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1 Revista da Faculdade de Direito de Sete Lagoas Volume 2 Número 1 Janeiro/Junho 2004 Sete Lagoas MG Periodicidade: semestral ISSN Rev. Fac. Direito de Sete Lagoas Sete Lagoas v. 2 n p. jan./jun. 2004

2 Revista da Faculdade de Direito de Sete Lagoas, V. 2, n. 1 (jan./jun. 2004). Sete Lagoas: FEMM/Fadisete, Semestral Sucessora da Revista da Fundação Educacional Monsenhor Messias 1. Direito Periódicos. I. Faculdade de Direito de Sete Lagoas. Pede-se Permuta Pideje canje Man bittet um austausch We ask for exchange On demande I échange Si riquiere lo scambio As opiniões emitidas em artigos ou notas assinadas são da responsabilidade dos respectivos autores. CDD: Gráfica da Fundação Educacional Monsenhor Messias Impresso no Brasil Printed in Brazil Toda correspondência deverá ser endereçada à: REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DE SETE LAGOAS Av. Marechal Castelo Branco, Tel: (31) Sete Lagoas Minas Gerais Brasil

3 REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DE SETE LAGOAS DIRETOR Prof. Guilherme Wagner Ribeiro VICE-DIRETOR Prof. Fernando Alves CONSELHO EDITORIAL Prof. Bruno Resende Rabello [coord.] Profa. Luciana Batista Santos. Prof. Bernardo Gonçalves A. Fernandes Profa. Cristiana Fortini Prof. Brunello Stancioli REVISOR Prof. Alfredo A. E. Valadares

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5 Sumário Os artigos estão dispostos em ordem alfabética dos nomes dos autores. A FORMAÇÃO DO PROCESSO NAS AÇÕES REIPERSECUTÓRIAS MULTITUDINÁRIAS: A Citação de Réus Inominados na Petição Inicial Adriano Stanley Rocha Souza O EMPREGO PÚBLICO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: A Razão de sua Adoção Cristiana Fortini APONTAMENTOS INICIAIS DO MODELO CONSTITUCIONAL DE PROCESSO CIVIL BRASILEIRO: Da concepção procedimental Comparticipada de Aplicação da Tutela Da Leitura das Cláusulas Gerais no Novo Código Civil Dierle José Coelho Nunes PROZACULTURA OU A NECESSIDADE DO MAL Eduardo Bedoya O FUNDO DE UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES FUST E A INCLUSÃO DIGITAL NO BRASIL Genilson Socorro Gomes de Oliveira A CLAÚSULA DA NAÇÃO MAIS FAVORECIDA Homero Francisco Tavares Júnior Michelle Lúcia Silva de Souza

6 A SENTENÇA QUE ACOLHE PRETENSÃO DECAÍDA: A Formação da Coisa Julgada Ilegal e os Instrumentos Processuais para a sua Impugnação Roberta Azambuja O JOVEM MARX E O MANIFESTO FILOSÓFICO DA ESCOLA HISTÓRICA DO DIREITO Rubens Enderle SOBRE A RELEVÂNCIA DO SUJEITO PASSIVO DO CRIME PARA A DETERMINAÇÃO DA RESPONSABILIDADE CRIMINAL DO AGENTE Viviane Tompe Souza Mayrink

7 Revista da Faculdade de Direito de Sete Lagoas, v.3, n.1, p , jan./jun A FORMAÇÃO DO PROCESSO NAS AÇÕES REIPERSECUTÓRIAS MULTITUDINÁRIAS: A Citação de Réus Inominados na Petição Inicial 7 Adriano Stanley Rocha Souza * SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO; 2 DESTINATÁRIO DA PETIÇÃO INICIAL; 3 RÉU DESCONHECIDO OU INCERTO. EXCEÇÃO À REGRA DA CITAÇÃO PESSOAL. A CITAÇÃO POR EDITAL (CITA- ÇÃO FICTA). 3.1 Pluralidade de Réus que, Embora Conhecidos, Não Podem Ser Satisfatoriamente Individualizados na Petição Inicial; 3.2 As Regras e as Suas Respectivas Exceções no Código de Processo Civil brasileiro; 4 SUGESTÃO PARA A CITAÇÃO DE RÉUS CONHECIDOS, CERTOS, MAS DE DIFÍCIL IDEN- TIFICAÇÃO; 5 SUGESTÕES DE REFORMA DO ARTIGO 231 DO CPC; 6 REFERÊNCIAS 1 INTRODUÇÃO Constitui regra primeira no estudo do Direito Processual a necessidade da citação válida 1 do réu a fim de que se forme validamente o processo. Afinal, é pela citação que o réu, ou o interessado, é chamado a juízo a fim de se defender (art. 213 do CPC). Os limites da lide são fixados, sobretudo, em razão de dois elementos: do *Mestre e Doutor em Direito Processual pela PUC MINAS, professor de Direito Civil da PUC MINAS e da Faculdade de Direito de Sete Lagoas. Advogado militante. 1Chamamos de citação válida aquela citação feita sem qualquer vício ou inobservância às prescrições legais, que possa gerar a nulidade do processo. Ex.: a citação de quem não é parte, a citação pessoal de quem não possui capacidade processual (incapazes), a ausência de citação, etc.

8 8 Revista da Faculdade de Direito de Sete Lagoas, v.3, n.1, p , jan./jun pedido e da delimitação das partes que sofrerão os efeitos da sentença. O primeiro elemento é a causa maior do processo. E o julgador está adstrito a apreciar tão somente aquilo que lhe é pedido, sob pena de sua sentença ser ultra petita, infra petita ou extra petita, padecendo, assim, de nulidade. O segundo elemento é condição sine qua non para a formação e desenvolvimento regular do processo. Com a citação válida, estabiliza-se o processo, delimitando-se os sujeitos que sofrerão os efeitos da sentença. Ora. Se o processo é fenômeno dialético, que pressupõe a faculdade de alguém em pleitear um direito que lhe é garantido pelo ordenamento jurídico e, de outro lado, a obrigação de outrem em respeitar este direito pleiteado, então, é necessário que as partes envolvidas neste processo sejam devidamente identificadas e qualificadas a fim de se determinar de modo preciso quem sofrerá os efeitos da sentença. Sem tal identificação, todo o trabalho processual se perde, em razão de ser considerado como nulo. Isto porque, a citação é a "porta de entrada" do réu na instauração da relação processual. É o seu convite a exercer o seu direito, constitucionalmente assegurado: o contraditório. 2 DESTINATÁRIO DA PETIÇÃO INICIAL Em regra, a citação deve ser feita pessoalmente ao réu, ou a seu procurador legalmente autorizado (art. 215 do CPC). Entretanto, há situações em que a citação pessoal do réu não se faz possível. Esta impossibilidade pode se dar por diversos motivos: o réu encontra-se em local ignorado, ou por tratar-se de réu desconhecido ou incerto, ou mesmo porque são vários os réus e não é possível ao autor individualizar de forma precisa, já em sua petição inicial, a quem os atos judiciais deverão ser dirigidos. Esta última hipótese é o objeto de nossos estudos no presente trabalho.

