí-do no formato epub e, alternativamente, TXT e PDF, além dos próprios fontes em ODF. Ou seja, se quiser criar algo parecido, você tem acesso aos fontes! (tudo bem que o leiaute é simplista). A maior novidade do Technomyrmex Kraepelini não está no CyanZine, mas no CyanCD, que agora é CyanPack! Algumas páginas à frente a gente fala sobre isso... No CyanZine, além de artigos meus, do Trezentos (o que seria do CyanZine sem ele?) e do Saindo da Matrix, esta edição traz artigos de Aurélio.Net, Monte Gasppa, Infowester e HomemBit. Voltando aos formatos, a partir desta edição a distribuição em texto plano do CyanZine vai trazer também as edições anteriores. O TXT vai ser um compactado agrupando todas as edições já publicadas em TXT. O mundo digital está forte nesta edição. O Cordel Digital anuncia a mudança dos tempos, enquanto o Jomar tem um ótimo artigo, que eu não tinha como ter deixado de publicar aqui. Vale muito a pena ler Software Livre não nasce em árvores: Do colonialismo ao extrativismo digital. Quem tiver artigos legais (ou encontrar artigos legais) sob licença CCBy-NC-SA, me avisa! Foto: Fishing Harriman State Park, por ScubaBear68.

4 Technomyrmex Kraepelini O CyanCD é um projeto antigo e agora resolvi dar um passo adiante nele. Tudo começou quando não encontrei os fontes do MacPup. Então pensei que seria uma boa usar uma versão reduzida do Trisquel. Uma que coubesse no CD. Para quem não conhece, Trisquel é um sistema operacional totalmente livre baseado em GNU/Linux, derivado do Ubuntu. É um dos poucos que são recomendados pela Free Software Foundation. Eu utilizo Trisquel há mais de um ano como meu Sistema Operacional principal. Tentei então customizar o Trisquel para que coubesse junto com os softwares livres para Windows, que vêm no CyanCD. Estava difícil e terminei mudando de ideia. Já não estava legal agora que comecei a disponibilizar também os fontes dos softwares, ter que mantê-los em um pacote separado, então por que não juntar tudo em um DVD? CyanCD viraria CyanDVD, mas aí veio outra ideia: breve começarei a vender mídias gravadas para quem quiser contribuir com o projeto. E por que não o CyanCD/DVD num pendrive? E o CyanCD? Não era bom simplesmente descontinuar... E se algum dia eu mudo pra outra mídia? Mudar o nome do projeto de novo? Por isso, resolvi adotar o novo nome CyanPack. O CyanPack DVD vai ser a principal forma de distribuição do CyanPack e vai incluir mais ou menos os mesmos softwares livres para Windows que incluía antes. A maior diferença é que vai trazer também já no DVD os fontes de todos esses programas, bem como o Trisquel, para uso e instalação. Assim, o CyanPack se torna uma mídia ainda mais interessante para installfests do que já era. O CyanPack CD trará só os softwares livres para Windows. Não acho que compense manter um live no CD também. O CyanPack Flash só aparecerá futuramente, num pendrive de 4G. Breve estarão à venda DVDs do CyanPack a partir do meu site

5 E depois de um tempo, o CyanPack Flash. Espero que gostem das novidades! :-)

6 Eventos, Promoções e Encurtadores Nos dias 27 e 28 de maio últimos tivemos o I Encontro de Software e Cultura Livres de Arapiraca. Foi difícil arrumar patrocínio o suficiente para o evento e por isso terminamos fazendo do evento um evento pago. Cobramos um valor simbólico na entrada e terminamos conseguindo fechar a conta bem. O I ESCLA tinha como principais atrações Aurélio Heckert e Sergio Amadeu. Infelizmente, o Sergio não pôde comparecer devido a um compromisso surgido em cima da hora em sua universidade. Aurélio veio e contribuiu com o evento. Infelizmente, o público não foi tanto quanto esperávamos. Enquanto tivemos uma ótima participação do IFAL, recebendo até gente de Aracaju, os alunos da UFAL, local onde se realizou o evento, simplesmente não compareceram, o que foi uma pena: as palestras e discussões foram muito boas. Agradeço a toda a equipe, em especial a Adrylan, da Oficina Livre, ao Aurélio, Eraldo Guerra, Eduardo, enfim, todo mundo que contribuiu com e evento. A promoção Cordel Digital terminou e o vencedor foi Handerson Sales, que ganhou um leitor de livros digitais. Outras promoções virão no futuro. Já a promoção Warning Zone continua. Confiram como participar: A piada de primeiro de abril sobre o Humanoid terminou virando uma camisa, que você pode adquirir para ajudar o GUSLA (Grupo de Usuários de Software Livre de Arapiraca) aqui: Notaram os links? É, uma outra novidade é o novo atalho para o meu site pessoal: Tem alguns outros atalhos mais específicos, como e Outra novidade

7 interessante, nesse ponto, é o encurtador de URLs X-Bardo. Você pode utilizá-lo em A UFAL está em greve, junto com mais de 40 outras universidade. O governo quer congelar o incentivo a qualificação nos salários de todos os técnicos administrativos das Universidades Federais e cortar todo o incentivo de quem ainda não recebe. A greve está acontecendo para garantir que direitos que já havíamos conquistado no decorrer dos anos não sejam sumariamente esquecidos. É MinC, é Planejamento e sinceramente não sei onde está a tal da Continuidade prometida pela presidenta. Afinal, pouquíssimos votaram nela. Quem votou 13 na última eleição, quase invariavelmente votou foi na continuidade.

8 Cordel Digital 9 de maio de 2011 Por Cárlisson Galdino Meus amigos, com licença Vou falar da realidade Desses dias de hoje em dia Do que fez a humanidade Desbravando com bravura A mata da Literatura Veja quanta novidade Houve um tempo muito antigo Que poeta tinha ideia De escrever histórias longas Fosse o leão da Nemeia Odisseu e suas dores Ou grandes navegadores Era a tal da epopeia Elas eram poesias Enormes de se cantar Descrevendo uma história Que tentavam registrar Era, eu sei o que digo,

9 Um costume mais antigo Que se possa imaginar Foi assim com o Homero Que dos deuses recebeu Dom sublime lá na Grécia E desse jeito escreveu Versos que são ouro e joia Narrando a Guerra de Troia E a jornada de Odisseu Depois, entre os portugueses Como em outras nações Ressurgiu num certo dia Outro poeta dos bons Feito pra narrar o drama No mar, de Vasco da Gama Era Luis Vas de Camões Desse modo, todo povo Viu poeta inteligente Talentoso e inspirado Falando pra toda gente Grandes fatos dos que viu E assim, cá no Brasil Não ia ser diferente

10 No Brasil, esse trabalho Coerente e genial De romancear em versos Tem lugar especial No Nordeste da nação Vivo em uma tradição Trazida de Portugal Falando muitas verdades Contra rei e coronel Ou fazendo o povo rir Só de pegar no papel Há livros que são achados Em um cordão pendurados Levam nome de cordel São livretos bem pequenos Mas grandes em seu talento Trazendo pra nós notícias Ou um bom divertimento Pequenos com poesia Pendurados, quem diria? Em feiras, no movimento Tem mulher que virou bicho Tem medroso e assombração Tem disputa de viola,

11 De goela e munição Tem relato corajoso Do inferno endoidando todo Quando chegou Lampião Você encontra pelas feiras Do Nordeste brasileiro Sempre muitas opções Versos narram por inteiro Dramas e atualidades Com mentiras ou verdades Sempre por pouco dinheiro Hoje já não há mais tanto Mas antigamente havia Pra vender esses cordeis Que são pura poesia Artista com emoção E uma viola na mão Narravam em cantoria Mas o tempo foi passando Tudo passa nessa vida E essa tradição da gente Tão antiga e tão bonita Com as gerações mudando Pouco a pouco foi minguando

12 Hoje está quase esquecida Hoje há poucos cantadores Pelas feiras do Nordeste Há poucos cordéis à venda A cultura poucos veste Mas buscando, é forçoso Achar um ou outro teimoso Que na tradição investe Hoje se acha por aí Os clássicos do cordel E uns que por muitos anos Escondidos num papel Criaram força de repente Resolveram finalmente Mostrar a cara pro céu E hoje a gente olha pro mundo O mundo está tão mudado Todos vivem na canseira Se matando por trocados Numa correria louca E a leitura, que era pouca Foi ficando mais de lado Com TV, rádio, Internet

13 Videogame, academia Celular, computador GPS, foi-se o dia De moleza na calçada E nessa vida estressada Quem tem tempo pra poesia? Em tudo botou o dedo Essa Tecnologia Disco já virou CD PC encolheu, quem diria? Aumentando a qualidade E hoje já é realidade O que o cinema previa Hoje todos têm acesso Ao que só teria o rei Todos têm cartão de crédito Celular, pelo que eu sei Cada um tem três o quatro Tevezona virou quadro Filme se tornou blue-ray E tudo foi progredindo Como era o natural E foram desencarnando Do mundo material

14 Nessa evolução danada Tão espiritualizada! Tudo agora é digital Ninguém precisa de disco Pra música simplesmente Converte pra MP3. Jogo ou video facilmente É só ter dispositivo Player ou PC. E com livro? Por que seria diferente? Amazon entrou na dança Lançando o tal do Kindle Depois a Apple com o ipad Que tanta gente acha lindo Sony, Samsung e outras mais Têm produtos quase iguais E muitos outros vem vindo São notebooks pequenos Por tablets conhecidos Pra navegar na Internet Ver uns videos divertidos Ver e conversar Agendar e calcular E também para ler livros

15 Ou são, mesmo parecidos, Aparelhos diferentes Feitos só para ler livros Com uma tela inteligente Para ler poesia ou crônica A tal da tinta eletrônica Pra ser bom de ler pra gente Pois, amigos, desse jeito O livro, que era papel Hoje está só na memória De um aparelho "do céu" Tanto livro e saber Vai num cartão SD Que a gente fica pinel E se hoje já há dicionário Romance, HQ, mangá Coletânea, manual De quase tudo já há Se tem lugar pra poesia Revista, jornal e guia O cordel não tem lugar? O cordel tem que viver É um marco dessa gente

16 Tem o seu lugar cativo No coração do vivente Do Nordeste brasileiro E assim do Brasil inteiro Talvez nem dele somente Poesia gigantesca É algo internacional Se aqui temos cordel Noutros cantos, tem igual Cada povo, com efeito Faz, na sua língua, seu jeito Essa tradição legal E se hoje todos falam Da tal globalização Por que não vir o cordel Dar sua parte da lição? Sair da feira do agreste Para entrar na Internet Qual no céu foi Lampião? É por isso, meus amigos - E não estranhem o fato Que o cordel tem o direito De ter a turbina a jato Que essa tecnologia

17 Oferece e a poesia Cabe num livro abstrato Hoje, nesses novos tempos Que mudam nosso normal Quando a vida é correria E o consumo é sem igual Tudo aos poucos é mudado Que fique aqui registrado O Cordel é Digital E se a mudança não para E se tudo se mistura Pra estar no mundo global Preservando a cultura Quem sabe se alguém não cria Disk-cachaça, e um dia Download de rapadura? Nessa era tão moderna Marcada, pelo que sei, Pelo compartilhamento Que todos podem ser reis Que a Arte humana tanto cresce Quando será que aparece Um repentista DJ?

18 E assim, meu caro amigo É chegado o momento De partir, já me vou indo Grato pelo acolhimento Até um outro cordel! Boa sorte pra quem leu E bons compartilhamentos!

