Márcio Roberto Vieira Ramos 1 Universidade Estadual de Londrina GT6: Poder, Política e Estado.

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1 DITADURA VARGUISTA E OS ATUAIS GOVERNOS BRASILEIROS: UMA ABORDAGEM TEÓRICA DOS CONCEITOS DE REVOLUÇÃO PASSIVA, HEGEMONIA, BLOCO NO PODER, FORÇA E CONSENSO. Márcio Roberto Vieira Ramos 1 Universidade Estadual de Londrina GT6: Poder, Política e Estado. Resumo: Este presente trabalho tem por objetivo propor uma discussão sobre alguns governos no Brasil, como o de Getúlio Vargas e o governo do Partido dos Trabalhadores (PT) representado na figura de Luis Inácio Lula da Silva e o atual governo da Presidente Dilma Rousseff, abordando alguns elementos desenvolvidos pelos pensadores Antonio Gramsci, Nicos Poulantzas e Armando Boito Jr., como o conceito de revolução passiva, hegemonia, bloco no poder, força e consenso, acrescentando estudos políticos dos mesmos na tentativa de examinar os movimentos sociais desses períodos. O estudo adotará elementos históricos para uma sequente análise sociológica do tema. A pesquisa se deu como avaliação de uma disciplina do curso de Pós-Graduação de Ensino de Sociologia da Universidade Estadual de Londrina, turma 2013, ao qual, tínhamos como objetivo trabalhar com vários autores ligados a temática de Estado, Política, Poder entre outros debates. No total lecionarem cinco docentes da área da Ciência Política que apresentaram diversos estudiosos como o Gramsci, Poulantzas e Boito Jr., utilizados para o desenvolvimento do artigo. Os governos abordados na discussão não foram escolhidos aleatoriamente, pois partindo do viés da revolução passiva, hegemonia, bloco no poder, força e consenso, são conceitos presentes em várias esferas governamentais. No Brasil se mostrou de forma latente no exercícios e ações políticas de Vargas, assim como em posições políticas tomadas pelo governo do Partido dos Trabalhadores (PT), desde a eleição do Lula até a atual gestão de Dilma. Fato que tanto antes, durante e certamente depois desses governos e governantes, os elementos de contenção das lutas dos trabalhadores, das classes subalternas pelos seus direitos estão presentes nas políticas praticadas pelos que dirigem a nação, os que estabelecem a ordem e desfrutam do suor de quem realmente sustenta o país. No entanto, os conceitos abordados na pesquisa ajudam a compreender que muitas vezes as ações tomadas pelos governantes que visam atender as classes mais pobres da nação, ou defender direitos trabalhistas, são formas de manter a hegemonia da classe dominante, manter o bloco no poder, deixando inerte as lutas vindas de baixo, das classes dos dominados, que através das persuasões e das forças dos 1 Graduado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Londrina. Pós-Graduando em Ensino de Sociologia Pela Universidade Estadual de Londrina. warriors_mrtc@hotmail.com 1

2 líderes do Estado, acabam por consentir de forma consciente e coerciva com as propostas impostas pelos chefes de Estado. Através da prática desenvolvida na disciplina do curso, também foi possível uma breve análise das alianças feitas pelos governos brasileiros com as políticas, empresas, bancos e lideranças internacionais, mantendo a exemplo, os bancários no bloco no poder como aborda Armando Boito Jr.; nas análise do governo de Fernando Henrique Cardoso e o de Lula e Dilma do PT. Os três autores utilizados na discussão propõe o entendimento da forma de domínio das classes dominantes através de seus conceitos, que nos remete à analisar como suas políticas podem até certa forma atender as classes dominadas, mas na realidade buscam manter a hegemonia de seus líderes, que de forma oculta ou forçada, controlam as classes vindas de baixo. Outra questão pertinente nessa análise parte da ideia de pensar nos movimentos civis ditos sociais ocorridos no Brasil em 2013, ao qual, demonstrou o descontentamento da população com a atual gestão governamental e as suas práticas políticas. A população saiu as ruas de várias cidades brasileiras no anseio de mudanças sociais, que atendas as reivindicações dos pobres e dos trabalhadores. De certa forma o presente trabalho procura demostrar através dos estudiosos e seus conceitos apresentados como em um país como o Brasil, ao longo de sua história, os governos usaram de recursos para manter-se no poder, manter a hegemonia e o domínio através de suas artimanhas políticas, mesmo que algumas ações no âmbito político buscassem atender as classes desfavorecidas como exemplo o bolsa família do governo federal, sendo uma política pública que visa esse atendimento social aos desfavorecidos. Palavras-chave: Revolução; hegemonia; bloco no poder. Introdução: Famoso com o seguinte slogan pai dos pobres, Vargas (populismo), durante sua trajetória política passa por várias fases como o Governo Provisório ( ), o Governo Constitucional ( ) e o Estado Novo ( ). O Governo Provisório foi caracterizado por alguns como uma revolução burguesa ou da classe média e por outros como golpe militar. Governo com caráter centralizador e intervencionista, articulando com os interesses do burguês industrial, das oligarquias rurais, militares e trabalhadores, atendendo interesses econômicos e praticando uma política de compromisso, permitindo importantes mudanças no Brasil como a criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. O Governo Constitucional foi o período em que Getúlio Vargas governou constitucionalmente o país, período pós Revolução de Exatamente em 16 de julho de 1934, terminou o trabalho da Assembléia e foi promulgada a nova constituição do Brasil que adotam 2

