Perspectivas interseccionais de gênero e classe ST 17 Daniela Rezende UFMG Palavras-chave: Teorias da justiça, redistribuição, reconhecimento.

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1 Perspectivas interseccionais de gênero e classe ST 17 Daniela Rezende UFMG Palavras-chave: Teorias da justiça, redistribuição, reconhecimento. Redistribuição versus reconhecimento? A intersecção entre economia e cultura nas teorias da justiça de Fraser e Young. Algumas teorias contemporâneas voltadas à questão da justiça social (Fraser 2000, 2003 e Young, 1990) representam um avanço no debate sobre a relação entre classe e gênero e a questão das desigualdades, na medida em que propõem que uma concepção de justiça social mais apropriada deve partir da percepção de que classe e gênero (ou economia e cultura) estão relacionados e que estes aspectos se reforçam mutuamente, concebendo as desigualdades como fenômenos que apresentam causas múltiplas. Tal perspectiva, portanto, escapa das armadilhas colocadas por um lado, por concepções de justiça referentes a aspectos redistributivos (Rawls, 1981 e Barry, 2001) e por outro, pelas análises que enfocam a questão do reconhecimento dos seres humanos enquanto seres morais, considerando as injustiças econômicas como reflexos de déficits de reconhecimento, relacionados a injustos padrões culturais de trocas intersubjetivas (Honneth, 2003) 1. A concepção de justiça desenvolvida por Honneth (op. cit.) tem como ênfase a idéia da busca de reconhecimento moral como substrato comum a todas as reivindicações por justiça, incluídas aqui as demandas por distribuição de bens e oportunidades econômicas. Nesse sentido, a injustiça deve ser entendida como expressão institucional do desrespeito social ou de relações injustificadas de reconhecimento (Honneth, 2003,114). O autor tem como objetivo, pois, desenvolver uma teoria da justiça que considere não apenas as demandas que alcançam visibilidade pública, mas também as formas de desrespeito e descontentamento social latentes, que não atingiram o nível político e organizacional de movimentos sociais, trazendo à tona a própria questão da tematização da justiça social. Para tal, indica Honneth (op.cit.), deve-se desenvolver considerações morais -psicológicas a respeito do sentimento de injustiça, que emerge quando as expectativas normativas individuais a respeito da sociedade são violadas. Tem-se, então, que as experiências de injustiça devem ser concebidas em um contínuo de formas de negação de reconhecimento, cujas diferenças são determinadas por quais capacidades ou qualidades os indivíduos consideram injustificavelmente desrespeitados ou não reconhecidos (id, ibid,135). Dessa forma, o autor concebe a sociedade capitalista-burguesa como uma ordem institucionalizada de reconhecimento, composta por três esferas distintas de reconhecimento: a

2 esfera afetiva ou das relações íntimas, em que os sujeitos são percebidos como indivíduos, cujo princípio normativo de reconhecimento é o amor; a esfera das relações legais, em que os sujeitos são percebidos como possuidores de direitos iguais, regida pelo princípio da igualdade e, por fim, a esfera da estima social, em que os sujeitos são percebidos como dotados de habilidades e talentos valorosos para a sociedade e cujo princípio normativo correspondente é o mérito. Tais princípios operam como referências às quais os indivíduos podem recorrer para questionar de forma razoável a inadequação ou insuficiência de formas de reconhecimento existentes e que precisam ser modificadas. Voltando-se à relação entre a dimensão econômica e a dimensão cultural ou entre a questão da redistribuição e as demandas por reconhecimento, Honneth (2003) defende que tal conexão só pode ser entendida de forma adequada fazendo-se referência a incorporação da esfera da estima social pelo Estado de Bem-Estar, levando a uma mescla entre a esfera regida pelo mérito e a esfera correspondente ao princípio da igualdade, em que as chamadas lutas por redistribuição se pautam pela mobilização de argumentos legais baseados no princípio da igualdade visando à reavaliação de definições dos princípio do mérito. Tais conflitos seriam conflitos entre as concepções divergentes sobre o princípio do mérito visando a um