RESEAU INTERNATIONAL DES ORGANISMES DE BASSIN INTERNATIONAL NETWORK OF BASIN ORGANIZATIONS RED INTERNACIONAL DE ORGANISMOS DE CUENCA

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1 RESEAU INTERNATIONAL DES ORGANISMES DE BASSIN INTERNATIONAL NETWORK OF BASIN ORGANIZATIONS RED INTERNACIONAL DE ORGANISMOS DE CUENCA Apresentação de Jean-François DONZIER Diretor Geral Departamento Internacional de Água Secretário Técnico Permanente Rede Internacional de Organismos de Bacia - RIOB - INUNDAÇÕES, CARÊNCIAS, POLUIÇÕES, DESPERDÍCIOS, DESTRUIÇÃO DOS ECOSSISTEMAS: A GRAVIDADE DA SITUAÇÃO EM VÁRIOS PAÍSES PEDE A IMPLEMENTAÇÃO RÁPIDA DE UMA GESTÃO GLOBAL INTEGRADA E COERENTE DOS RECURSOS HÍDRICOS, RESPEITANDO OS ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS E OS TERRITÓRIOS PARA PRESERVAR O FUTURO E A HERANÇA HUMANA. A ÁGUA NÃO CONHECE AS FRONTEIRAS NACIONAIS E ADMINISTRATIVAS. É PRECISO, PORTANTO, LEVAR EM CONTA A SITUAÇÃO PARTICULAR DOS 276 RIOS E LAGOS, ASSIM COMO DAS CENTENAS DE AQUÍFEROS TRANFRONTEIRIÇOS NO MUNDO, CUJOS RECURSOS SÃO DIVIDIDOS POR PELO MENOS DOIS PAÍSES FRONTEIRIÇOS OU, ÀS VEZES, MUITO MAIS QUE DOIS (ATÉ 18). SUA GESTÃO ARTICULADA É ESTRATÉGICA E PRIORITÁRIA. A ADAPTAÇÃO DA GESTÃO DA ÁGUA AOS EFEITOS DA MUDANÇA CLIMÁTICA É UMA URGÊNCIA MUNDIAL! HOJE EM DIA, A MUDANÇA CLIMÁTICA É INEGÁVEL. UMA DE SUAS PRIMEIRAS CONSEQUÊNCIAS SERÁ UMA MODIFICAÇÃO DOS CICLOS HIDROLÓGICOS. MESMO SE MEDIDAS AMBICIOSAS FOREM TOMADAS A NÍVEL INTERNACIONAL POR TODOS OS PAÍSES PARA REDUZIR SENSIVELMENTE SUAS EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA, O RESULTADO SOBRE O CLIMA SERÁ PERCEBIDO, NA MELHOR DAS HIPÓTESES, POR VOLTA DO FIM DO SÉCULO. AS MUDANÇAS DAS PRECIPITAÇÕES E DOS CICLOS HIDROLÓGICOS JÁ ESTÃO SENDO OBSERVADAS E SERÃO, SEM DÚVIDAS, PERCEPTÍVEIS DE AGORA ATÉ 2040 OU 2050; QUER DIZER, EM MENOS DE UMA GERAÇÃO: É PRECISO, PORTANTO, REAGIR DEPRESSA, ANTES QUE SEJA TARDE DEMAIS; E FICA EVIDENTE QUE SOMENTE O CONTROLE DAS EMISSÕES DESSES GASES NÃO SERÁ SUFICIENTE PARA MODIFICAR ESSA EVOLUÇÃO DENTRO DOS PRAZOS. NESSES ÚLTIMOS QUARENTA ANOS, A QUANTIDADE E A INTENSIDADE DAS INUNDAÇÕES E DAS SECAS SE ACENTUARAM, ALGUMAS VEZES DE MANEIRA INTENSA. PARTICULARMENTE, O DEGELO TEM UM EFEITO SOBRE A RESERVA DE ÁGUA, ESPECIALMENTE NO PERÍODO DE ESTIAGEM, E SOBRE O AUMENTO DO RISCO DE INUNDAÇÕES. RIOB 2010 REBOB FORTALEZA Y ATIBAIA 22/11/2010 1/11

2 OS RECURSOS DA ÁGUA DOCE SERÃO, DE QUALQUER MANEIRA, DIRETAMENTE AFETADOS, E ISSO JÁ A PARTIR DOS PRÓXIMOS ANOS, TENDO COMO CONSEQUÊNCIAS, PRINCIPALMENTE DE ACORDO COM AS REGIÕES: PERTURBAÇÕES NA INTENSIDADE E NA FREQUÊNCIA DAS INUNDAÇÕES E SECAS, O REFORÇO DOS FENÔMENOS HIDROLÓGICOS E HIDROGEOLÓGICOS EXTREMOS, COM RISCO DE PERDAS HUMANAS E DANOS ECONÔMICOS CATASTRÓFICOS, UMA INTENSA VARIAÇÃO DAS VAZÕES DE ÁGUA DOS RIOS, TENDO SUA FONTE NA MONTANHA, DEVIDO AO DEGELO E À REDUÇÃO DA QUANTIDADE DE NEVE E, SOBRETUDO, AOS IMPACTOS CORRESPONDENTES NOS LENÇÓIS SUBTERRÂNEOS RELACIONADOS, UMA EROSÃO MAIOR DEVIDO À MODIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES VEGETAIS E DA COBERTURA DOS SOLOS, UMA MAIOR EVAPOTRANSPIRAÇÃO DAS PLANTAÇÕES, PROVOCANDO MODIFICAÇÕES NO NÍVEL DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS E DA SUPERFÍCIE, E MUDANÇAS (ATÉ MESMO UMA DIMINUIÇÃO) NA PRODUÇÃO AGRÍCOLA, PARTICULARMENTE NAS PLANTAÇÕES IRRIGADAS, UMA MODIFICAÇÃO DOS ESCOAMENTOS NA FOZ DOS RIOS, ASSIM COMO INTRUSÕES SALINAS SOBRE O LITORAL E NOS AQUÍFEROS COSTEIROS, DEVIDO AO AUMENTO DO NÍVEL DOS OCEANOS, E À DIMINUIÇÃO DOS NÍVEIS PIEZOMÉTRICOS DURANTE A ESTAÇÃO DE SECA, UMA MODIFICAÇÃO DAS RELAÇÕES ENTRE O ESCOAMENTO SUPERFICIAL E AS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DOS AQUÍFEROS SUBJACENTES (ALIMENTAÇÃO DO LENÇOL FREÁTICO OU ESCOAMENTO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NO RIO), UM IMPACTO REGIONALMENTE FORTE SOBRE A DEMANDA E, EM ESPECIAL, SOBRE A PRODUÇÃO DE ENERGIA HIDRELÉTRICA, CONDIÇÕES MODIFICADAS E IMPREVISÍVEIS DE VAZÃO NAS GRANDES ÁREAS ÚMIDAS DE INTERESSE LOCAL E INTERNACIONAL, O RISCO DE MAIOR PREDOMINÂNCIA DE DOENÇAS DE ORIGEM HÍDRICA. AS CONSEQUÊNCIAS DEMOGRÁFICAS, ECONÔMICAS E ECOLÓGICAS PODEM SER MUITO IMPORTANTES E PRECISAM DE UMA MOBILIZAÇÃO MUNDIAL PARA PREPARAR RAPIDAMENTE OS PROGRAMAS DE ADAPTAÇÕES INDISPENSÁVEIS NO NÍVEL DE CADA BACIA, CONSIDERANDO AS ÁGUAS DE SUPERFÍCIE E AS SUBTERRÂNEAS. ESSES EFEITOS SE ACUMULAM, DE FATO, A IMPORTANTES PRESSÕES DESDE JÁ LIGADAS AO CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO, À URBANIZAÇÃO E AO DESENVOLVIMENTO. O AQUECIMENTO CLIMÁTICO É UM MULTIPLICADOR DE AMEAÇAS, AGRAVANDO AS SITUAÇÕES DIFÍCEIS E AUMENTANDO AS TENSÕES, MESMO NAS REGIÕES ESTÁVEIS. RIOB 2010 REBOB FORTALEZA Y ATIBAIA 22/11/2010 2/11

3 SE OS GASES DE EFEITO ESTUFA SÃO RESPONSÁVEIS PELO AQUECIMENTO CLIMÁTICO, A ÁGUA DOCE É A PRIMEIRA VÍTIMA! UMA AÇÃO RÁPIDA PERMITIRÁ REDUZIR OS CUSTOS E OS DANOS. A RIOB SE PREOCUPA COM O CUSTO DA FALTA DE AÇÃO! É NO NÍVEL DE CADA BACIA HIDROGRÁFICA QUE É PRECISO IMPLANTAR AS POLÍTICAS E MECANISMOS DE ADAPTAÇÃO INDISPENSÁVEIS, DESENVOLVENDO COM URGÊNCIA OS PROGRAMAS DE PESQUISA E DE AQUISIÇÃO DE CONHECIMENTOS ADAPTADOS PARA MEDIR AS CONSEQUÊNCIAS HIDROLÓGICAS E HIDROGEOLÓGICAS DESSAS MUDANÇAS SEGUNDO DIVERSOS CENÁRIOS, E ELABORANDO PLANOS DE GESTÃO OU PLANOS DIRETORES DE BACIA AMBICIOSOS E PROGRAMAS DE MEDIDAS NECESSÁRIAS. O PROCESSO DE GESTÃO E DE PLANIFICAÇÃO POR BACIA É O MECANISMO MAIS APROPRIADO, ATRAVÉS DO QUAL AS DEMANDAS AOS RECURSOS HÍDRICOS DISPONÍVEIS PODERÃO SER AJUSTADAS A LONGO PRAZO, PARA EVITAR UMA CARÊNCIA PERSISTENTE E TRAZER UMA RESPOSTA CLARA À NECESSIDADE DE GERAR IGUALMENTE OS RISCOS MAIORES DE INUNDAÇÕES NA MAIORIA DAS REGIÕES DO MUNDO. NO QUE DIZ RESPEITO ÀS INUNDAÇÕES: PRIMEIRAMENTE, É PRECISO FAZER DA SOLIDARIEDADE MONTANTE JUSANTE O PONTO CULMINANTE DA GESTÃO COERENTE DAS INUNDAÇÕES EM ESCALA DE BACIAS E DE SUB-BACIAS HIDROGRÁFICAS. A PROTEÇÃO CONTRA AS INUNDAÇÕES DEVE PASSAR POR UMA ABORDAGEM COORDENADA COMBINANDO: O A PROTEÇÃO DAS PESSOAS