Renovar uma aliança política é chave para travar as epidemias do VIH e hepatites virais por toda a Europa
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- João Victor Alcântara de Abreu
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1 HepHIV2014 Comunicado de imprensa Novembro de 2014 Renovar uma aliança política é chave para travar as epidemias do VIH e hepatites virais por toda a Europa O número de pessoas que vivem com VIH e hepatites virais está a aumentar na Europa e muitas pessoas desconhecem o seu o estatuto serológico. O diagnóstico tardio de ambas as doenças traduz-se numa taxa de mortalidade mais elevada, um maior risco de transmissão e custos financeiros acrescidos. Por isso, são necessárias novas estratégias de rastreio. Os stakeholders na área das hepatites virais e VIH apelam aos decisores políticos que considerarem e implementem novas estratégias de rastreio. A conferência HepHIV2014: Desafios para rastreio e cuidados atempados, que teve lugar em Barcelona, de 5 a 7 de outubro, coorganizada pelos principais stakeholders das áreas do VIH e hepatites virais, foi a primeira conferência europeia a unir estas duas áreas de trabalho. A conferência terminou com um Apelo à Ação dirigido aos decisores políticos e outros stakeholders. Graves preocupações na área da saúde pública - A conferência HepHIV2014 foi um primeiro passo essencial para unir estas duas áreas de trabalho a nível europeu. Não só salientou o quanto as áreas das hepatites virais e VIH podem aprender uma com a outra mas também mostrou que, com um trabalho conjunto é possível apresentar uma frente unida e mais forte, através da qual será possível enfrentar estes graves problemas de saúde pública, afirmou José
2 Gatell, Professor de Medicina na Universidade de Barcelona, Espanha, e Chair da conferência. De acordo com o Professor Jens Lundgren do Rigshospitalet, da Universidade de Copenhaga, as áreas das hepatites virais e VIH têm feito esforços de forma independente para atingirem objetivos de saúde pública semelhantes. O Apelo à Ação, um dos resultados da conferência HepHIV2014, levanta de forma sucinta antigas preocupações de saúde pública de ambos os lados em apenas um único documento. - É um sinal claro para os decisores políticos nacionais e europeus que as áreas do VIH e hepatites virais estão a unir forças para garantir que estas preocupações continuam a ser da mais elevada prioridade, declarou Jens Lundgren, Professor, Righospitalet, Univerdade de Copenhaga, Diretor, CHIP, OMS Centro de Colaboração em VIH e Hepatites Virais e co-chair da HepHIV2014. A Europa deve agir agora Na véspera do evento ministerial da Presidência Italiana da UE sobre VIH e SIDA e coinfeções, a 27 e 28 de novembro, em Roma, os Co-Chairs da conferência apelam aos decisores políticos e stakeholders para que consideram as recomendações da conferência de Barcelona. - Quer a infeção pelo VIH, quer a infeção por hepatites virais, continuam a ser questões de saúde pública extremamente sérias por toda a Europa. É imperativo que tenham prioridade nas próximas agendas de saúde a nível europeu e nacional. O processo irá requerer que o diálogo entre todos os stakeholders relevantes comece imediatamente e o evento ministerial da Presidência Italiana da UE sobre VIH e SIDA e coinfeções é o momento adequado para dar início a essa importante tarefa, segundo declarou Brian West, chair, Board of Directors, European AIDS Treatment Group, co-chair da HepHIV2014 e co-chair do HIV in Europe. O Apelo à Ação foi elaborado pelo Steering Committee do HIV in Europe e pelo Comité Científico da conferência HepHIV2014, tendo por base os contributos da conferência. 1. Vigilância das hepatites virais Avaliação, a nível nacional e regional, do número de pessoas infetadas com hepatites virais (B e C, aguda e crónica), estado de fibrose, número de pessoas diagnosticadas tardiamente e que continuam por diagnosticar, ao longo do tempo e por população-chave, de forma a serem monitorizadas as tendências para que as intervenções sejam melhor dirigidas. 2. Definição de consenso para apresentação tardia de hepatites virais nos cuidados médicos Apoiar novas consultas para estabelecer um consenso simples e duradouro para o diagnóstico tardio de hepatites virais de forma a melhorar a vigilância e permitir a monitorização dos sistemas de saúde e estratégias de rastreio. 3. Modalidades do teste e rastreio e comunicação para públicos-alvo Promover plataformas de vários rastreios em contexto comunitário, unidades de saúde e no domicílio (autoteste), com especial atenção para o