3 alguns elementos importantes para o debate. Os movimentos de massa se mostraram mais presentes, com conotações ideológicas radicais, a exemplo temos a Ação Integralista Brasileira de cunho fascista criada em 1932 por Plínio Salgado e a Aliança Nacional Libertadora apoiada pelo partido comunista. Estado Novo ou Governo Ditatorial ( ), período em que Vargas institui uma nova constituição, possui apoio dos militares, cria a DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) instrumento de censura, proíbe greves, exílio dos opositores entre outras características desse governo. O governo do Partido dos Trabalhadores (PT) se deu a partir 2002 com a eleição de Luis Inácio Lula da Silva até os tempos atuais com a eleição de Dilma Rousseff. Assim como Vargas, a imagem de Lula foi associada ao populismo, como um governo que atenderia as demandas das classes mais pobre do país, representante sobre tudo das lutas e dos direitos dos trabalhadores, cortejada pelos movimentos de esquerda na América Latina, como um avanço dos movimentos populares. O governo de Lula representava um governo para os trabalhadores e os pobres, com políticas distributivas e incentivos ao consumo por parte das massas, Lula amplia o crédito ao consumidor e ao mutuário. No entanto o que ocorreu foi uma continuidade do governo neoliberal do FHC do que um governo pós neoliberal que o governo do PT propunha. Dilma por sua vez antes de assumir o poder em 2012, em sua campanha eleitoral, propunha um governo que expandiria e fortaleceria a democracia política, reduzir as desigualdades e atenção especial aos trabalhadores. Através dos estudos de Antonio Gramsci, Nicos Poulantzas e Armando Boito Jr., podemos fazer uma análise sobre o conceito de Revolução Passiva, hegemonia, bloco no poder, força e consenso, considerar elementos mascarados durante esses governos, que reflete de certa forma até hoje no atual governo de Dilma Rousseff. 1. Uma breve definição de revolução passiva, hegemonia, bloco no poder, força e consenso, segundo Antonio Gramsci e Nicos Poulantzas. Gramsci desenvolve seu conceito de Revolução Passiva a partir de seu estudo sobre o Estado burguês Italiano, da transição do capitalismo italiano ao capitalismo monopolista, apontando o fascismo como forma de Revolução Passiva, escreve na obra O Risorgimento de 1926, escrito enquanto se encontrava em cárcere. 3

