ENGENHARIA DE PRODUÇÃO PROJETO PEDAGÓGICO. Manaus - Amazonas
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- William Castel-Branco Belém
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1 PROJETO PEDAGÓGICO Manaus - Amazonas 2014
2 SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO DADOS GERAIS DA INSTITUIÇÃO A Universidade Nilton Lins Dados Socioeconômicos da Região Perfil e Missão da IES Histórico Estrutura Organizacional IDENTIFICAÇÃO DO CURSO Dados Gerais Formas de Acesso ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA Contexto Educacional Políticas Institucionais no Âmbito do Curso Responsabilidade Social, Educação Étnico Racial e Educação Ambiental Objetivos do Curso Perfil Profissional do Egresso Estrutura Curricular Ementário e Bibliografia Metodologia Estágio Curricular Supervisionando Atividades Complementares Trabalho de Conclusão de Curso Apoio ao Discente Ações Decorrentes dos Processos de Avaliação do Curso Procedimentos de Avaliação do Processo Ensino- aprendizagem CORPO DOCENTE O Docente da Universidade Nilton Lins Atuação do Núcleo Docente Estruturante NDE Coordenação do Curso Corpo Docente INFRAESTRUTURA Instalações Gerais Biblioteca Laboratórios
3 1. APRESENTAÇÃO O presente documento apresenta o Projeto Pedagógico do Curso (PPC) de Engenharia de Produção da Universidade Nilton Lins UNINILTON LINS. Fruto de trabalho coletivo, o PPC que ampara o Curso está ancorado nas Diretrizes Curriculares Nacionais (Resolução CNE/CES n 11 de 11 de março de 2002, do Conselho Nacional de Educação do Ministério da Educação), que é responsável por estabelecer uma direção para os cursos de Engenharias do País. Tal legislação delibera o que é considerado fundamental para a formação do Engenheiro de Produção. Este documento considera, assim como os PPC dos demais cursos ofertados pela IES, as políticas de ensino, pesquisa e extensão definidas nos projetos oficiais da instituição, tais como o Projeto Pedagógico Institucional (PPI) e o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), sem perder de vista o contexto regional onde o curso está inserido e o perfil do aluno que a instituição objetiva formar. 3
4 2. DADOS GERAIS DA INSTITUIÇÃO 2.1 A Universidade Nilton Lins A Universidade Nilton Lins é pessoa jurídica de direito privado, mantida pelo Centro de Ensino Superior Nilton Lins, CESNL, Pessoa Jurídica de Direito Privado - sem fins lucrativos - Sociedade, com sede e foro na Avenida Professor Nilton Lins, 3259, Parque das Laranjeiras, Manaus - AM, CNPJ / , com registro no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas de Manaus, no , livro A, no. 23, de 23/12/2003. A Universidade está situada na Av. Professor Nilton Lins, 3259, Parque das Laranjeiras, Manaus A. A Instituição foi recredenciada enquanto Centro Universitário segundo a Portaria MEC no , de 09 de dezembro de 2003, publicada no DOU de 10/12/2003. Posteriormente, mediante Portaria MEC nº 3676/2003 de 09 de dezembro de 2003, a Instituição obteve seu recredenciamento, pelo prazo de dez anos. Em maio de 2011 houve o credenciamento da Universidade Nilton Lins, por transformação do Centro Universitário, de acordo com a Portaria N. 575, de 13 de maio de 2011, publicada no DOU de 16 de maio de O curso avaliado funciona no mesmo endereço. Esta IES assume como missão Educar a Amazônia, ofertando trinta e dois (32) cursos de graduação, para mais de alunos ativos, contando com um corpo de 400 professores, sendo que, destes, 65% mestres e doutores. Com mais de 700 funcionários,suas instalações estão distribuídas em uma área de m², tendo apenas 60% de ocupação predial. Entre estas, um hospital universitário com 180 leitos, com programa de residência médica já em funcionamento. Diversos programas de pós-graduação lato sensu; treze grupos de pesquisa cadastrados no CNPq com produção científica de alto impacto, reconhecida pelas comissões de avaliação da CAPES nos processos de credenciamento de seus mestrados e doutorado; 14 laboratórios especializados de pesquisa, dentre os quais um fragmento de floresta urbana e uma fazenda experimental; programas próprios de bolsas de mestrado, de iniciação científica e de produtividade para pesquisadores, como contrapartida às bolsas 4
5 captadas na CAPES, CNPq e FAPEAM, além de uma forte representatividade nos meios científicos e empresariais locais e nacionais. Desde 2006, mantém programa próprio de Mestrado Acadêmico e Mestrado Profissional em Biologia Urbana. Em 2009, aprovou Mestrado e Doutorado em Aquicultura e Doutorado em Biologia Urbana, totalizando assim três (3) mestrados e dois doutorados próprios. 2.2 Dados Socioeconômicos da Região A Amazônia é uma região que apresenta uma grande pluralidade a começar pelas várias denominações que recebe sempre relacionada à sua geopolítica e ecossistemas. Caracterizá-la e traduzir sua importância exige o resgate de dados alusivos às suas diversas identidades: Amazônia Brasileira: área que corresponde a 42,07% do território brasileiro abrangendo os estados do Amazonas Pará, Rondônia, Roraima, Acre, Amapá e Tocantins. Amazônia Internacional: área pertencente a nove países (Brasil, Bolívia Peru, Colômbia, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa, Suriname e Equador) da qual 63,7% pertence ao Brasil; Amazônia Legal: área que abrange os estados do Amazonas, Acre, oeste do Maranhão, Mato Grosso, Rondônia, Pará, Roraima e Tocantins, compreendendo 60% do território brasileiro. Esta IES localiza-se em Manaus, capital do estado do Amazonas, o maior estado brasileiro ocupando uma área de km ², com uma população de habitantes e uma densidade demográfica de 1,8 hab/km 2. O Estado do Amazonas, cuja palavra de origem indígena quer dizer ruído de águas, água que retumba, tem geografia singular, formada por florestas e rios que ocupam muito de seus ,680 km². O acesso à região é feito principalmente por via fluvial ou aérea. Com mais de três milhões de 5
