ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XXVIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO SIMULADO GRATUITO

Transcrição

1 PADRÃO DE RESPOSTA - PEÇA PROFISSIONAL A Empresa Nini & GuiGui Ltda., pessoa jurídica de direito privado, atua no mercado de informática e equipamentos eletrônicos. Participam do quadro societário Guilherme e Nidal, sendo que o primeiro é mero sócio quotista e o segundo labora diuturnamente na empresa e consta no contrato social como sócio administrador. Considerando a crise que atravessa o país, principalmente em face das importações diretas realizadas pelas empresas e pessoas físicas consumidoras destes produtos, a empresa Nini & GuiGui Ltda., inobstante ter declarado imposto, deixou de recolher IRPJ referente à competência de 2009 e 2010, no montante de 100 mil reais. Considerando o inadimplemento dos tributos e estando a empresa inscrita em Dívida Ativa, em março de 2018, a União ajuizou Execução Fiscal contra Nini e GuiGui Ltda. O processo foi distribuído na 10ª Vara da Fazenda Pública da Subseção de Santa Cruz do Sul. Citada a empresa, ela deixou de ofertar qualquer bem em garantia, bem como de pagar o débito. Não obtido o pagamento, o procurador da Fazenda Nacional solicitou a inclusão, no polo passivo da demanda, do sócio Guilherme, visto que o outro não possuía dinheiro. Deferida a inclusão do sócio Guilherme, foi penhorado um veículo Ferrari de sua propriedade. Após 10 dias da intimação da penhora, Guilherme procura você, na qualidade de advogado, para providenciar a defesa cabível. Aborde todos os aspectos de direito material e processual pertinentes. (Valor: 5,00) Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação. No preâmbulo, o (a) aluno (a), observando a estrutura correta, deverá elaborar EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL COM PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO, nos termos dos artigos 16 da Lei 6.830/80 e 914 do CPC, endereçado ao Douto Juízo Federal da 10ª Vara da Fazenda Pública da Subseção Judiciária de Santa Cruz do Sul ou Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da 10ª Vara da Fazenda Pública da Subseção Judiciária de Santa Cruz do Sul. Será parte embargante Guilherme e embargada a União. No cabimento e tempestividade, o examinando deverá alegar que poderá a parte executada oferecer embargos à execução fiscal se existir garantia do juízo e observância do prazo de 30 dias, nos termos dos artigos 16 e 16, 1º da Lei nº 6.830/80. No presente caso, houve a constrição judicial de um veículo, bem como não ultrapassou prazo superior a 10 dias da intimação da penhora, portanto é cabível e tempestiva a utilização de embargos à execução fiscal. Ademais, a garantia resta demonstrada e preenchida, na forma do artigo 9º do Lei nº 6.830/80. Nos fatos, o examinando deverá descrever os fatos, através de breve síntese com suas palavras. No mérito, deverá abordar as seguintes teses: Página 1 de 9