19 A Nova Tribuna do Parlamento Cultural 23 de maio de 2011 Por Carlos Henrique Lá se vão quarenta anos em que, encantado com um tambor feito de lata de banha e papel de saco de cimento, meus sons primeiros iam me impulsionando ao enorme desafio de caminhar pelo mundo da cultura. Entender a arte por esse universo guardado em casos, reflexões, prazeres, fórmulas e rótulos tem sido motivo paralelo nos últimos dez anos para fugir da política do bom tom que a guerra dos civilizados nos impôs do alto da tribuna dos cultos. Transcender a vulgaridade dos gênios naturalmente é botar a mão à palmatória de um mundo absolutamente encaixotado que cria vulgarmente a sua própria memória. Nada feito com tanta imaginação, apenas boatos de língua filosófica que utilizam uma pedagogia, aonde ninguém chega a nenhuma conclusão. Como disse Machado de Assis, o discurso metafísico falado com determinada seriedade e altivez é quase um ofício para esses que ocupam a tribuna culta e usam um determinado vocabulário de época que pode perfeitamente ser empregado em qualquer batalha, em qualquer notícia diante dos olhos do universo da cultura. No entanto, é difícil engolir tamanha obscuridade, algumas são verdadeiras muralhas sagradas, tal a imagem fixada que um grande figurão, de forma miúda, mas heróica, vende via irmandades e associações. A obra de arte nas sociedades-cultas, dependendo de sua postura, ganha feições e discurso de uma espécie de comissão recheada de um indispensável ornamento que o idealista da nova civilização utiliza com suas fórmulas e traços, não dando assim, em nenhuma hipótese, a possibilidade de ser interrogado, pelo povo, sobre suas novas idéias. Tudo fica no campo do subentendido entre a anedota transversal e o contrabando intelectual. No Brasil, o povo não vive uma carência de idéias. A corte de colete e seu

20 limite arbitrário é que misteriosamente privilegiam determinado gênio a falar para as multidões sobre a sua emancipação protocolar, sobre o seu jeito particular sem que alguém possa interromper o seu discurso carregado de vulgaridades e de infinitas previsões premiadas. Então, o grande ilustre levanta-se contra a própria sociedade e, com seus repentes e determinada habilidade, parte para um exercício corporal e deita falação com suas locuções para justificar seu regime de guerra. Agora mesmo assistimos o Ministério da Cultura distribuindo caridades a um fórum próprio e absoluto que pode facilitar a imagem pública da atual gestão que, a meu ver, está politicamente puída. No sistema em que certa freguesia do Estado utiliza leis, costura relações para subir no andaime de um alpinismo individual, isso é um remédio bastante eficaz contra a febre perigosa de democracia cultural que o povo brasileiro experimentou nos últimos oito anos. Por isso foram convocados os que vivem de uma franqueza límpida em busca do jogo escancarado de rapapés de doer a alma. É que, em busca do sacramento dos aportes públicos, alguns entregam a alma a qualquer causa de quem está ocupando a condição papal. É claro que esse fenômeno na cultura não é responsabilidade apenas desses moços com tanto espírito público que têm como lei dizer sim imediatamente ao comando reluzente da coroa intelectual, oficial. Por isso, a razão é simplesmente abolida para que tal conduta possa aplicar um conceito científico em seu vocabulário. Assim, sem que ninguém perceba, os negócios da cultura vão se dando pelos caminhos do cinismo. O triste episódio, por exemplo, do maestro Minczuk em convocar músicos da escola européia após recente demissão em massa dos músicos da Orquestra Sinfônica Brasileira é literalmente um exemplo de mão inglesa que esse tipo de poder melindroso vem nos brindando. Esse dom de arrogância infinita do maestro guarda proporções imperceptíveis ao olho nu. Ele não é apenas um almofadinha atrevido e ambicioso, é também, mas não está aí o tom que sustenta o seu ar de benemérito forasteiro. Alguém tem que facilitar seus merecimentos para que ele aplique a fórmula que julga ser de grande utilidade ao homem universal. Villa Lobos já havia denunciado que as feições da cultura erudita no mundo viviam uma grave crise por conta da mitologia do que ele classificou como música papelório, celebralista, inaugurada no pós guerra

21 e que se tornou ornamento indispensável ao escrúpulo do novo comando que se erguia pelo mundo, uma ressignificação de singulares e duvidosos merecimentos. Todas essas questões são profundas e exigem uma investigação bastante criteriosa. Mas é bom que se diga que está longe a ideia de que, por trás dessa mitologia metafísica, há um fervoroso lunático. Não! As comissões que agraciam determinado gênio fazem parte de um movimento costurado, pensado e disciplinado para manipular, aplicar certa matéria que restrinja o espaço de comando, mas, sobretudo que discurse fórmulas consagradas apenas às classes dominantes, recriando assim um novo charlatanismo. A arte, seja a conceitual, seja a estritamente técnica é prato fundo de mistificação. Nessa bacia de pouco raciocínio e muita doutrina é inútil o esforço por buscar uma frase original, alguma atitude própria, alguma aplicação de qualquer coisa que pareça progressista. Todo o universo dominado pelas classes endinheiradas, afinadas entre si, forma, com sua medusa ensaboada o mais perigoso complexo de obscuridades sintéticas para jogar a cultura no infinito das causas. Por isso o PT e os partidos de esquerda parecem tão perdidos nesse universo de agulha no palheiro. E assim, os poderes vão se articulando e os consensos sendo administrados pela corte. A partir de então, o valor científico eleito pela tribuna da alta cultura torna-se valor absoluto, seja ele do universo popular, seja do erudito. Qualquer um dos dois imporá valores absolutos via memória individual para que a memória coletiva seja sempre colocada numa condição radicalmente inferior. A isso podemos chamar de falso tempo quando o mesmo taco mistificador acerta qualquer opinião sem dar chances de ser contestada. As tintas que dão exuberância ao reinado cultural são muito bem arquitetadas com titularidades tanto em certa carreira acadêmica como nas manchetes mais explícitas na formação de opiniões públicas. Mas os prêmios trocados pelo misterioso corpo social é um dos principais braços mais fortes de toda a companhia dos cultos e letrados que não permitem transgressões a não ser as devidamente combinadas com o alto comando de um mercado apoiado pela pesada mão direita do mundo. A partir de agora a corporatocracia cultural transnacional seguirá a sua fusão pelo mundo, aonde todos os elementos eruditos e populares

22 dependerão de uma gestão que se encarregará, através de milionários recursos públicos, de produzir o sistema da indústria criativa que não é outra coisa que uma reengenharia do neoliberalismo cultural para o século XXI, o mesmo que está explícito, tanto nas atitudes da Ministra, Ana de Hollanda quanto nas do maestro Minczuk. Resta-nos, no entanto, adquirir uma atitude insubmissa, sobretudo disciplinada para não sermos esmagados pela cultura do Estado/mercado. Não podemos aceitar o modelo padrão que quer controlar as reações da sociedade dentro de uma redoma comportamental aonde nos impõe uma participação civilizada com o objetivo de pautar as críticas e conceder em conta-gotas a abertura de certos canais que não têm relevância para um fundamento amplo de democracia cultural. Agora, mais do que nunca, a comunicação comunitária e a diversidade de idéias nas várias instâncias da nossa interpretação multidisciplinar é que fortalecerão os pilares de uma situação política que faça com que os movimentos protagonizados pela sociedade conduzam e estabeleçam uma outra tônica contra a atual ideologia que apenas um pequeno número de comandos estratégicos se sobrepõe à vida coletiva do povo brasileiro.

23 Software livre não nasce em árvores: Do colonialismo ao extrativismo digital 26 de maio de 2011 Por Jomar Silva Sei que muita gente que conheço e admiro vai ficar irritada com este artigo, mas acredito que já atingimos um nível de maturidade suficiente na comunidade de software livre brasileira para que possamos encarar de frente nossos próprios fantasmas. Sei também que o artigo é longo, mas acho que vale a pena a leitura. Cedo ou tarde vamos precisar fazer a reflexão aqui proposta. Optei por escrever este artigo junto com um grupo de amigos experientes dentro da comunidade para evitar que ele seja classificado como sendo a opinião de uma única pessoa. Todos os amigos convidados já estão há bastante tempo na comunidade de software livre e todos eles já sentiram na pele os efeitos dos problemas aqui relatados. Optei por não listar seus nomes neste artigo, para que eles mesmo possam fazê-lo nos comentários. Depois de tantos anos militando e trabalhando com software livre, fico impressionado em ver como as pessoas comumente usam o termo a comunidade como se ela fosse uma empresa ou coisa parecida. Muitas vezes vejo as pessoas falando da comunidade como se não fossem parte dela, como se não tivessem nenhuma obrigação em relação à manutenção dos projetos desenvolvidos de forma comunitária. Muita gente entende que ser usuário de redes sociais organizadas em torno de projetos de software livre seja o mesmo que ser membro de fato da comunidade do projeto em questão, além de acreditar piamente que todos naquela comunidade estão mesmo interessados em trollagens e críticas despropositadas. Fazendo uma breve revisão do que aconteceu nos últimos anos na área de tecnologia no Brasil, vemos que nossa indústria de informática foi praticamente destruída no início dos anos 90, e passamos quase duas

24 décadas sendo meros consumidores de tecnologia da informação, do hardware ao software. É a isso que chamo de colonialismo digital, pois tal como na época do Brasil colônia, acabamos consumindo tudo aquilo que os colonizadores nos empurravam. Vale lembrar aqui, que durante o início do século XIX, o Brasil chegou a importar um navio de patins para patinação no gelo da Inglaterra, uma vez que estes produtos estavam entupindo os estoques ingleses e precisavam ser desovados em algum lugar. Os historiadores contam que nesta época, as lâminas dos patins acabaram sendo utilizadas como facas e facões e assim fomos levando a vida: dando o jeitinho brasileiro para cumprir com nosso papel de colônia. Durante quase vinte anos, fizemos a mesma coisa com produtos de tecnologia da informação e me lembro de ter presenciado algumas aberrações nesta época. De computadores que não suportavam o calor tropical brasileiro a softwares que invertiam completamente nossa lógica organizacional, vivemos décadas dando um jeitinho para as coisas funcionarem e não foram raros os casos em que tivemos que nos reorganizar para que pudéssemos utilizar as tecnologias ofertadas. Quem aí nunca encontrou um banco de dados armazenado dentro de uma planilha com milhares de linhas ou não viu uma reengenharia quase irracional acontecer na marra por conta do ERP da moda que atire a primeira pedra. Tamanha foi nossa aceitação do papel de colonizados, que no final da década de 90 não era raro encontrar universidades que ao invés de lecionar Sistemas Operacionais, lecionavam Windows NT, ou trocavam Banco de Dados Relacionais por Oracle ou DB2 e por aí seguia a carruagem. Fui aluno em uma dessas (que aliás é uma universidade de renome e destaque em São Paulo). Me lembro que fui voto vencido quando fui debater este assunto com a coordenação do curso, pois para eles importava ensinar o que o mercado cobrava. Pior do que ser voto vencido entre os coordenadores e mestres do curso, foi ter sido voto vencido entre meus colegas de turma, pois a imensa maioria deles estava tão acostumada com o fato de ter tudo mastigado nas mãos, que não se importava em não dominar de fato a tecnologia ou entender o que acontecia debaixo do capô. Estavam mais preocupados em colocar no curriculum o que aprenderam na faculdade. Amém! Foi assim que formamos no Brasil centenas de milhares de profissionais

25 de TI que não passavam de usuários avançados de ferramentas de software desenvolvidas fora do Brasil. Hoje, uma parte considerável destes profissionais são gestores de TI em diversas empresas públicas e privadas, e isso explica o principal motivo da resistência que encontramos no nosso dia a dia ao Software Livre dentro das organizações: a zona de conforto é grande e a inércia gerada por ela é muito difícil de ser quebrada. É evidente que este modelo interessa às grandes empresas multinacionais de software, e confesso que hoje chego a achar graça das explicações dadas a eles sobre o modelo. Sempre que questionadas publicamente sobre este tema, vemos as empresas se defendendo com o argumento de que geram milhares de empregos diretos e indiretos no Brasil, e que fazem transferência de tecnologia à indústria local, principalmente através de seus parceiros e de projetos junto à universidades. O que vemos na prática é que a imensa maioria dos empregos diretos criados por estas empresas estão focados na área comercial e nas metas de curto prazo, e que os empregos técnicos costumam se concentrar em seus parceiros e solution providers, que evidentemente não têm acesso às informações detalhadas, e muito menos ao código fonte, dos produtos que suportam no mercado. A segurança e confiança por obscuridade é o que impera nesta seara. Quando olhamos o trabalho feito por elas junto às universidades, vemos novamente que o foco é sim formar cada vez mais usuários avançados de seus produtos, e conseguir com isso firmar a dependência tecnológica desde na base da cadeia alimentar na indústria de TI. É muito fácil comprovar isso quando vemos versões educacionais dos softwares comercializados por estas empresas serem distribuídos com água dentro das universidades. Encerrou o curso e tem um software completo desenvolvido: ótimo vamos lhe enviar a fatura em 3, 2, 1 É importante lembrar que este modus operandi não é exclusividade de uma única empresa, mas é de fato a prática de mercado de todas as multinacionais de TI (das mais fechadas e perseguidas por todos até a mais aberta e idolatrada pela maioria). Foi num cenário de total colonização tecnológica como o ilustrado acima que o Software Livre cresceu no Brasil, principalmente durante os

26 últimos 10 anos. Eu atribuo este crescimento à vontade gigantesca de conhecer tecnologia de verdade que alguns profissionais de TI no Brasil tinham, mas conforme o movimento foi crescendo, tenho a impressão de que estes profissionais cada vez mais são raros de se encontrar e o que vemos de fato hoje, é a busca pela substituição pura e simples de um software proprietário por um equivalente livre (e não quero entrar aqui na discussão filosófica por trás disso). Considero que seja fundamental termos no Brasil uma comunidade tão militante e ativa na publicidade e no suporte às soluções de software livre, mas infelizmente isso não é suficiente, pois deixamos de ser colonizados digitais e somos hoje extrativistas digitais. Não exagero em dizer que hoje o Brasil tem em números absolutos a maior comunidade de usuários de Software Livre do mundo, e olha que a TI ainda não chegou a tantos lares assim no Brasil, portanto temos ainda muito a crescer. O que me deixa muito chateado é constatar que ao mesmo tempo, temos uma comunidade de desenvolvedores de software livre quase inexistente (eu mesmo conto nos dedos das mãos os desenvolvedores de código fonte em projetos de software livre que conheço). A dita comunidade é a primeira a se manifestar e apontar defeitos nos muitos projetos que participam, mas na hora de enviar contribuições realmente significativas quase ninguém aparece. É por isso que afirmo que vivemos hoje o extrativismo digital: encontramos uma fonte aparentemente inesgotável de recursos e estamos usando e abusando dela, sem nos preocupar com a sua manutenção. Isso pode até nos dar uma sensação de liberdade e controle do próprio nariz bem confortável, mas não nos levará a lugar algum e pior do que isso, quando a fonte se esgotar (e sim, ela pode se esgotar um dia), voltaremos à nossa vidinha de colonizados, e seremos novamente saudosistas de uma era de ouro, tal como nossos amigos mais velhos hoje se lembram da reserva de mercado. O que quero com este artigo é forçar uma reflexão dentro da nossa comunidade, pois é evidente que software livre não nasce em árvores, e existem pessoas trabalhando muito escrevendo código fonte por trás dos softwares livres que utilizamos no dia a dia. Devo reconhecer porém, que somos muito ágeis e experientes em traduzir

