UMA PROPOSTA DE CAPACITAÇÃO EM SAÚDE DO TRABALHADOR PARA PROFISSIONAIS DO PSF

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Giulia Gusmão Brezinski
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1 UMA PROPOSTA DE CAPACITAÇÃO EM SAÚDE DO TRABALHADOR PARA PROFISSIONAIS DO PSF Joaquina de Araújo Amorim Josiete Lucena de Castro Sandro Mangueira Bezerra Teresa Cristina Péret

2 O CAMPO DA SAÚDE DO TRABALHADOR A Saúde do Trabalhador constitui uma área da saúde pública, que tem como objeto de estudo e intervenção as relações entre o Trabalho e a Saúde. Tem como objetivos a promoção e a proteção da Saúde do Trabalhador, por meio do desenvolvimento de ações de vigilância aos riscos presentes nos ambientes e condições de Trabalho, dos agravos à Saúde do Trabalhador e a organização e prestação da assistência aos Trabalhadores, compreendendo procedimentos de diagnóstico tratamento e reabilitação de forma integrada no SUS. (BRASIL, 2001:17) - Manual de Procedimentos para os Serviços de Saúde/MS

Tem como objetivos a promoção e a proteção da Saúde do Trabalhador, por meio do desenvolvimento de ações de vigilância aos riscos presentes nos ambientes

3 LEGISLAÇÃO Constituição de 1988: art Ao Sistema Único de Saúde compete... Executar as ações de saúde do trabalhador... assim como... colaborar na proteção do meio ambiente nele compreendido o do trabalhador ; Lei 8080-art.6º parágrafo 3º- Regulamenta dispositivos constitucionais sobre a ST; Portaria 1679 (19/10/02)- Dispõe sobre a estruturação da Rede Nacional Atenção Integral à Saúde do Trabalhador no SUS e dá outras providências; de Portaria 777- (28/04/04)- Dispõe sobre procedimentos técnicos para a notificação compulsória de agravos à Saúde do Trabalhador em rede de serviços sentinela específica no SUS; Portaria 2437 (7/12/05)- Dispõe sobre ampliação e o fortalecimento da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador no SUS e dá outras providências.

6º parágrafo 3º- Regulamenta dispositivos constitucionais sobre a ST; Portaria 1679 (19/10/02)- Dispõe sobre a estruturação da Rede Nacional Atenção Integral à Saúde do Trabalhador no SUS e dá

4 FUNÇÕES DAS SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE NA GESTÃO DA RENAST 5) Capacitar os profissionais e as equipes de saúde para identificar e atuar nas situações de riscos à Saúde relacionadas ao trabalho, assim como para o diagnóstico dos agravos à Saúde relacionados com o trabalho (Anexo II-Portaria 2437/05). FUNÇÕES DO CEREST-REGIONAL 2) Realizar e auxiliar na capacitação da rede de serviço de saúde, mediante organização e planejamento de ações em Saúde do Trabalhador em nível local e regional (Anexo IV-Portaria 2437/05).

relacionados com o trabalho (Anexo II-Portaria 2437/05).

5 Imagem virtual do CEREST CG

7 QUADRO 1- Ações de Saúde do Trabalhador na Atenção Básica Diagnóstico e Tratamento das doenças relacionadas ao trabalho, de modo articulado com outros programas de saúde específicos para grupos populacionais (mulheres, crianças, idosos, portadores de necessidades especiais, etc.) ASSISTÊNCIA Coleta sistemática da História Ocupacional para o estabelecimento da relação do adoecimento com o trabalho. Referência e Contra-referência para níveis mais complexos de cuidado. Encaminhamento ao INSS para o provimento dos benefícios previdenciários correspondentes. Cartografia das atividades produtivas no território. VIGILÂNCIA DA SAÚDE Sanitária Epidemiológica Ambiental Identificação e cadastro dos trabalhadores. Vigilância das condições dos ambientes de trabalho Vigilância Epidemiológica. Identificação da necessidade e participação nos processos de Regulação. Referência e Contra-referência para níveis mais complexos de cuidado.

) ASSISTÊNCIA Coleta sistemática da História Ocupacional para o estabelecimento da relação do adoecimento com o trabalho. Referência e Contra-referência para níveis mais complexos de cuidado.

8 INFORMAÇÃO PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO ATIVIDADES EDUCATIVAS CONTROLE SOCIAL Notificação dos agravos e das situações de risco para a saúde dos trabalhadores. Alimentação do Sistema de Informação (SINAN). Identificação de problemas de saúde e de outras questões relacionadas ao trabalho que necessitam ser investigadas ou estudadas. Participação em Projetos e Estudos. Orientação dos trabalhadores em nível individual e coletivo, grupos operativos etc. Educação permanente. Produção e divulgação de material educativo. Planejamento, programação, acompanhamento e avaliação das ações. Discussão da organização dos processos produtivos e de suas conseqüências sobre a saúde e o ambiente. Fonte: Brasil (2006).Manual de Gestão e Gerenciamento- MS/RENAST

Participação em Projetos e Estudos. Orientação dos trabalhadores em nível individual e coletivo, grupos operativos etc. Educação permanente. Produção e divulgação de material educativo.

9 OBJETIVO DA CAPACITAÇÃO Capacitar profissionais de nível superior do município de Campina Grande-PB na abordagem e assistência integral à Saúde do Trabalhador. PÚBLICO ALVO Médicos, Enfermeiros, Cirurgiões Dentistas, Assistentes Sociais e Fisioterapeutas (190 profissionais).