2 1ª Tese: reza a súmula 436 do STJ que, uma vez declarado o crédito tributário pelo contribuinte, inexiste qualquer outra motivação e/ou ação por parte da autoridade para constituir o crédito tributário. Diante disso, torna-se possível a exigência do crédito, visto que foi declarado pela empresa e não foi satisfeito. 2ª Tese: reza o artigo 174 do CTN que ocorrerá a prescrição do crédito contados 5 anos da constituição em definitivo. No presente caso, a constituição em definitivo ocorreu nos anos de 2009 e De outro lado, a execução fiscal foi promovida apenas em março de 2018, prazo muito superior aos 5 anos. Portanto, resta prescrita a presente cobrança, visto que não foi observado o prazo legal. 3ª Tese: na forma da súmula 430 do STJ, o mero inadimplemento do tributo não autoriza a responsabilidade automática do sócio administrador. No presente caso, além de Guilherme não ser sócio administrador, não tendo vínculo, portanto, com o fato gerador, não existe qualquer prova de ato ilícito e excesso de poder cometido por ele, na forma do artigo 135, III, do CTN. Logo, inexiste a responsabilidade do presente sócio. Por fim, é necessário abrir um tópico para o pedido de efeito suspensivo, visto que reza o artigo 919, 1º do CPC que poderá o juiz deferir o efeito suspensivo da execução fiscal, mediante requerimento da parte, desde que preenchidos os requisitos da tutela provisória. No presente caso, restam configurados os requisitos dos artigos 294 e 300 do CPC, uma vez que a probabilidade do direito resta acima explicitada, bem como existe perigo de dano em face da penhora realizada em um veículo do embargante. Logo, uma vez preenchidos os requisitos dispostos na norma, deseja a parte embargante que seja concedido o efeito suspensivo, a fim de suspender o andamento da execução fiscal até o julgamento da presente demanda. Nos pedidos: a) o recebimento e a distribuição por dependência dos presentes Embargos à Execução Fiscal, nos termos do artigo 914, 1º do CPC; b) a concessão do efeito suspensivo à execução fiscal, uma vez presentes os requisitos dispostos nos artigos 919, 1º do CPC, combinado com os artigos 294 e 300, igualmente do CPC, a fim de suspender o andamento da execução fiscal até o julgamento da presente demanda; c) a intimação da União e/ou de seu representante legal para que, caso queira, venha impugnar os presentes embargos à execução fiscal, no prazo de 30 dias, designando-se audiência de instrução e julgamento, na forma do artigo 17 da Lei 6.830/80; d) a produção de todas as provas admitidas em direito, assim como a juntada de documentos e do rol de testemunhas, na forma do artigo 16, 2º da Lei 6.830/80; e) que não seja realizada audiência de conciliação e/ou mediação, na forma do artigo 319, VII, do CPC; f) que seja julgado procedente os embargos à execução fiscal, a fim de declarar nula a certidão de dívida ativa e a consequente extinção da execução fiscal, visto que a cobrança realizada pelo ente público é ilegal e inconstitucional; g) que a parte contrária seja condenada nos ônus sucumbenciais, mais notadamente nas custas processuais, na forma do artigo 82, 2º do CPC e dos honorários advocatícios, na forma do artigo 85, 3º do CPC; h) que sejam anexados todos os documentos probatórios, bem como o pagamento das custas processuais, na forma do artigo 82 do CPC. Valor da causa: R$ ,00. Fechamento da peça: Local..., Data..., Advogado..., OAB. Página 2 de 9

3 Endereçamento Douto Juízo Federal da 10ª Vara da Fazenda Pública da Subseção Judiciária de Santa Cruz do Sul ou Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da 10ª Vara da Fazenda Pública da Subseção 0,00/0,20 Judiciária de Santa Cruz do Sul. (0,20) Partes e legitimidade Embargante: Guilherme; (0,10) 0,00/0,10/0,20 Embargada: União. (0,10) Distribuição por dependência. (0,20) 0,00/0,20 Fatos Exposição breve e coerente dos fatos, segundo o enunciado. (0,10) 0,00/0,10 Cabimento Embargos à Execução Fiscal com pedido de Efeito Suspensivo, (0,10) com base nos artigos 16 0,00/0,10/0,20/0,30 da Lei nº 6.830/80 (0,10) e 914 do CPC. (0,10) Fundamentação 1. Constituição do crédito: declarado o crédito tributário pelo contribuinte, inexiste qualquer outra motivação e/ou ação por parte da autoridade para constituir o crédito tributário. Diante disso, torna-se possível a exigência do crédito, visto que foi declarado pela empresa e não foi 0,00/0,50/0,70 satisfeito, (0,50) nos termos da Súmula 436 do STJ. (0,20) Obs: a menção isolada ao dispositivo legal não deve ser pontuada 2. Prescrição: ocorrerá a prescrição do crédito contados 5 anos da constituição em definitivo. No presente caso, a constituição em definitivo ocorreu nos anos de 2009 e De outro lado, a execução fiscal foi promovida apenas em março de 2018, prazo muito superior aos 5 0,00/0,50/0,70 anos. Portanto, resta prescrita a presente cobrança, visto que não foi observado o prazo legal, (0,50) de acordo com o artigo 174 do CTN. (0,20) Obs: a menção isolada ao dispositivo legal não deve ser pontuada 3. Responsabilidade do sócio: o mero inadimplemento do tributo não autoriza a responsabilidade automática do sócio administrador. (0,20) No presente caso, além de Guilherme não ser sócio administrador, não tendo vínculo, portanto, com o fato gerador, não 0,00/0,20/0,30/ existe qualquer prova de ato ilícito e excesso de poder cometido por ele, (0,20) na forma do 0,40/0,50/0,60 artigo 135, III, do CTN. (0,10) Logo, inexiste a responsabilidade do presente sócio, nos termos da súmula 430 do STJ. (0,10) Obs: a menção isolada ao dispositivo legal não deve ser pontuada 4. Efeito suspensivo: no presente caso, restam configurados os requisitos dos artigos 294 e 300 do CPC, uma vez que a probabilidade do direito resta explicitada, bem como existe perigo 0,00/0,30 de dano em face da penhora realizada em um veículo do embargante. (0,30) Obs: a menção isolada ao dispositivo legal não deve ser pontuada Pedidos 1. O recebimento e a distribuição por dependência dos presentes Embargos à Execução Fiscal, 0,00/0,10/0,20 (0,10) nos termos do artigo 914, 1º do CPC. (0,10) 2. A concessão do efeito suspensivo à execução fiscal, uma vez presentes os requisitos 0,00/0,10/0,20 dispostos nos artigos 919, 1º do CPC, combinado com os artigos 294 e 300, (0,10) Página 3 de 9

