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1 1 UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E ENGENHARIAS Curso de Pós Graduação Lato Sensu em Engenharia de Segurança do Trabalho JELSON SILVA DE OLIVEIRA AVALIAÇÃO DO RUÍDO E DA ILUMINAÇÃO EM UMA INDÚSTRIA DE ESTEIRA INOX Ijuí/RS 2011

2 2 JELSON SILVA DE OLIVEIRA AVALIAÇÃO DO RUÍDO E DA ILUMINAÇÃO EM UMA INDÚSTRIA DE ESTEIRA INOX Monografia do Curso de Pós Graduação Lato Sensu em Engenharia de Segurança do Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção de título de Engenheiro de Segurança do Trabalho. Orientador: Leonardo Teixeira Rodrigues Ijuí/RS 2011

3 3 JELSON SILVA DE OLIVEIRA AVALIAÇÃO DO RUÍDO E DA ILUMINAÇÃO EM UMA INDÚSTRIA DE ESTEIRA INOX Monografia defendida e aprovada em sua forma final pelo professor orientador e pelo membro da banca examinadora Banca examinadora Profº. Leonardo Teixeira Rodrigues, Especialista - Orientador Profª. Raquel Kohler, MSc Ijuí, 12 de agosto de 2011

4 Dedico este trabalho a minha esposa e ao meu filho. 4

5 5 AGRADECIMENTOS Ao Sr. Carlos Andrade, pelo tempo dedicado e pelo espaço cedido junto à empresa para que pudessem ser realizadas as medições que são de extrema importância para a realização deste trabalho. Ao Sr. Leonardo Teixeira Rodrigues, pela orientação e pelo empréstimo do equipamento de medição de iluminação. Ao Sr. Renato Zambonato Junior pelo empréstimo do equipamento de medição de nível de pressão sonora. Aos professores e colegas por compartilharem conhecimentos importantes na formação profissional.

6 6 RESUMO Os ambientes de trabalho não devem oferecer danos à saúde dos profissionais que lá estão expostos. Sabe-se que uma iluminação inadequada e a exposição a níveis de ruídos elevados são fatores que influenciam diretamente o bem estar das pessoas, além de acarretar diversos comprometimentos no indivíduo, causando desde uma simples e passageira mudança no organismo até uma mudança mais grave irreversível ou até mesmo a morte. Este trabalho tem por objetivo quantificar através de medições os níveis de ruído e de iluminação da empresa Andrapell de Cruz Alta RS fabricante de esteira inox para distribuição de calcário, e então verificar se os resultados das medições estão de acordo com os índices aceitáveis pelas normas. As medições foram realizadas nos postos de trabalho com o auxílio dos seguintes equipamentos: luxímetro digital utilizado para as medições de níveis de iluminação e o decibelímetro digital empregado para medir os níveis de pressão sonora instantânea (ruídos gerados pelas máquinas), seguindo as exigências dispostas nas normas. Os resultados obtidos para os níveis de iluminação em todos os setores da empresa apresentaram valores abaixo daqueles exigido pela norma NBR Iluminância de interiores. Já os resultados obtidos para os níveis de ruído entre todos os setores analisados apenas o setor de corte e o setor de rebitagem apresentam valores acima do estabelecido pela NR 15 Atividades e operações insalubres, anexo 1 como sendo o limite de exposição de 85 db(a), para uma jornada de 8 horas. Para o setor de corte encontrou-se 93 db(a) e para a sala de rebitagem 104 db(a), no entanto esses valores podem ser atenuados com a utilização de equipamentos de proteção individual selecionados de forma corretamente, assim estarão protegendo os trabalhadores desses níveis elevados, garantindo a saúde e o bem estar de todos os envolvidos na empresa. Palavras-chave: Iluminação - ruído - medições

7 7 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Espectro da radiação eletromagnética Figura 2: Tipos de reflexão Figura 3: Esquema do olho humano Figura 4: Níveis de intensidade sonora Figura 5: Gráfico do ruído contínuo Figura 6: Gráfico do ruído intermitente Figura 7: Gráfico do ruído de impacto Figura. 8: Divisão da orelha humana Figura 9: Esquema do mecanismo de audição Figura 10: Principais efeitos do ruído sobre o organismo humano Figura 11: Decibelímetro digital Figura 12: Componentes de um medidor de nível de pressão sonoro Figura 13: Audiodosímetro Figura 14: Limites de tolerância dos ruídos Figura 15: Tipos de protetores auriculares Figura 16: Planta baixa da empresa Figura 17: Esteira inox Figura 18: Fluxograma do processo de fabricação da esteira inox Figura 19: Setor de recepção e vendas Figura 20: Setor de escritório e administração Figura 21: Setor fabril Figura 22: Setor de rebitagem... 51

8 8 LISTA DE QUADROS Quadro 1: Classificação dos principais riscos ocupacionais Quadro 2: Nível de iluminação natural Quadro 3: Acomodação visual relacionando a idade com a distância Quadro 4: Diminuição da acuidade visual com relação à idade Quadro 5: Influência da intensidade luminosa sobre o desempenho, refugo e acidentes Quadro 6: Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente Quadro 7: Vantagens e desvantagens dos protetores auriculares tipo inserção e concha Quadro 8: Iluminância por tarefa visual, classe B Quadro 9: Iluminância por tipo de atividade... 55

9 9 LISTA DE SIGLAS E SÍMBOLOS ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas CLT: Consolidação das Leis do Trabalho EPI: Equipamento de Proteção Individual FUNDACENTRO: Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho INMETRO: Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial NBR: Norma Brasileira NIS: Nível de Intensidade Sonora NR: Norma Regulamentadora NRR: Noise Reduction Rating Nível de Redução de Ruído NRRsf: Noise Reduction Rating subject fit Nível de Redução de Ruído método subjetivo PAIR: Perda Auditiva Induzida por Ruído PCA: Programa de Conservação Auditiva PCMSO: Programa de Controle Médico e de Saúde Ocupacional

10 10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO DELIMITAÇÃO DO TEMA FORMULAÇÃO DA QUESTÃO DE ESTUDO JUSTIFICATIVAS OBJETIVOS Objetivo geral Objetivos específicos REVISÃO DA LITERATURA ILUMINAÇÃO Aspectos conceituais da iluminação Tipos de iluminação Visão humana Riscos da iluminação inadequada Aspectos legais RUÍDO Aspectos conceituais do ruído Mecanismos da audição humana Perda de audição Efeitos extra-auditivos do ruído no ser humano Medidores de ruído Aspectos legais Controle do ruído MÉTODO E MATERIAIS LOCAL DE ESTUDO COLETA DE DADOS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS PROCEDIMENTOS DAS MEDIÇÕES Procedimentos para medição de iluminação Procedimentos para medição de ruído APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ILUMINAÇÃO Resultados das medições de iluminação... 54

11 Análise dos resultados das medições de iluminação Sugestões de adequações RUÍDO Resultado das medições de ruído Análise dos resultados das medições de ruído Sugestões de adequações CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXOS... 64

12 12 1 INTRODUÇÃO 1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA A Iluminação e o ruído são fatores que influenciam diretamente o conforto, a produtividade e até mesmo a saúde dos profissionais no ambiente de trabalho. Uma iluminação inadequada, além de atrapalhar o rendimento das pessoas, proporciona menor qualidade dos produtos, maiores perdas de materiais, causam fadiga visual nos trabalhadores, aumentam o potencial de riscos de acidentes e ainda pode deixar uma imagem negativa da empresa junto ao público. A exposição a níveis elevados de ruído por um longo período de tempo sem proteção adequada pode determinar comprometimentos físicos, mentais e sociais no indivíduo. Entre estas conseqüências, a mais definida e quantificada, consiste em danos no sistema auditivo, no entanto, os indivíduos só percebem esta perda, que é irrecuperável, quando são afetadas as freqüências da conversação. Existem meios de atenuar os efeitos da iluminação e do ruído, porém, para isso é preciso quantificação de seus níveis para poder comparar com os respectivos limites de tolerância dispostos nas normas, e se não conformidade com os limites deve-se tomar providencias para sua devida adequação. Trataremos neste trabalho das quantificações (medições), análises, conseqüências e prevenção dos agentes de riscos: ruído e iluminação, obtidos junto à empresa Andrapell de Cruz Alta RS. 1.2 FORMULAÇÃO DA QUESTÃO DE ESTUDO O setor fabril apresenta diversos riscos à saúde dos trabalhadores, no entanto, a empresa na qual buscamos desenvolver um estudo de caso, Andrapell de Cruz Alta RS, também expõe seus trabalhadores a riscos ergonômicos, químicos, físicos e de acidente, afinal os riscos existem, conseqüentemente podem ser controlados. Dentre os riscos existentes na empresa os que mais se destacam são os riscos de acidentes decorrentes do baixo nível de iluminação e o risco físico decorrente do alto nível de ruído (em alguns setores da fábrica).

13 13 Nossa questão é se após a realização das medições, quais as contribuições que trarão melhorias para a saúde dos trabalhadores e a conseqüente diminuição do risco ao qual estão expostos? 1.3 JUSTIFICATIVAS Todos nós sabemos a importância do bem estar físico e mental do individuo, para alcançar um bom desempenho, tanto nas suas atividades profissionais, como na sua vida social. Para tanto, existem diversos riscos associados à ocupação de cada pessoa e é esse risco ocupacional que todos devem ter conhecimento para de alguma forma poder agir, na tentativa de minimizar ou até mesmo eliminar o risco do ambiente. Numa indústria metal-mecânica os trabalhadores estão expostos a uma enormidade de agentes causadores de danos a saúde, sendo que às vezes as pessoas não se dão conta da gravidade da situação, como é o caso de uma iluminação inadequada ou uma exposição a níveis elevados de ruído. Uma iluminação inadequada pode degradar a saúde física ou psicológica do trabalhador, afetar o seu rendimento, ou provocar um acidente de trabalho, podendo levar esse trabalhador e colegas a óbito. Como tal, a iluminação no local de trabalho deve ser considerada como um risco, que, dependendo das características dos locais e as circunstâncias, podem ser tão ou mais perigosos que o risco das substâncias explosivas, por exemplo. Já no que diz respeito à exposição a níveis elevados de pressão sonora (ruído) se não controlado, pode vir a causar principalmente danos na audição, sendo alguns reversíveis (apenas diminuição da sensibilidade auditiva, que após algum tempo retorna ao normal), e outros irreversíveis, além de causar outros danos no organismo do trabalhador. O importante é que esses riscos podem ser evitados através de várias medidas, mas para isso faz-se necessário a quantificação dessas intensidades, não apenas uma simples observação. Em função disso, buscamos desenvolver esse trabalho junto a Empresa Andrapell de Cruz Alta RS, na qual observamos tais riscos e após obtermos os valores é possível contribuir na adoção de medidas preventivas, proporcionando uma melhor qualidade de vida aos trabalhadores.

