BOLETIM DE ACOMPANHAMENTO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Julgamentos de 04 de dezembro de ª Sessão Ordinária 1

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1 BOLETIM DE ACOMPANHAMENTO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA Julgamentos de 04 de dezembro de ª Sessão Ordinária 1 CNJ NEGA PROVIMENTO A REQUERIMENTO DA AMB SOLICITANDO A SUSPENSÃO, ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO DE DECISÃO MONOCRÁTICA DO PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS Nº1465. A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) apresentou requerimento pedindo que fosse impugnada a decisão monocrática do pedido de providências nº1465 (que respondeu consulta formulada por magistrado do Estado do Rio Grande do Norte a respeito da disponibilidade dos magistrados para o atendimento dos advogados). Afirmou que a decisão é nula, diante da incompetência do relator para decidir monocraticamente sobre um pedido de providências. Disse ainda que a decisão interfere indevidamente na liberdade e autonomia profissional dos magistrados e alegou, ademais, que a inconstitucionalidade e ilegalidade da referida decisão. Por fim requereu a concessão de liminar para suspender a decisão proferida no pedido de providências nº1465 e pediu que fosse conhecido e provido o pedido de providências para anular e revogar tal decisão. A liminar foi negada sob o fundamento de que descabe decisão rescisória contra decisão do Conselho. O CNJ afirmou que as decisões proferidas por seus conselheiros constituem decisões judiciais, dos quais cabe apenas recurso ao plenário para reexame da Suprema Corte. 1 O presente relatório não apresenta síntese de todos os julgamentos realizados na Sessão, mas apenas daqueles indicados pela AMB como de seu interesse.

2 Além disso, estavam ausentes os pressupostos de constituição válida e regular do processo e havia a absoluta impossibilidade jurídica do pedido. No referido pedido de providências nº1465 houve decisão monocrática da qual a AMB já havia recorrido. Todavia, o recurso não foi conhecido por estar fora de prazo. Recurso Administrativo no Procedimento de Controle Administrativo nº Rui Stoco Voto vencedor. Acompanhado por Mairan Gonçalves Maia Júniro, Altino Pedrozo dos Santos, Jorge Maurique, José Adonis Callou de Araújo Sá, Felipe Locke Cavalcanti, Paulo Lobo e Técio Lins e Silva. Ausentes Ellen Gracie, Francisco César Asfor Rocha, Andréa Maciel Pachá e Joaquim Falcão. Vencido Antonio Umberto de Souza Júnior. Decisão monocrática. Recurso Administrativo. Fora do Prazo. Recurso não provido. Pedido de Providências Por unanimidade o conselho homologou o acordo, nos termos do voto do relator. O acordo não foi publicizado.

3 Antônio Umberto de Souza Júnior. Homologou acordo. Vencedor. Acompanhado por Paulo Lôbo, Rui Stoco, Altino Pedrozo dos Santos, José Adonis Callou de Araújo Sá, Mairan Gonçalves Maia Júnior, Jorge Maurique, João Orestes Dalazen, Técio Lins e Silva e Felipe Locke Cavalcanti Vencido Não há. Ausente Ellen Gracie, Francisco César Asfor Rocha, Andréa Maciel Pachá e Joaquim Falcão. : Anuladas as promoções e remoções de magistrados da Bahia. Trata-se de Procedimento de Controle Administrativo proposto pelos magistrados ISABELA KRUSCHEWSKY PEDREIRA DA SILVA, MARCELO DE OLIVEIRA BRANDÃO, MARIA MERCÊS MATTOS MIRANDA NEVES, MÁRO SOARES CAYMMI GOMES E WALDIR VIANA RIBEIRO JÚNIOR, por meio da qual se insurgem contra a promoção de magistrados, ocorrida em sessão realizada no dia Sustentam os requerentes que a Sessão de promoção é nula por ausência de fundamentação, já que o Tribunal não publicou previamente um relatório com os dados dos candidatos concorrentes, não foi publicada a lista de antiguidade, nos termos do artigo 116 da

4 Lei de Organização Judiciária do Estado da Bahia. Inferem ter havido ajuste prévio, quanto aos candidatos que lograriam a promoção. Diante tal quadro, requerem a suspensão, e posterior anulação das promoções realizadas. Após indeferimento liminar da promoção, o plenário concedeu a liminar. Atendendo ao pedido de esclarecimento requerido pelo tribunal e os magistrados interessados, dirimiram-se dúvidas relativas à extensão da suspensão. Quanto as preliminares, suscitadas pelos 25 magistrados promovidos por merecimento, o conselho rejeitou as de falta de interesse de agir e de ilegitimidade das partes. O Conselho entendeu que as promoções não foram devidamente fundamentadas, pois faltaram critérios objetivos para a formação das listas tríplices e a conseqüente escolha dos 25 magistrados, como pontuação e avaliação do merecimento. Em seu voto, o Conselheiro Antônio Umberto afirmou que foram utilizados critérios objetivos, contrariando o artigo 93 da Constituição Federal. Era imprescindível que todas as decisões do tribunal houvessem sido devidamente fundamentadas. Ainda, foi ressaltada a resolução nº06/2005, na qual as promoções por merecimento de magistrados serão realizadas em sessão pública, em votação nominal, aberta e fundamentada. Ademais, decidiu-se que os juízes permanecerão em seus cargos até posterior preenchimento na forma determinada pelo Conselho, a ser mostrada a seguir, pois o TJBA terá que realizar nova sessão plenária para apreciar os pedidos de promoção. Por maioria, sendo vencidos os Conselheiros Felipe Locke Cavalcanti, Técio Lins e Silva, João Orestes Dalazen e Mairan Gonçalves Maia Júnior, foi determinado o desapensamento do PCA nº Por unanimidade, indeferiram-se os pedidos de anulação das promoções por antiguidade para as varas de Salvador, a designação do Conselheiro para acompanhar a próxima Sessão de reapreciação dos pedidos de promoção por merecimento para

