Consulta: Como efectuar o registo comercial de transformação de sociedade civil em sociedade comercial ou em sociedade civil sob forma comercial?

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1 Pº C. Co. 101/2010 SJC-CT. Consulta: Como efectuar o registo comercial de transformação de sociedade civil em sociedade comercial ou em sociedade civil sob forma comercial?... solicitou ao IRN, I.P. que emitisse pronúncia sobre esta matéria. O C.T. foi incumbido de apreciar a questão. É o que passaremos a fazer. 1- O art. 130º do CSC, sob a epígrafe Noção e modalidades trata da transformação de sociedades 1. Reproduzimos o seguinte trecho de Raúl Ventura, in Fusão, Cisão, Transformação de Sociedades, 1990, pág. 417: «Como é reconhecido no nº 4 do mesmo artigo [art. 130º], existem, pois, no CSC duas espécies ou modalidades de transformação, conforme a sua estrutura jurídica: numa modalidade que a redacção do referido nº 3 mostra ter sido considerada normal a transformação não provoca a dissolução (extinção) da sociedade e, portanto, a sociedade é a mesma, antes e depois da transformação; noutra modalidade excepcional, pois não resulta simplesmente da lei, como a primeira, dependendo de deliberação dos sócios a sociedade sujeita a transformação dissolve-se (extingue-se), nascendo uma nova sociedade e operando entre ambas um fenómeno de sucessão universal. Chamarei à primeira transformação formal e à segunda transformação extintiva». A transformação formal não implica, portanto, a dissolução da sociedade, não sendo afectada a sua personalidade jurídica. O facto «transformação» está sujeito a registo [cfr. art. 3º, nº 1, r), do CRCom, e art. 10º, n), do RRC], bem como a inscrição no Ficheiro Central de Pessoas Colectivas (FCPC), de acordo com o art. 6º, f), do D.L. Nº 1 - Como é consabido, ressalta do art. 1º do CSC que este código aplica-se às sociedades comerciais, mas as sociedades que tenham exclusivamente por objecto a prática de actos não comerciais podem adoptar um dos tipos que as sociedades comerciais devem adoptar (sociedade em nome colectivo, sociedade por quotas, sociedade anónima, sociedade em comandita simples ou sociedade em comandita por acções), sendo-lhes então aplicável o código. Sociedades comerciais são aquelas que tenham por objecto a prática de actos de comércio e adoptem um destes tipos. 1

2 129/98, de 13 de Maio (na redacção do D.L. nº 247-B/2008, de 30 de Dezembro) de ora em diante designado por RRNPC (regime do registo nacional de pessoas colectivas) -, sendo de salientar que o registo comercial do facto não está sujeito à verificação da disponibilização de certificado de admissibilidade da respectiva firma ou denominação quando a alteração da denominação da sociedade decorrente da transformação se restrinja à alteração do elemento que identifica o tipo de pessoa colectiva [cfr. art. 56º, nº 2, a), do RNPC]. Mais problemática é a transformação extintiva 2. De acordo com o nº 3 do citado art. 130º do CSC, a transformação de uma sociedade não importa a dissolução dela, salvo se assim for deliberado pelos sócios. E de acordo com o nº 5 do mesmo artigo, neste caso (de ter sido deliberada a dissolução) a nova sociedade sucede automática e globalmente à sociedade anterior. Importa realçar dois aspectos. Em primeiro lugar, a sociedade sujeita a transformação extingue-se, nascendo uma nova sociedade. Em segundo lugar, à dissolução da sociedade sujeita a transformação não se segue um processo de liquidação, antes a nova sociedade sucede automática e globalmente àquela sociedade (que se extingue). Na nossa modesta opinião, estamos perante um facto jurídico complexo mas unitário gerador de um efeito extintivo (da sociedade sujeita a transformação) e de um efeito constitutivo (da nova sociedade). Como registar este facto jurídico complexo mas unitário? Se não erramos, o CRCom é omisso sobre o ponto. Apenas prevê