EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DA CAPITAL - SP

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1 fls. 1 EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DA CAPITAL - SP O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO, por meio do 9º Promotor de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital, no exercício de suas funções institucionais, outorgadas pelo art. 129, inciso III, da Carta Suprema e pelas alíneas a e d do inciso III e inciso II, alínea d, do artigo 5º da Lei Complementar n.º 75, de 20/05/93; pela alínea d do inciso VII, artigo 6º da Lei Complementar nº 75/93, e com fundamento no art. 37, parágrafo 4 o da Constituição Federal; nos art. 1 o, IV, 3 o e 5 o da Lei 7437/85; na Lei 8428/92 e art. 300 e seguintes do Código de Processo Civil, vem perante Vossa Excelência propor a presente TUTELA ANTECIPADA ANTECEDENTE, DE CARÁTER DE URGÊNCIA, COM PEDIDO DE LIMINAR, em face de VIEIRA DE SOUZA, vulgo Paulo Preto, inscrito no CPF sob o número , residente na Rua Doutor Eduardo de Souza Aranha, 255, ap. 50, Vila Nova Conceição, CEP , São Paulo, SP ou na Estrada Bertioga, km 22, Rua 22, n. 65, CEP , Guarujá, SP, ora recolhido na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo; RUTH ARANA DE SOUZA, brasileira, CPF , residente na Rua Doutor Eduardo de Souza Aranha, 255, ap. 50, Vila Nova Conceição, CEP , São Paulo, SP; PRISCILA ARANA DE SOUZA, brasileira, CPF , residente na Rua Coronel Artur de Paula Ferreira, 194, ap. 112, CEP , Vila Nova Conceição, São Paulo, SP; TATIANA ARANA DE SOUZA CREMONINI, brasileira, CPF , residente na Rua 1

2 fls. 2 Doutor Eduardo de Souza Aranha, 255, apto. 6, CEP ; P3T EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES LTDA., pessoa jurídica de direito provado inscrita no CNPJ sob o número / , a ser citada na pessoa de seu representante legal na Rua Joaquim Floriano, 101, CEP , São Paulo, SP, pelas razões de fato e direito que seguem: Tramita perante a Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital, sob a atribuição do signatário, o Inquérito Civil /2017, instaurado com base em elementos de prova contidos na Petição 4428 do Supremo Tribunal Federal, com vistas a apurar os seguintes fatos: 1) irregularidades em licitação do lote 2, trecho sul do Rodoanel, contrato 3584/2006, de abril de 2006, firmado entre a DERSA e a Construtora Norberto Odebrecht, empresa do Grupo Odebrecht, por anterior acordo de mercado com outras empresas do setor (ANDRADE GUTIERREZ, GALVÃO ENGENHARIA, CAMARGO CORREA, SERVENG CIVILSAN, OAS, MENDES JUNIOR, QUEIROZ GALVÃO, CR ALMEIDA e CONSTRAN), com reuniões prévias e espúrias entre as empresas e servidores da DERSA, estes sobre cláusulas de editais e nas planilhas de preço da licitação; 2) solicitação de MARIO RODRIGUES JUNIOR e pagamento de R$ ,00 (1,2 mi) aproximadamente por empresa do grupo ODEBRECHT para MARIO RODRIGUES JUNIOR, Diretor de Engenharia da DERSA, como contrapartida da Odebrecht pelos itens aprovados e incluídos nas planilhas de preço da licitação (Rodoanel, contrato 3584/2006), que seria para campanhas eleitorais concorrentes; 3) solicitação de VIEIRA SOUZA em 2007 e pagamento de 0,75% do valor recebido por cada empresa do consórcio liderado pela ODEBRECHT a VIEIRA SOUZA, Diretor da 2

3 fls. 3 DERSA, em razão de renegociação contatual comandada por Paulo, para alteração do regime contratual de preço unitário para preço global, alteração de cláusula para permitir às contratadas aproveitar ganhos na execução por alteração do projeto e redução de 4% do valor do contrato do Rodoanel, para atender decreto do governador (José Serra) de renegociação contratual e de valores, sendo que a alegação é de que os valores seriam para campanhas políticas do PSDB, em especial de José Serra, pagamentos efetuados através da offshore Circle Technical Company Inc., ligada ou pertencente a José Amaro Ramos, em quantia que corresponderia a R$ ,00 (parcelas mensais de R$ ,00); 4) solicitação de ALOYSIO NUNES FERREIRA e pagamento em 2010 de R$ ,00 aproximadamente por empresa do grupo ODEBRECHT para ALOYSIO NUNES FERREIRA, então Chefe da Casa Civil do Governo do Estado, para eventual campanha política ao Senado, como contrapartida por ajuda de Aloysio em negociações de atraso de pagamento da Dersa e outros assuntos contratuais, empresa em débito com a Odebrecht e por aditivos de obra do Rodoanel, pagamento que foi feito pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, sem registro junto ao TSE; 5) solicitação e pagamento, em vários períodos, de valores a José Serra, para alegada contribuição em campanha eleitoral ao Governo do Estado e Prefeitura de São Paulo, pelo sistema de caixa 2, sem registro formal de contribuição junto ao TSE, para futuro auxílio do candidato em obras de infraestrutura e concessões na área de transporte e saneamento no Estado de São Paulo ao Grupo Odebrecht, com contribuição de R$ ,00 em 2004, R$ ,00 para campanha ao Governo do Estado de São Paulo, com repasse para conta bancária no exterior indicada e administrada por José Amaro Ramos, constando que durante o mandato de José Serra no Governo estadual a Odebrecht concorreu e saiu vitoriosa em várias licitações, como obras de recuperação do 3