5 entrância especial, a recontagem dos pontos de atividade intelectual do candidato Mário Soares Caymmi Gomes, e a exclusão dos candidatos Patrícia Cerqueira Feitosa e Ricardo Augusto Schmitt. Por maioria, determinou-se a anulação de todas as decisões e subseqüentes atos de nomeação por merecimento e posse que redundaram na promoção por merecimento para provimento de 25 varas de Salvador, na Sessão de 03 de Setembro de 2007, mantendo os Juízes em seus cargos atuais até posterior provimento na forma determinada pelo conselho, vencido o Conselheiro Jorge Maurique. Decidiu-se, por unanimidade, esclarecer que a realização dos concursos de promoção para as vagas abertas para desembargador não foi afetada pela liminar nem pela presente decisão, devendo ser observada a obrigatoriedade de votação aberta, nominal e fundamentada, em todas as promoções e formação da respectiva lista. Ademais, foi mantida a liminar de suspensão de todos os demais concursos de remoção e promoção da justiça estadual da Bahia até a posse dos juízes promovidos por merecimento, em decorrência de reapreciação dos pedidos de promoção das Varas de Salvador. Os demais pedidos foram julgados procedente. Por fim, por maioria determinou-se o cumprimento das medidas ordenadas no prazo máximo de 30 dias, sendo vencidos os conselheiros João Orestes Dalazen e Rui Stoco. Procedimento de Controle Administrativo Conexo aos PCA`s ( , , e ). Jorge Maurique. Julgou Improcedente o pedido. Vencedor

6 Antônio Umberto de Souza Júnior. Acompanhado por Paulo Lôbo, Rui Stoco, Altino Pedrozo dos Santos, José Adonis Callou de Araújo Sá, Jorge Maurique, João Orestes Dalazen, Técio Lins e Silva, Felipe Locke Cavalcanti, Jorge Maurique, Mairan Gonçalves Maia Júnior. Vencido Ver ponto por ponto, conforme acima delimitado. Ausente Ellen Gracie, Andréa Maciel Pachá e Joaquim Falcão. Desconstituição. Ato Administrativo. Provimento. Varas. Promoções. Remoções. Magistrados só podem retirar suas férias após o cumprimento de um ano de serviços prestados. Trata-se de pedido formulado pela Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho ANAMATRA requer ao Conselho Nacional de Justiça normatize o gozo de férias no âmbito da magistratura do trabalho, no que se refere no ano de ingresso na carreira, da seguinte forma: - o gozo de férias para os juízes substitutos e para os magistrados de segundo grau, egressos do quinto constitucional deve se dar anualmente, quer seja proporcionalmente aos meses trabalhados no ano do ingresso, quer seja integralmente em labor em todo ano civil: não se exigir o cumprimento do prazo de doze meses para o gozo das primeiras férias desses magistrados, eis que não exige previsão legal com essa determinação.

7 Em seu voto, o relator esclareceu que os magistrados têm direito a férias anuais de sessenta dias, segundo o 1º do artigo 67 da LOMAN. Conforme o entendimento existente na administração pública federal, todo magistrado têm o direito de gozar férias por ano civil e não pelo cumprimento de período aquisitivo. Com a nova redação dada pela Emenda Constitucional 45/ 2004 ao inciso XII do art. 93, determinou-se que a atividade jurisdicional deve ser ininterrupta, com isso, as férias coletivas, dispostas no artigo 66, 1 da LOMAN, foram afastadas. Logo, apenas as férias individuais estão em vigor. Quanto ao primeiro período aquisitivo, deve-se utilizar a regra da analogia, os princípios gerais do direito e o costume, já que não há preceito determinador de referida matéria. A Lei nº 8.112/ 90, no seu artigo 77, 1, determina que para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 meses de exercício. A mesma regra é utilizada pela CLT. Nada justifica que o magistrado possa ter privilégios, quanto ao gozo das férias, antes que seja cumprido o prazo de um ano de serviço prestado. Pedido de Providências Rui Stoco. Julgou improcedente o pedido Vencedor. Acompanhado por Paulo Lôbo, Rui Stoco, Altino Pedrozo dos Santos, José Adonis Callou de Araújo Sá, Mairan Gonçalves Maia Júnior, Jorge Maurique, João Orestes Dalazen, Técio Lins e Silva e Felipe Locke Cavalcanti Vencido Não há.