E DOS BENS, O A PROTEÇÃO DE CAPTAÇÕES DE ÁGUA SUBTERRÂNEA QUE PODEM GARANTIR O ABASTECIMENTO DE ÁGUA DURANTE AS CHEIAS, O A REDUÇÃO DAS VULNERABILIDADES, O A RESTAURAÇÃO DO LIVRE ESCOAMENTO DOS CURSOS D ÁGUA, O A PRESERVAÇÃO E A RECRIAÇÃO DOS CAMPOS NATURAIS DE EXPANSÃO DAS CHEIAS, O A PREVISÃO DOS ACONTECIMENTOS, O A IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREAS DE RISCO, O A IDENTIFICAÇÃO DE CAPTAÇÕES DE ÁGUAS PROTEGIDAS CONTRA EMERGÊNCIAS O A PUBLICAÇÃO DE ATLAS DE ÁREAS INUNDÁVEIS, INCLUINDO AS ÁREAS INUNDÁVEIS DEVIDO À SUBIDA DO LENÇOL FREÁTICO O O DOMÍNIO DA URBANIZAÇÃO, O O ALERTA E A EDUCAÇÃO. RIOB 2010 REBOB FORTALEZA Y ATIBAIA 22/11/2010 3/11

4 NO QUE DIZ RESPEITO ÀS SECAS: DAQUI UMA GERAÇÃO, A DISPONIBILIDADE DA ÁGUA DOCE EM QUANTIDADE E QUALIDADE SUFICIENTES PODERÁ SER UM DOS PRINCIPAIS FATORES LIMITANTES DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL EM VÁRIOS PAÍSES. A MUDANÇA CLIMÁTICA TAMBÉM VAI AGRAVAR OS PROBLEMAS ESTRUTURAIS QUE JÁ LEVAM À FALTA DE ÁGUA EM VÁRIAS REGIÕES: A ESSE RESPEITO, É BOM FAZER A DISTINÇÃO ENTRE SECA E CARÊNCIA. ESTA ÚLTIMA ESTÁ PRIMEIRAMENTE LIGADA A UM DESEQUILÍBRIO PERMANENTE E ESTRUTURAL ENTRE OS RECURSOS DISPONÍVEIS E AS DIFERENTES CAPTAÇÕES DE ÁGUA. A PREVENÇÃO REPETIDA DE SECAS, RESULTANTE DA MUDANÇA CLIMÁTICA EM VÁRIAS REGIÕES, NÃO PODE MAIS SER FEITA CASO A CASO, DEVE SER PLANIFICADA PARA LONGO PRAZO PARA CADA BACIA, RESOLVENDO OS PROBLEMAS ESTRUTURAIS EXISTENTES PARA PREVENIR, DA MELHOR MANEIRA POSSÍVEL, OS EFEITOS E EVITAR A DEGRADAÇÃO GLOBAL DO RECURSO HÍDRICO. É INDISPENSÁVEL INTENSIFICAR OS ESFORÇOS PARA GERAR MELHOR A DEMANDA E ASSIM REDUZIR AS PRESSÕES SOBRE OS RECURSOS, ESPECIALMENTE NO PERÍODO DE SECA, REDUZINDO AS CAPTAÇÕES PARA A IRRIGAÇÃO, A QUAL ESTÁ NA ORIGEM DAS CAPTAÇÕES MAIS IMPORTANTES EM MUITAS REGIÕES. SERÁ PRECISO, SEM DÚVIDAS, MOBILIZAR NOVOS RECURSOS E CRIAR RESERVAS, MAS TOMANDO CUIDADO PARA SÓ FAZER ISSO APÓS TER RACIONALIZADO AS DEMANDAS HÍDRICAS, E SOMENTE QUANDO ISSO FOR ECOLOGICAMENTE ACEITÁVEL E ECONOMICAMENTE RAZOÁVEL. É POSSÍVEL ATINGIR UM EQUILÍBRIO ENTRE A OFERTA E A DEMANDA MUDANDO OS HÁBITOS E AS PRÁTICAS E EDIFICANDO AS INFRAESTRUTURAS APROPRIADAS, MAS CONSTRUIR NOVAS BARRAGENS NÃO SERÁ SUFICIENTE SE NÃO HOUVER A IMPLANTAÇÃO DE PROGRAMA DE ECONOMIA DE ÁGUA E DE RECICLAGEM: AS SOLUÇÕES PASSARÃO POR UMA GESTÃO VOLUNTARISTA DA ÁGUA JUNTO COM MEDIDAS DE SUPORTE ECONÔMICO PARA USOS MAIS RACIONAIS, FAVORECIDOS PELA INOVAÇÃO E NOVIDADES TECNOLÓGICAS. PLANOS DE GESTÃO DA FALTA DE ÁGUA DEVEM CERTIFICAR A PRIORIDADE PARA A ÁGUA POTÁVEL, ASSEGURAR UMA PARTILHA DA ÁGUA EQUITATIVA E RACIONAL ENTRE OS DIFERENTES USOS, GARANTIR UMA MELHOR VALORIZAÇÃO DA ÁGUA E EVITAR OS DESPERDÍCIOS. ELES DEVEM GARANTIR UMA MELHOR VALORIZAÇÃO DA ÁGUA E DOS RECURSOS HÍDRICOS EXISTENTES ANTES DE PREVER O LANÇAMENTO DE PROJETOS DE MOBILIZAÇÃO DE NOVOS RECURSOS. A ECONOMIA DA ÁGUA, A PESQUISA DAS PERDAS, A RECICLAGEM, A REUTILIZAÇÃO DAS ÁGUAS SERVIDAS TRATADAS, A RECARGA DOS LENÇÓIS FREÁTICOS, A DESSALINIZAÇÃO DA ÁGUA DO MAR, A PESQUISA SOBRE USOS RACIONAIS, DEVEM SE TORNAR PRIORIDADES. RIOB 2010 REBOB FORTALEZA Y ATIBAIA 22/11/2010 4/11

