A MULHER NAS CAPAS DE CDS DA BANDA AVIÕES DO FORRÓ: UMA ANÁLISE VISUAL DA REPRESENTAÇÃO FEMININA

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1 746 A MULHER NAS CAPAS DE CDS DA BANDA AVIÕES DO FORRÓ: UMA ANÁLISE VISUAL DA REPRESENTAÇÃO FEMININA 0 Introdução Cláudia Caminha Lopes Rodrigues 1 - UFPB Danielle Barbosa Lins de Almeida 2 - UFPB Muito do entendimento dos seres humanos sobre a realidade depende da linguagem enquanto fenômeno social humano. Sua utilização acontece associada à experiência, na medida em que esta reflete a atitude humana em relação ao mundo e, ao mesmo tempo, influencia sua percepção. Sendo a música expressão da linguagem, quer sonora, lingüística ou visual, ela tanto reflete como influencia valores, crenças e formas de representação de mundo. No gênero musical forró isto não é diferente. Desde Luís Gonzaga, seu maior divulgador, a cena da música nordestina viu surgir diversos outros representantes (ENCICLOPÉDIA DA MÚSICA BRASILEIRA, 2000). Mais recentemente, surgiu a banda Aviões do Forró, em cujo título o vocábulo avião refere-se tanto ao tamanho do veículo de transporte aéreo, bem como à mulher bonita, na linguagem popular (AVIÕES DO FORRÓ, 2008). Com efeito, a implicação à figura feminina é recorrente nas letras das músicas da referida banda. Tal fato não se restringe apenas a esse grupo, mas parece ser uma tendência em algumas outras bandas da atualidade, que se utilizam de imagens de mulheres semi-nuas nos encartes de seu material fonográfico. Destarte, no presente artigo analisaremos visualmente a representação feminina nas capas do primeiro e quinto 3 CDs da banda Aviões do Forró, objetivando analisar a evolução da representação da figura feminina nas capas dos CDs da referida banda. Para tanto analisar-se-ão as imagens sob a perspectiva da Gramática Visual (KRESS & VAN LEEUVEN 2006; 1996 apud ALMEIDA, 2008; UNSWORTH, 2001), considerando-se os significados representacionais, interativos e composicionais da imagem. 1 Um Breve Olhar sobre a Análise Visual de Imagens Considerando a importância das imagens nos dias atuais, faz-se mister entender o que comunicam, pois reproduzem estruturas da realidade e se interligam aos interesses daqueles que as produzem, as fazem circular e as lêem (KRESS & VAN LEEUWEN, 1996 apud ALMEIDA, 2008). A abordagem proposta por Kress & van Leeuven (1996) para a análise de imagens baseia-se na Lingüística Sistêmico-Funcional de Halliday (1994), teoria em que a função da linguagem tem papel central. Segundo Almeida (2008), a ligação entre a Lingüística Sistêmico-Funcional de Halliday e a Gramática do Design Visual de Kress & van Leeuwen acontece por meio de três metafunções que operam simultaneamente, a saber, representacional, interativa e composicional. Na metafunção representacional, os significados informam a relação entre os participantes internos de uma imagem, que podem ser interativos ou representados. Os participantes representados são as pessoas, lugares ou coisas representados na ou através da fala, ou escrita ou imagem, os 1 Professora substituta do Departamento de Letras Estrangeiras Modernas (DLEM) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Campus I e mestranda do Programa de Pós-Graduação em Lingüística (PROLING) da mesma instituição. 2 Professora adjunta do Departamento de Letras Estrangeiras Modernas (DLEM) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Campus I e docente do Programa de Pós-Graduação em Lingüística (PROLING) da mesma instituição. 3 À época da coleta dos dados para a elaboração deste artigo, a banda Aviões do Forró havia lançado 5 CDs, enumerados do volume 1 ao volume 5, bem como um DVD e CD ao vivo, que não receberam numeração.

