IV Congresso Internacional Software Livre e Governo Eletrônico - CONSEGI 2011
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- Alfredo Nunes Coelho
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2 IV Congresso Internacional Software Livre e Governo Eletrônico - CONSEGI 2011 Apresentação O IV Congresso Internacional Software Livre e Governo Eletrônico Consegi 2011 acontece de 11 a 13 de maio de 2011, em Brasília (DF). O evento será realizado pela Escola de Administração Fazendária Esaf do Ministério da Fazenda, em parceria com o Serviço Federal de Processamento de Dados - Serpro. O Consegi é um importante espaço para promover a troca de experiências e informações entre instituições da Administração Pública, sociedade civil organizada e representantes de países parceiros. Este ano, o evento discutirá o tema Dados Abertos, com a expectativa de trazer para o cenário do governo a discussão sobre padrões de disponibilização de dados e necessidade de maior transparência às ações públicas. Diferentemente das três edições anteriores, quando aconteceu no mês de agosto, este ano, o Consegi será realizado mais cedo, para que o tema seja debatido e estruturado ainda no primeiro semestre da gestão da presidenta Dilma Rousseff. Histórico Desde 2008, o Consegi é um evento estratégico no estímulo ao debate de temas da política e gestão de tecnologias em software livre, permeado pelos conceitos de promoção da cidadania, interoperabilidade dos sistemas de governo e compartilhamento do conhecimento. Em 2009, o Consegi foi uma vitrine do imenso acervo de soluções e de códigos desenvolvidos e compartilhados que foram criados na esfera pública. A lição que ficou foi a de que os recursos aplicados no desenvolvimento de uma solução de software não precisam ser repetidos em vários órgãos ou diferentes esferas (municípios, estados ou federação). O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, abriu oficialmente o Consegi 2009, oportunidade na qual destacou a importância do acesso à informação e do compartilhamento como fator de inclusão digital. A França foi o país homenageado em Em 2010, o Congresso foi marcado pelas discussões acerca da Computação em Nuvem. Os painéis, palestras e mesas abordaram esse modelo tecnológico que habilita de forma simplificada o acesso on-demand a uma rede de recursos computacionais configuráveis. A Coréia do Sul foi o país homenageado nesse ano. Período: 11 a 13 de maio de 2011 Horário: 9h às 19h Local: Escola de Administração Fazendária ESAF Rodovia DF-001 km 27,4 Setor de Habitações Individuais Sul Lago Sul Brasília/DF - CEP:
3 Dados Abertos para a Democracia na Era Digital Neste ano, o Consegi terá como tema central o conceito de Dados Abertos (open data). Assunto novo dentro da tecnologia, segundo o W3C, dados governamentais abertos são a disponibilização de informações governamentais representadas em formato aberto e acessível de tal modo que possam ser reutilizadas, misturadas com informações de outras fontes, gerando novos significados. Desta forma, os dados governamentais abertos não são apenas a publicação na Web de informações ou tabelas de dados legíveis apenas por pessoas, mas sim a publicação de informações do setor público, disponibilizadas em formato bruto e aberto, compreensíveis logicamente, de modo a permitir sua reutilização em aplicações digitais desenvolvidas pelo governo, pela sociedade ou qualquer outro interessado no desenvolvimento desse tipo de aplicação. O especialista em políticas públicas, David Eaves, criou 3 leis para dados governamentais: 1. Se o dado não pode ser encontrado e indexado na Web, ele não existe; 2. Se não estiver aberto e disponível em formato compreensível por máquina, ele não pode ser reaproveitado; e 3. Se algum dispositivo legal não permitir sua replicação, ele não é útil. Dados governamentais geralmente são disponibilizados on-line normalmente por 3 motivos: 1. Aumentar a consciência cidadã das funções de governo para permitir maior responsabilidade; 2. Contribuir com informações valiosas sobre o mundo; e 3. Permitir que o governo, o país e o mundo funcionem com mais eficiência. Para satisfazer melhor cada um destes objetivos, uma das melhores opções é a utilização de técnicas de linked data. Em geral, os linked data são: - Abertos: pode-se acessar Linked Data através de uma variedade ilimitada de aplicações e aplicativos, pois ela é expressa em formatos abertos, não-proprietários. - Modulares: os Linked Data podem ser combinados (agregados) com quaisquer outros linked. Nenhum planejamento antecipado é necessário para integrar essas fontes de dados, já que ambas utilizam os padrões de Linked Data. - Escaláveis: É fácil adicionar mais Linked Data aos já existentes, mesmo quando os termos e definições utilizadas mudem ao longo do tempo. Vagner Diniz, gerente do W3C Escritório Brasil, defende que os órgãos interessados em publicar dados governamentais abertos precisam seguir três passos básicos: 1. Selecionar quais dados serão disponibilizados e identificar quem os controla; 2. Representar esses dados de uma maneira que as pessoas possam reutilizá-los; e 3. Publicar os dados e divulgar. 2