a constituição e a transformação [cfr. art. 3º, nº 1, a) e r), respectivamente], quando in casu estamos perante, digamos, uma transformação-dissolução e constituição. Partindo do pressuposto que se nos afigura incontroverso, pese embora ser «difícil descobrir vantagem na transformação extintiva que leve os interessados a escolhê-la ( )» (cfr. Raúl Ventura, ob. cit., págs. 448/9) de que na transformação extintiva é extinta uma sociedade e é criada uma nova sociedade, não poderemos deixar de concluir que importa identificar (marcar a identidade de) cada uma destas entidades. Ora, no Registo Comercial a matrícula é o acto de registo que se destina à identificação 2 - Não está em tabela a transformação extintiva das sociedades comerciais (ou civis sob a forma comercial), mas na economia do parecer a abordagem desta matéria afigura-se-nos essencial à compreensão do tema em debate. 2

3 da entidade sujeita a registo, e a cada entidade sujeita a registo corresponde uma só matrícula (cfr. art. 62º, nºs 1 e 2, do CRCom) 3. Assente que à nova sociedade deve corresponder uma nova matrícula, não cremos ser abusivo, também aqui, socorrermo-nos do art. 67º-A do CRCom para, tal como fizemos no parecer emitido no Pº C.Co. 6/2010 SJC-CT, a propósito da cisão, estendermos a sua disciplina à hipótese da transformação-dissolução e constituição. Nesta perspectiva, partindo do pressuposto de que os referidos efeitos extintivo (da sociedade sujeita a transformação) e constitutivo (da nova sociedade) se produzem num só momento, importa assegurar que ao nível registal assim efectivamente aconteça. Reconhecendo embora que «substantivamente, melhor dizendo, adequando o direito adjectivo ao direito substantivo, o ideal seria efectuar um único registo com diferentes conteúdos (conforme a ficha da sociedade em que seria lavrado», mas tendo em conta que «o sistema registal e informático não permite a apresentação no diário de pedido de registo respeitante a mais do que uma pessoa [cfr. art. 5º, nº 1, d), do RRC] ( )» (cfr. nota 14 do parecer emitido no Pº C.Co. 6/2010 SJC-CT), somos de opinião que o pedido de registo deve respeitar à transformação-dissolução, e este pedido determina o registo oficioso de constituição da nova sociedade 4. Na ficha da sociedade sujeita a transformação será inscrita a transformaçãodissolução, que determinará o cancelamento oficioso da respectiva matrícula [cfr. art. 62º-A, a), do CRCom] 5. Na (nova) ficha da nova sociedade será inscrita a constituição, com a menção de que a sociedade sucedeu automática e globalmente à sociedade sujeita a transformação. Assim se procedendo, é nossa convicção que o Registo Comercial desempenhará com eficácia e eficiência o papel que lhe está reservado. 3 - Pelas mesmas razões, destinando-se o RNPC à informação actualizada sobre as pessoas colectivas (cfr. art. 2º, nº 1, do RNPC), afigura-se-nos líquido que o registo comercial da nova sociedade que sucedeu automática e globalmente à sociedade sujeita a transformação não pode prescindir da disponibilização de certificado de admissibilidade de respectiva firma ou denominação, ainda que a nova sociedade adopte a denominação da sociedade sujeita a transformação, apenas alterando o elemento que identifica o tipo de pessoa colectiva. O que vale por dizer que, na hipótese considerada, não é a nosso ver aplicável o disposto no art. 56º, nº 2, a), do RRNPC. 4 - Haverá que atentar no conteúdo da nota (17) do parecer emitido no Pº C.Co. 6/2010 SJC-CT e proceder em conformidade com o que aí se descreve. 5 - Se bem ajuizamos, a transformação-dissolução ou, noutra perspectiva, a dissolução sem liquidação -, que implica a extinção da sociedade sujeita a transformação, não está literalmente prevista no RRNPC (cfr. art. 6º). Mas, como é evidente, o facto tem que aí ser inscrito. 3