4 fls. 4 Córrego Pirajuçara, em consórcio com a Queiroz Galvão, recuperação ambiental da Baixada Santista, lote 2, em consórcio com a Carioca Christiani Nielsen, concessão do corredor D Pedro I e lote 7 da linha 2 do Metrô de São Paulo; 6) solicitação por José Serra e pagamento de R$ ,00 em 2008 por empresa Odebrecht para contribuição em campanha eleitoral de José Serra à Prefeitura de São Paulo; 7) solicitação por José Serra e pagamento pela Odebrecht, em vários períodos, de valores, sob alegação de contribuição a Serra para auxiliar na campanha eleitoral à Presidência da República, e 8) solicitação, em 2009, por Sergio Guerra, Presidente nacional do PSDB, de R$ ,00 para campanhas majoritárias do partido, inclusive de José Serra na corrida à presidência da República, com contrapartida em favor da Odebrecht de cumprimento de acordo feito pela DERSA em janeiro de 2008 e pagamento dos atrasados existentes desde 2002, e pedido complementar de Sergio para repasse de 15% dos créditos em atraso da Odebrecht, que teria sido confirmado por José Serra posteriormente, em sinal de garantia do cumprimento da contrapartida esperada pela empresa, gerando pagamentos pela empresa de R$23,3 milhões, conforme cronograma estabelecido no acordo com a Dersa. A empresa Odebrecht efetuou pagamentos a pessoas indicadas por Serra, os Srs. Ronaldo Cezar Coelho e Marcio Fortes, com depósitos no exterior em conta indicada por Coelho, então integrante da campanha do PSDB, em valor aproximado de 6 milhões de euros (2.232 milhões de euros em 2009 e milhões de euros em 2010), além de valores em espécie, em avença com o tesoureiro do PSDB, Márcio Fortes, e mais R$4,6 milhões, em 2012, para a campanha de José Serra à Prefeitura de São Paulo, através da equipe de Hilberto. 4

5 fls. 5 Também sob atribuição do Promotor de Justiça signatário tramita o Inquérito Civil /2018, que tem por objeto a apuração de: 1) irregularidade no pagamento de vantagem indevida, propina, em valor a esclarecer, em dinheiro, pela ANDRADE GUTIERREZ ENGENHARIA S/A e recebimento por CONSELHEIRO DO TRIBUNAL DE CONTAS Do ESTADO, a identificar, por intermédio de Luiz Carlos FERREIRA, por ajuste feito por outra empresa a esclarecer, em razão de apreciação de processo de licitação por lote do Rodoanel Trecho Sul, lote I, contrato 3583/2006; 2) irregularidade no pagamento de vantagem indevida, propina, parte do valor de R$ ,00 ou ,00, em valor a esclarecer, dividido entre os consórcios, pela ANDRADE GUTIERREZ ENGENHARTA S/A e recebimento por MARIO RODRIGUES, Diretor de Engenharia da DERSA, por solicitação deste, após a assinatura dos contratos, em 28 de abril de 2006, e a primeira nota de serviço parcial por serviço de instalação de canteiro de obras, pela licitação por lote do Rodoanel Trecho Sul, lote 1, contrato 3083/2006, sob alegação de que seriam para ajuda de campanhas políticas do PSDB e do PFL; 3) irregularidade, em 2010, no pagamento de vantagem indevida, propina, de 0,25% do valor recebido por cada empresa do consórcio, pela ANDRADE GUTIERREZ a VIEIRA DE SOUZA, Diretor da DERSA, em razão de renegociação contatual comandada por Paulo e Pedro da Silva, para alteração do regime contratual de preço unitário para preço global, alteração de cláusula para permitir às contratadas aproveitar ganhos na execução por alteração do projeto e redução de 4To do valor do contrato do Rodoanel, para atender decreto do governador (José Serra) de renegociação contratual e de valores, pela licitação por lote do Rodoanel Trecho Sul, lote I, contrato 3583/2006,sendo que a alegação é de que os valores seriam para campanhas políticas do PSDB. Por fim, também sob a atribuição do Promotor de Justiça que subscreve a presente, tramita o Inquérito Civil / 5