14 OBJETIVOS Objetivo geral Avaliar os níveis de ruído e de iluminação da empresa Andrapell de Cruz Alta RS, em seus postos de trabalho visando preservar a saúde e a integridade física dos trabalhadores Objetivos específicos Identificar através de medições os níveis de ruído e a iluminação da empresa; Verificar se os resultados das medições estão de acordo com os índices aceitáveis pelas normas; Analisar se os protetores auriculares fornecidos pela empresa estão corretamente selecionados; Propor melhorias para os postos de trabalho da empresa.

15 15 2 REVISÃO DA LITERATURA O ambiente de trabalho apresenta grande número de riscos que incidem sobre a saúde e o bem-estar dos trabalhadores. O risco ocupacional é a probabilidade de ocorrer acidente ou doença na realização de atividades no trabalho decorrente da exposição do trabalhador, podendo levar a doenças, ferimentos ou morte. Os fatores de riscos ocupacionais envolvem todos os riscos ambientais, que podem ser considerados agentes nocivos físicos, químicos e biológicos, como também os fatores de riscos das operações, como o risco ergonômico e de acidentes. O quadro 1 mostra a classificação dos principais riscos ocupacionais em grupos de acordo com a sua natureza e a padronização das cores correspondentes. Quadro 1: Classificação dos principais riscos ocupacionais Fonte: A partir do gráfico observa-se que os riscos físicos, químicos e biológicos estão relacionados a agentes específicos que geralmente envolvem os aspectos do ambiente, instrumentos e materiais empregados nos diferentes processos de trabalho. Os riscos ergonômicos são derivados da organização do trabalho, já os riscos de acidente estão relacionados aos estados de precariedade das condições de trabalho.

16 16 O acidente do trabalho é definido como a ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionado com o exercício do trabalho, de que resulte ou possa resultar lesão pessoal, podendo ser causado por fatores pessoais (responsabilidade do trabalhador) ou fatores do ambiente de trabalho (responsabilidade do empregador). A iluminação inadequada pode ser encarada com um estado de precariedade do ambiente de trabalho sendo de responsabilidade do empregador a sua adequação. Os riscos físicos são as diversas formas de energia com capacidade de modificar as características físicas do meio ambiente, portando o ruído é considerado um dos riscos mais comuns encontrado nos ambientes de trabalho, ele provoca ondas sonoras que irão alterar a pressão acústica que incide sobre os ouvidos causando diversos danos à saúde do trabalhador. 2.1 ILUMINAÇÃO Quase todos os ambientes são construídos para receber atividades humanas, conseqüentemente os níveis adequados de iluminância no ambiente de trabalho, concorrem para manter a qualidade do produto, com menores perdas de materiais e potenciais de riscos de acidentes e previne-se a fadiga visual causada por longos períodos de exposição à má iluminação Aspectos conceituais da iluminação Para entender os aspectos da iluminação, deve-se ter conhecimentos gerais a respeito da luz, desse modo, faz-se necessário o conhecimento de alguns conceitos citados por Lima (2010), tais como: Luz: é parte de um fenômeno ondulatório chamado radiação eletromagnética, onde as ondas eletromagnéticas se diferem entre si pela freqüência em que se propagam. As radiações visíveis ao olho humano (luz) é uma pequena parte (freqüência entre 380 e 780 nm), tal como está demonstrado na figura 1.

17 17 Figura 1: Espectro da radiação eletromagnética Fonte: Cor: está relacionada com os diferentes comprimentos de onda do espectro eletromagnético. As cores são percebidas pelas pessoas, em faixa específica (zona do visível), onde cada uma das faixas corresponde a uma impressão de cor: vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul e violeta. Cada comprimento de onda pode ser considerado como cor pura ou primária, capaz de dar origem a todas as outras cores. Tom ou matiz: é a característica pela qual uma cor se distingue da outra, portanto, todas as cores são consideradas próximas a um determinado tom ou a uma proporção de dois comprimentos de onda. Pureza: indica como a cor considerada se aproxima mais ou menos da cor pura correspondente. Saturação: depende da pureza de sua composição, quanto menos cinza contiver, mais saturada ela será. Luminosidade: é a quantidade clara ou escura de uma cor e sua capacidade de refleitr a luz. Bartolomeu (2003), cita também outros conceitos voltados a iluminação. Reflexão: esta tem a capacidade de traduzir a medida da porção de luz refletida por uma dada superfície, sendo uma propriedade intrínseca dos materiais, portanto certas superfícies refletem uma grande ou pequena parte da luz incidente. A reflexão pode ser: Direta os ângulos de incidência e de reflexão dos raios de luz são iguais (superfície muito lisa e polida); Difusa as superfícies refletoras só brilham sob certos ângulos quando iluminadas (reflexos nítidos na superfície de um material baço); Mista neste caso ocorre a mistura de reflexão direta com reflexão difusa.

18 18 A figura 2 mostra o esquema dos tipos de reflexão. Figura 2: Tipos de reflexão Fonte: Iluminância: é a medida do fluxo luminoso (lm) incidente numa superfície por unidade de área (m 2 ). A unidade de medida é o lux. A NBR 5461 (1991) contribui com os seguintes conceitos: Difração: é o desvio da direção de propagação de uma radiação, determinada pela natureza ondulatória, e que ocorre quando a radiação tangencia a borda de um obstáculo. Lux (lux): é a iluminância de uma superfície plana de um metro quadrado de área, sobre a qual incide perpendicularmente um fluxo luminoso de um lúmen (lux = lm/m 2 ), este uniformemente distribuído. Transmissão: é a característica dos corpos transparentes deixarem passar luz. Rodrigues (2011) contribui com outros conceitos ligados a este tema. Refração: passando de um meio transparente a outro, o raio de luz muda sua direção, isto é, é refratado. Ofuscamento: efeito de uma luz forte no campo de visão do olho humano, resultando normalmente em reflexos, focos de luz e sombras inexistentes, podendo provocar sensação de desconforto e prejudicar o desempenho das atividades realizadas no local. Ainda outros autores complementam os conceitos da iluminação. Absorção: é a absorção do raio luminoso quando incide sobre uma superfície, dependendo das características do material (SPINELLI, BREVIGLIERO, POSSEBON, 2006). Fluxo luminoso (I): expresso em lúmen (lm), representa uma potência luminosa emitida por uma fonte luminosa, por segundo, em todas as direções (RODRIGUES, 2002).

19 Tipos de iluminação O tipo de iluminação de um local pode ser dividido quanto à fonte e quanto ao receptor. Quanto à fonte: do ponto de vista da fonte existem dois tipos distintos de iluminação, a iluminação natural e a iluminação artificial. Iluminação natural é aquela que provém do sol, de forma direta ou indireta, e é composta por todos os comprimentos de onda do espectro da radiação visível, além disso, é um sistema de iluminação ecologicamente correto, conforme Bartolomeu (2003). A única desvantagem da iluminação artificial se ela for exagerada é o aumento da carga térmica do ambiente, como conseqüência um maior consumo de energia para manter o ambiente climatizado. O quadro 2 mostra o nível de iluminação natural. CONDIÇÕES DE ILUMINAÇÃO NATURAL NIVEL DE ILUMINÂNCIA (lux) Céu descoberto verão Céu encoberto verão ou inverno Noite de lua cheia 0,25 Quadro 2: Nível de iluminação natural Fonte: Lima, 2010 Iluminação artificial é a iluminação que provém de uma fonte de energia que não o sol, normalmente proveniente de lâmpada elétrica. Segundo Spinelli, Brevigliero, Possebon (2006), a iluminação artificial pode ser geral (ilumina todo o local de trabalho, geralmente colocada no teto) ou suplementar (além da iluminação existente no local, coloca-se outra luminária próxima ao trabalhador). No mercado existem vários tipos de lâmpadas, e o que as diferencia é a tecnologia utilizada para transformar energia elétrica em radiação luminosa. As lâmpadas mais utilizadas são: incandescentes, fluorescentes, vapor de sódio ou mercúrio (BARTOLOMEU, 2003). As lâmpadas incandescentes são as que emitem uma luz mais próxima das características da luz solar. Segundo Spinelli, Brevigliero, Possebon (2006), esta lâmpada é composta por um filamento de tungstênio o qual é incandescido pela passagem da corrente elétrica, evita-se a oxidação por vácuo no bulbo. No entanto este bulbo pode ser transparente ou translúcido. As lâmpadas apresentam algumas características como baixo rendimento

20 20 luminoso, pequena vida útil, diversidade de potência, baixo custo de aquisição e instalação, sendo que estas devem ser utilizadas em iluminação de espaços específicos de trabalho, como candeeiros de mesa, bancada de trabalho de precisão. Conforme Rodrigues (2002), as lâmpadas fluorescentes têm origem do fluxo luminoso através da geração direta ou indireta da passagem da corrente elétrica através de um gás, mistura de gases ou vapores. O bulbo possui em seu interior um pó fluorescente que, dependendo da composição do pó a luz resultante, varia de cor. Normalmente utilizada como iluminação geral interna, comercial ou industrial em escritórios, salas de reunião, corredores, sanitários, oficinas, pequenos armazéns. Possui elevada eficiência luminosa, vida útil prolongada, custo inicial maior que a da lâmpada incandescente, emite luz próxima do branco, possui baixa iluminância e boa restituição de cores. Ainda salienta Rodrigues (2002) que nas lâmpadas de vapor de mercúrio a luz é produzida pela combinação de excitação e fluorescência. Assim, a descarga de mercúrio no tubo de arco produz uma energia visível, possui bom rendimento luminoso, boa duração, apresenta luz monocromática de tom amarelado e baixo nível de restituição de cores. Sua utilização consiste em espaços amplos, como grandes armazéns, hangares e na iluminação exterior. Quanto ao receptor: do ponto de vista do receptor, existem, segundo Bartolomeu (2003), quatro tipos de iluminação, que dependem da forma e direção com que a luz incide sobre o receptor. São elas: Iluminação direta - o fluxo luminoso incide diretamente sobre o receptor; Iluminação indireta: a luz incide sobre o receptor por meio de reflexão em outras superfícies ou corpos; Iluminação semi-direta: a luz incide de forma direta e indireta sobre o receptor, portanto a percentagem de luz direta é superior à percentagem de luz indireta; Iluminação Semi-indireta: a luz incide sobre o receptor também de forma direta e indireta, mas nesse caso a percentagem de luz indireta superior à percentagem de luz direta Visão humana O olho humano é o receptor mais importante de informações, pois a maioria das percepções ocorre através da visão. Segundo Rodrigues (2002), a visão humana é um sistema complexo que permite ao olho transformar luz em impulsos eletroquímicos enviados ao cérebro através do nervo óptico.