4 Também denominado como Revolução restauração ou transformismo o conceito de Revolução Passiva do autor refere-se ao processo de incorporação por parte do grupo hegemônico, dominante, de reivindicações dos grupos subordinados ou dominados, desde que os mesmos não ameacem sua hegemonia atual e sejam neutralizados. Caracterizado como forma de revolução burguesa, onde é excluído a ação radical dos subordinados, os que decorrem de baixo, de seu momento de ruptura, trata-se em geral de uma exclusão popular, ou seja, sem a participação das massas. A Revolução Passiva é uma reação das classes dominantes frente às pressões impostas pela classe de dominados, aos movimentos sociais surgidos de baixo, capaz de impor uma nova postura as classes dominantes. Essa postura se da através do acolhimento de certa parte das reivindicações que vem de baixo, dos chamados dominados, na busca de novas modificações de suas condições. Trata-se de uma reação a possibilidade de uma transformação efetiva e radical vindas de baixo, ou seja, a restauração. Quando demandas das classes populares são atendidas através de concessões por parte da classe dominante é caracterizado como renovação. Gramsci afirma que o atendimento de certas reivindicações populares possui a finalidade principal de conservação dos fundamentos da velha ordem, ou seja, seu objetivo é manter a hegemonia. Segundo o autor, hegemonia significa a relação de domínio de uma classe social sobre o conjunto da sociedade, no campo da ética e da política, conquista da mente e do poder, uma combinação de direção moral, política, cultural e intelectual, essa hegemonia é revestida de domínio e coerção. A hegemonia que Gramsci descreve é caracterizada pela força e consenso, denominada pelo autor da seguinte forma: A força são as instituições políticas, jurídicas e o aparato militar, enquanto o consenso é a cultura, liderança ideológica, formada por um conjunto de valores morais e regras de comportamento. (GRAMSCI, 2012). Portanto, hegemonia para Gramsci é uma combinação de direção político, moral, cultural e intelectual com domínio exercido através do consentimento e da força, da ordem e da concessão entre as classes, blocos de classes e frações de classes. Sua forma ativa se da como vontade coletiva, ou se manifesta de forma passiva, com o apoio disperso dos grupos dominantes, geralmente dirigentes, constrói-se a partir da sociedade civil e as diversas instituições nela existente, sendo o Estado instrumento primordial para sua realização, consolidação e reprodução. 4

5 Toda essa relação denomina o bloco no poder, a articulação hegemônica ligada à estrutura e superestrutura da sociedade, que se baseia na cultura, que através da aliança de classes e frações de classe, efetivada a partir de conquista do Estado, ou o poder de Estado, concretizando tal hegemonia como combinação de direção e dominação. A classe dominante para se tornar hegemônica, para garantir seus interesses gerais com apoio ativo ou passivo das classes dominadas, subalternas, deve conceder concessões econômicas, dentro dos limites onde possa controlar e manter a direção sobre as classes dominantes, controlando os movimentos sociais mais radicais. Nicos Poulantzas, define o bloco no poder como a expressão da configuração datada das relações entre as classes dominantes em seus interesses no Estado capitalista, uma unidade contraditória entre distintas classes ou frações de classes, sob a hegemonia no seu interior, pela capacidade de liderança em relação aos interesses econômicos, políticos e ideológicos. Sendo um instrumento fundamental para decifrar a significação real das práticas políticas de classe, bem como as suas relações com os partidos que operam na cena política e as suas relações com a fração política detentora do aparelho do Estado. Poulantzas avalia que o Estado gerencia os interesses comuns a todas as classes, dominantes e dominados, para ele o Estado desorganiza as classes dominadas e organiza as classes dominantes, constitui a burguesia como classe politicamente dominante, entretanto, a natureza de classe do Estado não é absoluta nem homogênea, mas relacional, implicando ao mesmo tempo a inscrição permanente das classes dominadas na própria estrutura material do Estado. A teoria que o autor desenvolve das classes, procura trabalhar as diferentes práticas econômicas, políticas e ideológicas das classes sociais que também podem ter oposições entre si, com exceção dos momentos em que na conjuntura houver um conflito aberto entre as classes para mudar o modo de produção dominante de uma formação social. Em sua obra Poder político e classes sociais, Poulantzas define as características do Estado Capitalista relacionando com as classes sociais e seus interesses, destaca que no Estado capitalista existe uma autonomia especifica, própria que reflete na luta política e econômica com uma direção de caráter hegemônica, ou seja, uma fração pequena que representa os interesses políticos das classes que estão no domínio. Incluso nesse Estado capitalista, os interesses econômicos são garantidos pelo mesmo, conforme a dominação hegemônica das classes dominantes, ou seja, a constituição política das classes dominantes, na relação com esse Estado, com representativas de um interesse geral do povo. 5