8 Ausente Ellen Gracie, Francisco César Asfor Rocha, Andréa Maciel Pachá e Joaquim Falcão. Férias individuais. Magistrados. Justiça do Trabalho. Gozo. Substitutos. Magistrados de Segundo de Grau. Quinto Constitucional. A aposentadoria compulsória se dá ao completar 70 e não 71 anos. Trata-se de pedido administrativo interposto por Rivadávia Brayner de Melo Rangel, em face de decisão de arquivamento liminar de PCA, manejado pelo Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, no qual insurge-se contra ato de aposentadoria compulsaria, em razão do alcance de idade limite. Alega que a melhor interpretação do artigo 40, 1, II, da CF/88, é que a aposentadoria compulsória do servidor devese dar quando este completa 71 anos. Seu pedido foi julgado improcedente, pelas mesmas razões que levaram ao indeferimento liminar. Deve-se considerar como tempo de vida aquele decorrido do nascimento, até uma determinada data tomada como referência. Um dia após completar 70 anos, a pessoa ingressa no 71º ano de vida. A intenção do legislador, que deve ser obedecida, é que ao completar setenta anos de idade, o servidor ou os magistrados, devem ser afastados. A Jurisprudência do STF é unânime ao tratar do assunto, conforme os precedentes juntados ao voto. Diante do exposto, o pedido foi indeferimento. Recurso Administrativo no Procedimento de Controle Administrativo

9 Jorge Maurique. Negou Provimento ao Recurso Vencedor. Acompanhado por Paulo Lôbo, Rui Stoco, Altino Pedrozo dos Santos, José Adonis Callou de Araújo Sá, Mairan Gonçalves Maia Júnior, Jorge Maurique, João Orestes Dalazen, Técio Lins e Silva e Felipe Locke Cavalcanti Vencido Não há. Ausente Ellen Gracie, Francisco César Asfor Rocha, Andréa Maciel Pachá e Joaquim Falcão. Aposentadoria. Compulsória. Magistrados. Setenta anos. Medida Liminar.

10 BOLETIM DE ACOMPANHAMENTO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA PROCESSOS COM VISTA REGIMENTAL Pedido de Providências Rui Stoco. Vista Joaquim Falcão. (Renovada). Direito. Magistrados. Participar de Comissão Organizadora de Concurso Público. Remuneração. Artigo 5º Resolução n.º 13/ CNJ Procedimento de Controle Administrativo Altino Pedrozo dos Santos. Vista Francisco César Asfor Rocha. Afastamento. Desembargador Pedido de Providências

11 Antônio Umberto de Souza Júnior Vista Mairan Gonçalves Maia Júnior (Renovada) Conversão. Férias em Pecúnia. Resolução 27/ 2006/ CNJ. Devolução quantias pagas. Recurso Administrativo no Pedido de Providências Paulo Lôbo Vista Rui Stoco Solicitação. PGR. Últimos aprovados. Concurso público. Atribuições. MPF junto ao CNJ.

12 BOLETIM DE ACOMPANHAMENTO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA JULGAMENTO ADIADO Pedido de Providências 1492 Antônio Umberto de Souza Júnior MPT. Relação de Trabalho. Concurso Público. Nepotismo. Incompetência da Justiça do Trabalho. Função Institucional do MP. Intervenção. Procedimento de Controle Administrativo José Adonis Callou de Araújo Irregularidades. Afastamento de Magistrado. Instaurado Procedimento Administrativo. Falta de Fundamentação. Revisão de atos administrativos. Procedimento de Controle Administrativo

13 Antônio Umberto de Souza Júnior Desconstituição. Ato Administrativo. Julgamento. Órgão Especial. Impedimento Membros. Suspensão. Eficácia

14 BOLETIM DE ACOMPANHAMENTO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA PORTARIAS DA PRESIDÊNCIA R E S O L V E: PORTARIA Nº 191, DE 04 DE DEZEMBRO DE Designar José Fernando Nunez Martinez para exercer a Função Comissionada de Assistente VI, nível FC-6, da Secretaria Processual do Conselho Nacional de Justiça. R E S O L V E: PORTARIA Nº 190, DE 30 DE NOVEMBRO DE Designar o Conselheiro Felipe Locke Cavalcanti para representar o Conselho Nacional de Justiça no I Encontro Nacional do INFOPEN, nos dias 4 e 5 de dezembro do corrente ano, em Brasília-DF. R E S O L V E: PORTARIA Nº 189, DE 12 DE NOVEMBRO DE Designar o Conselheiro Ministro JOÃO ORESTE DALAZEN, para representar o Conselho Nacional de Justiça, na Sessão Solene de Posse dos novos dirigentes para a gestão 2007/2009 no Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, a ser realizada no dia 6 de dezembro do corrente ano, em Curitiba-PR.