Boletimj. Manual de Procedimentos. ICMS - IPI e Outros. Paraíba. Federal. Estadual. IOB Setorial. IOB Comenta. IOB Perguntas e Respostas
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- Jorge Neto Palma
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1 Boletimj Manual de Procedimentos Fascículo N o 49/2013 Paraíba // Federal IPI Conceitos e definições para efeito de cumprimento das obrigações tributárias // Estadual ICMS Mostruário de mercadorias // IOB Setorial Federal Comunicação - Política postal internacional - Diretrizes e procedimentos // IOB Comenta Municipal (João Pessoa) Redução da base de cálculo do ISS na prestação de serviços médicos // IOB Perguntas e Respostas ICMS Sped - EFD - Serviços de transporte Sped - EFD - Tabela de Informação Complementar Sped - EFD - Vendas com cartão de crédito e de débito ICMS/PB EFD - Retificação Isenção do imposto - Serviço de transporte Simples Nacional - Faixas de receita bruta - Sublimite - Exercício de Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Construção civil - Edificação - Exclusão do conceito de industrialização a ICMS - Leilão
2 2013 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Capa: Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Telefone: (11) (São Paulo) (Outras Localidades) Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) ICMS, IPI e outros : IPI : conceitos e definições para efeito de cumprimento das obrigações tributárias : IOB setorial ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, (Coleção manual de procedimentos) ISBN Imposto sobre Circulação de Mercadorias - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série CDU-34: (81) Índices para catálogo sistemático: 1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34: (81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34: (81) Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei n o 9.610, de , DOU de ). Impresso no Brasil Printed in Brazil Boletim IOB
3 Boletimj Manual de Procedimentos a Federal IPI Conceitos e definições para efeito de cumprimento das obrigações tributárias 2. Firma e empresa As expressões firma e empresa, quando empregadas no sentido geral, compreendem as firmas em nome individual (atualmente empresário) e todos os tipos de sociedades, quer sob razão social, quer sob designação ou denominação particular. SUMÁRIO 1. Introdução 2. Firma e empresa 3. Fábrica, fabricante e estabelecimento 4. Seção 5. Depósito fechado 6. Bens de produção 7. Comerciante autônomo 8. Produto industrializado 9. Industrialização 10. Embalagens de transporte e apresentação 11. Produto artesanal 12. Oficina 13. Relação de interdependência entre empresas 14. Estabelecimento industrial 15. Estabelecimentos atacadistas e varejistas 16. Sujeito passivo 17. Capacidade tributária 18. Reincidência 19. Sonegação 20. Fraude 21. Conluio 22. Lançamento 1. Introdução Para efeito de cumprimento das obrigações tributárias, o contribuinte deve conhecer, além das normas operacionais, os principais conceitos e definições previstos no Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010, os quais serão examinados neste texto. As expressões fábrica e fabricante são equivalentes a estabelecimento industrial (RIPI/2010, art. 609, I) 3. Fábrica, fabricante e estabelecimento As expressões fábrica e fabricante são equivalentes a estabelecimento industrial. A expressão estabelecimento, em sua delimitação, refere-se ao prédio onde são exercidas as atividades geradoras de obrigações, nele compreendidos, unicamente, as dependências internas, os galpões e as áreas contínuas muradas, cercadas ou por outra forma isoladas, em que, normalmente, sejam executadas operações industriais, comerciais ou de outra natureza. Note-se que são considerados autônomos, para efeito de cumprimento das obrigações tributárias, os estabelecimentos, ainda que pertencentes a uma mesma pessoa física ou jurídica. A referência a estabelecimento comercial atacadista não alcança os estabelecimentos comerciais equiparados a industrial. (RIPI/2010, art. 609, II a V) 4. Seção A expressão seção, quando relacionada com o estabelecimento, diz respeito à parte ou dependência interna dele. (RIPI - Decreto nº 7.212/2010) (RIPI/2010, art. 609, VI) Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/ Fascículo 49 PB49-01