21 21 Conforme Lima (2010), o olho é composto por lentes e diafragmas para focalizar e limitar a entrada da luz, além de um sistema de células sensíveis às radiações luminosas que possibilitam a presença de imagens. Rodrigues (2002) destaca que o olho é recoberto por uma membrana espessa e opaca denominada esclera ou esclerótica (branco do olho), onde são ligados os músculos responsáveis pelos movimentos do olho. Na parte frontal existe uma zona transparente de proteção que permite a entrada de luz, denominada córnea. A íris funciona como um diafragma, controlando o músculo da pupila por onde há a entrada de luz no olho. Já a pupila controla a intensidade da luz incidente no olho. O espaço entre a córnea e a íris é denominado câmara anterior. O cristalino é um corpo transparente com a forma de lente, todo o espaço situado atrás do cristalino, circundado pela parede interior do olho, é cheio de uma substância gelatinosa transparente, denominada humor vítreo. A parede interior do olho chama-se retina, sendo a sua zona mais sensível, perto da ligação com o nervo óptico, a fóvea. Conforme Lima (2010), na retina existe dois tipos de células fotossensíveis, os cones e os bastonetes. Os cones são mais sensíveis às cores, responsáveis pela visão diurna e os bastonetes recebem melhor tonalidades de cinza e preto, responsáveis pela visão noturna. A figura 3 mostra o esquema do olho humano. Figura 3: Esquema do olho humano Fonte:

22 22 O mesmo autor afirma que o olho humano constitui uma série de propriedades, destacando a convergência, adaptação, acomodação visual, acuidade visual e o campo visual. Convergência essa propriedade permite que o olhar de cada olho tenda a convergir para o mesmo ponto, calculando a distância. Adaptação o olho ajusta automaticamente a iluminação para cada caso em particular, regulando a intensidade luminosa sobre a retina. Acomodação visual - é a capacidade que tem os olhos de focar os objetos a diferentes distâncias, sendo que o tempo para realizar a acomodação varia sensivelmente com a idade (devido ao enrijecer do cristalino) e com as afeiçoes do sistema visual das pessoas. O quadro 3 mostra a acomodação visual relacionando a idade com a distância. IDADE PONTO PRÓXIMO Anos 8 cm 30 Anos 12 cm 45 Anos 25 cm 50 Anos 50 cm 60 Anos 100 cm Quadro 3: Acomodação visual relacionando a idade com a distância. Fonte: Lima, 2010 Acuidade visual - é a capacidade de distinguir os detalhes dos objetos em função da distância do observador, esta propriedade também diminui com a idade e com os níveis de iluminamento. O quadro 4 mostra a diminuição da acuidade visual com relação à idade. IDADE ACUIDADE VISUAL 20 Anos 100% 30 Anos 96% 40 Anos 90% 50 Anos 84% 60 Anos 75% 70 Anos 60% Quadro 4: Diminuição da acuidade visual com relação à idade Fonte: Lima, 2010

23 23 Campo visual é o espaço visto pelo observador através de seus olhos, ou seja, é a área passível de ser vista para frente, para a lateral direita e esquerda, para cima e para baixo. Segundo Rodrigues (2002), existem vários erros de óptica que podem ser genéticos, ou causados por uma utilização deficiente do aparelho visual podendo ser pela exposição a condições de iluminação inadequadas. Os erros de óptica mais comum são: Presbiopia (vista cansada) perda de capacidade de acomodação por endurecimento do cristalino com a idade, resultando na piora da visão de perto; Astigmatismo é uma condição que decorre da diferença de curvatura da córnea ou cristalino nas diferentes direções, e disto resultam diferentes profundidades de foco que distorcem a visão tanto de longe quanto perto; Hipermetropia (visão de longe) focagem atrás da retina, que origina falha na visão proximal, provocando a não nitidez das imagens quando olhamos para perto, podendo ser corrigida com lente convexa; Miopia Focagem antes da retina, que origina falha na visão à distância, tornando-a não nítida, podendo ser corrigida com lente côncava Riscos da iluminação inadequada Muitas empresas vêm utilizando luz natural combinada com luz artificial para a iluminação dos galpões. Esta é extremamente saudável, porém existe uma grande variação de iluminância durante o dia (fatores climáticos, movimentos da terra, etc.) diminuindo os níveis de iluminação dos postos de trabalho, muitas vezes não percebido no momento. É de grande importância tanto para a segurança das pessoas como para a qualidade do produto que a iluminação do posto de trabalho seja adequada às exigências da tarefa, afinal, iluminação insuficiente implicam diretamente na perda de desempenho, aumento do número de acidentes, degradação da saúde dos trabalhadores podendo degenerar numa doença profissional. O quadro 5 mostra a influência da intensidade luminosa sobre o desempenho, refugo e acidentes.

24 24 EMPRESA INTENSIDADE LUMINOSA (lux) AUMENTO DO DESEMPENHO REDUÇÃO DE REFUGO REDUÇÃO DE ACIDENTES Antes Depois Metwood Co % 29 % 52 % Erickson Co % 20 % 50 % Quadro 5: Influência da intensidade luminosa sobre o desempenho, refugo e acidentes Fonte: O risco de iluminação mais provável de originar um acidente de trabalho é o simples fato de uma iluminação deficiente potenciar a exposição de uma pessoa a outros riscos (BARTOLOMEU, 2003, p. 12). Em todos os lugares, os riscos ambientais existentes devem ser bem identificados, conseqüentemente a iluminação toma uma importância fundamental nessa identificação, pois aquilo que não se consegue ver desconhece-se ou esquece-se. Segundo Bartolomeu (2003), o efeito estroboscópico está relacionado com acidentes de trabalho, este efeito consiste em um fenômeno que ocorre quando a freqüência da radiação luminosa num determinado espaço igual em valor ou valores múltiplos à freqüência de qualquer máquina rotativa desse local. Quando ocorre esse fenômeno a visão humana não consegue detectar o movimento da máquina em questão, dando a falsa sensação de que esta se encontra parada. Salienta ainda o autor que a saúde de um trabalhador é influenciada pelos seguintes fatores: níveis de iluminação inadequados do local de trabalho (muito baixos ou muito altos), encadeamentos sucessivos e contínuos, cor da luz existente inadequada ao trabalho a executar e funcionamento deficiente da iluminação (lâmpadas que não mantêm um fluxo luminoso constante, refletor ou difusores sujos, janelas sujas, etc.). Os fatores apresentados podem provocar no ser humano uma fadiga visual. Esta é denominada como um fenômeno psicofisiológico muscular (fadiga dos músculos da visão) e nervoso (esgotamento dos neurotransmissores), que é potenciado por solicitações repetitivas e monótonas a níveis deficientes de iluminação, encadeamentos, e cores berrantes. Tem como sintomas olhos vermelhos, lacrimejo, contraturas, dor e ardor dos olhos. A fadiga visual repetitiva pode causar stress, depressão, alterações do sistema nervoso, angústia, origem ou agravamento de doenças como estigmatismo, miopia, etc.

25 Aspectos legais Os aspectos legais da iluminação podem ser encontrados no capitulo V da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em sua Seção VII, em seu Artigo 175, define que: Art. 175 Em todos os locais de trabalho deverá haver iluminação adequada, natural ou artificial, apropriada à natureza da atividade. 1º A iluminação deverá ser uniformemente distribuída, geral e difusa, a fim de evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos. 2º O Ministério do Trabalho estabelecerá os níveis mínimos de iluminação a serem observados. A NR 17 Ergonomia em seu item define os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são os valores de iluminâncias estabelecidos na NBR 5413, norma brasileira registrada no INMETRO ( / I2). A existência de adicional de insalubridade em decorrência de iluminação deficiente teve validade até A Portaria GM/MTPS nº 3.751/90, revogou o subitem , o Anexo 4 e o item 4 do Quadro de Graus de insalubridade, todos da Norma Regulamentadora nº 15, inserida na Portaria MTb/GM nº 3.214/78, portanto a partir de não há mais que se falar em insalubridade por deficiência de iluminamento. 2.2 RUÍDO A poluição sonora hoje é tratada como uma contaminação atmosférica, sendo que esta ocorre quando num determinado ambiente o som altera a condição normal de audição, portanto o ruído é o que mais colabora para a existência dessa poluição. O ruído caracterizado como risco físico traz reflexos em todo o organismo (não apenas no aparelho auditivo), causando vários danos ao corpo e a qualidade do ser humano, porém o conhecimento do assunto certamente irá despertar nas pessoas uma atitude de implementar medidas que possa vir reduzir esses danos à saúde do homem Aspectos conceituais do ruído A definição de ruído é um tanto ambígua, mas de um modo geral pode ser definida como um som indesejável, então se faz necessário o entendimento de alguns conceitos citados por Fernandes (2002) referentes ao som e também ao próprio ruído.

26 26 Som: pode ser definido como qualquer oscilação de pressão (no ar, água ou outro meio) que o ouvido humano possa detectar. Qualquer fenômeno capaz de causar ondas de pressão no ar é considerado uma fonte sonora, sendo que essas ondas sonoras podem ser descritas como movimentos ondulatórios produzidos por uma energia mecânica capaz de criar uma vibração em um material sólido, líquido ou gasoso, elas partem de uma fonte, propagamse através de um meio e chegam a um receptor. Freqüência ( ) - é o número de vezes que a oscilação (de pressão) é repetida, na unidade de tempo, podendo ser expressa matematicamente como: Equação 1: Onde V é a velocidade de propagação da onda e I é o comprimento de onda. Normalmente, é medida em ciclos por segundo ou Hertz (Hz), refere-se a altura do som, e permite classificá-lo em uma escala que varia de graves (baixas freqüências) a agudos (altas freqüências). O ouvido humano é capaz de captar sons de 20 a Hz, mas percebe as freqüências de uma maneira não linear, portanto os sons de 100 e 200 Hz, 200 e 400 Hz, 400 e 800 Hz parecerão iguais ao nosso ouvido, diferenciando apenas pela relação entre elas definindo como uma oitava sendo o intervalo entre freqüências cuja relação seja igual a 2. As freqüências audíveis são divididas em 3 faixas: Baixas freqüências (sons graves) - as 4 oitavas de menor freqüência, (31,25, 62,5, 125 e 250 Hz); Médias freqüências (sons médios) - as 3 oitavas centrais, (500, 1000 e 2000 Hz); Altas freqüências (sons agudos) - as 3 oitavas de maior freqüência, (4.000, e Hz). Intensidade: a intensidade do som é a quantidade de energia contida no movimento vibratório, se traduz com uma maior ou menor amplitude na vibração ou na onda sonora. Fazendo uma relação entre a intensidade sonora e a audição, conforme aumentamos a intensidade sonora o nosso ouvido fica cada vez menos sensível. A figura 4 mostra alguns níveis de intensidade sonora.

27 27 Figura 4: Níveis de intensidade sonora Fonte: Fernandes, 2002 Os sons com níveis inferiores à voz são naturais, confortáveis e não causa perturbação, já os sons superiores à voz humana podem ser considerados ruídos, normalmente são produzidos por máquinas, são indesejáveis, e causam perturbação ao homem. Decibel (db): a escala decibel usa o limiar da audição de 20 Pa (capacidade mínima de som que o ouvido humano detecta) como o seu ponto de partida ou pressão de referência isto é definido para ser 0 db (decibel), portanto não é uma unidade de medida, mas apenas uma escala. O nome BEL foi dado em homenagem a Alexandre Graham Bell, pesquisador de acústica. A intensidade sonora medida em decibel é definida como Nível de Intensidade Sonora (NIS). Reflexão: a reflexão ocorre quando uma onda sonora propaga-se no ar e encontra uma superfície sólida como obstáculo, logo é refletida. A reflexão em uma superfície é diretamente proporcional à dureza do material. Difração: é a capacidade do som rodear obstáculos ou propagar-se por todo um ambiente, através de uma abertura.

