PRODUÇÃO DE VÍDEOS DIDÁTICOS PARA O ENSINO DE QUÍMICA 1
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- Linda Tuschinski Barroso
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1 PRODUÇÃO DE VÍDEOS DIDÁTICOS PARA O ENSINO DE QUÍMICA 1 MARTINS, Márcio Marques 2 ; ATHAYDE, Ana Paula Greff 3 ; PEDROLO, Caroline Rufino 4 ; HONNEF, Daniela Stefani 5 ; RAGUZZONI, Luciano Mello 6 ; SOUZA, Nathália Melo 7 ; PROCHNOW, Thais 8 1 Trabalho da área de Ensino _PIBID / UNIFRA 2 Professor Doutor Adjunto do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil 3 Professora da Escola Básica Estadual Érico Veríssimo, Santa Maria, RS, Brasil 4 a 8 Acadêmica do Curso de Química Licenciatura Plena (UNIFRA), Santa Maria, RS; Brasil marsjomm@gmail.com; anagreff@yahoo.com.br RESUMO O uso de tecnologias é uma alternativa para incrementar as atividades de sala de aula. Todavia a simples disponibilidade dessas tecnologias não garante que elas resultarão em melhoria da qualidade de ensino. O grupo de trabalho do Subprojeto PIBID / UNIFRA / QUÍMICA, da Escola Básica Estadual Érico Veríssimo, lançou-se ao desafio de produzir vídeos didáticos sobre a Cinética das reações químicas, fazendo uso de materiais de laboratório comuns e equipamentos amadores. Palavras-chave: Ensino de química ; Vídeos didáticos; Tecnologia; PIBID; SEPE. 1. INTRODUÇÃO Muito se ouve falar sobre a inserção de recursos tecnológicos em sala de aula para auxiliar o ensino. Todavia, a forma como são empregados esses recursos deve ser analisada para que não se caia no conservadorismo. Segundo Cysneiros (1999) o fato de se treinar professores em cursos intensivos e de se colocar equipamentos nas escolas não significa que as novas tecnologias serão usadas para a melhoria da qualidade do ensino. As tecnologias devem ser usadas para ampliar os recursos didáticos do professor e despertar o interesse do aluno. É ainda comum encontrar-se escolas, mais frequentemente na rede pública, que não dispõem de laboratórios para aulas experimentais. Desta forma, o uso de ferramentas como, por exemplo, vídeos didáticos, é uma boa alternativa para ilustrar o conteúdo e atenuar a carência de recursos. Assim, o subgrupo PIBID/ UNIFRA QUÍMICA lançou-se ao desafio de produzir vídeos didáticos sobre reações químicas utilizando materiais simples, equipamentos amadores e conhecimentos básicos de informática. Foram selecionadas reações com transformações bastante visíveis, como, por exemplo, mudança de cor e efervescência. O 1
2 conteúdo contemplado foi Cinética Química abordado na segunda série do ensino médio. 2. TÉCNICAS E MATERIAIS As seguintes reações foram utilizadas nos vídeos didáticos: reações que ilustram os fatores que afetam a velocidade de reações químicas: 2.1. Catalisador: escolheu-se a reação de decomposição do peróxido de hidrogênio, pois a formação de gás mostra claramente a diferença na velocidade da reação sem e com o catalisador iodeto de potássio. Materiais necessários: 30mL de água oxigenada (preferencialmente 30 volumes), 2g de iodeto de potássio e corante alimentar (opcional), proveta. Técnica: em uma proveta colocar a água oxigenada (e o corante); após acrescentase o iodeto de potássio. Reação observada: 1ª etapa: H 2 O 2 (aq) + I - (aq) H 2 O (l) + IO - (aq) 2ª etapa: H 2 O 2 (aq) + IO - (aq) H 2 O (l) + O 2 (g) + I - (aq) Geral: 2 H 2 O 2 (aq) 2 H 2 O (l) + O 2 (g) Na ausência do catalisador a decomposição do peróxido de hidrogênio é imperceptível. O catalisador acelera a formação do gás oxigênio, causando efervescência. Figura 1: Imagem do vídeo Catalisador (PIBID / UNIFRA / subgrupo Química). 2