4 2- A consulta versa sobre a transformação de sociedade civil em sociedade comercial ou em sociedade civil sob forma comercial. A sociedade civil sob forma civil 6 ou sociedade civil pura 7 não está sujeita a registo comercial. Porém, a sociedade civil pura está sujeita a inscrição no FCPC [cfr. art.s 4º, nº 1, a), e 6º, ambos do RRNPC] 8, devendo a respectiva denominação obedecer a regras especiais (cfr. art. 42º do RRNPC). 6 - Assim a designamos, por oposição à sociedade civil sob forma comercial prevista no art. 1º, nº 4, do CSC. 7 - De acordo com os ensinamentos de Francisco Mendes Correia, in Transformação de Sociedades Comerciais Delimitação do Âmbito de Aplicação no Direito Privado Português, 2009, pág. 206, a sociedade civil pura será aquela em que duas ou mais pessoas se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício em comum de certa actividade económica, que não seja de mera fruição, e que não se traduza na prática de actos de comércio de forma regular, a fim de repartirem os lucros resultantes dessa actividade, e que não adopte um dos tipos de sociedade comercial referidos no nº 2 do art. 1º do CSC. 8 - Como é consabido, é controvertida a questão de saber se as sociedades civis puras têm ou não personalidade jurídica. Esta questão não deixa de relevar na economia do parecer, como assinalaremos no texto. Também assume relevância a questão de saber qual o título que deve servir de base à inscrição no FCPC de uma sociedade civil pura. Segundo Francisco Mendes Correia, ob. cit., pág. 215, «Pretendendo registar a sociedade civil pura como pessoa colectiva (e não na categoria das entidade que, prosseguindo objectivos próprios e actividades diferenciadas das dos seus associados, não sejam dotadas de personalidade jurídica [cfr. al. d) do art. 4º/1 do RRNPC]), os sócios deverão promover a sua constituição através de escritura pública, nos termos da aplicação analógica do artigo 168º CC (ex vi do artigo 157º CC, última parte)». Não vamos tomar posição sobre esta questão, que não está em tabela. O que está em tabela é saber como inscrever no Registo Comercial a transformação de sociedade civil em sociedade comercial (ou civil sob forma comercial). Ora, como no texto tentaremos demonstrar, o registo comercial do facto é perfeitamente compatível com qualquer das teses sobre a natureza jurídica da sociedade civil. De qualquer modo, sempre diremos que a al. f) do art. 89º do Código do Notariado (CN) de 1967 e a al. e) do nº 2 do art. 80º do CN de 1995, em consonância aliás com o nº 1 do art. 981º do CC, exigiam a forma da escritura pública para a constituição das sociedades civis «em que entrem coisas imóveis» ou, por outras palavras, «das quais façam parte bens imóveis». Mas, como ensinavam Pires de Lima e Antunes Varela, in Código Civil anotado, Vol. II, pág. 229, «De per si, o contrato de sociedade tem simples natureza obrigacional e não real, embora as entradas possam ser tituladas no mesmo acto, que passa, assim, a ter natureza real». Entretanto, o D.L. nº 116/2008, de 4 de Julho, revogou a al. e) do nº 2 do art. 80º do CN (cfr. art. 34º, d)) e criou a norma do art. 22º, de acordo com a qual (mais precisamente, al. d)) a forma para a constituição de sociedades civis é a escritura pública ou o documento particular autenticado referido no art. 24º do mesmo diploma «se esta for a forma exigida para a transmissão dos bens com que os sócios entram para a sociedade». Perante este quadro normativo, reafirmando embora que não queremos tomar posição sobre a questão da personalidade jurídica das sociedades civis puras, temos muita dificuldade em sufragar o entendimento de que 4