28 28 Ressonância: é a coincidência de freqüências entre estados de vibração de dois ou mais corpos. Absorção: é a propriedade de alguns materiais em não permitir que o som seja refletido por uma superfície. Transmissão: é a propriedade sonora que permite que o som passe de um lado para outro de uma superfície, continuando sua propagação. Reverberação e tempo de reverberação: ocorre quando um som é gerado dentro de um ambiente, logo se escuta primeiramente o som direto e, em seguida, o som refletido, assim essas sensações se sobrepõem, confundindo o som direto e o refletido, teremos a impressão de uma audição mais prolongada. Eco: é a repetição de um som que chega ao ouvido por reflexão em 1/15 de segundo ou mais depois do som direto. Refração: é a mudança de direção que sofre uma onda sonora quando passa de um meio de propagação para outro. Mascaramento: ocorre quando ouvimos dois sons de freqüências distintas, desse modo pode ocorrer que o som de maior intensidade supere o de menor, tornando-o inaudível ou não inteligível, desse modo dizemos então que houve um mascaramento do som de maior intensidade sobre o de menor intensidade. Medeiros (1999) cita também outros conceitos voltados ao ruído. Amplitude: a amplitude pode ser definida como a energia que atravessa uma área num intervalo de tempo, ou a força exercida pelas partículas materiais sobre a superfície na qual incidem, sendo o valor máximo atingido pela grandeza que está sendo analisada. Timbre: é uma qualidade da fonte sonora, que nos permite diferenciar, por exemplo, a mesma nota musical emitida por instrumentos diferentes, através de diversas freqüências harmônicas de que se compõem um determinado som complexo (MEDEIROS, 1999, p. 09). Ruiz (2011) complementa os conceitos sobre ruído. Ruído: além da definição geral como sendo um som indesejável, também poder denominado como sendo toda sensação auditiva desagradável ou insalubre. Dose de ruído - a dose de ruído é uma variante do ruído equivalente, para o qual o tempo de medição é fixado em 8 horas. A única diferença entre a dose de ruído e o ruído equivalente é que a dose é expressa em percentagem da exposição diária tolerada.

29 29 Ruído equivalente: os níveis de ruído industriais e exteriores flutuam ou variam de maneira aleatória com o tempo e o potencial de dano à audição depende não só do seu nível, mas também da sua duração. No entanto, pode-se medir um valor médio, designado por nível equivalente (Leq), este nível equivalente pode definir-se como o nível sonoro contínuo equivalente, expresso em db(a), que contém a mesma energia sonora total que o ruído não uniforme medido no mesmo intervalo de tempo. Rodrigues (2011) contribui com mais alguns conceitos que fazem referência ao ruído. Tipos de ruído: os ruídos podem ser classificados segundo a variação do seu nível de intensidade com o tempo, pode ser: Ruído contínuo estacionário - é o que permanece praticamente estável, com variações de níveis desprezíveis (até +/- 3 db) durante um período longo de observação (+ 15 minutos). A figura 5 mostra o gráfico do ruído contínuo. Figura 5: Gráfico do ruído contínuo Fonte: Rodrigues, 2011 Ruído variável ou intermitente ou continuo flutuante - ruído cujo nível varia continuamente de um valor apreciável (superior a +/- 3 db) durante um período curto de observação (menor que 15 minutos e superior a 0,2 segundos). A figura 6 mostra o gráfico do ruído intermitente. Figura 6: Gráfico do ruído intermitente Fonte: Rodrigues, 2011

30 30 Ruído de impacto e de impulso - entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia acústica de duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo. A figura 7 mostra o gráfico do ruído de impacto. Figura 7: Gráfico do ruído de impacto Fonte: Rodrigues, 2011 A Norma Regulamentadora NR 15 - Atividades e operações insalubres classifica os tipos de ruído apenas como contínuo ou intermitente e ruído de impacto Mecanismos da audição humana A orelha (antigamente denominado ouvido) é o órgão responsável pela audição e sem duvida, é a estrutura mecânica mais sensível do corpo humano, pois detecta quantidades mínimas de energia sonora contidas no espaço. Segundo Bistafa (2006) a orelha codifica as informações contidas nos som para serem interpretadas pelo cérebro, no entanto o processamento do som pelo sistema auditivo dividese em três subsistemas: orelha externa, orelha média e orelha interna. A figura 8 mostra a divisão da orelha humana. Figura 8: Divisão da orelha humana Fonte:

31 31 Orelha externa: a função da orelha é a de uma corneta acústica, capaz de dar um acoplamento de impedâncias entre o espaço exterior e o canal auditivo, também possui certa característica diretiva, ajudando na localização da fonte sonora. A orelha externa consiste na aurícula (pina ou pavilhão auditivo), e no conduto auditivo externo. Segundo Bistafa (2006) a aurícula tem o papel de informação direcional ao som, combina o som que reflete nas suas irregularidades diretas na entrada do conduto auditivo. O conduto auditivo externo é formado inicialmente por cartilagens, tornando-se ósseas no sentido do interior até encontrar o tímpano. Orelha média: está localizada em um espaço no osso temporal. Segundo Fernandes (2002) a orelha média é composta por uma cavidade cheia de ar conhecida também como cavidade do tímpano ou simplesmente tímpano, e que contém 3 ossículos: o martelo, a bigorna e o estribo. A função de tais ossículos é, através de uma alavanca, acoplar mecanicamente o tímpano à cóclea (caracol), triplicando a pressão do tímpano. O martelo está aderido à membrana timpânica e articula-se com a bigorna, que por sua vez se articula com o estribo. (KIERMAN, 2003, p. 383). Segundo Albernaz (2008) esses ossículos possuem ainda a capacidade de aumentar sua rigidez, a fim de proteger os ouvidos dos ruídos intensos. O ser humano é dotado de mecanismos de proteção e sem dúvida eles agem de maneira a proteger nosso corpo. Conforme Loro (2011) nós possuímos um mecanismo de proteção auditiva chamado de reflexo estapediano, o qual tem a capacidade de regular sons extremamente intenso que podem lesar as estruturas da orelha interna se chegarem com o total de sua energia. Esse reflexo chega a atenuar de 15 a 33 db dos sons que chegam à orelha interna. Orelha interna: formada por escavações no osso temporal, revestidas por membrana e preenchidas por líquido. Conforme Bistafa (2006) a orelha interna consiste em duas partes: o labirinto ósseo (cavidades e canais dentro do osso temporal) e o labirinto membranáceo (vesículas comunicantes e dutos alojados no labirinto ósseo). O labirinto membranáceo é constituído por dutos sendo eles: dutos semicirculares anterior, o lateral e o posterior, e também o utrículo, o sáculo, a cóclea. Segundo Kierman (2003) os dutos semicirculares originam no utrículo e possuem cada um deles uma dilatação que se conecta ao vestíbulo, sendo que os receptores internos aos dutos são sensíveis a aceleração angulares da cabeça.

32 32 Para Bistafa (2006) o utrículo se conecta com a vesícula, através da endolinfa (líquido), possuindo seis aberturas, cinco delas em comunicação com os dutos semicirculares e uma com o sáculo. O sáculo é a câmara do ouvido interno de que parte a cóclea, local onde as ondas sonoras se transformam em impulsos nervosos, sendo este composto por duas aberturas, e seu órgão sensor chama-se mácula sacular. Segundo Albernaz (2008) os receptores auditivos se encontram no interior de um tubo espiralado, como um caracol, chamado de cóclea. Os movimentos vibratórios do tímpano são transmitidos para a cóclea através dos ossículos provocando uma onda de pressão hidráulica. Conforme Bistafa (2006) as ondas de pressão hidráulica propagam-se na perilinfa colocando em vibração a membrana basilar, sendo que esta membrana excita o órgão de cotri, este por sua vez gera impulsos elétricos, que são transmitidos ao cérebro. Para Spinelli, Brevigliero, Possebon (2006), o mecanismo da audição é um processo de transformação de energia, ficando mais entendível através de um esquema proposto. A figura 9 mostra o esquema do mecanismo de audição. Sonoro Mecânica Hidráulica Elétrica (aéreo) (sólido) (líquido) (Pavilhão auditivo) (Tímpano/ossículos) (Perílinfa/ endolinfa) (Órgão de Corti) Caracol Caracol Figura 9: Esquema do mecanismo de audição Fonte: Spinelli, Brevigliero, Possebon, Perda de audição A audição é um dos sentidos mais importantes do ser humano, tendo a função primordial da comunicação, sendo, portanto um bem de valor inestimável. No entanto algumas vezes a audição diminui de forma irremediável, sem possibilidade de reparação por qualquer método atualmente conhecido. Conforme Bistafa (2006) a perda de audição pode ser condutiva ou neurossensorial. A perda condutiva (também camada de surdez de transmissão) ocorre quando uma anormalidade impede que o som chegue a orelha interna. As lesões ocorrem fora da cóclea, podendo ser na orelha externa (obstrução do conduto auditivo através de cerume, corpos estranhos, infecções, etc.; tímpano lesionado ou perfurado) e na orelha média (infecção, otosclerose e aerotite média).