4 5. Depósito fechado Considera-se depósito fechado aquele onde não são realizadas vendas, mas apenas entregas por conta e ordem do depositante dos produtos. Considera-se, ainda, depósito fechado a área externa, delimitada, de estabelecimento fabricante de veículos automotores. Assim, não há como chamar de depósito fechado o recinto onde se realizam exposições, ainda que nele não sejam efetuadas vendas, tendo em vista que a expressão depósito fechado já indica a atividade exclusiva desse local (guarda de produtos). Não são incluídos, ainda, no conceito de depósito fechado os depósitos situados dentro do estabelecimento industrial, que, nesse caso, assumem a função pura e simples de seção, como referido no item 4. É necessário esclarecer que a empresa com mais de um estabelecimento poderá pretender transformar parte de um deles em depósito fechado, o que, em face da legislação, nada obsta, desde que dele resulte: a) perfeito isolamento do local do depósito em relação ao estabelecimento do qual foi desmembrado; b) entrada própria; c) ausência de qualquer comunicação com o estabelecimento principal; d) configuração de depósito como estabelecimento autônomo, com inscrição própria no CNPJ. (RIPI/2010, art. 609, VII e VIII; Parecer Normativo CST nº 78/1973) 6. Bens de produção Consideram-se bens de produção: a) as matérias-primas; b) os produtos intermediários, inclusive aqueles que, embora não integrem o produto final, sejam consumidos ou utilizados no processo industrial; c) os produtos destinados a embalagem e acondicionamento; d) as ferramentas empregadas no processo industrial, excetuadas as manuais; e) as máquinas, os instrumentos, os aparelhos e os equipamentos (inclusive suas peças, partes e outros componentes) que se destinem ao emprego no processo industrial. (RIPI/2010, art. 610) 7. Comerciante autônomo Considera-se comerciante autônomo, ambulante ou não, a pessoa física, ainda que com firma individual (atualmente empresário), que habitualmente pratique atos de comércio, com o fim de lucro, em seu próprio nome, na revenda direta a consumidor, mediante oferta domiciliar, dos produtos que conduzir ou oferecer por meio de mostruário ou catálogo. (RIPI/2010, art. 613) 8. Produto industrializado Considera-se produto industrializado aquele resultante de qualquer operação definida na legislação do IPI como industrialização, ainda que incompleta, parcial ou intermediária. (RIPI/2010, art. 3º) 9. Industrialização Para efeito de aplicação do conceito mencionado no item anterior, considera-se industrialização qualquer operação que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto ou, ainda, o aperfeiçoe para consumo. Caracteriza-se como industrialização a operação: a) que, exercida sobre matérias-primas ou produtos intermediários, importe na obtenção de espécie nova (transformação); b) que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma, alterar o funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do produto (beneficiamento); c) que consista na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte um novo produto ou unidade autônoma, ainda que sob a mesma classificação fiscal (montagem); d) que importe em alterar a apresentação do produto pela colocação de embalagem, ainda que em substituição da original, salvo quando a embalagem colocada se destine apenas ao transporte da mercadoria (acondicionamento ou reacondicionamento); ou e) que, exercida sobre produto usado ou parte remanescente de produto deteriorado ou inutilizado, renove ou restaure o produto para utilização (renovação ou recondicionamento). São irrelevantes para caracterizar a operação como industrialização o processo utilizado para PB Manual de Procedimentos - Dez/ Fascículo 49 - Boletim IOB
5 obtenção do produto, a localização e as condições das instalações ou equipamentos empregados. (RIPI/2010, art. 4º) 10. embalagens de transporte e apresentação Quando a incidência do IPI estiver condicionada à forma da embalagem do produto, deverá ser entendida como embalagem de transporte aquela que atenda exclusivamente a esse fim e: a) seja feita em caixas, caixotes, engradados, barricas, latas, tambores, sacos, embrulhos e semelhantes, sem acabamento e rotulagem de função promocional; b) não objetive valorizar o produto em razão da qualidade do material nela empregado, da perfeição do seu acabamento ou da sua utilidade adicional; e c) tenha capacidade acima de 20 kg ou superior àquela em que o produto é comumente vendido, no varejo, aos consumidores. A embalagem será caracterizada como acondicionamento de apresentação quando não estiver enquadrada nas condições ora descritas. (RIPI/2010, art. 6º, caput, 1º) 11. Produto artesanal É considerado produto artesanal o que resultar do trabalho manual realizado por pessoa natural sem o auxílio ou a participação de terceiros assalariados e for vendido a consumidor diretamente ou por entidade da qual o artesão faça parte ou seja assistido por ela. Observe-se que, em alguns casos, se admite chamar de artesanais certas obras, mesmo que haja intervenção parcial de alguma máquina. Por outro lado, mesmo quando esse processo for