aumento da estima atribuída a determinadas contribuições sociais que teriam como conseqüência a redistribuição de bens e oportunidades econômicas. Desta forma, as questões culturais são relevantes para todas as demandas por reconhecimento na medida em que a aplicação de princípios de reconhecimento sempre ocorre à luz de interpretações culturais de necessidades, reivindicações ou habilidades. Cabe, então, assumir que a distinção entre redistribuição e reconhecimento é secundária e representa a diferença na perspectiva em que os sujeitos experimentam desrespeito ou humilhação. De acordo com tal concepção, a sociedade capitalista pode ser caracterizada como constituída por três esferas distintas de reconhecimento e, mais especificamente em relação à sua dimensão econômica, pela existência de valores culturais envolvidos na constituição institucional da esfera econômica através de interpretações do princípio do mérito que o moldam de forma particular na forma da divisão do trabalho e da distribuição de status (Honneth, 2003, 156). Assim, Honneth define que sua concepção de justiça se baseia num monismo teórico-moral, considerando que, Uma vez que as instituições centrais até mesmo das sociedades capitalistas requerem legitimação racional através de princípios generalizáveis de reconhecimento recíproco, sua reprodução depende de uma base de consenso moral (Honneth, 2003, 157, tradução livre). Assim, as demandas dos grupos sociais por justiça seriam justificadas se apontassem na direção de um desenvolvimento da moralidade social que possibilitasse a auto-realização individual de todos os sujeitos na sociedade, ou seja, tais reivindicações seriam válidas se e na medida em que representassem uma ampliação das oportunidades para os indivíduos alcançarem uma maior nível

3 de individualidade, seja por processos de individualização ou formação de identidade pessoal, seja por processos de inclusão social, orientados pelos princípios que regem as relações intersubjetivas nas diferentes esferas de reconhecimento. Apresentaremos as análises de Rawls (1981) e Barry (2001), considerando-os, guardadas as diferenças entre suas análises, como representantes de uma concepção de justiça que tem como base princípios distributivos e a busca da igualdade social. Rawls (op.cit.) desenvolve uma teoria da justiça em que esta é pensada como eqüidade, ou seja, uma concepção em que a justiça social deve se basear na instituição de direitos e deveres e na distribuição eqüitativa dos benefícios da cooperação social, de acordo com os princípios de justiça estabelecidos pelos membros da sociedade por meio de um contrato social. Assim, os princípios da justiça seriam princípios distributivos relacionados à estrutura básica da sociedade, escolhidos por indivíduos racionais de forma pública e levando em conta a pluralidade característica da sociedade. O autor define, então, os dois princípios de justiça: o primeiro, relacionado às liberdades básicas que devem ser iguais para todas as pessoas e o segundo que considera a diferença, visando à amenização das desigualdades sociais e econômicas: Primeiro Cada pessoas deve ter um direito igual ao mais extenso sistema de liberdades básicas que seja compatível com um sistema de liberdades idêntico para as outras. Segundo As desigualdades econômicas e sociais devem ser distribuídas por forma a que, simultaneamente: a) se possa razoavelmente esperar que elas sejam em benefício de todos; b) decorram de posições e funções às quais todos têm acesso (Rawls, 1981, 68). Rawls (op.cit) organiza os princípios de modo que o primeiro deles tem prioridade sobre o segundo, ou seja, as liberdades básicas não são negociáveis e não podem ser violadas em prol de uma melhoria nas vantagens sociais e econômicas garantidas pelo segundo princípio. Além disso, a combinação desses dois princípios resulta no que o autor chama de igualdade democrática, que seria a combinação da igualdade com o princípio da diferença. Isso significa dizer que Todos os valores sociais liberdade e oportunidade, rendimento e riqueza, e as bases sociais do respeito próprio devem ser distribuídos igualmente, salvo se uma distribuição desigual de algum desses valores, ou de todos eles, redunde em benefício de todos (Rawls,1981, 69). Barry (2001) também defende que a justiça social deve se basear em redistribuição, sendo possível responder às críticas à concepção liberal de cidadania (semelhante ao desenvolvido por Rawls, 1981, em que tal noção é composta por dois princípios de justiça, como apresentado acima) mediante uma formulação mais cuidadosa de tal concepção, o que tornaria seus princípios fundamentais mais explícitos. Assim, Barry (op.cit) considera que duas respostas seriam adequadas ao problema colocado pela noção liberal de cidadania: sua complementação com direitos sociais e