3 2.2. Concentração: escolheu-se a reação entre bicarbonato de sódio e ácido clorídrico, na qual a formação de gás carbônico mostra claramente a diferença na velocidade da reação utilizando-se uma solução concentrada e outra diluída de ácido clorídrico. Materiais necessários: bicarbonato de sódio, solução aquosa de ácido clorídrico 1M, solução de ácido clorídrico 0,1M, dois béqueres. Técnica: colocar em cada béquer uma colher de chá de bicarbonato de sódio; em um béqueres verter 20mL da solução concentrada de ácido, no outro, 20mL da solução diluída. Reação observada: NaHCO 3 (s) + HCl (aq) NaCl (aq) + H 2 O (l) + CO 2 (g) No béquer com a solução concentrada há efervescência, pois a formação de gás carbônico é mais rápida. Figura 2: Imagem do vídeo Concentração (PIBID / UNIFRA / subgrupo Química). 3
4 2.3. Superfície de contato: escolheu-se a reação entre mármore (carbonato de cálcio) e ácido clorídrico, na qual a formação de gás carbônico mostra claramente a diferença na velocidade da reação utilizando-se o mármore em pedaço ou em pó. Materiais necessários: mármore, solução aquosa de ácido clorídrico 1M, dois béqueres. Técnica: colocar em um béquer um pedaço de mármore e em outro, pó de mármore; verter 20mL de solução de ácido clorídrico em cada béquer. Reação observada: CaCO 3 (s) + 2 HCl (aq) CaCl 2 (aq) + H 2 O (l) + CO 2 (g) No béquer com o mármore em pó há efervescência, pois a formação de gás carbônico é mais rápida. Figura 3: Imagem do vídeo Superfície de contato (PIBID / UNIFRA / subgrupo Química). 4
5 2.4. Temperatura: escolheu-se a reação entre permanganato de potássio e peróxido de hidrogênio, na qual o desaparecimento da cor violeta mostra o acontecimento de reação. Materiais necessários: solução aquosa de permanganato de potássio 0,1M, água oxigenada 10 volumes, solução aquosa de ácido sulfúrico, dois béqueres. Técnica: colocar 30mL de permanganato de potássio em cada béquer; levar um béquer ao banho-maria até chegar a 70ºC e outro ao banho de gelo até chegar a 0ºC; adicionar algumas gotas de solução de ácido sulfúrico às amostras; verter 10mL de água oxigenada a cada béquer, simultaneamente. Reação observada: 2 KMnO 4 (aq) + 5 H 2 O 2 (aq) + 3 H 2 SO 4 (aq) 2 MnSO 4 (aq) + K 2 SO 4 (aq) + 5 O 2 (g) + 8 H 2 O (l) No béquer a 70 C, a cor violeta desaparece mais rapidamente uma vez que a temperatura mais alta acelera a reação. 3. METODOLOGIA Figura 4: Imagem do vídeo Temperatura (PIBID / UNIFRA / subgrupo Química). Os vídeos didáticos foram gravados com uma câmera digital amadora Sony W320 e posteriormente copiados para um computador para serem editados. A edição foi realizada com o programa Windows Movie Maker 2.6. Uma vez que a edição foi concluída, os vídeos foram postados no site YouTube para possibilitar o acesso. 5
6 Figura 5: Projeto do vídeo didático editado no programa Windows Movie Maker 2.6 Figura 6: Vídeo didático postado no YouTube 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Foram produzidos quatro vídeos didáticos que podem ser acessados pela internet nos seguintes links: 6
7 Temperatura: Concentração: Catalisador: Superfície de contado: A produção desses vídeos didáticos constituiu uma atividade vinculada a projetos mais amplos, ainda não concluídos, como, por exemplo, o desenvolvimento de conteúdo digital para o espaço virtual Mais Unifra, sobre Fatores que Afetam a Velocidade das Reações. 5. CONCLUSÃO Essa atividade mostrou que é possível, ainda que com poucos recursos e conhecimentos técnicos limitados, produzir materiais didáticos interessantes que podem incrementar o cotidiano escolar. Além disso, sinaliza que o uso de tecnologias deve ser tanto adotado por professores, quanto encorajado aos alunos, visto que o mundo do trabalho exige o domínio de recursos tecnológicos. REFERÊNCIA CYSNEIROS, Paulo Gileno, Novas Tecnologias em Sala de Aula: Melhoria de Ensino ou Inovação Conservadora, Informática Educativa UNIANDES, Colombia, 1999, vol. 12, nº 1, p
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