6 fls , inicialmente instaurado com vistas a apurar eventual favorecimento da empresa Peso Positivo em contrato firmado com a DERSA, por parte do requerido Paulo Vieira de Souza, investigação esta posteriormente aditada para prosseguir na apuração de enriquecimento ilícito de Paulo Vieira de Souza, que, na condição de Diretor de Engenharia da DERSA, função que ocupou no período compreendido entre maio de 2007 a 09 de abril de 2010, teria apresentado, por meio de pessoas jurídicas e em transações particulares, movimentação bancária e auferido patrimônio incompatíveis com seus rendimentos declarados. Todas essas investigações, atualmente, aguardam compartilhamento de provas já requeridos por esta Promotoria de Justiça ao Supremo Tribunal Federal e aos juízos da 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba e 5ª Vara da Justiça Federal em São Paulo, com vistas a concluir o levantamento de indícios do recebimento de vantagens indevidas pelo requerido Paulo Vieira de Souza, com o repasse a outros agentes públicos, entre os quais merecem destaque Aloysio Ferreira Nunes e o ex-governador do Estado de São Paulo José Serra. Ocorre, porém, que, no curso das investigações, o sigilo de todas as contas pessoais do rerquerido Paulo Vieira de Souza já foi investigado, não tendo sido encontrados elementos suficientes no sentido de que os recursos que os denunciantes sustentam terem sido por ele recebidos, ainda que como intermediário, pudessem ser localizados, não obstante já se tenha noticiado, na mídia local e estrangeira, que cifras milionárias sejam por ele mantidas em contas no exterior, em especial na Suiça. A despeito deste fato, considerando o recente decreto de prisão preventiva contra o requerido Paulo Vieira de Souza, de ordem do juízo da 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, este órgão do Ministério Público do Estado de São Paulo colheu, no último dia 26 de fevereiro de 2019, nas dependências da Superintendência da Polícia Federal 6

7 fls. 7 em São Paulo, as declarações dele, oportunidade em que, além de relatar sua versão acerca de eventuais cartelizações nos contratos das obras rodoviárias de que era responsável à frente da Diretoria de Engenharia da DERSA e eventuais ligações com agentes políticos como intermediário do recebimento de vantagens indevidas, revelou o ora requerido ter, em dezembro de 2014, em conjunto a sua ex-esposa e suas duas filhas, criado uma holding patrimonial, a correquerida P3T Empreendiment os e Participações Ltda., para a qual foram transferidos todos os bens particulares do casal. Considerando o teor das suspeitas que pairam sobre Paulo Vieira de Souza e a repercussão dos procedimentos de natureza criminal e cível por que responde, é plausível afirmar que a criação desta pessoa jurídica, com a transsferência de todos os bens havidos no país, tenha a finalidade de dificultar o ressarcimento de danos causados ao erário público, impedindo ou dificultando a responsabilidade civil decorrente dos atos ilícitos cuja prática lhe é imputada. A este artifício, parece também óbvio que aderiram a ex-exposa e filhas do requerido Paulo Vieira de Souza, as correqueridas Ruth, Priscila e Tatiana, cujas operações financeiras precisam ser acessadas para a verificação da possibilidade de terem sido usadas como meio para o desvio de recursos públicos ou recebimento de vantagens indevidas ao requerido Paulo Vieira de Souza durante o período em que desempenhou funções públicas. De idêntica forma, havendo justo receio de que os requeridos adotaram medidas com vistas a blindar o patrimônio pessoal, transferindo-o a pessoa jurídica para dificultar, impossibilitar ou minorar o ressarcimento de danos que possam ter sido causados ao erário público, há necessidade de serem adotadas medidas constritivas aptas a assegurar o resultado prático de eventuais processos de responsabilidade por atos de improbidade administrativa ou ações de ressarcimento de danos causados aos 7

8 fls. 8 cofres públicos que venham a ser ajuizadas em decorrência das investigações inicialmente mencionadas. DO SIGILO BANCÁRIO: A Lei Complementar nº 105/2001 autoriza, quando necessária, a quebra do sigilo bancário: Art. 1º As instituições financeiras conservarão sigilo em suas operações ativas e passivas e serviços prestados. (...) 4 o A quebra de sigilo poderá ser decretada, quando necessária para apuração de ocorrência de qualquer ilícito, em qualquer fase do inquérito ou do processo judicial, e especialmente nos seguintes crimes: (...) VI contra a Administração Pública; A norma também possibilita o uso da medida, independentemente de processo judicial: Art. 3 o Serão prestadas pelo Banco Central do Brasil, pela Comissão de Valores Mobiliários e pelas instituições financeiras as informações 8

9 fls. 9 ordenadas pelo Poder Judiciário, preservado o seu caráter sigiloso mediante acesso restrito às partes, que delas não poderão servir-se para fins estranhos à lide. (...) 2 o Nas hipóteses do 1 o, o requerimento de quebra de sigilo independe da existência de processo judicial em curso. Muito embora a norma se refira especificamente à investigação criminal, não se tem qualquer dúvida da possibilidade de quebra do sigilo bancário para a investigação de atos de improbidade administrativa no inquérito civil, independentemente do ajuizamento de ação específica, ou estabelecimento de contraditório com o investigado, bastando a observância do controle judicial para a obtenção da prova: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. DESNECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA NO INQUÉRITO CIVIL DOS PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. PRECEDENTES. RECURSO PROVIDO. STF RE PR. Rel. Ministra Carmen Lúcia. DJe Como se pode ver do texto do v. acórdão transcrito parcialmente abaixo, tratava-se exatamente de discutir a necessidade ou não de estabelecer-se o contraditório com o investigado para a obtenção da quebra 9