4 econômicos universais e a efetiva promoção de igualdade de oportunidades, via políticas afirmativas. No artigo Liberalismo igualitário e multiculturalismo, De Vita (2002) apresenta outras críticas às reivindicações por reconhecimento cultural desenvolvidas por Barry (2001). Segundo esse autor, o enfoque na necessidade de reconhecimento cultural obscurece os problemas que realmente afetam os indivíduos e diferentes grupos numa sociedade pluralista, quais sejam, a falta de recursos (renda, oportunidades e direitos iguais, por exemplo) para realizarem seus fins, seus objetivos, quer dizer, o que consideram boa vida. Assim, (...) a conseqüência dessa culturalização das identidades de grupo é a sistemática desconsideração de outras causas da desvantagem de grupo. Dessa forma, os membros de um grupo podem não sofrer não porque tenham objetivos culturalmente derivados distintos, mas sim porque levam a pior na realização dos objetivos que são compartilhados de forma geral, tais como uma boa educação, empregos desejáveis e bem pagos (...) viver em um bairro seguro e salubre e ter renda suficiente para morar, se vestir e se alimentar de forma apropriada e para participar da vida social, econômica e política de sua sociedade (Barry, apud De Vita, 2002, 13). Desse modo, o liberalismo igualitário concebe uma sociedade democrática justa como sendo aquela comprometida com a garantia da distribuição de recursos sociais escassos a todos os seus cidadãos, que são livres para decidir como tais recursos institucionalmente garantidos serão aplicados, devendo haver espaço para fins individuais ou para fins coletivos. Assim, o liberalismo igualitário aplica uma estratégia de privatização das diferenças culturais, desativando sua potencialidade conflitiva e despolitizando-as ao relegá-las à esfera íntima, fazendo com que sua sobrevivência esteja relacionada à disposição dos seus adeptos em aplicar seus recursos sociais institucionalmente garantidos para esse fim. Além disso, os conflitos entre diferentes concepções de boa vida só podem ser resolvidos pela afirmação de princípios como a liberdade de expressão e de associação, a igualdade cívica, a não discriminação e a garantia de direitos e oportunidades iguais a todos. Pode haver, em alguns casos, um tratamento diferenciado para os membros de certas minorias discriminadas (como políticas e ação afirmativa, por exemplo), mas tal tratamento deve ter como alvo o indivíduo e não o grupo. Para Barry (apud De Vita, 2002), deve haver princípios que se apliquem igualitariamente aos grupos e que permitam que estes sejam tratados da mesma forma, tendo como base a liberdade de associação, incluindo a liberdade de recusar associação, e o caráter voluntário da filiação, ou seja, estando asseguradas oportunidades suficientes e apropriadas para a saída do grupo. Como se viu, demandas por redistribuição e reivindicações por reconhecimento parecem inconciliáveis, nas perspectivas apresentadas. Ora se afirma a necessidade da busca de igualdade social e a garantia de liberdades e direitos universais, ora se afirma a necessidade de conceber a diferença como bem em si, como um valor o que leva à consideração do reconhecimento como aspecto fundamental da vida humana e do desenvolvimento da sociedade como comunidade ética,