6 habitantes, é o segundo estado de maior densidade demográfica do Norte. Manaus, a capital, é a maior e mais populosa cidade da região amazônica. A unicidade da geografia do Estado acabou permitindo períodos especialmente ricos e promissores aos amazônidas que oportunizaram enormes avanços em relação às demais capitais; tendo sido aqui, no coração da Amazônia, inclusive, em 17 de janeiro de 1909, fundada a primeira universidade brasileira, a Escola Universitária Livre de Manaós, mais tarde denominada Universidade de Manáos, através da Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais, Faculdade de Medicina, Faculdade de Ciências e Letras e Faculdade de Engenharia. Inúmeras ocorrências, durante a fundação e ao longo dos primeiros anos, especialmente a decadência econômica da região em função do declínio do ciclo da borracha, fragilizaram, desintegraram e fragmentaram a Universidade, restando o oferecimento de cursos superiores isolados. Somente em 12 de junho de 1962, através da reunificação das instituições de ensino superior isoladas, o Estado voltou novamente a contar com uma Universidade, agora denominada Universidade do Amazonas. Durante sua trajetória histórica o desenvolvimento do Estado esteve comprometido em função da história econômica da região assim como das poucas iniciativas governamentais para promover o seu desenvolvimento, fato ocorrido somente com o advento do modelo Zona Franca de Manaus causador de grande impacto social e econômico. Assim sendo o estado apresenta um quadro incipiente no que se refere à saúde, habitação, gestão ambiental e sanitária, educação entre outros, que necessita ser revertido pela atuação conjunta do poder público, da sociedade organizada e das diferentes parcerias entre os atores sociais. O Amazonas é o segundo estado mais populoso da região Norte, porém em comparação às demais Unidades da Federação é de baixa densidade demográfica. No interior do estado, mais da metade dos domicílios não têm água encanada, o acesso à água em todo o estado é de 60% e o acesso a rede de esgotos é de 47% apresentando o IDH de 0,775. Na área de saúde, a carência de médicos na ordem de 8,5/10 mil habitantes ajuda a 6
7 compor um quadro de elevada taxa de mortalidade infantil, agravadas pela insuficiência de leitos hospitalares cujo índice é de 1,7 por mil habitantes. Na área da educação, ainda que dados sobre os índices de matrículas na educação básica cheguem à média de 87,6 %, no ensino superior atingem apenas 51,6% na rede pública, fato relacionado a pouca oferta de vagas. Quanto à questão do analfabetismo o índice é de 15,3% porém o analfabetismo funcional atinge o índice de 36,1%.A economia do estado encontra seu maior suporte na indústria (56,9%) e serviços (40,4%) reservado à agropecuária um tímido percentual de 2,7%. Paralelamente à ausência de investimentos suficientes em infraestrutura, saúde e educação destaca-se o Polo Industrial do Amazonas, alicerçado no setor eletroeletrônico, responsável por 1,3% do PIB do país que mesmo vivendo em uma época de crise é responsável pela geração de empregos no estado. É nesse contexto que está inserida a Universidade Nilton Lins, cuja finalidade não se esgota com a formação de profissionais para o mundo do trabalho, mas volta-se principalmente para a formação de cidadãos críticos, profundos conhecedores da realidade amazônica, capazes de intervirem nessa realidade a fim de promover mudanças e bem-estar social alterando o quadro de desigualdades delineado ao longo de sua história. 2.3 Perfil e Missão da IES A definição da atuação de uma Instituição de Ensino Superior pressupõe a responsabilidade social com o desenvolvimento global da região, o que está caracterizado na sua missão institucional, Educar a Amazônia. Esta missão contempla a relação ecológica e dialógica com a sociedade, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e das pesquisas científicas e tecnológicas geradas na Instituição. Esta IES, no cumprimento de sua missão institucional, assume como princípios básicos: 7
8 a) Ter como base para o trabalho pedagógico, científico e cultural, a inserção regional; b) Desenvolver a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão; c) Considerar o pluralismo como valor intrínseco à concepção do ser universitário. Como decorrências destes princípios, são apontados como objetivos: a) Contribuir para o desenvolvimento da região, articulando os programas de ensino, pesquisa e extensão, tendo como referencial o homem amazônico e suas necessidades; b) Ministrar o ensino superior, formando indivíduos éticos capazes de exercer a responsabilidade social na sua prática profissional; d) Promover a criação e a difusão do conhecimento por meio de uma prática críticareflexiva; e) Desenvolver interação dialógica com a sociedade, potencializando a reconstrução e a ressignificação de saberes; f) Manter intercâmbios e cooperação com instituições científicas e culturais, nacionais e internacionais de modo a ampliar o alcance da ação institucional; g) Buscar nos processos de avaliação e auto avaliação subsídios para gestão participativa, democrática e autônoma. Por todo seu caminhar histórico, é notável que a instituição sempre direcionasse as atividades para a inserção regional. Nesse período, procurando manter-se fiel à sua identidade e à sua missão, a Universidade Nilton Lins vem se caracterizando pela integração do processo de ensino, pesquisa e extensão. Esta missão definida pelo ainda Centro Universitário Nilton Lins surgiu da necessidade de melhorar, qualitativamente, o ensino na Região Norte, buscando integrar a Amazônia mediante um processo educativo global e articulado, capaz de atender às transformações e desafios dos novos rumos que estão sendo delineados para o mundo do trabalho e para as novas relações institucionais presentes num mundo a cada dia mais globalizado. 8
9 2.4 Histórico A Universidade Nilton Lins faz parte do complexo educacional fundado em 1988, pelo Professor Nilton Costa Lins, administrador, advogado e ex-professor da Universidade Federal do Amazonas que construiu um novo conceito na educação superior da região Amazônica. São ofertados cursos de graduação em instalações físicas privilegiadas, numa área de m 2, com apenas 60% de ocupação predial e fragmento de reserva florestal intocável; prédios funcionais, com mais de 600 salas de aula, laboratórios especializados de pesquisa, dentre os quais uma fazenda experimental, auditórios, sendo, um deles, o maior da cidade, com capacidade para 4000 pessoas, áreas livres, complexo desportivo, bibliotecas, com acervo superior a livros; com programa de residência médica já em funcionamento, encaminhou a trajetória que contempla forte engajamento com a região em que se insere. A instituição instituiu diversos programas de pós-graduação lato sensu; contando com treze (13) grupos de pesquisa cadastrados no CNPq com produção científica de alto impacto, reconhecida pelas comissões de avaliação da CAPES nos processos de credenciamento de seus mestrados e doutorado; financiamento próprio para bolsas de mestrado e de iniciação científica como contrapartida às bolsas captadas na CAPES, CNPq e FAPEAM; realização do mestrado interinstitucional em Ciências Jurídicas, com a Universidade Federal da Paraíba, e em Psicologia Social; programa próprio de Mestrado Acadêmico e Mestrado Profissional em Biologia Urbana; tendo credenciado programa próprio de Mestrado e Doutorado em Aquicultura e Doutorado em Biologia Urbana, além da participação do Doutorado em Rede de Ensino de Ciências e Matemática, totalizando assim três mestrados e três doutorados; forte representatividade nos meios científicos e empresariais locais e nacionais. 9