5 UMA NOVA ABORDAGEM DE GESTÃO DA ÁGUA. UMA NOVA ABORDAGEM DE GESTÃO DO RECURSO HÍDRICO, BASEADA NA ADESÃO DO CONJUNTO DOS ATORES NA BACIA, DEVE SER DESENVOLVIDA NO QUE DIZ RESPEITO À PROTEÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS, À UTILIZAÇÃO RACIONAL DA ÁGUA, À GESTÃO DAS ÁGUAS SERVIDAS. OBVIAMENTE, OS PRIMEIROS ATORES ENVOLVIDOS SÃO AS AUTORIDADES POLÍTICAS, CUJA ADESÃO DEVE LEVAR A UM APOIO PERMANENTE DA PARTE DELES, E OS USUÁRIOS, CUJAS PRESSÕES ANTRÓPICAS TÊM UMA CONSEQUÊNCIA DIRETA SOBRE OS RECURSOS HÍDRICOS. É PRECISO PENSAR EM UMA NOVA ABORDAGEM DOS USOS DA ÁGUA NA AGRICULTURA. EM UM CONTEXTO DE MAIOR PRESSÃO SOBRE OS RECURSOS HÍDRICOS E SOBRE OS SOLOS, CONVÉM-SE DESTACAR A IMPORTÂNCIA DA VERTENTE AGRÍCOLA PARA A QUAL A CONTINUAÇÃO DO CENÁRIO DE «BUSINESS AS USUAL» SERIA IRRESPONSÁVEL. OS AGRICULTORES ESTARÃO ENTRE AS PRIMEIRAS VÍTIMAS DAS MUDANÇAS DE ABASTECIMENTO EM CONSEQUÊNCIA DAS VARIAÇÕES DO CLIMA. RECOMENDA-SE APOIAR A IMPLANTAÇÃO DE UMA MELHOR GOVERNANÇA DA ÁGUA PARA A AGRICULTURA, ASSIM COMO SISTEMAS DE EDUCAÇÃO, DE FORMAÇÃO E DE FINANCIAMENTO APROPRIADOS. DESCENTRALIZAÇÃO DA GESTÃO DOS PERÍMETROS IRRIGADOS, FINANCIAMENTOS PERENES E DURABILIDADE DAS ADMINISTRAÇÕES LIGADAS A SUA MANUTENÇÃO E SUA APROPRIAÇÃO PELOS BENEFICIÁRIOS, SERÃO ELEMENTOS CHAVE. UM DISPOSITIVO DE ACOMPANHAMENTO DAS MODIFICAÇÕES DAS PRÁTICAS AGRÍCOLAS SOBRE A ECONOMIA DE ÁGUA DEVE SER IMPLANTADA POR UMA BOA DIFUSÃO DA INOVAÇÃO EM GERAL, GRAÇAS À EDUCAÇÃO, À FORMAÇÃO, À PESQUISA E AO DESENVOLVIMENTO. MECANISMOS DE ESTÍMULO FINANCEIRO EM RELAÇÃO AOS SUBSÍDIOS DOS RECURSOS HÍDRICOS E A ECONOMIA DE ÁGUA (TARIFAÇÃO, COTA, SUBVENÇÕES) DEVEM SER PROGRESSIVAMENTE IMPLANTADOS E FACILITAR O ACESSO AO CRÉDITO PARA A MODERNIZAÇÃO DA IRRIGAÇÃO. A REDUÇÃO DA POLUIÇÃO DIFUSA, TANTO NO NÍVEL DA FERTILIZAÇÃO QUANTO NO DO USO DOS PRODUTOS FITOSSANITÁRIOS, É IGUALMENTE UMA CONDIÇÃO NECESSÁRIA PARA MANTER OU ENCONTRAR UM BOM ESTADO DAS ÁGUAS. OS ASSUNTOS DE ÁGUA AGRÍCOLA DEVEM SER, PORTANTO, CLARAMENTE INTEGRADOS NAS ABORDAGENS DE GESTÃO INTEGRADA DOS RECURSOS HÍDRICOS (GIRH), À ESCALA DAS BACIAS TRANSFRONTEIRIÇAS E NACIONAIS. RIOB 2010 REBOB FORTALEZA Y ATIBAIA 22/11/2010 5/11

6 MELHORAR O SANEAMENTO 85% DA POLUIÇÃO ANTRÓPICA É DESPEJADA NOS MEIOS NATURAIS TERRESTRES, LITORAIS E MARINHOS SEM NENHUMA DEPURAÇÃO. AS CONSEQUÊNCIAS DIRETAS SÃO A EUTROFIZAÇÃO, O DESAPARECIMENTO DA VIDA AQUÁTICA, A REDUÇÃO DAS ATIVIDADES PISCÍCOLAS, PRIMEIRO RECURSO ALIMENTAR DE NUMEROSAS POPULAÇÕES. AS CONSEQUÊNCIAS SOBRE A SAÚDE HUMANA E A HIGIENE, SOBRE O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOBRE A DEGRADAÇÃO DOS MEIOS NATURAIS SÃO MUITO SIGNIFICATIVAS E SE AGRAVAM NA FALTA DE MEDIDAS SUFICIENTES. CONVÉM, PORTANTO, LEMBRAR SEMPRE QUE AS VANTAGENS ECONÔMICAS DO SANEAMENTO SÃO NITIDAMENTE SUPERIORES AOS CUSTOS DOS INVESTIMENTOS E DA