RODRIGO KALACHE MORA TÍTULOS DE CRÉDITO EM INFORMÁTICA

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1 RODRIGO KALACHE MORA TÍTULOS DE CRÉDITO EM INFORMÁTICA Artigo apresentado à disciplina de Orientação de Monografia II, curso de Bacharelado em Direito, da Escola de Direito e Relações Internacionais, da UNIBRASIL - Faculdades Integradas do Brasil. Orientadora: Profª. Dr. Carlos Alberto Farracha de Castro. CURITIBA 2009

2 1 RESUMO TÍTULOS DE CRÉDITO EM INFORMÁTICA Rodrigo Kalache Mora 1 O instituto da duplicata, surgiu no art. 219 do Código Comercial brasileiro. Vale, por isso invocá-lo: "Mas em grosso ou por atacado entre comerciantes, o vendedor é obrigado a apresentar ao comprador por duplicado, no ato da entrega das mercadorias, a fatura ou contra dos gêneros vendidos, as quais serão por ambos assinadas, uma para ficar na mão do vendedor e outra na do comprador. Não e declarando na fatura o prazo do pagamento, presume-se que a compra foi a vista (art.137). Embora a duplicata seja dotada de certas peculiaridades, mormente no que tange à sua emissão, não se pode olvidar que está sujeita ao regime do direito cambiário nacional, como qualquer outro título de crédito. Isso significa, em concreto, que ela comporta endosso, que o endossante responde pela solvência do devedor, que o executado não pode opor contra terceiros de boa-fé exceções pessoais, que as obrigações dos avalistas são autônomas em relação às dos avalizados, etc. Palavras- Chave: Duplicata; títulos de créditos; virtual. INTRODUÇÃO O presente artigo tem como objetivo geral analisar os títulos de crédito no ordenamento jurídico brasileiro dando ênfase ao estudo da duplicata, sendo que na amplitude dos Títulos de Créditos, pode-se compreender ser um tema completo, almejando em poucas palavras uma possível compreensão das suas características. Trataremos, também, da evolução da tradicional duplicata, que dará lugar, futuramente, a duplicata virtual. Entretanto, alguns elementos que configuram o título de crédito devem estar presentes: a autonomia, a literalidade e a carturalidade, vinculados aos Títulos, criando obrigações. 1 Bacharelando pelas Faculdades Integradas do Brasil UNIBRASIL.

3 2 1 TÍTULOS DE CRÉDITO Para Negrão, o título de crédito é: O documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele mencionado. Todo título de crédito deve conter uma declaração: da obrigação e também uma confissão de dívida; é um documento confessório. É fonte de obrigação de pagar uma determinada soma em dinheiro, até um certo dia e em determinado lugar, a quem apresentar o título para pagamento dele. 2 Fran Martins, cita que: Para ser título de crédito é necessário que a declaração obrigacional esteja exteriorizada em um documento escrito, corpóreo, em geral uma coisa móvel (cartularidade). Tal documento é necessário ao exercício dos direitos nele mencionados. E continua a expor que a literalidade, por sua vez, reside no fato de que só vale o que se encontra escrito no título. 3 A expressão título de crédito tem duplo sentido: amplo e restrito. Em sentido amplo significa todo e qualquer documento que consubstancie direito de crédito de uma pessoa em relação à outra, como, por exemplo, instrumento de confissão de dívida. O Código Civil brasileiro (arts. 887 a 903), ao se referir a título de crédito, emprega a expressão em seu sentido lato. Em sentido restrito a expressão título de crédito corresponde somente aos documentos que a lei considera como títulos cambiários (letra de câmbio, nota promissória, cheques, etc). 4 O conceito formulado por Cesar Vivante é, sem dúvida, o mais completo, afinal como disse Fran Martins "encerra, em poucas palavras, algumas das principais características desses instrumentos (títulos de crédito)". Tal é a razão pela qual, segundo Fábio Ulhoa, "é aceita pela unanimidade da doutrina comercialista". 5 2 NEGRÃO, Theotonio (organizador). Código Civil e Legislação Civil Em Vigor. 33. ed. São Paulo, Saraiva, MARTINS, Fran. Títulos de Crédito. v 1: Letra de Câmbio e Nota Promissória Segundo a Lei Uniforme. 13. ed. Rio de Janeiro: Forense, ALMEIDA, Amador Paes de. Teoria e prática dos títulos de credito. 25. ed. São Paulo: Saraiva, COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial. 2. ed. São Paulo: Saraiva,