5 de valores compartilhados.considerando que tanto demandas por redistribuição quanto demandas por reconhecimento coexistem nas sociedades contemporâneas, como combinar esses aspectos apresentados acima como inconciliáveis? Apesar das análises anteriormente apresentadas demonstrarem a incompatibilidade entre redistribuição e reconhecimento, o que poderia nos levar a crer que tais aspectos são opostos, contraditórios ou excludentes, Fraser (2001) demonstra que, apesar da tensão entre tais dimensões da justiça, só poderemos responder de forma adequada às reivindicações dos diversos grupos sociais se considerarmos ambos aspectos, simultaneamente e de forma complementar: (...) longe de ocuparem esferas separadas, injustiça econômica e injustiça cultural normalmente estão imbricadas, dialeticamente, reforçando-se mutuamente. Normas culturais enviesadas de forma injusta contra alguns são institucionalizadas no Estado e na economia, enquanto as desvantagens econômicas impedem participação igual na fabricação da cultura em esferas públicas e no cotidiano. O resultado é freqüentemente um ciclo vicioso de subordinação cultural e econômica (Fraser, 2001, 251). A autora defende que a distinção entre injustiça econômica e injustiça cultural é analítica, assim como a diferenciação entre redistribuição e reconhecimento, havendo uma relação entre esses aspectos. È com base nessa relação entre demandas por redistribuição e por reconhecimento que a autora desenvolve o conceito de coletividades ambivalentes, ou seja, grupos que combinam esses dois tipos de demandas: Coletividades ambivalentes, em suma, podem sofrer injustiças socioeconômicas e nãoreconhecimento cultural em formas nas quais nenhuma dessas injustiças é um efeito indireto da outra, mas em que ambas são primárias e originais. Nesse caso, nem remédios redistributivos nem de reconhecimento isoladamente são suficientes. Coletividades ambivalentes precisam de ambos (Fraser, 2001, 259). Como exemplos de coletividades ambivalentes, a autora cita raça e gênero. Para essas coletividades, a busca de igualdade seria a forma de se combater as desigualdades socioeconômicas, enquanto a diferenciação positiva seria a forma de se combater o falso reconhecimento. Nesse sentido, para se escapar do dilema redistribuição versus reconhecimento é necessário situar a injustiça (ou as demandas por justiça) nesse campo maior de lutas múltiplas e cruzadas contra injustiças múltiplas e cruzadas (Fraser, 2001, 280). Essa postura também evita os riscos colocados pelas demandas por reconhecimento, quais sejam a reificação das identidades de grupo e o deslocamento da luta por redistribuição. Assim, as demandas por reconhecimento devem ser repensadas e construídas de modo a evitar tais problemas: Fraser (2000) propõe, então, que o reconhecimento deve ser pensado como uma questão de status social, relacionado não à busca pelo reconhecimento da identidade de um grupo específico, e sim ao status de indivíduos enquanto parceiros nas interações sociais, ou seja, a justiça social deve ter como critério a paridade de participação, critério que permite a integração entre redistribuição (condição objetiva da justiça, relacionada à distribuição de recursos materiais que assegure a

6 independência e a possibilidade de expressão daqueles que desejam particpar das decisões políticas) e reconhecimento (aspecto intersubjetivo, que diz respeito à existência de padrões culturais que expressem o respeito igualitário para todos os sujeitos e os garanta oportunidades iguais para a obtenção de estima social). Ademais, tal critério ( paridade de participação) deve ser pensado como base para se evitar injustiças intra-grupos. Fraser (2003) desenvolve um conceito de justiça baseada no dualismo perspectivo, considerando que redistribuição e reconhecimento não correspondem a dois domínios sociais substantivos, mas a perspectivas analíticas que devem ser assumidas em respeito a qualquer domínio, seja este a cultura, a economia ou a política. Nesse sentido, cabe pensar que cultura e economia não são noções ontológicas e sim históricas e que é necessário uma abertura conceitual que permita a análise de outros eixos de subordinação, como a política, por exemplo. Por fim, a autora defende que é preciso pensar em estratégias que integrem as dimensões da cultura e economia ao se pensar em justiça social. Isto implica na consideração de que somente redistribuição não é suficiente para se combater a subordinação social, mas este continua a ser um aspecto indispensável de qualquer estratégia que tenha como objetivo mudanças sociais defensáveis. Além disso, deve-se entender o déficit de reconhecimento