6 Poulantzas afirma que em relação aos interesses gerais populares, ocorre uma noção ideológica no Estado capitalista, visto que existe um consentimento por parte do povo, a classe dominada. Dentro desse Estado capitalista, nos limites compatíveis com os interesses políticos e dominação hegemônica das classes dominantes, as classes dominadas possuem algumas garantias de interesses econômicos, impostas pelas lutas políticas e econômicas, no entanto, as classes dominantes visam desorganizar a política das classes dominadas e manter sua hegemonia, no bloco do poder. Quando são atendidas as reivindicações das classes dominadas, frustra a possibilidade de revolução social, perpetuando a dominação da burguesia. Segundo o autor, a luta econômica é uma luta política, as reivindicações das classes dominadas podem ser satisfeitas desde que compatíveis aos interesses das classes dominantes e sem questionamento do poder do Estado Capitalista, a autonomia do político pode permitir a satisfação de interesses econômicos de certas classes dominadas, limitando o poder econômico das classes dominantes. O Estado capitalista possui por características a representação dos interesses gerais do povo nação, podendo fazê-lo sem atingir o poder político, a relação de hegemonia depende tanto das forças em luta como das forças do Estado. Poulantzas em seus estudos afirma que o poder político nesse Estado baseia-se em um equilíbrio instável de compromisso, pois pode sustentar certos interesses das classes dominadas sem que atinja o plano dos interesses políticos, sem por em questão o poder político, mantendo o compromisso, o equilíbrio e a instabilidade. No Estado capitalista é possível uma política social que atenda as demandas da classe dos dominados, possibilitado pela própria autonomia do poder político institucionalizado, sem ameaças ao seu poder político ou das classes dominantes. Segundo o autor, na formação capitalista, as classes dominantes se apropriam da ideologia no campo jurídico político, de seu discurso, para manter sua hegemonia, as ideologias jurídico político das classes dominantes ocultam o seu conteúdo político de classe de uma maneira particular. O próprio conceito de hegemonia possui caráter ideológico do capitalismo dominante. Seguindo esta posição teórica, ao caracterizar o modo de produção capitalista, Poulantzas trata do bloco no poder que denomina como sendo a adesão de diferentes interesses das frações da burguesia. Atribuiu-se a esse conceito de bloco no poder, associado à existência da estrutura jurídico política capitalista, o sentido de prática política material da burguesia enquanto classe virtual, ou 6

7 seja, que existe apenas de modo predeterminado e contém todas as condições essenciais à sua realização, fato este que justificaria a existência de diferentes interesses entre as frações, assim como a autonomia relativa do Estado em face de alguns desses interesses sem que exista a ruptura da unidade. 2. O GOVERNO PROVISÓRIO DE VARGAS: AS LEIS TRABALHISTAS E A REVOLUÇÃO PASSIVA. Durante sua carreira política Getúlio Vargas passa por varias fases para chegar ao poder como o governo provisório no pós Revolução de 30, período em que o poder foi entregue a Vargas chefe político dessa Revolução, uma nova elite que controlava os gestores populares a margem do poder, seu governo se estendeu até 1945 no fim de sua fase ditatorial ( ), em meio a essas etapas ocorreu o governo provisório ( ). No dia 16 de julho de 1934, foi promulgada a nova Constituição do Brasil, como pontos principais se destacam a adoção do voto secreto, voto feminino, medidas protecionistas, além dos direitos trabalhistas. A constituição de 1934 estabelecia que, após a promulgação, o primeiro presidente da República seria eleito de forma indireta, pelos membros da Assembleia Constituinte, Getúlio Vargas foi o vitorioso, iniciando seu mandato constitucional. Nessa fase do período Getulista dois grupos políticos, com ideologias totalmente diversas, destacaram-se na vida pública brasileira, os integralistas de cunho nazi-facista e os aliancionistas que eram contrários ao integralismo e de cunho revolucionário comunista, outra grande preocupação do governo de Vargas e seus aliados. Pressionado por sindicatos representantes da classe trabalhadores, que reivindicavam direito e melhorias para suas condições, o governo provisório de 1934 criou alguns direitos trabalhistas fundamentais como salário mínimo, jornada de trabalho não superior a oito horas, proibição do trabalho de menores de quatorze anos, férias anuais, indenização na demissão sem justa causa entre outros. Foi através dessas leis que visava atender os anseios da classe trabalhadora. Porém, impôs uma legislação sindical corporativa de inspiração fascista que atrelava os sindicatos ao aparato estatal e liquidava com a autonomia, Getúlio Vargas se destaca como o protetor das classes desfavorecidas. Uma forma de acalmar os anseios das camadas populares e atender suas reivindicações criou as leis trabalhistas confirmadas no governo constitucional de

