NA NATUREZA SELVAGEM. Tradução: PEDRO MAIA SOARES. Revisão e formatação do e-book: Projeto Democratização da Leitura

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2 NA NATUREZA SELVAGEM Tradução: PEDRO MAIA SOARES Revisão e formatação do e-book: Projeto Democratização da Leitura

3 Copyright 1996 by Jon Krakauer Publicado em acordo com Lennart Sane Agency AB Título original: Into the wild Capa: Hélio de Almeida Foto da capa: People Weekly 1992 by Phil Shofield Preparação: Isabel Jorge Cury Revisão: Carmen S. da Costa Cláudia Cantarin Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Krakauer, JaTI Na natureza selvagem I JaTI Krakauer; tradução Pedro Maia Soares. - São Paulo: Companhia das Letras, Título original: lnto the Wild. ISBN Aventuras e aventureiros - Estados Unidos Biografia 2. McCandless. Christopher Johnson, Viagens de carona Alasca 4. Viagens de carona - Oeste (U.S.) 5. Vida errante Alasca 6. Vida errante - Oeste (US.) I. TItulo CDD Índice para catálogo sistemático: 1. Aventureiros desaparecidos Biografia Todos os direitos desta edição reservados à EDITORA SCHWARCZ LTDA. Rua Bandeira Paulista, 702, cj São Paulo - SP Telefone: (11) Fax: (11)

4 NOTA DO AUTOR Em abril de 1992, um jovem de uma família abastada da costa leste dos Estados Unidos foi de carona até o Alasca e adentrou sozinho a região selvagem e desabitada ao norte do monte McKinley. Quatro meses depois, seu corpo decomposto foi encontrado por um grupo de caçadores de alce. Pouco após a descoberta do cadáver, o editor da revista Outside pediu-me uma reportagem sobre as circunstâncias enigmáticas da morte do rapaz. Revelou-se que seu nome era Christopher Johnson McCandless. Fiquei sabendo que crescera em um subúrbio rico de Washington, D.C., onde fora excelente aluno e atleta de elite. No verão de 1990, logo após formar-se, com distinção, na Universidade Emory, McCandless sumiu de vista. Mudou de nome, doou os 24 mil dólares que tinha de poupança a uma instituição de caridade, abandonou seu carro e a maioria de seus pertences, queimou todo o dinheiro que tinha na carteira. Inventou então uma vida nova para si, instalando-se na margem maltrapilha de nossa sociedade, perambulando pela América do Norte em busca de experiências cruas, transcendentes. Sua família não tinha idéia de onde estava ou que fim tivera até que seus restos apareceram no Alasca. Trabalhando com prazo curto, escrevi um artigo de 9 mil palavras, publicado no número de janeiro de 1993 da revista, mas meu fascínio por McCandless não desapareceu com a substituição daquela edição de Outside nas bancas por temas jornalísticos mais atuais. Perseguiam-me a lembrança dos detalhes da morte por inanição do rapaz e certas semelhanças vagas entre acontecimentos de minha vida e da de Christopher. Disposto a não me afastar de McCandless, passei mais de um ano refazendo a trilha espiralada que conduziu a sua morte na taiga do Alasca, caçando os detalhes de sua peregrinação com um interesse que beirava a obsessão. Ao tentar compreender McCandless, cheguei inevitavelmente a refletir sobre outros temas mais amplos: a atração que as regiões selvagens exercem sobre a imaginação americana, o fascínio que homens jovens com um certo tipo de mentalidade sentem por atividades de alto risco, os laços altamente tensos que existem entre pais e filhos. O resultado dessa investigação cheia de meandros é este livro. Não tenho pretensão de ser um biógrafo imparcial. A estranha história de McCandless tocoume pessoalmente de tal forma que tomou impossível um relato desapaixonado da tragédia. Na maior parte do livro tentei - creio que, em larga medida, com sucesso - minimizar minha presença de autor. Mas que o leitor esteja atento: intercalei a história de McCandless com fragmentos de uma narrativa baseada em minha própria juventude. Faço isso na esperança de que minhas experiências iluminem, mesmo de forma indireta, o enigma de Chris McCandless. Ele era um jovem veemente demais e possuía traços de idealismo obstinado que não combinavam facilmente com a existência moderna. Cativado havia muito tempo pela leitura de Tolstoi, admirava em particular como o grande romancista tinha abandonado uma vida de riqueza e privilégios para vagar entre os miseráveis. Na faculdade, McCandless começou a imitar o ascetismo e o rigor moral de Tolstoi a tal ponto que primeiro espantou, depois alarmou, as pessoas que lhe eram próximas. Quando o rapaz se internou no mato do Alasca, não cultivava ilusões de que estivesse entrando numa terra de leite e mel; perigo, adversidade e despojamento tolstoiano era exatamente o que estava buscando. E foi o que encontrou, em abundância. Contudo, durante a maior parte das seis semanas de provação, McCandless saiu-se mais do que bem. Com efeito, se não fosse por um ou dois erros aparentemente insignificantes, ele teria saído da floresta em agosto de 1992 de maneira tão anônima quanto nela entrara em abril. Em vez disso, seus erros inocentes acabaram sendo básicos e irreversíveis, seu nome foi parar nas manchetes dos jornais sensacionalistas e para sua perplexa família, restaram os cacos de um amor ardente e doloroso. Uma quantidade surpreendente de pessoas sentiu-se afetada pela história da vida e morte de Chris McCandless. Nas semanas e meses posteriores à publicação do artigo na Outside, ela gerou mais cartas do que qualquer outra matéria já editada pela revista. Essa correspondência, como era de esperar, refletia pontos de vista muito divergentes. Alguns leitores admiravam imensamente o rapaz por sua coragem e seus nobres ideais; outros fulminavam que ele era um rematado idiota, um pirado, um narcisista que morreu de arrogância e estupidez - e que não merecia a atenção que a imprensa lhe dera. Minhas convicções ficarão claras logo em

5 seguida, mas deixarei que o leitor forme sua opinião sobre Chris McCandless. Jon Krakauer Seattle Abril de 1995