2 747 participantes sobre os quais falamos, escrevemos ou produzimos imagens 4 (KRESS & VAN LEEUWEN, 2006, p. 48). Essa relação entre os participantes visuais de uma determinada composição imagética realiza-se por meio de vetores, que correspondem aos processos na terminologia de Halliday (1994), ou aos verbos de ação na linguagem verbal (JEWITT e OYAMA, 2001 apud ALMEIDA, 2008). Processos narrativos representam os participantes em movimentos de ação, em atos e eventos dinâmicos (idem). Os processos narrativos podem ser classificados em ação, reação, verbais e mentais. Processos de ação compreendem participantes visuais denominados Ator e Meta, indicados por linhas de ação ou vetores que apontam a direção do movimento do participante (UNSWORTH, 2001). Quando uma ação ocorre entre duas partes, partindo de um Ator e direcionado a uma Meta, trata-se de uma imagem transacional; quando envolve apenas o Ator, não havendo um participante a quem a ação se dirige, trata-se de uma imagem não-transacional (KRESS & VAN LEEUWEN, 2006). A análise de processos narrativos em imagens é importante para identificar e questionar a razão de um participante estar representado de forma ativa (como sujeito de processo de ação) ou passiva (como objeto de ação) em composições imagéticas (JEWITT e OYAMA, 2001 apud ALMEIDA, 2008). Diferentemente dos processos narrativos, os processos conceituais representam os participantes de forma mais estática, em seu estado de afazeres e verdades mais ou menos permanentes. Caracterizam-se pela ausência de vetores, uma vez que definem, analisam ou classificam pessoas, lugares ou coisas, seres abstratos, inclusive (ALMEIDA, 2006; 2008). Os processos conceituais simbólicos ajudam a estabelecer a identidade do participante representado em uma composição imagética, através de atributos proeminentes, como tamanho, escolha de cores, posicionamento na composição imagética e uso de iluminação, constituindo o que Kress e van Leeuwen consideram uma relação entre portador e seus atributos possessivos. Subdividem-se em processos conceituais simbólicos sugestivo e atributivo. No tipo atributivo, salienta-se o atributo do participante através do seu posicionamento na composição visual, tamanho exagerado, iluminação, tonalidade e/ou intensidade de cor, dentre outros (ALMEIDA, 2006; 2008; FERNANDES e ALMEIDA, 2008). A metafunção interativa enfoca a relação interpessoal entre o observador e o participante representado. Ao olhar diretamente para o observador, o participante representado demanda-lhe atenção. Esse tipo de imagem é denominado demanda (UNSWORTH, 2001), pois estabelece entre eles uma relação imaginária de afinidade social. Através da demanda, o participante representado convida o observador a participar da interação (UNSWORTH, 2001; ALMEIDA, 2008). Se, porém, o participante representado não olha diretamente para o observador, passa a ser o objeto do olhar daquele que o observa, havendo, portanto oferta (FERNANDES e ALMEIDA, 2008). O tipo de relação estabelecida entre o participante representado e o observador, se mais íntima e pessoal ou mais distante e impessoal, pode ser medida através da distância social que há entre eles. Essa distância social configura-se em três diferentes formas: planos aberto, médio e fechado. Quando o participante representado é retratado em plano fechado enquadramento que vai da cabeça aos ombros é possível perceber cada detalhe de seu rosto e expressão facial, o que auxilia na revelação de seus traços de personalidade e permite ao observador tornar-se mais intimamente familiarizado com o participante. Já o plano médio situa-se em um nível intermediário entre o plano aberto e o plano fechado, isto é, entre a relação mais íntima e a mais distanciada ou ausente. Retrata o participante até a cintura ou o joelho, indicando que a sua relação com o observador é social. O plano aberto mostra todo o corpo e o participante é retratado de forma distanciada (ALMEIDA, 2006, 2008). O conceito de perspectiva ou ponto de vista aplica-se à análise de imagens para indicar as atitudes subjetivas do observador para com o participante representado, o que se realiza através da escolha de ângulos para enquadramento da imagem. Os diferentes ângulos são: frontal, oblíquo e vertical. No ângulo frontal há uma atitude de envolvimento entre o observador e o participante representado, em que aquele é convidado por este a fazer parte do mundo retratado na imagem (ALMEIDA, 2008). O ângulo oblíquo, ao apresentar o participante em perfil, transmite idéia de desligamento, sugerindo, de forma implícita, que o que vemos não pertence ao nosso mundo (KRESS 4 Todas as traduções dos textos originalmente em língua inglesa foram realizadas pelas autoras deste estudo.