4 Um grupo de trabalho para governo aberto (OpenDataGov.org), estabelecido na Califórnia (EUA) em 2007, desenvolveu 8 princípios que devem ser respeitados para que dados governamentais que forem disponibilizados publicamente sejam considerados abertos: 1. Completos: Todos os dados públicos estão disponíveis. Dado público é o dado que não está sujeito a limitações válidas de privacidade, segurança ou controle de acesso. 2. Primários: Os dados são apresentados tais como os coletados na fonte, com o maior nível de granularidade e sem agregação ou modificação. 3. Atuais: Os dados são disponibilizados tão rapidamente quanto necessário. 4. Acessíveis: Os dados são disponibilizados para o maior alcance possível de usuários e para o maior conjunto possível de finalidades. 5. Compreensíveis por máquinas: Os dados são razoavelmente estruturados de modo a possibilidar processamento automatizado. 6. Não discriminatórios: Os dados são disponíveis para todos, sem nenhuma exigência. 7. Não proprietários: Os dados são disponíveis em formato sobre o qual nenhuma entidade detenha controle exclusivo. 8. Livres de licenças: Os dados não estão sujeitos a nenhuma restrição de direito autoral, patente, propriedade intelectual ou segredo industrial. Restrições sensatas relacionadas à privacidade, segurança e privilégios de acesso devem ser permitidas. Este grupo afirma que dados governamentais abertos promovem o aumento do discurso civil, a melhoria do bem-estar público e o uso mais eficiente dos recursos públicos. No entanto, a abertura dos dados não acontece por si só. Há várias questões tecnológicas, culturais e legais que precisam ser analisadas para que se possa colher os benefícios dessa abertura. Para saber mais - BERNERS-LEE, Tim. Linked Data [S.l.: s.n], Disponível em: - BERNERS-LEE, Tim. Putting Government Data online [S.l.: s.n], Disponível em: - COMITÊ GESTOR DE INTERNET NO BRASIL. Dados governamentais abertos Apresentação no Seminário Acesso à informação, serviços eletrônicos e cidadania. Disponível em: - EAVES, David. The three laws of open government data Disponível em: - OPEN government data definition: the 8 principles of open government data. [S.l.: s.n], Disponível em: 3
5 Programação Para analisar de maneira profunda o assunto Dados Abertos, o Consegi 2011 irá convidar palestrantes de peso nessa área de conhecimento. O programa do evento contem 10 temas diferentes com mais de 200 palestras e 70 oficinas. Seguem abaixo os eixos temáticos: 1) Dados Abertos, e-democracia, e Gestão de Conhecimento Governamental Neste eixo serão tratados temas como Open Data, Linked Data, Legislação, Business Intelligence, Web Semântica e Mining, Licenciamento de dados abertos, Democratização da Informação, entre outros. 2) Infraestrutura de Serviços de TIC Neste eixo serão tratados como Nuvem, Software como Serviço, Infraestrutura como Serviço, Plataforma como serviço, Demoiselle, PNBL, Virtualização, IPTV, INDE, INDA, entre outros. 3) Governança, Gestão e Estratégia de TIC Segurança, Gerência, Monitoração, Ciclos de Vida, entre outros assuntos, farão parte desse eixo. 4) Ecossistema do Software Livre: Comunidades e Colaboração Neste eixo serão tratados temas como Licenciamento de software, Governança e Gestão de comunidades de Software Livre, Modelos e Experiências de colaboração, Fomento às comunidades, entre outros. 5) Sistemas e Aplicações livres: Desenvolvimento e Uso Assunto como Reuso, Tecnologias de desenvolvimento, Bancos de dados, Servidores de aplicação, Frameworks, SL especificos para Open Data, Sahana, Ushahidm, entre outros, serão tratados nesse eixo. 6) Multimídia, Mobilidade e Meios Convergentes A discussão sobre TV Digital, Tablets, Celulares, LBS, Geoprocessamento, entre outros, farão parte desse eixo. 7) Padrões, Interoperabilidade e Políticas de desenvolvimento tecnológico Neste eixo serão tratados temas como emag, W3C, PNBL, e-ping: TVDigital, ODF, RDF, entre outros. 8) Desenvolvimento Social, Educação e Inclusão Digital Assunto como Responsabilidade Social, controle social, Inclusão, entre outros, estarão presentes nesse eixo. 4