33 33 Já a perda neurossensorial ocorre quando há lesões cocleares ou das fibras nervosas, estas podem ser repentinas (doenças, lesões cranianas, trauma acústico e por drogas que afetam o sistema central) ou graduais (neurites, tumores, surdez por envelhecimento e perda de audição induzida por ruídos). Segundo Loro (2011) a perda auditiva induzida por ruído - PAIR é uma diminuição gradual da acuidade auditiva decorrente da exposição continuada em níveis elevados de pressão sonora. Segundo Rodrigues (2011) a perda auditiva induzida por ruído depende: Da natureza do ruído - ruído contínuo, intermitente ou de impacto; Da intensidade do ruído - quanto maior a energia vibratória maior será a lesão; Do tempo de exposição - a lesão é diretamente proporcional ao tempo de exposição. Conforme Bistafa (2006) os níveis elevados de pressão sonora são comumente gerados por ruídos intensos, sendo que este causa lesões cocleares, afetando as células ciliadas, o que implica na perda de audição, no entanto há dois tipos de perda de audição: a temporária e a permanente. A temporária tem a característica de recuperação da audição normal após a exposição normal do ruído intenso onde as células ciliadas recuperam-se readquirindo suas funções normais. Loro (2011) destaca que intervalos para descanso acústicos em ambiente adequado é fundamental na tentativa de recuperação das células sensórias. A perda de audição permanente tem como causa a lesão das células ciliadas e até o desaparecimento delas, não havendo recuperação natural nem artificial, tornando assim uma perda irreversível. Loro (2011) apresenta os sintomas de uma perda auditiva induzida pelo ruído, sendo que nos primeiros 10 a 20 dias de exposição o trabalhador refere-se a um zumbido acompanhado de leve cefaléia, fadiga e tontura. Em um período de vários meses ocorre a adaptação sendo que os sintomas tendem a desaparecer. Geralmente após 5 a 15 anos o trabalhador tem dificuldade de escutar sons agudos e as últimas palavras de uma conversação, e após isso se concretiza o déficit auditivo onde interfere diretamente na comunicação. Para a confirmação da existência de alterações auditivas, é fundamental a realização da avaliação audiológica. A NR 7 - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) define que:

34 34 Devem ser submetidos a exames audiométricos de referência e seqüenciais, no mínimo, todos os trabalhadores que exerçam ou exercerão suas atividades em ambientes cujos níveis de pressão sonora ultrapassem os limites de tolerância estabelecidos nos anexos 1 e 2 da NR 15 da Portaria do Ministério do Trabalho, independentemente do uso de protetor auditivo (NR 7, 1978). O exame audiométrico será realizado, sempre, pela via aérea nas freqüências de 500, 1.000, 2.000, e Hz. No caso de alteração detectada no teste pela via aérea ou segundo a avaliação do profissional responsável pela execução do exame, o mesmo será feito, também, pela via óssea nas freqüências de 500, 1.000, 2.000, 3.000, 4.000, e Hz Efeitos extra-auditivos do ruído no ser humano Para muitas pessoas quando se fala de exposição a níveis elevados de ruído é comum elas pensarem que este agente físico afeta somente a audição, afinal estão acostumadas a ouvir a expressão perda de audição induzida por ruído PAIR, mas afinal o ruído é muito mais, pode causar efeitos extra-auditivos no ser humano, embora não reconhecidos pela Legislação Brasileira. Medeiros (1999) comenta que em baixas freqüências (abaixo de 16hz), os efeitos do ruído não são auditivos, mas revelam-se através de enjôos, vômitos, tonturas, etc. No entanto com o aumento da freqüência, os efeitos são diferentes podemos encontrar alterações na atenção e concentração mental, no ritmo respiratório, ritmo cardíaco, aumento da irritabilidade, perda de apetite e estados pré-neuróticos. O ruído pode afetar outros órgãos do corpo humano por meio de um mecanismo indireto, ativando ou inibindo o sistema nervoso central e periférico. Segundo Fernandes (2006) quando uma pessoa é submetida a níveis intensos de ruído, as principais alterações fisiológicas reversíveis são: Dilatação das pupilas - a pessoa pisca diversas vezes e o trabalho de precisão necessita ser ajustado com freqüência; Alteração circulatória vasoconstrição e alteração do ritmo das pulsações, hipertensão, aumento da viscosidade do sangue (probabilidade de má circulação e oxigenação tecidual); Mudanças gastrointestinais dor, distensão abdominal, náusea e eventualmente hemorragia gastrointestinal; reação da musculatura do esqueleto (origina dificuldade em manter uma postura correta). As principais alterações bioquímicas são:

35 35 Mudanças na produção de cortisona; Mudanças na produção de hormônio da tiróide; Mudança na produção de adrenalina; Fracionamento dos lipídios do sangue; Mudança na glicose sangüínea; Mudança na proteína do sangue. Os efeitos cardiovasculares são: Aumento do nível de pressão sangüínea sistólico ou diastólico; Hipertensão arterial. Loro (2011) destaca ainda que sistema nervoso central afetado pelo ruído provoca no ser humano a sensação de vertigem podendo ser objetiva (impressão de que tudo gira em torno de si) e subjetiva (sensação de que ele próprio está girando). Segundo Rodrigues (2011) os principais efeitos do organismo sofridos pelo ser humano quando submetido a níveis intensos de ruído podem ser vistas na figura 10. Figura 10: Principais efeitos do ruído sobre o organismo humano Fonte: Rodrigues, 2011 Conforme Fernandes (2002) os efeitos do ruído no ser humano além de afetar a saúde também afetam o bem estar das pessoas, destacando o distúrbio do sono.

36 36 Distúrbios do sono - os efeitos dependem da sua intensidade, duração, freqüência, como também da idade da pessoa, como efeitos primários ocorreram: aumento da freqüência cardíaca, vasoconstrição periférica, movimentação do corpo. Com o aumento do nível de ruído, notou-se que acima de 39 db(a) há uma diminuição do sono; Com nível de ruído de 64 db(a), 5 % das pessoas já haviam acordado, e com 97 db(a), 50 % acordaram. Como efeitos secundários (no dia seguinte) ocorreram: mudança na disposição, mudança no rendimento, perda da eficiência, queda de atenção, aumento do risco de acidentes. Medeiros (1999) complementa os distúrbios provocados pelo ruído, sendo eles: Distúrbios de comunicação nos ambientes barulhentos, a comunicação verbal tornase impossível, sendo difícil dar avisos e informações de perigo iminente os trabalhadores da área, aumentando a probabilidade de erros e acidentes ocupacionais. Nos locais com ruídos elevados podem provocar um esforço maior e uma tensão ao falar, havendo uma sobrecarga no trato vocal, podendo ocasionar lesões e alterações vocais. Distúrbios comportamentais alguns indivíduos são mais suscetíveis que outros, mas de maneira geral sintomas comportamentais resultam nas mudanças na conduta e no humor, falta de atenção e concentração, inapetência, cefaléia, redução da potência sexual, ansiedade, depressão, cansaço, fadiga, estresse, nervosismo, frustração, irritabilidade, mau ajustamento em situações novas, e conflitos sociais entre operários expostos ao ruído. Alterações nos reflexos respiratórios o ruído exerce modificações dos movimentos rítmicos normais e essenciais dos músculos relacionados à respiração causando hiperventilação pulmonar. Alterações no rendimento de trabalho como já citado, a exposição a níveis elevados de ruído por um período de tempo interfere na concentração e nas habilidades. Atua no ser humano alterando a condutividade elétrica no cérebro provocando uma queda na atividade motora em geral, tendo como conseqüência a redução da performance e do rendimento de trabalho, portanto o indivíduo fadiga mais rápido, apresentando cansaço, prejudicando o desempenho de suas atividades Medidores de ruído A única maneira para avaliar os níveis de ruído de um ambiente é através de medições, no entanto faz-se necessário a utilização de equipamentos desenvolvidos para este fim.

37 37 Segundo Jankovitz (2010) as medições de ruído são obtidas através de aparelhos que medem os níveis de pressão sonora (grandeza física), e rapidamente realizam cálculos internos apresentando os resultados destes cálculos por um número relativo denominado decibel (que não tem grandeza física). Deste modo o equipamento mede a grandeza "pressão" e apresenta o resultado em uma unidade de referência chamada "db". Os instrumentos utilizados nas avaliações de ruído são os medidores de nível de pressão sonora instantâneos, os audiodosímetros e o calibrador acústico. Medidores de nível de pressão sonora instantâneos: os medidores de nível de pressão sonora (NPS) instantâneo também são chamados de sonômetros ou popularmente de decibelímetros. Os medidores de NPS podem ser do tipo 0, 1, 2 ou 3, dependendo da precisão (LOPES 2009). A figura 11 mostra um decibelímetro digital. Figura 11: Decibelímetro digital Fonte: Bistafa (2006) apresenta os componentes básicos de um medidor de nível de pressão sonoro, sendo o microfone, pré-amplificador, filtro ponderador, filtro de 1/n oitava, detector de valor eficaz, ponderador temporal e dispositivo indicador. A figura 12 mostra o esquema de um medidor de nível de pressão sonoro.

38 38 Figura 12: Componentes de um medidor de nível de pressão sonoro Fonte: Bistafa, 2006 Audiodosímetros: os audiodosímetros são também conhecidos como medidores integradores de uso pessoal ou simplesmente dosímetros, estes aparelhos de monitoramento pessoal fornecem informações como a medição da dose em tempo real, a dose projetada (a dose após a jornada diária de trabalho), nível sonoro máximo e mínimo, nível impulsivo, nível equivalente, tempo de coleta de dados e tempo de pausa. Segundo Lopes (2009), todos os dados medidos podem ser impressos com histogramas das variações dos níveis de ruído, em intervalos de tempo previamente fixados durante toda a jornada de trabalho. Conforme Bistafa (2006), os dosímetros de ruído são equipamentos pequenos permitindo que seja carregado no bolso ou preso ao cinto e através de um cabo permite fixar um pequeno microfone próximo a orelha do usuário. A figura 13 mostra um modelo de audiodosímetro. Figura 13: Audiodosímetro Fonte:

39 39 Calibrador acústico: este equipamento é responsável pela exatidão e a precisão dos dados de monitoração, os decibelímetros e audiodosímetros devem ser calibrados de acordo com as recomendações do fabricante, antes e após cada dia de trabalho. Conforme Fundacentro (2001), estes aparelhos de calibração, preferencialmente, devem ser da mesma marca que o medidor e, obrigatoriamente, permitir o adequado acoplamento entre o microfone e o calibrador, diretamente ou por meio do uso de adaptador Aspectos legais A consolidação das leis do trabalho (CLT) institui normas que regulam as relações individuais e coletivas de trabalho, em seu capítulo V faz referência à segurança e a medicina do trabalho. Dentro deste capítulo encontra-se a seção referente às atividades insalubres ou perigosas. Art. 189 Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. O ministério do trabalho dispõe de Normas que, de alguma forma, tratam do problema do ruído, são elas: NR 6 - Equipamentos de proteção individual (EPI); NR 7 - Programa de controle médico de saúde ocupacional (PCMSO); NR 15- Atividades e operações insalubres; NR 17 Ergonomia. Os limites de tolerância para a exposição de ruído estão dispostos na NR 15 - Atividades e Operações Insalubres, em seus anexos 1 e 2. O anexo 1 refere-se aos limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente como mostra o quadro 6.

40 40 NÍVEL DE RUÍDO db(a) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos hora minutos minutos minutos minutos minutos minutos minutos minutos minutos Quadro 6: Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente Fonte: NR 15, As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis de ruído maiores que 115 db(a), sem proteção adequada constitui risco grave e iminente. O anexo 2 da NR 15 trata dos limites de tolerância para ruídos de impacto. Se o medidor de nível de pressão sonora estiver operando no circuito linear e circuito de resposta para impacto, o limite de tolerância para ruído de impacto será de 130 db (Linear), já no circuito de resposta rápida (Fast) e circuito de compensação "C". Neste caso, o limite de tolerância será de 120 db(c). O item 4 do anexo 2 da NR 15 define que:

41 41 As atividades ou operações que exponham os trabalhadores, sem proteção adequada, a níveis de ruído de impacto superiores a 140 db(linear), medidos no circuito de resposta para impacto, ou superiores a 130 db(c), medidos no circuito de resposta rápida (FAST), oferecerão risco grave e iminente. (NR 15, 1978). A figura 14 mostra um fluxograma dos limites de tolerâncias dos ruídos, para uma jornada de 8 horas de trabalho, segundo a NR 15. Figura 14: Limites de tolerância dos ruídos Fonte: A insalubridade ocorre quando há risco de saúde ao empregado, desse modo o adicional de insalubridade é um direito concedido a trabalhadores que são expostos a agentes nocivos à saúde. Há três graus: mínimo, que dá adicional de 10%, médio (20%) e máximo (40%), do salário mínimo da região. A NR 15 define que o percentual do adicional de insalubridade que o operador terá direito a receber quando excedidos os limites de tolerâncias sendo de 20% independente do tipo de ruído (contínuo/ intermitente ou impacto). O empregador pode livrar-se deste adicional de insalubridade como previsto pela consolidação das leis do trabalho, definido pelo seguinte artigo: Art. 191 A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá: I com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância; II com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância.