4 3 O título de crédito é um documento, e um documento muito especial por ser um título. De origem latina, titulus (marca, sinal), essa expressão nos leva a seu portador, o "titular", vale dizer, o sujeito ativo de um direito ou o credor de uma obrigação. Título, portanto, representa um documento expressivo de um direito e seu possuidor torna-se o titular desse direito. Mesmo sendo um documento, é distinto, ante outros documentos, pois muitos destes não representam direitos. Um conjunto de características faz do título de crédito um documento próprio, típico. As peculiaridades caracterizadoras do título de crédito já tinham sido detectadas desde o início do Direito Cambiário. Cesare Vivante, o primeiro jurista a formular uma doutrina sobre a novel figura jurídica, apontou na sua descrição, com acidentes e atributos próprios, três peculiaridades identificadoras. Ao dizer que o título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito nele expresso, reconheceu Vivante a "incorporação" como a primeira particularidade qualificadora dos títulos de crédito. Se o documento é necessário, é porque o direito está incorporado nele. A definição de Vivante, porém, traz outros sinais tipificadores do título de crédito: ao dizer que o direito representado no título é literal e autônomo, ressaltou a literalidade e a autonomia. VÊ-se assim que a primeira definição encontrada para os títulos de crédito os considera como documento altamente qualificado pelas três peculiaridades: incorporação, literalidade e autonomia. 6 2 A DUPLICATA Disposta originariamente no Código Comercial (Lei n 556, de 25 de junho de 1850), a duplicata sofreu inúmeras alterações até ser entendida como hoje o é. Referido Códex assim dispunha em seu em seu artigo 219: Nas vendas em grosso ou por atacado entre comerciantes, o vendedor é obrigado a apresentar ao comprador por duplicado, no ato da entrega das mercadorias, a fatura ou conta dos gêneros vendidos, as quais serão por ambos assinadas, uma para ficar na mão do vendedor e outra na do comprador. Não se declarando na fatura o prazo do pagamento, presume-se que a compra foi feita à vista (art. 137). As faturas sobreditas, não sendo 6 idem.

5 4 reclamadas pelo vendedor ou comprador, dentro de 10 (dez) dias subseqüentes à entrega e recebimento (art. 135), presumem-se contas líquidas. Assim sendo, deveriam os comerciantes proceder à relação escrita das mercadorias que estavam sendo entregues em duas vias, uma delas permanecendo em poder do comerciante e outra sendo destinada ao comprador. Contudo, o baixo grau de alfabetização no Brasil à época imperial, contribuiu para que as transações comerciais se efetivassem de maneira mais informal, comprometendo, assim, a prática da escrituração mercantil. Tão somente em 1915, visando atender as aspirações do comércio, e acima de tudo aos propósitos do Governo, em sua constante busca pela fiscalização e arrecadação de impostos sobre as vendas mercantis, é que novo tratamento jurídico passou a ser dado ao tema ora discorrido. Foi na década de 60 que a duplicata passou a ter a regulamentação até hoje adotada pelo ordenamento jurídico brasileiro. Com o advento da Lei 5.474/1968, o título passou a ter conotações exclusivamente comerciais, relacionando-se à constituição, circulação e cobrança de créditos, desvincilhando-se definitivamente dos aspectos fiscais que a circundavam. Waldirio Bulgarelli 7 entende que a duplicata passou por três estágios, assim compreendidos: 1) como título mercantil, do Código Comercial de 1850 até a promulgação do Decreto n 2.044/1908; 2) como título fiscal, Lei Orçamentária n 2.919, de 1914 até a Lei n 5.474/68; 3) e como título bancário, implantado pela Lei n 5.474, que inclusive concedeu ao Conselho Monetário Nacional poderes para regulá-la e padronizá-la. Hoje, por determinação expressa do Código Civil Brasileiro, Lei 10406/2002, a duplicata mercantil, enquanto título de crédito que é, passa a ser regida também pelas disposições desta legislação, eis que Salvo disposição diversa em lei especial, regem-se os títulos de crédito pelo disposto neste Código. (artigo 903) Feitas as considerações preliminares acerca do desenvolvimento histórico do título de crédito ora analisado, passa-se a tecer comentários detalhados acerca da legislação específica vigente e regulamentadora da Duplicata Mercantil no ordenamento jurídico pátrio, qual seja, a Lei n de BULGARELLI, Waldirio. Títulos de Crédito. 15 ed. São Paulo: Atlas, p. 425.

6 5 Em data de 18 de julho de 1968, o então Presidente da República do Brasil, Costa e Silva, promulgou a Lei n 5.474, que, dentre outras providências, dispunha sobre a Duplicata Mercantil. Referida legislação específica encontra-se em vigor até a presente data, tendo sido objeto de algumas alterações por decretos posteriores, principalmente pelo Decreto n 436, de 27 de janeiro de 1969 e pela Lei n 6.458, de 01 de janeiro de Prima facie é de se contemplar que a duplicata é um título de crédito eminentemente causal. Isto equivale a dizer que sua emissão deve estar enumerada na legislação específica, devendo corresponder à documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, ou decorrente de uma prestação de serviços. Embora a duplicata seja dotada de certas peculiaridades, mormente no que tange à sua emissão, não se pode olvidar que está sujeita ao regime do direito cambiário nacional, como qualquer outro título de crédito. Isso significa, em concreto, no entender de Fábio Ulhoa Coelho 8, que ela comporta endosso, que o endossante responde pela solvência do devedor, que o executado não pode opor contra terceiros de boa-fé exceções pessoais, que as obrigações dos avalistas são autônomas em relação às dos avalizados, etc. Não há dúvida de que a duplicata mercantil, ao ser regida pelo regime cambiário brasileiro, e não apenas por sua legislação específica, corrobora princípios e preceitos comerciais. No que tange à inoponibilidade das exceções pessoais, Rubens Requião leciona que: O interesse social visa, no terreno do crédito, a proporcionar ampla circulação dos títulos de crédito, dando aos terceiros de boa fé plena garantia e segurança na sua aquisição. É necessário que na circulação do título, aquele que o adquiriu, mas que não conheceu ou participou da relação fundamental ou da relação anterior que ao mesmo tempo deu nascimento ou circulação, fique assegurado de que nenhuma surpresa lhe venha perturbar o seu direito de crédito por quem com ele não esteve em relação direta. Por conseguinte, em toda a fase de circulação do título, o emissor pode opor ao seu credor direto as exceções de direito pessoal que contra ele tiver, tais como, por exemplo, a circunstância de já lhe ter efetuado o pagamento do mesmo título, ou pretender compensálo com crédito que contra ele possuir. Mas, se o mesmo título houver saído das mãos do credor direto e for apresentado por um terceiro, que esteja de boa-fé, já nenhuma exceção de defesa ou oposição poderá usar o devedor contra o novo credor, baseado na relação 1. p COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial. 2 ed. São Paulo: Saraiva, v.