repetido em numerosos exemplares, dificilmente se obterá absoluta identidade em todos eles, ao contrário do produto industrializado, em que uma eventual diferença constitui defeito de fabricação. (RIPI/2010, art. 7º, I; Parecer Normativo CST nº 94/1977) 12. Oficina Para que a operação realizada em oficina seja excluída do conceito de industrialização, a oficina deve ser entendida como o estabelecimento que empregue, no máximo, 5 operários, não disponha de capacidade superior a 5 kw, caso utilize força motriz, e no qual o trabalho preponderante seja aquele que contribuir para o preparo do produto (para formação de seu valor) a título de mão de obra, no mínimo, com 60%. Observe-se que são oficinas somente os estabelecimentos onde se realizam habitual e profissionalmente operações industriais, com as instalações relativamente reduzidas. Tendo em vista, ainda, o princípio da autonomia dos estabelecimentos, não se enquadram no conceito de oficina os departamentos ou as seções de estabelecimento industrial, ainda que, isoladamente, satisfaçam as condições exigidas. (RIPI/2010, art. 7º, II; Parecer Normativo CST nº 142/1975) 13. relação de interdependência entre empresas São consideradas interdependentes duas firmas: a) quando uma delas tiver participação na outra de 15% ou mais do capital social, por si, seus sócios ou acionistas, bem como por intermédio de parentes destes até o segundo grau e respectivos cônjuges, se a participação societária for de pessoa física; b) quando uma mesma pessoa fizer parte de ambas na qualidade de diretor ou sócio com funções de gerência, ainda que exercidas sob outra denominação; c) quando uma tiver vendido ou consignado à outra, no ano anterior, mais de 20%, no caso de distribuição com exclusividade em determinada área do território nacional, e mais de 50%, nos demais casos, do volume das vendas dos produtos tributados, de sua fabricação ou importação; d) quando uma delas, por qualquer forma ou título, for a única adquirente de um ou de mais de um dos produtos industrializados ou importados pela outra, ainda quando a exclusividade se refira a padronagem, marca ou tipo do produto; ou e) quando uma vender à outra, mediante contrato de participação ou ajuste semelhante, produto tributado que tenha fabricado ou importado. Não caracteriza a interdependência referida nas letras c e d a venda de matérias-primas e produtos intermediários destinados exclusivamente à industrialização de produtos do comprador. (RIPI/2010, art. 612) Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/ Fascículo 49 PB49-03
6 14. Estabelecimento industrial Estabelecimento industrial é o que executa qualquer uma das operações de industrialização referidas no item 9, de que resulte produto tributado, ainda que de alíquota 0% ou isento. (RIPI/2010, art. 8º) 15. estabelecimentos atacadistas e varejistas Para efeito de aplicação da legislação do IPI, considera-se: a) estabelecimento comercial atacadista o que efetuar vendas: a.1) de bens de produção, exceto a particulares, em quantidade que não exceda a normalmente destinada ao seu próprio uso; a.2) de bens de consumo em quantidade superior àquela normalmente destinada a uso próprio do adquirente; a.3) a revendedores; e b) estabelecimento comercial varejista o que efetuar vendas diretas a consumidor, ainda que realize vendas por atacado esporadicamente, considerando-se esporádicas as vendas por atacado quando, no mesmo semestre civil, o seu valor não exceder a 20% do total das vendas realizadas. (RIPI/2010, art. 14) 16. Sujeito passivo Sujeito passivo da obrigação tributária principal é a pessoa obrigada ao pagamento do imposto ou da penalidade pecuniária, considerando-se: a) contribuinte quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador; e b) responsável quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de expressa disposição de lei. Sujeito passivo da obrigação tributária acessória é a pessoa obrigada às prestações que constituam o seu objeto. (RIPI/2010, arts. 21 e 22) 17. Capacidade tributária A capacidade jurídica para ser sujeito passivo da obrigação tributária decorre exclusivamente do fato de se encontrar a pessoa nas condições previstas em lei, no RIPI/2010 ou nos atos administrativos de caráter normativo destinados a completá-lo, como dando lugar à referida obrigação. (RIPI/2010, art. 31) 18. Reincidência Caracteriza reincidência específica a prática de nova infração de um mesmo dispositivo, ou de disposição idêntica da legislação do imposto, ou de normas contidas em um mesmo capítulo do RIPI/2010, por uma mesma pessoa ou pelo sucessor dentro de 5 anos da data em que houver passado em julgado, administrativamente, a decisão condenatória referente à infração