3 748 & VAN LEEUWEN, 1996, apud ALMEIDA, 2008). O ângulo vertical, por meio dos ângulos alto, baixo e de nível ocular, indica as potenciais relações de poder a serem estabelecidas entre o participante representado e o observador da imagem. O ângulo alto retrata o participante de cima para baixo e é o observador quem detém o poder sobre ele. O contrário acontece quando a imagem do participante é captada em ângulo baixo, de baixo para cima. Nesse caso, é o participante quem detém o poder sobre o observador. Por fim, se o participante está em nível ocular em relação ao seu observador, há uma relação de igualdade de poder. As imagens podem ser representadas em modalidade naturalista (real) ou modalidade sensorial (fantástica). A modalidade naturalista define-se pela correspondência existente entre uma imagem e a realidade, ou seja, quanto maior a correspondência entre a imagem e a realidade, maior a sua modalidade (ALMEIDA, 2006; 2008). Ela é fortemente influenciada pela utilização da cor na imagem. Imagens naturalistas geralmente possuem alta saturação de cores, cores diversificadas e cores moduladas. Também é influenciada pelo plano de fundo da imagem, ou sua contextualização. Dessa forma, a existência de plano de fundo em uma imagem aumenta sua modalidade sob o ponto de vista naturalista e a sua ausência a diminui (KRESS & VAN LEEUWEN, 1996, apud ALMEIDA, 2008). Uma maneira de diminuir a modalidade de uma composição imagética é através de sua retratação de forma a produzir no observador algum impacto sensorial, ou efeito mais-que-real, fazendo despertar nele sentimentos subjetivos, o que caracteriza a modalidade sensorial (idem). A forma como os elementos de uma imagem se articulam para expressar idéias específicas pode ser averiguada através da metafunção composicional. Seu papel é integrar os elementos representacionais e interativos dentro de uma imagem para que ela faça sentido, o que se realiza através do valor de informação, da saliência e da estruturação (FERNANDES e ALMEIDA, 2008). A disposição dos elementos dentro de uma composição imagética está relacionada ao seu valor de informação, que varia conforme a localização dos elementos dentro da zona pictórica e que confere significados específicos, relacionados às intenções de seu produtor (KRESS & VAN LEEUWEN, 1996, apud ALMEIDA, 2008). O lado direito da imagem geralmente contém informação ainda não conhecida pelo observador, elemento novo, ou algo em que se deve prestar atenção especial, enquanto o lado esquerdo abriga informação já familiar ao observador, o elemento dado (ibidem). A disposição de elementos no topo e na base da imagem chama-se respectivamente ideal e real. Na parte superior estaria a informação ideal, podendo vir a ser a parte ideologicamente mais saliente. Opondo-se à parte superior, a base da imagem apresentaria informação real, mais concreta, prática, verdadeira. Além dessa dicotomia, há ainda a alocação de elementos no centro/margem da imagem. O elemento central é o núcleo da informação, enquanto os elementos marginais apresentam valor menor, de dependência ou subordinação ao elemento central (FERNANDES e ALMEIDA, 2008). Uma outra forma de compor blocos de informação visual na estruturação do significado de uma imagem é através do tríptico, em que três elementos distintos são apresentados ao leitor em seqüência. Pode configurar uma combinação dado/novo com centro/margem, ou, ainda, configurar-se no eixo margem/centro/margem, tanto vertical como horizontalmente. O centro pode atuar como mediador entre o dado e o novo e entre o ideal e o real, ou conter o núcelo da informação, enquanto as margens podem fornecer ao leitor informação contextual (FERNANDES e ALMEIDA, 2008; UNSWORTH, 2001). Já as linhas divisoras que conectam ou desconectam os elementos internos de uma imagem podem servir para retratar estruturas visuais de maneira mais ou menos evidentes. Essa conexão/desconexão é conhecida como estruturação (idem). Uma imagem possui estruturação fraca quando seus elementos estão interligados em um fluxo contínuo, em função da ausência de linhas de estruturação, e mediante, por exemplo, cores e formas semelhantes, conferindo um sentido de identidade de grupo. Já a estruturação forte acontece quando há a presença, por exemplo, de linhas divisoras, de contraste de cores e de formas, imprimindo à imagem uma idéia de individualidade e diferenciação de seus elementos (ibidem). 2 Gêneros multimodais e seus significados