7 6 pessoal anterior. Este, ao receber o título, houve-o purificado de todas as relações pessoais anteriores que não lhe dizem respeito 9. Desta sorte, a inoponibilidade das exceções fundadas em direito pessoal do devedor contra o credor constitui a mais importante afirmação do direito moderno em favor da segurança da circulação e negociabilidade dos títulos de crédito, mormente porque o princípio não exclui a possibilidade de oposição de defesa quando estiver o adquirente agindo de má-fé. Por conta de tal princípio é que as duplicatas são dotadas de autonomia, ou seja, cada um dos intervenientes assume obrigação relativa ao título, sendo que o vício em uma das relações não se estende para as demais relações. Ademais disso, em razão da autonomia é que o possuidor de boa-fé não tem seu direito restringido em decorrência de negócio subjacente entre os primitivos possuidores e o devedor. A duplicata é dotada também de outras características inerentes aos títulos de crédito. A literalidade faz com que a cártula valha exatamente a medida nela declarada. Segundo entendimento de Amador Paes de Almeida 10 os títulos de crédito são literais porque valem exatamente a medida neles declarada. Caracterizam-se tais títulos pela existência de uma obrigação literal, isto é, independentemente da relação fundamental, atendendo-se exclusivamente ao que eles expressam e diretamente mencionam. Finalmente, são as duplicatas dotadas da característica da abstração. Isto significa dizer que é possível, a partir de um dado momento, o título de crédito desvincular-se do negócio que lhe deu origem, e passar a compor outra relação jurídica. A duplicata mercantil torna-se abstrata a partir do momento em que o sacado aceita o título ou recebe as mercadorias adquiridas. Assim sendo, quanto à sua emissão, as duplicatas serão necessariamente causais, porque devem estar atreladas a uma causa de origem taxada na legislação específica, mas gozarão da abstratividade tão logo sejam aceitas ou recebidas as mercadorias pelo sacado, oportunidade em que se desvencilharão da causa de sua emissão. 9 REQUIÃO, Rubens. Curso de Direito Comercial. 21 ed. São Paulo: Saraiva, v. 2, p ALMEIDA, Amador Paes de. Teoria e Prática dos Títulos de Crédito. 18 ed. São Paulo: Saraiva, 1998, p. 03.

8 7 Comumente a duplicata é emitida quando da ocorrência de vendas a prazo, situação em que o vendedor cumpre com sua obrigação (entrega do bem), mas que a contrapartida do comprador só se verifica posteriormente (pagamento). Sem dúvida trata-se de uma operação baseada na fidúcia entre as partes, na qual a utilização do crédito torna-se preponderante. 3 DA FATURA Consoante previsão do caput do artigo 1 da Lei das Duplicatas, em todas as operações de venda mercantil realizadas em território nacional, cujo prazo seja superior a 30 (trinta) dias, o vendedor estará obrigado a extrair a fatura. A fatura seria, por assim dizer, uma nota discriminativa das mercadorias comercializadas, com indicação de sua qualidade, quantidade, espécie, preço e demais características inerentes ao contrato de compra e venda, bem como o número e valor da nota fiscal correspondente. Por si só a fatura não representa a mercadoria, mas espelha a compra e venda mercantil a prazo e comprova a remessa da mercadoria, segundo entendimento de José Paulo Leal Ferreira Pires 11. Consoante exigência do Código Civil Brasileiro, há que se respeitar os requisitos: agente capaz, objeto lícito, forma prescrita ou não defesa em lei para que o contrato comercial seja válido, aliando-se, ainda, a fatura para corroborar tal perfeição. Tem ainda a fatura um caráter probatório, vez que torna possível ao comprador a conferência com as mercadorias remetidas. A partir de 1970, por convênio firmado entre o Ministério da Fazenda e as Secretarias Estaduais da Fazenda, possibilitou-se aos comerciantes a extração da nota fiscal-fatura, instrumento que produziria efeitos comerciais e tributários. No caso de o comerciante optar pela nota fiscal-fatura, sua expedição (ainda que a venda seja à vista) será obrigatória, ante seus aspectos fiscais. A fatura acabou caindo em desuso perante o mercado brasileiro. Comum é a utilização da nota-fiscal, uma vez que referido documento traz consigo não apenas 11 PIRES, José Paulo Leal Ferreira. Letra de Câmbio, Nota Promissória, Cheque e Duplicata. São Paulo: Malheiros Editores, 1997, p. 141.

