08 a 11 de Março de 2012 Araruama - Casa de Cultura de Araruama Praça São Sebastião, 148 Centro Araruama - RJ. Entrada Gratuita

Transcrição

1 08 a 11 de Março de 2012 Araruama - Casa de Cultura de Araruama Praça São Sebastião, 148 Centro Araruama - RJ Entrada Gratuita

2 Expediente Executivos Ampla Marcelo Llévenes - Presidente André Moragas - Diretor de Relações Institucionais e Comunicação Ana Paula Caporal - Responsável pela Responsabilidade Social Beatriz Stutzel - Especialista em Responsabilidade Social Janaina Vilella - Responsável pela Comunicação Externa Flavia Weekes Brandão - Analista de Marketing Leandro Barbosa - Executivo de Clientes Institucionais Realização: Biruta Rodrigo Castro e Carolina Nacif - Executivos de Conta Caio Nanderson - Diretor de Arte Carolina Avena - Redatora André Felippe - Ilustrador Andrea Brasil e Fernanda Novaes - Produtoras 2

3 Introdução Ampla apresenta: O Brasil que você ainda não conhece. O Consciência Ampla Cultural surgiu com o intuito de levar às pessoas um pouquinho da cultura do nosso país. Queremos mostrar a todos os costumes e tradições das regiões, junto as suas danças típicas, ritos e lendas, que unidos ajudaram a formar o Brasil que vemos hoje. E, principalmente, apresentar às crianças uma realidade que nasceu muito antes delas, a origem do folclore e a cultura de cada canto do país. Mestre de Cerimônia - Angelo B, vocalista do Rio Maracatu. Nosso mestre de cerimônias será Angelo B, vocalista do Rio Maracatu e baixista, cantor e compositor da banda Blindado. Como ator, ele já participou de novelas como Alta Estação, da Record e Malhação, da Globo. Também já trabalhou em teatro, atuando em peças infantis do grupo NEAE, no mercado a mais de quinze anos. Angelo é um dos cantores e interpretes do Bloco-Banda Quizomba, do Circo Voador, que toca samba e marchinhas de personalidades da MPB como Lenine, Chico Science, Gilberto Gil, Seu Jorge, entre outras. Foi também parceiro de Fernanda Abreu, fazendo vocais de apoio nos shows da cantora. A palavra folclore é de origem inglesa. O termo folk, em inglês, significa povo, e lore significa cultura. 3

4 Programação 08/03 Quinta-feira 10h30, 13h e 15h h30, 13h e 15h h, 11h, 13h e 14h h30, 11h30, 13h30, 14h30 e 15h Manhã e tarde h às 21h h h40, 13h30 e 15h h Oficinas Oficina de Danças Típicas Oficina de Música Oficina de Pintura Oficina de Brinquedo Atividades Manifestações de Samba de Roda, Jongo, Coco de Roda e Maracatu com o Grupo Cazumbaque (Horários surpresa) Vídeos Educativos Literatura de Cordel Contação de Histórias Espaço Bate Papo Solenidade de Abertura e bate-papo com o Monarco 09/03 Sexta-Feira 10h30, 13h e 15h h30, 13h e 15h h, 11h, 13h e 14h h30, 11h30, 13h30, 14h30 e 15h Manhã e tarde h às 21h h h40, 13h30 e 15h h Oficinas Oficina de Danças Típicas Oficina de Música Oficina de Pintura Oficina de Brinquedo Atividades Manifestações de Samba de Roda, Jongo, Coco de Roda e Maracatu com o Grupo Cazumbaque (Horários surpresa) Vídeos Educativos Literatura de Cordel Contação de Histórias Atração Especial Palhaço Topetão e sua Trupe 4