anterior. (RIPI/2010, art. 560) 19. Sonegação Sonegação é toda ação ou omissão dolosa tendente a impedir ou retardar, total ou parcialmente, o conhecimento por parte da autoridade fazendária: a) da ocorrência do fato gerador da obrigação tributária principal, sua natureza ou circunstâncias materiais; e b) das condições pessoais do contribuinte, suscetíveis de afetar a obrigação tributária principal ou o crédito tributário correspondente. (RIPI/2010, art. 561) 20. Fraude Fraude é toda ação ou omissão dolosa tendente a impedir ou retardar, total ou parcialmente, a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária principal ou a excluir ou modificar as suas características essenciais, com o intuito de reduzir o montante do imposto devido e evitar ou diferir o seu pagamento. (RIPI/2010, art. 562) 21. Conluio Conluio é o ajuste doloso entre duas ou mais pessoas, naturais ou jurídicas, que visa a qualquer dos efeitos da sonegação e da fraude. (RIPI/2010, art. 563) PB Manual de Procedimentos - Dez/ Fascículo 49 - Boletim IOB
7 22. Lançamento Lançamento é o procedimento destinado à constituição do crédito tributário, que se opera de ofício ou por homologação mediante atos de iniciativa do sujeito passivo da obrigação tributária, com o pagamento antecipado do imposto e a devida comunicação à repartição da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), observando-se que tais atos: a) compreendem a descrição da operação que lhe dá origem, a identificação do sujeito passivo, a descrição e a classificação do produto, o cálculo do imposto, com a declaração do seu valor e, sendo o caso, a penalidade prevista; e b) reportam-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e regem-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. (RIPI/2010, art. 181) N a Estadual ICMS Mostruário de mercadorias SUMÁRIO 1. Introdução 2. Conceito de mostruário 3. Desconsideração do conceito de mostruário 4. Emissão de notas fiscais 5. Mercadoria utilizada em treinamento 6. Retorno de mercadoria 7. Exemplificação 1. Introdução O Regulamento do ICMS do Estado da Paraíba (RICMS/PB), aprovado pelo Decreto nº /1997, art. 2º, I, determina que o imposto deve incidir nas operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive no fornecimento de alimentação e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares. Logo, sempre que o contribuinte, devidamente inscrito no Cadastro de Contribuintes do ICMS (CCICMS), circular com qualquer tipo de mercadoria, haverá incidência do imposto. Porém, há alguns tipos de operações que são beneficiadas por diferimento, suspensão, isenção etc. Para tanto, é necessário que a legislação traga expressamente tal previsão. No caso de remessas e retorno de mercadorias utilizadas como mostruário, a legislação paraibana não concede nenhum tipo de benefício. Dessa forma, essa operação é normalmente tributada, tendo em vista que o Regulamento do ICMS paraibano considera ocorrido o fato gerador do imposto no momento da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular. No entanto, a legislação estadual paraibana não estabeleceu procedimentos específicos a serem Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/ Fascículo 49 PB49-05
8 adotados no caso de mercadoria remetida como mostruário, motivo pelo qual fundamentaremos este procedimento no Ajuste Sinief nº 8/ Conceito de mostruário Considera-se operação com mostruário a remessa de amostra de mercadoria, com valor comercial, a empregado ou representante, desde que retorne ao estabelecimento de origem em 90 dias. Partindo deste conceito, o mostruário é caracterizado como mercadoria e está sujeito à tributação do ICMS e do IPI, se for o caso, necessitando de nota fiscal para a circulação das mercadorias. Nota O prazo de 90 dias previsto para o retorno da mercadoria de origem poderá ser prorrogado por igual período, a critério da Unidade da Federação de origem da mercadoria. (Ajuste Sinief nº 8/2008, cláusula terceira) 3. Desconsideração do conceito de mostruário Não se considera mostruário aquele formado por mais de uma peça com características idênticas, tais como mesma cor e mesmo modelo, espessura, acabamento e com numeração diferente. Na hipótese de produto formado por mais de uma unidade, tais como meias, calçados, luvas e brincos, somente será considerado mostruário se for composto apenas por uma unidade das partes que o compõem. (Ajuste Sinief nº 8/2008, cláusula terceira) 4. Emissão de notas fiscais Na saída de mercadoria destinada a mostruário, o contribuinte deverá emitir nota fiscal indicando como destinatário o seu empregado ou representante, que terá, além dos demais requisitos, as seguintes indicações: a) no campo Natureza da