5 Para a compreensão da problemática da transformação de sociedades civis puras em sociedades comerciais (ou em sociedades civis sob forma comercial) relevam sobremaneira os nºs 2, 3 e 6 do art. 130º do CSC, que passamos a transcrever: Artigo 130º, nº 2: «As sociedades constituídas nos termos dos artigos 980º e seguintes do Código Civil podem posteriormente adoptar algum dos tipos enumerados no artigo 1º, nº 2, desta lei». Artigo 130º, nº 3: «A transformação de uma sociedade, nos termos dos números anteriores, não importa a dissolução dela, salvo se assim for deliberado pelos sócios». Artigo 130º, nº 6: «A sociedade formada por transformação, nos termos do nº 2, sucede automática e globalmente à sociedade anterior». Perante o normativo citado, não tem sido pacífica a análise da transformação das sociedades civis puras. Se bem interpretamos o seu pensamento, Raúl Ventura, ob. cit., págs. 458/464, negando personalidade jurídica à sociedade civil (e notando que o nº 6 do art. 130º inculca esta posição) mas reconhecendo haver contradição no art. 130º, admite quer a transformação com extinção (dissolução deliberada pelos sócios) quer a transformação a inscrição no FCPC de sociedade civil sob forma civil (é esta a terminologia empregada no art. 42º do RRNPC) demanda que a constituição dessa sociedade obedeça à forma da escritura pública. Finalmente, importa acentuar que está fora da nossa cogitação a matéria da sociedade irregular, que, de acordo com João Labareda, Sociedades Irregulares Algumas Questões, in Novas Perspectivas do Direito Comercial, 1988, pág. 203, «é uma sociedade comercial que não esteja constituída por escritura pública [actualmente, a forma exigida é a referida no art. 7º, nº 1, do CSC] ou a que falte o registo definitivo do contrato social». Também Manuel António Pita, in O Regime da Sociedade Irregular e a Integridade do Capital Social, 2004, pág. 585, ensina que «a expressão sociedade irregular é, assim, utilizada por nós para designar a sociedade comercial a que falte a forma legal ou a que falte o registo» e que «A forma legal e o registo integram o processo de constituição da sociedade comercial» [cfr., a propósito, a al. c) do nº 1 do art. 4º do RRNPC, que prescreve que também está integrada no FCPC a informação relativa às entidades a que a lei confira personalidade jurídica após o respectivo processo de formação, entre o momento em que tiverem iniciado esse processo e aquele em que o houverem terminado, e art. 10º do mesmo RRNPC, que nos diz quais os factos relativos a essas entidades que estão sujeitos a inscrição no FCPC]. Não obstante estar fora da nossa cogitação a problemática das sociedades irregulares, importa acentuar que, segundo Manuel António Pita, ob. cit., págs. 364/369, apesar da letra do nº 2 do art. 130º do CSC que alude às sociedades constituídas nos termos dos art.s 980º e segs. do CC -, deverá aplicar-se ao procedimento de regularização da sociedade previsto no art. 173º do CSC o regime aplicável à transformação da sociedade civil em sociedade comercial admitida naquela norma legal. 5

6 sem dissolução. Neste último caso, haverá que distinguir dois planos: o das relações externas da sociedade e o das relações entre os sócios. «Quanto ao primeiro, a lei dá todo o relevo à criação da nova pessoa jurídica e logicamente recorre à sucessão automática e global para que tais relações mudem de titular sem elas próprias sofrerem alteração». «Nas relações entre os sócios, o facto de não haver extinção da sociedade civil (dissolução, na terminologia da lei) implica a continuação do vínculo criado pelo contrato de sociedade, embora sujeito a diferente forma de organização, correspondente à personalidade», o que vale por dizer que o regime dos vínculos sociais, em vez de continuar a ser um regime baseado na personalidade jurídica (como acontece na transformação formal das sociedades comerciais ou civis sob forma comercial), «começa a ser um regime de personalidade» (ob. cit., pág. 462, com sublinhado nosso). Manuel António Pita, ob. cit., pág. 366 e nota (625), a propósito da regularização das sociedades irregulares, defendendo a aplicação dos procedimentos que para a transformação da sociedade civil