MANUTENÇÃO NECESSÁRIOS. O ATRASO EM RELAÇÃO AO SANEAMENTO É EXTREMAMENTE PREOCUPANTE E PEDE REFORMAS URGENTES, VÁRIAS DÉCADAS DE ESFORÇO REGULAR E MEIOS FINANCEIROS CONSIDERÁVEIS. SERIA PRECISO TAMBÉM REFORÇAR OS TRABALHOS DE PESQUISA PARA O DESENVOLVIMENTO DE TÉCNICAS COM UM CUSTO ECONÔMICO E SOCIAL ACEITÁVEL. A GESTÃO, A EXPLORAÇÃO, A MANUTENÇÃO E A RENOVAÇÃO DAS INSTALAÇÕES SÃO IGUALMENTE UM DESAFIO QUE É PRECISO DESTACAR PARA GARANTIR A PLENA EFICÁCIA DOS INVESTIMENTOS EXISTENTES E A SEREM REALIZADOS. SEUS CUSTOS SÃO E SERÃO CADA VEZ MAIS IMPORTANTES E RECORRENTES. A FORMAÇÃO PROFISSIONAL DOS EMPREGADOS DO SETOR AINDA É MUITAS VEZES QUASE INEXISTENTE E DEVERÁ SER ORGANIZADA EM GRANDE ESCALA. UMA EVIDÊNCIA: A GESTÃO INTEGRADA E EQUILIBRADA DOS RECURSOS HÍDRICOS POR BACIA SE IMPÕE EM TODO O MUNDO! AS BACIAS HIDROGRÁFICAS DOS RIOS, DOS LAGOS E DOS AQUÍFEROS, SÃO TERRITÓRIOS GEOGRÁFICOS NATURAIS APROPRIADOS PARA ORGANIZAR ESSA GESTÃO INTEGRADA E EQUILIBRADA. DE FATO, AS BACIAS HIDROGRÁFICAS SÃO OS TERRITÓRIOS NATURAIS ONDE A ÁGUA ESCORRE, TANTO NA SUPERFÍCIE QUANTO NO SUBSOLO, QUAISQUER QUE SEJAM AS FRONTEIRAS E LIMITES, NACIONAIS OU ADMINISTRATIVOS, ATRAVESSADOS. DESDE OS ANOS 90, PROGRESSOS SIGNIFICATIVOS FORAM IMEDIATAMENTE REALIZADOS. A GESTÃO POR BACIA CONHECEU UM DESENVOLVIMENTO RÁPIDO EM VÁRIOS PAÍSES, QUE FIZERAM DESTA A BASE DE SUA LEGISLAÇÃO NACIONAL SOBRE A ÁGUA OU QUE A EXPERIMENTAM EM BACIAS PILOTO NACIONAIS E TRANSFRONTEIRIÇAS. RIOB 2010 REBOB FORTALEZA Y ATIBAIA 22/11/2010 6/11

7 A EXPERIÊNCIA ADQUIRIDA PERMITE AFIRMAR QUE A GESTÃO INTEGRADA DOS RECURSOS HÍDRICOS POR BACIA TRAZ UMA VANTAGEM REAL DE GOVERNANÇA. ATUALMENTE, SABE-SE MUITO BEM QUE A GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS DEVE SER ORGANIZADA E DEBATIDA NO NÍVEL GEOGRÁFICO EM QUE SE APRESENTAM OS PROBLEMAS, QUER DIZER: 1) À ESCALA DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS, LOCAIS, NACIONAIS OU TRANSFRONTEIRIÇAS, DOS RIOS, DOS LAGOS E DOS AQUÍFEROS, ASSIM COMO DAS ZONAS COSTEIRAS QUE ESTÃO LIGADAS A ELAS; UMA CARTA DA BACIA, TIPO DE CÓDIGO DE CONDUTA NEGOCIADO BASEADO NAS MELHORES PRÁTICAS EM MATÉRIA DE GESTÃO INTEGRADA, PODE SER UM QUADRO GERAL A SER DESENVOLVIDO NESSA ESCALA; 2) APOIANDO-SE EM SISTEMAS INTEGRADOS DE INFORMAÇÃO, PERMITINDO CONHECER OS RECURSOS E SEUS USOS, AS PRESSÕES DE POLUIÇÃO, OS ECOSSISTEMAS E SEU FUNCIONAMENTO, IDENTIFICAR OS RISCOS E SEGUIR AS EVOLUÇÕES. ESSES SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DEVERÃO SERVIR DE BASE OBJETIVA À PREPARAÇÃO, À NEGOCIAÇÃO, À TOMADA DE DECISÕES E À EVOLUÇÃO DAS AÇÕES EMPREGADAS, ASSIM COMO À COORDENAÇÃO DOS FINANCIAMENTOS DOS DIFERENTES FUNDOS; ELES PODEM INCLUIR UM OBSERVATÓRIO EM QUE O PAPEL É MEDIR O RESPEITO E A EFICÁCIA DA APLICAÇÃO DAS REGRAS; 3) SOBRE A BASE DE PLANOS DE GESTÃO, OU PLANOS DIRETORES, FIXANDO OS OBJETIVOS A SEREM ATINGIDOS A MÉDIO E LONGO PRAZO; 4) ATRAVÉS DA REALIZAÇÃO DE PROGRAMAS DE MEDIDAS E DE INVESTIMENTOS PRIORITÁRIOS PLURIANUAIS SUCESSIVOS; 5) MOBILIZANDO