5 Programação 10/03 Sábado 10h30, 13h e 16h h30, 13h e 16h h, 11h, 13h e 14h h30, 11h30, 13h30, 14h30 e 15h Manhã e tarde h às 21h h h40, 13h30 e 15h h Oficinas Oficina de Danças Típicas Oficina de Música Oficina de Pintura Oficina de Brinquedo Atividades Manifestações de Samba de Roda, Jongo, Coco de Roda e Maracatu com o Grupo Cazumbaque (Horários surpresa) Vídeos Educativos Literatura de Cordel Contação de Histórias Teatro Municipal de Araruama Toni Garrido 11/03 Domingo 10h30 e 13h h30 e 13h h, 11h, 13h e 14h h30, 11h30, 13h30, 14h30 e 15h Manhã, tarde e Cortejo às 16h h às 16h h h40, 13h30 e 15h Oficinas Oficina de Danças Típicas Oficina de Música Oficina de Pintura Oficina de Brinquedo Atividades Manifestações de Samba de Roda, Jongo, Coco de Roda e Maracatu com o Grupo Cazumbaque (Horários surpresa) Vídeos Educativos Literatura de Cordel Contação de Histórias 5

6 Qual é a sua Cultura? O Consciência Ampla Cultural: o Brasil que você ainda não conhece oferece uma boa oportunidade para Araruama mostrar o seu talento. Qual é a sua cultura? vai apresentar, através dos alunos da rede municipal de ensino várias apresentações artisticas, revelando talentos locais. Venha conhecer um pouco mais da cultura de Araruama. Um dos poetas da literatura de cordel que fez mais sucesso até hoje foi Leandro Gomes de Barros ( ). Acredita-se que ele tenha escrito mais de mil folhetos. 6

7 Bate Papo Palhaço Topetão e sua Trupe. 09/03 - Sexta feira 15h00 O Palhaço Topetão (Renato Ferreira) é conhecido pelos seus primorosos espetáculos, repletos de figurinos exuberantes e bonecos gigantes. Entre um musical e outro, a trupe do Topetão se apresenta com números de malabarismo, acrobacia e claro, muita palhaçada, em um espetáculo que promete diversão para todas as idades. Todos os artistas são formados pela Escola Nacional de Circo e já fizeram shows pelo exterior. Um espetáculo que promete diversão para todas as idades. Toni Garrido Teatro Municipal de Araruama 10/03 - Sábado 19h00 Toni Garrido, é um dos cantores mais carismáticos e versáteis da música brasileira, começou sua carreira como vocalista da banda Bel, mas foi em 1994 quando entrou para o Cidade Negra, que a sua carreira deslanchou junto com a banda. Com a chegada de Toni, o Cidade se encaminhou para um perfil mais pop e dançante, mas sem fugir ao universo do reggae, que era a base da banda. A partir daí, o grupo entrou para o primeiro time de nossa música, sendo requisitado para apresentações país afora. Paralelo a Cidade Negra,Toni Garrido começou a se dedicar também ao cinema, sua segunda paixão. Em 1999, além de ter cantado na trilha, atuou como protagonista no filme Orfeu. Hoje, paralelo ao trabalho na banda Cidade Negra, Toni Garrido tem se dedicado à sua carreira solo, apresentando-se com sua própria banda em shows onde canta composições próprias, inéditas, seus principais sucessos do Cidade e clássicos dos anos 80. A primeira máscara de Carnaval foi feita anos A.C. As máscaras eram fabricadas e ornamentadas para serem celebrações, cultos e rituais dos povos primitivos. ww 7