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7 NA NATUREZA SELVAGEM

8 01 O INTERIOR DO ALASCA 27 de abril de 1992 Saudações de Fairbanks! Esta é a última vez que você terá notícias minhas, Wayne. Cheguei aqui há dois dias. Foi muito difícil pegar carona no território de Yukon. Mas finalmente cheguei. Por favor, devolva toda a minha correspondência para os remetentes. Posso demorar muito até voltar para o Sul. Se esta aventura se revelar fatal e você nunca mais tiver notícias de mim, quero que saiba que você é um grande homem. Caminho agora para dentro da natureza selvagem. Alex. CARTÃO-POSTAL RECEBIDO POR WAYNE WESTERBERG EM CARTAGO, DAKOTA DO SUL Jim Gallien estava a dois quilômetros e meio de Fairbanks quando viu o caroneiro de pé na neve, ao lado da estrada, polegar bem alto, tremendo de frio no amanhecer do Alasca. Não parecia ser muito velho: dezoito, talvez dezenove anos, no máximo. A ponta de um rifle projetava-se de sua mochila, mas tinha aparência bastante amistosa: um caroneiro com uma Remington semiautomática não é o tipo de coisa que provoque hesitação nos motoristas daquele estado. Gallien parou sua picape no acostamento e mandou o rapaz subir. O caroneiro jogou sua mochila no chão do Ford e apresentou-se como Alex. "Alex?", retrucou Gallien, esperando o sobrenome. "Só Alex", replicou o rapaz, rejeitando claramente a isca. Magro mas rijo, com cerca de um metro e setenta de altura, disse ter 24 anos e ser de Dakota do Sul. Explicou que queria uma carona até o limite do Parque Nacional Denali, onde pretendia caminhar mato adentro e "viver da terra por alguns meses". Gallien, eletricista sindicalizado, estava a caminho de Anchorage, 380 quilômetros adiante do Denali pela rodovia George Parks, e disse a Alex que o deixaria onde quisesse. A mochila dele não parecia pesar mais do que doze ou treze quilos, o que surpreendeu Gallien - caçador experiente, acostumado às florestas -, pois era um volume muito pequeno para quem pretendia ficar vários meses no mato, especialmente tão no início da primavera. "Ele não estava levando nada da comida e do equipamento que se espera que alguém carregue naquele tipo de viagem", relembra Gallien. O sol surgiu. Enquanto desciam das cristas reflorestadas acima do rio Tanana, Alex olhava para o terreno pantanoso, coberto de juncos e musgos e varrido pelo vento que se estendia para o sul. Gallien se perguntava se não teria dado carona para um daqueles birutas dos outros 48 estados do Sul que vinham para o Norte realizar as arriscadas fantasias de Jack London. Há muito tempo que o Alasca atrai sonhadores e desajustados, gente que acha que a vastidão imaculada da Última Fronteira irá preencher todos os vazios de sua vida. Porém, o mato é um lugar que não perdoa, que não dá a mínima para a esperança ou o desejo. "As pessoas de fora", relata Gallien com sua fala arrastada e sonora, "pegam um exemplar da revista Alaska, folheiam e ficam pensando: 'Ei, vou para lá, viver da terra, levar uma boa vida'. Mas quando chegam aqui e entram de verdade no mato, bem, aí não é como a revista tinha contado. Os rios são grandes e rápidos. Os mosquitos comem você vivo. Na maioria dos lugares, não há muitos animais para caçar. Viver no mato não é um piquenique." De Fairbanks até a beira do Parque Denali era uma viagem de duas horas. Quanto mais conversavam, menos Alex parecia maluco. Era agradável e bem-educado. Bombardeou o motorista com perguntas sensatas sobre quais pequenos animais de caça vivem na região, que tipo de frutas silvestres poderia comer - "esse tipo de coisa". Ainda assim, Gallien estava preocupado. Alex admitiu que o único alimento em sua mochila era um saco de quatro quilos e meio de arroz. Seu equipamento parecia excessivamente insuficiente para as condições duras do interior, que, em abril, ainda está soterrado pela neve do inverno. As botas baratas de Alex não eram impermeáveis nem bem isoladas. Seu rifle era apenas de calibre 22, muito pequeno para quem pensasse em matar animais grandes como alces e caribus, os quais teria de comer se quisesse permanecer muito tempo na região. Não tinha

9 machadinha, protetor contra insetos, raquetes de neve, bússola. O único auxílio de orientação que trazia era um mapa rodoviário estadual todo rasgado que surrupiara de um posto de gasolina. A 150 quilômetros de Fairbanks, a rodovia começa a subir os contrafortes da cadeia do Alasca. Enquanto o carro atravessava uma ponte sobre o rio Nenana, Alex olhou para a correnteza forte e disse que tinha medo da água: "Há um ano, no México, eu estava numa canoa no mar e quase me afoguei durante uma tempestade". Um pouco mais tarde, ele pegou seu mapa e apontou para uma linha vermelha que cruzava a estrada perto de Healy, uma cidade de mineração de carvão. Ela representava uma rota chamada Stampede Trail [trilha do Estouro da Boiada]. Raramente percorrida, nem aparece na maioria dos mapas rodoviários do Alasca. Mas no mapa de Alex, a linha pontilhada serpenteava para oeste da rodovia Parks por cerca de sessenta quilômetros até sumir no meio da região selvagem e sem trilhas situada ao norte do monte McKinley. Era para lá que pretendia ir, anunciou Alex. Gallien achou que o plano do caroneiro era temerário e tentou com insistência dissuadi-lo: "Falei que não era fácil caçar no lugar aonde ele estava indo, que poderia passar dias sem matar animal algum. Quando isso não funcionou, tentei assustá-lo com histórias de ursos. Disse-lhe que uma 22 não faria provavelmente nada a um urso pardo, exceto deixá-lo furioso. Alex não parecia muito preocupado. 'Subo numa árvore', foi tudo o que disse. Então expliquei que as árvores não crescem muito naquela parte do estado, que um urso podia derrubar um abeto fino e pequeno num segundo. Mas ele não recuava um milímetro. Tinha resposta para tudo que joguei em cima dele". Gallien ofereceu-se para levá-lo até Anchorage, comprar-lhe um equipamento decente e depois trazê-lo de volta até onde quisesse. "Não, mas de qualquer forma, obrigado", respondeu Alex. "Eu me viro com o que tenho." Gallien perguntou se ele tinha licença de caça. "Claro que não", desdenhou Alex. "O jeito como eu me alimento não é da conta do governo. Fodam-se as regras estúpidas deles." Quando Gallien perguntou se seus pais ou algum amigo sabiam o que pretendia fazer - se havia alguém que acionaria o alarme se ele encontrasse problemas e se atrasasse, Alex respondeu tranquilamente que não, que ninguém sabia de seus planos, que na verdade não falava com sua família havia quase dois anos. "Tenho certeza absoluta de que não vou encontrar nada que não possa enfrentar sozinho", assegurou a Gallien. "Simplesmente não tinha como convencer o cara a desistir", lembra Gallien. "Ele estava decidido. Muito entusiasmado mesmo. A palavra que vem à mente é excitado. Mal podia esperar para entrar no mato e começar." A três horas de distância de Fairbanks, Gallien saiu da rodovia e entrou com seu surrado 4 por 4 numa estrada secundária coberta de neve. Nos primeiros quilômetros, a Stampede Trail estava bem nivelada e passava por cabanas espalhadas por bosques de abetos e choupos. Depois dos últimos chalés de madeira, no entanto, a estrada deteriorava-se rapidamente. Descaracterizada e cheia de amieiros, transformava-se numa trilha grosseira, sem manutenção. No verão, ela seria ruim, mas passável; agora, estava tomada por meio metro de neve mole de primavera. A quinze quilômetros da rodovia, percebendo que ficaria preso se fosse adiante, Gallien parou seu veículo no topo de uma colina baixa. Os cumes gelados da cadeia de montanhas mais alta da América do Norte brilhavam no horizonte sudoeste. Alex insistiu em dar a Gallien seu relógio, seu pente e o que disse ser todo o seu dinheiro: 85 centavos em moedas. "Não quero seu dinheiro e já tenho relógio", protestou Gallien. "Se você não ficar com ele, vou jogá-lo fora", replicou alegremente o rapaz. "Não quero saber que horas são. Não quero saber que dia é nem onde estou. Nada disso importa." Antes que Alex descesse da picape, Gallien pegou atrás do banco um velho par de botas de borracha e persuadiu o rapaz a levá-las. "Eram grandes demais para ele", relembra Gallien. "Mas eu disse: use dois pares de meias e seus pés vão ficar meio quentes e secos." "Quanto lhe devo?" "Não se preocupe com isso", respondeu Gallien. Deu então ao rapaz um pedaço de papel com seu telefone, que Alex enfiou cuidadosamente em sua carteira de náilon. "Se você sair dessa vivo, me telefone e eu direi como me devolver as botas."