FINANCIAMENTOS ESPECÍFICOS, SOBRE A BASE DA APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO POLUIDOR-PAGADOR E DE SISTEMAS UTILISADOR-PAGADOR, PROCURANDO A IMPLANTAÇÃO DE REPARTIÇÕES GEOGRÁFICAS E INTERSETORIAIS PARA REUNIR AS QUANTIAS NECESSÁRIAS; 6) COM UMA PARTICIPAÇÃO DOS REPRESENTANTES DAS DIFERENTES CATEGORIAS DE USUÁRIOS E ASSOCIAÇÕES DE PROTEÇÃO DA NATUREZA OU DE INTERESSES COLETIVOS, JUNTO ÀS ADMINISTRAÇÕES GOVERNAMENTAIS COMPETENTES E DAS AUTORIDADES TERRITORIAIS ENVOLVIDAS. DE FATO, É ESSA PARTICIPAÇÃO QUE GARANTIRÁ, NA ARTICULAÇÃO, A ACEITABILIDADE SOCIAL E ECONÔMICA DAS DECISÕES, LEVANDO EM CONTA NECESSIDADES REAIS, DISPOSIÇÕES A SEREM SEGUIDAS E RECURSOS CONTRIBUTIVOS DOS ATORES DA VIDA SOCIAL E ECONÔMICA. A DESCENTRALIZAÇÃO É A BASE DA EFICÁCIA DAS POLÍTICAS DA ÁGUA. OS QUADROS JURÍDICOS E INSTITUCIONAIS DEVEM PERMITIR A APLICAÇÃO DESSES SEIS PRINCÍPIOS EM CADA PAÍS E A NÍVEL REGIONAL. RIOB 2010 REBOB FORTALEZA Y ATIBAIA 22/11/2010 7/11

8 A COOPERAÇÃO ENTRE PAÍSES RIBEIRINHOS DEVE, EM ESPECIAL, SER REFORÇADA PARA GARANTIR A BOA GESTÃO DOS RIOS, LAGOS E AQUÍFEROS TRANSFRONTEIRIÇOS. HÁ VÁRIOS SÉCULOS, UMA QUANTIDADE SUFICIENTE DE ACORDOS FORAM ASSINADOS ENTRE PAÍSES FRONTEIRIÇOS PARA GARANTIR A LIBERDADE DE NAVEGAÇÃO, A PARTILHA DAS VAZÕES OU A PREVENÇÃO DAS INUNDAÇÕES, ASSIM COMO, DESDE O FIM DO SÉCULO XX, A CONSTRUÇÃO DE BARRAGENS HIDRELÉTRICAS. AGORA É INDISPENSÁVEL QUE ACORDOS, CONVENÇÕES OU TRATADOS DE COOPERAÇÃO TAMBÉM REFERENTES À LUTA CONTRA A POLUIÇÃO, À PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE E À GESTÃO INTEGRADA DESSAS BACIAS COMPARTILHADAS, SE MULTIPLIQUEM OU SEJAM CONSOLIDADAS ENTRE OS PAÍSES RIBEIRINHOS DESSES RECURSOS TRANSFRONTEIRIÇOS, PARA INSTAURAR UMA INDISPENSÁVEL SOLIDARIEDADE DE BACIA E DESENVOLVER UMA VISÃO COMUM DO FUTURO. A CONVENÇÃO DE HELSINKI, DE 17 DE MARÇO DE 1992, SOBRE A PROTEÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS CURSOS D ÁGUA TRANSFRONTEIRIÇOS E DOS LAGOS INTERNACIONAIS, FIXA UM QUADRO DE COOPERAÇÃO NESSE DOMÍNIO NA EUROPA. MESMO QUE A CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS DE 21 DE MAIO DE 1997, SOBRE OS OUTROS USOS DOS CURSOS D ÁGUA INTERNACIONAIS, ALÉM DO USO PARA NAVEGAÇÃO, AINDA NÃO ESTEJA EM VIGOR, SEUS PRINCÍPIOS SÃO CADA VEZ MAIS RECONHECIDOS COMO BASE DAS RELAÇÕES ENTRE ESTADOS FRONTEIRIÇOS ENVOLVIDOS. A RESOLUÇÃO A/RES/63/124 ADOTADA PELA ASSEMBLÉIA GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS EM DEZEMBRO DE 2008, OFERECE AOS ESTADOS UM QUADRO JURÍDICO PARA A GESTÃO DOS AQUÍFEROS TRANSFRONTEIRIÇOS. A DIRETIVA QUADRO EUROPEIA DA ÁGUA (DQA) DE 2000 FIXA, DA SUA PARTE, UM OBJETIVO DE BOM ESTADO NOS DISTRITOS HIDROGRÁFICOS NACIONAIS OU INTERNACIONAIS DOS 27 ESTADOS MEMBROS ATUAIS E DOS PAÍSES CANDIDATOS À ADESÃO À UNIÃO EUROPEIA. É NECESSÁRIO APOIAR A CRIAÇÃO DE COMISSÕES INTERNACIONAIS OU DE ORGANISMOS EQUIVALENTES, E CONSOLIDAR OS ORGANISMOS (OU COMISSÕES) QUE JÁ EXISTEM. TAIS COMISSÕES, AUTORIDADES OU ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS, PERMITEM