10 A trajetória da Instituição, em seu nascedouro, foi ancorada na enorme experiência de seu fundador, Nilton Costa Lins, professor da Universidade Federal do Amazonas UFAM e assessor direto da reitoria daquela IFES, tendo tido desempenho decisivo na coordenação das diversas equipes que trabalharam à época na UFAM, formulando propostas para oferta e reconhecimento de cursos de extrema importância para a região, a exemplo do curso de medicina. Visionário, sempre compreendeu a dimensão da região amazônica e do quão necessário se fazia a formação de uma juventude pelo viés da Educação para a garantia da integridade regional a partir de um modelo de sustentabilidade. Iniciou e manteve Escola de Educação Infantil e de Ensino Fundamental e Médio, pela certeza que sempre teve de sua vocação; assim em 1988 fundou o Centro de Ensino Superior da Amazônia, com oferta de vagas para os cursos de Administração e Ciências Contábeis, oportunizando aos manauaras maiores condições de acesso ao ensino superior. A Instituição, que adotou a missão Educar a Amazônia, desenhou um conjunto de objetivos e metas voltadas a um trabalho engajado com seu entorno, em sintonia com a região e com forte responsabilidade social. O amadurecimento institucional, ao longo do tempo abriu espaço para a criação dos cursos de direito, turismo e comunicação social, nos primeiros anos. A partir de 1997, com o conhecimento adquirido em quase uma década de trabalho e em razão das problemáticas regionais teve início a construção de Projetos Pedagógicos para o oferecimento de cursos da área da saúde, inexistentes no Estado; desta forma no início da década foram formados pela instituição os primeiros fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas; carreiras responsáveis por melhorar de forma significativa os indicadores de saúde pública. Desde a elaboração dos primeiros documentos, estatuto e regimento, pode ser facilmente percebido pelo corpo social da Instituição a construção de uma identidade responsável com a região, notadamente marcada pela compreensão de um modelo de instituição do norte do Brasil, na cidade de Manaus, com forte interação com o Polo Industrial, principal referência econômica do Estado e um dos mais produtivos do País. Há uma clara proximidade com os poderes públicos estaduais e municipais a partir da 10
11 qualificação de profissionais formados em matrizes curriculares capazes de oportunizar forte interferência nas questões sociais licenciaturas, bacharelado em ciências ambientais e enfermagem. A partir das aulas práticas e do cumprimento das exigências dos estágios, nos cursos de saúde, engenharias e tecnologias, foram iniciadas diversas unidades de campo: em hospitais da rede pública, para que a compreensão do sistema único fosse incorporada ao ambiente formador; em setores da prefeitura, enquanto contribuição para estudos sobre impacto ambiental; com as indústrias instaladas, enquanto projetos sobre resíduos líquidos e sólidos; por projetos de revitalização de áreas degradadas e abandonadas. A Instituição tem íntima e forte interação com o município de Manaus e sua região metropolitana, conhecendo suas problemáticas. A maturidade institucional permitiu no ano de 1999, o credenciamento em Centro Universitário, que se deu a partir dos resultados alcançados na avaliação externa (Decreto n. 204 de 22/10/1999) credenciando a Universidade Nilton Lins por período de cinco anos. A renovação do credenciamento, pedido de forma voluntária, em prazo inferior ao concedido, aconteceu em 2003, por dez anos. Enquanto Centro Universitário foi-se firmando a excelência no ensino, consolidada a partir de ações concretas de extensão e do desenho inicial de uma política de investimentos em pesquisa, que acabou oportunizando a instalação dos primeiros laboratórios e a fixação de doutores na instituição. A Instituição foi recredenciada enquanto Centro Universitário segundo a Portaria MEC no , de 09 de dezembro de 2003, publicada no DOU de 10/12/2003. Posteriormente, mediante Portaria MEC nº 3676/2003 de 09 de dezembro de 2003, a Instituição obteve seu recredenciamento, pelo prazo de dez anos. Em maio de 2011 houve o credenciamento da Universidade Nilton Lins, por transformação do Centro Universitário, de acordo com a Portaria N. 575, de 13 de maio de 2011, publicada no DOU de 16 de maio de
12 2.5. Estrutura Organizacional A Universidade Nilton Lins desenha sua estrutura organizacional na composição de órgãos de natureza deliberativa e executiva. O Conselho Deliberativo é órgão deliberativo e normativo, com competência para a definição das diretrizes e políticas gerais da Universidade. O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão é órgão superior de deliberação, responsável pela formatação de todas as atividades de ensino, pesquisa e extensão. Conforme a estrutura organizacional, a Chancelaria, Reitoria, Vice-Reitoria, Pró- Reitoria de Administração, Orçamento e Finanças, Pró-Reitoria de Extensão, Pró-Reitoria de Planejamento e Avaliação, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação e Pró-Reitoria de Ensino de Graduação são órgãos da Administração Superior de natureza deliberativa. Na gestão acadêmica de cursos e programas, são órgãos deliberativos os Colegiados de Área e Cursos e o Comitê de Ética; as Coordenações de Área e de Cursos são órgãos executivos. Esta IES dispõe, entre outros, dos serviços de órgãos suplementares, como o de Registro, Convênios, Bibliotecas. A Estrutura Organizacional é assim composta: ÓrgãosColegiados: ConselhoDeliberativo; Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão. Órgãos da Administração Superior: Chancelaria; Reitoria; Vice-Reitoria; Pró-Reitoria de Administração e Finanças; Pró-Reitoria de Extensão; 12