10 fls. 10 do sigilo bancário em inquérito civil, tendo o STF reconhecido a desnecessidade: (...) Na espécie vertente, discute-se se é necessário assegurar o contraditório e a ampla defesa para a quebra do sigilo bancário, por decisão judicial, em inquérito civil que apura supostas irregularidades praticadas em prejuízo da Universidade Estadual de Londrina. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as garantias constitucionais da ampla defesa e do contraditório não são aplicáveis na fase do inquérito civil, pois este tem natureza administrativa, de caráter préprocessual, que se destina à colheita de informações para propositura da ação civil pública, não havendo, portanto, que se falar em réu ou acusado, nessa fase investigativa. De igual teor o entendimento do STJ: PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. EFEITO MERAMENTE DEVOLUTIVO. PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO PARA INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO CIVIL. QUEBRA DE SIGILO 10

11 fls. 11 BANCÁRIO. POSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO. IRRELEVÂNCIA. DECISÃO DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA. PREVALÊNCIA DO INTERESSE PÚBLICO. 1. Mandado de segurança impetrado contra decisão de primeiro grau que, em procedimento preparatório para instauração de inquérito civil, deferiu a quebra do sigilo bancário do impetrante. 2. A legislação constitucional e infraconstitucional desejaram a concessão de efeito meramente devolutivo ao recurso ordinário em mandado de segurança, assim como ao recurso especial. A aspiração de alcançar a eficácia suspensiva só deve ser atendida em casos excepcionalíssimos, o que se efetiva nesta Corte por meio do procedimento acautelatório (art. 288/RISTJ) diante da constatação de situação excepcional ou teratológica. 3. Consoante posicionamento jurisprudencial desta Corte, a inexistência de inquérito civil instaurado não é óbice à concessão da medida impugnada. 4. A ausência de notificação sobre a quebra do sigilo bancário não ofende o princípio do contraditório, eis que o mesmo não prevalece na fase inquisitorial. 5. Considera-se devidamente fundamentada a decisão que determina a quebra de sigilo bancário do impetrante, quando sobre este pesa suspeita da prática de atos ímprobos, os quais não poderão ser esclarecidos senão mediante o deferimento da medida extrema. 11

12 fls O direito à privacidade é constitucionalmente garantido. Todavia, não é absoluto, devendo ceder em face do interesse público. 7. Se de um lado é certo que todos têm direito ao sigilo bancário como garantia à privacidade individual, de outro, não é menos certo que havendo indícios de improbidade administrativa impõe-se a quebra dos dados bancários do Administrador Público. Isso porque a proteção constitucional não deve servir para acobertar prática de atos delituosos. 8. Recurso ordinário desprovido. (Grifado). (grifou-se STJ, RMS 15771/SP, 1ª Turma, Relator José Delgado, DJ 30\6\2003 p. 133). Como se vê, o pedido de quebra de sigilo bancário possui natureza de simples requerimento ao juízo, para a realização de diligência probatória condicionada ao controle jurisdicional, tal como ocorre no inquérito policial, quando o Delegado de Polícia formula requerimento ao Magistrado que o aprecia, deferindo ou não a medida, de acordo com sua apreciação sobre a necessidade do caso concreto, sem obviamente estabelecer o contraditório com o investigado. Para Fábio Medina Osório, trata-se de medida investigativa semelhante a uma busca e apreensão, também submetida a controle judicial. Pelo exposto, requer o Ministério Público do Estado 12

13 fls. 13 de São Paulo, com fulcro na Lei Complementar 105/2001, a quebra do sigilo bancário pelo SIMBA Sistema de Investigação de Movimentações Bancárias (Caso SIMBA003-MPSP ) de todas as contas de depósito, contas de poupança, contas de investimento e outros bens, direitos e valores mantidos em Instituições Financeiras e Cooperativas de Crédito, das pessoas físicas e jurídicas abaixo relacionadas, nos períodos também indicados no quadro a seguir, fixando-se o prazo de 45 dias para resposta, a contar do recebimento da comunicação do Banco Central: NOME CPF/CNPJ PERÍODO DE AFASTAMENTO 1 Paulo Vieira de Souza /05/2007 a 31/12/ Ruth Arana de Souza /05/2007 a 31/12/ P3T Empreendimentos e Participações Ltda. 4 Priscila Arana de Souza 5 Tatiana Arana Souza Cremonini / /12/2014 até os dias atuais /05/2007 a 31/12/ /05/2007 a 31/12/2010 Caso o pedido de quebra de sigilo bancário seja deferido, requer a expedição de ofício, em caráter sigiloso, ao Banco Central do Brasil (A/C Departamento de Relacionamento Institucional e Assuntos Parlamentares ASPAR, Gerência de Atendimento aos 13