estão previstos no CSC, afirma que «Tal aplicação exige certamente a deliberação de dissolução da sociedade, mas prescinde da liquidação e partilha, sucedendo a sociedade transformada automática e globalmente à sociedade anterior, conforme se prescreve no art. 130º, nº 6», e que «O legislador afastou a possibilidade de transformação formal da sociedade civil, impondo a transformação extintiva, com dissolução e criação duma nova pessoa jurídica, o que significa que, na hipótese que estamos a considerar, a sociedade comercial resultante da transformação da sociedade irregular não é a mesma que a sociedade irregular anterior, embora lhe suceda nos activos e passivos». Se bem interpretamos o seu pensamento, Francisco Mendes Correia, ob. cit, págs. 216/220, considera a hipótese de a sociedade civil ter personalidade jurídica e a hipótese de a sociedade civil carecer de personalidade jurídica. No primeiro caso, tal como nas sociedades comerciais (ou nas sociedades civis sob forma comercial), poderá ser adoptada qualquer das duas modalidades de transformação ( a formal, que é a regra, e a extintiva). No segundo caso, afirma o seguinte: «Parece assim que a utilidade das normas comentadas [nºs 2, 3 e 6 do art. 130º do CSC] apenas pode ser a de viabilizar uma transformação sem dissolução de uma sociedade civil pura que não tenha personalidade jurídica, nomeadamente porque não dispõe de denominação nem está registada no FCPC. Esta sociedade, através da transformação em sociedade comercial, adquire uma denominação e passa a estar registada. Passa assim a consubstanciar um ponto de referência designado. E pode dizer-se, então, que é através da transformação que adquire personalidade jurídica». 6

7 3- Tentámos, dentro das nossas limitações, expor as construções que conhecemos sobre a transformação de sociedades civis puras em sociedades civis sob forma comercial ou em sociedades comerciais. Na nossa modesta opinião, para responder à consulta não temos que tomar posição sobre a controvérsia. Vejamos. Decorre do nº 1 do art. 61º do CRCom que o primeiro registo de pessoa colectiva sujeita a registo é o registo da constituição. Ainda que se defenda que a sociedade civil pura pode adquirir personalidade jurídica e, no caso, a tenha efectivamente adquirido, a transformação formal (sem extinção) dessa sociedade, com a adopção de um dos tipos admitidos no art. 1º, nº 2, do CSC, não poderá ser o facto sujeito a registo comercial, desde logo porque é impensável registar a transformação sem previamente registar a constituição. Mas, do ponto de vista registal, no caso não existe propriamente constituição e transformação, antes o facto a registar, tendo embora como título (fundamento, causa) a transformação, consiste na constituição da sociedade comercial (ou civil sob forma comercial) 9. Por maioria de razão, nas restantes construções sobre a transformação de sociedade civil pura 10 o que tão somente está sujeito a registo é a constituição da sociedade comercial (ou civil sob forma comercial). Não obstante, cremos que o registo comercial deve dar a conhecer que a constituição da sociedade comercial ou civil sob forma comercial resultou da transformação de sociedade civil pura, identificando esta sociedade Na hipótese considerada, não hesitaríamos em registar a constituição da sociedade comercial (ou civil sob forma comercial) resultante da transformação da sociedade civil pura. E argumentaríamos em termos básicos: a sociedade civil não está sujeita a registo comercial, pelo que este registo não pode ser o pressuposto de aquisição da personalidade jurídica; a sociedade comercial (ou civil sob forma comercial) goza de personalidade jurídica e existe como tal a partir do registo definitivo do contrato (cfr. art. 5º do CRCom), donde resulta que é a constituição (o contrato) da sociedade comercial (ou civil sob forma comercial), e não a constituição (o contrato) da sociedade civil pura, que deve ser registado, embora aquele contrato tenha resultado da transformação desta sociedade E, obviamente, na hipótese de a sociedade civil ter sido dissolvida, liquidada e partilhada, e ter sido constituída nova sociedade com os restos adjudicados aos sócios, mas aqui não podemos falar em transformação É certo que esta menção especial não está prevista na al. b) do art. 10º do RRC, mas a publicidade registal demanda uma interpretação extensiva desta norma. 7