6 Metodologia Serão realizadas palestras com a exposição de diferentes temas contemplados na grade programática seguidas de momentos de interação, quando serão promovidos debates moderados por convidados do Evento. Estão previstos também, painéis e mesas redondas que reunirão especialistas de diferentes Instituições da área pública (Universidades, Empresas Públicas, Ministérios, Centros de Pesquisas e outros). Visando a capacitação dos participantes em ferramentas livres e o compartilhamento de soluções desenvolvidas pelos diferentes órgãos de Governo, serão realizadas aproximadamente 80 Oficinas, segmento que a cada ano se fortalece como eixo estratégico do Evento. Será utilizada uma abordagem participativa, buscando propiciar um espaço para o intercâmbio de ideias e para a construção de um conhecimento coletivo, baseado na integração entre teoria, prática, vivência e experiência. Público-alvo Com presença de cerca de 3 mil pessoas em 2008, 4 mil pessoas em 2009 e 6 mil em 2010, a Organização do evento estima um público de 7 mil em Seguem abaixo os principais segmentos que fazem parte do Consegi: * Setor público; * Universidades; * Setores organizados da sociedade civil; * Empresas de Software Livre * Interessados na área de tecnologia da informação e comunicação; e * Representantes de países parceiros. Objetivos do Consegi * Promoção da cidadania como prioridade; * Estimular o empreendedorismo entre as Empresas de Software Livre * Utilização do software livre como um recurso estratégico; * Gestão do conhecimento como instrumento estratégico das políticas públicas; * Racionalização dos recursos; * Adoção de políticas, normas e padrões comuns; * Integração com outros níveis de governo e com os demais poderes. * Ampliação da adoção do Software Livre nas 3 esferas de Governo; * Compartilhamento das soluções desenvolvidas pelos diferentes órgãos de Governo, entre os participantes do Congresso; * Capacitação dos participantes em ferramentas livres, por meio de diversas oficinas; 5
7 * Promover maior participação da sociedade civil e da academia na elaboração de políticas de TIC com a utilização de plataformas livres * Aperfeiçoamento dos produtos e serviços desenvolvidos em plataformas livres, dos produtos e serviços desenvolvidos pelo Serpro para os seus clientes; * Sensibilizar as empresas que desenvolvem produtos em Software Livre sobre a necessidade imperiosa de reestruturação do segmento econômico de TIC; * Compartilhamento de conhecimentos e experiências na implementação de políticas de TIC com base em plataformas livres, com a comunidade internacional; * Dar visibilidade ao conjunto de projetos e iniciativas de Tecnologias da Informação e * Comunicação que visam a melhoria dos serviços prestados ao cidadão; * Compartilhar experiências e conhecimentos através de palestras e oficinas; e * Promover o compartilhamento pleno das soluções de TI. Caravanas O Segmento Acadêmico visa ampliar as oportunidades de desenvolvimento e capacitação dos estudantes em suas áreas de conhecimento. Uma oportunidade para que possam compreender e contribuir com as transformações na área de Tecnologia da Informação, além de conhecer a filosofia do Software Livre. Em 2010 participaram cerca de 600 estudantes dos cursos de tecnologia das Universidades e Institutos Federais e Estaduais, bem como de outras Instituições de Ensino Superior, técnico e também, cursos sequenciais da área de tecnologia. Os estudantes se mobilizaram com o objetivo de organizar caravanas para usufruir a infraestrutura disponibilizada pelo CONSEGI 2010 na area de acampamento cedida pelo GDF (Jardim Botânico de Brasília). Plano de Comunicação O evento será transmitido pela TV Serpro via internet. Dessa maneira, todo o mundo poderá acompanhar o Consegi Além disso, conforme experiência do ano passado, o evento teve várias inserções na mídia brasileira. O Plano de Comunicação do Consegi 2011 prevê: * Incentivo à participação/inscrição; * Divulgação do evento, programação e principais temas; * Website com informações completas sobre o evento; * Trabalho de Assessoria de Imprensa junto à mídia; * Inserções publicitárias na Revista Tema (tiragem de exemplares) e em outras revistas de TI; * Cobertura completa do evento (palestras mais destacadas), via TV e Rádio Serpro, meios impressos e eletrônicos. 6
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