Conselho Nacional de Ju stiça

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1 Conselho Nacional de Ju stiça Autos: PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS Requerente: ALEXANDRE REZENDE PELLEGRINI e outr os Requerido: TRIBUNAL DE J USTIÇA DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL - TJ MS EMENTA RECURSO ADMINISTRATIVO. PROCEDIMENTO DE CONTROLE ADMINISTRATIVO. CONCURSO PARA OUTORGA DE DELEGAÇÕES DE SERVIÇOS NOTARIAIS E REGISTRAIS DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL. SUSPENSÃO. PUBLICAÇÃO DE DOIS EDITAIS DE ABERTURA. CONTAGEM DO EXERCÍCIO DA ATIVIDADE DELEGADA PARA O PROVIMENTO DERIVADO. REPUBLICAÇÃO DO PRIMEIRO EDITAL PARA ADEQUAÇÃO À RES. CNJ nº 187/2014. INÍCIO DO CONCURSO APÓS PUBLICAÇÃO DO SEGUNDO EDITAL DE ABERTURA. DESPROVIMENTO. 1. A publicação do Edital de Abertura nº 001/2014 não configurou mera republicação do Edital nº 001/2013, pois se revestiu de todas as características e formalidades de ato editalício originário, inclusive com a possibilidade de recepcionar novas inscrições nos critérios de remoção para o Concurso para Outorga de Delegações de Serviços Notariais e Registrais do Estado do Mato Grosso do Sul. 2. O concurso só se iniciou a partir da publicação do Edital 001/2014, fundamentada na adequação do referido instrumento à edição da Resolução

2 CNJ nº 187/2014, sendo que a data de sua publicação deve ser o marco temporal para a contagem dos dois anos do exercício de titularidade em serventias extrajudiciais. 3. Recurso administrativo desprovido. ACÓRDÃO O Conselho, por unanimidade, negou provimento ao recurso, nos termos do voto da Relatora. Plenário Virtual, 24 de novembro de Votaram os Excelentíssimos Senhores Conselheiros Ricardo Lewandowski, Nancy Andrighi, Lelio Bentes Corrêa, Carlos Levenhagen, Daldice Santana, Gustavo Tadeu Alkmim, Bruno Ronchetti, Fernando Mattos, Carlos Eduardo Dias, Arnaldo Hossepian, Luiz Cláudio Allemand, Emmanoel Campelo e Fabiano Silveira. Ausente, em razão da vacância do cargo, o representante do Ministério Público da União. Não votou o Excelentíssimo Senhor Conselheiro Norberto Campelo. Conselho Nacional de Ju stiça Autos: PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS Requerente: ALEXANDRE REZENDE PELLEGRINI e outr os Requerido: TRIBUNAL DE J USTIÇA DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL - TJ MS RELATÓRIO A EXMA. SRA. MINISTRA-CORREGEDORA NANCY ANDRIGHI (RELATORA): Cuida-se de Recurso Administrativo interposto por ALEXANDRE REZENDE PELLEGRINI e LUÍS ALBERTO DEGANI DE OLIVEIRA, contra decisão que determinou o arquivamento sumário do procedimento. Consignou-se na decisão recorrida que a publicação do Edital de Abertura nº 001/2014 não configurou mera republicação do Edital nº 001/2013, pois se

3 revestiu de todas as características e formalidades de ato editalício originário, inclusive com a possibilidade de recepcionar novas inscrições nos critérios de remoção para o Concurso para Outorga de Delegações de Serviços Notariais e Registrais do Estado do Mato Grosso do Sul. Aduziu-se, ademais, que idêntica questão foi decidida pela Comissão Organizadora do aludido certame, mantida pelo CNJ no PCA , no sentido de que a data da publicação do Edital 01/2014 deve ser o marco temporal para a contagem dos dois anos do exercício de titularidade em serventias extrajudiciais (Id ). Nas razões recursais, os recorrentes reiteram as alegações do pedido inicial de que alguns candidatos que obtiveram, preliminarmente, deferimento de suas inscrições sob a égide do Edital 01/2013, não cumpriam o pré-requisito do exercício de dois anos do exercício de titularidade em serventias extrajudiciais à época. Além disso, sustentam que caso o intuito da republicação fosse a anulação do Edital 001/2013, deveria haver uma referência expressa nesse sentido (Id ). Por fim, aduzem que a decisão monocrática do PCA nº não representa o posicionamento do Plenário do CNJ. Requerem, ao final, a reconsideração da decisão recorrida para que sejam excluídos do concurso os candidatos mencionados em sua petição inicial e nova análise do pedido liminar. É o relatório. Conselho Nacional de Ju stiça Autos: PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS Requerente: ALEXANDRE REZENDE PELLEGRINI e outr os