9 8 características comerciais, mas também fiscais, importando em facilitação do trabalho do comerciante. Enquanto a fatura é um documento de emissão obrigatória, a Lei faculta ao comerciante a emissão da duplicata. Ocorre, entretanto, que a legislação não admite qualquer outro título de crédito para documentar o saque do vendedor pelo valor faturado ao comprador. 4 PROTESTO DA DUPLICATA Para Amador Almeida Consoante disposição da Lei 5.474/68, a duplicata é protestável por falta de aceite, devolução ou pagamento. Entretanto, somente quando da apresentação do título em cartório é que se definirá a natureza do protesto. 12 Em se tratando de protesto por falta de aceite, ou por falta de pagamento, o mesmo será tirado ante a apresentação da duplicata não aceita ou não paga. Tratase de um protesto comum, similar ao que ocorre com os títulos cambiários não aceitos ou não pagos, com a simples adaptação das normas específicas da duplicata ao instrumento de protesto. Quando o protesto for lavrado pela falta de devolução do título de crédito, poderá ocorrer por indicação, onde os dados constantes da cártula são fornecidos ao cartório. A partir dos dados escriturados no Livro de Registro de Duplicatas, obrigatório ao emitente, extrai-se um boleto com informações exigidas para o protesto, que será então remetido ao Cartório de Protestos. Embora o protesto não se faça necessário para garantir ao portador o direito de cobrar a duplicata de seus obrigados diretos (aceitante e avalista), é somente através dele (ocorrido de forma regular e dentro do prazo de 30 dias) que o portador estará legitimado a exercer seu direito de regresso contra endossantes e respectivos avalistas, conforme disposição do artigo 13 4 da Lei 5.474/ ALMEIDA, Amador Paes de. Teoria e Prática dos Títulos de Crédito. 18. ed. São Paulo: Saraiva, 1998.p.44.

10 9 5 A DUPLICATA SIMULADA Feitas as considerações iniciais acerca da Duplicata Mercantil, título de crédito eminentemente causal que é, cabe se tratar nesse capítulo sobre a emissão de referida cártula em desacordo com a prescrição normativa. Trata-se a simulação da duplicata de um expediente comum que se desenvolve em tempos de recessão econômica, uma vez que os empresários utilizam-se desta fraude para angariar valores. Com a emissão da duplicata fria, os sacadores podem negociá-las através de endosso com bancos ou empresas de factoring, obtendo recursos imediatos através das operações de desconto ou fomento mercantil. No entender de Celso Barbi Filho: Esses títulos simulados são, por vezes, emitidos com base na perspectiva de negócios futuros ou em andamento, que os vendedores têm expectativa de ultimar com potenciais clientes. Assim é comum que estes confirmem verbalmente aos gerentes de bancos ou factorings a existência do relacionamento comercial, sem, contudo, aceitarem as duplicatas descontadas. Outras vezes, os títulos são simulados mesmo, inexistindo qualquer relação comercial entre sacador e sacado. 13 Mencione-se que a duplicata simulada não traz reflexos tão somente na esfera comercial de nossa sociedade, mas constitui, ainda, um ilícito penal, que possui tipificação e sanção previstas no Código Penal Brasileiro. Denote-se que a facilidade de emissão da duplicata simulada justifica-se porque, primeiro: não há obrigatoriedade legal para que o sacado firme seu aceite no título de crédito para que este seja validado; segundo: em regra, as instituições de crédito não promovem uma verificação completa quanto à origem do débito e do título; terceiro: para efetivação do protesto não se requer a apresentação de faturas ou notas fiscais probatórias da regularidade e validade do título de crédito. Por certo que tal expediente não seria suficiente para coibir a emissão de duplicatas simuladas, mas a incidência de emissões poderia ser reduzida. Do exposto, percebe-se que nosso ordenamento jurídico não dispõe de meios que efetivamente coíbam ou vedem a emissão da duplicata simulada. Ao 13 BARBI FILHO, Celso. Protesto de Duplicata Simulada e Procedimentos Judiciais do Sacado. Revista de Direito Mercantil. São Paulo, v. 110, p , abr./jun. 1998, p. 177.