14 fls. 14 Poderes Constituídos -GATPC, no endereço SBS, Quadra 3, Bloco B, Edifício Sede, 15 o andar, CEP Brasília DF), para que: I - Efetue pesquisa no Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro Nacional (CCS) com o intuito de comunicar exclusivamente às Instituições Financeiras e Cooperativas de Crédito com as quais os investigados têm ou tiveram relacionamentos no período do afastamento do sigilo bancário, acelerando, assim, a obtenção dos dados junto a tais entidades; II Transmita ao Centro de Apoio Operacional à Execução (CAEX) do Ministério Público do Estado de São Paulo, no prazo de 20 dias, observando o modelo de leiaute CCS e o programa de validação e transmissão CCS previstos no endereço eletrônico asspaweb.pgr.mpf.gov.br/site/index.php/sistemas/ccs, todos os relacionamentos dos investigados obtidos no CCS, tais como contas correntes, contas de poupança e outros tipos de contas (inclusive nos casos em que o investigado apareça como cotitular, representante, responsável ou procurador), bem como as aplicações financeiras, informações referentes a cartões de crédito e outros produtos existentes junto às Instituições Financeiras e Cooperativas de Crédito, atentando-se para que o campo Número de Caso seja preenchido com a seguinte referência: 003-MPSP ; III - Comunique imediatamente às Instituições Financeiras e Cooperativas de Crédito o teor da decisão judicial, de forma que os dados da movimentação bancária dos investigados sejam transmitidos diretamente ao Centro de Apoio Operacional à Execução (CAEX), através do Sistema de Investigação de Movimentações Bancárias (SIMBA), no prazo de 15 dias, a contar do recebimento dessa comunicação. Para tanto, as instituições financeiras e cooperativas de crédito deverão observar o leiaute estabelecido pelo Banco Central na Carta-Circular 3.454, de 14/06/2010, e determinado às autoridades judiciárias pela Corregedoria Nacional de Justiça por meio da Instrução Normativa nº 03, de 09/08/2010; IV Comunique, ainda, que as Instituições Financeiras e Cooperativas de 14

15 fls. 15 Crédito, com base nas Cartas Circulares BCB n o 3.290, de 05/09/2005, n o 3.461, de 24/07/2009 e n o 3.517, de 07/12/2010, deverão informar dados de origem e destino (CPF/CNPJ, nome, banco, agência e conta) das transações eletrônicas, assim como, cheques, saques, depósitos e quaisquer tipos de transferência de valores, inclusive, àquelas efetuadas mediante cheque, cheque administrativo, cheque ordem de pagamento e outros documentos compensáveis da mesma natureza, além do respectivo número do documento bancário (número do cheque, da transferência etc.) e demais informações que as instituições financeiras e cooperativas de crédito estão obrigadas a manter em seus arquivos; V Informe também às Instituições Financeiras e Cooperativas de Crédito que o campo Número do Caso deve ser preenchido com a seguinte referência: 003-MPSP e que os dados bancários sejam submetidos à validação e transmissão descritas no arquivo MI 001 Leiaute de Sigilo Bancário, disponível no endereço eletrônico asspaweb.pgr.mpf.gov.br/site/index.php/sistemas/sigilo-bancario-simba, por meio dos programas VALIDADOR BANCÁRIO SIMBA e TRANSMISSOR BANCÁRIO SIMBA, enviando o comprovante de transmissão ao endereço mpsp_simba@mpsp.mp.br. Também, que para este caso específico as informações de origem/destino podem ser feitas a partir de R$ ,00 (valor de corte), sem prejuízo de identificação de valor menor caso seja necessário; VI Comunique às Instituições Financeiras e Cooperativas de Crédito que o Ministério Público do Estado de São Paulo, através do Centro de Apoio Operacional à Execução (CAEX), poderá receber das Instituições Financeiras e Cooperativas de Crédito requerimentos contendo questões relativas à identificação da origem e destino dos recursos transitados na(s) conta(s) investigada(s), valor de corte para a referida identificação, prorrogação de prazo para atendimento etc. Tais solicitações serão encaminhadas ao Juízo competente para análise; VII Informe às Instituições Financeiras e Cooperativas de Crédito que cópia dos documentos relativos aos cadastros das contas investigadas (cadastro de 15