4 749 O objeto de nossa análise configura-se nas capas 5 do primeiro e quinto CDs da banda Aviões do Forró, conforme Figuras 1 e 2 respectivamente. Na Figura 1, vemos duas mulheres, uma morena à esquerda e uma loira à direita, quase de costas, com parte dos rostos à mostra, em perfil, trajando, a participante Morena, brincos e um facho de tecido azul claro, e, a participante Loira, um biquíni fio dental. Entre elas, o nome da banda Aviões do Forró, sobreposto e parecendo estar ancorado na figura de um sol. Na Figura 2, o rosto de uma loira na base, à esquerda, o rosto de um homem no centro, à direita, e o nome da banda Aviões do Forró no topo, à esquerda 6. A mulher e o homem representados na Figura 2 são os vocalistas da banda Avião, chamados Solange e Xandy, assim referidos ao longo deste trabalho. Fig. 1 Capa do primeiro CD da banda Aviões do Forró Fig. 2 Capa do quinto CD da banda Aviões do Forró Descritas as imagens, passemos à análise dos significados representacionais, interativos e composicionais por elas veiculados Metafunção representacional: os participantes e suas ações Os significados representacionais, que informam a relação entre os participantes de uma imagem (ALMEIDA, 2008) indicam que os participantes representados na Figura 1 estão em processo conceitual, pois, não é possível ver a direção do olhar das participantes, não havendo vetores, portanto. Tal processo conceitual é do tipo atributivo, pois a identidade dos participantes é estabelecida através dos atributos proeminentes nádegas, ressaltadas pela pouca presença de vestimenta das participantes e do uso de iluminação amarelada, como se estivessem sendo iluminadas pelo sol em que o nome da banda se ancora, conferindo às participantes um tom de pele dourado. Considerando que avião significa mulher bonita (AVIÕES DO FORRÓ, 2008), podemos inferir que a beleza das mulheres representadas resume-se ao seu corpo, às nádegas, mais especificamente. Na Figura 2, por sua vez, os participantes estão em processo narrativo de ação, pois dos movimentos de ambos os participantes Solange e Xandy não se direcionam para um elemento dentro da composição visual, mas para o observador. Os atores Solange e Xandy olham diretamente o observador e para ele sorriem, não há Meta, portanto, caracterizando um processo não-transacional. A Figura 3 resume os significados representacionais das imagens sob análise. SIGNIFICADOS REPRESENTACIONAIS 5 Aqui referida como imagem, composição imagética ou composição visual. 6 Em ambas as capas vemos uma numeração, que não será analisada por tratarem apenas de códigos para catalogação do acervo pesquisado.

5 750 FIGURA 1 CAPA DO PRIMEIRO CD FIGURA 2 CAPA DO QUINTO CD PROCESSO PARTICIPANTES AÇÃO PROCESSO ATRIBUTO Narrativo: Ação Morena: Ator Loira: Ator Olhar Sorrir Conceitual: Simbólico Atributivo Fig. 3 Resumo dos significados representacionais Nádegas 3.2. Metafunção interativa: os participantes e suas relações sócio-interacionais Na Figura 1, os participantes Morena e Loira são objeto do olhar do observador, uma vez que não olham diretamente para o participante. Há oferta, portanto, diferentemente do ocorre com a Figura 2. Nesta, os participantes Solange e Xandy, ao olharem sorrindo para o observador, convidam-no a participar da interação. Há um olhar de demanda e o estabelecimento de uma relação imaginária de afinidade social entre eles. Na Figura 1, os participantes estão retratados em plano médio, da cintura para cima, estabelecendo com o observador relação interpessoal social. Isto quer dizer que não é íntima, como se amigos ou familiares fossem, nem impessoal ou ausente, como se estranhos fossem; seria o tipo de relação que mantemos com colegas de trabalho, conhecidos. Já na Figura 2, por estarem retratados em plano fechado, é possível aos participantes estabelecer com o observador uma relação mais íntima, com uma maior revelação dos traços de personalidade daquele. Este seria o tipo de relação estabelecido com parentes e amigos. Em relação à perspectiva ou