9 Revista da Faculdade de Direito de Sete Lagoas, v.3, n.1, p , jan./jun RÉU DESCONHECIDO OU INCERTO. EXCEÇÃO À REGRA DA CITAÇÃO PESSOAL. A CITAÇÃO POR EDITAL (CITAÇÃO FICTA) Assim dispõe o artigo 231 do Código de Processo Civil: Art Far-se-á a citação por edital: I quando desconhecido ou incerto o réu; II quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar; III nos casos expressos em lei. O inciso I do artigo 231 do CPC faz uso da expressão "réu desconhecido ou ignorado". O que vem a significar tal expressão, enfim? Em precioso artigo 2, Sérgio Sérvulo da Cunha foi muito feliz em assim conceituar tal expressão: Incerto é o réu nas situações jurídicas difusas, abstratas ou não personalizadas. Desconhecido quando, embora subjetivada a respectiva posição, não se definiu qual seu titular. O conceito de réu desconhecido, como se vê, é técnico-jurídico, e não o vulgar. O autor não poderia mover ação de indenização contra o causador de um dano e dizer que o desconhece, não sabendo se é gordo ou magro, alto ou baixo, homem ou mulher. O desconhecimento ou a incerteza quanto à pessoa que deva figurar no pólo passivo de uma demanda, a que alude o artigo 231, I do CPC portanto, não estão ligados ao fato de o autor, diante de uma situação em que se depara com várias pessoas a quem gostaria que fossem todos atingidos pela tutela jurisdicional perseguida, não sabe, contudo, a quem deva citar. 2 CUNHA, Sérgio Sérvulo da, Ação possessória contra réu inominado. Revista de Processo, São Paulo, v. 24, n. 94, abr./jun p.132

10 10 Revista da Faculdade de Direito de Sete Lagoas, v.3, n.1, p , jan./jun Por exemplo: o fazendeiro que teve suas terras invadidas por um grupo de posseiros. Este fazendeiro almeja à reintegração da posse de suas terras. Este pedido de reintegração deverá recair sobre todos aqueles posseiros. Não basta que recaia apenas sobre alguns destes, uma vez que, aqueles que não integraram a lide não poderão sofrer os efeitos da sentença. Não obstante, nesta situação, apesar de o fazendeiro não saber a quem deva mandar citar, não se pode dizer que o réu, nesta demanda, seja desconhecido ou incerto. Neste caso, as pessoas a que deverão ser dirigidos os atos judiciais são certas e conhecidas. O que não é possível, sim, é individualizar a todos de maneira precisa, a fim de dar obediência ao que preceitua o artigo 215 do CPC. Daí não estar tecnicamente correto se lançar mão da citação editalícia neste caso. Como já tivemos a oportunidade de observar pelo artigo acima citado, a expressão "réu desconhecido ou incerto" não está tratando como equivalentes as duas situações ali mencionados (desconhecimento/incerteza). A partícula "OU" utilizada pelo legislador no artigo 231,I do CPC não tem a intenção de dar àquelas expressões o sentido de sinônimas. Ao contrário disto, tal partícula quer destacar a existência de duas situações distintas em que o réu poderá ser citado por edital: quando o réu for desconhecido "OU" quando o réu for incerto. Para efeitos jurídicos, considera-se DESCONHECIDO o réu ou terceiro interessado cuja identidade não se pode precisar, muito embora a relação jurídica seja perfeitamente subjetivada. É o que ocorre, por exemplo, nas causas que versam sobre usucapião, falência, insolvência, etc. Por outro lado, "incerto é o réu nas relações difusas, abstratas ou não personalizadas" 3. Em outras palavras: incerto é o réu de cuja existência não tem menor idéia o autor: de quem poderia ser; de quantos poderiam ser, etc. 3 CUNHA, Sérgio Sérvulo da, op. cit.

11 Revista da Faculdade de Direito de Sete Lagoas, v.3, n.1, p , jan./jun É o que ocorre, por exemplo, "quando a ação é proposta contra espólio, herdeiros ou sucessores, já que às vezes o autor não terá condições de descobrir quem são as pessoas que sucederam o de cujus" 4. Se é que as há. 3.1 Pluralidade de Réus que, Embora Conhecidos, Não Podem Ser Satisfatoriamente Individualizados na Petição Inicial Diante de tudo o que foi dito até então, percebemos que as situações previstas pelo artigo 231, I do Código de Processo Civil, que permitem a citação editalícia do réu ou de terceiros interessados, são situações limitadíssimas em que: 1. ou o autor, embora tenha informações de quem possa ser a pessoa que deva figurar no pólo passivo de sua demanda, não tem condições de citá-la pessoalmente ou; 2. o autor sequer tem conhecimento exato de sua existência. Pela própria peculiaridade da citação editalícia, que quebra de forma excepcionalíssima o princípio de que a citação deva ser feita pessoalmente ao réu ou a terceiros interessados (art. 215 do CPC), tal procedimento não pode ser aplicado de forma analógica em qualquer situação em que a citação dos interessados for complexa ou apresentar outras dificuldades que não aquelas já previstas no artigo 231, I do CPC. É o caso, por exemplo, da hipótese acima aventada, em que um fazendeiro tem a sua fazenda tomada por um grupo de posseiros. Neste caso, poderíamos dizer que os réus são desconhecidos, nos termos propostos pelo artigo 231, I do CPC? Evidentemente que não. O fazendeiro sabe perfeitamente quem são os invasores de suas terras. Eventualmente, o fazendeiro pode até mesmo conhecer alguns pelo próprio nome. 4 THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil. Rio de Janeiro: Forense, v.1, p.233.