8 Bate Papo Monarco 08/03 -Quinta 19h00 Hildemar Diniz, o Monarco (Rio de Janeiro, 17 de Agosto de 1933), é um cantor e compositor brasileiro consagrado no mundo do samba. Em 1950 foi convidado a integrar a ala de compositores da Portela, sua grande paixão, mais tarde se tornara líder da velha guarda idealizada por Paulinho da Viola e mais tarde, diretor de harmonia. Em 1995, Monarco ganha reconhecimento internacional com o CD A Voz do Samba, lançado no Japão pelo selo Kuarup, rendendo-lhe um prêmio Sharp de melhor cantor do gênero. Discípulo de Paulo da Portela, Monarco é um mestre de melodias apuradas, letras de qualidade louvável, figurando entre os maiores sambistas da história. Entre seus sucessos estão Vida de Rainha, Passado de Glória e Coração em Desalinho, parceria com Ratinho de Pilares, gravada por Zeca Pagodinho e que atingiu imenso apelo popular. Em 2010, Monarco gravou seu primeiro DVD - Monarco: A Memória do Samba no Teatro Oi Casa Grande, Rio de Janeiro, do qual participam Zeca Pagodinho, Martinho da Vila, Paulinho da Viola, Beth Carvalho, Velha Guarda da Portela e Família Diniz, tudo sob a direção artística de Mauro Diniz, filho de Monarco. Este DVD faz parte de um projeto que visa preservar a obra deste bamba portelense e traz ainda um CD ao vivo do mesmo show, com um almanaque intitulado Memórias de um Bamba. Este material foi lançado em maio de 2011 para distribuição gratuita às bibliotecas públicas Na lenda do lobisomem, quando uma mulher tem sete filhas, se o oitavo nascer homem, ele irá virar lobisomem. 8

9 Manifestações Grupo de Dança CAZUMBAQUE 08 a 10/03 - Quinta, Sexta e Sábado O Cazumbaque é formado por 10 integrantes, dentre eles dançarinos, cantores e percussionistas de diversos lugares do Brasil, que se uniram com o intuito de dar continuidade à cultura popular cada vez mais esquecida. O grupo reúne ritmos e danças populares de todos os cantos do país, sempre transmitindo alegria, ao mesmo tempo em que divulga a cultura e a musica das regiões brasileiras. Composto por profissionais premiados de diversos grupos de resistência cultural e pesquisadores de cultura popular, o grupo está em constante renovação, baseada em pesquisas feitas pelos próprios integrantes, através de viagens documentais e de vivências musicais, onde as manifestações ainda acontecem de forma rústica e original. O Cazumbaque apresenta diversas manifestações culturais, dentre elas Maracatu, Coco de roda, Jongo, Samba de Roda e Bumba meu Boi. O que é o que é: Está no começo da rua, no fim do mar e no começo da terra? R: A letra R. 9

10 Manifestações Coco de Roda Dança típica das regiões praianas do Norte e do Nordeste do Brasil, com forte influência de bailados Tupis e dos batuques africanos. O Coco de Roda é dançado principalmente em comemorações juninas dessas regiões. Alguns afirmam que o Coco nasceu nos engenhos, outros, que teve origem no canto dos tiradores de coco, e que somente depois se popularizou como um ritmo dançado. Em sua coreografia, os participantes podem também ficar descalços e não tem um vestuário específico. Eles formam filas ou rodas onde executam o sapateado característico, trocam umbigadas entre si e com os pares vizinhos e batem palmas marcando o ritmo. Geralmente é um mestre cantadô que puxa os cantos e anima a dança. Samba de Roda O Samba de Roda é uma herança da cultura africana que surgiu no litoral Baiano. Trazido pelos negros no período de escravidão no Brasil, tem também influência portuguesa, com a presença da viola e do pandeiro. Ao som de atabaques, ganzá, reco-reco, viola e violão, o solista é acompanhado por pessoas cantando e sambando. Nas cidades baianas de São Félix, Muritiba e Santo Amaro, o Samba de Roda é destaque na Festa de Nossa Senhora da Purificação. Já em São Francisco do Conde, Feira de Santana e Itacaré, celebram o samba de raiz na festa de Dois de Julho. Em Conceição do Almeida o samba é celebrado em ambas as datas. - O que é o que é: Feito para andar e não anda? R: A rua. 10