4 igualmente do CPC, a fim de suspender o andamento da execução fiscal até o julgamento da presente demanda. (0,10) 3. A intimação da União e/ou de seu representante legal para que, caso queira, venha impugnar os presentes embargos à execução fiscal, no prazo de 30 dias, (0,10) designandose audiência de instrução e julgamento, na forma do artigo 17 da Lei 6.830/80. (0,10) 0,00/0,10/0,20 4. A produção de todas as provas admitidas em direito, assim como a juntada de documentos 0,00/0,10/0,20 e do rol de testemunhas, (0,10) na forma do artigo 16, 2º da Lei 6.830/80. (0,10) 5. Que não seja realizada audiência de conciliação e/ou mediação, (0,10) na forma do artigo 0,00/0,10/0,20 319, VII, do CPC. (0,10) 6. Que seja julgado procedente os embargos à execução fiscal, a fim de declarar nula a certidão de dívida ativa e a consequente extinção da execução fiscal, visto que a cobrança 0,00/0,10 realizada pelo ente público é ilegal e inconstitucional. (0,10) 7. Que a parte contrária seja condenada nos ônus sucumbenciais, mais notadamente nas custas processuais, na forma do artigo 82, 2º do CPC (0,10) e dos honorários advocatícios, 0,00/0,10/0,20 na forma do artigo 85, 3º do CPC. (0,10) 8. Que sejam anexados todos os documentos probatórios em anexo, bem como o pagamento 0,00/0,10/0,20 das custas processuais, (0,10) na forma do artigo 82 do CPC. (0,10) Fechamento Valor da Causa: R$ ,00. (0,10) 0,00/0,10 Local..., Data..., Advogado..., OAB... (0,10) 0,00/0,10 TOTAL 5,00 Página 4 de 9