12 12 Revista da Faculdade de Direito de Sete Lagoas, v.3, n.1, p , jan./jun Entretanto, é impossível conhecer a todos, haja vista o grande número de invasores que há no local. Não há que se falar, portanto, em réus desconhecidos. Muito menos ainda, poderíamos dizer que os réus são incertos. Ora. Eles estão ali. A certeza de sua existência é facilmente comprovada. O que lhes falta é a devida IDENTIFICAÇÃO. Neste caso, portanto, tal falta não pode ser suprida pela citação editalícia, uma vez que esta forma de citação não prevê tal hipótese, não podendo, assim, ser aplicada por analogia, sob pena de trazer prejuízos irreversíveis aos interessados no feito. Da mesma forma, não é possível proceder com a citação pessoal dos réus, como recomenda o artigo 215 do Código de Processo Civil, já que o autor não tem condições de identificar a todos. Como deveria, então, dar-se a citação dos réus e terceiros interessados em hipóteses como estas? 3.2 As Regras e as Suas Respectivas Exceções no Código de Processo Civil Brasileiro No estudo do ordenamento jurídico pátrio, podemos verificar que em diversas passagens o nosso Código de Processo Civil prevê situações excepcionalíssimas, onde é admitida a quebra de algumas regras processuais. Vejamos, por exemplo, o que ocorre em relação ao pedido: o artigo 286 do CPC na primeira parte de seu caput, estabelece que "o pedido deve ser certo ou determinado". Entretanto, na segunda parte deste mesmo caput, o próprio legislador se ocupa em prever algumas situações em que a regra do pedido certo e determinado pode ser quebrada, podendo o autor, assim, apresentar pedido genérico:

13 Revista da Faculdade de Direito de Sete Lagoas, v.3, n.1, p , jan./jun Art (...) É lícito, porém, formular pedido genérico (quando): I nas ações universais, se não puder o autor individuar na petição os bens demandados; II quando não for possível determinar, de modo definitivo, as conseqüências do ato ou do fato ilícito; III quando a determinação do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu (grifos e destaques nossos). No que tange, portanto, ao pedido, o próprio legislador percebeu a possibilidade de, em alguns casos, o autor não ter condições de fazer o seu pedido de forma certa ou determinada. Em sendo assim, se não lhe fosse dado o direito de fazer pedido genérico, seguramente, o pedido do autor não seria adequado a lhe garantir a tutela jurisdicional esperada. Isto porque, há mesmo impossibilidade material de se prever quais os procedimentos deverão ser suportados pelo réu a fim de que se proceda a restitutio in integrum ao autor. É o caso, por exemplo, daquele pai que procura um advogado a fim de pedir providências jurídicas contra um hospital que, durante o trabalho de parto de sua mulher, causa lesões na criança que está nascendo. Ora. As seqüelas que restarão a esta criança são imprevisíveis. Não existe a possibilidade, portanto, de se fazer um pedido certo e determinado sobre algo cujas conseqüências do ato ou do fato ilícito ainda não são possíveis de serem determinadas (art. 286, II do CPC). O autor não possui condições materiais para se fazer um pedido certo ou determinado. Somente com o decorrer do tempo as conseqüências daquele ato ganharão corpo. Portanto, quanto mais genérico for o seu pedido, maiores serão as chances de o autor ter os seus prejuízos (ou seus traumas) diminuídos. Neste exemplo, então, um pedido do autor no sentido de o juiz condenar o hospital a arcar com todas as despesas fisioterápicas, ortopédicas e psico-

14 14 Revista da Faculdade de Direito de Sete Lagoas, v.3, n.1, p , jan./jun lógicas (atuais e futuras) necessárias à plena cura da criança, seria um pedido genérico hábil a garantir ao autor uma satisfação que, seguramente, se aproximaria mais de suas expectativas. Uma outra exceção prevista em nosso Código de Processo Civil é a exceção à regra de que os atos processuais realizam-se na sede do juízo (no edifício do fórum). O artigo 176 do Código de Processo Civil assim preceitua: Art. 176 Os atos processuais realizam-se DE ORDINÁRIO NA SEDE DO JUÍZO. PODEM, TODAVIA, EFETUAR-SE EM OUTRO LUGAR, em razão de deferência, de interesse da justiça, ou de obstáculo argüido pelo interessado e acolhido pelo juiz (grifo nosso). O legislador foi de grande sensibilidade ao prever a possibilidade da ocorrência de algum obstáculo às partes que, eventualmente, possa vir a impedi-las de comparecer no edifício sede do juízo para a realização de algum ato judicial. Ordinariamente, as audiências realizam-se no fórum. É ali que se dá, por exemplo, a oitiva das testemunhas. De ordinário, é também ali que as provas deverão ser produzidas. Contudo, não são poucas as situações que podem ocorrer na vida de qualquer das partes, provocando a impossibilidade de seu comparecimento no fórum. É o caso, por exemplo, de testemunha essencial ao feito, na busca da verdade real, que encontra-se acamada (art. 410, III do CPC). Ou de interditando incapaz de locomover-se ou de ser conduzido à presença do juiz (art do CPC).

15 Revista da Faculdade de Direito de Sete Lagoas, v.3, n.1, p , jan./jun Aqui vale lembrar Ernane Fidélis dos Santos 5, quando diz: [...] O motivo relevante deve ser examinado, criteriosamente, pelo juiz, sem, contudo, ater-se a excesso de rigor. Perfeitamente desculpável a uma mãe a recusa de passar pela rua do fórum, onde o filho fora fatalmente atropelado. Nestes casos, obviamente, não faria o menor sentido ater-se ao rigorismo de buscar a todo custo a realização daqueles atos no prédio do fórum a custa de sacrifício para as partes ou suas testemunhas. O que fez o legislador, então, foi viabilizar a realização daqueles atos através de um tratamento excepcional aos casos dotados de situações excepcionais. É o uso do bom senso, que deve reger as atitudes de qualquer aplicador do Direito, em substituição ao apego exagerado à norma, chegando a prejudicar (ou até mesma inviabilizar) o direito daquele que busca socorro no Poder Judiciário. Ora. Excepcional também é a situação em que o proprietário ou o possuidor de uma gleba de terra tem o seu imóvel tomado por tantas pessoas, que a identificação precisa de cada uma delas se torna praticamente impossível. Já pudemos perceber, por tudo o que foi acima exposto, que se a citação pessoal dos réus, neste caso, não é possível, a citação editalícia também não é a adequada. Isto porque, os réus não são desconhecidos. Muito menos incertos. Portanto, aplicar a forma editalícia para citar os réus em casos como este, data maxima venia, configura erro grave de forma. Seria o mesmo que calçar os pés com um sapato pequeno e desconfortável, sob pretexto de que "na falta de outro melhor, aquele já serve". É bem verdade que o nosso Código de Processo Civil não conta, como este estudo vem demonstrar, com nenhuma disposição que venha se enquadrar nesta hipótese. E nem deve ser esta a pretensão do legislador: criar um artigo ou uma lei para cada evento ou cada fato que possa vir a acontecer em 5 SANTOS, Ernane Fidélis dos. Manual de direito processual civil. São Paulo: Saraiva, p.231.