10 METODOLOGIA Exposição dialógica. Reflexão crítica sobre a temática e contexto trabalhado. (4 encontros semanais-32 horas. Considerando divisão DS). Monitoria multiprofissional - 9 profissionais. PROCEDIMENTOS: Atividades de Grupo Leitura e discussão de textos. Utilização de trechos de música que fazem alusão ao trabalho; Estudo de casos e discussão do processo de trabalho das equipes; Mapeamento das micro-áreas (setores formais e informais); Avaliação

PROCEDIMENTOS: Atividades de Grupo Leitura e discussão de textos.

11 CONTEÚDO DA CAPACITAÇÃO-TEMAS TRATADOS 1ª SEXTA-FEIRA (Manhã) Apresentação da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e CEREST- CG; Aspectos conceituais sobre o Mundo do Trabalho e suas transformações (elementos do processo de produção). (Tarde) Da Medicina Ocupacional à Saúde do Trabalhador - Atividade de grupo com leitura e discussão de textos: Trabalho e Saúde: dois lados da mesma moeda (Rosangela Greco). Uma Contribuição da Epidemiologia: o Modelo da Determinação Social aplicado à S.T. (Luiz Augusto Fachine); Apresentação de Classificação de Riscos Ocupacionais (Cargas); Assédio Moral.

(Tarde) Da Medicina Ocupacional à Saúde do Trabalhador - Atividade de grupo com leitura e discussão de textos: Trabalho e Saúde: dois lados da mesma

12 Atividade de grupo (Levantamento e Discussão sobre o Processo de Trabalho do PSF- Presença de 4 facilitadores; Apresentação de tarefa a ser realizada no campo durante a semana com os ACS(s): Mapeamento dos Estabelecimentos de Trabalho das Micro-áreas. 2ª SEXTA- FEIRA (MANHÃ) Comunicação e Informação em ST; Sistema de Informação (SINAN-NET, CAT); Controle Social em ST. (TARDE) Epidemiologia em ST; Trabalho de grupo: Discussão de Casos. Presença de 4 facilitadores;

13 3ª SEXTA-FEIRA (MANHÃ) Sistematização do trabalho de campo (na área do PSF). Devolução à tarde. (TARDE) Apresentação geral dos Protocolos Clínicos em S.T. de complexidade diferenciada. 4ª SEXTA-FEIRA (MANHÃ) A Atenção Básica e a ST. Atribuições e a operacionalização das ações na perspectiva do PSF como porta de entrada do sistema; Apresentação e discussão do protocolo de PAIR; Idem para LER/DORT.

4ª SEXTA-FEIRA (MANHÃ) A Atenção Básica e a ST.

14 (TARDE) Apresentação do Protocolo Dermatose Ocupacional e risco Químico (Benzeno); Apresentação do Protocolo de Acidentes de Trabalho; Avaliação; Encerramento.

15 MAPEAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS DE TRABALHO DO BAIRRO MICROAREA ÁREA: URBANA RURAL Nome do estabelecimento Ramo de Atividade End. N de Trabalhadores por Setor N de Trabalhadores por Faixa Etária Sexo Principais Riscos Matéri as Primas FORMAL INFOR. M F 60 e + G r u p o I F ís ic o G r u p o II Q uí m ic o G r u p o II I Bi ol ó gi co G ru p o I V Er g. G r u p o V A c i d e n t e Levantamento realizado pelo Município:

N de Trabalhadores por Setor N de Trabalhadores por Faixa Etária Sexo Principais Riscos Matéri as Primas 5-9

18 AVALIAÇÃO Carência de Informações pertinentes à temática; Lacunas nos currículos de graduação; Reivindicações de novos encontros para aprofundamento do tema; Referência e Contra-referência; Sobre carga de trabalho ( Elevado nº de famílias).

novos encontros para aprofundamento do tema; Referência e

19 RECOMENDAÇÕES Acreditamos como adverte o MS que a inserção efetiva das ações de Saúde do Trabalhador no SUS está diretamente relacionada à sua assimilação pela AB, frente ao crescimento do trabalho informal, familiar e em domicílio; A AB tem a responsabilidade de fazer chegar ações de saúde o mais próximo possível de onde as pessoas residem e trabalham. Ressaltamos que para que isto se efetive não basta acrescentar mais uma atribuição as já sobrecarregadas equipes de trabalho. É importante que as tarefas sejam redefinidas e redimencionadas, sendo garantidos os procedimentos de referência e contra-referência necessários;

possível de onde as pessoas residem e trabalham.

20 Sugerimos ainda uma maior interação entre as Coordenações Nacional das Secretarias de Vigilância à Saúde e de Assistência à Saúde do MS no sentido de favorecer avanços mais efetivos; Faz-se necessário ainda um monitoramento das ações de ST das equipes para avaliação qualitativa do impacto da capacitação; Esperamos que este relato reflita na elaboração de matrizes para políticas municipais de saúde, contribuindo também para reflexões acadêmicas na formação dos profissionais.

ações de ST das equipes para avaliação qualitativa do impacto da capacitação; Esperamos que este relato reflita na

21 Endereços Eletrônicos Ministério do Trabalho e Emprego - Ministério da Saúde - Instituto Nacional de Seguridade Social - Organização Pan-Americana da Saúde - Observatoriosaude - trabalhador@saude,gov.br CEREST-CG: cerestcg@ig.com.br Home-page:

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