11 10 suposto devedor, quando da ciência de que seu nome (ou de sua empresa) foi utilizado em uma operação de crédito inexistente, caberão medidas que visem afastar ou abrandar os efeitos comerciais advindos do ato ilícito, porque este já restou consumado. Não há dúvida de que o protesto configura-se prejudicial ao sacado vitimado pela emissão de duplicatas simuladas. Em contrapartida, não há como se desconsiderar a prescrição normativa que impõe a obrigatoriedade do protesto como meio necessário à garantia de direito de regresso do portador da cártula. 6 A DUPLICATA VIRTUAL A Internet é um dos meios de comunicação mais utilizados mundialmente. Com isso, ocorre uma simples movimentação financeira, seja para pagamento de uma conta de luz, até a aplicação de milhares de dólares. Desde a criação da Internet até os dias de hoje, poucos diplomas legais, sejam no direito brasileiro, sejam no direito comparado, foram criados para regulamentar as relações lá travadas. Nesse contexto, o documento eletrônico deve ser revestido de algumas particularidades, tais como: A permissão de inserção de dados; descrição de fatos que se deseja configurar; permissão de reconhecimento inequívoco das partes; não permitir a adulteração sem que se deixem vestígios. Para Falconeri: O crédito registrado em meio magnético será descontado junto ao banco, muitas vezes em tempo real, também sem a necessidade de papelização. Por via telefônica os dados são remetidos aos computadores da instituição financeira, que credita abatidos os juros contratados o seu valor na conta de depósito do empresário. Nesse momento, expede-se a guia de compensação bancária que, por correio, é remetida ao devedor da duplicata virtual. Nessa esfera, de posse desse boleto, o sacado procede ao pagamento da dívida, em qualquer agência de qualquer banco do país. Em alguns casos, quando o devedor tem o seu microcomputador interligado ao sistema da instituição descontadora, se dispensa a papelização da guia, realizando-se o pagamento por transferência bancária eletrônica. Os atos comerciais evoluíram, de maneira brusca, com a utilização da informática. Alguns títulos de crédito como o cheque, tornaram-se mais imunes a falsificações, posto que avançados programas de computadores passaram a confeccionar cártulas de difícil simulação. O comércio eletrônico, viabilizado pela rede mundial de computadores, fez com que os comerciantes pudessem negociar seus produtos com consumidores que estão a

12 11 milhares de quilômetros de sua empresa, oferecendo, ainda, modernas e eficientes formas de pagamento. Fruto, também, da informatização das práticas comerciais, a duplicata virtual popularizouse no mercado há cerca de cinco anos trazendo, via de regra, ao vendedor e comprador as seguintes vantagens: a desnecessidade do vendedor-sacador de entregar nas mãos do comprador-sacado a duplicata em 30 dias contados de entrega da mercadoria para que este interponha o aceite e a desobrigação do comprador-sacado de enviar a cártula de crédito, após ter interposto o seu aceite 14. que: Ainda nas palavras de Falconeri, porém agora tratando dos princípios, diz Apesar dos princípios da cartularidade e da literalidade restarem-se prejudicados na duplicata virtual, esta não é menos provida de eficácia executiva de que a duplicata mercantil primitiva. A assinatura eletrônica nas duplicatas virtuais fornece um suporte de autenticidade à esta que, sendo impressa e, portanto, transformada em título executivo extrajudicial, poderá dar ensejo a uma ação executiva conforme os trâmites do Código de Processo Civil 15. Nas palavras de Frontini: A informática está desmaterializando a duplicata, transformada em meros registros eletromagnéticos, transmitidos por computador pelo comerciante ao banco. O banco, a seu turno, faz a cobrança, mediante expedição de simples aviso ao devedor os chamados boletos -, de tal sorte que o título em si, na sua expressão de cártula, somente vai surgir se o devedor se mostrar inadimplente. Do contrário e tal corresponde à imensa maioria dos casos a duplicata mercantil atem-se a uma potencialidade que permite se lhe sugira a designação de duplicata virtual. Ressalte-se que a duplicata virtual não é uma nova espécie de título de crédito. Ao contrário, a duplicata virtual e a duplicata são o mesmo e único título. A qualificação virtual provém da condição desmaterializada da duplicata. Ulhoa Coelho conceitua: [...] quando a obrigação registrada por processo informatizado vem a ser satisfatoriamente cumprida, em seu vencimento, ela [a duplicata virtual] não chega jamais a ser materializada num título escrito. A sua emissão não se verifica sequer na hipótese de descumprimento do dever pelo adquirente das mercadorias ou serviços, tendo em vista a executividade da duplicata virtual FALCONERI Débora Cavalcante de. A duplicata virtual e a desmaterialização dos títulos de crédito. Disponível em Acesso em agosto de FALCONERI Débora Cavalcante de. A duplicata virtual e a desmaterialização dos títulos de crédito. Disponível em Acesso em agosto de COELHO, Op, cit. p.123.