16 16 Revista da Faculdade de Direito de Sete Lagoas, v.3, n.1, p , jan./jun nossas vidas. Se fosse assim, não bastaria este mundo para guardar tantas normas, tantos códigos, etc. O que propomos, então? 4 SUGESTÃO PARA A CITAÇÃO DE RÉUS CONHECIDOS, CER- TOS, MAS DE DIFÍCIL IDENTIFICAÇÃO Não pode o julgador, a pretexto de que o réu deva ser citado pessoalmente, indeferir aquela petição inicial cujos réus não estejam satisfatoriamente identificados, por impossibilidade absoluta de fazê-lo o autor. Não agiria com acerto também o julgador que exigisse a citação editalícia destes réus. Ali não há réus desconhecidos nem incertos. O que propomos, então, é que em situações excepcionais como a acima descrita, os nossos juízes abram exceção ao requisito exigido pelo artigo 282, II do CPC. Ora. Por que não admitir então que, em casos como aquele, a petição inicial, ao invés de qualificar os réus (o que de resta se tornara impossível), identifique com precisão a área sobre a qual se pede a proteção possessória e o oficial, no cumprimento do mandado de citação, se incumba de qualificar todas as pessoas que ali se encontrarem e que por ele forem citadas? É de se notar que, em casos em que os réus não podem ser precisamente identificados pelo autor em sua inicial, face ao grande número daqueles, a citação é justamente o meio que o julgador da causa possui para que tal falha seja suprida. Neste momento, o julgador expediria mandado de citação determinando ao

17 Revista da Faculdade de Direito de Sete Lagoas, v.3, n.1, p , jan./jun senhor oficial de justiça que, à medida que fosse procedida a citação de cada um dos ocupantes daquela área, o próprio meirinho procedesse com a individualização dos réus. Em qualquer situação, é obrigação processual do autor indicar de forma precisa o objeto de sua demanda. Entretanto, em situações como a discutida neste trabalho, tal obrigação por parte do autor se fará ainda mais rigorosa, em se acatando a sugestão acima lançada. Isto porque, já que os réus não podem ser satisfatoriamente identificados pelo próprio autor em sua inicial, restando-o tão somente a referência da área por aqueles ocupada; e não tendo o julgador, então, outro meio para individualizar os réus, a perfeita descrição da coisa litigiosa é que possibilitará ao oficial de justiça que este proceda com a identificação de todas as pessoas que estejam ocupando a área descrita pelo autor. Pessoas estas que, forçosamente, deverão ser por ele citadas. Nem se argumente que tal sugestão seria inviável, porque implicaria em sacrifício enorme para o oficial de justiça a identificação de cada uma das partes que estiverem ocupando aquela área. Ora. Se para o oficial de justiça (que como auxiliar do juízo conta com o poder de polícia para a realização de seus atos) esta empreitada é custosa, o que dizer, então, do que representaria cobrar do procurador do autor a identificação de cada um dos réus? Tal empreitada seria mesmo impossível, já que o advogado não conta com as prerrogativas dos serventuários de justiça. Comunga deste nosso pensamento o professor Sérgio Sérvulo da Cunha 6 : Requisito de toda inicial é também o requerimento para a citação do réu (art. 282, VII, CPC). Se o autor não individuou o réu, nem por isso está 6 CUNHA, Sérgio Sérvulo da, op. cit.

18 18 Revista da Faculdade de Direito de Sete Lagoas, v.3, n.1, p , jan./jun dispensado de requerer sua citação. Portanto, deve oferecer ao juízo todas as indicações necessárias para fazer-se a citação e identificar-se, nesse ato, a pessoa apontada como ré. Embora seja inadmissível ação reipersecutória sem a perfeita descrição da coisa, esse requisito de procedibilidade cresce em importância quando não foram identificados os réus. Ao realizar a citação, cabe ao oficial de justiça suprir a omissão da inicial, reconhecendo os réus a partir do seu vínculo com a coisa, e identificando-os na certidão. Em assim se procedendo, não há o risco do réu argüir em sua defesa o desrespeito ao princípio do contraditório, como ocorre corriqueiramente nos casos de ações reipersecutórias, revestidas das peculiaridades acima descritas, cuja citação se dá por edital. Da mesma forma, não fica o autor tolhido de exercer o seu direito de ação e de defesa de sua propriedade, ou de sua posse, pela impossibilidade de identificar precisamente em sua inicial o pólo passivo da demanda. Não estamos, com tal sugestão, propondo a alteração da relação processual de AUTOR x RÉU para AUTOR x COISA CUJA POSSE SE DISPU- TA. Ora, nas palavras daquele mesmo autor, "a relação processual não se estabelece entre o autor e a área, mas entre o autor e os que tenham sido citados como ocupantes da área. Se algum ocupante da área não foi nominado na inicial, nem citado, não pode sofrer efeito da sentença". O que buscamos é, tão somente, adequarmos a exigência da citação à hipóteses que não podem ser enquadradas corretamente nem na citação pessoal (art. 215 do CPC), nem na citação editalícia (art. 231 do mesmo diploma). 5. SUGESTÕES DE REFORMA DO ARTIGO 231 DO CPC Da mesma forma que o nosso Código de Processo Civil prevê situações excepcionais, em que regras processuais podem ser suplantadas em bene-