8 Através desses fatos ocorridos no período provisório e constitucional, a constituição dos direitos trabalhistas, podemos fazer uma análise baseada nos estudos do italiano Antonio Gramsci e o seu conceito de Revolução Passiva. O conceito de Revolução Passiva, Gramsci utiliza para compreender o Estado burguês italiano, para definir os traços fundamentais da passagem do capitalismo italiano para etapa de capitalismo monopolista e para apontar o fascismo como forma de revolução passiva. Em nosso país, o conceito de Revolução Passiva enfatiza a predominância do instante político, ultrapassando as visões meramente economicistas que dominaram as discussões no Brasil. Para entender essa ralação com o Brasil, vemos que a política de Vargas, com seu caráter repressivo e ideológico de tipo fascista, não poupou os comunistas, que de certa forma incomodava a elite dominante da época. Nesse período, todavia, também chamado de Estado Novo, ergueu-se uma acelerada industrialização do país contando com o apoio industrial da burguesia nacional e internacional e de parte da camada militar. O povo reivindicava seus direitos e os sindicalistas de vertente socialistas, associavam-se para buscarem soluções aos problemas apresentados durante essa fase do governo Vargas. Para abrandar os aspirações dos chamados dominados e atender as suas exigências, Getúlio faz uso de Revolução Passiva ao promulgar um conjunto de leis de proteção ao trabalho ao mesmo tempo em que controlava os sindicatos com uma legislação sindical. O governo de Getúlio Vargas se enquadrava conceito de revolução passiva pelo fato de, ao mesmo tempo, proteger seus interesses, ou melhor, os interesses da classe dominante ativa, com as leis trabalhistas atende, reivindicações da classe dominada passiva, exercendo o controle do Estado Nação, mantendo sua hegemonia, o bloco no poder, através da força e consenso. 3. GOVERNO DO PARTIDO DOS TRABALHADORES E SUAS AÇÕES POLÍTICAS. O governo do PT entra no poder em 2003 com o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva e atualmente é representado pela presidente Dilma Rousseff e uma breve analise de alguns feitos se faz necessário para melhor compreender os conceitos dos autores. A vitória de Lula, do Partido dos Trabalhadores, seria em tese a vitória dos trabalhadores e dos pobres, o governo buscou o crescimento sustentável, ajuste definitivo das contas públicas, ampliação do crédito ao consumidor e ao mutuário, programas de transferência de renda e políticas públicas de contenção e erradicação das desigualdades sociais ou políticas compensatórias. Em 8

9 relação ao trabalho, a valorização do salário mínimo, redução da jornada de trabalho, criação da FNT (Fórum Nacional do Trabalho). Dilma Rousseff em sua campanha eleitoral em 2010 desenvolveu propostas para seu governo denominado 13 compromissos programáticos Dilma Rousseff para debate na sociedade brasileira ao qual vale destacar algumas como: Expandir e fortalecer a democracia política, econômica e socialmente. Crescer mais, com expansão do emprego e da renda, com equilíbrio macroeconômico, sem vulnerabilidade externa e desigualdades regionais. Erradicar a pobreza absoluta e prosseguir reduzindo as desigualdades. Promover a igualdade, com garantia de futuro para os setores discriminados na sociedade. O Governo Dilma será de todos os brasileiros e brasileiras e dará atenção especial aos trabalhadores. Universalizar a saúde e garantir a qualidade do atendimento do SUS. Prover as cidades de habitação, saneamento, transporte e vida digna e segura para os brasileiros. Garantir a segurança dos cidadãos e combater o crime organizado. Essas propostas viabilizam atender as classes menos favorecidas que dependem do Estado para as principais necessidades como saúde, moradia, trabalho entre outros. (ROUSSEFF, PT, 2010). Dadas essas informações, é de se pensar que o governo do PT possa ser apenas continuação do governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso, pois os interesses hegemônicos da fração bancário financeiro nacional e internacional são mantidos, Armando Boito Jr. afirma: [...] O governo Lula representa uma novidade: sem romper, até aqui, com hegemonia do grande capital financeiro internacional, Lula, promoveu a ascensão política da grande burguesia interna brasileira no interior do bloco no poder. (BOITO, 2007). Essa passagem mostra os interesses do grande capital financeiro, ou seja, fração da burguesia, mostra também o crescimento das empresas do setor bancário no governo Lula, hegemonia do capital financeiro, ou vulgarmente dizendo: fisiologismo. Portanto é de se pensar um governo que propõe uma vertente de política que atenda as classes dominadas, com políticas públicas em favor dos trabalhadores e dos pobres, em seu decorrer, toma atitudes que mantém a hegemonia da classe dominante no bloco do poder. Isso nos remete a uma análise dos atuais movimentos civis que estão ocorrendo no Brasil. Presenciamos em vários meios de comunicação, notícias de levantes populares em diversas cidades do país, milhares de pessoas de idades diferentes levantando bandeiras, entoando cantos e gritos, marchando em prol de suas revindicações, ou as revindicações que acreditam ser de interesse comum, algumas pessoas um pouco mais radical como se noticiou geraram destruição ao patrimônio público e privado, mas que trazem de igual o descontentamento com a atual gestão política e com a situação da população brasileira. 9