10 A esposa de Gallien dera-lhe dois sanduíches de queijo e atum e um saco de com chips para o almoço; ele convenceu o jovem caroneiro a aceitar também a comida. Alex tirou uma câmera da mochila e pediu que Gallien tirasse uma fotografia dele com seu rifle no começo da trilha. Depois, com um amplo sorriso, desapareceu pelo caminho coberto de neve. A data era 28 de abril de Gallien manobrou a picape, retomou à rodovia Parks e continuou na direção de Anchorage. Poucos quilômetros adiante, chegou à pequena comunidade de Healy, onde a Força Pública do Alasca mantém um posto. Gallien pensou por um momento em parar e contar às autoridades sobre Alex, mas mudou de ideia "Imaginei que ele estaria bem", explica. "Pensei que provavelmente ficaria com fome muito cedo e voltaria para a estrada. É o que qualquer pessoa normal faria."

11 02 STAMPEDE TRAIL Jack London é rei. Alexander Supertramp Maio de 1992 GRAFITE ENTALHADO NUM PEDAÇO DE MADEIRA ENCONTRADO NO LOCAL DA MORTE DE CHRIS MCCANDLESS A floresta escura de abetos erguia-se carrancuda de ambos os lados do rio congelado. As árvores tinham sido despidas de sua cobertura branca de gelo por um vento recente e pareciam inclinar-se umas para as outras, negras e agourentas, na luz evanescente. Um vasto silêncio reinava sobre a terra. A própria terra era uma desolação, sem vida, sem movimento, tão solitária e fria que seu espírito não era nem mesmo o da tristeza. Havia um laivo de riso nela, mas de um riso mais terrível que qualquer tristeza - um riso que era tão sombrio quanto o sorriso da Esfinge, um riso tão frio quanto o gelo e compartilhando a severidade da infalibilidade. Era a imperiosa e incomunicável sabedoria da eternidade rindo da futilidade da vida e do esforço de viver: Era a Natureza, a selvagem, a de coração gélido, a Natureza das Terras do Norte. JACK LONDON - CANINOS BRANCOS Na margem norte da cadeia do Alasca, logo antes que as escarpas volumosas do McKinley e seus satélites se rendam à baixa planície de Kantishna, uma série de elevações menores, conhecidas como cadeia Exterior, espalha-se pelo terreno plano como um cobertor amarfanhado numa cama desarrumada. Entre as cristas pétreas das duas escarpaduras mais externas da cadeia Exterior corre uma depressão no sentido leste-oeste, com cerca de oito quilômetros de largura, alcatifada por um amálgama pantanoso de musgos e juncos, moitas de amieiros e veios de abetos esqueléticos. Serpenteando pelas terras baixas onduladas e emaranhadas encontra-se a Stampede Trail, rota que Chris McCandless seguiu ao se afastar da civilização. A trilha, aberta na década de 30 por um lendário mineiro do Alasca chamado de Earl Pilgrim [Conde Peregrino], levava a uma mina de antimônio, que ele reivindicou, junto ao córrego Stampede, acima da bifurcação Águas Claras do rio Toklat. Em 1961, a Yutan Construction, uma empresa de Fairbanks, foi contratada pelo novo estado do Alasca (situação a que o território fora elevado dois anos antes) para melhorar a trilha, transformando-a em estrada pela qual os caminhões pudessem retirar o minério durante o ano inteiro. Para abrigar os operários durante as obras, a Yutan comprou três ônibus velhos, dotou-os de beliches e um fogão simples feito de tonel e arrastou-os até o local com um Caterpillar D-9. O projeto foi suspenso em 1963; cerca de oitenta quilômetros de estrada chegaram a ser construídos, mas nunca se ergueram as pontes sobre os diversos rios que atravessava; pouco depois, ela tornou-se intransitável pelo degelo da Permafrost e por enchentes sazonais. A empresa rebocou de volta para a estrada dois dos ônibus. O terceiro foi deixado a meio caminho da trilha para servir de abrigo aos caçadores de animais e peles. Nas três décadas decorridas desde que a construção parou, boa parte do leito da estrada foi destruído por enxurradas, macega e lagos de castores, mas o ônibus continua lá. Um International Harvester de primeira linha da década de 40, o veículo está abandonado a quarenta quilômetros a oeste de Healy, enferrujando de modo desigual entre as ervas à margem da trilha, logo depois da fronteira do Parque Nacional Denali. O motor já não existe. Várias janelas estão rachadas ou foram arrancadas e garrafas quebradas de uísque espalham-se pelo chão. A pintura verde e branca está muito oxidada. Letras castigadas pelo tempo indicam que a velha máquina pertenceu ao Sistema de Trânsito da Cidade de Fairbanks: ônibus 142. Hoje em dia não é incomum que o veículo passe seis ou sete meses sem receber um visitante humano, mas no começo de setembro de 1992 aconteceu de seis pessoas em três grupos diferentes visitarem, na mesma tarde, o ônibus abandonado. Em 1980, o Parque Nacional Denali foi ampliado para incluir os montes Kantishna e o extremo norte da cadeia Exterior, mas uma parte de terras baixas dentro da nova extensão do parque foi deixada de fora: um longo braço de terra conhecido como Wolf Townships [Distritos dos