Operação : Remessa de mostruário; b) no campo do CFOP : o código ou 6.949, conforme o caso; c) no campo Destinatário : nome do vendedor ou de quem levar a mercadoria; d) no campo CNPJ : se for pessoa natural, usar o CPF; e) no campo Endereço : deve ser colocado o endereço do vendedor destinatário das amostras; f) no campo Dados do Produto : discriminar os produtos item por item; g) no campo Valor do ICMS : quando devido, calculado pela alíquota interna da Unidade da Federação de origem; h) no campo Informações Complementares : mercadoria enviada para compor mostruário de venda. O trânsito de mercadoria destinada a mostruário, em todo o território nacional, deverá ser feito com a nota fiscal mencionada, desde que a mercadoria retorne no prazo descrito no tópico 2. Ressalte-se que, numa eventual fiscalização de rua, o vendedor deve apresentar a nota fiscal das mercadorias e o documento que o identifique como representante comercial. (RICMS-PB/1997, art. 159; Ajuste Sinief nº 8/2008, cláusula quinta) 5. Mercadoria utilizada em treinamento Os procedimentos anteriormente mencionados aplicam-se na hipótese de remessa de mercadorias a ser utilizada em treinamentos sobre o uso das mesmas, devendo, na nota fiscal emitida, constar: a) como destinatário: o próprio remetente; b) como natureza da operação: remessa para treinamento; c) o valor do ICMS, quando devido, calculado pela alíquota interna da Unidade da Federação de origem; d) no campo Informações Complementares : os locais de treinamento. (Ajuste Sinief nº 8/2008, cláusula sexta) 6. Retorno de mercadoria No retorno das mercadorias que saíram a título de mostruário, o contribuinte deverá emitir nota fiscal relativa à entrada das mercadorias. (Ajuste Sinief nº 8/2008, cláusula sétima) 7. Exemplificação Exemplificamos com dados hipotéticos a forma de emissão de notas fiscais de remessa e retorno de mostruário realizada entre contribuintes, ambos localizados neste Estado PB Manual de Procedimentos - Dez/ Fascículo 49 - Boletim IOB
9 7.1 Remessa de mostruário Modelo de nota fiscal de remessa de mostruário Nota Todos os demais campos da nota fiscal deverão ser preenchidos de acordo com a legislação em vigor, haja vista que o modelo anterior é ilustrativo. Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/ Fascículo 49 PB49-07
10 7.2 Retorno de mostruário Modelo de nota fiscal de retorno de mostruário Nota Todos os demais campos da nota fiscal deverão ser preenchidos de acordo com a legislação em vigor, haja vista que o modelo anterior é ilustrativo. N PB Manual de Procedimentos - Dez/ Fascículo 49 - Boletim IOB
11 a IOB Setorial Federal Comunicação - Política postal internacional - Diretrizes e procedimentos A política postal internacional brasileira e as respectivas diretrizes e os procedimentos a serem aplicados no âmbito das organizações intergovernamentais e das relações entre o governo brasileiro e os governos dos demais países, no que se refere a temas postais, foram disciplinados pela Portaria MC nº 276/2013. A condução dos assuntos postais internacionais observará as diretrizes a seguir especificadas: a) estar alinhada à política externa brasileira; b) contribuir para o desenvolvimento do País, em especial do setor postal brasileiro; c) zelar pelo cumprimento dos compromissos internacionais assumidos pelo Brasil no âmbito postal; d) aprimorar as relações junto a países e organizações intergovernamentais em que o tema postal seja tratado, consolidando a presença brasileira no cenário internacional; e) zelar para que o serviço postal internacional seja prestado à sociedade brasileira em níveis adequados de qualidade, regularidade e preço; f) promover a internalização do conhecimento e da experiência internacionais em temas postais; e g) favorecer o diálogo e a cooperação permanentes, incluindo o compartilhamento de informações e o apoio técnico recíproco entre o Ministério das Comunicações (MC) e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), visando assegurar às delegações brasileiras as condições propícias para a adequada representação do País junto às organizações intergovernamentais. No cumprimento das diretrizes mencionadas, o MC envidará esforços junto aos demais órgãos do Poder Executivo e ao Poder Legislativo para, de forma célere, incorporar ao ordenamento jurídico nacional os acordos e tratados postais internacionais firmados pelo Brasil. Compete ao MC a condução da política postal internacional, especialmente: a) a interlocução com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), visando à atualização da política postal internacional e seu alinhamento com a política externa brasileira; b) a comunicação oficial com países e organizações intergovernamentais