3 custo-custo eficácia e a possibilidade de rastrear as três infeções em simultâneo. Envolver as comunidades-chave na adequação do rastreio e mensagens de promoção de saúde aos diferentes públicos. 4. Rastreio orientado por doenças indicadoras Implementar amplamente o rastreio do VIH orientado por doenças indicadoras em estruturas de saúde, sobretudo em centros de saúde. Desenvolver a evidência para apoiar o conceito de rastreio orientado por doenças indicadoras para as hepatites virais. 5. Estratégias de políticas de saúde Correlacionar as estratégias de saúde pública nacionais com os resultados de saúde pública para as hepatites virais, VIH e tuberculose (TB), comparando as regiões da Europa de Leste e Ocidental, bem como a União Europeia e a restante Região Europeia. Defender/Advogar a expansão dos serviços e apoiar o financiamento de modelos de redução de danos bem-sucedidos, tais como os desenvolvidos na Ucrânia, e adotar os padrões internacionais nas estratégias nacionais. 6. Sinergia de esforços de doenças infeciosas Facilitar a colaboração entre atividades de investigação, policy, promoção de saúde, vigilância, rastreio e educação nas áreas do VIH, VHB, VHC, IST e TB a nível regional, da União Europeia e nacional e entre a sociedade civil, incluindo representantes das populações-chave. 7. Continuação de cuidados de saúde Desenvolver dados robustos para informar cada componente da prestação de cuidados continuados de hepatites virais e da infeção pelo VIH, incluindo encaminhamento para o melhor tratamento disponível a preços comportáveis e intervenções para prevenção e rastreio. 8. Acessibilidade Tornar o tratamento para a infeção pelo VIH e hepatites virais (VHB e VHC) comportável, trabalhando para que preços sejam mais reduzidos e garantindo que os financiadores nacionais e internacionais contribuem para o financiamento do tratamento em ambas as condições. 9. Liderança política Liderança política renovada de governos, da União Europeia e de agências internacionais na Região Europeia é crucial para enfrentar os desafios importantes nas áreas das hepatites virais e VIH. As intervenções políticas e de saúde pública devem ser baseadas na existência de evidência científica e são necessárias orientações validadas para fornecer informação às políticas e programas de hepatites virais e VIH. Para mais informações, por favor contate: Dorthe Raben Tel: dorthe.raben@regionh.dk
4 Leia mais sobre a conferência HepHIV2014 aqui: Conferência ministerial Fighting against HIV/AIDS ten years after the Dublin Declaration: Leaving No One Behind Ending AIDS in Europe Organizada em conjunto pelo Ministério da Saúde Italiano, pela Comissão Europeia, pelo Gabinete Regional da OMS na Europa, pelo European Centre for Prevention and Disease Control e pelo Programa das Nações Unidas para o VIH/SIDA (UNAIDS), com as delegações de Estados membros da EU e países vizinhos. Roma, 27 e 28 de novembro de 2014, Ministério da Saúde Leia mais sobre a Semana Europeia do Teste VIH 2014, aqui: A iniciativa HIV in Europe: O HIV in Europe é uma iniciativa pan-europeia que teve início em Bruxelas, em A iniciativa disponibiliza uma plataforma europeia para partilha de experiências e atividades que melhorem o diagnóstico e o tratamento precoces por toda a Europa. A iniciativa é dirigida por um grupo independente de peritos, com representantes da sociedade civil, decisores políticos, profissionais de saúde e instituições europeias na área da saúde pública. O objetivo geral do HIV in Europe é o de garantir que as pessoas que vivem com VIH iniciam os cuidados de saúde no início da infeção pelo VIH, ao contrário da atual situação, bem como estudar as alterações na proporção de pessoas seropositivas para o VIH que se apresentam tardiamente para tratamento. Site do HIV in Europe: Referências: 2001 Declaration of Commitment on HIV/AIDS 2006 Political Declaration on HIV/AIDS Political Declaration on HIV and AIDS: Intensifying Our Efforts to Eliminate HIV and AIDS, 2011 Dublin Declaration on Partnership to fight HIV/AIDS in Europe and Central Asia Communication from the Commission to the Council and the European Parliament on combating HIV/AIDS within the European Union and in the neighbouring countries, (COM/2005/0654) Council conclusions on Combating HIV/AIDS 2005
5 Council Conclusions on Combating HIV/AIDS within the European Union and in the neighbouring countries, 2007, 9537/07 SAN 96 Combating HIV/AIDS in the European Union and neighbouring countries, , COM(2009)569 Action Plan on HIV/AIDS in the EU and neighbouring countries: , SWD(2014) 106 Bremen Declaration on Responsibility and Partnership - Together Against HIV/AIDS, 2007 WHO European Action Plan for HIV/AIDS, Consolidated action plan to prevent and combat multidrug- and extensively drugresistant tuberculosis in the WHO European Region European Centre for Disease Prevention and Control. Monitoring implementation of the Dublin Declaration on Partnership to Fight HIV/AIDS in Europe and Central Asia: 2012 progress report. Stockholm: ECDC; The Overarching Post 2015 Agenda - Council conclusions, 2013 Council conclusions on the economic crisis and healthcare Changing the Game How can Europe move towards zero new HIV infections, zero discrimination and zero AIDS-related deaths? Summary report, UNAIDS expert consultation Ambitious treatment targets writing the final chapter of the AIDS epidemic, UNAIDS, 2014
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