11 Manifestações Maracatu É uma manifestação da cultura popular brasileira de herança africana que surgiu no período da escravidão no Brasil, predominando no Estado de Pernambuco, no período do carnaval. Hoje, o Maracatu Nação, também chamado de Maracatu de Baque Virado, é conhecido em todo o país e até mesmo lá fora. Na festa, uma corte real africana é representada: há um rei, uma rainha, príncipes e princesas, que ficam no meio da roda, sendo protegidos pelos vassalos, que circulam ao redor da côrte, enquanto os batuqueiros animam a corte, tocando alfaias, gonguês, xequerês e maracás. Há também a dama do paço, que carrega a Calunga, uma boneca de cera e de madeira que representa um ancestral da coroa. O cortejo de Maracatu é um espetáculo rico em termos estéticos e rítmicos que compõem a história do povo africano. Jongo No período de escravidão no Brasil, o Jongo, também chamado Caxambu, era dançado pelos negros que trabalhavam nas plantações de café da região Sudeste. No Jongo não há um padrão rítmico, nem uma coreografia própria. As características variam de acordo com a comunidade. Os instrumentos presentes na manifestação são o Tambu, tambor maior, e o Candongueiro, menor, os atabaques, o chocalho, também denominado guaiá ou inguaiá, e, em alguns grupos do RJ, a puíta, uma cuíca de som mais grave. Hoje, ainda existem comunidades jongueiras, que vivem nas cidades ou em suas periferias e celebram todos os anos o 13 de maio, dia da Abolição da Escravatura. O dia oficial do Folclore Brasileiro é 22 de agosto. 11

12 Manifestações Bumba meu Boi - Maranhão Bumba Meu Boi é uma festa folclórica típica do Maranhão, uma tradição desde o século XVIII, que ocorre nos meses de junho e julho. O tema da comemoração é inspirado nas relações sócio-econômicas da região durante o período de Brasil Colônia, marcadas pela monocultura, criação extensiva de gado e pela escravidão. A diferença do Bumba Meu Boi para o Boi Bumbá é que a segunda é típica de Parintins, no Amazonas. Apesar das histórias contadas sobre os bois serem muito parecidas, as celebrações e os ritmos são muito diferentes. Diferente de Parintins, onde são apenas dois grupos que competem entre si, no Maranhão existem quase cem grupos de bumbameu-boi, pertencentes a sotaques diferentes. Existem 5 sotaques: matraca, zabumba, orquestra, baixada e costa de mão; sendo o primeiro o mais famoso e com mais grupos de todo o Maranhão. Cada um deles possui características específicas. Eles variam nos ritmos, nas coreografias, nos instrumentos, nos trajes. O que é o que é: Que sempre se quebra quando se fala? R: O segredo 12

13 Contação de histórias O Baú que canta e encanta 08 a 10/03 - Quinta, sexta e sábado 10h40, 13h30 e 15h O Baú que canta e encanta é um grupo com 13 anos de história, que estrelou a série intitulada Conto e Reconto exibida durante o programa Um Salto Para o Futuro, veiculado na TV Brasil. Além disso, o grupo já participou do projeto Rio tem Histórias no qual a ONG Leia Brasil organizava espetáculos litero-musicais em muitos bairros da cidade do Rio de Janeiro e da temporada de eventos Consciência Ampla Cultural. Agora em 2012, O grupo foi convidado para abrir o programa ABZ do Ziraldo. O Baú que conta e encanta vem também capitaneando projetos como o Leitura Itinerante em parceria com o Sesc formando contadores de histórias que agem como multiplicadores literários dentro das comunidades cariocas. O Baú da Cultura Popular Nesse espetáculo o grupo traz histórias de domínio público recolhidas pelo folclorista Luís da Câmara Cascudo, mostrando a beleza e a sabedoria que habitam diversos cantos do país. Numa apresentação com o formato litero-musical o grupo convida a plateia a fazer uma viagem utilizando-se da palavra e da música como veículo condutor. O que é o que é: surdo e mudo, mas conta tudo? R: O livro. 13