sobre temas postais; c) a definição do interesse brasileiro na participação dos trabalhos dos organismos postais intergovernamentais, por meio da composição dos seus órgãos permanentes; d) a indicação de representantes para compor os órgãos permanentes de organismos postais intergovernamentais e de candidaturas para ocupar postos eletivos, permanentes ou temporários nestes organismos; e) a formalização ou indicação, conforme o caso, da composição das delegações brasileiras junto a organizações intergovernamentais em que o tema postal seja tratado; f) a consolidação das análises de proposições e documentos para congressos, conselhos, comissões ou órgãos assemelhados de organismos postais intergovernamentais; g) as orientações para as delegações brasileiras que representarão o País nas organizações intergovernamentais em que o tema postal seja tratado; h) a definição da posição oficial do País; i) a apresentação de eventuais propostas de modificação dos atos dos organismos postais intergovernamentais; j) a colaboração com demais órgãos de governo em temas postais; e k) a coordenação de iniciativas de cooperação técnica na área postal desenvolvidas com países e organizações intergovernamentais, ressalvadas as competências da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e do MRE. A ECT compartilhará com o MC as informações necessárias, especialmente aquelas relativas a: Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/ Fascículo 49 PB49-09
12 a) instrumentos celebrados em âmbito internacional, excluídos os acordos de natureza comercial; e b) iniciativas dos organismos postais intergovernamentais financiadas pelos operadores postais das quais a ECT participe. As informações ora descritas deverão ser encaminhadas ao MC no prazo de até 30 dias, contados da data de formalização do ato. A posição oficial brasileira será definida pela ECT, sempre que o MC concluir que as matérias do Conselho de Operações Postais (COP) da União Postal Universal (UPU) tenham caráter operacional e sejam do interesse exclusivo de operadores postais designados. Respeitadas as competências do MRE, a representação do Brasil como país-membro de organizações intergovernamentais, em que o tema postal seja tratado, será exercida pelo MC, com a cooperação permanente da ECT. No âmbito do COP da UPU, a representação será exercida pela ECT, observadas as competências do MC. A ECT encaminhará ao MC relatório informativo de sua atuação nos trabalhos do COP da UPU, quando solicitado. Compete à ECT cooperar para a formulação e a execução da política postal internacional, e especialmente: a) promover a inserção internacional da empresa, prevista no marco regulatório vigente, de forma compatível com a política postal internacional; b) representar o Brasil no COP da UPU, observadas as competências do MC; c) definir a posição oficial brasileira nas matérias do COP da UPU, que tenham caráter operacional e sejam do interesse exclusivo de operadores postais designados; d) cumprir as obrigações decorrentes dos atos da UPU, na qualidade de operador postal designado; e) corresponder-se diretamente com os organismos postais intergovernamentais em questões técnicas de responsabilidade exclusiva dos operadores designados, bem como em iniciativas financiadas pelos operadores postais; f) propor ao MC a indicação de representantes para compor os órgãos permanentes de organismos postais intergovernamentais e de candidaturas para ocupar postos eletivos, postos permanentes ou temporários nestes organismos; g) indicar ao MC representantes para compor a delegação brasileira junto a organizações intergovernamentais em que o tema postal seja tratado; h) realizar as análises de proposições e documentos de assuntos de sua competência relativos a congressos, conselhos, comissões ou órgãos assemelhados de organismos postais intergovernamentais, compartilhando-as com o MC; e i) apresentar ao MC eventuais propostas de modificação dos atos dos organismos postais intergovernamentais. A cooperação técnica internacional em matéria postal será apoiada pelo MC e pela ECT com vistas a aprimorar as relações do Brasil com parceiros que apresentem boas perspectivas para a colaboração política, social, econômica e comercial, e observará o seguinte: a) no âmbito da cooperação recebida, deverão ser priorizadas iniciativas que garantam maior alcance dos resultados econômicos e sociais, em conformidade com as diretrizes definidas no art. 2º da Portaria MC nº 276/2013, dando preferência àquelas que possibilitem inovação e transferência de conhecimentos; e b) no âmbito da cooperação prestada, deverão ser priorizadas iniciativas de maior impacto e abrangência, que promovam desenvolvimento sustentável, ensejem maior efeito multiplicador e, sempre que possível, apresentem contrapartida efetiva das instituições envolvidas na implementação dos trabalhos previstos. A ECT participará da decisão quanto à viabilidade técnica e financeira de atendimento às iniciativas de cooperação que impliquem o uso de recursos da empresa ou que tenham impacto sobre aspectos estratégicos do negócio postal. (Portaria MC nº 276/2013) N PB Manual de Procedimentos - Dez/ Fascículo 49 - Boletim IOB