19 Revista da Faculdade de Direito de Sete Lagoas, v.3, n.1, p , jan./jun fício da prestação da melhor tutela jurisdicional, como nos dois exemplos acima citados (pedido genérico e realização dos atos processuais fora do edifício sede do foro), acreditamos que o nosso legislador processual poderia, também no campo da citação, inovar, criando "norma processual em branco", de modo a recepcionar outros casos excepcionais que não podem ser enquadrados na forma da citação por edital. A criação, por exemplo, de mais dois parágrafos no artigo 231 do CPC, nos seguintes termos: 3. Sendo conhecidos os réus, mas tendo o autor dificuldades para identificá-los satisfatoriamente, em razão de sua quantidade, rotatividade, ou outro motivo qualquer, é lícito que o autor peça a citação de todos os réus que porven tura o oficial de justiça encontrar e que estiverem ligados ao objeto da demanda. 4. Na ocorrência da hipótese do parágrafo anterior, caberá ao oficial de justiça, citar o réu e identificá-lo satisfatoriamente em sua certidão, abendo ao autor, posteriormente, proceder ao recolhimento das custas processuais complementares. Salvo melhor juízo, acreditamos que com a criação de tais dispositivos, estaria sanada, de forma definitiva, a discussão jurisprudencial da citação por edital em casos de pluralidade de réus em ações reipersecutórias. REFERÊNCIAS ALVES, José Carlos Moreira. Posse. Rio de Janeiro: Forense CORREA, Orlando de Assis. Posse e ações possessórias: teoria e prática. Rio de Janeiro: AIDE, CUNHA. Sérgio Sérvulo da. Ação possessória contra réu inominado. Revista de Processo, São Paulo: v. 24, n.94, p , abr./jun

20 20 Revista da Faculdade de Direito de Sete Lagoas, v.3, n.1, p , jan./jun FULGÊNCIO, Tito. Da posse e das ações possessórias. Ed. Atual. pelo advogado José de Aguiar Dias. Rio de Janeiro: Forense, GOMES, Orlando. Direitos reais. Rio de Janeiro: Forense, LEVENHAGEN, Antônio José de Souza. Posse, possessória e usucapião. 2. ed. São Paulo: Atlas, PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de direito civil. Rio de Janeiro: Forense THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil. Rio de Janeiro: Forense, v.1. SANTOS, Ernane Fidélis dos. Manual de direito processual civil. São Paulo: Saraiva, VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil: direitos reais. São Paulo: Atlas

21 Revista da Faculdade de Direito de Sete Lagoas, v.3, n.1, p , jan./jun Cristiana Fortini * O EMPREGO PÚBLICO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: A Razão de sua Adoção O Estado desempenha as funções que o ordenamento jurídico lhe impõe por meio dos agentes públicos. O tema "agentes públicos" recebe costumeira atenção por parte dos estudiosos do Direito, graças à complexidade de questionamentos que seu exame faz emergir, iniciando-se pelo seu conceito, o mais extenso emprestado ao conjunto de pessoas físicas que exercem função estatal, ainda que em caráter eventual, sem remuneração e mesmo que ausente o vínculo laboral. Dentre os agentes públicos, atribui-se importância aos servidores públicos. Considera-se servidor público, em sentido amplo, a pessoa física que presta serviços ao Estado e às entidades que compõem a Administração Indireta, por meio de vínculo laboral, percebendo, em contraprestação, remuneração paga pelos cofres públicos. A doutrina liderada pela prof. Maria Sylvia Zanella di Pietro 1 reparte os servidores públicos em três espécies: os denominados servidores estatutários, os empregados públicos e os servidores temporários. Tradicionalmente, a doutrina costuma diferenciar cada uma das espécies de servidores públicos, a partir do tipo de relação jurídica que se estabelece. *Doutora em Direito Administrativo pela Faculdade de Direito da UFMG. Diretora da Faculdade de Direito do Unicentro Izabela Hendrix. Coordenadora da Pós-Graduação do CADE. 1 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 15. ed. São Paulo: Atlas, 2003, p. 431.

22 22 Revista da Faculdade de Direito de Sete Lagoas, v.3, n.1, p , jan./jun Os servidores estatutários são assim denominados porque o seu regime jurídico está disciplinado em um conjunto de normas legais, denominado Estatuto, elaborado por cada uma das esferas de governo, no qual encontram-se arrolados os direitos e as obrigações que irão nortear a relação laboral. Ao ingressarem, aderem a uma relação jurídica pré-estabelecida, não havendo possibilidade de se promover qualquer alteração por meio da celebração de ajustes. 2 Por outro lado, admite-se a ocorrência de modificações unilaterais nos direitos e nas obrigações por parte do Poder Público considerando a possibilidade de alteração da legislação aplicável. Os chamados servidores estatutários ocupam cargos públicos, definidos por Celso Antônio Bandeira de Melo 3 como: As mais simples e indivisíveis unidades de competência a serem expressadas por um agente, previstas em número certo, com denominação própria, retribuídas por pessoas jurídicas de direito público e criadas por lei, salvo quando concernentes aos serviços auxiliares do legislativo, caso em que se criam por meio de resolução, da Câmara ou do Senado, conforme se trate de serviços de uma ou de outra destas Casas. Tem-se, pois, que a característica substancial dos denominados servidores estatutários estaria no fato de que: O Estado, ressalvadas as pertinentes disposições constitucionais impeditivas, deterá o poder de alterar legislativamente o regime jurídico de seus servidores, inexistindo a garantia de que continuarão sempre disciplinados 2 O Supremo Tribunal Federal se pronunciou a respeito do assunto, ao apreciar a ação direta de inconstitucionalidade nº DF, oportunidade em que se discutia a inconstitucionalidade das alíneas "d" e "e" do art. 240 da Lei nº 8.112/90. O acórdão, por maioria de votos, julgou procedente o pedido, compreendendo que o regime estatutário inviabiliza a negociação coletiva, uma vez que os direitos, deveres, garantias e vantagens dos servidores públicos são definidos unilateralmente pelo Estado-legislador por meio de lei, sendo-lhe vedado transigir e celebrar tais pactos. Também se sustentou que a desigualdade jurídica entre as partes se confrontaria com a celebração de contrato de direito privado. Entretanto, o voto vencido do Exmo. Ministro Marco Aurélio ressaltou a inexistência do regime estatutário após a Constituição da República de 1988, considerado pelo magistrado como vetusto e inconciliável com os princípios da valoração do trabalho e da digmidade da pessoa humana por impedir a aproximação da Administração Pública e de seus trabalhadores. Para o Ministro, o regime fixado na Lei nº não poderia ser enquadrado como estatutário por outro fundamento: o art. 13 daquele diploma legal proíbe a alteração unilateral das condições presentes na data da posse, refletindo, assim o caráter contratual da relação jurídica e a possibilidade de negociação coletiva, segundo seu entendimento. 3 BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de direito administrativo. 14. ed. São Paulo: Malheiros, 2002, p. 226.