27 estes softwares para nosso idioma, mas todos devem concordar comigo que isso é o mínimo do mínimo que podemos fazer. Lembre-se de que teremos alcançado o sucesso pleno quando a tradução for problema dos outros! Não consigo me contentar com isso e por isso peço a todos que façam uma séria reflexão: Quando foi a última vez que você contribuiu de verdade com um projeto de Software Livre? Rodando o mundo palestrando em eventos de software livre, esta é a diferença primordial que vejo entre outros países e o Brasil. Na maioria dos países, a meritocracia funciona de verdade e o reconhecimento vem na base de muito, mas muito código fonte contribuído para os projetos. Como já contei a diversos amigos, em muitos países fora do Brasil, para que você possa tomar uma cerveja com os líderes dos projetos de software livre, você provavelmente já trabalhou bastante construindo e depurando código com eles. Acho que é parte da cultura latina ser expansivo, mas não podemos deixar que nossa ânsia por fazer amigos acabe os deixando desviar tanto assim do nosso objetivo comum: Desenvolver de fato softwares livres que supram as necessidades de nosso mercado, que nos permitam dominar a tecnologia e que paguem nossas contas no final do mês. Quando analisamos a cadeia de valor na indústria de software livre no Brasil hoje, vemos que diversos nós da cadeia são remunerados, mas que ainda não encontramos uma forma concreta de remunerar de verdade o principal nó: O desenvolvedor. É muito fácil cair no discurso de que quem implementa, treina e suporta também desenvolve, mas na prática vemos o oposto disso. O que me consola é que este problema não é exclusividade nossa, e nos últimos meses tenho visto diversos projetos de software livre desenvolvidos internacionalmente passar por sérias dificuldades por conta do mesmo problema. Voltando ao Brasil, conheço ao menos um software livre desenvolvido aqui no Brasil e que é utilizado no país todo, além de ser suportado por centenas de empresas, mas que tem como desenvolvedores ativos apenas duas pessoas, sendo que uma delas (e talvez o desenvolvedor chave), não seja de forma alguma remunerado. Não vou dizer o nome do software

28 aqui para não ser deselegante com as pessoas envolvidas em seu ecossistema, mas garanto que pela descrição acima você já deve ter identificado alguns softwares como potenciais candidatos. Em uma recente discussão que tive com um dos pioneiros do Open Source mundial, ele me dizia que o modelo de subscrição nunca foi de fato compreendido pelo mercado, e concordo com ele que este modelo é o mínimo que podemos ter para garantir a manutenção dos projetos e de seus desenvolvedores. É mesmo uma pena ver que muita gente afirmar sem vergonha alguma que subscrição é licença disfarçada, e aqui incluo inúmeros colegas do movimento do software livre. Sinto lhes informar que não, não é, mas concordo que é muito fácil pensar assim quando seu contracheque chega no final de todo mês. Indo mais a fundo no problema, fico extremamente chateado em ver a falta de consciência de inúmeros gestores de empresas públicas e privadas que economizam centenas de milhões de reais por ano em licenças de software, mas que não investem sequer um centavo no desenvolvimento e manutenção de projetos de software livre que utilizam no seu dia a dia. Um exemplo gritante do que afirmo acima é o Libre Office (antigo OpenOffice ou BrOffice no Brasil), que possui atualmente centenas de milhares de cópias sendo utilizadas no país todo, economizando rios de dinheiro, e que têm no Brasil uma comunidade de desenvolvedores de verdade quase irrisória. O que me deixa muito mais chateado com isso, é que estes poucos heróis nacionais quase sempre levam uma vida de privações em prol da coletividade e tudo o que recebem de volta são tapinhas nas costas e nos últimos tempos ainda tem que aceitar calados, críticas injustas vindas de todas as partes. Não vou nem comentar aqui sobre a vida que levam os que decidem trabalhar com o desenvolvimento de padrões, mas posso afirmar que invejamos a vida dos desenvolvedores de software livre no Brasil. Não quero que este seja um artigo de lamentações, e por isso eu gostaria de deixar algumas sugestões para que possamos de fato aproveitar esta oportunidade que temos nas mãos e mudar de uma vez por toda a história da TI no nosso Brasil. Muitas das sugestões vão parecer óbvias e genéricas, mas acredite, nunca foram de fato implementadas: Empresas que utilizam softwares livres deveriam ter

29 desenvolvedores trabalhando no desenvolvimento destas soluções ou se não puderem ter estes desenvolvedores, que exijam que as empresas que lhes prestam serviços de suporte e treinamento em software livre tenham desenvolvedores ativos nos projetos, e que comprovem suas contribuições periodicamente. Esta prestação de contas aliás deveria ser pública. Universidades poderiam deixar de usar exemplos genéricos e trabalhos inventados pelos professores nas disciplinas de desenvolvimento de software e ter como meta a cada semestre otimizar um trecho de código fonte existente ou implementar uma melhoria ou nova funcionalidade em um software livre existente. O mesmo vale para outras disciplinas como marketing e design. Uma simples mudança da atitude como esta daria aos envolvidos uma experiência prática no mundo real com projetos concretos, ao mesmo tempo que lhes permitiria alcançar os mesmos objetivos didáticos (já imaginou onde chegaríamos com isso?). Já temos diversas leis, decretos e instruções normativas no Brasil recomendando ou determinando a utilização de Software Livre e de Padrões Abertos em diversas esferas governamentais, mas infelizmente os órgãos de controle e fiscalização parecem desconhecê-las. Não consigo avaliar quem é o culpado por isso, mas sei que nós como sociedade temos o dever de cobrá-los, e talvez esteja aí a grande missão de todos os membros da comunidade que não podem contribuir de forma técnica com os projetos de software livre. Muita gente não tem conhecimento técnico para escrever código fonte e contribuir com os projetos, mas lembre-se que um software livre de sucesso não vive só de código fonte e por isso mesmo sempre existe algo não relacionado a código fonte que precisa ser feito. Se envolva de verdade com a comunidade de desenvolvedores dos softwares que você usa e por favor, contribua de forma concreta com seu desenvolvimento. Ajudar de verdade é atender a necessidade do outro e não a sua própria necessidade. A diferença entre o voluntariado e o voluntarismo é gigantesca, mas muito difícil de ser compreendida.

30 Não acredito em contos de fadas e também não acredito que um dia uma empresa estrangeira vai decidir do dia para a noite que o Brasil é a bola da vez para concentrar aqui o seu desenvolvimento de software. Temos que conquistar isso, temos que fazê-lo do nosso jeito e temos sim potencial para reconstruir de verdade nossa indústria nacional de software e Tecnologia da Informação. O que não podemos fazer é ficar aqui sentados esperando o milagre acontecer, imaginando que estamos no caminho certo. Pequenas correções de rota podem sim nos levar a algum lugar completamente diferente e melhor do que o nosso destino atual. Caso você ou sua empresa queira contribuir com um projeto de software livre e não saiba como, me coloco à disposição para ajudar e orientar. Peço que reflitam sobre o seu papel na solução do problema aqui apresentado. Temos um elefante na sala e só não ver quem não quer. Aguardo ansiosamente os comentários e espero que possamos abrir este debate tão necessário nos dias de hoje.

31 Novo MinC Cinco meses de gestão, cinco meses de crise 28 de maio de 2011 Por Carlos Henrique Quando olhamos o panorama geral do MinC, percebemos que está sobrando fio pra todos os lados, nada liga a coisa nenhuma. Falaram tanto da existência de uma política voltada à atividade criadora, ao autor e, até agora, após cinco meses não foi fundado um único pensamento que corresponda às expectativas de exaltação deslumbrada que o MinC anunciou, de um resíduo que seja dessa filosofia de mercado. Tudo ficou no mundo da fábula com a tal secretaria da economia criativa que, a princípio, seria motor único das políticas do novo MinC. Por outro lado, como um exterminador, o Ministério da Cultura seguiu traumatizando a vida coletiva da cultura brasileira, esmagando a SID, a reforma da LDA, os Pontos de Cultura e o momento de convergência em que o povo brasileiro se encontrava com a sua mais profunda identidade. E então, não sabendo o que fazer com a nossa soberania fragmentada, o MinC seguiu discursando. Em cada discurso, uma crise. Em cada crise um frente de guerra explicitando a pobreza estrutural contida no cérebro dessa gestão. Na verdade o que vimos até então é uma obra novelística protagonizada pela ministra do alto de sua vitimização e alienação. A insatisfação geral com o MinC de Ana de Hollanda é explícita e a relação com a sociedade foi condenada ao esgotamento, além da imagem da ministra vir se tornando cada vez mais provisória, tanto que os Pontos de Cultura, apesar da aparente boa relação, já substituíram a ideia de dialogar com o ministério pelo diálogo com a Presidenta Dilma, já que o mesmo hoje caiu no descrédito. Ana de Hollanda com sua personalidade de vocabulário extremista transformou o Ministério da Cultura num espaço banal, limitado, com

32 desempenho pífio, mas, sobretudo, e o que é mais grave, buscando em diferentes técnicas, valorizar os princípios do capital, pior, copiando a organização a partir da lógica da gestão corporativa, a mesma que, ao longo de vinte anos, concentrou o território do financiamento via Lei Rouanet, levando-nos a uma falência conceitual sobre o papel do financiamento público via mecenato restituído. Na verdade, Ana de Hollanda representou a porta aberta para uma crise no governo Dilma, pois deu munição para as especulações típicas da mídia brasileira. Tudo em função da subordinação do MinC aos interesses do Ecad e as inúmeras citações ociosas de Ana sobre as razões porque defendia um cartel como sentenciado pelo Ministério da Justiça, além de duas CPIs que o mesmo enfrenta a partir de agora. Infelizmente hoje o MinC não apresenta uma única política de emergência para, de fato, se afastar da vulnerabilidade, apenas o mundo dos colegas, o que acabou criando uma barriga na crise que não consegue sequer produzir reação contrária tamanho o desânimo do mundo cultural quando se olha para o histórico do novo MinC. Hoje não há nada que nos permita pinçar para uma análise crítica em determinado ponto. A confusão é tanta que o MinC se transformou num bloco de multiplicação de problemas, o que consequentemente criou uma esquizofrenia irreversível porque as ações hoje não têm caráter de política pública e nem de política privada.o MinC depois de cinco meses é apenas um salve-se quem puder de palavrórios especulativos típicos da gestão neoliberal de cultura.

33 Seria ele o pai da teoria do consumo? 30 de maio de 2011 Por Ana Cláudia Bessa A nossa enorme economia produtiva exige que façamos do consumo nossa forma de vida, que tornemos a compra e uso de bens emrituais, que procuremos a nossa satisfaçãoespiritual, a satisfação do nosso ego, no consumo. Precisamos que as coisas sejam consumidas, destruídas, substituídas edescartadas a um ritmo cada vez maior. Victor Lebow, analista de vendas, em meados dos anos 50 Esta frase é muito interessante porque mostra como é o real ritmo do sistema consumista em que vivemos. Pelo qual somos envolvidos ou que nos deixamos envolver. Eu tinha escrito pouco neste post mas depois eu mesma fiquei refletindo sobre esta frase e me perguntei: será que essa é uma frase que os publicitários aprendem na escola? Ou que os projetistas ouvem em suas empresas? Poque essa frase explica tanta coisa! Explica porque o sistema nos incentiva a consumir. Hoje fui ao Banco e vi uma propaganda de um cartão FERRARI. Quer coisa mais inutil? Mas é vendida como algo EXCLUSIVO, importante, sem o qual não somos valorizados como merecemos. Merecer é a palavra do consumo. Nós MERECEMOS! E aí compramos, compramos, compramos. Essa frase explica porque os produtos querbram á toa e não duram nada! Eles não foram feitos para durar, oras! Explica também porque se criam produtos novos como os sabonetes que tiram cheiro natural da vagina, clareadores de axila, sapato com salto para crianças, enfim. coisas que criam necessidades de coisas que na

34 verdade, nunca precisamos. Criar necessidade. Este é um termo que em qualquer cursinho chulé de vendas, é fácil escutar. Eu vou colocar este Victor Lebow na boca do sapo!