16 fls. 16 abertura de conta, cartão de autógrafos, documentos apresentados pelo correntista etc.), faturas de cartão de crédito, documentos relacionados a outros produtos bancários, tais como planos de previdência privada, seguros de vida, de veículos e outras as informações relativas às TEDs (Transferências Eletrônicas Disponíveis), que não tenham sido emitidos através de conta bancária, deverão ser enviados ao Centro de Apoio Operacional à Execução (CAEX), localizado na Rua Riachuelo, 115, 7º andar Prédio Anexo, Centro, São Paulo, CEP , digitalizados e gravados e CD; VIII Em caso de dúvidas, o endereço eletrônico para contato com o CAEX (SIMBA) é: mpsp_simba@mpsp.mp.br ou pelos números de telefone: /7226. Requer, ainda, que o Cartório Judicial envie cópia ao CAEX, por (mpsp_simba@mpsp.mp.br) da decisão judicial que deferiu o afastamento de sigilo bancário, bem como do ofício judicial endereçado ao Banco Central do Brasil. DO BLOQUEIO DE BENS: No que diz respeito às medidas cautelares patrimoniais para assegurar o ressarcimento do dano ao erário em casos de improbidade administrativa e também para assegurar o pagamento da multa civil, há praticamente consenso na doutrina e jurisprudência no sentido de que o periculum in mora decorre de presunção legal (art. 7º da Lei 8.429/1992) 1. Note-se que o texto legal não alude à existência de risco de o agente ímprobo desfazer-se de seu patrimônio para evitar o 1 BEDAQUE, José Roberto dos Santos. Tutela Jurisdicional Cautelar e Atos de Improbidade Administrativa in Improbidade Administrativa Questões Polêmicas e Atuais. São Paulo: Malheiros,

17 fls. 17 ressarcimento ao erário ou pagar a multa. O legislador limitou-se a indicar como condição para a indisponibilidade de bens a existência de lesão ao patrimônio público. De fato, não seria de se esperar que o agente ímprobo, que lança mão do dinheiro público em atitudes ilícitas, esperasse passivamente o comprometimento de seu patrimônio particular para ressarcir o dano que causou. O STJ assim entendeu, em um caso em que figura como réu o então Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, Deputado José Antônio de Barros Munhoz: AgRg no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº SP (2011/ ) RELATOR: MINISTRO BENEDITO GONÇALVES AGRAVANTE: JOSÉ ANTÔNIO BARROS MUNHOZ ADVOGADO: FERNANDA CARDOSO DE ALMEIDA DIAS DA ROCHA AGRAVADO: INTERES.: RENASCER CONSTRUÇÕES ELÉTRICAS LTDA E OUTROS EMENTA ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. INDISPONIBILIDADE DOS BENS. ART. 7º DA LEI 8.429/92. DECRETAÇÃO. REQUISITOS. ENTENDIMENTO DO STJ DE QUE É POSSÍVEL ANTES DO RECEBIMENTO DA INICIAL. SUFICIÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DE DANO AO ERÁRIO OU DE ENRIQUECIMENTO ILÍCITO (FUMAÇA DO BOM DIREITO). PERIGO DA DEMORA IMPLÍCITO. INDEPENDÊNCIA DE DILAPIDAÇÃO PATRIMONIAL. INCIDÊNCIA TAMBÉM SOBRE BENS ADQUIRIDOS ANTES DA CONDUTA. TRIBUNAL DE ORIGEM QUE INDIVIDUALIZA AS 17

18 fls. 18 CONDUTAS E INDICA DANO AO ERÁRIO EM MAIS DE QUINHENTOS MIL REAIS. SÚMULA N. 83/STJ. (grifado). E ainda: RECURSO ESPECIAL. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. INDISPONIBILIDADE DOS BENS. DECRETAÇÃO. REQUISITOS. ART. 7º DA LEI 8.429/1992. FUMUS BONI IURIS DEMONSTRADO. 1. No caso presente, o juízo singular e o Tribunal a quo concluíram pela inexistência de elementos que justificassem a indisponibilidade de bens dos recorridos, na forma do art. 7º da Lei n.º 8.429/92, ao fundamento de ser necessária a especificação dos bens necessários ao ressarcimento do dano ou eventualmente decorrentes de acréscimo patrimonial, por enriquecimento ilícito. 2. No especial, alega-se a existência de fundados indícios de dano ao erário fumaça do bom direito o que, por si só, seria suficiente para motivar o ato de constrição patrimonial, à vista do periculum in mora presumido no art. 7º da Lei n.º 8.429/ É desnecessária a prova do periculum in mora concreto, ou seja, de que os réus estariam dilapidando seu patrimônio, ou na iminência de fazê-lo, exigindo-se apenas a demonstração de fumus boni iuris, consistente em fundados indícios da prática de atos de improbidade. Precedentes. 4. O acórdão impugnado manifestou-se, explicitamente, sobre a plausibilidade da responsabilidade imputada aos recorridos, constatando, assim, a presença da fumaça do bom direito. 5. Recurso especial provido. (REsp / MT, 2ª Turma, Relator Ministro CASTRO MEIRA, julgado em 21/09/2010, publicado no DJ em 04/10/2010) Fábio Medina Osório, discorrendo sobre o tema, afirmou: "Primeiro, não se mostra crível aguardar que o agente público comece a dilapidar seu patrimônio para, só então, promover o 18