13 12 A comprovação da existência da duplicata virtual se dá através do lançamento no Livro de Registro de Duplicatas. Ou seja, se houver um lançamento no Livro de Registro de Duplicatas, o comerciante deve, necessariamente, possuir um registro informatizado correspondente a essa duplicata. Ao contrário, se não houver lançamento no Livro de Registro de Duplicatas, não haverá informações constantes de seus computadores capazes de suprir a prova da existência de determinada duplicata. Segundo Paes de Almeida Em decorrência dos excelentes resultados práticos obtidos em virtude da simplificação da cobrança e manifesta redução de gastos, vem a duplicata escritural encontrando grande receptividade nas praças brasileiras. 17 Segundo Falconeri, o procedimento da duplicata virtual se dá da seguinte forma: O vendedor fornece uma mercadoria ao comprador, que se torna seu devedor. O vendedor, ou credor saca uma duplicata virtual contra o devedor e registra isso no computador(e no livro de registro de duplicatas), assinando com sua chave privada, que, como já comentamos, é a parte da assinatura virtual que fica com o usuário. Essa assinatura, então, é criptografada pela autoridade certificadora competente para o caso. O credor envia, então, a informação através da Internet para a instituição financeira, que credita o valor da dívida na sua conta. Se o devedor também tiver seu computador interligado ao sistema, a informação é enviada para ele também pela Internet e ele deverá pôr seu aceite e efetuar o pagamento através de transferência bancária eletrônica. Se não tiver, a guia de compensação bancária é enviada para ele pelos correios e ele poderá pagar em qualquer agência de qualquer banco do país 18. Como vimos, a duplicata virtual pode se tornar um meio mais econômico e ágil para a concretização das relações comerciais. 7 OS PRINCIPIOS DOS TÍTULOS DE CRÉDITO TRADICIONAIS EM FACE DA DUPLICATA VIRTUAL O direito pátrio possui fundamentação legal para os diversos títulos de crédito, sendo que o Código Civil brasileiro adotou o entendimento de César Vivante, o qual conceituou como título de crédito documentos necessários para o exercício 17 ALMEIDA, Op. cit. p Ibidem, p.90.

14 13 de um direito literal e autônomo nele mencionado 19. Tal fato confirma-se com o disposto no artigo 887 do Código Civil Brasileiro. Sabemos que as principais características dos títulos de crédito são: A carturalidade, a Literalidade e a autonomia. Os títulos de crédito virtuais encontram resistência na sua aceitação como título de crédito dotado de executividade, visto que não estariam presentes um dos três principais princípios que dariam vida aos títulos, a carturalidade. Vejamos o que diz Falconeri quando trata dos princípios dos títulos de crédito: Princípio da cartularidade O devedor deve ter o título em mãos para exercitar o seu direito sobre ele. O credor deve provar que se encontra na posse do documento. Esse princípio é totalmente incompatível com a duplicata virtual, já que não como se provar a posse do documento eletrônico, muito menos anexá-lo em sua petição para executá-lo. È previsto, então, pela lei das duplicatas, o protesto por indicações, através do qual o credor informa ao cartório os dados identificadores. Para a execução desse título, então, basta o citado protesto e a prova de entrega das mercadorias. Princípio da autonomia Os vícios que comprometem a validade de uma relação jurídica não comprometem as demais. Não interessa se o ato que originou o título era ilícito. Isso não prejudica as relações que surgiram a partir dessa. Elas são autônomas. Esse princípio é uma forma de assegurar a circulação dos títulos de crédito e tem total adequação com a duplicata virtual. Princípio da literalidade O direito decorrente do título será exercido nos limites do que está literalmente escrito. Igualmente, esse princípio se adequa à duplicata virtual. 20 Atualmente ocorre o predomínio da informática nas relações sociais, dentre elas incluem-se as comerciais e as cambiárias. Deste modo, deve-se urgentemente ser efetuado uma reformulação na base do direito em que se alicerçam os títulos de crédito, para que a informática seja um meio de utilização e aprimoramento dos títulos de crédito existentes e dos novos títulos virtuais que possam ser implantados. O posicionamento aplica-se no princípio da carturalidade, que corresponde pela materialização do título através do papel, gerando, assim, o direito objeto da relação jurídica. Nos documentos virtuais esse princípio estaria fragilizado, uma vez que deixa de ser corpóreo. Porém, a falta da cártula seria sanada com a adoção da assinatura digital, possibilitando a emissão do título, o aceite, o endosso e o aval. Tudo na forma digital. Rodrigo Almeida Magalhães, em seu artigo, trata do tema. Vejamos: 19 VIVANTE, Op. cit., p FALCONERI Débora Cavalcante de. A duplicata virtual e a desmaterialização dos títulos de crédito. Disponível em Acesso em agosto de 2009.