8 4- Em face do exposto, somos de opinião que em qualquer das hipóteses doutrinariamente configuráveis de transformação de sociedade civil pura em sociedade 12 - A identificação da sociedade civil pura que foi sujeita a transformação e a registo comercial revela-se-nos determinante para o correcto desempenho das funções agregadas ao registo comercial no âmbito das comunicações obrigatórias aos serviços da administração tributária e da segurança social (cfr. art. 72º-A, do CRCom) e à inscrição oficiosa no FCPC (cfr. art. 11º, nº 1, do RRNPC). No que em especial tange à inscrição oficiosa no FCPC, não cabe neste parecer o enquadramento das situações previsíveis, que aliás demandaria a prévia averiguação da prática do RNPC e das aplicações informáticas do SIRCOM. Expliquemo-nos. Imaginemos, por mera hipótese de raciocínio, que no FCPC está inscrita a sociedade civil A, enquanto sociedade civil com personalidade colectiva [cfr. art. 4º, nº 1, a), do RRNPC], e que esta sociedade foi sujeita a transformação em sociedade comercial. Na hipótese de transformação formal, será este o facto (transformação) a inscrever no FCPC [art. 6º, f), do RRNPC], embora o facto sujeito a registo comercial seja a constituição. Na hipótese de transformação extintiva, o que haveria que inscrever no FCPC seria a transformação-dissolução (extinção) no registo comercial o facto a inscrever (com observância do nº 1 do art. 56º do RRNPC) seria apenas a constituição -, pelo que nos depararíamos com o mesmo problema já denunciado na nota (5) deste parecer. Imaginemos, agora, que no FCPC está inscrita a sociedade civil B, enquanto sociedade rudimentar [cfr. art. 4º, nº 1, d), do RRNPC] e que esta sociedade foi sujeita a transformação em sociedade civil sob forma comercial. Neste caso, parece que é unânime o entendimento de que só cabe a transformação extintiva, mas no registo comercial inscrever-se-á apenas a constituição (com observância do nº 1 do art. 56º do RRNPC). E qual o facto a inscrever no FCPC, de acordo com o elenco do nº 1 do art. 10º do RRNPC? A cessação de actividade? Não nos parece. Na nossa modesta opinião, o que haveria de ser inscrito era a transformaçãodissolução (extinção). Imaginemos, finalmente, que no FCPC está inscrita a sociedade (comercial) irregular C [cfr. art. 4º, nº 1, c), do RRNPC] e que esta sociedade, no âmbito de procedimento de regularização, foi sujeita a transformação em sociedade comercial. Neste caso, também parece que é unânime o entendimento de que só cabe a transformação extintiva, mas no registo comercial inscrever-se-á apenas a constituição (com observância do nº 1 do art. 56º do RRNPC). E qual o facto a inscrever no FCPC, de acordo com o elenco do nº 1 do art. 10º do RRNPC? Também aqui, se bem ajuizamos, deveria ser inscrita a transformação-dissolução (extinção), que não está prevista na letra da lei. 8

9 comercial ou em sociedade civil sob forma comercial o facto sujeito a registo comercial é a constituição da sociedade resultante da transformação. É este, salvo melhor, o nosso parecer. Parecer aprovado em sessão do Conselho Técnico de 26 de Maio de João Guimarães Gomes Bastos, relator, Isabel Ferreira Quelhas Geraldes, Luís Manuel Nunes Martins, Carlos Manuel Santana Vidigal, José Ascenso Nunes da Maia. Este parecer foi homologado pelo Exmo. Senhor Presidente em

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