19 fls. 19 ajuizamento de medida cautelar autônoma de sequestro dos bens. Tal exigência traduziria concreta perspectiva de impunidade e de esvaziamento do sentido rigoroso da legislação. O periculum in mora emerge, via de regra, dos próprios termos da inicial, da gravidade dos fatos, do montante, em tese, dos prejuízos causados ao erário. A indisponibilidade patrimonial é medida obrigatória, pois traduz consequência jurídica do processamento da ação, forte no art.37, parágrafo 4º, da Constituição Federal. Esperar a dilapidação patrimonial, quando se trata de improbidade administrativa, com todo respeito às posições contrárias, é equivalente a autorizar tal ato, na medida em que o ajuizamento de ação de sequestro assumiria dimensão de 'justiça tardia', o que poderia se equiparar a denegação de justiça.... Prepondera, aqui, a análise do requisito da fumaça do bom direito. Se a pretensão do autor da actio se mostra plausível, calcada em elementos sólidos, com perspectiva concreta de procedência e imposição das sanções do art.37, parágrafo 4º, da Carta Constitucional, a consequência jurídica adequada, desde logo, é a indisponibilidade patrimonial e posterior sequestro dos bens." 2 No presente caso, embora as investigações ainda não tenham sido concluídas, dada a peculiaridade do caso, em especial pela necessidade de apresentação de requerimentos junto ao Supremo Tribunal Federal, com tramitação complexa, há fortes indícios de que tenha havido, no mínimo, enriquecimento ilícito do próprio Paulo Vieira de Souza e seus familiares em decorrência do exercício de sua função pública de Diretor de Engenharia da DERSA, com eventual repasse de altas cifras em dinheiro a outros agentes públicos, o que em tese autorizaria a reversão desses valores em prol dos cofres públicos estaduais. É preocupante que, ao lado desses indícios, o requerido Paulo Vieira de Souza, com o auxílio das requeridas Ruth, Priscila e Tatiana, criou uma pessoa jurídica, a P3T Empreendimentos e 2 Improbidade Administrativa (Síntese, 2ª ed., p. 240). 19

20 fls. 20 Participações, exatamente com o intuito de transferir seus bens particulares a essa pessoa jurídica, com vistas a furtarem-se à responsabilidade de reparar os danos causados ao erário. Merece também preocupação o fato de que, em matéria de responsabilidade por atos de improbidade administrativa, a indisponibilidade de bens deve alcançar os valores da multa civil cominada no artigo 12 da Lei de Improbidade Administrativa, também conforme pacífica jurisprudência do E. Superior Tribunal de Justiça: AÇÃO CIVIL PÚBLICA NATUREZA CÍVEL DA AÇÃO MINISTÉRIO PÚBLICO PRAZO EM DOBRO PARA RECORRER IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA ATÉ A INSTRUÇÃO FINAL DO FEITO - INDISPONIBILIDADE DOS BENS LIMITADA AO RESSARCIMENTO INTEGRAL DO DANO AO ERÁRIO. 1. O entendimento jurisprudencial sedimentado no STF e no STJ, na época em que protocolizado o agravo de instrumento, era no sentido que a intimação pessoal do Ministério Público se dava com o "ciente" lançado nos autos, quando efetivamente entregues ao órgão ministerial, e não da data da entrada dos autos na secretaria. 2. Em razão da natureza cível da ação, o Parquet tem prazo em dobro para recorrer na ação civil pública por improbidade administrativa (art. 188 do CPC). 3. Nos casos de improbidade administrativa, a responsabilidade é solidária até a instrução final do feito, momento em que se delimitará a quota de responsabilidade de cada agente para a dosimetria da pena. 4. É entendimento assente no âmbito desta Corte que, conforme o artigo 7º, parágrafo único, da Lei n /92, a indisponibilidade dos bens deve ser limitada ao valor que assegure o integral ressarcimento ao erário e do valor de eventual multa civil. 20

21 fls Cumpre à instância ordinária verificar a extensão da medida de indisponibilidade necessária para garantir o ressarcimento integral do dano, pois, avaliar se os bens constritos excederam, ou não, o valor do dano ao erário, implicaria a análise do material probatório dos autos, inviável em sede de recurso especial, nos termos da Súmula 7 desta Corte. Agravo regimental parcialmente provido, apenas para limitar a extensão da medida de indisponibilidade ao valor necessário para o integral ressarcimento do suposto dano ao erário e do valor de eventual multa civil. (AgRg nos EDcl no Ag / PR, 2ª Turma, Relator Ministro HUMBERTO MARTINS, julgado em 15/10/2009, publicado no DJ em 23/10/2009) ADMINISTRATIVO. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. ART. 7º da LEI 8.429/1992. INDISPONIBILIDADE DE BENS. 1. A indisponibilidade de bens em Ação de Improbidade Administrativa ou em Cautelar preparatória serve para garantir todas as consequências financeiras (inclusive multa civil) da conduta do agente, independentemente de o patrimônio ter sido adquirido antes da prática do ato investigado. Precedentes do STJ. 2. Recurso Especial não provido. (REsp / RS, 2ª Turma, Relator Ministro HERMAN BENJAMIN, julgado em 07/05/2009, publicado no DJ em 21/08/2009) Assim sendo, considerando as cifras já citadas nas investigações acima mencionadas e o fato de que foram adotadas medidas pelos requeridos no afã de impedir ou dificultar a devolução dessas quantias aos cofres públicos, pleiteia-se seja decretada em caráter liminar, em sede de tutela de urgência, a indisponibilidade dos bens dos demandados para garantia de indenização aos cofres públicos, sendo completamente despicienda a demonstração da intenção de dilapidação do patrimônio pelos requeridos, tal como, acrescente-se, é inferido dos ensinamentos do Ministro Mauro Campbell Marques, do Colendo Superior Tribunal de Justiça, que, em artigo 21