5 PADRÃO DE RESPOSTA QUESTÃO 1 No ano de 2014, a Copa do Mundo de Futebol foi realizada no Brasil. Em razão disso, o município de Porto Alegre - RS, escolhido como um dos locais sede dos jogos, editou decreto instituindo contribuição de melhoria para a região localizada no bairro Praia de Belas. Conforme o decreto, os imóveis daquela região foram valorizados no montante total de 2 milhões de reais e o custo da obra foi de 5 milhões de reais. Considerando a criação do referido tributo, todos os moradores daquela região foram notificados para pagar o montante total de 4 milhões de reais. Sobre o presente enunciado, responda: a) Foi respeitada a formalidade legal para a criação da referida contribuição de melhoria, criada pelo município de Porto Alegre - RS? (Valor: 0,60) b) É válida a cobrança, no montante de 4 milhões de reais, de todos os moradores que foram agraciados com a valorização imobiliária? (Valor: 0,65) Obs.: o(a) examinando(a) deve fundamentar as respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação. a) Não. Reza o artigo 150, I da CF e o artigo 82 do CTN que apenas lei poderá criar contribuição de melhoria. No presente caso, a contribuição de melhoria foi criada mediante decreto do poder executivo. Logo, não foi respeitada a formalidade legal para a criação da referida contribuição. b) Não, visto que de acordo com o artigo 81 do CTN, a cobrança de contribuição de melhoria não poderá ultrapassar o montante que valorizou dos contribuintes. No presente caso, a valorização total montou a quantia de 2 milhões e o ente público, por sua vez, resolveu cobrar 4 milhões. Logo, não será válida a cobrança realizada, visto que ultrapassa significativamente o quantum de valorização individual de cada contribuinte. a) Não, visto que apenas lei poderá criar contribuição de melhoria, (0,20) nos termos dos artigos 150, I, da CF (0,20) e 82 do CTN. (0,20) 0,00/0,20/ 0,40/0,60 b) Não, pois a cobrança de contribuição de melhoria não poderá ultrapassar o montante que valorizou dos contribuintes, (0,40) de acordo com o artigo 81 do CTN. (0,25) 0,0/0,40/0,65 Página 5 de 9

6 PADRÃO DE RESPOSTA QUESTÃO 2 Preocupado com o grande número de importações realizadas pelos consumidores brasileiros, o Poder Executivo, mediante decreto, resolveu majorar a alíquota do Imposto de Importação, no dia 01 de junho de 2018, com aplicação imediata, a fim de proteger o mercado brasileiro. Guigui & Nini Ltda., importadora de sapatilhas de balé da China, satisfez o referido imposto já no dia 05 de junho de 2018 de forma majorada. Sobre o presente enunciado, responda: a) É possível a majoração do Imposto de Importação mediante decreto? (Valor: 0,60) b) Está correta a cobrança do Imposto de Importação majorado da empresa Guigui & Nini Ltda.? (Valor: 0,65) Obs.: o(a) examinando(a) deve fundamentar as respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação. a) Sim. Reza o artigo 153, 1º da CF que poderá o Poder Executivo, mediante decreto, alterar as alíquotas do Imposto de Importação. No presente caso, houve majoração como forma de regulação de mercado, ou seja, considerando a extrafiscalidade do tributo ele poderá ter suas alíquotas majoradas mediante decreto. Portanto, é possível a majoração realizada. b) Sim. Reza o artigo 150, 1º da CF que, excepcionalmente, alguns tributos terão sua exigência, mesmo que majorados, de imediato. Logo, no presente caso, considerando que a majoração foi do Imposto de Importação, considera-se possível e correta a cobrança realizada da referida empresa. a) Sim, o Poder Executivo poderá majorar as alíquotas do Imposto de Importação mediante decreto, (0,40) nos termos do artigo 153, 1º, da CF. (0,20) 0,0/0,40/0,60 b) Sim, tendo em vista que a majoração foi de Imposto de Importação, portanto considera-se possível e correta a cobrança realizada da referida empresa, (0,40) nos termos do artigo 150, 1º da CF. (0,25) 0,0/0,40/0,65 Página 6 de 9