35 Manifesto do Copyleft Público pela Livre Expressão 31 de maio de 2011 Por Alexandre Oliva Esta é uma proposta pessoal, submetida em resposta à consulta pública sobre a reforma da lei de direito autoral do Brasil. O copyright (termo doravante utilizado como sinônimo de direito autoral patrimonial) foi introduzido há 300 anos como adaptação de privilégios concedidos pela realeza (royalty) para fins de censura, e desde então vem privilegiando cartéis editoriais em detrimento da sociedade em geral e da classe artística profissional. Apesar de seu frequente uso como barreira à livre difusão de ideias, tem sido consolidado em tratados internacionais de adesão voluntária e, nas últimas décadas, imposições por meio de ameaças de sanções comerciais. Proponho uma alternativa que, sem ferir as exigências assim impostas, restaura plenamente a livre expressão, beneficiando ainda de outras formas tanto a sociedade em geral quanto a classe artística. É frequente o argumento de que a concessão de um poder exclusivo para copiar, distribuir, publicar e modificar obras é necessária para propiciar a artistas um meio de sustento através de seu trabalho artístico. Tal argumento não resiste à observação da prática, em que artistas transferem esse poder a intermediários e recebem uma fração ínfima dos rendimentos auferidos através dele, nem à lógica: antes da publicação de uma obra, seus artistas dispõem de acesso exclusivo e pleno controle de sua única cópia, e podem cobrar quanto desejarem de todos que a queiram, inclusive por meio de leilões públicos e compras coletivas. Uma vez que hajam recebido o valor que estipularam para a venda, faz-se desnecessário conceder-lhes o poder de impor restrições posteriores. Vale notar que reconhecimento de autoria e atribuição correta são uma

36 simples questão de respeito à verdade. Porém, como são frequentemente alcançados através de restrições impostas através de copyright, pode ser difícil imaginar como resolvê-las através de outros recursos jurídicos que tenham a ver com a verdade e a defesa da reputação e da honra, tais como direitos morais, direitos de imagem e reparação por danos morais e por falsidade ideológica. Uma caracterização mais adequada do privilégio restritivo denominado copyright é um incentivo à produção e publicação de novas obras, para que, após um (já não mais tão) curto período de privação (já não mais) voluntária da sociedade em geral dos direitos naturais de copiar, compartilhar e modificar, as obras se tornem contribuições para o domínio público, de modo que todos possam se beneficiar da reinstauração dos direitos naturais. Numa sociedade democrática, em que o poder emana do povo, pelo povo e para o povo, o incentivo deve ser um balanço entre os interesses do povo de manter seus direitos naturais sobre obras pré-existentes e de obter, mediante sacrifício temporário, novas obras sobre as quais esses direitos possam ser exercidos. O incentivo tem um custo para a sociedade, então, para que esse sacrifício faça sentido, é importante que dele resulte o benefício almejado. Ao longo de quase 3 séculos, acreditou-se que um incentivo monetário ou similar para artistas resultaria mais e melhores obras. Estudos científicos recentes a respeito de fatores motivacionais e produtividade econômica, porém, têm revelado algo surpreendente: embora tais incentivos possam levar a melhorias de produtividade para atividades mecânicas típicas de eras passadas, eles se mostram prejudiciais a atividades criativas! Ou seja, o sacrifício é não só desnecessário, é ativamente daninho A quantidade e a qualidade das obras é adicionalmente reduzida pois artistas são desmotivados pelas restrições à difusão das mensagens que pretendem levar ao público, à adaptação e reuso de obras pré-existentes e até pelas fórmulas de sucesso que artistas repetem, todas frequentemente impostas pelos intermediários que os exploram economicamente.

37 Somando-se ainda o custo imposto em última instância à sociedade pelos intermediários, as sociedades arrecadadoras, seus advogados, seus lobistas, suas medidas técnicas de vigilantismo e restrição e o crescente desvio de função dos serviços de telecomunicação e do poder repressivo do estado para policiamento de uma questão da esfera cível, o resultado para a sociedade é um custo que beira o intolerável e que lhe compra, ao invés de benefício, um malefício. Diante da conclusão lógica de que é necessário rever esse modelo prejudicial à única parte legítima na discussão a respeito da concessão desse privilégio, apresentam-se dificuldades, como a imposição internacional de copyright através da ameaça de sanções comerciais. A própria imposição já denuncia o caráter maléfico dessas medidas: fossem benéficas, seriam de adesão voluntária. Outras dificuldades podem derivar de uma interpretação limitada e contraditória de preceitos da declaração universal dos direitos humanos e das leis de diversos países democráticos. Enquanto defendem as liberdades de expressão e de comunicação e difusão de ideias, parecem se contradizer afirmando o direito exclusivo de autores sobre suas obras e interesses morais e materiais que delas resultem. Pretendo mostrar que a contradição é apenas aparente, e há pelo menos uma forma de contemplar, a um só tempo, as liberdades e a exclusividade, sem contrariar as normas impostas internacionalmente Como já discutido, artistas podem garantir, independentemente de copyright, que ninguém mais tenha acesso ou lucro a partir de sua obra sem sua permissão, simplesmente abstendo-se de distribuí-la. Isso é suficiente para satisfazer os direitos humanos e as exigências internacionais para leis de copyright, mas copyright vai bem além disso, dando poder aos autores para impedir a livre comunicação e disseminação de ideias como as expressaram, através do poder do copyright para proibir distribuição, e de impedir a livre expressão baseada em sua expressão, através dos poderes do copyright para proibir modificação e distribuição. Os poderes exclusivos do copyright são um tipo de regra restritiva à publicação de obras, pelos quais a sociedade indiretamente proíbe

38 expressão, comunicação e disseminação de ideias, quando aqueles que recebam esses poderes o usem para esses fins. Apesar de normas internacionais exigirem que esses poderes sejam concedidos a autores, nada impede que a sociedade estabeleça outras restrições. É exatamente essa possibilidade que permitiria à sociedade introduzir um sistema mais justo: quando autores insistissem em censurar expressões baseadas nas suas e comunicação e disseminação de ideias como por eles expressas, a sociedade lhes poderia negar permissão para distribuir suas expressões, mais ou menos como desenvolvedores de Software Livre frequentemente usam licenças copyleft para assegurar que suas obras e versões delas derivadas permaneçam Livres para todos os usuários. Assim como o copyleft faz ao Software Livre, esta abordagem encorajaria a renúncia a esses poderes restritivos, para que ninguém jamais seja impedido de melhorar ou compartilhar expressões de ideias em seu poder. Mas a sociedade pode fazer melhor que censurar reciprocamente, determinando em vez disso que a distribuição conceda uma licença implícita, cancelando os poderes de censura do copyright, algo que o copyleft, baseado no copyright atual, não pode fazer. Como toda obra é, em última instância, baseada no rossio cultural compartilhado por toda a sociedade, o domínio público, esta proposta pode ser entendida como um copyleft público, ou copyleft sobre o domínio público: a sociedade exige, como condição para distribuição de uma obra derivada do domínio público, que ela seja distribuída de maneira compatível com as liberdades de expressão, de comunicação e disseminação de ideias. Sob copyleft público, qualquer obra publicada por seu autor, ou com sua autorização, passa a ser livre expressão. Artistas que prefiram que suas obras não se tornem livre expressão podem preservar sua exclusividade, mantendo-as sob seu estrito controle, colhendo assim todos os frutos disso resultantes, ou a ausência deles. Proponho, portanto, a inclusão dos seguintes termos nas leis de copyright ou direito autoral: Considerando que cabe ao titular de uma obra o direito exclusivo de

39 distribuir (incluindo publicar e transmitir) suas obras, bem como de copiá-las, modificá-las e conceder licenças para todas essas atividades; Considerando que uma obra cuja modificação e distribuição seja restrita fere as liberdades de expressão e comunicação, respectivamente; Considerando que obras são frequentemente distribuídas sob restrições jurídicas e técnicas, ou em formas diferentes das originais usadas para prepará-las, que seriam mais adequadas para melhorá-las; A distribuição de obra pelo titular ou com sua autorização implicitamente confere tal licença ao público em geral, em caráter perpétuo e irrevogável. O distribuidor de uma obra fica proibido de negar a outros os meios e permissões necessários para o gozo dessas liberdades. Distribuidores de uma obra têm o dever de fornecer, juntamente com a obra ou quando solicitado por quem a tenha recebido, informação e formas alternativas originais da obra, conforme necessário para tornar as liberdades aproveitáveis na prática. Copyright 2011 Alexandre Oliva Esta obra está licenciada sob a Licença Creative Commons CC BY-SA (Attribution ShareAlike, ou Atribuição e Compartilhamento pela mesma licença) 3.0 Unported. Para ver uma cópia dessa licença, visite ou envie uma carta ao Creative Commons, 444 Castro Street, Suite 900, Mountain View, California, 94041, USA. Cópia literal, distribuição e publicação da íntegra deste artigo são também permitidas em qualquer meio, em todo o mundo, desde que sejam preservadas a nota de copyright, a URL oficial do documento e esta nota de permissão.

40 O Discurso da Rainha do ECAD, Ana II 1 de junho de 2011 Por Carlos Henrique A autonomia se impõe quando o criador consegue viver de sua própria criação. E o fundamento objetivo dessa autonomia que se conquista está, evidentemente, no direito autoral. Na afirmação social do trabalhador criativo, quando se estabelece o direito de propriedade sobre o que ele faz, sobre o que lhe é próprio. Segundo os estudiosos do assunto, esta conquista está relacionada com a invenção da imprensa. Foi no processo da expansão do comércio de livros que surgiu a necessidade de se criar um sistema de proteção da obra e de seu autor. E o marco, nesse caminho, está no Estatuto da rainha Ana, de 1710, primeira lei que realmente assegurou e garantiu os direitos autorais. (Rainha do Ecad Ana II, 31 de maio de 2011).. Filosofia de mercado e história de impérios. Não, não é nenhum livro de autoajuda desses que são best sellers nas editoras, esta é a receita dada ontem pela nossa guru maior da cultura, numa lição de como servir ao poder da indústria e ainda nos sentirmos gratos por tamanha subserviência. Nesta oportunidade não vai nenhuma crítica ao elevado senso de responsabilidade com a cultura do Brasil demonstrado pela Ministra Ana de Hollanda. Ana abre o seminário mapeando a história do direito autoral. Sensível como só, ela faz um turismo no século XVIII e reboca para a história atual, a primeira rainha do Ecad, a Rainha Ana, e, carnavalescamente desfila para o público sua relação com a tradição imperial. Não é chique ter um símbolo nacional da nossa cultura dando conselhos de soberania do autor e falando em nome da corte do século XVIII, mesmo debaixo do coturno do Ecad? Se nas frases históricas da Ministra não há qualquer realidade social, a otimista mandatária da nossa cultura trabalhou dentro de um tempo livre para possibilitar que todos reconheçam o direito de transgressão do cartel

41 do Ecad e, assim nos provar que essa é a grande virtude do direito autoral no Brasil. O que podemos fazer diante de uma ética que tem genéticas entre Ana s como propôs a determinada Ministra? Ana de Hollanda exige e ensina com convicção como a história possibilita um mundo de benefícios a forasteiros explícitos como o bando do Ecad. Falar e falar em prol do Ecad, esta é concretamente a política que a Ministra Ana de Hollanda respeita. Repetir e repetir palavras ao vento em nome de um mal ensaiado discurso que combina a filosofia disponível no buteco da esquina com as leituras feitas em pousadas e hotéis-fazenda que exploram a história os ciclos econômicos comandados pelo império. Sinceramente, poucas vezes na minha vida vi um discurso tão professoral quanto o de Ana de Hollanda. E digo mais, na prática docente esse discurso é um saber indispensável sobre a pura fala de como resistir às experiências da sociedade e acomodar um ministério apenas ao caminho ditado pelos grandes grupos econômicos. Ana II do Ecad fez um discurso cheio de fatalidades e, sem o menor constrangimento ou vergonha, impôs condição ao que chama de competência do autor, desnudando-se assim de qualquer sentido ético que o cargo de Ministra da Cultura lhe exige. O pseudo nacionalismo da Ministra com tanta generosidade com as multinacionais dos EUA lhe dá o direito de concorrer à vaga de Ministra da generosidade americanista. Se alguns ainda tinham dúvidas de que a Ministra discursa para um pequeno grupo de bem-aventurados lobistas, ficou claro ontem que a cultura do Brasil feita pelo cidadão nos lugares mais distantes deste país é hoje no MinC uma cultura anti-cidadã e, como tal, merece um tratamento desigual. A Ministra quer mesmo saber da federação do dinheiro, do comércio, do lucro, do neoliberalismo e do modelo hegemônico planejado pelas transnacionais e seus corporatocratas. Não sei o que vem por aí no espaço da cultura do Brasil. Ana sonha com um desenvolvimento hegemônico e com o florescimento de certo número de medalhões de mercado e de relações sociais restritas. Ela quer que a nossa moeda cultural seja dependente do mercado globalizado e que nesta relação nós brasileiros e nossa cultura façamos parte do mundo pobre para fortalecer as dinastias da infraestrutura de captação das grandes multinacionais americanas, sobretudo.

42 Se ela funda relações assimétricas, se seu modo é agressivo contra a cultura livre deste país, ela agora se escora numa espécie de obediência a uma ALCA multidisciplinar e atemporal. É um momento trágico para a cultura brasileira, não há outra definição. Ana de Hollanda quer esvaziar o ministério da participação social e redefinir como função característica do novo MinC um braço institucional a serviço do apetite das empresas transnacionais. Na verdade, Ana sonha para os autores brasileiros com a pobreza incluída. Este é o conselho que ela dá ao criador para que ele se torne verdadeiramente útil.