4 Requerido: TRIBUNAL DE J USTIÇA DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL - TJ MS VOTO A EXMA. SRA. MINISTRA-CORREGEDORA NANCY ANDRIGHI (RELATORA): Conforme expresso na decisão recorrida, a republicação do edital de abertura impugnada pelos Requerentes foi fundamentada na adequação do referido instrumento à edição da Resolução CNJ nº 187/2014. Assim, para o cumprimento do estabelecido na Resolução, bem como nos autos do PCA nº , a Comissão Organizadora do Concurso para Outorga de Delegações de Serviços Notariais e Registrais do Estado do Mato Grosso do Sul, exercendo seu poder discricionário, publicou novo edital de abertura, com novos termos e especificações, mesmo porque se assim não fosse, de nada valeria nova publicação do que já existe (Id ). Depreende-se, assim, que a publicação do Edital de Abertura nº 001/2014 não configurou mera republicação do Edital nº 001/2013, pois se revestiu de todas as características e formalidades de ato editalício originário, inclusive com a possibilidade de recepcionar novas inscrições nos critérios de provimento e remoção. Além disso, conforme narrado pelos próprios recorrentes, as inscrições dos candidatos que impugnam foram deferidas, preliminarmente, sob a égide do Edital 001/2013. Desse modo, com a publicação de novo Edital de Abertura para o certame em , com reabertura do prazo para inscrições, o deferimento preliminar de inscrições, considerando o Edital 01/2013, não tem qualquer valor e não gera nenhuma consequência para o andamento atual do certame. Por fim, apesar da decisão monocrática do PCA nº não representar o posicionamento do Plenário do CNJ, não foram apresentados fundamentos significativos para se conferir outra interpretação do que a prévia apreciação da mesma questão constante no referido PCA.

5 Verifica-se, portanto, que os recorrentes não apresentaram nenhum argumento capaz de infirmar a decisão monocrática que arquivou sumariamente esse procedimento. Forte nessas razões, NEGO PROVIMENTO ao recurso administrativo. É o voto. Corregedora Nacional de Justiça. VOTO CONVERGENTE Acompanha, na íntegra, a eminente Relatora, Excelentíssima Ministra O argumento trazido pelos Requerentes, no sentido de que o marco inicial para contagem do prazo de 2 anos de titularidade de delegação, requisito temporal para o concurso de remoção, deve ser contado a partir da publicação do Edital 1/2013 não merece prosperar. Isto porque, o Edital 1/2014, publicado pelo TJMS em razão da necessidade de adequação do referido instrumento às novas regras definidas por este Conselho Nacional para contagem dos títulos, tal qual registrado pela Relatora em seu voto, se revestiu de todas as características e formalidades de ato editalício originário, inclusive com a possibilidade de recepcionar novas inscrições, tanto no critério de provimento originário, como no de remoção. em seu item 2.4: Ademais, importante destacar que o Edital 1/2014 prevê expressamente, 2.4. O pré-requisito necessário para este Concurso Público é o seguinte: a. Para concorrer a vagas com ingresso por remoção, poderão se inscrever os titulares de serventias extrajudiciais do Estado de Mato Grosso do Sul, independentemente de entrância, que já detenham a delegação por mais de 2 (dois) anos, contados da data do efetivo exercício na atividade até a data da primeira publicação deste Edital no Diário da Justiça Eletrônico do Estado de Mato Grosso do Sul; Logo, havendo regra expressa, dispondo que o marco temporal para contagem do prazo de 2 anos a que aludem os Requerentes deve ser considerado a partir da primeira publicação do Edital 1/2014, improcedente o pedido formulado neste procedimento, razão pela qual acompanho a eminente Relatora no sentido de negar provimento ao recurso administrativo.

6 Conselheiro Allemand Assinatura Digital Certificada CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA 3ª Sessão Virtual PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS Relator: Requerente: ALEXANDRE REZENDE PELLEGRINI e outros Requerido: Terceiros: TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL - TJM S Não definido CERTIDÃO DE JULGAM ENTO CERTIFICO que o PLENÁRIO VIRTUAL, ao apreciar o processo em epígrafe, proferiu a seguinte decisão: "O Conselho, por unanimidade, negou provimento ao recurso, nos termos do voto da Relatora. Plenário Virtual, 24 de novembro de 2015." Votaram os Excelentíssimos Senhores Conselheiros Ricardo Lewandowski, Nancy Andrighi, Lelio Bentes Corrêa, Carlos Levenhagen, Daldice Santana, Gustavo Tadeu Alkmim, Bruno Ronchetti, Fernando Mattos, Carlos Eduardo Dias, Arnaldo Hossepian, Luiz Cláudio Allemand, Emmanoel Campelo e Fabiano Silveira. Ausente, em razão da vacância do cargo, o representante do Ministério Público da União. Não votou o Excelentíssimo Senhor Conselheiro Norberto Campelo. Brasília, 24 de novembro de Brasília, CARLA FABIANE ABREU ARANHA Secretária Processual em exercício