7 PADRÃO DE RESPOSTA QUESTÃO 3 Um grande tornado devastou o Estado do Rio Grande do Sul, vindo o Governador do Estado decretar estado de calamidade. Logo, diante da necessidade de arrecadar fundos para a reconstrução de todo o Estado do Rio Grande do Sul, o Governador editou Medida Provisória para a criação de Empréstimo Compulsório de Calamidade Pública. Sobre o presente enunciado, responda: a) Poderá o Governador do Estado do Rio Grande do Sul criar um empréstimo compulsório de calamidade pública? (Valor: 0,60) b) Poderá Medida Provisória criar o referido tributo? (Valor: 0,65) Obs.: o(a) examinando(a) deve fundamentar as respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação. a) Não, visto que de acordo com o artigo 148 da CF, apenas a União poderá criar empréstimo compulsório, mediante a observância da formalidade de criação, ou seja, mediante lei complementar. No presente caso, portanto, não poderá o Governador do Estado do Rio Grande do Sul criar o referido tributo. b) Não. Reza o artigo 62, 1º, III, da CF que Medida Provisória não poderá lecionar/legislar sobre matéria reservada à lei complementar. Portanto, no presente caso, não poderá o referido empréstimo compulsório ser criado por Medida Provisória. a) Não, apenas a União poderá criar empréstimo compulsório, mediante a observância da formalidade de criação, ou seja, mediante lei complementar. No presente caso, portanto, não poderá o Governador do Estado do Rio Grande do Sul criar o referido tributo, (0,40) de acordo com o artigo 148 da CF. (0,20) 0,0/0,40/0,60 b) Não, Medida Provisória não poderá lecionar/legislar sobre matéria reservada à lei complementar, (0,45) de acordo com o artigo 62, 1º, III, da CF. (0,20) 0,0/0,45/0,65 Página 7 de 9

8 PADRÃO DE RESPOSTA QUESTÃO 4 Visando o aumento de arrecadação, o Estado do Rio Grande do Sul, através de seu poder legiferante, majorou a alíquota do ITCMD de 2% para 4%, no dia 01/07/2018, com publicação e exigência para os fatos geradores ocorridos após 01/10/2018. Outrossim, em conteúdo normativo, foi estabelecido que, para a base de cálculo superior a 10 milhões de reais, as alíquotas seriam progressivas, no percentual de 5% até 8%. Sobre o presente enunciado, responda: a) Poderão as alíquotas majoradas terem incidência a partir de 01/10/2018? (Valor: 0,60) b) É possível a progressividade das alíquotas do ITCMD? (Valor: 0,65) Obs.: o(a) examinando(a) deve fundamentar suas respostas. A simples menção ao dispositivo legal não será pontuada. a) Não. De acordo com o artigo 150, III, b e c da CF, via de regra, todo tributo criado ou majorado somente poderá ser exigido no próximo ano, bem como observado o prazo de 90 dias de sua publicação. No presente caso, o ITCMD foi majorado em 01/07/2018 e já exigido em 01/10/2018, não podendo, porém, ser aplicada a majoração a partir de 01/10/2018, visto que deve aguardar as anterioridades, sendo sua exigência possível apenas a partir de 01/01/2019. b) Sim, conforme julgado do STF é possível a progressividade das alíquotas do ITCMD em razão da capacidade contributiva do contribuinte, uma vez observado o teor do artigo 145, 1º da CF. Diante disso, mesmo em se tratando de tributos pessoais ou reais, o ITCMD poderá ter alíquotas progressivas, não sendo aplicado, portanto, o teor da Súmula 656 do STF. a) Não, via de regra, todo tributo criado ou majorado somente poderá ser exigido no próximo ano, bem como observado o prazo de 90 dias de sua publicação. No presente caso, o ITCMD foi majorado em 01/07/2018 e já exigido em 01/10/2018, não podendo, porém, ser aplicada a majoração a partir de 01/10/2018, visto que deve aguardar as anterioridades, sendo sua exigência possível apenas a partir de 01/01/2019, (0,40) nos termos do artigo 150, III, b e c da CF. (0,20) 0,0/0,40/0,60 Página 8 de 9

9 b) Sim, conforme julgado do STF é possível a progressividade das alíquotas do ITCMD em razão da capacidade contributiva do contribuinte, (0,40) uma vez observado o teor do artigo 145, 1º da CF. (0,10) Diante disso, mesmo em se tratando de tributos pessoais ou reais, o ITCMD poderá ter alíquotas progressivas, não sendo aplicado, portanto, o teor da Súmula 656 do STF. (0,15) 0,0/0,40/0,50/ 0,55/0,65 Página 9 de 9