Projeto de Climatização

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1 Projeto de Climatização LABORATÓRIO DE ENGENHARIA CIVIL Projecto de Eficiência Energética em Edifícios e Equipamentos PEEE

2 Índice 1. INTRODUÇÃO OBJECTIVOS CARACTERÍSTICAS DO PROJECTO: CONDIÇÕES EXTERIORES E INTERIORES CONDIÇÕES INTERIORES OCUPAÇÃO DOS ESPAÇOS APARELHOS DE ILUMINAÇÃO E OUTROS EQUIPAMENTOS ENVOLVENTE DO EDIFÍCIO SISTEMA DE CLIMATIZAÇÃO ÁREAS A CLIMATIZAR TUBAGEM DE FLUIDO REFRIGERANTE REDE DE ESGOTO DE CONDENSADOS INSTALAÇÃO ELÉCTRICA DESCRIÇÃO DOS APARELHOS DE CLIMATIZAÇÃO DO EDIFÍCIO... 7 PÁGINA 1

3 1. INTRODUÇÃO A presente memória descritiva tem como objectivo definir a instalação de ar condicionado referente ao Laboratório de Engenharia Civil de Cabo Verde, sita na zona Industrial de Tira Chapéu Ilha de Santiago, República de Cabo Verde. A proposta a apresentar pelo adjudicatário, terá de respeitar as especificações desta memória descritiva. O edifício será dotado de uma instalação de Climatização, (AC) destinada a climatizar e controlar a temperatura de todas as zonas com ocupação, sendo assim estabelecer-se-á para todos os espaços um critério de qualidade e flexibilidade capaz de assegurar uma adequada exploração dos sistemas. A montagem do sistema, deverá obedecer às exigências técnicas necessários para garantir o bom funcionamento da instalação. Os aspectos relativos à componente energética, à funcionalidade, às condições de manutenção e flexibilidade das instalações e naturalmente à sua viabilidade económica, serão devidamente ponderados durante a definição e desenvolvimento das soluções de climatização. O projecto geral de arquitectura é o documento que prevalece sobre qualquer documento das diferentes especialidades. Assim na execução dos trabalhos de montagem do sistema de climatização, o projecto de arquitectura deve ser tomado em consideração. Durante a execução dos trabalhos, verificando-se qualquer incompatibilidade com o projecto geral de arquitectura, o adjudicatário deverá levantar o problema em tempo de ser resolvido de forma coordenada com as diferentes especialidades. As marcas dos materiais e equipamentos eventualmente referidas nesta memória descritiva, têm por finalidade definir o padrão de qualidade pretendido, podendo ser substituídos por materiais de qualidade equivalente de outras marcas, desde que aprovados pela fiscalização da obra. 2. OBJECTIVOS O objectivo da definição das instalações de Climatização do edifício, é permitir aos seus utilizadores, usufruir de boas condições de conforto térmico. Os parâmetros que orientaram a execução deste trabalho foram as seguintes: PÁGINA 2

4 Selecção de sistemas e equipamentos adaptáveis às condições existentes, nomeadamente a concepção do edifício e os espaços disponíveis. Facilidade na manutenção das instalações; Segurança no funcionamento do sistema; Eficiência energética do sistema; 3. CARACTERÍSTICAS DO PROJECTO: Para a elaboração deste projecto foram definidos os seguintes critérios e parâmetros, a saber: 3.1. CONDIÇÕES EXTERIORES E INTERIORES Descrição Épocas frias Épocas (inverno) (verão) Temperatura exterior bolbo seco (ºC) Temperatura exterior bolbo húmido Humidade relativa (%) quentes As temperaturas foram adotadas os valores de referência da cidade da Praia CONDIÇÕES INTERIORES Para o estabelecimento dos parâmetros das condições interiores do projecto foram consideradas as necessidades do conforto térmico: Temperatura interior de conforto (ºC): 22 ± 2 Humidade relativa (%): 60% 3.3. OCUPAÇÃO DOS ESPAÇOS Para o Projecto de arrefecimento, na situação de verão, foi considerada, para cada espaço a ser climatizado, a ocupação média por cada tipo de gabinete. O calor dissipado pelas pessoas, nas zonas climatizadas, considerando que as pessoas estão sentadas realizando trabalho leve, para uma ocupação de 7m 2 /pessoa, é o seguinte: PÁGINA 3