13 Pró-Reitoria de Planejamento e Avaliação; Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação; Pró-Reitoria de Ensino de Graduação. Órgãos de Assessoria a Direção Superior: Gabinetes; Assessorias. ÓrgãosIntermediários: Departamento de Administração; Departamento de Orçamento e Finanças; Coordenadoria Geral de Planejamento e Avaliação; Coordenadoria de Planejamento; Coordenadoria de Avaliação e Desenvolvimento; Coordenadoria de AssuntosComunitários; Coordenadoria de CapacitaçãoProfissional; Coordenadoria de Apoio e Desenvolvimento à Pesquisa; Coordenadoria de Pós-Graduação; Coordenadorias de Cursos; Coordenadoria de Educação a Distância. O Conselho Deliberativo é composto pelo Chanceler, Reitor, como presidente, Vice- Reitor, representante da Mantenedora, Pró-Reitores, representantes do colegiado de professores, representantes discentes, representante do corpo administrativo, representante da comunidade e representante da Comissão Própria de Avaliação. Compete, de forma primordial, ao Conselho Deliberativo definir a política educacional da IES. O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão é composto pelo Chanceler, Reitor, como presidente, Vice-Reitor, representante da Mantenedora, Pró-Reitores, representantes do Colegiado de Professores, representantes discentes, representante do corpo 13
14 administrativo, representante da comunidade e representante da CPA. A representação do corpo de professores, os representantes discentes e o representante do corpo administrativo não podem participar concomitantemente do Conselho Deliberativo, assim como seus suplentes. Compete fundamentalmente ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão o acompanhamento das ações do ensino, da pesquisa e da extensão, na construção da missão pela via da inserção nas problemáticas regionais. Os Conselhos são instâncias finais de deliberação e homologação. Com máxima independência representam a construção dos interesses de todo o corpo social da IES. A instituição preconiza a descentralização em todos os níveis quando compreende instâncias de decisão de forma pontual. Das decisões das Coordenadorias cabe recurso, para as Pró-Reitorias; das decisões tomadas nas Pró-Reitorias cabe recurso encaminhado a Reitoria, e, desta, para os Conselhos; não havendo obrigatoriedade no cumprimento da sequência em razão de situações extraordinárias. A Gestão Acadêmica está consubstanciada nas práticas do colegiado de Coordenadores e de Cursos; entendendo aqui Colegiado como todo o grupo de Coordenadores de Área e todo o conjunto de docentes engajados em um curso. Não se trata, portanto, de órgãos, e sim de instâncias deliberativas e executivas. É atribuição do Colegiado de Coordenadores o zelo pelo cumprimento das políticas da Instituição, pelo cumprimento do calendário acadêmico, pelo alinhamento das práticas nos diversos cursos que formam a área, pelo zelo com as instalações físicas onde os cursos funcionam. É composto por todos os Coordenadores de Área, que são indicados pela Reitora. Ao Colegiado de Curso, constituído do corpo docente, gerido por um Coordenador, dentre os pares, indicado pela Reitoria, compete à execução das atividades acadêmicas em todas as suas práticas. Dentre suas funções está a permanente análise da matriz curricular, o estabelecimento das ações externas do curso, o exame de todos os processos de 14
15 aproveitamento dos estudos solicitados por alunos em processo de transferência, o exame de atos dos docentes que não correspondam à prática da educação preconizada na Instituição. A Pós-Graduação tem também colegiado próprio composto por representantes do corpo docente e administrativo da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, com as atribuições de elaborar os regulamentos específicos da pós-graduação, de avaliar e aprovar em sua instância os programas de pós-graduação, de estabelecer diretriz quanto ao trabalho de conclusão dos cursos e de analisar todos os processos inerentes aos discentes. Todos os demais órgãos da instituição são, em sua essência, de apoio às atividades acadêmicas. Em razão do avançado estágio de informatização em todas as rotinas da Instituição há setores que tem como instrumento de trabalho computadores com configuração adequada, garantindo a guarda dos dados e a agilidade na transmissão. O sistema acadêmico existente contempla a interação em tempo real de professores, técnicoadministrativos e discentes com a IES. Os setores que são componentes da Biblioteca, do Registro dos assentamentos dos discentes, de Arquivo, garantem uma relação mais estreita com as ações diárias da produção do conhecimento. A Universidade por essência deve permanecer sempre livre de amarras que possam desfigurá-la. A construção de seus objetivos; o conhecer suas características, de regionalismo, quando for o caso, a contemplação de todas as tendências em suas matrizes, conteúdos, linhas de pesquisa, ações de extensão, são as essências da independência pela construção do conhecimento. A Universidade Nilton Lins goza de autonomia administrativa, orçamentário-financeira e didático-pedagógica em ralação à Mantenedora com quem mantém intensa relação de comunicação e estímulo. Em todos os Conselhos há um (1) representante da Mantenedora, com direito a voz e voto, participando, portanto, de forma efetiva das políticas maiores da IES e da constituição das diretrizes que vão permear a existência da instituição. 15
16 CONSELHO DELIBERATIVO CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO CHANCELARIA REITORIA ASSESSORIA GABINETE VICE-REITORIA COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO PRÓ-REITORIA DE ADMINISTRAÇÃO, ORÇAMENTO E FINANÇAS PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO BIBLIOTECA CENTRAL NÚCLEOS DE CONVÊNIOS NÚCLEO DE ATENDIMENTO PSICOSSOCIAL NÚCLEO DE REGISTRO E CONTROLE ACADÊMICO NÚCLEO DE APOIO AO DOCENTE Figura 1. Organograma institucional Universidade Nilton Lins 16
17 ENGENHARIA AMBIENTAL 3. IDENTIFICAÇÃO DO CURSO 3.1 Dados Gerais a) Nome do curso: Engenharia de Produção b) Endereço de funcionamento do curso: Av. Professor Nilton Lins, Parque das Laranjeiras - CEP: ; c) Ato legal de Autorização: Portaria GR N /2005 d) Número de vagas oferecidas: 100 vagas anuais e) Regime Letivo: Semestral f) Turnos de funcionamento do curso: Noturno g) Carga horária total do curso (em horas): h h)tempo de Integralização Curricular Prazo Mínimo: 05 anos Prazo Máximo: 07 anos j) Identificação do (a) coordenador (a) do curso: Dario Duran Gutierrez k) Perfil do (a) coordenador (a) do curso: Engenheiro Mecânico graduado (1982) pela Escola de Engenharia Industrial EEI de São José dos Campos - SP, Mestre em Administração de Empresas (1997) pela Escola de Administração e Economia EASP da Fundação Getúlio Vargas FGV. Atuou por mais de 25 anos em Empresas do Ramo Eletroeletrônico como Analista de Processos, Gerente de Projetos, Chefe e Gerente de Desenvolvimento de Produtos, Gerente Industrial e Diretor Industrial. Atualmente é sócio de empresa na área Sistemas Central de Ar Condicionado e Salas Limpas.