43 Antonio Grassi O Rei dos Reis 3 de junho de 2011 Por Carlos Henrique Texto censurado por Leonardo Brant Cultura e Mercado em troca de benefícios diretos do MinC de Ana e Grassi. É este o jogo que está sendo jogado entre o MinC e o C&M. ( Carlos Henrique Machado Freitas). É uma ação que permeará de forma absolutamente transversal às várias áreas de governo e com a sua experiência, com o trânsito que adquiriu, Antonio Grassi agrega algo de novo que se somará ao esforço daqueles que já estão ao nosso lado. (Aécio Neves na posse de Antonio Grassi em seu governo) O PRINCÍPIO ATIVO DA DESORDEM NO NOVO MINC É difícil descrever certas pessoas sob o ponto de vista político. Algumas guardam uma aura particular em determinada forma, porém a linguagem individual quase como um idioma que singulariza o triunfo de Antonio Grassi nos exige enxergar o xadrez político dentro da cultura com uma abrangência mais complexa. Na semana passada, saiu da toca com velocidade e expansão impressionantes a memória de que Antonio Grassi, logo após ser exonerado da Funarte no governo Lula, transformou-se em um dos homens de confiança de Aécio Neves no governo de Minas durante quatro anos. Alguma novidade? Não, mas está claro que ele é o capitão da batata quente e que Ana de Hollanda é só um instrumento. Este fato tornou-se explosivo justamente porque o coração do ministério de Ana de Hollanda é simplesmente o próprio Grassi. E se eles, Ana e Grassi, nesse curto tempo nos apresentaram em sua sexta de flores um arsenal de guerra com uma incrível capacidade destrutiva trazendo uma ideia organizada de punir as políticas sociais e os avanços da cultura digital que marcaram o Ministério da Cultura na era Lula. Os desmandos dos dois com a revelação de uma preciosa biografia recente de

44 Grassi como parte dos planos estratégicos de Aécio Neves fizeram o twitter zunir com a mensagem: O verdadeiro Ministro da Cultura Antonio Grassi é tucano. Trabalhou com Aécio Neves PSDB por 4 anos em MG Logicamente esta notícia se transformou numa erupção de manifestos críticos a um tipo de posicionamento político que, da noite para o dia, conforme a combinação de seus interesses particulares, veste a camisa que mais lhe convier. Talvez o que tenha trazido maior insatisfação para essa espécie de traição partidária de Grassi, seja o fator econômico da cultura e o teor pioneiro de condenação à cultura digital, centro nervoso das aspirações do PSDB mineiro, em função do AI-5 Digital de Azeredo. É inegável o movimento, a campanha pedindo a imediata exoneração de Ana de Hollanda e Antonio Grassi, não só pela montanha de problemas que os dois criaram num curto espaço de tempo na nova paisagem do MinC, mas porque os dois se transformaram em símbolo de um Brasil provinciano, neocolonial, aonde a hegemonia singularizada pelas forças globais cria formas particulares dentro do espaço cultural de cada nação para fundar e construir uma federação de anti-homens e anti-cidadãos, tornando a cultura de todo um país e suas múltiplas manifestações subordinadas à verdade de um mundo em que, na realidade, o cidadão participa não com sua cidadania integral, mas apenas alcança nessa escala uma cidadania sub-nacional. A NOVA ORDEM ESTABELECIDA E SUAS VARIÁVEIS Esse modelo hegemônico que Antonio Grassi e Ana de Hollanda impõem ao PT e à cultura brasileira foi planejado dentro do PSDB, aonde Grassi foi um macroagente de uma política descrita pela perversa globalização cultural, sem dar condição de defesa a nenhum sistema alternativo. Sim, porque na verdade o que os dois intencionam, com esse festival de disparidades, é neutralizar o futuro da livre informação no Brasil. Mas a coisa não para por aí, o palavrório de uma nova metanarrativa, sobre a secretaria da economia criativa nem no plano teórico, o MinC de Grassi e Ana aponta uma direção. Tudo não passa de uma elaboração abstrata para deixar a população aglomerada em uma categoria classificada por eles de baixa-cultura, enquanto a história concreta que serve aos

45 grandes interesses hegemônicos ganha status de políticas de Estado. Infelizmente, o quadro político dentro do MinC só nos permite hoje analisar uma possibilidade. A de uma verdadeira revanche ou vingança de quem foi sacado do governo do PT e correu para o ninho do tucanato mineiro, comprou e edificou as políticas entreguistas da era FHC e sua privataria. Se a ideologia de Grassi é datada e tem prazo de validade, a minha e a de milhares de militantes não tem. Se Grassi serve ao reino do dinheiro das multinacionais, ele tem que saber que os militantes que ajudaram a escrever a histórica vitória de Dilma sobre Serra não servem ao mesmo reino. Muito mais que uma disputa partidária o que decidimos na última eleição foram as duas formas antagônicas de projeto de país. Venceu o projeto de Dilma Roussef que tinha o compromisso com a continuidade do governo Lula e com os princípios sociais que marcaram a histórica gestão de Gil e Juca na cultura, sobretudo no que refere à valorização da identidade e diversidade referendadas pelos Pontos de Cultura e pela Cultura Digital, que singularizam o novo movimento da sociedade brasileira. Perdeu o projeto de Serra que prometia nos remeter à era FHC, ou seja, a era do Estado servil ao mercado global. Grassi segue as ordens estabelecidas pelo PSDB, e não os princípios históricos do PT. As bases sociais que deram sustentação política a Lula, hoje no MinC estão sendo barbaramente destruídas por uma lógica que, se não tem finalidade política de fortalecer a candidatura de Aécio e o PSDB, tem em puxar o tapete da Presidenta Dilma e do PT. Antonio Grassi em suas entrevistas tem se colocado no ponto máximo da ribalta como o Rei dos Reis quando diz que está acima das críticas e que não está a serviço de um sistema ideológico. O que importa para ele é legitimar e sacralizar o mercado americano através da globalização cultural. Essa é a ciência econômica de Grassi para a cultura brasileira, assim como manda a cartilha histórica do neoliberalismo da era FHC. Discurso de posse de Antonio Grassi no governo de Aécio Neves Minas já mostra ao nosso país um outro olhar para as relações políticas e da gestão pública no nosso Brasil. Seguramente, Minas mais uma vez se

46 coloca na vanguarda da política nacional. O meu trabalho, a partir de hoje, tem como eixo os direitos dos cidadãos alinhavando ações com outros estados da Federação e isso eu posso afirmar que parte deste trabalho já nasce facilitado pelo reconhecimento nacional à excelência da gestão do Governo de Minas. Sobre os Direitos Autorais Um dos projetos que será coordenado por Grassi é a criação de um fórum de discussão sobre direito autoral e lei de patente. O governador Aécio Neves destacou que o surgimento de novas mídias tem ampliado a necessidade de um debate mais aprofundado sobre o assunto. Um dos desafios seria a criação do fórum de discussão sobre a questão do direito autoral e da lei de patente. Podemos aqui de Minas construir algo que reflita-se pelo país, mas denso, coordenado, com uma discussão profunda que enfrente essa questão, sobretudo agora com o surgimento dessas novas mídias, da internet, enfim, inovações que determinam, quase que nos obrigam a renovar e ampliar esse debate que já se estende (Agência de Minas). UM ESTRANHO NO NINHO DE QUEM? Dizer que Grassi reproduz dentro do PT a política cultural tucana, porque há pouco era um dos assessores de Aécio Neves, é grave, muito grave, mas não é tudo. A gestão atual do MinC atira para matar e só depois pergunta quem é. Fez isso com a SID (Secretaria de Identidade e Diversidade Cultural), com o CC (Creative Commons), com a consulta pública de 6 anos sobre as reformas da LDA (Lei do Direito Autoral), fora a destruição interna de toda infraestrutura do próprio MinC no que resulta num bate-cabeças cotidiano que está hoje generalizado dentro do MinC. Os pontos de cultura que já se transformaram num organismo vivo feito por milhões de brasileiros estão sendo destruídos por um ruído quase silencioso. Há uma tentativa de construir uma consciência lógica cheia de veneno para secar fio a fio todas as ligações polifônicas que caracterizam os Pontos de Cultura. O MinC de Ana de Hollanda e Antonio Grassi é uma sucessão de barbaridades e não se preocupa mais em criar biombos que disfarcem as suas aberrações. Se o horizonte do MinC é cada vez mais generoso com o

47 Ecad e com os empresários das multinacionais, por outro lado a sede de vingança de Grassi e Ana contra as políticas de Gil e Juca e, consequentemente do governo Lula, escancara o mais duro golpe que o neoliberalismo tucano poderia brindar um ministério do PT. É só pegar cada uma das ações que foram rapidamente destruídas por Ana e Grassi que chegaremos ao âmago político dessa questão. A privatização da cultura entregue nas mãos das multinacionais, a lógica do super lucro, o monopólio, o dumping, a censura, o AI-5 Digital, são ações que denunciam nesse universo a traição que hoje representa o Ministério da Cultura. A última ação-decreto de fazer a consulta pública da reforma da LDA através de é um inacreditável deboche à democracia brasileira. [após as críticas, recuaram e mudaram para este formulário, com dados fechados] O que mais falta para nos assombrar? Ana de Hollanda, em suas declarações hipócritas nos grandes jornais dá um espetáculo de dissimulação, tudo para manter sua posição servil à cultura neoliberal seguindo a cartilha tucana que Grassi trouxe debaixo do braço de sua adesão recente a Aécio Neves. A verdade é que nesta última semana o MinC virou um pega-pra-capar sem a preocupação com o fato de suas crises serem expostas em praça pública. Ana e Grassi correm desesperadamente contra algum relógio para salvar o Ecad e não se importam com os vazamentos de vexames como, por exemplo, o apoio institucional do MinC a um evento do Ecad, ficando nítido que ela é sim a ministra dos tubarões do Ecad, como não? Se nem ela faz questão de esconder. A última denúncia desse saco de gatos chamado Ecad para o qual Ana e Grassi estão a serviço, saiu no Globo desta segunda, 25 de abril. O GLOBO Ecad repassou quase R$ 130 mil para falsário Fica a pergunta à ministra sobre sua declaração no mesmo Globo, a crise no MinC foi fabricada? Foi sim Ministra, foi fabricada em Minas e mais precisamente pelo PSDB de Aécio Neves.

48 A Plenitude Hegemônica da Lei Rouanet 6 de junho de 2011 Por Carlos Henrique A Lei Rouanet volta à ribalta no debate do MinC. E nós, enquanto sociedade, discutimos se ela é ou não um corpo produtivo ou se tem dinâmica determinante para continuar sendo a mandatária das políticas públicas de Estado para o setor da cultura. Não! A única coisa que podemos afirmar nesse modelo Estado/empresa é que sua força centrífuga criou um sistema que determina como os macro-agentes do setor privado construirão suas novas relações com a sociedade, cada vez mais de cima para baixo. A Lei Rouanet criou um mundo pobre, dependente e de práticas limitadas, sobretudo nas relações assimétricas com o restante do mundo cultural. A longa e penosa caminhada de vinte anos desta lei expõe claramente que a infraestrutura baseada numa espécie de preparação para a unificação financeira, via modelo de renúncia fiscal, fez da própria lei a principal mercadoria de um comércio regional, concentrador que pode sim ser considerado um novo episódio de guerra destinado a fortalecer as classes dominantes através da cultura corporativa. O que há de singular nessa geografia cultural erguida pela Lei Rouanet são os novos e onerosos espaços que formam hoje um elenco com condições não só de realizar a pior das verticalidades, como também, em nome da grande força motora da economia cultural, potencializar apenas o indiscutível modelo que concentra um conjunto de produções burocráticas. Produções estas cujas características implicam num congelamento das verbas e transformam a cultura institucional brasileira num espaço banal de extensão continuada. O dito equipamento modernizado com pontos escolhidos pelas respectivas empresas criou um paralelo, uma personalidade da cultura capitalista limitada aos fatores dos próprios institutos e fundações empresariais, o que mostra o limite do discurso da cultura neoliberal,

49 sobretudo quando falamos de um universo onde o Estado precisa fortalecer os movimentos populares, principalmente os protagonizados pelas camadas mais pobres da população. Durante os quatro anos em que venho fazendo críticas à Lei Rouanet, algumas pessoas até bem intencionadas, quando eu pedia a extinção da lei, me perguntavam, o que eu colocaria no lugar. E minha resposta era: que lugar é esse? A Lei Rouanet criou um reino de artifícios, um presente para empresas patrocinadoras que nada têm a ver com o fator produção cultural. O que quero dizer é que não há virtudes no papel da lei diante da vida nacional. Não há um espaço de vivência, não há horizontalidade. O que há é apenas uma interdependência dos próprios agentes corporativos com as empresas. Daí em diante toda uma pedagogia necessária de truques, mitos e fatalidades são criados pela ideologia embutida no discurso neoliberal de cultura. Acontece que a Lei Rouanet deu início a uma espécie de fardão aos novos donos do mundo da cultura, por isso assistimos ao triunfalismo dos gestores corporativos que, a qualquer custo, se auto-proclamam senhores da terra, os únicos capazes de disciplinar a sociedade para o consumo do produto cultural. Isso naturalmente deixa o Estado brasileiro de joelhos, pois não há qualquer possibilidade de ampliação dos recursos que, sob o ponto de vista público, deveria ser utilizado em prol de uma luta legítima e ética que são as ações como o Programa Cultura Viva, pois os Pontos de Cultura que já apresentam um histórico absolutamente materializado trouxeram uma outra compreensão histórica de resistência orgânica contra o pensamento único da cultura globalizada. A grande questão é que o diagnóstico da política cultural brasileira nunca foi progressista, pois tanto o Estado quanto o mercado sempre foram eminentemente autoritários. A partir do governo Lula é que o Brasil teve uma política pública de cultura, uma nova consciência das nossas realidades. Sem dúvida, os pontos de cultura e a cultura digital trouxeram ao espaço físico e cultural não mais uma política opressora, mas uma política do oprimido. Não mais uma política de resignação que destrói o ser em seu cosmos natural, mas uma resistência que vem discutindo todo o complexo de um mundo que estava apenas na subjetividade e que ganhou corpo e musculatura para ser o novo motor das ações conjuntas entre Estado e sociedade.