15 14 Os primeiros títulos de crédito ditos virtuais foram os valores mobiliários escriturais. Sem adentrar na discussão sobre a natureza jurídica das ações, se são ou não títulos de créditos, o exemplo aqui dado são as das debêntures, cuja configuração jurídica como título de crédito decorre da lei nº 8.953/1994. Elas representam um empréstimo que as sociedades anônimas emissoras obtêm dos particulares. Assim sendo, entre as debêntures, existem as escriturais que são aquelas em que não há a emissão dos certificados, elas existem em contas correntes abertas em nome dos debenturistas nas instituições financeiras. Apesar de não estarem sobre a forma eletrônica, elas representam os primeiros exemplos de títulos de crédito sem a cártula. Outro exemplo é a cédula de crédito bancário (CCB) que é um título de crédito emitido em favor de instituição financeira ou de entidade a esta equiparada, representando promessa de pagamento, decorrente de operação de crédito. Vem regulamentada pela lei nº /2004 e possui como principal característica ser originada de operação de crédito de qualquer modalidade.as instituições financeiras podem emitir certificados de cédulas de crédito bancário que representam as cédulas de crédito bancário por elas mantidas em depósito. È objetivo, nessa hipótese, às instituições financeiras promover a cobrança das cédulas depositadas e somente entregar o valor ao titular do certificado, contra a apresentação deste. Os certificados de cédulas de crédito bancário podem ser emitidos sob a forma escritural, sendo a transferência feita por termo, datada, assinada pelo titular e averbada junto à instituição financeira.pelos dois exemplos dados, percebe-se que falta o documento, mesmo que eletrônico, em que constem todos os requisitos dos títulos de créditos.quase todos os empecilhos à existência dos títulos de crédito virtuais foram resolvidos.o problema da assinatura foi acertado, conforme analisado, com a assinatura digital regulada pela medida provisória nº 2200/2001. Em ações de execução exige-se o título em original, logo, deverá imprimi-lo para torná-lo material, palpável, corpóreo. Com a regulamentação do processo eletrônico, lei nº /2006, não necessitará mais da cártula para a cobrança do título, já que o processo está todo digitalizado. Outra questão que precisará ser sanada é a do endosso. No contexto atual, as entidades certificadoras somente têm condições de reconhecer uma assinatura. Se no título já consta a assinatura digital do emitente, as entidades certificadoras não têm condições de reconhecer outras assinaturas impedindo sua circulação 21. Como vimos, a crise principiológica dos títulos de crédito teria sua solução com uma completa reformulação dos princípios existes hoje, para uma nova lei uniforme, adequando aos novos tempos da era da informática. 8 A SEGURANÇA NA DUPLICATA ELETRÔNICA Outro ponto muito discutido é sobre a segurança da duplicata virtual. Todos nós já nos deparamos com a intenção de comprar algum bem através da Internet, porém ficou com receio de ter seu cartão clonado ou de não ter sua compra entregue. 21 MAGALHÃES, Rodrigo Almeida. Títulos de crédito virtuais. Disponível em Acesso em agosto de 2009.

16 15 O mesmo acontece com a duplicata virtual, só que agora o medo estaria no sigilo das informações e na autenticidade do documento. Falconeri trata com propriedade deste tema: Pela transmissão de dados através de computador, as partes da relação querem ter certeza de que as informações não serão alteradas no caminho que percorrerem. Para garantir essa segurança foi criada a assinatura eletrônica, que utiliza a técnica da criptografia, para identificar o signatário e reconhecer a autenticidade das informações. Essa técnica foi criada nos Estados Unidos e já vem sendo utilizada em vários países e agora, também, no Brasil. Há, inclusive, no Congresso nacional, um Projeto de Lei, que é o de nº 7.316/02, que disciplina o uso de assinaturas eletrônicas e a prestação de serviços de certificação. Frisa-se assim que a assinatura eletrônica assegura aos documentos suas funções declarativa, de dizer quem é o autor da assinatura; probatória determinando a veracidade dos dados e a vontade declarada; e a declaratória, que garante que o que há expresso no documento condiz com a vontade do contratante. Entende-se que o procedimento é basicamente o seguinte: São oferecidas duas chaves ao usuário, uma para seu uso pessoal e outra para o conhecimento público. Uma serve para codificar e outra, para decodificar os dados. Essa decodificação é feita pelas autoridades certificadoras. 22 Salienta-se que pode ser discutida a incompatibilidade dessas autoridades certificadoras com o art. 236, da Constituição federal, que diz "Os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por delegação do poder público". Acontece que não se pode equiparar as firmas ou assinaturas formais, com a assinatura digital. Aquelas são bem pessoais, físicas. Esta é apenas um emaranhado de dados. É apenas uma simbologia para assegurar a validade do negócio jurídico. Mas o que seria assinatura digital afinal? Assinatura digital nada mais é do que um conjunto de caracteres alfanuméricos resultantes de complexas operações matemáticas de criptografia efetuadas por um computador sobre um documento eletrônico, que recebe o nome de sistema assimétrico de incriptação de dados. Sobre esse sistema, utiliza-se um par de chaves, uma denominada privada e outra pública. Sendo que uma é utilizada para encriptar e outra para desencripta-la. Faz-se necessário à existência de uma autoridade certificante. No Brasil a única autoridade certificante é a Certsign, sediada na cidade do Rio de Janeiro, a qual segue práticas internacionais para a identificação dos interessados em habilitar-se ao sistema certificador. 22 Idem.

17 16 A garantia das assinaturas digitais é efetivada através do registro do contrato de emissão de assinaturas em cartório de registro de títulos e documentos. Portanto, o registro tem como objetivo final afirmar a boa-fé daqueles que praticam os atos jurídicos fundamentados na real vontade das partes. Sendo que a certificação digital une a tecnologia e o direito, tornando legitimo como meio de prova o documento eletrônico. 9 PROJETOS DE LEIS QUE REGULAMENTEM O COMÉRCIO ELETRÔNICO E A ASSINATURA DIGITAL Em 26/09/2001 a Comissão Especial da Câmara dos Deputados aprovou, o substitutivo do relator, deputado Júlio Semeghini (PSDB-SP), sobre a regulamentação do comércio eletrônico e a assinatura digital em negócios feitos pela Internet. O projeto seguiu para inclusão em na pauta para votação no Plenário da Câmara dos Deputados, onde permanece até a presente a data, se for aprovado, irá para o Senado e depois à sanção presidencial. O Projeto de Lei nº 4.906/2001, sendo Autor o Senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE), dispõe sobre a validade jurídica e o valor probante do documento eletrônico e da assinatura digital, regula a certificação digital, institui normas para as transações de comércio eletrônico e dá outras providências. O Capítulo I do projeto de lei trata dos efeitos jurídicos do documento eletrônico e da assinatura digital. O art. 3º dispõe que não serão negados efeitos jurídicos, validade e eficácia ao documento eletrônico, pelo simples fato de apresentar-se em forma eletrônica. As declarações constantes de documento presumem-se verdadeiras em relação ao signatário, nos termos do Código Civil, desde que a assinatura digital seja única e exclusiva para o documento assinado, passível de verificação pública, gerada com chave privada cuja titularidade esteja certificada por autoridade certificadora e seja mantida sob o exclusivo controle do signatário, esteja ligada ao documento eletrônico de tal modo que se o conteúdo deste se alterar, a assinatura digital estará invalidada e não tenha sido gerada posteriormente à expiração, revogação ou suspensão das chaves, estão dispostas no art. 4º.