5 Calor Sensível (W/pessoa) Calor Latente (W/pessoa) APARELHOS DE ILUMINAÇÃO E OUTROS EQUIPAMENTOS No cálculo da carga térmica derivada da potência de iluminação e da dissipação de calor proveniente de eventuais equipamentos, em cada local a climatizar, foi considerado o valor médio de: Iluminação =15W/m2. Equipamentos = 20W/m ENVOLVENTE DO EDIFÍCIO Dado existirem trocas térmicas de calor, através da envolvente, entre o ambiente climatizado e o exterior, calculam-se as perdas e cargas térmicas, de acordo com a solução de arquitectura para a fachada do edifício. Os coeficientes de transmissão térmica de elementos da envolvente dos edifícios utilizados, são os da publicação do LNEC e foram: Designação Parede exterior Parede interior Característica Parede em bloco de betão com espessura de 0,20m e revestimento interior em reboco de 5cm de espessura. Parede em bloco de betão com espessura de 0,20m e revestimento interior em reboco de 5cm de espessura Condutividade térmica (W/m2) 1,967 1,967 Pavimento pisos entre Pavimento com laje de betão, revestimento 1.0 cm e betonilha de assentamento 5.5cm 1,850 Cobertura Cobertura em Laje maciça de betão 23.0 cm, com camada de forma em betão leve 5.0 cm, PÁGINA 4

6 Impermeabilização 1.0 cm e camada de proteção 5.0 cm Envidraçados Vidro simples incolor 6 Caixilharia metálica simples FS = SISTEMA DE CLIMATIZAÇÃO ÁREAS A CLIMATIZAR Com base na caracterização já referida, prevê-se a utilização de sistemas de climatização que assegurem condições de conforto higrotérmico, compatíveis com o nível de qualidade exigido. Para a climatização do espaço em questão, e dado aos condicionalismos arquitectónicos existentes, pois trata-se de um edifício existente e em funcionamento, considerou-se a instalação, em cada espaço, de sistema Multi Split com unidades interiores do tipo mural. Para a climatização das áreas de serviço de cada piso do edifício, foram projectados com o sistema de climatização funcionando com uma unidade externa (condensador) e unidades internas do tipo mural. O sistema de climatização multisplit, inverter modula o fluxo de fluido refrigerante conforme a capacidade que cada edifício necessita. Este sistema compreende uma unidade exterior arrefecida por ar e uma série de unidades interiores que regulam a temperatura do ar dentro de um espaço interior. O sistema multisplit, são equipamentos do tipo de expansão directa, que permitem conectar várias unidades interiores a uma única unidade exterior através de duas linhas frigorificas, regulando o caudal de refrigerante que passa em cada unidade interior, mediante um sofisticado sistema de controlo de capacidades que ajusta o funcionamento das unidades interiores e unidade exterior, em função das necessidades do local. As unidades exteriores, serão instaladas conforme indicado nas peças desenhadas TUBAGEM DE FLUIDO REFRIGERANTE As redes de fluido refrigerante são constituídas por tubagens de cobre e isoladas de acordo com a normativa vigente. As tubagens de gás de aspiração e de descarga dever ser sempre isoladas, nos troços exteriores o isolamento não deverá ser exposto ao sol, nem durante a instalação nem depois da montagem. Deverão ser protegidos com uma camada de pintura densa para evitar as radiações ultravioletas, e resistir à PÁGINA 5