18 3.2 Formas de Acesso O aluno ingressa no curso de Engenharia de Produção por meio do processo seletivo, transferência entre instituições, mediante a realização de uma avaliação de conhecimentos específicos do curso e análise da matriz curricular. Poderá também ingressar no curso o aluno graduado na área de Ciências Exatas, mediante avaliação, dependendo da existência de vagas. 4. ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA 4.1. Contexto Educacional O curso de Engenharia de Produção encontra sua inserção em um contexto econômico e social, peculiar, caracterizado pela unicidade do estado com suas características geográficas únicas e com um polo industrial que é o pulmão da economia. O Estado do Amazonas, cuja palavra de origem indígena quer dizer ruído de águas, água que retumba, tem geografia singular, formada por florestas e rios que ocupam muito de seus ,680 km². O acesso à região é feito principalmente por via fluvial ou aérea. Com mais de três milhões de habitantes, é o segundo estado de maior densidade demográfica do Norte. Manaus, a capital, é a maior e mais populosa cidade da região amazônica. A IES localiza-se em Manaus, capital do estado do Amazonas, o maior estado brasileiro ocupando uma área de km 2, com uma população de habitantes e uma densidade demográfica de 1,8 hab/ km 2.. Durante sua trajetória histórica o desenvolvimento do Estado esteve comprometido em função da história econômica da região assim como das poucas iniciativas governamentais para promover o seu desenvolvimento, fato ocorrido somente com o advento do modelo Zona Franca de Manaus causador de grande impacto social e econômico. Assim sendo o estado apresenta um quadro incipiente no que se refere à saúde, habitação e educação entre outros, que necessita ser revertido pela atuação conjunta do poder público, da sociedade organizada e das diferentes parcerias entre os atores sociais. É o segundo estado mais populoso da região, tem baixa densidade demográfica com carência habitacional estimada em No interior mais da metade dos domicílios não têm água encanada, o acesso a água em todo o estado é de 60% e o acesso a rede de esgotos é de 47% apresentando o IDH de 0,775. Na área de saúde, a carência de médicos na ordem de 8,5 /10 mil habitantes ajuda a compor um quadro de elevada taxa de mortalidade infantil, agravadas pela insuficiência de leitos hospitalares cujo índice é de 1,7 por mil habitantes. Na área da educação ainda que dados sobre os índices de matrículas na educação básica cheguem à média de 87,6 %, no ensino superior atingem apenas 51,6% na 18
19 rede pública, fato relacionado a pouca oferta de vagas. Quanto à questão do analfabetismo o índice é de 15,3% porém o analfabetismo funcional atinge o índice de 36,1%. A economia do estado encontra seu maior suporte na indústria (56,9%) e serviços (40,4%) reservado à agropecuária um tímido percentual de 2,7%. Paralelamente à ausência de investimentos suficientes em infraestrutura, saúde e educação destacam-se o Polo Industrial do Amazonas, alicerçado no setor eletroeletrônico, responsável por 1,3% do PIB do país que mesmo vivendo em uma época de crise é responsável pela geração de empregos no estado e o setor do ecoturismo que vem se desenvolvendo nos últimos anos É nesse contexto está inserido curso de Engenharia da Produção, cuja finalidade não se esgota com a formação de profissionais para o mundo do trabalho, mas que se volta principalmente para a formação de cidadãos críticos, profundos conhecedores da realidade amazônica, capazes de intervirem nessa realidade a fim de promover mudanças e bem-estar social alterando o quadro de desigualdades delineado ao longo de sua história. 4.2 Políticas Institucionais no Âmbito do Curso O PDI, implementado a partir da solicitação de recredenciamento do Centro Universitário, contém informações pertinentes sobre a IES no que se refere a sua identidade, organização, metas e cronograma de expansão, contemplando às áreas do ensino, pesquisa e extensão. Os macros referenciais estabelecidos no PDI, para um arco temporal definido, constituem o balizamento para a construção permanente e para a vivência dos PCCs, enquanto instrumento que norteia a busca de concretização dos desafios e utopias que a instituição encontra a partir de sua missão, de seus princípios e de suas políticas. Todas as concepções que subjazem às políticas de ensino, da pesquisa e da extensão da questão acadêmica estão voltadas para a solução dos problemas amazônicos, encontrando seus pressupostos teóricometodológicos nas grandes questões urbanas e ambientais amazônicas, em articulação com a missão institucional de "Educar a Amazônia". Este eixo garante que as diferentes políticas encontrem constantes e duradouros pontos de intersecção e que as diversas ações do cotidiano sejam carregadas de significados. O PDI preocupa-se com a definição de políticas e de metas que encontram ressonância no PPC do curso, que traduz em programas, ações e atividades concretas as definições políticas constantes no PDI. O trabalho de difusão e de internalização dos documentos e de seus valores é constante e abrange todas as categorias que compõem o 19
20 corpo social da instituição. Contribuem para tanto as instâncias colegiadas, as sistemáticas formais e todos os grupos e mecanismos informais que participam da vivência institucional. A busca da coerência entre os diversos instrumentos acadêmicos e de gestão, é, na verdade, a busca para uma inserção coerente no meio em que a instituição está inserida. Representa, também, o desafio crescente de fazer com que cada aluno que participa da experiência educativa da IES seja um multiplicador de seus valores e de seus desafios, contribuindo significativamente com a melhoria da região. Neste sentido, o agir constante e diário do ensino, da pesquisa, da extensão e da gestão acadêmica poderão ser meios privilegiados da concretização dos propósitos institucionais. Coerentemente com o PDI as políticas de ensino, pesquisa e extensão do curso são plenamente implementadas no âmbito do curso a partir das seguintes