12 Lobos], que abrange a primeira metade da Stampede Trail. Esse trecho de onze por 32 quilômetros está cercado por três lados de terreno protegido do parque e, por isso, é rico em lobos, ursos, caribus, alces e outros animais de caça, um segredo que é bem guardado pelos caçadores locais. No outono, assim que abre a temporada de caça ao alce, um punhado de caçadores costuma visitar o velho ônibus, estacionado ao lado do rio Sushana, no extremo oeste do trecho que não pertence ao parque, a três quilômetros do seu limite. Ken Thompson, dono de uma oficina de funilaria de Anchorage; Gordon Samel, seu empregado; e seu amigo Ferdie Swanson, operário de construção, partiram para o ônibus no dia 6 de setembro de 1992, atrás de alces. Não é um lugar fácil de chegar. Uns quinze quilômetros depois do fim da estrada melhorada, a Stampede Trail cruza o rio Teklanika, uma corrente forte e gelada cujas águas ficam opacas com resíduos das geleiras. A trilha desce até a margem do rio logo acima de uma garganta estreita, pela qual o Teklanika jorra sua água branca. A perspectiva de vadear essa torrente leitosa desencoraja a maioria das pessoas a ir adiante. Mas Thompson, Samel e Swanson são alasquianos contumazes, com especial predileção por dirigir veículos motorizados onde eles não foram feitos para andar. Ao chegar ao Teklanika, exploraram as margens até localizar uma seção larga, trançada com canais relativamente rasos, e então entraram de frente na água. "Eu entrei primeiro", conta Thompson. "O rio tinha provavelmente vinte metros de largura e era muito rápido. Minha máquina é um Dodge 824 por 4 com calço de molas e pneus de 38 polegadas e a água chegava ao capô. Teve uma hora em que achei que não ia conseguir atravessar. Gordon tem um guincho com capacidade de três toneladas e meia na frente de seu carro e fiz com que ele andasse logo atrás de mim para que pudesse me puxar se eu sumisse de vista." Thompson chegou à margem oposta sem incidentes, seguido por Samel e Swanson, em seus respectivos veículos. Na carroceria das duas picapes estavam veículos leves para qualquer tipo de terreno: um de três rodas, o outro de quatro. Eles estacionaram os carrões numa faixa de cascalho, descarregaram os veículos leves e continuaram na direção do ônibus nas máquinas mais manobráveis. Poucos metros adiante do rio, a trilha desaparecia numa série de lagos de castores onde a água batia no peito. Sem hesitar, os três alasquianos dinamitaram os diques de galhos e drenaram os lagos. Foram então adiante, subindo o leito de um riacho pedregoso através de moitas de amieiros. Era final da tarde quando chegaram finalmente ao ônibus e, segundo Thompson, encontraram "a quinze metros de distância, um cara e uma garota de Anchorage com cara de quem viu assombração". Nenhum dos dois entrara no ônibus, mas tinham chegado perto o suficiente para notar "um mau cheiro de verdade que vinha de dentro". Uma bandeira de sinalização improvisada - um aquecedor de perna de tricô vermelho, do tipo usado por dançarinos - estava amarrada na ponta de um galho de amieiro na porta de trás do veículo. A porta estava entreaberta e grudada nela havia um bilhete inquietante. Escrito em letra de forma numa página arrancada de um romance de Nicolai Gogol, dizia: S.O.S. PRECISO DE SUA AJUDA. ESTOU FERIDO, QUASE MORTO E FRACO DEMAIS PARA SAIR DAQUI. ESTOU SOZINHO, ISTO NÃO É PIADA. EM NOME DE DEUS, POR FAVOR FIQUE PARA ME SALVAR. ESTOU CATANDO FRUTAS POR PERTO E DEVO VOLTAR ESTA TARDE. OBRIGADO. CHRIS MCCANDLESS. AGOSTO O casal de Anchorage ficara muito perturbado com as implicações do bilhete e o forte cheiro de decomposição para examinar o interior do ônibus; então Samel encheu-se de coragem e foi dar uma olhada. Uma espiada pela janela revelou um rifle Remington, uma caixa de plástico de cartuchos, oito ou nove livros, uns jeans rasgados, utensílios de cozinha e uma mochila cara. No fundo do veículo, num beliche barato, havia um saco de dormir que parecia conter algo ou alguém, embora, como diz Samel, fosse "difícil ter certeza absoluta". "Subi num toco", continua Samel, "enfiei a mão por uma janela de trás e sacudi o saco. Havia realmente algo dentro dele, mas, o que quer que fosse, pesava muito pouco. Foi só quando

13 dei a volta pelo outro lado e vi uma cabeça para fora do saco que tive certeza do que era." Chris McCandless estava morto havia duas semanas e meia. Samel, um homem de opiniões fortes, decidiu que o corpo deveria ser evacuado imediatamente. Porém, não havia espaço em sua pequena máquina nem na de Thompson para transportar o morto, nem na do casal de Anchorage. Um pouco depois, uma sexta pessoa apareceu no local, um caçador de Healy chamado Butch Killian. Como estava dirigindo um Argo - um off road anfíbio de oito rodas - Samel sugeriu que Killian levasse os despojos, mas ele se recusou, insistindo em que aquilo era tarefa da Força Pública. Killian, mineiro de carvão que à noite é paramédico de emergência dos Bombeiros Voluntários de Healy, tinha um rádio no Argo. De onde estavam, não conseguiu contatar ninguém, mas oito quilômetros abaixo, na direção da rodovia, pouco antes de escurecer, conseguiu falar com o operador de rádio da usina elétrica de Healy: "Aqui é Butch. É melhor você chamar os soldados. Há um homem no ônibus do Sushana. Parece que está morto há algum tempo". Às oito e meia da manhã seguinte, um helicóptero da polícia desceu ruidosamente ao lado do ônibus, numa saraivada de poeira e folhas de choupo. Os soldados fizeram um rápido exame do veículo e das imediações buscando sinais de crime e depois partiram. Com eles, levaram os restos de McCandless, uma câmera com cinco rolos de filme batidos, o bilhete de SOS e um diário - escrito sobre as duas últimas páginas de um guia de campo de plantas comestíveis - que registrava as semanas finais do rapaz em 113 notas concisas e enigmáticas. O corpo foi levado para Anchorage, onde se realizou uma autópsia no Laboratório Científico de Detecção de Crimes. Os restos estavam tão decompostos que era impossível determinar exatamente a data da morte, mas o legista não encontrou sinais de grandes ferimentos internos nem ossos quebrados. Não restava praticamente nada de gordura subcutânea no cadáver e os músculos tinham definhado bastante nos dias ou semanas anteriores à morte. No momento da autópsia, os restos de McCandless pesavam trinta quilos e quatrocentos gramas. A inanição foi aventada como a causa mais provável da morte. A assinatura de McCandless estava no final do bilhete de 50S, e entre as fotos reveladas havia muitos auto-retratos. Mas como não havia nenhum documento de identidade, as autoridades não sabiam quem era ele, de onde vinha, nem por que estava ali.