18 17 O art. 5º define que a titularidade da chave pública poderá ser provada por todos os meios de direito, não sendo negado valor probante ao documento eletrônico e sua assinatura digital, pelo simples fato desta não se basear em chaves certificadas por uma autoridade certificadora. Já o art. 6º presume verdadeira a data do documento, sendo lícito, porém, a qualquer deles, provar o contrário por todos os meios de direito e depois de expirada ou revogada a chave de algum dos signatários, compete à parte a quem o documento beneficiar a prova de que a assinatura foi gerada anteriormente à expiração ou revogação. Entre os signatários, ou em relação a terceiros, será considerado datado o documento particular na data em que foi registrado, ou da sua apresentação em repartição pública ou em juízo, ou do ato ou fato que estabeleça, de modo certo, a anterioridade da formação do documento e respectivas assinaturas. Aplicam-se, ainda, ao documento eletrônico as demais disposições legais relativas à prova documental que não colidam com as normas do título que trata do Documento Eletrônico e da Assinatura Digital neste projeto de lei. Na existência de falsidade, os art. 8º e 9º dispõem que o juiz apreciará livremente a fé que deva merecer o documento eletrônico, quando demonstrado ser possível alterá-lo sem invalidar a assinatura, gerar uma assinatura eletrônica idêntica à do titular da chave privada, derivar a chave privada a partir da chave pública, ou pairar razoável dúvida sobre a segurança do sistema criptográfico utilizado para gerar a assinatura. Havendo impugnação de documento eletrônico, incumbe o ônus da prova, em primeiro lugar à parte que produziu a prova documental, quanto à autenticidade da chave pública e quanto à segurança do sistema criptográfico utilizado, ou à parte contrária à que produziu a prova documental, quando alegar apropriação e uso da chave privada por terceiro, ou revogação ou suspensão das chaves 23. Vemos que é imprescindível a aprovação de tão importante projeto de lei para considerar e regular definitivamente o documento eletrônico assinado pelo seu autor mediante sistema criptográfico de chave pública, resultante ou da digitalização de documento físico, bem como a materialização física de documento eletrônico 23 ALBERNAZ, Lister. Títulos de crédito eletrônicos. Disponível em Acesso em setembro de 2009.

19 18 original, pois o art. 29, corrobora que para os fins do comércio eletrônico, a fatura, a duplicata e demais documentos comerciais, quando emitidos eletronicamente, obedecerão ao disposto na legislação comercial vigente, qual seja, o Código Civil 24. O art. 43 equipara ao crime de falsidade de documento particular, sujeitando-se às penas do art. 298 do Código Penal, a falsificação, no todo ou em parte, de certificado ou documento eletrônico particular, ou alteração de certificado ou documento eletrônico particular verdadeiro. 24 Idem.

20 19 CONCLUSÃO Conclui-se com o presente estudo que a duplicata é um título de crédito criado pelo direito brasileiro, inicialmente nos anos de 1850, com a finalidade de proporcionar um maior controle do fisco. Os seus efeitos são cambiais e é documento hábil para cobrança judicial do preço da venda. Inicialmente, previa que nas vendas por atacado o vendedor era obrigado a extrair, em duas vias, uma relação das mercadorias vendidas as quais eram assinadas por ele e pelo comprador, ficando cada via com uma das partes contratantes. Assim sendo, no decorrer do tempo, a duplicata mercantil perde o caráter fiscal, predominando-se o caráter comercial nas operações de constituição, circulação e cobrança de crédito nascido de operações mercantis ou de contratos de prestação de serviços. A duplicata diferencia-se da letra de câmbio pelo regime de aceite, pois no último o ato de vinculação do sacado à cambial é facultativo, Já no primeiro, a vinculação é obrigatória, há protesto por indicações e execução de título não assinado. Já a duplicata virtual não é uma nova espécie de título de crédito. Ao contrário, a duplicata virtual e a duplicata são o mesmo e único título. A qualificação virtual provém da condição desmaterializada da duplicata. Com isso, a única diferença fica em relação ao princípio da carturalidade. Mas como vimos, essa evolução do título de crédito passando da necessidade de um documento corpóreo para a sua desmaterialização não retira sua eficácia, nem seu caráter executivo.

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