23 Revista da Faculdade de Direito de Sete Lagoas, v.3, n.1, p , jan./jun pelas disposições vigentes quando de seu ingresso. Então, benefícios e vantagens, dantes previstos, podem ser ulteriormente suprimidos. Bem por isso, os direitos que deles derivem não se incorporam ao patrimônio jurídico do servidor (firmando-se como direitos adquiridos), do mesmo modo que nele se integrariam se a relação fosse contratual 4. A segunda espécie de servidores públicos seria composta pelos empregados públicos contratados com base na legislação trabalhista. Porém, tendo em vista que o empregador é ente estatal, a aplicação das normas trabalhistas não se faz de forma absoluta, incidindo sobre a relação jurídica preceitos de ordem constitucional, tais como a proibição de acumulação remunerada de outro emprego, cargo ou função pública. Neste caso, o liame jurídico que se estabelece entre o Estado ou as entidades está centrado em um contrato, cujas cláusulas básicas encontram origem na legislação trabalhista. 5 Partindo da idéia de que o contrato consiste em um acordo de vontades impossível de ser rescindido unilateralmente, do qual nascem obrigações e direitos recíprocos, cuja alteração unilateral, razão pela qual os direitos adquiridos pelo empregado público, quando do seu ingresso, passariam a compor o seu patrimônio jurídico. Finalmente, há que se mencionar o "terceiro regime" ou " regime especial". A Constituição da República, no art 37, inciso XI, autoriza o Estado a celebrar contratos administrativos visando atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, após verificar que o quadro funcional não 4 BANDEIRA DE MELO, Celso Antônio, op. cit. p Não se desconhece que em alguns Municípios celebram-se contratos temporários calcados nas leis trabalhistas. Quisesse a Constituição que estes ajustes tirassem seu substrato da CLT a norma teria assim expressado. Em verdade, a Constituição anterior já previa regime semelhante. Grande controvérsia surgiu a respeito da natureza jurídica do vínculo, com o predomínio da tese segundo a qual o contrato temporário teria fundamento em norma de direito administrativo. O STJ, por exemplo, já decidiu que os litígios decorrentes dessas relações deveriam ser solucionados pela Justiça Comum e não pela Justiça do Trabalho (Conflito de competência nº RJ).

24 24 Revista da Faculdade de Direito de Sete Lagoas, v.3, n.1, p , jan./jun é suficientemente aparelhado de agentes capazes de fazer frente à demanda que, momentaneamente, se verifica. Os contratados são denominados servidores temporários, porque a ligação jurídica é mantida enquanto persistir a situação fática que fundamentou a contratação, limitando-se o prazo contratual e sua prorrogação aos termos da legislação específica, elaborada por cada um dos entes da federação, na qual estarão disciplinados os deveres e direitos dos contratados. Portanto, os servidores temporários não se submetem ao mesmo estatuto dos servidores ocupantes de cargos públicos. Por outro lado, em que pese existir um contrato, não há que se aplicar a legislação trabalhista. A distinção entre os regimes jurídicos assumia maior relevância quando em discussão a redação original do art. 39, da Constituição da República que previa a necessidade de cada esfera de governo adotar regime jurídico único. Impõe-se considerar que a lógica da inovação daquela norma residia no fato de que não haveria razão para o emprego de regimes distintos para atividades de mesma natureza, ou seja, os servidores que estivessem a exercer certa atividade deveriam possuir idêntico vínculo jurídico, em obséquio ao princípio da isonomia e da moralidade administrativa. A questão suscitou inesgotáveis discussões doutrinárias, todas elas centradas no dogma de que efetivamente existem diferenças substanciais entre os diferentes regimes jurídicos mencionados na Constituição da República, de forma que a adoção de um ou outro implicaria modificações consideráveis e que, por isso, precisariam ser analisadas com cautela. Defendia Hely Lopes Meirelles 6 que a instituição do regime jurídico único 6 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 18. ed. São Paulo: Malheiros p. 359.

25 Revista da Faculdade de Direito de Sete Lagoas, v.3, n.1, p , jan./jun para os servidores civis da Administração Pública direta, autárquica e fundacional, "significa ter afastado o regime trabalhista utilizado por algumas Administrações para a contratação de seu pessoal para certas atividades." A contratação trabalhista somente teria lugar nas entidades exploradoras de atividade econômica, em virtude do dispositivo contido no art 173 da Carta Magna. Nesse sentido, também se posicionava Adilson de Abreu Dallari 7 para quem somente o regime estatutário seria adequado para o pessoal permanente, uma vez que: O regime celetista nunca poderia ser único, pois existem funções que exigem do servidor incumbido de desenvolvê-las uma especial inerência, especiais garantias, por força da especial dose de autoridade, da autonomia e de fidelidade requeridas para o seu exercício. É o caso das funções de fiscalização, do serviço diplomático, dos Delegados de Polícia, dos membros do Ministério Público e da Magistratura. Somente o regime estatutário (que se opõe à idéia de regime contratual, como é o celetista) pode conferir a tais agentes o elevadíssimo grau de autonomia funcional indispensável para o exercícios de suas elevadas funções. Corroborava esta tese a existência de dispositivos constitucionais que, segundo alguns, levavam à conclusão de que as vantagens ali previstas não se coadunavam com o regime celetista, como o direito à estabilidade, conferido pelo art. 41 do texto constitucional. A redação do dispositivo não se apresentava, à época, clara o bastante para determinar sua aplicação com relação aos celetistas, segundo alguns. Passou-se a entender que o regime jurídico único, mencionado pelo legislador constituinte, outro não poderia ser senão o estatutário. 7 DALLARI, Adílson de Abreu. Regime constitucional dos servidores públicos. 2. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, p. 49.