manifestações: Implementação das Políticas de Ensino Articulação entre o curso e as Pró-reitorias de graduação e de planejamento e avaliação, buscando aperfeiçoar o processo seletivo, implementando sistemáticas inovadoras e adaptando o aluno à matriz curricular através de programas especiais de ambientação, acolhida e nivelamento; Implementação e aprimoramento dos programas de nivelamento para discentes; Participação intensiva do curso no Programa de Capacitação permanente do corpo docente; Estímulo da titulação do corpo docente em consonância com as necessidades e linhas de atuação do curso; Ampliação dos espaços que possibilitem maior oferta de aulas práticas e estágios; Formatação, reconhecimento e aperfeiçoamento contínuo da matriz curricular em consonância com o desenvolvimento das ciências e a missão da instituição; Permanente mapeamento do egresso, através de sistemáticas que permitam seu acompanhamento e sua inserção profissional; Sensibilização permanente dos alunos com dificuldades financeiras na vida universitária estimulando-os a participar de programas de manutenção próprio e conveniados (Programas Bolsa Universidade, Programa EducamaisBrasil, Fies); 20
21 Ampliação do intercâmbio de docentes e discentes com Instituições Nacionais e Internacionais conveniadas; Incentivo aos docentes quanto á realização de Mestrados e Doutorados, visando a capacitação docente e o fortalecimento da pesquisa. Implementação das Políticas de Pesquisa Consolidação e ampliação do grupo de pesquisadores mestres e doutores, em condições de sustentar as linhas de pesquisa e da iniciação científica do curso; Estímulo ao engajamento na pesquisa de acordo com cronograma e financiamento próprios e de agências de fomento; Intercâmbios com instituições e empresas incentivadoras de pesquisa; Consolidação da Iniciação Científica, com aplicação de bolsas e estímulo de programas de voluntariado; Consolidação dos atuais grupos de pesquisa e implementação de novos grupos que atendam as diversas áreas do conhecimento atendidas pela instituição e que respondam ás peculiaridades regionais; Consolidação e ampliação dos atuais índices de produtividade docente; Articulação com o Governo do Estado, em particular com a Secretaria de Ciência e Tecnologia e a Universidade Estadual do Amazonas, no que tange a realização de programas de stricto sensu consorciados e o intercâmbio e financiamento de pesquisas; Manter o compromisso da responsabilidade social em todas as ações de pesquisa do curso; Difusão do Comitê de Ética na Pesquisa. A Universidade Nilton Lins estimula a pesquisa e a produção científica, visando à ampliação da produção do saber, fortemente integrada à realidade local. As atividades de pesquisa estão estreitamente associadas às atividades de ensino de graduação, de extensão e de pós-graduação. Nesta perspectiva, a Instituição adota uma Política Institucional de Pesquisa, claramente explicitada em seu PDI, voltada para a solução dos problemas amazônicos. 21
22 O Programa de Iniciação Científica contribui para a consolidação da pesquisa no curso, ao mesmo tempo em que constitui uma oportunidade de qualificação acadêmica dos alunos. Os editais de iniciação científica destinados aos acadêmicos oferecem bolsas no padrão CNPq. Os alunos são selecionados através de editais aprovados por Instituições de pesquisa (INPA, UEA entre outras) e amplamente divulgados. Os alunos participantes são mensalmente avaliados através de relatórios de atividades e semestralmente nas Jornadas de Iniciação Científica. Os cursos stricto sensu da Universidade Nilton Lins são resultante de decisões estratégicas traçada no PDI Plano de Desenvolvimento Institucional, que induz uma Política de Pesquisa alicerçada em princípios solidamente construídos: o trabalho pedagógico, científico e cultural; a inserção regional; a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão; o pluralismo como valor intrínseco à concepção do Ser Universitário. Como decorrências dos princípios são apontados objetivos estratégicos para alcançar suas finalidades, destacando a contribuição para o desenvolvimento da região, articulando os programas de ensino, pesquisa e extensão, tendo como referencial o homem amazônico e suas necessidades. Os resultados da pesquisa podem ser evidenciados nos cursos stricto sensu implementados. CURSO NÍVEL ANO DE IMPLANTAÇÃO Biologia Urbana Mestrado Acadêmico Biologia Urbana Mestrado Profissional Biologia Urbana Doutorado Aquicultura Mestrado Aquicultura Doutorado Ensino de Ciências e Matemática- Rede REAMEC (Rede Amazônica Ensino de Ciências e Matemática) CONCEITO CAPES Doutorado Os primeiros passos voltados para os cursos stricto sensu foram direcionados à Biologia Urbana. A recomendação da CAPES menciona a inovação da proposta e sua forte inserção regional, reconhecendo a demanda reprimida por este tipo de ação na região. Trata-se da mais nova oportunidade para profissionais das ciências da vida e áreas afins, de formação e atuação em temas relacionados à ambientes urbanos. 22
23 É especialmente relevante, a enorme importância do Programa para a região amazônica, cujas preocupações centram-se na floresta e na biodiversidade, sendo reduzida a atenção para o crescimento urbano desordenado que requer estudos na área biológica com urgência. É preciso ter sempre em consideração que a mesma pressão que o homem exerce sobre a biodiversidade, esta exerce sobre o homem nas áreas de transição, particularmente no que se refere à exposição do homem às doenças tropicais. Da mesma forma, a deposição de lixo urbano em cidade tropical com cerca de dois milhões de pessoas gera um volume considerável de lixiviáveis tóxicos que atinge os igarapés próximos a Manaus. Outra abordagem relevante nas dissertações do programa relaciona-se à produção e à conservação de alimentos em clima tropical. Sem dúvida, os resultados produzidos até aqui são importantes para a gestão pública e avanços no manejo de áreas degradadas pela ocupação urbana. Além dos cursos próprios, houve oferta de dois mestrados interinstitucionais com a UFPB, valorizando e