7 intempérie Nos circuitos internos e externos, todas as tubagens deverão ser instaladas e fixas em calha técnica metálica ou em PVC, cujo desenvolvimento permita a sua utilização. Cada conjunto, linha de gás /linha de líquido, deverá ser isolado separadamente. As características técnicas do isolamento deverão ser: Condutibilidade térmica a 0 ºC <0,035 W/m.ºC Temperatura de utilização - 40 ºC a +105 ºC Permeabilidade ao vapor água 0,038g.cm/m2dia.mm Hg As uniões deverão ser abocardadas e as soldaduras deverão ser igualmente isoladas, como precaução não é conveniente realizar o isolamento destes pontos até que se execute o teste de fugas, comprovando assim a sua estanquicidade. O fluido refrigerante a ser utilizado será o fluido refrigerante R410-A, um refrigerante isenta de cloro e, amiga do ambiente. Dever-se realizar vácuo, antes de efectuar a carga final de refrigerante, de forma a garantir que não exista humidade na instalação. Os circuitos frigoríficos deverão ter traçado o mais simples possível e incorporar todos os elementos fundamentais para o bom funcionamento da instalação, de acordo com as indicações do fabricante dos equipamentos a instalar e as melhores regras da arte. As uniões ou derivações frigoríficas serão fornecidas pelo fabricante a para instalar, dever-se-á seguir escrupulosamente o processo indicado no manual. As Derivações devem ser colocadas na posição horizontal ou na vertical (tanto com a entrada na posição ascendente como descendente). A distribuição das derivações deverá ser indicada pelo fabricante/fornecedor, evitando desta forma ocorrências de problemas na instalação tal como o deficiente retorno de gás refrigerante ao compressor. Deverão ser executadas todos os testes de fuga com azoto, ao sistema antes da abertura das válvulas de serviço e de efectuar a carga final de refrigerante. Estes testes serão realizados sempre com pressão positiva e de acordo com as indicações do fabricante. PÁGINA 6

8 REDE DE ESGOTO DE CONDENSADOS A drenagem dos condensados deverá ser em tubagem de PVC devidamente isolada por fim de evitar as condensações que se produzem quando a humidade relativa é alta. Os condensados serão conduzidos através de uma rede de tubagem ate a um ponto de drenagem conforme definidos nas peças desenhadas INSTALAÇÃO ELÉCTRICA A empreitada inclui a execução das instalações eléctricas bem como o fornecimento de todo o material necessário (ex. disjuntores, cabos eléctricos, etc.) para a montagem dos circuitos eléctricos dedicados ao sistema de climatização DESCRIÇÃO DOS APARELHOS DE CLIMATIZAÇÃO DO EDIFÍCIO Para a Climatização do edifício, e, tendo em conta a funcionalidade dos espaços, superfície e as circulações, optou-se por um sistema multisplit inverter conforme atrás descrito com uma unidade exterior e várias unidades interiores, do tipo mural. A seguir descrevem-se os sistemas de climatização: Máquina nº 1 UNIDADE EXTERIOR - MULTISPLIT UNIDADE INTERIOR Capacidade REFERÊNCIA Capacidade REFERÊNCIA UE-1 MU5M30.U PM095PNSJ 9000 PM095PNSJ 9000 PM095PNSJ PM185PNSK Total Máquina nº 2 Capacidade REFERÊNCIA Capacidade REFERÊNCIA UE-2 MU5M30.U44 Total PÁGINA 7

9 Máquina nº 3 Capacidade REFERÊNCIA Capacidade REFERÊNCIA UE-3 MU5M30.U44 Total PM18SPNSK Máquina nº 4 Capacidade REFERÊNCIA Capacidade REFERÊNCIA UE-4 MU3M21.UE4 Total PM095PNSJ Máquina nº 5 Capacidade REFERÊNCIA Capacidade REFERÊNCIA UE-5 MU5M40.UO PM095PNSJ Total Máquina nº PM18SPNSK PM24SPNSK Capacidade REFERÊNCIA Capacidade REFERÊNCIA UE-6 MU3M21.UE PM18SPNSK Total Máquina nº 7 Capacidade REFERÊNCIA Capacidade REFERÊNCIA UE-7 MU2M17.UL Total Máquina nº 8 PÁGINA 8

10 Capacidade REFERÊNCIA Capacidade REFERÊNCIA UE-8 MU5M30.U PM18SPNSK PM24SPNSK Total Máquina nº 9 Capacidade REFERÊNCIA Capacidade REFERÊNCIA UE-9 MU5M30.U44 Total PM18SPNSK PM18SPNSK Cortina de AR - SODECA MODELO Caudal máx (m3/h) Tensão ventilador (V) Intensidade ventilador (A) AC-15-E ,95 Praia, julho de 2018 Engº António do Canto PÁGINA 9