14 03 CARTAGO Eu queria movimento e não um curso calmo de existência. Queria excitação e perigo e a oportunidade de sacrificar-me por meu amor Sentia em mim uma superabundância de energia que não encontrava escoadouro em nossa vida tranqüila. LEON TOLSTOI "FELICIDADE FAMILIAR" TRECHO SUBLINHADO EM UM DOS LIVROS ENCONTRADOS COM OS RESTOS DE CHRIS MCCANDLESS Não se deve negar [... ] que estar solto no mundo sempre foi estimulante para nós. Está associado em nossas mentes à fuga da história, opressão, lei e obrigações maçantes, com liberdade absoluta, e a estrada sempre levou para o oeste. WALLACE STEGNER THE AMERICAN AS LlVING SPACE Cartago, Dakota do Sul, 274 habitantes, é um sonolento conjunto de casas de madeira,jardins caprichosos e desgastadas fachadas de tijolo que se erguem humildemente na imensidão das planícies do Norte, à deriva do tempo. Fileiras imponentes de choupos sombreiam as ruas raramente perturbadas pelo movimento de veículos. Na cidade há uma mercearia, um banco, um único posto de gasolina e um bar solitário, o Cabaret, onde Wayne Westerberg está tomando um coquetel e mascando um charuto, lembrando-se do rapaz esquisito que conheceu com o nome de Alex. As paredes de compensado do Cabaret estão decoradas com chifres de veado, velhos anúncios de cerveja Milwaukee e pinturas cafonas de aves de caça alçando voo Anéis de fumaça de cigarro elevam-se dos grupos de agricultores de macacão e boné empoeirados, faces cansadas e tão encardidas quanto a de mineiros de carvão. Falando com frases curtas, objetivas, eles expõem sua preocupação com o tempo instável e os campos de girassol ainda úmidos demais para cortar, enquanto acima de suas cabeças o rosto zombeteiro de Ross Perot tremeluz na tela da televisão. Dentro de oito dias, o país vai eleger Bill Clinton presidente. Já se passaram dois meses desde que o corpo de Chris McCandless apareceu no Alasca. "Era isso que Alex costumava beber", diz Westerberg, franzindo as sobrancelhas enquanto mexe o gelo de seu coquetel White Russian. "Ele costumava sentar-se ali no fim do balcão e contar aquelas histórias espantosas de suas viagens. Era capaz de falar durante horas. Muita gente aqui da cidade ficou bastante ligada no Alex. Negócio esquisito que aconteceu com ele." Westerberg, um homem agitado de ombros largos e cavanhaque negro, é dono de um elevador de cereais em Cartago e de outro alguns quilômetros fora da cidade, mas passa todos os verões dirigindo uma equipe que movimenta ceifeiras-debulhadoras feitas sob medida, seguindo a colheita, do Texas à fronteira do Canadá. No outono de 1990, estava encerrando a estação no centro-norte de Montana, cortando cevada para a Coors e a Anheuser-Bush. Na tarde de 10 de setembro, saindo de Cut Bank depois de comprar algumas peças para uma das máquinas, parou para dar carona a um garoto simpático que dizia chamar-se Alex McCandless. O rapaz era um tanto pequeno, de físico magro, mas rijo e resistente, de trabalhador itinerante. Havia algo interessante em seus olhos. Escuros e emotivos, sugeriam um traço de sangue exótico em sua linhagem - grego, talvez, ou chippewa - e transmitiam uma vulnerabilidade que fez Westerberg querer abrigar o garoto sob suas asas. Era o tipo de beleza sensível que atraía as mulheres, imaginou Westerberg. Seu rosto tinha uma elasticidade estranha: de mole e inexpressivo passava subitamente a ostentar um sorriso largo e exagerado que distorcia seus traços e expunha dentes cavalares. Era míope e usava óculos de aros de aço. Parecia faminto. Dez minutos depois de apanhar McCandless, Westerberg parou na cidade de Ethridge para entregar um pacote a um amigo. "Ele nos ofereceu cerveja e perguntou a Alex há quanto tempo não comia. O garoto admitiu que fazia um par de dias. Disse que ficara sem dinheiro." Ouvindo

15 isso, a esposa do amigo insistiu em fazer um grande jantar para Alex, que ele devorou e depois adormeceu sobre a mesa. McCandless dissera a Westerberg que seu destino era Saco Rot Springs, quase quatrocentos quilômetros para leste, na auto-estrada 2, um lugar de que ouvira falar por alguns rubber tramps (vagabundos que possuem um veículo, diferentes dos leather tramps, que não têm transporte próprio e são obrigados a pedir carona ou caminhar - N.T.). Westerberg respondera que podia levar McCandless somente dez quilômetros adiante, pois então viraria para o norte, na direção de Sunburst, onde tinha um trailer perto dos campos que estava cortando. Quando parou para que McCandless descesse, já eram dez e meia da noite e chovia forte. Westerberg propôs: "Olha, não vou deixar você nesta maldita chuva. Você tem um saco de dormir - por que não vem comigo até Sunburst e passa a noite no trailer?". McCandless ficou com Westerberg três dias, saindo todas as manhãs com a turma que pilotava as máquinas, atravessando o oceano de cereais maduros. Antes que se separassem, Westerberg disse ao rapaz que o procurasse em Cartago se precisasse de emprego. "Não passaram duas semanas e Alex apareceu na cidade", relembra Westerberg, que lhe deu emprego no elevador de cereais e alugou-lhe um quarto barato em uma das duas casas que possuía. "Tenho dado emprego a um monte de caroneiros ao longo dos anos", diz Westerberg. "A maioria deles não era lá grande coisa, não queria realmente trabalhar. Com Alex, a história era diferente. Foi o trabalhador mais tenaz que conheci. Não importava o que fosse, ele fazia: trabalho manual duro, tirar grãos podres e ratos mortos do fundo do buraco, serviços que o deixam tão sujo que você nem sabe com que cara fica no final do dia. E nunca largava as coisas pela metade. Se começava um serviço, ia até o fim. Era quase uma coisa moral para ele. Ele era o que você chamaria de extremamente ético. Ele se impunha padrões bastante elevados." "Você via logo que Alex era inteligente", reflete Westerberg, acabando seu terceiro drinque. "Lia muito. Usava um monte de palavras pomposas. Acho que parte do que complicou sua vida talvez tenha sido que ele pensava muito. Às vezes fazia força demais para entender o mundo, saber por que certas pessoas eram más com as outras. Um par de vezes tentei lhe dizer que era um erro se aprofundar tanto naquele tipo de coisa, mas Alex empacava. Tinha sempre que saber a resposta certa e absoluta antes de passar para a próxima coisa." A certa altura, Westerberg descobriu em um formulário de imposto que o nome verdadeiro de McCandless era Chris. "Ele nunca explicou por que trocara de nome", diz Westerberg. "Das coisas que dizia, dava para deduzir que algo não ia bem entre ele e sua família, mas não gosto de me meter na vida dos outros, então nunca perguntei sobre isso." Se McCandless se sentia distante de seus pais e parentes, encontrou uma família substituta em Westerberg e seus empregados, a maioria dos quais morava na casa dele em Cartago. Distante algumas quadras do centro da cidade, trata-se de um sobrado vitoriano simples, no estilo da rainha Ana, com um grande choupo no jardim. A convivência na casa era descontraída e alegre. Os quatro ou cinco habitantes alternavam-se na cozinha, saíam para beber em bando e caçavam mulheres juntos, sem sucesso. McCandless logo se apaixonou por Cartago. Gostava da pasmaceira da comunidade, de suas virtudes plebéias e do aspecto despretensioso. O lugar era uma província estagnada, um lago de restos e detritos à margem da corrente principal, e isso lhe caía muito bem. Naquele outono, ele criou um laço duradouro com a cidade e com Wayne Westerberg. Westerberg tem trinta e poucos anos e foi trazido para Cartago por seus pais adotivos quando era pequeno. Verdadeiro renascentista das planícies, ele é fazendeiro, soldador, comerciante, maquinista, mecânico de primeira, especulador de commodities, piloto de avião com brevê, programador de computador, reparador eletrônico, técnico de videogames. Mas, pouco antes de conhecer McCandless, um de seus talentos o deixara às voltas com a lei. Ele entrara num esquema de construir e vender "caixas-pretas" que captam clandestinamente transmissões de televisão via satélite, permitindo que as pessoas assistam à programação da tevê a cabo sem pagar. O FBl soube disso, armou uma cilada e prendeu Westerberg. Arrependido, ele admitiu a culpa por um único delito e a 10 de outubro de 1990, cerca de duas semanas depois que McCandless chegara a Cartago, começou a cumprir uma sentença de quatro meses em Sioux Falls. Com Westerberg na prisão, não havia trabalho no elevador de

