Supremo Tribunal Federal

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1 Ementa e Acórdão Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 21/06/2016 PRIMEIRA TURMA ALAGOAS RELATOR AGTE.(S) AGDO.(A/S) : MIN. LUIZ FUX :PETROLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS :PHILIPPE DE OLIVEIRA NADER :JESIEL FERREIRA DE BARROS :MANUELA MENDONÇA DE ARAÚJO EMENTA: AGRAVO INTERNO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. PETROBRAS. PROCESSO SELETIVO. FASE PRÉ-CONTRATUAL. COMPETÊNCIA. JUSTIÇA DO TRABALHO. PRECEDENTES. REITERADA REJEIÇÃO DOS ARGUMENTOS EXPENDIDOS PELA PARTE NAS SEDES RECURSAIS ANTERIORES. MANIFESTO INTUITO PROTELATÓRIO. MULTA DO ARTIGO 1.021, 4º, DO CPC/2015. APLICABILIDADE. RECURSO INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. APLICAÇÃO DE NOVA SUCUMBÊNCIA. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do, sob a Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, e condenar a parte sucumbente ao pagamento de honorários advocatícios, nos termos do voto do Relator. Brasília, 21 de junho de LUIZ FUX RELATOR Documento assinado digitalmente documento pode ser acessado no endereço eletrônico sob o número

2 Relatório Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6 21/06/2016 PRIMEIRA TURMA ALAGOAS RELATOR AGTE.(S) AGDO.(A/S) : MIN. LUIZ FUX :PETROLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS :PHILIPPE DE OLIVEIRA NADER :JESIEL FERREIRA DE BARROS :MANUELA MENDONÇA DE ARAÚJO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo interno interposto pela PETROLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS, contra decisão que prolatei, assim ementada, verbis: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRABALHISTA. PETROBRAS. PROCESSO SELETIVO. FASE PRÉ-CONTRATUAL. COMPETÊNCIA. JUSTIÇA DO TRABALHO. AGRAVO DESPROVIDO. Inconformada com a decisão supra, a agravante interpõe o presente recurso, alegando, em síntese: A r. decisão ora agravada negou provimento ao recurso sob o fundamento de que a Justiça do Trabalho é competente para apreciar a matéria dos autos, dentre outros fundamentos. No entanto, este c. STF possui jurisprudência dominante no sentido de que a Justiça do Trabalho é incompetente para apreciar matéria relativa à fase de admissão de empregados em empresas estatais, como é o caso do curso de formação enquanto fase do concurso público. (doc. 43, fl. 3) É o relatório. documento pode ser acessado no endereço eletrônico sob o número

3 Voto - MIN. LUIZ FUX Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6 21/06/2016 PRIMEIRA TURMA ALAGOAS V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): A presente irresignação não merece prosperar. Em que pesem os argumentos expendidos no agravo, resta evidenciado das razões recursais que a agravante não trouxe nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada, razão pela qual deve ela ser mantida, por seus próprios fundamentos. Com efeito, consoante afirmado na decisão agravada, o Tribunal a quo não divergiu do entendimento firmado por esta Corte, no sentido de que compete à Justiça do Trabalho dirimir as demandas instauradas entre pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração indireta e seus empregados, cuja relação é regida pela Consolidação das Leis do Trabalho, sendo irrelevante que a ação seja relativa ao período pré-contratual, em que ainda não há pacto de trabalho firmado entre as partes. Nesse sentido, além dos precedentes citados na decisão impugnada, transcrevo a ementa dos seguintes julgados: "DIREITO ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSO SELETIVO. EMPREGADO PÚBLICO. COMPETÊNCIA. JUSTIÇA DO TRABALHO. CABIMENTO DE RECURSO DE RECURSO DE REVISTA NO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO. APLICAÇÃO DO SÚMULA 126/TST. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. PRECEDENTES. 1. Compete à Justiça do Trabalho dirimir controvérsias que surgem no processo seletivo para empregos públicos documento pode ser acessado no endereço eletrônico sob o número