42 42 A eliminação ou neutralização da insalubridade ficará caracterizada através de avaliação pericial por órgão competente, que comprove a inexistência de risco à saúde do trabalhador. O trabalhador quando exposto a níveis elevados de ruído, sem devida proteção, terá direito a aposentadoria especial, previsto pelo decreto nº de 06 de maio de 1999 da Previdência Social, na subseção IV Da Aposentadoria Especial. Art.64. A aposentadoria especial, uma vez cumprida à carência exigida, será devida ao segurado empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual, este somente quando cooperado filiado à cooperativa de trabalho ou de produção, que tenha trabalhado durante quinze, vinte ou vinte e cinco anos, conforme o caso, sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. A relação dos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física considerados para fins de concessão de aposentadoria especial, consta do anexo IV - Classificação dos agentes nocivos do regulamento da previdencia social, porém o Decreto nº 4.882, de 18 de novembro de DOU de 19/11/2003 substituí (antigamente acima de 90 db(a)) para uma exposição permanente a níveis normalizados superiores a 85 db(a), com tempo de serviço de 25 anos Controle do ruído No controle do ruído deve-se tomar medidas que venham atenuar o efeito desse agente sobre as pessoas, pois a exposição prolongada a níveis sonoros elevados irá causar perda irreversível da audição do trabalhador, entre outros fatores. Conforme Bistafa (2006) as fontes sonoras são das mais diversas naturezas e incluem: máquinas, equipamentos, processos industriais, instalações industriais entre outros. Todo problema de ruído envolve uma fonte sonora, uma trajetória de transmissão e um receptor. Segundo Fernandes (2002, p. 81) A fonte é a própria causa do ruído. O meio é o elemento transmissor do ruído, que pode ser o ar, o solo ou a estrutura do prédio. O receptor é o operário. O controle do ruído poderá ser empregado na fonte, na trajetória ou no receptor, como descrito a seguir: Controle de ruído na fonte: pode ser conseguido substituindo as máquinas, equipamentos e processos industriais por sistemas mais silenciosos, balancear e equilibrar

43 43 partes móveis, lubrificar eficazmente rolamentos e mancais, reduzir impactos na medida do possível, reapertar as estruturas entre outros. O controle de ruído na fonte consiste em introduzir modificações que alteram o processo de geração de ruído de determinada máquina. (BISTAFA, 2006, p. 304). Controle de ruído na trajetória: o controle de ruído na sua trajetória deve ser utilizado quando não foi possível o controle do ruído na fonte, ou a redução obtida foi insuficiente. Existem diversos meios de atuar na minimização da transmissão sonora que ocorre na trajetória entre a fonte e o receptor. Conforme Bistafa (2006), alguns métodos de minimização podem ser adotados, são eles: aumentar a distância entre a fonte e o receptor, instalação de silenciadores, instalação de suportes anti-vibrantes, isolar máquinas barulhentas por meio de enclausuramento, barreiras ou biombos e segregar as áreas barulhentas por meio de partições. Segundo Fernandes (2002) no enclausuramento, devemos usar uma caixa que cobre a máquina, isolando-a acusticamente do meio externo. A construção do enclausuramento deve ser de material isolante e internamente com material absorvente. Controle de ruído no receptor: neste caso não se considera controle de ruído propriamente dito, mas sim a eliminação de alguns efeitos, portanto pode-se conseguir a eliminação através da diminuição do tempo de exposição, com a rotação de turnos, uso de cabines de repouso e através do uso de equipamentos de proteção individual. A NR 6 Equipamentos de proteção individual - considera que o uso de equipamentos de proteção individual deve ser empregado quando as medidas de ordem geral (proteção coletiva) não ofereçam completa proteção contra riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados. Em outras palavras podemos dizer que, quando todas as medidas de controle de ruído falharam, devemos implementar a proteção individual. A proteção individual para redução dos efeitos do ruído é denominada de protetores auriculares, e podem ser: externos (concha) ou de inserção (tampão ou plugue). Conforme Bistafa (2006) o protetor tipo concha é um elemento em forma de calota esférica ou oval que acondiciona a orelha, forma uma câmara de proteção. Segundo Fernandes (2002) os protetores de inserção são dispositivos colocados dentro do canal auditivo, podendo ser descartáveis (de espuma, moldável) ou não-descartáveis (de borracha, moldado), já estes devem ser esterilizados todos os dias. A figura 15 ilustra os tipos de protetores auriculares.

44 44 Figura 15: Tipos de protetores auriculares Fonte: O quadro 7 resume as vantagens e desvantagens dos protetores auriculares do tipo inserção e concha. Vantagens TIPO INSERÇÃO Pequenos e fáceis de transportar Convenientes para ser usado com outros EPIs (conchas) Mais confortável para uso prolongado em áreas quentes e úmidas Conveniente para ser usado em áreas confinadas Desvantagens Requer mais tempo para ser ajustado à orelha Mais difícil de inserir e remover Requer maior higiene Pode irritar o conduto auditivo externo Fácil de perder Mais difícil de visualizar e monitorar o uso Vantagens TIPO CONCHA Menor variabilidade de atenuação entre usuários Projetados de tal forma que um único tamanho se ajusta na maioria das cabeças Podem ser visualizados a grandes distâncias, facilitando o monitoramento do uso Difícil de perder, fácil de achar Pode ser utilizado mesmo com pequenas infecções na orelha Desvantagens Menos portátil e mais pesado Mais difícil de ser usado com outros EPIs Mais desconfortável em áreas quentes e úmidas Inconveniente de usar em áreas confinadas Pode interferir com uso de óculos, inclusive os de segurança, interrompendo a vedação entre a concha e a cabeça, com redução de atenuação Quadro 7: Vantagens e desvantagens dos protetores auriculares tipo inserção e concha Fonte: Bistafa, 2006 Dentre os diversos tipos de protetores auriculares, nem sempre a escolha pode ser somente através das vantagens, afinal cada protetor possui o seu nível de atenuação. Vale lembrar que às vezes as pessoas não sabem a que freqüência de ruídos estarão expostas no ambiente de trabalho, portanto deve-se escolher o protetor através de um número normalizado capaz de atender as freqüências de bandas de oitava.

45 45 Conforme Bistafa (2006) a atenuação dos protetores auriculares é obtida através de ensaios em laboratórios, indicado por um número único normalizado: nível de redução de ruído (NRR noise reduction rating), expresso em decibel. Na metodologia do NRR, as pessoas que são submetidas ao ensaio recebem auxílio do experimentador no momento da colocação. Já no nível de redução de ruído método subjetivo (NRRsf - Noise Reduction Rating subject fit) as pessoas precisam ser inexperientes no uso de protetores e devem fazer a colocação baseadas somente nas instruções do fabricante. Com isso, os resultados obtidos se aproximam mais da real atenuação obtida pelos usuários no seu ambiente de trabalho, pois fatores como facilidade de colocação e uso tem influência diretamente no resultado. Segundo Bistafa (2006), para selecionar o nível de ruído que o protetor é capaz de atenuar, pode-se utilizar uma margem de segurança, multiplicando o NRR do rótulo do protetor por 0,75 para os tipos concha, 0,70 para os tipos inserção moldados e 0,50 para os moldáveis. De maneira simplificada deve-se usar sempre os valores dos NNRsf contidos no protetores auriculares, pois estes não necessitam de correção. Uma medida de controle (no âmbito educacional) é o programa de conservação auditiva PCA, caracterizado como um conjunto de medidas que tem o objetivo de impedir e/ou prevenir a instalação ou evolução de uma perda auditiva em um determinado grupo de trabalhadores, sendo, portanto necessário um trabalho de uma equipe dos setores de engenharia, medicina, fonoaudiologia, segurança do trabalhador e administrativo.

46 46 3 MÉTODO E MATERIAIS O presente trabalho refere-se a uma pesquisa aplicada onde os conhecimentos adquiridos são utilizados para a solução de problemas concretos da vida moderna. A forma de abordagem da pesquisa será quantitativa, pois irá traduzir em números as informações para serem analisadas. Desta forma faz-se necessário que a pesquisa seja desenvolvida a campo, onde a coleta de dados se dá diretamente no local da ocorrência dos fatos. 3.1 LOCAL DE ESTUDO Este trabalho será desenvolvido com dados levantados na empresa Andrapell Indústria e Comércio Ltda. A empresa encontra-se situada na Rua Coronel Martins, 113, Bairro São Miguel, Cruz Alta, RS. A figura 16 mostra a planta baixa da empresa. Figura 16: Planta baixa da empresa

47 47 Como principal produto a empresa fabrica a esteira inox para distribuição de calcário, utilizado pelos maiores fabricantes de máquinas agrícolas do País. A figura 17 mostra a esteira inox. Figura 17: Esteira inox O processo de fabricação da esteira inox consiste na utilização de máquinas e equipamentos. Algumas máquinas operam de forma automática através de uma programação e outras são operadas pelos trabalhadores, são elas: Prensa pneumática: a prensa opera de forma automática onde a matéria prima (lâmina de aço inox) é puxada pela máquina, sendo o próximo passo a dobra, a furação e o corte, resultando então numa lâmina de aço inox com perfil esperado, sendo que este cai por gravidade numa caixa, onde será levada para a montagem; Corte pneumático: utilizado para cortar os perfis redondo de aço inox que darão ligação a esteira; Mesa de montagem/ embalagem: local onde são feitas as montagens e a embalagem da esteira, ocorre de maneira manual; Sala de rebitagem: equipamento pneumático utilizado para rebitar o perfil redondo responsável pela união permanente das lâminas de aço inox, construindo assim a esteira. A figura 18 mostra o fluxograma do processo de fabricação da esteira inox.

48 48 Figura 18: Fluxograma do processo de fabricação da esteira inox 3.2 COLETA DE DADOS As medições de iluminação e ruído serão coletadas junto aos postos de trabalho da empresa, sendo eles: Recepção/vendas: espaço destinado ao atendimento de clientes, composto de um balcão, prateleiras e cadeiras. Possui área de 29,4 m 2, com pé direito de 4,40 m, paredes de alvenaria cor branca com barras laranja, teto de madeira na cor branca, piso de alvenaria marrom. Constituído de uma porta de metal com vidros nas dimensões de 2,50 m de altura e 1,60 m de largura, e duas janelas de metal com vidro, sendo uma localizada em cima da porta com 0,8 m de altura e 1,00 m de largura, e a outra com 2,40 m de altura e 1,30 m de largura. A iluminação é natural, pela porta e janelas, e artificial composta por duas lâmpadas fluorescentes de 40 w cada, e não possui máquinas e/ou equipamentos que geram ruídos. A figura 19 mostra o setor de recepção e vendas.