13 a IOB Comenta Municipal (João Pessoa) Redução da base de cálculo do ISS na prestação de serviços médicos O fato gerador do Imposto Sobre Serviços (ISS) é a prestação, por empresa ou profissional autônomo, com ou sem estabelecimento fixo, de serviços de qualquer natureza, enumerados em lei complementar de caráter nacional, desde que tais serviços não estejam compreendidos na competência dos Estados. Ou seja, somente pode ser cobrado ISS daqueles serviços (físicos ou intelectuais) previstos na lista que acompanha a legislação pertinente e que não estejam compreendidos na área do ICMS. Assim, observada a Lei Complementar nº 116/2003, inclusive quanto à lista de serviços, o Município de João Pessoa institui o ISS, descrevendo o seu fato gerador em lei ordinária municipal. A base de cálculo do imposto é o preço do serviço e, quando o imposto for calculado por alíquotas fixas, terá por base a Unidade Fiscal de Referência do Município de João Pessoa (UFIR-JP) vigente no mês do recolhimento. Considera-se preço do serviço tudo o que for devido, recebido ou não, em consequência de sua prestação, seja em moeda, bens, serviços ou direitos, inclusive a título de reembolso, reajustamento ou dispêndio de qualquer natureza, ainda que de responsabilidade de terceiros. Portanto, o imposto é parte integrante e indissociável do preço do serviço, constituindo o seu destaque nos documentos fiscais mera indicação para fins de controle e esclarecimento do tomador do serviço. O valor do imposto, quando cobrado em separado, integrará a base de cálculo. Ressalvado o disposto em leis complementares federais, ainda que a prestação de serviços envolva o fornecimento de mercadorias, as reduções de base de cálculo do ISS restringem-se às hipóteses previstas no Código Tributário Municipal de João Pessoa. Assim, esclarecemos que, nas prestações de serviços realizadas por hospitais, casas de saúde, maternidades, prontos-socorros, casas de repouso e recuperação, há redução da base de cálculo em 50%, desde que o estabelecimento do prestador possua, cumulativamente: a) pelo menos 5 leitos para internação de pacientes, que garantam atendimento básico de diagnóstico e tratamento; b) equipe clínica organizada e com prova de admissão e assistência permanente prestada por médicos; c) serviço de enfermagem e de atendimento terapêutico direto ao paciente, disponível 24 horas por dia; d) registros médicos organizados para observação e acompanhamento dos pacientes; e) classificação fiscal no Cadastro Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) na classe referente a Atividades de atendimento hospitalar ; f) quando se tratar de hospital, maternidade ou pronto-socorro: f.1) serviço de laboratório e radiologia; f.2) serviço de cirurgia ou parto; e f.3) centro ou unidade para tratamento intensivo; g) quando se tratar de casa de saúde ou casa de repouso e recuperação deverá haver serviço de atendimento psiquiátrico disponível 24 horas por dia. O benefício poderá ser estendido às clínicas e aos estabelecimentos congêneres com classificação fiscal no CNAE na classe de Atividades de atendimento hospitalar, desde que, atendendo a requerimento em processo administrativo regular, o contribuinte comprove as condições previstas em legislação. Será concedido regime especial de tributação por meio de portaria da Secretaria da Receita Municipal. Cabe lembrar que, aos contribuintes que, embora preencham as condições descritas anteriormente, possuam atividade secundária, o benefício fiscal será concedido apenas proporcionalmente ao faturamento da atividade principal. Sobre a base de cálculo reduzida, será aplicada a alíquota de 5%. (CTM/João Pessoa/2008, arts. 163 a 165, 171, 172 e 177) N Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/ Fascículo 49 PB49-11