16 cereais para McCandless; em 23 de outubro, mais cedo do que poderia ter acontecido em circunstâncias diferentes, o garoto deixou a cidade e retomou sua vida nômade. A ligação dele com Cartago, no entanto, continuou forte. Antes de partir, deu a Westerberg uma estimada edição de 1942 de Guerra e paz, de Tolstoi. Na página de rosto, escreveu: "Transferido para Wayne Westerberg por Alexander. Outubro, Escute Pierre". (Referência ao protagonista e alter ego de Tolstoi, Pierre Bezuhov - altruísta, inquiridor, filho ilegítimo.) E McCandless ficou em contato com Westerberg enquanto perambulava pelo Oeste, telefonando ou escrevendo para Cartago a cada um ou dois meses. Fez toda a sua correspondência ser enviada para o endereço de Westerberg e disse a quase todo mundo que encontrou depois que era de Dakota do Sul. Na verdade, McCandless crescera no confortável ambiente de alta classe média de Annandale, Virgínia. Walt, seu pai, é um eminente engenheiro aeroespacial que criara sistemas avançados de radar para o vaivém espacial e outros projetos de ponta enquanto trabalhou na N asa e na Hughes Aircraft nos anos 60 e 70. Em 1978, Walt abriu a User Systems Incorporated, uma pequena firma de consultoria que se tornou próspera. Sua sócia na iniciativa foi a mãe de Chris, Billie. Havia oito filhos na extensa família: uma irmã mais moça, Carine, de quem Chris era extremamente próximo, e seis meios-irmãos e irmãs do primeiro casamento de Walt. Em maio de 1990, Chris graduou-se na Universidade Emory, em Atlanta, onde fora colunista e editor do jornal estudantil The Emory Wheel e se distinguira como aluno de história e antropologia, com uma média de 3,72 pontos. Foi convidado para ser membro da Phi Beta Kappa, mas recusou, afirmando que títulos e honrarias eram irrelevantes. Os dois últimos anos de seus estudos foram pagos com uma doação de 40 mil dólares feita por um amigo da família, sobravam mais de 20 mil quando Chris terminou a graduação, dinheiro que seus pais pensavam que pretendesse usar para estudar direito. "Nós o interpretamos mal", admite seu pai. O que Walt, Billie e Carine não sabiam quando voaram até Atlanta para assistir à formatura de Chris - o que ninguém sabia - é que ele doaria em breve todo o dinheiro de seu fundo escolar à Oxfam America, uma instituição de caridade dedicada a combater a fome. A cerimônia de graduação foi no dia 12 de maio, um sábado. A família ouviu um longo discurso de colação de grau da secretária do Trabalho Elizabeth Dole e depois Billie tirou fotos de um Chris de sorriso forçado atravessando o palco para receber o diploma. O dia seguinte era o Dia das Mães. Chris deu a Billie bombons, flores e um cartão comovente. Ela ficou surpresa e extremamente tocada: era o primeiro presente que recebia do filho em mais de dois anos, desde que ele anunciara aos pais que, por princípio, não mais daria nem aceitaria presentes. Com efeito, Chris repreendera recentemente os pais por expressarem o desejo de dar-lhe um carro novo por ocasião da formatura e por terem se oferecido para pagar a faculdade de direito se não houvesse dinheiro suficiente em seu fundo escolar. Ele já tinha um carro perfeitamente bom, insistiu: um amado Datsun B , um pouco amassado, mas com excelente mecânica, com 205 mil quilômetros no hodômetro. "Não posso acreditar que eles tentaram me comprar um carro", queixou-se depois por carta a Carine, ou que pensem que eu deixaria que pagassem a faculdade de direito, se eu fosse para lá [... ] Eu disse para eles milhões de vezes que tenho o melhor carro do mundo, um carro que atravessou o continente, de Miami ao Alasca, um carro que em todos aqueles milhares de quilômetros não deu um único problema, um carro que jamais trocarei, um carro ao qual estou fortemente ligado; mas eles ignoram o que digo e pensam que eu iria de fato aceitar um carro novo deles! Vou ter de ser realmente cauteloso em não aceitar nenhum presente deles no futuro porque pensarão que compraram meu respeito. Chris comprara o Datsun amarelo de segunda mão quando estava no último ano do secundário. Desde então, tinha o costume de levá-lo em longas viagens solitárias nas férias e, durante aquela semana da formatura, mencionou casualmente aos pais que pretendia passar o próximo verão também na estrada. Suas palavras exatas foram: "Acho que vou desaparecer por algum tempo". Na ocasião, os pais não deram atenção a esse anúncio, embora Walt tivesse gentilmente advertido o filho, dizendo: "Ei, não esqueça de visitar a gente antes de partir". Chris sorriu e meio que assentiu com a cabeça, uma reação que Walt e Billie tomaram por uma confirmação de que ele os visitaria em Annandale antes do início do verão. Depois, despediram-se.

17 Perto do final de junho, Chris, ainda em Atlanta, mandou aos pais uma cópia de seu boletim final: A em apartheid e sociedade sul-africana e história do pensamento antropológico; A menos em política africana contemporânea e a crise de alimentos na África. Junto, mandou um bilhete curto: Aqui está uma cópia de meu boletim final. Do ponto de vista das notas, as coisas foram muito bem e acabei com uma média acumulada alta. Obrigado pelas fotos, pelo kit de barba e pelo postal de Paris. Parece que vocês realmente gostaram da viagem. Deve ter sido muito divertida. Dei a Lloyd [o amigo mais próximo de Chris em Emory] sua fotografia e ele ficou muito agradecido; não tinha nenhuma foto da entrega do diploma. Não há muita coisa mais acontecendo, mas está ficando bem quente e úmido por aqui. Digam alô a todos por mim. Foi a última vez que alguém da família de Chris teve notícias dele. Durante aquele último ano em Atlanta, Chris morara fora do campus, num quarto monacal mobiliado com pouco mais que um colchão fino no chão, caixotes de leite e uma mesa. Mantinha-o arrumado e limpo como um quartel militar. E não dispunha de telefone: Walt e Billie não tinham como contatá-lo. No começo de agosto de 1990, os pais de Chris não haviam recebido notícias de seu filho desde o bilhete com as notas; decidiram então ir de carro a Atlanta para uma visita. Quando chegaram a seu apartamento, estava vazio e tinha um cartaz de ALUGA-SE colado na janela. O zelador disse que Chris se mudara no final de junho. Walt e Billie voltaram para casa e descobriram que todas as cartas que enviaram para o filho naquele verão tinham sido devolvidas num feixe. "Chris dera instruções ao correio para segurá-ias até 1º de agosto, evidentemente para que não ficássemos sabendo do que estava acontecendo", diz Billie. "Isso nos deixou muito, muito preocupados." Àquela altura, Chris partira havia muito tempo. Cinco semanas antes, enfiara todas as suas coisas em seu pequeno carro e zarpara para o oeste, sem destino. A viagem seria uma odisséia no pleno sentido do termo, uma jornada épica que mudaria tudo. Ele passara os quatro anos anteriores, tal como via as coisas, preparando-se para cumprir um dever oneroso e absurdo: graduar-se na faculdade. Finalmente estava desimpedido, emancipado do mundo sufocante de seus pais e pares, um mundo de abstração, segurança e excesso material, um mundo em que ele se sentia dolorosamente isolado da pulsação vital da existência. Saindo de Atlanta para o oeste, pretendia inventar uma vida totalmente nova para si mesmo, na qual estaria livre para mergulhar na experiência crua, sem filtros. Para simbolizar o corte completo com sua vida anterior, adotou um nome novo. Não mais atenderia por Chris McCandless; era agora Alexander Supertramp, senhor de seu próprio destino.