14 Literatura de Cordel 08 a 11/03 - Quinta, Sexta, Sábado e Domingo Literatura de Cordel é um gênero literário que se popularizou A no Brasil, a princípio na região Nordeste, principalmente nos Estados de Pernambuco, Ceará, Alagoas, Paraíba e Bahia. Foi trazida pelos portugueses no período do Brasil Colônia. O nome Cordel veio de Portugal, pois lá os folhetos impressos eram expostos para venda nas feiras sendo amarrados em cordões, estendidos em lojinhas de mercados populares ou mesmo nas ruas. As ilustrações eram feitas, e muitas são até hoje, pelo processo de xilogravura, uma técnica que utiliza a madeira como matriz e possibilita a reprodução da imagem gravada sobre o papel. As histórias de Cordel são marcadas pelo tom humorístico, fazendo uso de rimas para retratar assuntos do cotidiano, como festas populares, vida política, a realidade das secas, disputas territoriais, brigas, milagres e crenças, vida dos cangaceiros nos sertões, atos de heroísmo, milagres, morte de personalidades, entre outros. A Literatura de Cordel influenciou grande parte das lendas e mitos que compõem o folclore brasileiro, passando de geração em geração. Um dos poetas da literatura de cordel que fez mais sucesso até hoje foi Leandro Gomes de Barros ( ). Acredita-se que ele tenha escrito mais de mil folhetos. 14

15 Exposição de Fotografia O Jongo da Serrinha 08 a 11/03 - Quinta, Sexta, Sábado e Domingo Foi por volta dos anos 30 que o jongo foi perdendo espaço e desaparecendo nos morros cariocas. A Serrinha, uma comunidade em Madureira, foi uma das poucas a preservar as tradições da cultura afro-brasileira, como as casas de pau-a-pique, os bambuzais, o candeeiro e, claro, o jongo, que ficou famoso no Brasil inteiro, chamando a atenção de intelectuais, artistas e políticos de todos os cantos da cidade para as festas e rodas de jongo da Serrinha. Em 2001, os moradores da comunidade se reuniram para fundar o Centro Cultural Jongo da Serrinha, para manter a tradição viva no local e divulgar o jongo para fora. Teremos uma exposição de fotos do Jongo da Serrinha tiradas pelo fotógrafo e colaborador da ONG Alcinoo Giandinoto. Alcinoo Giandinoto Fotógrafo e designer italiano, Alcinoo foi um dos colaboradores da ONG Jongo da Serrinha, localizado em Madureira, no Rio de Janeiro, trabalhando com fotografia documental. Também trabalhou como diretor de arte para o grupo cultural, fazendo parte do conselho administrativo. Iniciou um processo de renovação da imagem e de divulgação do projeto, contribuindo com exposições de fotografia, design de material promocional e do site, promovendo seu desenvolvimento e a criação de novos projetos e diretrizes. Em 2009, fundou o JongoTV, um canal online do Jongo da Serrinha, patrocinado pelo projeto Criança Esperança. O canal foi criado para divulgar as atividades culturais promovidas pela ONG. Quando o jongueiro deseja parar a dança e mudar o canto, ele grita Cachuera!. Já no Jongo carioca, o jongueiro grita Machado!. 15

16 Curiosidades Literatura de Cordel A literatura de cordel foi, por muito tempo, o principal meio de comunicação da região Nordeste. Foi utilizada para divulgar episódios marcantes da história brasileira, como a morte do Presidente Getúlio Vargas, que rendeu cerca de 2 milhões de folhetos. Com linguagem simples, a estrutura dos textos da literatura de cordel é toda em versos. Geralmente, cada estrofe possui seis versos. Por César Obeid O cordel é diferente Do repente improvisado O cordel é sempre escrito Em folheto e declamado O repente é improviso Sem ter nada decorado. Mas o nome do cordel Provém lá de Portugal Os cordéis ali ficavam Pendurados num varal No Brasil é diferente Folheto é o nome usual. O cordel foi no passado O jornal do sertanejo Sem TV nem internet Num pequeno vilarejo Esperavam o poeta Com a rima e com gracejo. Hoje é muito diferente De alguns anos atrás Porque hoje está presente Nas maiores capitais Todo o mundo já conhece Suas rimas naturais. Quem escreve o cordel É chamado cordelista E quem canta improvisado É chamado repentista Seja escrito ou de improviso Rimas são a sua pista. 16