14 a IOB Perguntas e Respostas ICMS Sped - EFD - Serviços de transporte 1) Os tomadores de serviços de transporte obrigados à Escrituração Fiscal Digital (EFD) precisam apresentar algum registro específico na EFD? Sim. Os tomadores de serviços de transporte estão obrigados à apresentação de registros específicos, quais sejam, os registros D100 (informações gerais sobre os documentos fiscais) e D190 (informações sobre o registro analítico dos documentos lançados no registro D100) sempre que receberem os seguintes documentos fiscais: a) Nota Fiscal de Serviço de Transporte, modelo 7; b) Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas, modelo 8; c) Conhecimento de Transporte de Cargas Avulso; d) Conhecimento de Transporte Aquaviário de Cargas, modelo 9; e) Conhecimento Aéreo, modelo 10; f) Conhecimento de Transporte Ferroviário de Cargas, modelo 11; g) Conhecimento de Transporte Multimodal de Cargas, modelo 26; h) Nota Fiscal de Serviço de Transporte Ferroviário de Cargas; i) Conhecimento de Transporte Eletrônico de Cargas, modelo 57. (Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008; Ato Cotepe/ICMS nº 14/2013; Guia Prático da EFD, versão ) Sped - EFD - Tabela de Informação Complementar 2) As informações prestadas no quadro Dados Adicionais do campo Informações Complementares das Notas Fiscais, modelo 1 ou 1-A, Avulsa, de Produtor e NF-e, deverão também constar na Tabela de Informação Complementar do Documento Fiscal? Sim. As informações prestadas no quadro Dados Adicionais do campo Informações Complementares das Notas Fiscais, modelo 1 ou 1-A, Avulsa, de Produtor e NF-e, deverão também constar na Tabela de Informação Complementar do Documento Fiscal. Na Escrituração Fiscal Digital (EFD), essas informações serão prestadas no campo 02 do registro C110 e no campo 02 do registro O registro C110 dispõe sobre informação complementar da nota fiscal (código 01, 1B, 04 e 55) e tem por objetivo identificar os dados contidos no campo Informações Complementares da nota fiscal, que sejam de interesse do Fisco, conforme dispõe a legislação. Essas informações devem constar no registro Tabela de Informação Complementar. O registro 0450 dispõe sobre a Tabela de Informação Complementar do Documento Fiscal e tem por objetivo codificar todas as informações complementares dos documentos fiscais, exigidas pela legislação fiscal. Essas informações constam no quadro Dados Adicionais dos documentos fiscais. (Ajuste Sinief nº 2/2009; Ato Cotepe/ICMS nº 14/2013; Guia Prático da EFD, versão ) Sped - EFD - Vendas com cartão de crédito e de débito 3) As operações de vendas em que o recebimento tenha ocorrido com cartão de crédito e/ou de débito, no caso de contribuinte obrigado à Escrituração Fiscal Digital (EFD), devem ser informadas em algum registro? Sim. O contribuinte obrigado à EFD deve informar as suas operações de vendas, em que o recebimento tenha ocorrido com cartão de crédito e/ou de débito, no registro Total das operações com cartão de crédito e/ou débito. O registro 1600 tem por objetivo identificar o valor total das operações de vendas realizadas pelo declarante cujo recebimento pelo estabelecimento tenha ocorrido por cartão de débito ou de crédito, discriminado por administradora, devendo ser informado o valor total dos recebimentos em cartões, excluídos os estornos, cancelamentos e outros recebimentos não vinculados à sua atividade operacional. A obrigatoriedade desse registro deve ser verificada junto a cada uma das Unidades da Federação. (Ajuste Sinief nº 2/2009; Ato Cotepe/ICMS nº 14/2013; Guia Prático da EFD - Versão ) ICMS/PB EFD - Retificação 4) É possível retificar a Escrituração Fiscal Digital (EFD) depois do envio do arquivo digital? Se há a possibilidade, qual é o prazo? Sim. O contribuinte pode retificar a EFD, até o dia 10 do mês subsequente ao encerramento do mês de apuração, independentemente de autorização da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz). A retificação será efetuada mediante envio de outro arquivo para PB Manual de Procedimentos - Dez/ Fascículo 49 - Boletim IOB
15 substituição integral do arquivo digital da EFD regularmente recebido no ambiente nacional do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). (Decreto nº /2009, art. 13, I, 1º) Isenção do imposto - Serviço de transporte 5) Há isenção de ICMS nas prestações de serviço de transporte dentro do Estado da Paraíba? Não. A isenção de ICMS para o serviço de transporte era concedida até A partir dessa data, passa a ser tributado normalmente. (RICMS-PB/1997, art. 6º, XXXVIII) Simples Nacional - Faixas de receita bruta - Sublimite - Exercício de ) Qual o limite de receita bruta, para efeito de recolhimento do imposto pelos contribuintes da Paraíba, na forma do Simples Nacional em 2014? Fica adotado, no Estado da Paraíba, durante o exercício de 2014, no que se refere ao recolhimento do ICMS, todas as faixas de receita bruta anual estabelecidas nos Anexos I a V da Lei Complementar nº 123/2006 até o limite de R$ ,00. (Decreto nº /2013) Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/ Fascículo 49 PB49-13
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