49 49 Figura 19: Setor de recepção e vendas Escritório/ administração: setor destinado a compras, vendas, atendimento a fornecedores, desenvolvimento de projetos e outros, composto por duas mesas com computadores e impressora, armários, fichários e cadeiras. Possui área de 20 m 2, pé direito de 2,70 m, paredes de alvenaria cor branca, teto de madeira e piso de alvenaria ambos na cor marrom. Possui porta de madeira com acesso a recepção, uma janela de metal com vidro de dimensões 2,40 m de altura e 1,30 m de largura. Consta-se de iluminação natural oriunda da janela, e artificial composta por duas lâmpadas fluorescentes de 40 w cada, possuindo maquinas e/ou equipamentos que geram ruídos como computadores, impressora, telefone, rádio e televisão.. A figura 20 mostra o setor de escritório e administração. Figura 20: Setor de escritório e administração

50 50 Setor fabril: local onde se realizam a maior parte do processo de fabricação da esteira inox (exceto sala de rebitagem), composto por máquinas e equipamentos, tais como dobradeira manual, morça, torno convencional, corte, prensa pneumático, corte pneumática, compressor e outros. Possui área de 252 m 2, com pé direito de 4,40 m, paredes de alvenaria cor branca e piso de alvenaria marrom. Constituindo uma porta de madeira de 2,50 m de altura e 1,25 m de largura dando acesso a recepção, uma porta lateral de metal com 2,50 m de altura e 2,00 m de largura com acesso para fora, uma porta de metal com 2,50 m de altura e 3,00 m de largura com acesso para os fundos do pátio. Além das portas possui duas janelas de metal com vidro, com 1,50 m de altura e 1,00 m de largura. Este setor em especial possui além da iluminação natural pelas janelas, iluminação pelo teto através de telhas transparentes, distribuídas em oito pontos com dimensões 0,20 m por 2,10 m, totalizando 3,36 m 2, também possui iluminação artificial composta por seis lâmpadas fluorescentes de 40 w cada. O ruído neste ambiente é gerado por diversas máquinas e/ou equipamentos utilizados na fábrica, no entanto os trabalhadores utilizam protetores auriculares tipo concha da marca Carbografite, com atenuação NRRsf de 14 db (Certificado de aprovação no anexo A). A figura 21 mostra o setor fabril. Figura 21: Setor fabril Sala de rebitagem: este setor é responsável pela conclusão da esteira, através da união das partes da mesma com um pino de aço inox passando por um processo de rebitagem nas duas pontas. A rebitagem é feita por uma rebitadeira pneumática. Possui área de 28 m 2, com pé direito de 2,85 m, teto de alvenaria cor branca, três paredes de alvenaria cor branca e uma de madeira sem pintura, piso de alvenaria marrom, não possui janela nem porta, apenas

51 51 uma abertura na parede com 2,50 m de altura e 1,00 m de largura. A iluminação é apenas artificial composta por duas lâmpadas fluorescentes de 40 w cada, e uma lâmpada compacta de 25 w, e o nível de ruído é gerado pela rebitadeira pneumática, este operador utiliza protetor auricular tipo concha da marca Carbografite, com atenuação NRRsf de 14 db (Certificado de aprovação no anexo A). A figura 22 mostra o setor de rebitagem. Figura 22: Setor de rebitagem 3.3 EQUIPAMENTOS UTILIZADOS Para a aquisição de dados serão utilizados equipamentos capazes de fornecer a luminosidade e os níveis de ruídos dos postos de trabalho da empresa, são eles: Luxímetro digital modelo LD-240 da marca Instrutherm (especificações no anexo B): equipamento este empregado para medir iluminância de ambientes, e sua unidade de medição é o lux. Decibelímetro digital (medidor de nível de pressão sonora) modelo 232 da marca Homis (especificações no anexo C): sendo este equipamento responsável por medir o nível de ruído de ambientes, esses equipamentos medem a grandeza pressão, mas apresentam resultados em uma unidade de referência chamada decibel (db). 3.4 PROCEDIMENTOS DAS MEDIÇÕES Os procedimentos a serem utilizados deverão seguir as especificações dos equipamentos de medições encontradas nos manuais, e nas normas brasileiras.

52 Procedimentos para medição de iluminação Segundo o manual de instrução do equipamento, após o instrumento estar ligado, o usuário deve escolher a escala desejada (x1, x10 ou x100), em segundo passo deve-se apontar a fotocélula para a fonte de luz na posição horizontal e aguardar a estabilidade da leitura nominal no display. A NBR Iluminância de interiores estabelece que a iluminância deve ser medida no campo de trabalho. Quando este não for definido, entende-se como tal o nível referente a um plano horizontal a 0,75 m do piso Procedimentos para medição de ruído O manual de instrução do equipamento define que depois de ligado, deve-se escolher a freqüência e respostas desejadas, apontar o microfone para a fonte de ruído e logo após haver a estabilização, o nível de pressão será mostrado no visor. A NBR Níveis de ruído para conforto acústico, fixa os níveis de ruído compatíveis com o conforto acústico em ambientes diversos. Em seu item correspondente a medição de ruído, esta define que são seguidas as disposições da NBR Acústica - Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto da comunidade Procedimento. A NBR define que todos os valores medidos do nível de pressão sonora devem ser aproximados ao valor inteiro mais próximo. Não devem ser efetuadas medições na existência de interferências audíveis advindas de fenômenos da natureza (por exemplo: trovões, chuvas fortes etc.). As medições em ambientes internos devem ser efetuadas a uma distância de no mínimo 1 m de quaisquer superfícies, como paredes, teto, pisos e móveis. Os níveis de pressão sonora em interiores devem ser o resultado da média aritmética dos valores medidos em pelo menos três posições distintas, sempre que possíveis afastadas entre si em pelo menos 0,5 m. A NBR recomenda que o equipamento possua recursos para medição de nível de pressão sonora equivalente ponderado em A (L Aeq ), caso o equipamento não possua esta função pode-se utilizar um método alternativo disposto no anexo A da norma, podendo então ser calculado o nível de pressão sonora equivalente, (L Aeq ), em db(a) pela seguinte equação:

53 53 Equação 2: Onde Li é o nível de pressão sonora, em db(a), lido em resposta rápida (fast) a cada 5 s, durante o tempo de medição do ruído; n é o número total de leituras.

54 54 4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS 4.1 ILUMINAÇÃO Resultados das medições de iluminação Para as medições de iluminação realizadas na empresa foram empregados os procedimentos descrito na metodologia, atendendo as normas e também ao manual do aparelho. As coletas de dados foram realizadas no dia 25 de maio de 2011 no turno da manhã entre 8:30hs e 10:30hs, as situações climáticas eram de tempo bom, com sol. Essas medições foram obtidas nas áreas da recepção, administração e setor fabril, onde foram definidos 3 pontos de coletas resultando na média aritmética de cada ambiente. A Tabela 1 mostra os valores obtidos nas medições de iluminação para cada setor da empresa. Tabela 1 Resultados da medição de iluminação. Local da medição Medições (lux) Média (lux) Recepção/ vendas ,66 Escritório/ administração ,33 Setor fabril bancada de serviços gerais ,66 Setor fabril serra circular Setor fabril torno convencional ,66 Setor fabril torno convencional ,66 Setor fabril prensa pneumática ,66 Setor fabril corte pneumático Setor fabril sala de rebitagem ,66 Setor fabril demais dependências - mínimas , Análise dos resultados das medições de iluminação Para análise dos resultados obtidos nas medições será feito uma comparação com valores padronizados, assim é possível concluir se o local onde foram realizadas as medições está de acordo com a norma brasileira. A NBR 5413 estabelece níveis de iluminâncias para os ambientes, podendo ser por classe de tarefas visuais (geral), ou por tipo de atividade (específico).

55 55 Classe de tarefa visual - a classe de tarefa visual é composta por classe A, B e C, mas a que se emprega em áreas de trabalho é a classe B. Essa classe divide-se em duas partes conforme mostra o quadro 8: CLASSE B ILUMINÂNCIA (lux) TIPO DE ATIVIDADE Tarefas com requisitos visuais limitados, Iluminação geral trabalho bruto de maquinaria, escritórios para área de trabalho Tarefas com requisitos especiais, gravação, inspeção, indústria de roupas. Quadro 8: Iluminância por tarefa visual, classe B. Fonte: NBR 5413, Tipo de atividade - apresenta os valores médios em serviço. Destes valores foram extraídas apenas as atividades que se enquadram nos setor da empresa, conforme mostra o quadro 9: TIPO DE ATIVIDADE ILUMINÂNCIA (lux) Lojas - vitrinas e balcões Escritório - desenho, engenharia mecânica e arquitetura Funilaria - bancada, prensa, tesoura, estampagem, máquinas para formar cilindros a frio, máquinas perfuradoras Indústrias metalúrgicas - usinagem média e trabalhos de ajustador, trabalhos grosseiros de plainas, tornos e polimento Indústrias metalúrgicas - usinagem de precisão de trabalhos de ajustador, máquinas de precisão automática, plainamento, tornos de precisão e polimento de alta qualidade Indústrias metalúrgicas - usinagem de alta precisão e trabalhos de ajustador Quadro 9: Iluminância por tipo de atividade Fonte: NBR 5413, No item da NBR 5413 está descrito que, das três iluminâncias, deve-se considerar o valor do meio, devendo este ser utilizado em todos os casos. Nos postos de trabalho como a recepção e administração além da iluminação artificial ainda possui uma pequena parcela de iluminação natural obtida pelas portas e janelas, mas mesmo assim não atinge a iluminação desejada.