4 Voto - MIN. LUIZ FUX Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6 ARE AGR / AL no âmbito da administração pública indireta. Precedentes. 2. O já assentou a ausência de repercussão geral da questão discutida (RE , Rel. Min. Ayres Britto), relativa ao cabimento de recursos da competência de outros Tribunais, por restringir-se a tema infraconstitucional. 3. Para dissentir do acórdão recorrido, seria necessária a análise da legislação infraconstitucional pertinente, procedimento inviável em recurso extraordinário. Precedentes. 4. Agravo regimental que se nega provimento." (ARE AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, Primeira Turma, DJe de 13/11/2015). "DIREITO DO TRABALHO E PROCESSUAL DO TRABALHO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONCURSO PÚBLICO. DEMANDA AJUIZADA POR CANDIDATO EM FACE DE EMPRESA SUBSIDIÁRIA DE SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. FASE PRÉ-CONTRATUAL. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. OFENSA AOS ARTS. 2º E 5º DA CONSTITUIÇÃO. SÚMULA 284/STF. TERCEIRIZAÇÃO. PRETERIÇÃO. DIREITO À NOMEAÇÃO. PRECEDENTES. 1. O Plenário do, no julgamento da ADI MC, Rel. Min. CEZAR PELUSO, DJ de 10/11/2006, afastou a aplicação do art. 114, I, da CF/88, na redação conferida pela EC 45/04, às causas entre o Poder Público e os servidores a ele vinculados por relação jurídica estatutária. 2. Tal entendimento não se aplica às demandas instauradas entre pessoas jurídicas de direito privado integrantes da administração indireta e seus empregados, cuja relação é regida pela Consolidação das Leis do Trabalho (RE AgR, Rel. Min. CARLOS BRITTO, Primeira Turma, DJe de 18/5/2007), sendo irrelevante que a ação seja relativa ao período pré-contratual, em que ainda não há pacto de trabalho firmado entre as partes. 3. Conforme orientação pacífica desta Corte, a ocupação precária por terceirização para desempenho de atribuições idênticas às de cargo efetivo vago, para o qual há candidatos aprovados em concurso público vigente, configura ato equivalente à preterição da ordem de classificação no certame, ensejando o direito à nomeação (ARE 2 documento pode ser acessado no endereço eletrônico sob o número

5 Voto - MIN. LUIZ FUX Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6 ARE AGR / AL AgR, Rel. Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, DJe de 22/3/2011; ARE AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 13/9/2012). 4. Agravo regimental desprovido." (ARE AgR-2ºJULG, Rel. Min. Teori Zavascki, Segunda Turma, DJe de 29/10/2014). Impende consignar que o presente agravo interno revela-se manifestamente improcedente, notadamente em função da reiterada rejeição dos argumentos repetidamente expendidos pela parte nas sedes recursais anteriores. Destarte, impõe-se a aplicação da multa prevista no 4º do artigo do Código de Processo Civil de 2015, a qual fixo em 1% (um por cento) do valor corrigido da causa (precedentes: AI AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe de 7/3/2016; ARE AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe de 25/2/2016; ARE AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe de 25/2/2016). Por fim, observo que o recurso foi interposto sob a égide da nova lei processual, o que impõe a aplicação de nova sucumbência. Ex positis, NEGO PROVIMENTO ao agravo interno e, mercê do intuito protelatório da parte, aplico à agravante a multa de 1% (um por cento) sobre o valor da causa (artigo 1.021, 4º, do CPC/2015). Ademais, CONDENO a parte sucumbente nesta instância recursal ao pagamento de honorários advocatícios majorados ao máximo legal, obedecidos os limites do artigo 85, 2º, 3º e 11, do CPC/2015. É como voto. 3 documento pode ser acessado no endereço eletrônico sob o número

6 Extrato de Ata - 21/06/2016 Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6 PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA PROCED. : ALAGOAS RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : PETROLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS : PHILIPPE DE OLIVEIRA NADER (RJ147478/) AGDO.(A/S) : JESIEL FERREIRA DE BARROS : MANUELA MENDONÇA DE ARAÚJO (AL004954/) Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, e condenou a parte sucumbente ao pagamento de honorários advocatícios, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux, Rosa Weber e Edson Fachin. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo Gustavo Gonet Branco. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n /2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico sob o número