como subordinação de status relacionada a padrões culturais institucionalizados que impedem a paridade de participação e não como depreciação da personalidade. Young (1990) também desenvolve um conceito de justiça que busca uma integração entre aspectos econômicos e culturais, considerando a como a combinação entre aspectos distributivos e a garantia de condições institucionais necessárias para o desenvolvimento e exercício de capacidades individuais e para a comunicação e cooperação coletivas. A injustiça se manifestaria, pois, como opressão que significa a existência de processos institucionais que impedem que as pessoas aprendam e usem habilidades satisfatórias e expansivas em cenários socialmente reconhecidos, e como dominação, que seria a persistência de condições institucionais que não permitem que as pessoas participem na determinação de suas ações ou nas condições em que influenciam tais ações. A autora defende que não é possível definir um único critério que defina o que é opressão, sendo que este fenômeno assume cinco faces, quais sejam: exploração, marginalização, desempoderamento, imperialismo cultural e violência. As faces da opressão estariam relacionadas a injustiças causadas por práticas sociais cotidianas e suas causas estariam referidas a normas, hábitos e símbolos não-questionados subjacentes a regras institucionais. A autora lembra que é possível estabelecer, de forma arbitrária um linha divisória entre as formas de opressão, relacionando, por um lado exploração (ligada à questão da exploração de classe ), marginalização (expulsão de uma categoria de pessoas da participação no mercado de

7 trabalho) e desempoderamento (distinção e hierarquização de grupos profissionais), relacionados à questões econômicas ou distributivas e mais especificamente à estruturação do mercado de trabalho e às relações estruturais que se referem à vida material, e por outro lado, imperialismo cultural (invisibilização e estereotipização de perspectivas sociais diferentes da perspectiva cultural hegemônica) e violência (ligada à intolerância à diferença, com objetivo de humilhar e/ou destruir indivíduos pertencentes a grupos sociais tidos como desviantes, inferiores etc) referidos a padrões culturais e práticas sociais institucionalizadas. Entretanto, a autora rejeita o desenvolvimento de uma abordagem que passe pela distinção entre economia e cultura, uma vez que os diversos tipos de opressão nunca ocorrem de forma isolada. Assim, Young defende que as diversas formas de opressão se referem a uma imbricação entre cultura e economia, ou entre padrões culturais e padrões distributivos institucionalizados em práticas sociais que se reforçam mutuamente. Enfim, a autora indica que a existência de qualquer dessas formas de opressão é critério suficiente para se considerar a existência de padrões sócia s injustos que devem ser repensados e alterados. Referências BARRY, Brian. Theories of justice. Berkeley, Calif.: University of California Press, Culture and equality. Cambridge: Harvard University Press, DE VITA, Álvaro. Liberalismo igualitário e multiculturalismo. Lua Nova, n , p. 5-27, FRASER, Nancy. Da redistribuição ao reconhecimento? Dilemas da justiça na era pós-socialista. In: SOUZA, Jessé. Democracia hoje: novos desafios para a teoria democrática contemporânea. Brasília: UnB, Rethinking recognition. New Left Review, May June FRASER, Nancy.; HONNETH, Axel,. Redistribution or recognition?: a political-philosophical exchange. London; New York: Verso, RAWLS, John. Uma teoria da justiça. Brasília: Ed. Universidade de Brasília, YOUNG, Iris Marion. Justice and the politics of difference. Princeton: Princeton Univ., Unruly categories. New Left Review, March April, A aproximação entre ess@s divers@s autores e autoras é arbitrária, uma vez que há divergências teóricas entre suas análises (Ver Fraser, 2003, Young, 1997, Barry, 1989). Entretanto, tal recurso se justifica uma vez que o objetivo deste paper é apresentar como teóricas como Young e Fraser desenvolvem estratégias analíticas que têm como objetivo escapar ao falso dilema entre redistribuição e reconhecimento evitando ainda pensar esses aspectos como estando subsumidos um ao outro.

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