56 56 O setor fabril (exceto setor de rebitagem) conta com iluminação artificial mais iluminação natural através de telhas transparentes espalhadas pela cobertura, mesmo assim as medições realizadas num dia de tempo bom com sol não atingiram os níveis de iluminação exigidos pela norma. O setor de rebitagem possui apenas iluminação artificial, seus resultados de medições independem das situações climáticas, no entanto não alcançou os níveis esperados. Na análise comparativa entre os valores obtidos através das medições com os da norma, mostram que a empresa Andrapell está com a iluminação dos ambientes de trabalho inadequada Sugestões de adequações Para a adequação da iluminação nos postos de trabalho existe diversas possibilidades, dependendo do valor dos resultados obtidos nas medições. Para alguns setores onde os resultados aproximaram dos exigidos na norma pode-se usar alguns medidas, para outros setores devem ser tomadas outras medidas, dependendo do quanto à empresa está disposta a investir. Sabe-se que a iluminação natural é a mais em conta, mas vale lembrar que essa iluminação será eficiente apenas em dias claros, com sol, já para dias nublados ou chuvosos pouca irá adiantar, portanto sugere-se a iluminação artificial. Dentre as medidas de adequação da iluminação podemos citar: Rebaixamento das luminárias; Distribuição das luminárias; Substituição por luminárias mais eficientes; Instalação de mais lâmpadas; Iluminação suplementar (para alguns setores). 4.2 RUÍDO Resultado das medições de ruído As medições de ruído realizadas na empresa seguiram os procedimentos descritos na metodologia, atendendo as normas e também ao manual do aparelho. As coletas de dados foram realizadas no dia 25 de maio de Foram obtidas medições de ruído nas áreas da

57 57 recepção, administração e setor fabril, através da coleta em 3 pontos, onde se realizou uma média aritmética de cada ambiente. Os valores obtidos nas medições de ruído para cada setor da empresa é mostrado na tabela 2. Tabela 2 Resultados da medição de ruído. Local da medição Medições db(a) Média db(a) Recepção/ vendas Escritório/ administração Setor fabril serra circular Setor fabril torno convencional Setor fabril torno convencional Setor fabril prensa pneumática Setor fabril corte pneumático Setor fabril compressor Setor fabril sala de rebitagem Análise dos resultados das medições de ruído Os resultados das medições serão comparados com os níveis de ruído aceitáveis pela NR 15 - Atividades e operações insalubres em seu anexo 1, onde se considera prejudicial à saúde do operador apenas os níveis de ruído acima de 85 db(a) para 8 horas diárias de trabalho. Neste caso, a empresa Andrapell está com seus níveis de ruído acima de 85 db (A) apenas no corte pneumático e na sala de rebitagem, ambos no setor fabril Sugestões de adequações As sugestões de adequação dos níveis de ruído podem ser pelo controle de ruído na fonte, na trajetória ou no receptor. Desta forma vamos analisar cada um dos dois setores: Corte pneumático: o controle na fonte é possível através do enclausuramento do equipamento, neste caso o processo corte não será afetado pela inclusão de uma barreira física, impedindo assim que o ruído se propague até o operador. Outra opção é um controle no receptor através de equipamento de proteção individual. Neste caso o nível de atenuação de ruído deverá ser de 8 db. Para selecionar o protetor

58 58 auricular, basta encontrar no fabricante o NRRsf de 8 db. Se o fabricante não possua o NRRsf, apenas possui o NRR, basta adotar uma margem de segurança de 0,75 para os tipos concha, 0,70 para os tipos inserção moldados e 0,50 para os moldáveis, pode-ser utilizado um protetor auricular do tipo concha com atenuação de 11dB, ou um protetor tipo inserção moldado de 12dB ou ainda um protetor de inserção moldável de 16dB. O protetor auricular disposto pela empresa é do tipo concha, da marca Carbografite, com atenuação NRRsf de 14 db, portanto este protetor está atenuando o nível de decibel exigido, que seria de 8 db. Sala de rebitagem: o controle na fonte não é possível, pois se trata de uma ferramenta pneumática controla manualmente através das mãos do operador, ficando isento de uma instalação de enclausuramento. O controle na trajetória pode ser empregado, mas beneficiará apenas aos outros setores e não o operador de rebitagem. A opção é a utilização de equipamentos de proteção individual, neste setor o protetor deve ter a capacidade de atenuar 19 db, portanto este deve possuir um NRRsf de 19 db, ou utilizar uma margem de segurança (quando o equipamento possuir apenas o NRR) de 0,75, sendo sua atenuação de 26dB, conseqüentemente apenas os protetores tipo concha são capazes de serem utilizados neste setor, pois os outros protetores pesquisados não atingem este valor. O protetor auricular disposto pela empresa é do tipo concha, da marca Carbografite, com atenuação NRRsf de 14 db, portanto este protetor não está atenuando o nível de decibel que deveria ser de 19dB. Com base deste resultado propõe-se a substituição desse protetor por um adequado.

59 59 CONCLUSÃO A realização do trabalho foi de extrema importância, pois demonstra através da revisão de literatura que os trabalhadores expostos aos riscos ambientais sofrem no mínimo um desconforto, e à medida que os níveis vão se distanciando dos valores recomendados estes apresentam maiores influências no organismo dessas pessoas. Quando os níveis de iluminação são muito baixos estes podem causar uma fadiga visual gerando stress, depressão, alterações do sistema nervoso, angústia, origem ou agravamento de doenças como estigmatismo, miopia, etc. além, é claro, do risco de acidentes nesses locais. Os níveis de ruídos elevados causam no ser humano além dos efeitos auditivos como a perda induzida por ruído (PAIR), causam efeitos extra-auditivos como enjôos, vômitos, tonturas, alterações na atenção, no ritmo respiratório, ritmo cardíaco, aumento da irritabilidade, perda de apetite, redução da potência sexual, ansiedade, depressão, cansaço, diminuição do sono entre outros. Através dos resultados obtidos das medições de níveis de iluminação e ruído, dos postos de trabalho da empresa, conclui-se que: Os níveis de iluminação estão abaixo dos exigidos pela norma, em todos os ambientes de trabalho da empresa, portanto necessita-se de uma adequação. Os níveis de ruído apresentam valores abaixo da norma (85 db(a)), para exposição de 8 horas de trabalho) para alguns setores, exceto os setores de corte e de rebitagem. O setor de corte apresentou 93 db(a), no entanto, pode-se tomar algumas medidas de controle, podendo ser na fonte (através do enclausuramento do equipamento), ou no receptor através de equipamento de proteção individual. O setor de rebitagem apresentou 104 db(a), logo as medidas de controle na fonte não são possíveis (trata-se de uma ferramenta pneumática controla manualmente através das mãos do operador) isentando a possibilidade de enclausuramento. O controle na trajetória pode ser empregado, mas beneficiará apenas aos outros setores e não o operador desse setor, logo a opção será a utilização de equipamentos de proteção individual. A realização das medições possibilitou quantificar os riscos ambientais, e no que se refere aos níveis de ruído, além de verificar os setores em que seus limites ultrapassaram os níveis normalizados, serviu também para avaliar se os protetores auriculares fornecidos pela empresa estavam adequados. O protetor auricular fornecido pela empresa possui um nível de atuação NRRsf de 14 db, atendendo apenas o exigido para o setor de corte, já para o setor de rebitagem o protetor adequado deve possuir um nível de atenuação de 19 db.

60 60 Para uma melhor avaliação dos níveis de ruído que os trabalhadores estão expostos recomendamos a realização de medições de níveis de ruídos com a utilização de um audiodosímetro sendo que este tem a capacidade de fazer a projeção da exposição diária, pois o decibelímetro consegue medir o nível de ruído de uma máquina em operação, ou seja, a exposição instantânea. No entanto, o operador não se encontra toda a jornada de trabalho exposto ao nível de 104 db(a) como no caso da sala de rebitagem, mesmo sabendo da importância de uma medição com um audiodosímetro isto não foi possível devido ao custo que a empresa teria, uma vez que as medições com o decibelímetro não apresentaram nenhum custo. Como continuidade do presente trabalho sugere-se uma avaliação dos outros riscos ambientais uma vez que neste trabalho avaliamos os níveis de ruído que constitui um dos agentes físicos, e a iluminação representa apenas um fator dos riscos de acidente, portanto, sugere-se que os trabalhos futuros avaliem os demais riscos presentes na empresa, proporcionando então um total controle dos riscos a que os trabalhadores estão expostos.

61 61 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALBERNAZ, Pedro Luiz Mangabeira. Quem ouve bem vive melhor: um livro para pessoas com problemas de audição e seus familiares. 2. ed. São Paulo: MG Editores, p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5413: Iluminância de interiores: procedimento. Rio de Janeiro, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10151: Acústica Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto da comunidade: procedimento. Rio de Janeiro, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10152: Níveis de ruído para conforto acústico: procedimento. Rio de Janeiro, BARTOLOMEU, Manuel Mariano Figueiredo. Manual de higiene do trabalho: Iluminação no local de trabalho. ISLA, Santarém, Acesso em 29 mai. de Disponível em: < BISTAFA, Sylvio R. Acústica aplicada ao controle do ruído. 2. ed. São Paulo: Blucher, p. BRASIL. Decreto nº de 06 de maio de 1999 da Previdência Social. Brasília, CÉSPEDES, Lívia; PINTO, Antonio Luiz de Toledo; WIND, Márcia Cristina Vaz dos Santos. Segurança e medicina do trabalho. 5 ed. São Paulo: Saraiva, p. FERNANDES, João Cândido. Acústica e ruídos: Apostila do Departamento de Engenharia Mecânica da UNESP. São Paulo: Acesso em 11 jun. de Disponível em: < FUNDACENTRO. Norma de higiene ocupacional 01 Avaliação da exposição ocupacional ao ruído: procedimento técnico. Brasília, JANKOVITZ, João Afonso Abel. Como medir níveis de pressão sonora Acesso em 20 mai. de Disponível em: < KIERMAN, John Alan. Neuroanatomia humana de barr. 7 ed. São Paulo: Manole, p. LIMA, Mariana Regina Coimbra de. Percepção visual aplicada à arquitetura e a iluminação. 1 ed. Rio de Janeiro: Ciência Moderna Ltda., p. LOPES, Vinicius José Santos. Avaliação de agentes físicos através do software autoparc. formação p. Monografia (Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho) UFMG, Cuiabá, Acesso em 25 mai. de Disponível em: < d=99>

62 62 LORO, Marli Maria. O ambiente e as doenças ocupacionais: Apostila do Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho da UNIJUÍ. Ijuí: MEDEIROS, Luana Bernardines. Ruído: efeitos extra-auditivos no corpo humano: formação p. Monografia (Especialização em Audiologia Clínica) - Centro de Especialização em Fonoaudiologia Clínica, Porto Alegre, Acesso em 25 mai. de Disponível em: < RODRIGUES, Leonardo Teixeira. Agentes Físicos: Apostila do Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho da UNIJUÍ. Ijuí: RODRIGUES, Pierre. Manual de iluminação eficiente. 1ed. PROCEL, Acesso em 03 jun. de Disponível em: < RUIZ, Conrado de Assis. Manual de consenso: o estudo do ruído. Jundiaí, Acesso em 29 mai. de Disponível em: < SPINELLI, Robson; BREVIGLIERO, Ezio; POSSEBON, José. Higiene ocupacional: agentes biológicos, químicos e físicos. 1 ed. São Paulo: Senac São Paulo, p.

63 ANEXOS 63

64 64 ANEXO A CERTIFICADO DE APROVAÇÃO DE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL Secretaria de Inspeção do Trabalho - SIT

65 ANEXO B 65

66 ANEXO C 66

OS S ENTIDOS Profe f sso s ra: a Edilene

OS S ENTIDOS Profe f sso s ra: a Edilene OS SENTIDOS Professora: Edilene OS SENTIDOS DO CORPO HUMANO O Paladar identificamos os sabores; OOlfato sentimosodoroucheiro; O Tato sentimos o frio, o calor, a pressão atmosférica, etc; AAudição captamosossons;

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