10 Vemos que os atuais acontecimentos ocorridos no Brasil relacionados às questões de movimentos populares possui um caráter do tipo movimento civil, do que uma caráter do tipo movimento social, haja que, que dentro deles os manifestantes estão fragmentados, ou seja, cada qual, ou cada grupo, possui suas próprias lutas e mais, existem aqueles que estão em movimento simplesmente por estarem, nem reconhecem a verdadeira causa e revindicações dos manifestantes. Outra questão se dá pelo fato de uma não organização concreta das manifestações, de projetos reais que atenda toda a população em comum, que busque transformações na estrutura do capital. Por fim, o reconhecimento que a classe trabalhadora, o proletário moderno possa ser um dos principais instrumentos de luta dentro dos movimentos sociais. Na busca pela passividade das manifestações populares o governo, de prontidão, visa atender e discutir algumas reivindicações almejadas pela população, a exemplo a redução da tarifa do transporte revindicada pelo movimento do passe livre em todo o Brasil. De certa forma, esses conceitos abordados nesse trabalho se encontram vivos e pulsantes em nosso cotidiano, em nosso governo, no Estado, mesmo que de forma oculta somos envolvidos nesse jogo de poderes, de domínio e de hegemonia. Conclusão Desde o governo de Getulio Vargas até o atual governo de Dilma Rousseff, os conceitos de Revolução Passiva, Hegemonia, Bloco no Poder, Força e Consenso são ferramentas fundamentais para análise desses sistemas de governos e suas políticas, que em tese deveriam buscar atender as classe subalternas e suas reivindicações. Mas na atual conjuntura histórica não é o que acontece. Historicamente se viu que foi totalmente oposto, pois muitas dos feitos governamentais, buscam manter a hegemonia das classes dominantes, atender ao grande capital e limitar a ascensão ao poder das classes dominadas e também conter qualquer tipo de manifestação contra o Estado. Os acontecimentos relacionados aos movimentos de caráter civil que ocorreram em 2013 em todo o Brasil, devemos atentar sobre como esses conceitos analisados nesse trabalho, se encontram enraizados nas atitudes dos governos, independente do partido ou da figura que o caracteriza. Buscam atender as reivindicações dos manifestantes para conter a sua luta e manter a sua hegemonia. Referências Bibliográficas 10

11 COUTINHO, Carlos Nelson. As Categorias de Gramsci e a Realidade Brasileira. In: Crítica Marxista, Roma, Editora Riuniti, n. 5, ano 23, 1985, pp GRAMSCI, Antonio; Cadernos de cárcere. 5ᵃ Ed. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, Volume 3 / Antonio Gramsci; edição e tradução, Carlos Nelson Coutinho. BIANCHI, Álvaro; ALIAGA; Luciana, Força e consenso como fundamento do Estado. Pareto e Gramsci. Revista Brasileira de Ciência Política, n 5. Brasília, janeiro-julho de 2011, PP BIANCHI, Álvaro; O laboratório de Gramsci. IFCH/UNICAMP, 2007 POULANTZAS, Nicos; Poder Político e Classes Sociais. São Paulo, ed. Martins Fontes, JR, Armando Boito; Estado e Burguesia no Capitalismo Liberal. Rev. Sociol. Polít., Curitiba, 28, p , jun TEIXEIRA, Rodrigo Alves; PINTO, Eduardo Costa; A economia política dos governos FHC, Lula e Dilma: Dominância, bloco no poder e desenvolvimento econômico. Textos para discussão UFRJ / Instituto de economia MARX, Karl; ENGELS, Friedrich; O Manifesto do Partido Comunista. Ed. São Paulo SP: Expressão Popular, p. SANTOS, Ariovaldo; Movimentos sociais e Sociedade de Classes. Texto disponibilizado ao curso Movimentos Sociais, Especialização VARGAS, Getúlio, Getúlio Vargas; D ARAUJO, Maria C. (Org.) Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, p. (Série perfis parlamentares; n. 62). Sites: 13 compromissos programáticos Dilma Rousseff para debate na sociedade brasileira/ Brasília, setembro-outubro de

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