UM MELHOR DIÁLOGO, A TROCA DE INFORMAÇÕES ÚTEIS, A RESOLUÇÃO DOS CONFLITOS POTENCIAIS, A DIVISÃO DOS BENEFÍCIOS DE UMA MELHOR GESTÃO COMUM E A CONSOLIDAÇÃO DA COOPERAÇÃO TRANSFROINTEIRIÇA. OS ACORDOS DE GESTÃO DOS AQUÍFEROS TRANSFRONTEIRIÇOS DEVEM, EM ESPECIAL, SER DESENVOLVIDOS CONSIDERANDO SUA FRAGILIDADE, ESPECIALMENTE A DOS LENÇÓIS SUBTERRÂNEOS FÓSSEIS, E SUA DURAÇÃO DE RESTAURAÇÃO DAS SITUAÇÕES DEGRADADAS, TANTO NO PLANO QUANTITATIVO QUANTO NO QUALITATIVO. RIOB 2010 REBOB FORTALEZA Y ATIBAIA 22/11/2010 8/11

9 TER MAIS CONHECIMENTO SOBRE OS RECURSOS HÍDRICOS, OS MEIOS AQUÁTICOS E SEUS USOS É INDISPENSÁVEL PARA PERMITIR A TOMADA DE DECISÕES. RECOMENDA-SE AOS PODERES PÚBLICOS E ÀS ORGANIZAÇÕES DE COOPERAÇÃO BI E MULTILATERAIS QUE APOIAM PROJETOS RELACIONADOS À GESTÃO E À UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS, CONSIDERAREM A IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS COMPLETOS DE INFORMAÇÃO COMO UMA OBRIGAÇÃO PRÉVIA E PROMOVEREM A CRIAÇÃO DE OBSERVATÓRIOS DOS RECURSOS HÍDRICOS E DE SEUS USOS NO NÍVEL DE CADA BACIA, SEJAM ELES NACIONAIS OU TRANSFROINTEIRIÇOS, EM COERÊNCIA COM A ORGANIZAÇÃO DE SISTEMAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO. AS REDES DE ANÚNCIO DAS CHEIAS, DAS SECAS E DAS POLUIÇÕES DEVEM SER MELHORADAS, DESENVOLVIDAS E COORDENADAS PARA REAGIREM MELHOR DIANTE DOS DESASTRES NATURAIS PROVOCADOS PELAS ÁGUAS E PROTEGER AS VIDAS HUMANAS E OS BENS. É PRECISO INVESTIR NA COLETA DE DADOS SOBRE RECURSOS HÍDRICOS E SEUS USOS, E EM SISTEMAS DE MONITORAMENTO MODERNOS E INTEGRADOS. SE A EXISTÊNCIA DA MUDANÇA CLIMÁTICA NÃO CAUSA MAIS DÚVIDAS, INCERTEZAS IMPORTANTES SUBSISTEM QUANTO AO SEU IMPACTO LOCAL E À MELHOR MANEIRA DE ENCARAR CADA SITUAÇÃO. ESTÁ CLARO QUE É PRECISO AGIR AGORA E MUITO DEPRESSA, MAS TAMBÉM QUE É PRECISO REFORÇAR AS PESQUISAS SOBRE O CLIMA À ESCALA DE CADA GRANDE BACIA OU REGIÕES. A PARTICIPAÇÃO DOS ATORES E DA SOCIEDADE CIVIL DEVE SER ORGANIZADA DE MANEIRA A PERMITIR UMA MOBILIZAÇÃO REAL DE PARCERIA. A RIOB RECOMENDA ORGANIZAR ESSA PARTICIPAÇÃO DENTRO DE COMITÊS OU CONSELHOS DE BACIA. ESSAS INSTÂNCIAS DE BACIA DEVERÃO ESTAR ASSOCIADAS ÀS DECISÕES REFERENTES À POLÍTICA DA ÁGUA NA BACIA, DENTRO DO QUADRO DE PROCEDIMENTOS E DEFININDO CLARAMENTE SEU PAPEL. EM PARTICULAR, ELAS DEVERÃO PARTICIPAR DA DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS A LONGO PRAZO E DA ELABORAÇÃO DOS PLANOS DE GESTÃO OU DOS PLANOS DIRETORES, DA SELEÇÃO DAS PRIORIDADES DE ZONEAMENTO E DE EQUIPAMENTOS, DA IMPLEMENTAÇÃO DOS PROGRAMAS DE MEDIDAS E DE INVESTIMENTOS PRIORITÁRIOS PLURIANUAIS, ASSIM COMO DA FIXAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DE FINANCIAMENTO E DO CÁLCULO DAS COBRANÇAS PELO USO DA ÁGUA REFERENTES A ESTES PRINCÍPIOS. FINALMENTE, MEIOS IMPORTANTES DEVERÃO SER CONSAGRADOS À SENSIBILIZAÇÃO E À PARTICIPAÇÃO DO PÚBLICO, ESPECIALMENTE AS MULHERES E OS JOVENS, ASSIM COMO À FORMAÇÃO DE SEUS REPRESENTANTES PARA A TOMADA DE DECISÕES. RIOB 2010 REBOB FORTALEZA Y ATIBAIA 22/11/2010 9/11