18 04 DETRITALWASH O deserto é o ambiente de revelação, estranho genética e fisiologicamente, sensorialmente austero, esteticamente abstrato, historicamente hostil. [...] Suas formas são nítidas e sugestivas. A mente é assediada por luz e espaço, a novidade cinestésica da aridez, alta temperatura e vento. O céu do deserto é abarcante, majestoso, terrível. Em outros habitats, a linha do céu acima do horizonte é quebrada ou obscurecida; aqui, junto com a parte acima da cabeça, é infinitamente mais vasta do que a do campo ondulado e a das florestas. [...] Num céu desobstruído, as nuvens parecem mais imponentes, refletindo às vezes a curvatura da Terra em suas concavidades inferiores. A angulosidade das formas terrestres do deserto empresta uma arquitetura monumental tanto à terra como às nuvens. [...] Ao deserto vão profetas e eremitas; pelo deserto cruzam peregrinos e exilados. Aqui, os líderes das grandes religiões buscaram os valores terapêuticas e espirituais do retiro, não para fugir da realidade, mas para encontrá-la. PAUL SHEPARD HOMEM NA PAISAGEM: UMA VISÃO HISTÓRICA DA ESTÉTICA DA NATUREZA A papoula pata-de-urso, Aretomecon ealiforniea, é uma flor silvestre encontrada em um canto isolado do deserto Mojave e em mais nenhum outro lugar do mundo. No final da primavera, ela produz por pouco tempo uma flor delicada, mas a maior parte do ano permanece sem adornos e despercebida na terra crestada. A A. ealifomiea é suficientemente rara para ter sido classificada como espécie ameaçada de extinção. Em outubro de 1990, mais de três meses depois que McCandless partira de Atlanta, um guarda do Serviço Nacional de Parques chamado Bud Walsh foi mandado ao rincão da Área de Recreação Nacional do Lago Mead para contar essas plantas, a fim de informar o governo federal sobre seu número exato. A A. ealifomiea cresce somente em solo gipsífero, do tipo que ocorre em abundância na margem sul do lago Mead, e para lá Walsh levou sua equipe para realizar o levantamento botânico. Eles saíram da estrada Temple Bar, dirigiram três quilômetros sem estrada pelo Detrital Wash [leito seco detrítico], estacionaram seus veículos perto do lago e começaram a escalar a íngreme margem leste do leito seco, um talude de gesso branco farelento. Poucos minutos depois, quando se aproximavam do alto do barranco, um dos guardas deu uma olhada para baixo enquanto fazia uma pausa para recuperar o fôlego. "Ei! Olhem aqui!", gritou. "O que é aquilo lá?" Na beira do leito seco do rio, numa moita de armoles não muito distante de onde tinham estacionado, um objeto grande estava escondido sob um encerado pardo. Ao retirar a lona, os guardas viram um velho Datsun amarelo sem placas. Havia um bilhete colado no para-brisa: "Esta merda foi abandonada. Quem conseguir tirá-lo daqui pode ficar com ele". As portas não estavam trancadas. O chão do carro estava cheio de lama de uma inundação recente. Dentro, Walsh encontrou um violão Giannini, uma panela com 4,93 dólares em moedas, uma bola de futebol americano, um saco de lixo cheio de roupas velhas, um caniço e apetrechos de pesca, um barbeador elétrico novo, uma gaita-de-boca, um conjunto de cabos de "chupeta", doze quilos de arroz e, no porta luvas, as chaves do carro. Os guardas vasculharam a área circundante procurando "qualquer coisa suspeita", segundo Walsh, e depois foram embora. Cinco dias depois, outro guarda voltou ao local, conseguiu facilmente dar a partida com uma "chupeta" e levou o carro para o pátio de manutenção do Serviço Nacional de Parques, em Temple Bar. "Ele voltou a cem quilômetros por hora", relembra Walsh. "Disse que o bicho corria como um campeão." Na tentativa de descobrir o dono do carro, os guardas mandaram um boletim pelo teletipo para os órgãos policiais apropriados e fizeram uma pesquisa detalhada nos computadores do Sudoeste para ver se o VIN [número de identificação de veículo] do Datsun estava associado a algum crime. Não apareceu nada. Em breve, pelo número de série do carro, os guardas chegaram à Hertz Corporation, dona original do carro; a empresa disse que o vendera como carro de aluguel usado muitos anos antes e não tinha interesse em reavê-lo. "Uau! Que ótimo!", Walsh lembra ter pensado. "Um presente dos

19 deuses da estrada: um carro como esse será excelente para interceptar drogas." E foi o que aconteceu de fato. Nos três anos seguintes, o Serviço de Parques usou o velho Datsun para fazer "compras" de drogas que levaram a numerosas detenções na área de recreação do lado, assolada pelo crime - inclusive à prisão de um traficante de grandes quantidades de anfetamina que operava em um campo de trailers próximo a Bullhead City. "Ainda estamos rodando com aquele carrinho", relata Walsh orgulhoso, dois anos e meio depois de achar o Datsun. "É só botar um pouco de gasolina e ele anda o dia inteiro. Realmente confiável. Fico imaginando por que ninguém apareceu para reclamar o carro." O Datsun, é claro, pertencia a Chris McCandless. Depois de sair de Atlanta, ele chegara à Área de Recreação do Lago Mead a 6 de julho, embriagado de felicidade emersoniana. Ignorando avisos de que dirigir fora da estrada era absolutamente proibido, McCandless saiu do asfalto com seu Datsun, no local onde a estrada cruzava um leito seco largo e arenoso. Dirigiu três quilômetros pelo aluvião até a margem sul do lago. A temperatura era de 48 graus. O deserto ermo estendia-se à distância, tremeluzindo sob o calor. Cercado por cactos gigantes, bur sage [Franseria dumosa] e pelas disparadas cômicas dos lagartos de colarinho, McCandless armou sua barraca na sombra insignificante de uma tamarga e regalou-se em sua nov~ liberdade. O Detrital Wash estende-se por cerca de oitenta quilômetros, do lago Mead até as montanhas ao norte de Kingman, drenando uma boa porção de terreno. Na maior parte do tempo, o leito fica seco como giz. Mas, durante os meses de verão, sobe da terra abrasada um ar superaquecido, como bolhas do fundo de uma chaleira fervente, elevando-se para o céu em turbulentas correntes de convecção. Com freqüência, as correntes de ar ascendente criam robustas nuvens cúmulos-nimbos que podem subir a 9 mil metros ou mais acima do Mojave. Dois dias depois que McCandless montou seu acampamento ao lado do lago Mead, uma parede incomum de cúmulos de trovoada ergueu-se no céu da tarde e começou a chover, muito forte, sobre boa parte do vale detrítico. McCandless estava acampado na beira do leito seco, cinqüenta centímetros mais alto que o canal principal; quando a pororoca de água marrom veio despencando do terreno mais alto, só teve tempo para juntar sua barraca e seus pertences e salvá-los da enxurrada. Não havia, contudo, lugar para onde levar o carro, pois a única rota de saída era agora um rio borbulhante. Aconteceu que a enxurrada não teve força suficiente para levar o veículo, nem mesmo causar danos sérios. Mas encharcou o motor de tal forma que, quando McCandless tentou dar a partida logo depois, o carro não pegava; na sua impaciência, descarregou a bateria. Com a bateria arriada, não havia meio de fazer o Datsun andar. Se quisesse levar o carro de volta para uma estrada pavimentada, McCandless não tinha escolha senão caminhar até as autoridades e contar seu apuro. Mas se falasse com os guardas eles teriam algumas perguntas maçantes a fazer: por que tinha ignorado os avisos e entrado no leito seco? Sabia que a licença do veículo expirara havia dois anos e não fora renovada? Sabia que sua carteira de motorista também estava vencida e que o carro não tinha seguro obrigatório? As respostas honestas a essas questões não seriam provavelmente bem recebidas pelos guardas. McCandless poderia esforçar-se para explicar que respondia a estatutos de uma ordem superior - que, como adepto moderno de Henry David Thoreau, tinha por evangelho o ensaio "A desobediência civil" e considerava, portanto, sua responsabilidade moral zombar das leis do Estado. Era improvável, no entanto, que agentes do governo federal compartilhassem seus pontos de vista. Haveria pilhas de papéis para negociar e multas a pagar. Seus pais seriam certamente contatados. Mas havia uma maneira de evitar esse agravo: ele poderia simplesmente abandonar o Datsun e retomar sua odisséia a pé. Foi o que decidiu fazer. Ademais, em vez de sentir-se perturbado pelos acontecimentos, McCandless ficou animado: viu na enxurrada uma oportunidade de abandonar bagagem desnecessária. Escondeu o carro do melhor modo que pôde, sob uma tamarga marrom, arrancou suas placas da Virgínia e escondeu-as. Enterrou seu rifle Winchester de caçar cervos e algumas outras coisas que poderia um dia querer recuperar. Depois, num gesto que deixaria Thoreau e Tolstoi orgulhosos, empilhou todas as suas cédulas de dinheiro na areia - um pequenino monte patético de notas de um, cinco e vinte - e tocou fogo. Cento e vinte e três dólares em dinheiro legal foram prontamente reduzidos a cinza e fumaça.