26 26 Revista da Faculdade de Direito de Sete Lagoas, v.3, n.1, p , jan./jun De outro lado, Ivan Barbosa Rigolin 8 não vislumbrava a compulsoriedade de se adotar o regime estatutário. Segundo o autor, a norma constitucional pretendeu apenas que as relações laborais fossem disciplinadas de forma única. O seu posicionamento era ainda acentuado à medida que entendia ser possível a criação de outra forma de se regulamentar as relações laborais, que não apenas as tradicionais (estatutária e celetista) e erigi-la à categoria de regime jurídico único. Com efeito, asseverava que o regime jurídico único: Pode ser um ou outro (estatutário ou trabalhista, e não o administrativo especial, que é mais uma exceção aos dois principais, para funções temporárias e excepcionais, não tendo qualquer cabimento a idéia de que possa ser eleito esse o regime único de qualquer esfera ou entidade), ou pode ser um outro ainda inédito. Neste último caso significa dizer que está livre a Administração para, querendo, instituir regime inédito para o seu pessoal, desde que obedeça rigorosamente aos princípios e aos parâmetros constitucionais mínimos, que constituem conforme cada caso, direitos e deveres tanto dos servidores quanto da Administração; e por isso, não podem jamais ser omitidos nem negligenciados; caso então, consiga a Administração conceber um regime inédito, que observe aqueles parâmetros todos (aplicáveis ao pessoal) e que seja diferente do regime estatutário e do trabalhista, nada impedirá de, por lei, institui-lo 9. Assim, no prazo previsto, compete a cada uma das entidades cuidar de compatibilizar, por lei, os diferentes regimes jurídicos em vigor, instituindo um único, que pode ser tanto o estatutário quanto o celetista. A escolha é do Chefe do Poder Executivo, que pode livrevemente escolher entre um e outro. É possível, ainda, escolher um regime para a Administração direta e indireta ou instituir, verbi gratia, o regime estatutário para a Administração e as autarquias, deixando o celetista para as fundações públicas. 8 RIGOLIN, Ivan Barbosa. O servidor público na Constituição de São Paulo: Saraiva, 1989, p Idem, p. 120.

27 Revista da Faculdade de Direito de Sete Lagoas, v.3, n.1, p , jan./jun Os adeptos dessa segunda corrente encontravam fundamento para suas alegações no art. 114 da Constituição da República que elege a Justiça do Trabalho como o foro competente para dirimir controvérsias envolvendo entes de direito público. Considerou-se que a "mens legis" seria alcançada com a adoção de um dos dois regimes: celetista e estatutário. Importava, apenas, que a mistura não se fizesse presente. Finalmente, uma terceira corrente se formou, liderada por Celso Antônio Bandeira de Mello 10. Seus adeptos admitiam a dicotomia de regimes, partindo do pressuposto de que algumas atividades poderiam ser reguladas por contratos trabalhistas, sem colocar em risco o seu cumprimento, ao passo que as tarefas essenciais competiriam aos servidores submetidos à legislação estatutária, cujo vínculo com o Estado, por ser mais estreito, garantiria o prestígio do interesse público. Lecionava o jurista que a liberdade consagrada na disciplina trabalhista ao empregador que pode dispensar o empregado a seu talante e ao empregado que pode se desligar do emprego quando queira, desde que responda pelo aviso prévio são incompatíveis com os interesses protegidos pela Administração Pública, pelo que a sua utilização somente encontra respaldo jurídico quando as atividades exercidas pelos servidores não detém complexidade ou relevância que justifique maior preocupação. Na opinião do autor, o regime de emprego seria admitido para atividades materiais como as realizadas por serventes e motoristas, cujo exercício por agentes desprovidos de estabilidade não refletisse riscos para o interesse público. A atual redação do art. 39 não contém dispositivo semelhante, o que pode- 10 BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Regime constitucional dos servidores, São Paulo: Revista dos Tribunais, 1990, p. 80.

28 28 Revista da Faculdade de Direito de Sete Lagoas, v.3, n.1, p , jan./jun ria autorizar, em um primeiro momento, o entendimento de que aos entes políticos e às entidades da Administração Pública Indireta (autarquias, fundações, sociedades de economia mista, empresas públicas, além das agências executivas e agências reguladoras) é facultada a conjugação de dois tipos de regimes, caso se entenda adequado. Analisando o tema, Maria Sylvia Zanella di Pietro 11 afirma que: Com a exclusão da norma constitucional do regime jurídico único ficará cada esfera de governo com liberdade para adotar regimes jurídicos diversificados, seja o estatutário, seja o contratual, ressalvadas aquelas carreiras institucionalizadas em que a própria Constituição impõe, implicitamente, o regime estatutário, uma vez que exige que seus integrantes ocupem cargos organizados em carreira (Magistratura, Ministério Público, Tribunal de Contas, Advocacia Pública, Defensoria Pública e Polícia), além de outros cargos efetivos, cujos ocupantes exerçam atribuições que o legislador venha a definir como "atividades exclusivas de Estado, conforme previsto no artigo 247 da Constituição, acrescido pelo artigo 32 da Emenda Constitucional nº 19/98. A modificação vem sendo objeto de críticas, no sentido de que não há como reconhecer como lícita a coexistência de diversos regimes para atividades de semelhante natureza. Carmén Lúcia Antunes Rocha 12 combate a modificação implementada, sustentando que: O quadro recriado pela Emenda Constitucional n 19/98 faz retornar o fantasma da desigualdade de regimes entre servidores públicos, que às vezes desempenham idênticas funções, nas mesmas condições físicas e funcionais, mas se subordinando a regras diferenciadas e titularizando direitos e deveres completamente diversos. A questão não contém a simplicidade que aparenta. 11 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella, op. cit. p ROCHA, Carmen Lúcia Antunes. Princípios constitucionais dos servidores públicos. São Paulo: Saraiva, p. 133.