ponto de vista, na Figura 1 os participantes apresentam posição híbrida: enquanto os corpos estão enquadrados quase virados de costas, as cabeças, embora não se possa vê-las por completo, parecem estar em perfil. Isto sugere, de forma implícita, que aquilo que o observador vê não pertence ao seu mundo, conferindo uma idéia de desligamento. Na Figura 2, vemos os participantes Solange e Xandy enquadrados também em posição híbrida, claramente prevalecendo, porém, o ângulo frontal dos rostos sobre o ângulo oblíquo do cabelo (Solange) e pescoço (Xandy). Assim, na Figura 2, o observador é convidado a fazer parte do mundo retratado na imagem. Ainda, em ambas as imagens, no que se refere ao ângulo vertical, os participantes estão enquadrados em nível ocular 7, configurando relações de poder igualitárias entre eles e o observador. Por fim, em relação à modalidade, ambas as imagens são híbridas. Na Figura 1 o plano de fundo parece ser o céu. No mundo real, não encontramos mulheres vestidas dessa forma no céu, diminuindo a modalidade naturalista da Figura 1. Outro fator que contribui para a diminuição da modalidade naturalista da Figura 1 é a possível produção de um impacto sensorial no observador, mais especificamente do sexo masculino, que pode ser levado a sentir desejo sexual pelos participantes Morena e Loira, retratadas semi-nuas. Isso aumentaria a modalidade sensorial da imagem. Já na Figura 2, apesar de predominantemente naturalista, a ausência de plano de fundo diminui o potencial de correspondência entre a imagem e a realidade. A Figura 4 apresenta o resumo dos significados interativos. SIGNIFICADOS INTERATIVOS FIGURA 1 CAPA DO PRIMEIRO CD FIGURA 2 CAPA DO QUINTO CD OLHAR Oferta OLHAR Demanda RELAÇÃO INTERPESSOAL Social RELAÇÃO INTERPESSOAL Íntima 7 Embora a participante Morena (Figura 1) pareça estar com a cabeça levemente arqueada para baixo, a ausência do restante do rosto dessa participante não nos permite afirmar com certeza o enquadramento em ângulo baixo

6 751 Ângulo oblíquo Ângulo frontal PERSPECTIVA PERSPECTIVA Ângulo vertical: nível ocular Ângulo vertical: nível ocular MODALIDADE Híbrida MODALIDADE Híbrida Fig. 4 Resumo dos significados interativos 3.3. Mefunção composicional: os participantes e o todo coerente Tanto na Figura 1 como na Figura 2 percebemos a ocorrência de trípticos. Na Figura 1, há um tríptico horizontal, com configuração margem/centro/margem, em que a banda Aviões do Forró, representada por seu logotipo, está no centro da imagem, margeada pelos participantes Morena e Loira. Considerando que o centro contém no núcleo da informação nesta composição visual, e que as margens fornecem ao leitor informação contextual, podemos inferir que a mensagem transmitida ao observador é que através da banda Aviões do Forró chega-se aviões, mulheres bonitas, de forte apelo sexual. Para o observador homem, isso aconteceria, por exemplo, no momento do consumo das músicas da banda em shows, em que haveria aviões para parceiras de dança a expressão ao vivo na base da imagem corrobora esse entendimento. Para o observador mulher, isso aconteceria, por exemplo, através da música, em shows ou não; consumir a música da banda Aviões do Forró alçar-lhesia à condição de aviões. Na Figura 2, a composição do tríptico se dá na vertical, configurando uma combinação dado/novo com centro/margem. Na base da imagem, onde o participante Solange está representada, encontra-se a informação real: ela, vocalista, empresta sua voz para as músicas da banda. No topo, a informação ideal, a própria banda Aviões do Forró representada pelo seu logotipo. É a parte ideologicamente mais saliente, pois através das músicas das bandas são disseminados valores, crenças e representações de mundo específicas. Segundo Trotta (2008), os temas das músicas da referida banda gira em torno do trinômio festa/amor/sexo. No centro, o participante Xandy, mediador, também vocalista. Podemos observar, ainda, na Figura 2, o participante Xandy no lado esquerdo da composição imagética. Ele é, então, familiar ao observador, diferentemente do que ocorre com o participante Solange e o nome da banda Aviões do Forró, ambos alocados no lado direito da composição visual, representando se não algo conhecido, algo em que