17 Curiosidades Cantiga As letras das cantigas de roda são simples de gravar e abordam temas educativos ou sobre a realidade infantil, servindo, não só como uma forma de diversão, mas também como aprendizagem. Chame todas as crianças que quiserem brincar, façam uma roda e já podem começar com a brincadeira. Ciranda cirandinha Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar, vamos dar a meia-volta, volta e meia vamos dar O anel que tu me deste era vidro e se quebrou O amor que tu me tinhas era pouco e se acabou Por isso, D. (nome da pessoa) entre dentro dessa roda Diga um verso bem bonito, diga adeus e vá-se embora A ciranda tem três filhas Todas três por batizar 17

18 A História do Boi Bumbá Curiosidades Em uma fazenda em Parintins, no Amazonas, havia muitos animais, dentre eles um boi muito bonito, sempre alegre e brincalhão, que adorava dançar. Ele era o queridinho de todos da região e o preferido de seu dono. Seu Francisco era um dos empregados da fazenda e sua esposa, Dona Catirina, estava esperando um bebê. Até que, para o azar do casal, ela ficou com desejo de comer língua de boi. Mas não de qualquer um. Ela queria a língua do melhor boi de Parintins, o boi de seu patrão. Seu Francisco, muito supersticioso, acreditava que, se não realizasse o desejo de sua mulher, o bebê nasceria com cara de língua de boi. Temendo por seu filho, Seu Francisco correu até o belo boi e o matou para tirar-lhe a língua. Quando o fazendeiro descobriu ficou enfurecido e mandou todos na cidade caçarem Seu Francisco e a grávida Dona Catirina. Assustados, eles foram atrás do pajé de Parintins para pedir sua ajuda. O fazendeiro já havia tentado de tudo para salvar seu querido boi: chamou todos os médicos do lugar, o padre, o Amo de sua fazenda e mandou todos da cidade rezarem. Mas ele já havia perdido as esperanças. Até que Seu Francisco apareceu com o pajé e todos começaram a ameaçá-lo. Sua única esperança estava nas mãos do pajé, que deveria fazer o boi voltar à vida. Para a sorte de Seu Francisco e de sua mulher, o pajé obteve sucesso: conseguiu reviver o boi, deixando todos de boca aberta, principalmente o fazendeiro, que ficou tão feliz que perdoou Seu Francisco e organizou uma grande festa para comemorar a volta de seu boi querido. Essa festa ficou conhecida como o Festival de Parintins. Diferente do que pensam, Bumba meu Boi e Boi Bumbá são totalmente diferentes. O primeiro é típico do Maranhão, e o segundo, do Amazonas. Suas histórias são diferentes e até mesmo suas alegorias. 18

19 A História do Boi Bumbá Curiosidades Festival Folclórico de Parintins O Festival Folclórico de Parintins é uma festa popular da Cidade de Parintins, no Amazonas, e a maior Festa Folclórica do Brasil. É realizado anualmente no último fim de semana de junho. No início era apenas uma festa de rua, porém, com o passar dos anos, foi se tornando tão popular que foi construído, em Parintins, o Centro Cultural e Esportivo Amazonino Mendes, com 35 mil lugares, para receber a todos. O estádio recebeu o nome de Bumbódromo, por ter o formato da cabeça de um boi. Na festa, dois grupos competem entre si: o Boi Garantido, vermelho e branco, que representa o boi do povo, e o Boi Caprichoso, azul e branco, que representa o boi da elite. O festival acontece durante três noites seguidas, nas quais os dois grupos se apresentam explorando as temáticas regionais, como lendas, rituais indígenas, mitos da floresta amazônica e costumes locais, através de alegorias e encenações. - O que a peteca falou para galinha? R: Tenho pena de você. 19

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