22 fls. 22 intitulado A indisponibilidade de bens em ação civil de improbidade administrativa: requisitos e limites na jurisprudência do STJ, ensina que o magistrado, ao analisar o pedido de indisponibilidade de bens, não realiza qualquer pré-julgamento a respeito da efetividade da conduta dos agentes em relação às irregularidades apontadas como ímprobas, pois o que se busca com essa medida é a futura reparação dos danos. A medida cautelar constritiva de bens, por ser uma tutela sumária fundada em evidência, não possui caráter sancionador nem antecipa a culpabilidade do agente, até mesmo em razão da perene reversibilidade do provimento judicial que a deferir. O periculum in mora do pedido de indisponibilidade de bem formulado no âmbito da LIA não decorre da intenção do agente de dilapidar seu patrimônio com o intuito de frustrar a recuperação do dano e sim da gravidade dos fatos e do montante do prejuízo causado ao erário, o que atinge toda a coletividade. O próprio legislador dispensa a demonstração do perigo de dano, em vista da redação imperativa do art. 37, parágrafo 4º, da Constituição Federal e do próprio art. 7ª, parágrafo único da LIA. O risco de dano jurídico irreversível, nos processos que tratam de atos de improbidade administrativa, milita em favor da sociedade, representada pelo autor da ação civil que formula o pedido de bloqueio de bens 3. Para tornar efetiva a indisponibilidade dos bens de todos requeridos, nos termos e condições do que foi explicitado acima, fica requerida a concessão de liminar inaudita altera parte, na modalidade de tutela de urgência, com as seguintes providências: a) Expedição de ofício à Central de Indisponibilidade de Bens, na forma estabelecida pelo Provimento nº 013/2012 da CGJ do TJSP, comunicando a indisponibilidade dos bens imóveis dos demandados e solicitando as averbações necessárias; 3 In: Improbidade administrativa Temas atuais e controvertidos, Coordenador Ministro Mauro Campbell Marques, Ed. Forense, Rio de Janeiro, 2017, p

23 fls. 23 b) Bloqueio de todos os veículos licenciados em nome dos demandados, por intermédio do Sistema RENAJUD; c) Bloqueio de todas as contas correntes e aplicações financeiras dos demandados, por intermédio do sistema BACENJUD. Eventual excesso poderá ser objeto de imediato desbloqueio na(s) futura(s) ação(ões) a ser(em) ajuizada(s) para responsabilidade por ato de improbidade administrativa ou de ressarcimento de danos causados aos cofres públicos, a fim de que a garantia fique restrita ao valor do dano, devidamente corrigido e acrescido de juros legais. XIII - DOS PEDIDOS PRINCIPAIS Ante o exposto, o Ministério Público do Estado de São Paulo requer: I a distribuição e autuação da presente ação, instruída com cópia de documentos extraídos dos autos dos Inquéritos Civis /17, /18 e /10, da 9ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital, protestando, com base no art. 11, parágrafo 5º, da Lei Federal , pela posterior juntada de mídia, em formato físico, contendo as declarações colhidas do requerido Paulo Vieira de Souza em 26 de fevereiro de 2019, cujo carregamento se mostrou impossível em face das limitações técnicas impostas pelo sistema esaj; II - O deferimento da medida liminar inaudita altera parte, na modalidade de tutela de urgência, nos termos e extensão expostos nos dois itens anteriores desta petição inicial; III- Posteriormente, a citação dos requeridos para, se quiserem e no prazo legal, oferecerem respostas à presente medida; 23

24 fls. 24 IV - Na forma do artigo 17, 3º da Lei n. º 8.429/92, seja determinada a prévia intimação da FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO, para integrar a lide, caso assim entenda; V - A intimação pessoal do autor de todos os atos e termos do processo; VI - Seja deferida a produção de todas as provas em Direito admitidas, a ser requerida oportunamente, se necessário; VII - Seja julgado PROCEDENTE o pedido formulado na presente ação civil para o fim de tornar definitivos os requerimentos formulados em caráter liminar, para possibilitar o prosseguimento e garantir a efetividade das investigações nos autos dos Inquéritos Civis /17, /18 e /10, da 9ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital. Requer, por fim, a dispensa do autor no pagamento de custas, emolumentos, honorários e outros encargos, nos moldes do artigo 18 da Lei nº 7.347/1985 e artigo 87 da Lei nº 8.078/ Código de Defesa do Consumidor. Atribui-se à presente o valor de R$ ,00, correspondente a parcela dos valores investigados aparentemente acrescidos ilicitamente ao patrimônio do requerido Paulo Vieira de Souza, em benefício próprio e das demais requeridas e parcialmente repassado também a outros agentes públicos. São Paulo, 28 de fevereiro de RICARDO MANUEL CASTRO 9º Promotor de Justiça do Patrimônio Público e Social 24

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