20 Sabemos de tudo isso porque McCandless documentou a queima do dinheiro e a maioria dos eventos que se seguiram num diário-álbum de fotografias que deixaria mais tarde com Wayne Westerberg, antes de partir para o Alasca. Embora o tom do diário - escrito na terceira pessoa, em estilo pomposo e afetado - descambe com freqüência para o melodrama, os indícios disponíveis indicam que McCandless não deturpou os fatos: dizer a verdade era uma crença que levava a sério. Depois de enfiar as poucas coisas que restaram em sua mochila, McCandless partiu a 10 de julho para uma caminhada em torno do lago Mead. Isso, reconhece seu diário, revelou-se um "tremendo erro [...] No meio de julho, a temperatura fica delirante". Sofrendo de insolação, conseguiu fazer parar um barco que lhe deu uma carona até Callville Bay, uma marina perto da ponta oeste do lago, onde levantou o polegar e pegou a estrada. McCandless vagou pelo oeste nos dois meses seguintes, encantado com a escala e o poder da paisagem, excitado com pequenas escaramuças com a lei, saboreando a companhia intermitente de outros vagabundos que encontrou no caminho. Deixando-se levar pelas circunstâncias, foi de carona ao lago Tahoe, subiu a sierra Nevada e passou uma semana caminhando para o norte na trilha do Espinhaço do Pacífico, depois deixou as montanhas e voltou ao asfalto. No final de julho, aceitou carona de um homem que chamava a si mesmo de Louco Ernie e ofereceu a McCandless um emprego numa fazenda no norte da Califórnia. As fotografias do lugar mostram uma casa sem pintura, caindo aos pedaços, rodeada de cabras e galinhas, estrados de cama, televisores quebrados, carrinhos de compra, eletro-domésticos velhos e montes e montes de lixo. Depois de trabalhar onze dias ao lado de outros seis vagabundos, ficou claro para McCandless que Ernie não tinha nenhuma intenção de pagá-lo. Roubou então uma bicicleta vermelha de dez marchas da barafunda do quintal, pedalou até Chico e livrou-se da bicicleta no estacionamento de um shopping center. Retomou a vida de movimento constante, pegando carona para o norte e para oeste, passando por Red Bluff, Weaverville e Willow Creek. Em Arcata, Califórnia, nas úmidas florestas de sequóias da costa do Pacífico, McCandless virou à direita na auto-estrada 101 e subiu pela costa. Cem quilômetros ao sul da fronteira do Oregon, perto da cidade de Orick, um casal de nômades numa van velha parou para consultar o mapa quando percebeu um garoto saindo agachado das moitas na lateral da estrada. "Estava de calções compridos e aquele chapéu realmente estúpido", diz Jan Burres, uma rubber tramp de 41 anos que estava viajando pelo Oeste vendendo bugigangas em feiras e mercados de troca com seu namorado Bob. "Ele tinha um livro sobre plantas que usava para pegar frutas silvestres, pondoas num galão de leite com a tampa cortada. Parecia em estado bem deplorável, então gritei: 'Ei, você quer uma carona para algum lugar?'. Pensei que pudesse dar a ele uma comida ou algo assim. "Começamos a conversar. Era um garoto legal. Disse que seu nome era Alex. E estava com muita fome. Faminto, faminto, faminto. Mas bem feliz. Disse que estava sobrevivendo à base de plantas comestíveis que identificava usando o livro. Parecia muito orgulhoso disso. Disse que andava vagabundeando pelo país, vivendo uma grande aventura das antigas. Contou-nos sobre o abandono do carro, a queima do dinheiro. Eu perguntei: 'Por que você fez isso?'. Disse que não precisava de dinheiro. Tenho um filho mais ou menos da mesma idade de Alex e não nos vemos há alguns anos. Então eu disse para Bob: 'Cara, temos que levar este garoto conosco. Você precisa ensinar a ele algumas coisas'. Alex pegou carona conosco até Orick Beach, onde estávamos ficando, e acampou conosco durante uma semana. Era um garoto realmente bom. Sentimos grande afeição por ele. Quando partiu, nunca esperamos ter notícias dele de novo, mas ele fez questão de manter contato. Nos dois anos seguintes, Alex nos mandou um cartão-postal a cada um ou dois meses." De Orick, McCandless continuou subindo pela costa. Passou por Pistol River, Coos Bay, Seal Rock, Manzanita, Astoria; Hoquiam, Humptulips, Queets; Forks, PortAngeles, PortTownsend, Seattle. "Ele estava sozinho", como James Joyce escreveu de Stephen Dedalus, seu artista quando jovem. "Ele estava desligado de tudo, feliz, perto do coração selvagem da vida. Estava sozinho e era jovem, cheio de vontade e tinha um coração selvagem; estava sozinho no meio de um ermo de ar bravio, entre águas salobras, entre a colheita marítima de conchas, entre claridades cinzentas embaçadas."

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