50 Por isso é lamentável e até curioso que uma Ministra de Estado defenda um aporte de R$1,300 mil a um artista consagrado para a construção de um blog, como se o Estado tivesse que seguir a tabela do mercado. É esta confusão que, se não é ingênua é perversa, que resiste nos novos conteúdos do espaço público. Se a proporção fosse associada pura e simplesmente a uma ordem de origem e destino, ou seja, se somássemos todos os recursos públicos destinados à cultura e os dividíssemos de forma republicana e, consequentemente horizontal, constataríamos que seriam suficientes para a concretização de todos os nossos sonhos de democracia cultural.

51 Feudalismo Acadêmico 17 de junho de 2011 Por Ézyo Lamarca Não existe mais monarquia no Brasil, mas o títulos de nobreza foram substituídos por títulos acadêmicos! As alcunhas doutor ou mestre são os correspondentes contemporâneos aos anacrônicos barão, duque ou conde. Mais o sistema feudal se mantêm! E quem são os servos?! Alunos, mais particularmente os bolsistas! Afinal, são eles que trabalham nas terras dos novos senhores feudais. Esta não é uma crítica leviana à titulação, mas sim uma admoestação ao sistema presente na academia do país. Para aumentar seus não tão baixos salários, mestres e, principalmente, doutores são obrigados a atender cotas anuais de publicação de artigos. E todos sabem quem realmente os escreve na grande maioria dos casos E tem mais! Sabe aquela atitude coloca meu nome no trabalho que ocorre no ensino fundamental? Pois é! Também ocorre na academia! Nossos doutos pesquisadores estão muito bem posicionados no cenário mundial em termos de publicação, mas se olharmos os dados sobre patentes, países como China e Coréia do Sul, que nos anos de 1980 tinham os mesmos índices de aprovação de patentes que o Brasil, hoje deixam nosso país a ver navios! Calma, calma! Não vamos discutir patentes aqui, ok?! Um pesquisador português que tive oportunidade de ouvir num evento de ciência e tecnologia no final do ano passado afirmou que os acadêmicos são muitos bons numa coisa: gastar dinheiro! Por outro lado, ele complementou: são péssimos em gerar riqueza!. Essa é a visão da UE.

52 Em países desenvolvidos, a pesquisa científica está concentrada na indústria, não na academia. Talvez por isso eles sejam desenvolvidos Precisamos repensar urgentemente nosso sistema acadêmico de uma forma honesta e serena e deixar a fogueira de vaidades para trás, lá pelo Século XIX!

53 Cadastro positivo é realidade no Brasil 18 de junho de 2011 Por Rodrigo Veleda Com atraso, trago a notícia da aprovação do cadastro positivo no Brasil. No dia 9 de junho de 2011, a sra. Roussef sancionou a Lei /2011, que autoriza o funcionamento de cadastros positivos no Brasil. Ao contrário de cadastros negativos, que anotam apenas os não-pagamentos, servindo com uma certa forma de punição ao inadimplente, os cadastros positivos registram toda a movimentação financeira relevante à história creditícia da pessoa. Roussef vetou três artigos da lei: um que criava uma autorização vale-tudo, outro que impedia o cancelamento de dados enquanto houvesse algum tipo de relação comercial e outro que limitava o acesso gratuito aos dados a no máximo uma vez por trimestre. Agora, será que o medonho Mosaic Brasil será enquadrado na dita lei? Para quem não conhece o sistema, ele classifica as pessoas no Brasil entre [e]mpresários de grande sucesso das grandes cidades até [r]ibeirinhos da Amazônia, que, presumivelmente, deve ser a categoria menos interessante. E como eles fazem isso. Bem, deixemos eles responder: 6 Que tipos de dados o Mosaic reúne? De que forma foi construído? Para o desenvolvimento do Mosaic, foi utilizada a maior base de dados da América Latina sobre consumidores: o banco de dados da Serasa Experian; são mais de 400 variáveis em sua composição, que englobam desde informações de marketing e de consumo, perfil de comportamento de crédito, Censo, Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar (PNAD) até pesquisas de mercado e avaliação do comportamento do consumidor. Com todas essas informações disponíveis e a tecnologia de segmentação da Experian, formada por sofisticados modelos estatísticos e matemáticos, a base toda foi processada, e os indivíduos, classificados em 10 grupos e 39 segmentos. A etapa de interpretação e descrição dos segmentos contou, ainda, com um profundo processo de estudo e análises conduzidas por professores doutores da Universidade de São Paulo (USP).

54 Ora, mas os dados do censo anônimos e coisas do gênero? É importante lembrar que nos Estados Unidos, 87% das pessoas são re-identificáveis com os dados anônimos do censo. E qual a origem das informações de marketing e consumo? E mais importante, as pessoas dão autorização para serem classificadas como [m]aturidade difícil? Quem acessa esses dados? Que tipo de controle há sobre todo o processo? Evidentemente que estas questões não foram respondidas e a Serasa Experian, que, curiosamente, não disponibiliza nenhum meio de contato no seu site. Publicado no Não Sou Um Número.

55 O PT, O Novo MinC e o Sequestro do Pensamento Nacional 22 de junho de 2011 Por Carlos Henrique É difícil sonhar com a possibilidade de um futuro promissor para a cultura brasileira neste momento em que o MinC tem como concepção de políticas públicas de cultura a busca pelo mercado globalizado. Tudo indica que o pensamento, as reflexões críticas, o desenvolvimento intelectual e todo um acervo simbólico, estão condenados a viver numa terra regida pela bússola de uma indústria de manufaturados comuns que hoje engordam as estatísticas mágicas da teia especulativa que a Secretaria da Economia Criativa nos brinda com sua fábula de internacionalismo cultural. As perspectivas teóricas desse monumento SEC, não considera a própria dinâmica do ambiente cultural espontâneo no Brasil. Ao que parece, além do golpe tributário (Lei Rouanet), a cultura oficial do Brasil se divorciará de toda e qualquer forma de pensamento nutrida no seio da sociedade, e, mergulharemos no fundamentalismo do mercado a partir de técnicas implantadas no território nacional na busca por um sistema que compartimentação do espaço. O Brasil que é reconhecido no mundo pela sua diversidade, com a nova carta de intenções do MinC, deve abandonar a sua potencialidade multidisciplinar e mergulhar no reino do artifício sustentável via indústria cultural patrocinada integralmente pelos aportes públicos. QUEM GANHA E QUEM PERDE COM O RETROCESSO DO MINC Lógico que quem sairá perdendo é a sociedade brasileira como um todo, mas, sobretudo os mais jovens. Há hoje um consenso dentro do MinC de que a busca pela integração no sistema de globalização cultural é a grande tacada de mestre e, portanto, as políticas do MinC estarão de costas para as realidades brasileiras, e subjugadas a uma nova ordem cultual

56 mundializada pelo mercado. O que, na prática, o Ministério da Cultura está propondo é que entreguemos todo um cabedal de conhecimento construído durante cinco séculos de interfecundações e novas amálgamas espontâneas a um sistema de comercio global de bens culturais, não em beneficio do cidadão brasileiro, mas a serviço da nova indústria criativa integrada pelo sistema neoliberal. Lapidado, esse sistema limitará o número de pessoas, instituições e até empresas ligadas ao setor de negócios da cultura, como já acontece, ou seja, seguirá a própria lógica da globalização financeira. Mas, no Brasil isso se torna ainda mais perverso, pois contará com a o financiamento público, via Lei Rouanet. Um círculo acelerado de decadência econômica e intelectual, já que a lei em seus 20 anos de existência nos mostrou que tanto as contrapartidas econômicas quanto intelectuais, se comparadas com os investimentos públicos, são deficitárias e acumulam enormes prejuízos que são jogados diariamente na contas da sociedade. Todo esse raciocínio é anti-histórico. Se olharmos, por exemplo, para a Semana de Arte Moderna de 22, esta senda do mercado como mola propulsora da arte nem foi cogitada e, no entanto o nível de desenvolvimento de nossa cultural ganhou uma análise que possibilitou um extraordinário desenvolvimento que chega a quase um século. O Brasil tem na sua cultura o principal combinado de soberania, portanto, abandonar um projeto nacional em busca do eldorado comercial de comando internacional é renunciar ao nosso próprio histórico. AS POLITICAS DO MINC O PREÇO POLITICO QUE O PT PAGARÁ Nossas formas internas de integração sempre tiveram a cultura como a grande avalista. A globalização cultural que o MinC está importando da Europa, é um absurdo, em se tratando de um Ministério sob a responsabilidade do PT e dentro de um governo também do PT. Pois estamos em fase de transição nesta gestão no sentido de negarmos a cultura como cidadania integral e, com isso, nos rendendo à ira do mercado onde o conceito de protagonista crítico é rebaixado, quando muito, a um status de dócil consumidor de bens culturais. Neste caso, o MinC se apresenta não como o órgão oficial de fomento às reflexões

57 contemporâneas, mas ao gerenciamento do setor de serviços aonde é iniciada uma política de terceirizações e quarteirizações de feiras e outros eventos culturais, como é o caso, por exemplo, da Europália, um prato feito para os atravessadores corporativos que agenciam essa transfusão de recursos públicos para o setor privado. As elites brasileiras nunca quiseram saber de um projeto nacional de cultura, esse sempre foi um sonho dos intelectuais da esquerda brasileira. O comando do PT hoje, não tem coragem de defender a histórica bandeira do partido e, agora, finge que sanou a crise dentro do MinC, mesmo sabendo da estrondosa repercussão negativa dessa gestão. Com isso o PT vai perdendo musculatura política, e mesmo que esses números ainda não apareçam nas pesquisas de opinião o nítido sentimento de desencanto com o partido hoje como formulador de políticas públicas é sentido em todos os quadrantes da vida nacional. As elaborações de políticas hoje no MinC atendem apenas as forças do mercado e não mais as forças representativas da sociedade que sustentaram o governo Lula. O Brasil é um turbilhão efervescente de cultura que nitidamente o atual comando do MinC não se dá conta e nem tem interesse. Por isso está indo lá fora caçar borboletas. E essa efervescência que está na base da sociedade é que pode confluir com uma produção de idéias que estabelecerão um novo marco cultural no Brasil, assim como foi a semana de 22 comandada por Mário de Andrade. Mas o MinC tenta forçar um outro caminho, um caminho empacotado e dependente de um sistema global onde estamos pleiteando apenas a condição de elenco de apoio e não de protagonistas de um novo paradigma na geopolítica global.

58 O Flúor e o Controle das Massas 9 de junho de Resolvi ver um pouco de TV, no canal de músicas, só pra relaxar. Impossível. Me sinto como um alienígena diante de outra civilização. "Dopamina" Belinda Quero tomar o remédio ideal Que libera a minha dopamina Capaz de sentir que posso te esquecer Escapando de você apenas essa noite Foi uma desilusão amorosa Aproveite o dia sou a ressurreição de hoje A noite é uma anestesia ohoh Que me envolve e me dá uma amnésia ohoh Minha mente dá mil voltas ohoh Eu tenho que esquecer você hoje A noite é minha anestesia Eu não quero mais tragédias na minha vida Eu prefiro aceitar a solidão Quer ser a dama das Camélias E morrer de esquizofrenia

59 "Onde Estiver" NX Zero Aonde estiver, espero que esteja feliz, Encontre o seu caminho Guarde o que foi bom e jogue fora o que restou Tem horas que não dá pra esconder no olhar Como as coisas mudam e ficam pra trás O que era bom hoje não faz mais sentido Ainda teve um outro clipe, norte-americano, com o mesmo tema. Embora a letra do NX Zero traga uma mensagem mais madura, a abordagem é a mesma. Três ídolos de três países, e o mesmo tema. Sinais dos nossos tempos. Nos anos 80 a tendência era música de fossa, como "It must have been love" ou "Change of heart". Hoje vivemos a era dos "relacionamentos líquidos", e até "deuses líquidos". É a era do "fast food" ("food" como qualquer coisa de consumo, inclusive pessoas e religião). É a geração Prozac, mais peocupada em manter as aparências e parecer feliz do que realmente conquistar a felicidade. Agora você pode comprá-la, assim como se compra uma ereção com Viagra, uma noite de sono com Diazepan ou uma noite acordado com Red Bull. Nosso estilo de vida caminha tão rápido que até a carne nós "aprendemos" a comê-la crua, nos restaurantes. Modificamos nossos hábitos alimentares e paladar pra satisfazer uma linha de produção que precisa atender mais clientes em menos tempo - e economizar gás, e vender uma carne que parece maior do que seria se fosse adequadamente assada. Assim, o que era a carne mal-passada de outrora agora é o normal. Daqui a pouco a carne chegará coberta de sangue em nossos pratos, e acharemos isso super normal. Nas churrascarias já é assim. Come-se pratos gigantes e gordurosos no restaurante, e se pede um refrigerante "light" sem perceber a incongruência disso. E até mesmo esse refrigerante, que só é "light" porque substitui o açúcar por compostos cancerígenos (como o Aspartame), possui uma quantidade absurda de SAL (sódio), que provoca hipertensão (que provoca insônia, agitação, palpitações, etc). Tudo que comemos tem açúcar e sal. Até pão-doce tem um monte de sal! Vivemos entre o doce extremo e o salgado extremo, sem meio-tons. O que estamos consumindo em nossas vidas? O que está acontecendo com nosso