29 Revista da Faculdade de Direito de Sete Lagoas, v.3, n.1, p , jan./jun As empresas estatais, expressão que engloba as sociedades de economia mista e as empresas públicas, quando destinadas à exploração de atividades econômicas, estão obrigadas a manter em seus quadros laborais empregados públicos, diante da norma do art. 173, 1º, II, da Constituição da República. Assim, a supressão da obrigatoriedade de regime único não deve promover modificações na prática da Administração Pública, diante de outra norma a impor o regime trabalhista com exclusividade. Em verdade, mesmo as empresas estatais que centram suas atividades na prestação de serviço público estão jungidas ao regime trabalhista. É que as empresas estatais, cuja função reside na prestação de serviços públicos, já à época de sua criação refletiram a tendência que apenas recentemente ganhou realce: a Administração Gerencial. As referidas entidades resumem em si duas características que as tornam singulares. Realizam atividades tipicamente públicas, quando prestam serviços públicos. Mas, a despeito da natureza de tal encargo, são regidas pelo direito privado, em observância à idéia de eficiência que, apesar de seu maior realce atual, não era descartada pelos mentores da Administração Burocrática. O legislador pretendeu, portanto, criar uma entidade que prestasse serviço público de forma mais flexível, ou para utilizar palavra em ascensão, sem as "amarras" típicas dos entes que se conduzem pelas normas publicistas. Ora, se o regime é privado, nada mais coerente que as relações entre as entidades e os que nela trabalhem também se operem de acordo com as regras trabalhistas, sob pena de configurar um choque entre a intenção do legislador e o "modus operandi" da estatal. Portanto, a despeito de não existir norma constitucional semelhante à pre-

30 30 Revista da Faculdade de Direito de Sete Lagoas, v.3, n.1, p , jan./jun vista no art. 175, as relações laborais das empresas estatais, inclusive as prestadoras de serviço público, não poderão ajustar-se por meio de estatutos. Por outro lado, também é de se registrar que algumas atividades jamais poderão basear-se em normas trabalhistas. As atividades que compõem o núcleo estratégico não se adaptam ao regime trabalhista, pois são funções intrinsecamente relacionadas com a intimidade da máquina estatal, a exigir um vínculo jurídico mais forte (voltaremos ao assunto oportunamente). Logo, a obrigatoriedade de se adotar o regime único permanece intacta, quer pela necessidade de observância do princípio da isonomia quer porque, em certos casos (hipóteses acima explicadas), a miscigenação de regimes encontraria vedação expressa ou implícita no texto constitucional. Divergências quanto aos efeitos da modificação do texto do art. 39 à parte, certo é que a retirada da regra que obrigava a instituição de apenas um regime jurídico visou reduzir os gastos com a previdência do funcionalismo público, bem como a diminuição do número de agentes públicos agraciados com a estabilidade. Não se pode olvidar que, em face da inexatidão presente no "caput" do art 41, extirpada pela Emenda Constitucional nº 19, longos foram os debates para se apurar se a estabilidade privilegiava apenas os denominados servidores estatutários em sentido estrito, ou se o benefício estendia-se aos empregados públicos. Para muitos, os traços contratuais (portanto temporários) do regime trabalhista vedavam a extensão da estabilidade, de forma a alcançar os empregados públicos. Entendiam, ainda, que o Fundo de Garantia por Tempo de

31 Revista da Faculdade de Direito de Sete Lagoas, v.3, n.1, p , jan./jun Serviço teria a finalidade de reparar os prejuízos advindos do fim do vínculo. Assim, a conclusão cabível era a de que o rompimento da relação laboral com os empregados públicos se fazia possível, presente o interesse público. A atual redação do art 41 põe fim às dúvidas. Somente os servidores estatutários que ocupam cargos efetivos (excluídos, pois, os empregados públicos, os servidores temporários e, por óbvio, os servidores ocupantes dos cargos em comissão) são alcançados pela estabilidade. Portanto, a quebra do vínculo com os empregados públicos, sem embargo da vinculação aos princípios da motivação, do interesse coletivo, da razoabilidade e da isonomia (que devem nortear qualquer conduta administrativa e que traduzem obstáculo a decisões desbaratadas) poderá ser promovida de forma mais livre, sem que antes necessite restar configurada qualquer das hipóteses (art. 41) que permitem a quebra da estabilidade. 13 Por outro lado, a redação do art. 40 da Constituição da República, desde a Emenda Constitucional nº 20/98, dissipou discussão sobre a abrangência do regime de previdência dos servidores públicos. A redação atribuída ao art. 40 pela Emenda Constitucional nº 20 esclareceu que a aposentadoria ali disciplinada beneficiava apenas os servidores estatutários, ocupantes de cargo efetivo. 14 Portanto, meses após a exclusão da norma que exigia a observância de um só regime jurídico (Emenda Constitucional nº 19), surge nova regra (Emenda Constitucional nº 20) que destrói, definitivamente, qualquer argu- 13 A Lei Federal nº 9.962/2000 estabelece os casos em que o rompimento do vínculo empregatício é lícito. 14 O 8º do art. 40, antes de sua alteração pela EC nº41, dispunha que os benefícios seriam revistos na mesma proporção e data sempre que se modificasse a remuneração dos servidores em atividade.

32 32 Revista da Faculdade de Direito de Sete Lagoas, v.3, n.1, p , jan./jun mento favorável à extensão do regime de previdência próprio dos servidores aos empregados públicos. O exame conjunto das duas Emendas Constitucionais (19 e 20) conduz à conclusão de que havia (e, certamente, ainda há) real intenção de incrementar o número de empregados públicos que, além de não serem alcançados pela estabilidade, aposentam-se (ou aposentavam-se) de maneira menos onerosa aos cofres públicos, uma vez que seus proventos são limitados, não correspondendo, necessariamente, ao salário percebido em atividade. Os servidores ocupantes de cargos efetivos, ao contrário, ao menos até o advento da Emenda Constitucional nº41, tinham garantido o direito à aposentação, recebendo proventos que corresponderiam à remuneração do cargo efetivo, observado apenas o teto mencionado no art. 37, XI do texto constitucional. 15 Não importava, pois, o montante das contribuições efetivadas pelo servidor ao longo de sua vida laboral. Cumpridos os requisitos arrolados no texto constitucional 16, garantia-se o direito a proventos equivalentes à remuneração do cargo efetivo. Frise-se novamente que, ao menos até a Emenda Constitucional nº 41, dois eram os argumentos favoráveis à implantação do regime celetista de forma cada vez mais acentuada na Administração Pública: o não deferimento de estabilidade aos empregados públicos e o regime de previdência menos oneroso, quando comparado ao previsto no art 40, a que estes se submetiam. 15 A redação do 3º do art. 40 da Constituição da República, promovida pela Emenda Constitucional nº 20, garantia ao servidores abrangidos pelo regime de previdência ali regulado, o direito a proventos equivalentes à remuneração do cargo efetivo. 16 De acordo com o 1º, inciso III e alínea a, a aposentadoria integral é garantida aos servidores titulares de cargo efetivo que tenham 10 anos de serviço público, cinco anos no cargo usado como referência para o cálculo dos proventos e que preencham os requisitos relacionados à idade ( 60 para homens e 55 para mulheres) e ao tempo de contribuição (35 para os homens e 30 para as mulheres).

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