fortalecendo os vínculos das instituições do Norte-Nordeste brasileiro em busca da excelência na qualificação de novos profissionais para o mercado em franca expansão, a saber: CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO STRICTO SENSU CONVÊNIO UFPB Curso Nível Área básica Conceito Capes Realização Psicologia Social Mestrado Acadêmico Psicologia Ciências Jurídicas Mestrado Acadêmico Direito A definição da atuação da Universidade pressupõe a responsabilidade social com o desenvolvimento da região, o que está caracterizado na sua missão institucional Educar a Amazônia. Esta missão contempla a relação ecológica e dialógica com a sociedade, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e das pesquisas científicas e tecnológicas geradas na Instituição. A Política de Pesquisa que a instituição define para o curso encontra seus pressupostos teórico-metodológicos nas grandes questões urbanas e ambientais amazônicas, em articulação com sua missão institucional. As vivências em uma região peculiar, repleta de potencialidades e problemáticas, conduzem a instituição a um engajamento que signifique capacitação de 23
24 recursos humanos e melhoria da qualidade de vida da população. A pesquisa encontra seus princípios, diretrizes e estratégias voltadas para a originalidade e características regionais. Na pesquisa distingue-se o núcleo de doutores dos cursos stricto sensu, composto por pesquisadores competitivos em termos de captação de fomento e de reconhecimento em suas áreas de atuação. Além disso, merecem destaque: o intercâmbio com instituições locais, visando à otimização de recursos humanos; o uso compartilhado de laboratórios de alta tecnologia e a realização conjunta de projetos; o investimento necessário para a manutenção da ambiência de pesquisa já instalada; a manutenção dos laboratórios equipados com tecnologia de ponta e os cursos de mestrado e doutorado recomendados pela CAPES. Além dos grupos que dão suporte aos mestrados e doutorados aprovados, destacamos os grupos nas áreas de Ciências Sociais e Humanas, Engenharias e Exatas, com o objetivo de diversificar enfoques de pesquisa e estimular a captação de novos doutores e a formação de novos programas de stricto sensu: Os grupos são: 1. Botânica aplicada ao desenvolvimento urbano. 2. Educação, saúde e sustentabilidade na Amazônia. 3. Genética molecular e bioquímica de microrganismos amazônicos. 4. Genética Química 5. Grupo de Estudos e Pesquisas em Biodinâmica do Movimento 6. Patrimônio Cultural e Natural. 7. Produtos Fitoterápicos e Cosméticos da Amazônia 8. Saúde e Alimentos na Amazônia 9. Toxicologia Ambiental. 10. Zoologia Aplicada ao desenvolvimento urbano. 11. Núcleo de Estudos e Pesquisas em Direito 12. Núcleo de Pesquisas Sociais Aplicadas na Amazônia O Programa de Iniciação Científica contribui para a consolidação de linhas e de grupos de pesquisa da Instituição, ao mesmo tempo em que constitui uma oportunidade de qualificação acadêmica dos alunos, que são selecionados através de editais aprovados pela reitoria e amplamente divulgados. O programa era fomentado exclusivamente com recursos da Instituição. Atualmente há uma distribuição entre a Instituição e a FAPEAM. 24
25 BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA 2014 Fomento Interno 40 Fomento FAPEAM 20 TOTAL 60 A pesquisa e os cursos stricto sensu atingiram elevado grau de maturidade pelo número e nível dos projetos financiados pelas agências CNPq, FAPEAM, e pelos envolvimentos com os INCT s, Projetos Genomas, Redes de Biotecnologias, entre outros, ressaltando a excelente infraestrutura com equipamentos de pequeno, médio e grande porte instalados na Unidade de Pesquisas da Universidade Nilton Lins. É relevante a participação na Rede Norte de Biotecnologia (BIONORTE), recém-aprovada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. Para que as atividades de pesquisa pudessem ter seu início, a Fundação Nilton Lins FNL, através de um convênio com a Universidade Nilton Lins, propiciou os primeiros investimentos em laboratórios, equipamentos, mobiliários, materiais. A qualidade das pesquisas oportunizou a captação de recursos por meio do fomento de agências nacionais e regionais. Os projetos aprovados junto ao CNPq representam 66% das aprovações, com um total de 23 projetos, seguindo o fomento da FAPEAM e de demais agências e órgãos. Resultante desses projetos foi a excelência dos laboratórios de pesquisa e o retorno disso na qualidade dos alunos dos mestrados, oportunizado em pouco tempo o reconhecimento da comunidade acadêmica que levou à aprovação do doutorado. O Comitê de Ética em Pesquisa da Nilton Lins (CEP-UNINILTONLINS) foi criado em 7 de abril de 2001, através da Portaria nº 03/2001 GR, com base na Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), que estabelece as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos no Brasil. Está registrado junto à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa do Ministério da Saúde (CONEP/MS), conforme carta nº 180 CONEP/PNS/MS de 05/02/2003, assinado pelo Coordenador Dr. William Saad Hossne. Com a Resolução 196/96 (CNS) ficou estabelecido que toda pesquisa envolvendo seres humanos deverá ser submetida à apreciação de um Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) e que as instituições nas quais se realizem pesquisas envolvendo seres humanos devem 25