10 A CONTRIBUIÇÃO DOS USUÁRIOS PARA O FINANCIAMENTO DA ÁGUA OS INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS PARA GERENCIAR SUSTENTAVELMENTE, ADMINISTRAR, PRESERVAR E CONTROLAR OS RECURSOS HÍDRICOS E OS ECOSSISTEMAS, ASSIM COMO PARA GARANTIR A EXPLORAÇÃO DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS COLETIVOS, SUA MANUTENÇÃO E SUA RENOVAÇÃO PEDEM MEIOS FINANCEIROS CONSIDERÁVEIS. A ADAPTAÇÃO NECESSITARÁ TAMBÉM DOS FINANCIAMENTOS ADICIONAIS QUE PRECISARÁ, SEM DÚVIDAS, ENCONTRAR NA ADOÇÃO DE NOVOS MECANISMOS, TAIS COMO AS COBRANÇAS PELO USO DA ÁGUA NA BACIA, DOS SISTEMAS DE SEGURO OU DOS INSTRUMENTOS DE MERCADOS. A NECESSIDADE DE IMPLANTAR SISTEMAS DE FINANCIAMENTO COMPLEMENTARES BASEADOS NA PARTICIPAÇÃO E NA SOLIDARIEDADE DOS USUÁRIOS SE FAZ NECESSÁRIA EM TODO LUGAR. É PRECISO, PORTANTO, CONSIDERAR RECURSOS FINANCEIROS ESPECÍFICOS E COMPLEMENTARES COMBINANDO TAXAS ADMINISTRATIVAS NACIONAIS OU LOCAIS, UMA TARIFAÇÃO DOS SERVIÇOS COLETIVOS, MECANISMOS DE DIVISÃO GEOGRÁFICA E INTERSETORIAL E COBRANÇAS PELO USO DA ÁGUA AOS OBJETIVOS FIXADOS POR NEGOCIAÇÃO. ESSAS COBRANÇAS CONSTITUEM A APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS POLUIDOR-PAGADOR E UTILISADOR- PAGADOR. ESSES DISPOSITIVOS PERMITEM CRIAR UMA INDUÇÃO À LIMITAÇÃO DOS DESPERDÍCIOS E À DESPOLUIÇÃO ATRAVÉS DA MODIFICAÇÃO DOS COMPORTAMENTOS DOS USUÁRIOS. A RIOB RECOMENDA A GENERALIZAÇÃO PROGRESSIVA DO PRINCÍPIO DE RECUPERAÇÃO DOS CUSTOS, ESPECIALMENTE SOB FORMA DE COBRANÇAS PELO USO DE ÁGUA NA BACIA, CUJA EFICÁCIA FOI DEMONSTRADA EM TODOS OS LUGARES EM QUE ELA FOI BEM EXECUTADA. É PRECISO APOIAR A CRIAÇÃO E A CONSOLIDAÇÃO DOS ORGANISMOS DE BACIA NO MUNDO! RIOB 2010 REBOB FORTALEZA Y ATIBAIA 22/11/ /11

11 CONCLUSÃO: A GESTÃO INTEGRADA E EQUILIBRADA DOS RECURSOS HÍDRICOS É MAIS DO QUE NUNCA UMA PRIORIDADE INDISPENSÁVEL, VISTO QUE ESSE RECURSO RARO JÁ É UM FATOR LIMITANTE DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DE VÁRIOS PAÍSES DO MUNDO. UMA MOBILIZAÇÃO SEM PRECEDENTES É INDISPENSÁVEL PARA QUE A HUMANIDADE GANHE A BATALHA DA ÁGUA E PREPARE O FUTURO. A ORGANIZAÇÃO DESTA GESTÃO À ESCALA DAS BACIAS É UMA SOLUÇÃO EFICAZ QUE MERECE SER DESENVOLVIDA, APOIADA E SUSTENTADA. A RIOB TEM A INTENÇÃO DE CONTRIBUIR ATIVAMENTE COM OS ESFORÇOS DE ADAPTAÇÃO AOS EFEITOS DA MUDANÇA CLIMÁTICA: INVESTIR NA GESTÃO DA ÁGUA É RENTÁVEL! ISSO PRODUZ VANTAGENS IMEDIATAS, MAS TAMBÉM CRIA UMA CAPACIDADE DE ADAPTAÇÃO SOCIAL, ECONÔMICA E AMBIENTAL A LONGO PRAZO.. EVITAR OS EFEITOS DAS INUNDAÇÕES E DAS SECAS, LUTAR CONTRA OS DESPERDÍCIOS E A POLUIÇÃO, PROTEGER OS ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS PERMITEM TAMBÉM REDUZIR A POBREZA E GARANTIR UM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. OS ORGANISMOS MEMBROS DA RIOB DISPÕEM DE UMA EXPERIÊNCIA E DE UM CONHECIMENTO QUE ELES PRETENDEM DIVULGAR E DISPONIBILIZAR A TODOS OS PAÍSES E INSTITUIÇÕES QUE QUEIRAM SEGUI-LOS EM UMA ABORDAGEM EFICAZ DA GESTÃO POR BACIA. RIOB 2010 REBOB FORTALEZA Y ATIBAIA 22/11/ /11