se deve prestar atenção. Por fim, enquanto a Figura 1 apresenta estruturação fraca, em virtude da ausência de linhas de estruturação, a Figura 2 apresenta estruturação forte, pois há linhas divisoras entre os elementos do tríptico. Isto significa que enquanto na Figura 1 temos um sentido de identidade de grupo, na Figura 2, temos a idéia de individualidade. FIGURA 1 CAPA DO PRIMEIRO CD SIGNIFICADOS INTERATIVOS FIGURA 2 CAPA DO QUINTO CD VALOR DE INFORMAÇÃO ESTRUTURAÇÃO VALOR DE INFORMAÇÃO ESTRUTURAÇÃO Tríptico horizontal: Tríptico vertical: Fraca margem/centro/margem real/ideal e dado/novo Fig. 5 Resumo dos significados composicionais Considerações Finais Forte Diante das discussões realizadas, percebemos a mudança na forma da representação da figura feminina entre o primeiro e o quinto CDs da banda Aviões do Forró. Na capa do primeiro CD (Figura 1) tem-se a mulher representada através de corpos semi-nus, ofertados

7 752 ao observador como objeto de seu olhar. Já na capa do quinto CD (Figura 2), temos a mulher representada como um ser que não só interage, mas convida o observador a fazer parte de seu mundo. Inicialmente a interação entre a figura feminina e o observador era de caráter social (Figura 1), contudo, estabeleceu-se entre a mulher representada e o observador uma relação de intimidade. Se antes a mulher era um corpo sem rosto (Figura 1), passou a um rosto sem corpo ((Figura 2). Passou de objeto que desperta desejos sexuais (Figura 1) a ser que exprime características de personalidade (Figura 2), personificado na figura da vocalista da banda. A análise das imagens das capas do primeiro e quinto CDs da banda Aviões do Forró corrobora o entendimento de que imagens reproduzem estruturas da realidade (KRESS & VAN LEEUWEN, 1996 apud ALMEIDA, 2008), pois representações da mulher como objeto de desejo sexual e como ser de personalidade e, portanto, sentimentos, emoções e responsabilidades, co-existem. Destarte, emerge como oportunidade para futuros estudos a verificação de mudanças dessa ordem também nas letras das canções veiculadas pela banda. Assim, este estudo permite-nos vislumbrar algumas das formas como a mulher é representada pela banda Aviões do Forró. Sabendo que a linguagem tanto reflete como influencia a sociedade, os resultados deste estudo sugerem que estas formas de representação da figura feminina são não apenas um reflexo da sociedade, mas uma forma de influenciá-la. Ocupando uma posição vantajosa na cena da música nordestina (TROTTA, 2008), a banda Aviões do Forró pode estar influenciando a forma de percepção da figura feminina em parcelas dessa sociedade, posto que seus valores, opiniões e formas de representação de mundo são disseminadas pela indústria fonográfica. Referências AVIÕES DO FORRÓ. Biografia e Discografia. Disponível em: Acesso em: 16 jul ALMEIDA, D. B. L. Do Texto às Imagens: novas fronteiras do letramento a partir de uma perspectiva Sócio-Semiótica Visual. (produção no prelo) Systemic Functional Linguistics (SFL) and Visual Grammar (VG) as tools for linguistic investigation. In: Icons of Contemporary Childhood: a visual and lexicogrammatical investigation of toy advertisements (Tese de Doutorado). Florianólpolis: Universidade Federal de Santa Catarina, p BLOOR, T. & BLOOR, M. Applications of Functional Linguistics In: The Functional Analysis of English. Londres: Arnold, p ENCICLOPÉDIA DA MÚSICA BRASILEIRA: popular, erudita e folclórica. São Paulo: Art Editora, p FERNANDES, J. D. C; ALMEIDA, D. B. L. Revisitando a gramática visual nos cartazes de guerra In: ALMEIDA, D. B. L. (Org.). Perspectivas em Análise Visual: do fotojornalismo ao blog. João Pessoa: Editora da UFPB, 2008, p HALLIDAY, M.A.K. (1994) An Introduction to Functional Grammar. London, Edward Arnold. KRESS, G.; VAN LEEUWEN, T. Reading images: The Grammar of Visual Design. 2 a. ed. Londres: Routledge. TROTTA, F. O Forró de Aviões: a circulação cultural de um fenômeno da indústria do entretenimento. Disponível em: Acesso em: 7 jul UNSWORTH, L. Describing Visual Literacies. In: Teaching muliliteracies across the curriculum Changing contexts of texts and image in classroom practice. Philadelphia: Open University Press, p

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