26 constituir um CEP. O CEP é um colegiado interdisciplinar e independente criado para defender os interesses dos sujeitos da pesquisa em sua integridade e dignidade, além de contribuir para o desenvolvimento da pesquisa dentro de padrões éticos. O CEP é responsável pela avaliação e acompanhamento dos aspectos éticos de todas as pesquisas envolvendo seres humanos. Este papel está bem estabelecido nas diversas diretrizes éticas internacionais (Declaração de Helsinque, Diretrizes Internacionais para as Pesquisas Biomédicas envolvendo Seres Humanos - CIOMS) e brasileiras (Res. CNS 196/96 e complementares), diretrizes estas que ressaltam a necessidade de revisão ética e científica das pesquisas envolvendo seres humanos, visando a salvaguardar a dignidade, os direitos, a segurança e o bem-estar do sujeito da pesquisa. A atividade principal do CEP-UNINILTONLINS tem sido a revisão de protocolos de pesquisa. Além de julgar os protocolos, cabe ao CEP salvaguardar os direitos e a dignidade dos sujeitos da pesquisa. Contribui para a qualidade das pesquisas e para a discussão do papel da pesquisa no desenvolvimento institucional e no desenvolvimento social da comunidade. Valoriza também o pesquisador que recebe o reconhecimento de que sua proposta é eticamente adequada. O CEP também é responsável pelo acompanhamento e andamento das pesquisas. Para isso é fundamental que os pesquisadores enviem relatórios parciais sobre as atividades desenvolvidas até o final do estudo. Implementação das Políticas de Extensão Consolidação e ampliação dos programas de extensão a partir das demandas regionais; Envolvimento da comunidade interna e externa nas diversas etapas das ações extensionistas; Ampliação dos programas e projetos permanentes interdisciplinares; Envolvimento dos grupos de pesquisa nas atividades de extensão; Participação de todas as áreas do conhecimento e seus respectivos cursos nas atividades de extensão; Ampliação da participação de bolsistas e voluntários nas atividades de extensão; Ampliação da participação docente nas atividades de extensão e consolidação de um grupo permanente de trabalho; 26
27 Avaliação e acompanhamento contínuo das atividades de extensão; Sistematização e difusão de saberes gerado nas atividades extensionistas; Programação de atividades de formação continuada, contemplando a comunidade interna e externa da Instituição; Realização de cursos, usando a metodologia de Educação a Distância; Fortalecimento das áreas temáticas: educação, saúde, comunicação, cultura, direitos humanos, meio ambiente, tecnologia e trabalho; Realização de intercâmbios e convênios com instituições locais, nacionais e internacionais; Captação de recursos que fomentem as atividades permanentes de extensão. 4.3 Responsabilidade Social, Educação Étnico Racial e Educação Ambiental Responsabilidade Social As políticas de ensino, pesquisa e extensão encontram sua base de sustentação na Responsabilidade Social. Em decorrência desta visão de homem e educação, a instituição proclama a necessidade de viver e de difundir seus ideais e ações pautados na postura de responsabilidade social. Um dos maiores desafios do processo de globalização econômica e tecnológica é a incorporação do compromisso com a responsabilidade social por parte das organizações. Em virtude dessas novas expectativas, as Instituições de Ensino Superior vêm reforçar seu papel, que transcende sua natureza de produção de conhecimento e qualificação de recursos humanos e compreende também a valorização dos aspectos sociais, éticos e ambientais. A Universidade Nilton Lins entende a responsabilidade social como paradigma deste século que se inicia com o desejo de construir uma sociedade mais justa, por meio da melhoria da qualidade de vida, da valorização do potencial humano, do equilíbrio ecológico e da equidade social. A atuação socialmente responsável da Universidade Nilton Lins baseia-se no respeito ao pluralismo cultural que leva a valorização dos alunos, professores e funcionários, por meio da concessão de bolsas de estudo, cursos de imersão e de qualificação, excelente ambiente de aprendizagem e trabalho, além de justa remuneração, defendendo assim veementemente a inclusão social. 27
28 Nesse contexto de responsabilidade social, as políticas de ensino, pesquisa e extensão incorporam tais compromissos por meio de seus componentes curriculares e do desenvolvimento de eventos, projetos e programas que visam aprimorar os princípios éticos da comunidade e promover impacto social positivo no meio. O desenvolvimento da pesquisa científica na instituição tem como objetivo maior ampliar os conhecimentos e consequentemente apontar novos caminhos para a busca de soluções de problemas que estão intimamente ligados às questões urbanas, ambientais e sociais dos amazônicos. A Extensão Universitária também assume uma postura socialmente responsável como base para o desenvolvimento de todas as suas ações, tendo como escopo central e urgente a questão dos direitos humanos em uma sociedade marcada pela exclusão, conflitos e desigualdades estruturais, com situações de injustiça institucionalizada. Assim, a conquista dos direitos humanos está intimamente relacionada com o trabalho extensionista da instituição, articulada com o ensino e a pesquisa, superando a visão individual desses direitos e assumindo uma abrangência social. À universidade cabe exercer um papel de humanização a partir da aquisição de conhecimentos e de valores para a conquista do exercício pleno da cidadania o que implica no reconhecimento e na denúncia das formas pelas quais os direitos humanos são violados na sociedade. E de forma contundente na apresentação de programas, projetos, propostas para que na relação de troca que com a sociedade estabelece fique marcada a sua contribuição. Atualmente, a Universidade Nilton Lins conta com duas unidades educacionais, estando o Campus Universitário principal localizado no Parque das Laranjeiras, onde é sediado o curso. Neste espaço, a IES oferta cursos de graduação em todas as áreas do conhecimento, realiza cursos de pós-graduação (especialização e mestrados) em diversas áreas, dispondo de infraestrutura física ampla, moderna e atualizada tecnologicamente, além de um hospital-escola. A segunda unidade se situa no bairro do Japiim, próximo ao Distrito Industrial, concentrando a oferta de cursos tecnológicos que atendem à demanda de formação específica requerida pelas indústrias da Zona Franca de Manaus (atual Polo Industrial de Manaus - PIM). É inegável o fato de que a paisagem amazônica foi e continua sendo alterada rapidamente, tornando-se motivo de preocupação constante do governo e de organizações ambientalistas (nacionais e internacionais). No âmbito do Estado do Amazonas, as atividades 28
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