60 "paladar" para relacionamentos, família, amigos, comida, diversão? Será que isso acontece ao acaso, ao sabor dos acontecimentos? Dificilmente. O status quo sempre foi mantido entre as mais diversas gerações, e os Rockfeller sempre continuarão zelando pra que isso continue assim. Nos anos 60 os adolescentes se revoltaram com a sociedade, com as políticas de guerras, com a desigualdade... o que fizeram? Drogas neles. Os jovens estavam doidões demais pra fazer qualquer coisa efetiva pra mudar o quadro. Nos anos 80 tivemos a ascenção dos filhos desses hippies que, ao contrário dos pais, decidiram mudar o mundo de dentro do covil da besta, mas foram assimilados pelo sistema, numa competitividade infantil de PARECER ser o maior e melhor, estimulada pela cocaína. Agora procura-se liberar as drogas, com apoio de figuras de prestígio (2 ex-presidentes entre eles). Será um movimento surgido apenas da vontade dos usuários de curtir seu "beck"? Dificilmente. Hoje sabemos que 0,9% do PIB MUNDIAL é composto pela comercialização de drogas ilícitas. Países são dependentes delas pra sua conta "fechar" no final do mês. Os governos estão de olho gordo em cima desse dinheiro, e por isso tentam legalizar as drogas. Não se importam com o fato de que 10% do PIB mundial é GASTO com a dependência de drogas, como álcool, tabaco, anfetamina, cocaína, maconha, etc, pois não são os que lucram com isso que pagam a conta: é o povo com seus impostos. O dinheiro do lobby, da campanha ou da sustentação político/partidária, como é o caso da Venezuela, está garantido. Aqui no Brasil mesmo tivemos o relato da Abin de que o PT receberia 5 milhões de reais pra sua campanha de dinheiro das FARC (ou seja, dinheiro de drogas). Que repercussão isso teve? Nenhuma, assim como o fato de Equador e Venezuela abrigarem os terroristas das FARC nos seus territórios não pareceu sensibilizar ninguém na ONU. Mas as drogas são apenas uma parte do mecanismo de controle da sociedade. Pra poder empurrar suas idéias de forma mais efetiva, a indústria precisa de uma maioria esmagadora de pessoas simplistas e receptivas (os Homer Simpsons, no jargão do tio Bonner), e precisam garantir que isso se perpetue de uma geração pra outra. É preciso então um veículo que todas as pessoas consumam. E esse veículo é a água. E o que botar na água para que as pessoas se tornem mais dóceis e receptivas à manipulação? Algo que não levante suspeitas; algo que seja visto como benéfico, e imprescindível. A resposta é o flúor. O flúor é um gás halógeno, como o iodo e o cloro, extremamente volátil e altamente reativo, daí sua grande facilidade em se combinar a outros elementos. O flúor ingerido é rapidamente absorvido pela mucosa do estômago e do

61 intestino delgado. Sua via de eliminação são os rins, responsáveis por eliminarem 50% do flúor diariamente ingerido, e o que sobra tem que encontrar refúgio em alguma parte do corpo, que geralmente é junto ao cálcio de algum dos tecidos conjuntivos. Como os dentes e os ossos são os maiores reservatórios de cálcio, é para lá que o excesso de flúor tende a se dirigir, passando a deformá-los e a provocar o que cientificamente se conhece como fluorose. Disfunções renais, ao impedirem a perfeita eliminação do excesso de flúor, só fazem aumentar os riscos da fluorose. De acordo com cálculos divulgados em 1977 pelo National Academy of Sciences (NAS), um organismo que diariamente retém quantidades de flúor superiores a 2 mg, ao chegar aos 40 anos começa a apresentar problemas estruturais como artrite, escoliose, rugas, arteriosclerose etc, pois há uma forte interferência do flúor sobre a síntese do colágeno. Sob condições normais, só o colágeno dos ossos e dos dentes sofre o processo de mineralização, mas em conseqüência dos distúrbios causados pelo excesso do flúor, não só os ossos e dentes podem ser hipermineralizados, como também o colágeno dos tecidos conectivos da pele, cartilagem, tendões, ligamentos, provocando conseqüências das mais diversas, como: - Rugas na pele e quadros de arteriosclerose. - Calcificação das membranas interósseas da coluna, cotovelos, joelhos, ombros, etc, levando aos mais diversos quadros de artrite. - Excesso de rigidez/perda de flexibilidade óssea, aumentando a incidência das fraturas e diminuindo a capacidade de cicatrização dos ossos. - Fluorose dental, gerada pela deformação do esmalte. - Fluorose óssea, fluorose esquelética ou osteofluorose, que provoca a deformação da estrutura dos ossos. - Rompimento de tendões. Este conhecimento não é nada de novo, pois, em 1936, o Journal of the American Dental Association já alertava: É crescente o número de evidências sobre os efeitos da intoxicação crônica causada pela ingestão prolongada de pequenas quantidades de flúor... Os registros sobre toxicidade apontam o flúor, o chumbo e o arsênico como pertencentes a um grupo que intoxica a doses baixas. A ingestão de uma grande quantidade de flúor em um curto período de tempo pode ser letal, e é por isso que pastas de dente vêm com avisos pra não serem ingeridas.

62 Ainda assim, o Flúor é considerado medicamento pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Só que o limite entre o remédio e o veneno é muito tênue. Há dados de uma pesquisa na China que indicam que a exposição ao flúor pode reduzir a inteligência das crianças, ou seja, o flúor ainda por cima pode ser uma neurotoxina, como aquele gás que o Espantalho usou na cidade de Gotham, no filme Batman Begins. Estatísticas de um estudo realizado pelo Ministério da Saúde da Nova Zelândia indicam que nem pra combater a cárie o flúor na água tem servido. Justamente por ser um medicamento e com contra-indicações, vários países vetaram (ou nunca usaram!) flúor na água. Entre eles Alemanha, França, Bélgica, Finlândia, Dinamarca, China, Holanda e Japão. O flúor é mais tóxico que o chumbo, cuja quantidade na água potável não deve superar 0,4 partes por milhão (ppm). Mas segundo a Organização PanAmericana de saúde (vinculada à Organização Mundial de Saúde) a concentração ótima de flúor na água é de 1 ppm. No Brasil o nível do flúor costuma ser de 1,5 ppm. Nos Estados Unidos a concentração é de 4 ppm. Isso mesmo sabendo que, num estudo invitro com ameloblastos foi constatado que o flúor, nas concentrações de 1.9 a 3.8 ppm, inibiu o crescimento celular - e em doses mais altas provocaram até mesmo fragmentação do DNA! Então por que a classe médica resolve nos empurrar doses tão altas de um produto que JÁ está presente na natureza, que pode ser encontrado em vários produtos industrializados e que se acumula no organismo? "Nações que ainda praticam fluoretação de água deveriam envergonhar-se de si mesmas" (Dr. Arvid Carlsson, Nobel de medicina 2000) Uma razão possível é que o flúor é um tranquilizante, um narcótico. Em um relatório da Universidade da Flórida é dito: "Uma solução de 0,45 ppm de fluoreto de sódio é suficiente para fazer com que as reações sensoriais e mentais fiquem mais lentas". Uma sociedade de pessoas dóceis é facilmente controlável, e qualquer coisa que digam (como as desculpas do 11 de setembro, ou o enriquecimento do Palocci) são aceitas sem muito (ou nenhum) questionamento. Os nazistas foram os primeiros descobrir que usar o flúor na água acalmava os prisioneiros dos campos de concentração e tornava as mulheres estéreis. Esse conhecimento foi usado pelos russos e daí repassado para outras corporações através do cartel da IG Farben (quando a empresa foi extinta, no fim da 2ª guerra, os americanos e russos pegaram o máximo de patentes que puderam). O

63 fluoreto de sódio está contido em 25% dos maiores tranquilizantes, e um exemplo disso é que o acréscimo de flúor no tranqüilizante Diazepam (Valium) produz um tranqüilizante mais forte, o Rohypnol (Rupinol). Ambos são fabricados pela Roche, uma empresa que era da IG Farben. Quanto mais você investiga, maior a dimensão que a coisa vai tomando, e você vai percebendo o quanto a herança da 2ª guerra mundial (em especial o knowhow nazista) influencia até hoje nosso mundo. Seja nos elevadores, nos remédios, nas roupas, você se verá cercado por marcas que, a despeito do que fizeram no passado, continuam sendo líderes e influenciando no nosso modo de vida. "Aqueles que manipulam esse mecanismo invisível da sociedade constituem um governo invisível que é o verdadeiro poder dominante de nosso país... nossas mentes são moldadas, nossos gostos formados, nossas idéias sugeridas, em grande parte por homens de quem nós nunca ouvimos falar" (Edward Bernays) "O que o flúor tem a ver com o começo do post?", você me pergunta... eu também não sabia, mas confiei que de algum modo esses temas estão relacionados e (vejam só!) durante a pesquisa descobri que o Prozac é composto de fluoxetina, um anti-depressivo à base de flúor. Referência: Documentário "A farsa do flúor"; Veneno na torneira

64 Obsolescência Programada, você participa? 18 de maio de 2011 Por Aurelio Marinho Jargas Hoje de manhã fui ligar meu monitor e ele não funcionou. Tudo preto, luzes apagadas. Apertei o botão de novo e nada. Xi Conferi os cabos, o plugue, a tomada; tudo certo. Troquei o cabo de força por outro, nada. Não é que o coitado morreu mesmo? Eu gosto desse monitor, é um LG (L175S LCD 17 ) que comprei novo em 2005 e usei quase que diariamente desde então. Hoje mesmo o levei numa eletrônica aqui em Joinville e estou esperando eles me ligarem para dizer o orçamento. Atualização em 27/05/2011: O primeiro lugar que levei foi na Eletrônica Manchester, que é assistência técnica autorizada LG em Joinville. O diagnóstico foi o pior possível: queimou a fonte de alimentação e não há substituta, não tem conserto. Em outras palavras, declararam meu monitor morto. Não satisfeito, busquei uma segunda opinião e levei o monitor na InfoService, que fica ali perto. O técnico (Reinaldo) não só arrumou o monitor (que estou usando neste momento) como disse que era somente um problema de mau contato, e nem quis cobrar pelo serviço. Resumo: Manchester FAIL, InfoService WIN. Comentei sobre o assunto no twitter, e alguns amigos me disseram para eu comprar um monitor novo. Se o preço do conserto for muito caro, esta pode ser uma opção. Mas eu prefiro continuar usando o meu monitor antigo, pois ele supre minha necessidade, e felizmente eu não participo da frustrante corrida ao equipamento recém-lançado. Mas enfim, dessa história toda do monitor, o que me valeu o dia hoje foi o link que o Daniel Bolgheroni mandou sobre um excelente documentário que investiga o porquê das coisas não durarem mais como antigamente: a chamada Obsolescência Programada. Acabei de ver o documentário e escrevi este texto aqui no blog somente para divulgá-lo, pois achei muito

65 muito interessante. O filme tem 50 minutos, é muito bem produzido e explica como já em 1924 um cartel dos fabricantes de lâmpadas decidiu reduzir a vida útil delas de 2500 para 1000 horas, para que precisássemos comprar mais lâmpadas. Esta prática se generalizou e hoje parece que tudo é descartável, com durabilidade mínima e qualquer problema é só comprar um novo (e dá-lhe lixo acumulando!). Assista: Eu peço que você faça um esforço e separe uma hora de seu tempo para assistir a este documentário. Está em espanhol, mas como todo brasileiro arranha um portunhol, você vai entender, não se preocupe. Mesmo que você discorde e não aceite as evidências fornecidas no filme, pelo menos pare para pensar sobre seu próprio consumo. Você compra demais? Você compra por necessidade ou por impulso? Seu consumo é racional ou emocional? Sua felicidade está condicionada ao que você possui? Caso você ainda não tenha visto, outro vídeo muito esclarecedor sobre o absurdo que é o consumo atualmente, chama-se A História das Coisas. Esse já é um clássico, tem 20 minutos e foi até dublado em português:

66 Coletânea de Ideias 24 de maio de 2011 Por Cacilhας, La Batalema Ultimamente tenho estado bastante ocupado com mudança e preocupações relacionadas, por isso não tenho escrito muito para o blog. Como hoje estou de molho por causa de uma gripe forte, resolvi aproveitar parte do tempo na cama para escrever este artigo bem genérico sobre coisas que tenho pensado e não tenho tipo tempo ou cabeça para publicar. Por uma língua melhor Também fiquei revoltado com os textos extraídos do livro Por uma vida melhor, de Heloisa Ramos, principalmente a parte que ensina como português correto dizer «os livro». É claro que há toda uma bagagem histórica por trás da supressão do plural, a mesma por trás da supressão do R do final dos verbos como quando dizemos «andá» em vez de «andar», porém é preciso bom senso para lidar com isso. No entanto comecei a ver muita gente defendo o livro, pessoas inteligentes. A princípio imaginei que se tratasse apenas de síndrome da teoria da conspiração, mas depois de ler alguns textos e pensar muito sobre o assunto, percebi que nenhuma das matérias criticando a adoção do livro contextualiza os textos destacados. Ou, em outros termos, as críticas descontextualizam seu objeto. Resolvi então não assumir qualquer opinião sobre o assunto antes de ler o livro didático e sugiro que todos façam o mesmo. Não tenho a quem processar Veio a meus ouvidos que no ISTCC-P alguns professores voltaram a ensinar os alunos a nunca usar Software Livre, sob a alegação de não

67 terem a quem processar em caso de falha. Esta visão só pode se originar de dois tipos de pessoa: ¹acadêmicos sem qualquer visão profissional e ²profissionais mafiosos que ganham dinheiro divulgando desinformação. Como prefiro acreditar primeiro na boa fé das pessoas, presumo que os professores que dizem isso são acadêmicos alienados. Por que digo isso? Vamos lá Você já leu alguma daquelas licenças que vêm com os programas e você é obrigado a concordar? Pois é, a grande maioria delas pelo menos todas as que já li excluem a responsabilidade do fabricante/proprietário sobre qualquer dano que você venha a sofrer. Isso mesmo. Como as pessoas acreditam que têm a quem processar por padrão, não se preocupam em incluir cláusulas de responsabilidade quando contratam soluções baseadas em software proprietário. Já empresas que vendem soluções baseadas em software de código aberto geralmente incluem cláusulas de responsabilidade para tranquilizar seus clientes. Sei disso por experiência própria. Mas o segundo motivo pelo qual a alegação da falta de a quem processar seja falaciosa é ainda mais divertido Imagine que sua vida dependa direta ou indiretamente de um software, como elevadores, aviões e equipamentos hospitalares. Ter a quem processar em caso de falha é extremamente irrelevante porque morto você não processa ninguém. Então é preferível ter um software com baixo risco a ter a quem processar. Software de código aberto está exposto para a crítica do mundo todo, o que traz à luz falhas que não seriam detectadas por uma pequena equipe de visão viciada, para que possam ser rapidamente corrigidas; enquando que software proprietário tem seu código restrito aos interessados em que você o compre, independente de se vai funcionar bem ou não, portanto falhas não evidentes inclusive conhecidas serão omitidas, não corrigidas, principalmente se o dinheiro gasto com processos for menor do que o investimento necessário para corrigi-

68 las. Música Pretendo escrever um artigo sobre Riverside, a banda de Mariusz Duda, autor do trabalho Lunatic Soul. Mas ainda preciso escolher qual clip colocar no artigo. Se fosse sobre Lunatic Soul, certamente seria Summerland, minha preferida desse trabalho, mas quanto a Riverside preciso pensar bem ainda. ** É isso aí! Deixo aqui então esta coletânea de ideias.

69 E3: Nintendo anuncia a sua mais nova aposta, o console Wii U 8 de junho de 2011 Por Emerson Alecrim Com as vendas do Wii em queda livre e com os consoles concorrentes Xbox 360 e PlayStation 3 ganhando cada vez mais mercado, nada mais natural do que esperar que a Nintendo revelasse sua reação na edição 2011 da feira de game E3, que acontece até amanhã nos Estados Unidos. E essa reação veio, cercada de desconfiança, mas veio, e atende pelo nome de Wii U. Quando o vi pela primeira vez, sem conhecer nenhuma de suas especificações, imediatamente lembrei do Game Gear, console portátil que a Sega lançou em Mas, é claro que a Nintendo não iria lançar um console para concorrer com o 3DS. Essa impressão é porque eu vi, na verdade, o joystick do Wii U, que possui uma generosa tela de 6,2 polegadas sensível ao toque e botões ao redor, além de recursos como acelerômetro e giroscópio, lembrando, de fato, um console portátil. Como se não bastasse, o joystick conta também com câmera frontal,

70 microfone, navegador de internet e ferramentas para que o usuário possa realizar videochamadas, obter vídeos, entre outros. Pronto, já não o acho mais parecido com o Game Gear, mas sim com um tablet! Ah, e um detalhe: o controle também é compatível com o atual Wii e seus acessórios. Ponto para a Nintendo! Na E3, a empresa afirmou que será possível visualizar informações adicionais de um jogo na tela do joystick, assim como será possível utilizar o acessório para continuar uma game iniciado pelo console. Aliás, a interação entre a TV e o controle é impressionante, como mostra o seguinte vídeo: Quando ao Wii U em si, a Nintendo não revelou muitos detalhes sobre suas características, mas sabe-se que o console suportará imagens em full HD e terá jogos mais sérios, numa possível tentativa de agradar não só jogadores casuais como também aqueles mais assíduos. Mas, é claro, tudo depende essencialmente da qualidade dos jogos. Entre os títulos já anunciados estão: Tekken, Assassin s Creed, Battlefield 3 e Ninja Gaiden 3. Nada mal! Sabe-se também que o Nintendo Wii U terá memória Flash interna, entrada para cartões SD, compatibilidade com HDs externos, quatro portas USB 2.0, saída HDMI e suporte para até quatro joysticks, inclusive o Wiimote e outros acessórios do Wii. Do processador, a informação existente é a de que se trata de um chip da IBM. A GPU, por sua vez, é um AMD HD Radeon de modelo ainda não revelado. A mídia óptica não foi abandonada: aparentemente, a Nintendo utilizará um disco de 25 GB, possivelmente uma variação do Blu-ray. Sim, também será possível obter games via download. Veja também: A história da Nintendo Preço? Nada definido ainda, mas a Nintendo não nasceu ontem, então certamente teremos um patamar competitivo. Disponibilidade? Nada também. Apenas se sabe que a Nintendo pretende lançar o Wii U em 2012, provavelmente no segundo semestre. Referências: Nintendo, IGN, XbitLabs, Kotaku.

71 O que penso sobre o Apache OpenOffice.org: Um convite ao trabalho colaborativo! 17 de junho de 2011 Por Jomar Silva Acredito que muita gente já está sabendo no dia 1 de junho a Oracle anunciou a doação do código fonte e da licença de marca do OpenOffice.org para a Fundação Apache. Inicialmente o projeto foi recebido pela incubadora da Apache, e logo após o anúncio a discussão começou por lá. Eu estou acompanhando e participando das discussões na lista da incubadora da Apache desde o primeiro dia, e me inscrevi como commiter do projeto logo no início. Para terem uma ideia melhor do que significa acompanhar a lista de discussões da incubadora da apache, tivemos um pico de quase 400 s por dia durante o primeiro final de semana de discussões (sim, quase 800 s para ler em um final de semana). Após alguns dias de discussão, na última segunda feira (13/06) o projeto foi aceito por ampla maioria na incubadora da Apache e é agora um projeto incubado (chamado de podling dentro da Apache), e temos muita gente trabalhando bastante por lá para que ele se torne um projeto graduado em breve. A proposta de projeto pode ser acessada aqui, e a página do projeto incubado aqui. Como podem ver, ainda estamos acertando toda a infra do projeto por lá, e muitos dos commiters citados na proposta ainda não efetivaram suas contas, processo que deve levar mais alguns dias (a minha mesmo está na etapa final). Gosto de ver que temos atualmente no projeto muita gente nova e disposta a ajudar, mas também muita gente que trabalha no software desde os anos 90, ex funcionários da Star Division (onde o StarOffice foi criado), Sun e Oracle, agora contribuindo de forma individual. São pessoas que passaram grande parte da sua vida trabalhando neste projeto e portanto para eles este não é mais um projeto Acredito que o

72 compartilhamento e o nivelamento de conhecimentos por lá será grande, e isso vai reduzir bastante a curva de aprendizado para os novatos como eu no projeto. Não vou discutir aqui a decisão da Oracle de doar o código para a Fundação Apache ao invés de entregar a outra fundação qualquer (como a The Document Foundation, que mantém o LibreOffice), muito menos sobre a especulação de que a IBM está por trás desta iniciativa (estes foram tópicos mais do que debatidos durante os primeiros dias de discussão, dado que muita gente foi pega de surpresa pelo anúncio). Não entro nestes detalhes, pois acredito que seja perda de tempo discutir o passado, e prefiro encarar as coisas desta forma: - A Oracle doou o código e a licença de marca à Apache, e isto é um fato. - Pelo que sei sobre a estrutura decisória dentro da Oracle, a única lei que vale por lá é a Lei de Ellison e portanto duvido que IBM ou qualquer outra empresa tenha tanto poder de influência assim sobre eles. Falando em Ellisson, escrevi um artigo há alguns meses com minhas impressões sobre ele e sobre o mal que ele poderia fazer a todo o eco sistema FLOSS, e vejo que a doação agora em questão minimiza um pouco este dano. Se olharmos as possibilidades, a Oracle podia muito bem ter decidido simplesmente enterrar o projeto e sua licença de marca. Deixando de lado o passado, evitando discussões que literalmente não vão nos levar a nada e só nos causar perda uma de tempo e de talento enorme (além de deixar algumas cicatrizes complicadas), quero falar um pouco aqui sobre os motivos que me fazem acreditar que o Apache OpenOffice.org pode sim ser uma excelente notícia para toda a comunidade. Um dos artigos que resume muito bem algumas coisas que penso a este respeito foi escrito pelo Rob Weir em seu blog, e o recado lá pode ser resumido de forma bem rápida: A real disputa de mercado não é entre a suíte de escritório em FLOSS A, B ou C, mas entre as suítes de escritório em FLOSS e a suíte de escritório proprietária que ainda reina absoluta no mercado. No final das contas, a disputa aqui é entre a proliferação e adoção maciça do padrão ODF versus os padrões proprietários e o nosso velho amigo OpenXML (que aliás está agora em uma fase bem

73 complicada, uma vez que a Microsoft perdeu o processo para a i4i na Suprema Corte Norte Americana há alguns dias). Eu acredito que o Apache OpenOffice.org (AOOo a partir de agora neste texto) possa se tornar em breve algo como um kernel de suíte de escritórios que poderá ser reutilizado por diversas empresas e organizações em pessoas no mundo todo. Poderá ser utilizads como está, ou complementada com outras funcionalidades. Imagino um futuro do AOOo, muito parecido com o próprio kernel Linux, mantido e desenvolvido de forma colaborativa por uma fundação, utilizado por comunidades e empresas no mundo todo para a criação de distribuições específicas para cada necessidade ou nicho de mercado. Não vou entrar aqui na discussão filosófica sobre a Licença Apache V2 versus a GPL, pois como já disse, o OOo na Apache é fato consumado, mas entendo que o resultado de mercado será a participação de mais empresas no ecossistema e a volta real de competitividade na indústria de suítes de escritório. Isso para mim é algo inédito na indústria de TI, pois devido ao monopólio de fato de mercado vivido na área, pode-se considerar que a indústria de suítes de escritório praticamente foi extinta há alguns anos, e foi o OpenOffice que de fato evitou a extinção deste setor. A ida do projeto para a Apache, na minha opinião, vai agir como um catalizador e permitir que a competição realmente volte a existir neste setor, que agora renasce das cinzas através de um core em Open Source. Olhando finalmente para o projeto, eu acredito que o código fonte do AOOo poderá ser reestruturado para que possamos ter uma arquitetura que permita sua reutilização por outros projetos (como o próprio LibreOffice) de forma bem modularizada. É como uma loja de componentes eletrônicos, onde você escolhe os componentes que quer (ou precisa) utilizar, integra-os de forma a atender às suas necessidades (ou às necessidades de seus usuários) e faz o que bem quiser com o produto final. Gosto da licença permissiva da Apache de, pois na realidade a imensa maioria dos desenvolvedores que estão por lá querem na verdade uma única coisa: Que o software seja utilizado no mundo todo! Com base nesta ideia de modularizar o software, eu elaborei o diagrama abaixo que é a minha visão de onde poderemos chegar um dia com o

74 projeto. Reforço aqui que esta é a minha visão e de forma alguma a visão dos demais membros do projeto, e uma vez que uma das regras por lá é é mais fácil pedir desculpas do que autorização, publico a minha ideia aqui no meu blog sem ter discutido ela com ninguém por lá. Acredito que termos um core com as funções primordiais das aplicações da suíte é algo extremamente óbvio, e também é óbvio imaginar que este core não é um bloco monolítico como representado neste diagrama, mas a ideia aqui é mostrar que todos os objetos e funções de processamento dos documentos em memória fiquem centralizados em um único local. Gosto da ideia de separar a interface gráfica do projeto (GUI) do restante, pois podem existir requisitos ou casos de uso onde uma interface simplificada ou diferenciada seja necessária. A existência de um mecanismo para extensões e plug ins bem definido é fundamental para que se possa complementar o software com qualquer extensão necessária, e normalmente estas extensões atendem a requisitos

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