A Primeira República Brasileira, ou República Velha ( ) Professor Bernardo Constant

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1 A Primeira República Brasileira, ou República Velha ( ) Professor Bernardo Constant

2 A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA - ANTECEDENTES - A partir de fins da década de 1880, o Império perdeu o suporte de seus principais sustentáculos de poder: - As oligarquias, insatisfeitas com a perda da força de trabalho escrava, abandonaram o apoio à monarquia e buscam novas alianças. - A Questão Militar: o Exército, antes uma corporação desvalorizada (já que as elites historicamente ocupavam postos na Marinha), consolidara sua força após a Guerra do Paraguai. Passara a exigir reconhecimento, melhores condições de trabalho, pagamento e participação política pedidos que não foram atendidos.

3 A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA - ANTECEDENTES - A Questão Religiosa: conflitos políticos levaram a Igreja católica a retirar o apoio ao Império. - Além disso, parcelas dos habitantes urbanos e os industrialistas buscavam políticas de modernização para o país. Entendiam que para isso era preciso suplantar a monarquia, vista como símbolo de uma ordem antiga, e instaurar a república, ideal moderno. - O mesmo entendimento valia no meio intelectual, sob influência do positivismo.

4 A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA - ANTECEDENTES - Com o aumento das tensões, militares do Exército estacionados no Rio de Janeiro se organizaram sob a liderança do marechal Deodoro da Fonseca. Eles: -> Ocuparam as principais estruturas públicas; -> Expulsaram a família real; -> Instalaram um governo provisório; -> Proclamaram a República em 15 de novembro de 1889.

5 A REPÚBLICA DA ESPADA ( ) - Se iniciou com o governo provisório de Deodoro da Fonseca, que durou até Foi marcada por concentração de poder sob a justificativa de impedir o retorno da monarquia ou a divisão do país. - Em 1891 foi promulgada a primeira constituição republicana. -> Divisão tripartite dos poderes: legislativo, judiciário e executivo; -> Eleição direta para presidente e vice; -> Voto somente para homens alfabetizados maiores de 21 anos (exceto indigentes, militares de baixa patente e religiosos). - Deodoro foi eleito pelo Congresso para assumir como o primeiro presidente, com o marechal Floriano Peixoto como vice.

6 A REPÚBLICA DA ESPADA ( ) - Política econômica do encilhamento ( ): iniciada desde fins do Império, consistia em permitir que empresas e indústrias internacionais tivessem crédito livre no país, autorizando bancos privados a emitir papel moeda. - A emissão desenfreada de moeda gerou uma grande crise inflacionária. Além disso, o encilhamento teve como consequências a falência de diversas empresas de menor porte, além do aumento da concentração de renda e da pobreza.

7 REVOLTAS DA REPÚBLICA DA ESPADA ( ) - A crise econômica, aliada ao autoritarismo de Deodoro, levou-o a se tornar impopular entre diversos setores da população. A oposição a seu governo se fortaleceu. - A Primeira Revolta da Armada (1891) se deu quando Deodoro decidiu fechar o Congresso após ter seus poderes limitados pelo legislativo federal. Sob ameaça de militares de bombardear a capital (na época, o Rio de Janeiro), Deodoro renunciou em favor de seu vice, Floriano Peixoto.

8 REVOLTAS DA REPÚBLICA DA ESPADA ( ) - A posse de Floriano Peixoto foi contestada, no entanto, por ser dita inconstitucional pelos opositores. A Constituição de 1891 determinava que deveria haver eleição caso o presidente não tivesse passado dois anos no cargo. No entanto, Floriano tomou posse sob o argumento de que o mandato de Deodoro havia se iniciado em A Segunda Revolta da Armada ocorreu entre 1893 e 1894, quando um grupo de militares se opôs ao mandato de Floriano. Após bombardeamento da cidade do Rio de Janeiro, a rebelião foi contida pelo governo e o presidente manteve-se no poder.

9 REVOLTAS DA REPÚBLICA DA ESPADA ( ) - A Revolta Federalista ( ): nesse período, ocorreu uma disputa entre grupos políticos no sul do país sobre como deveria ser governado o país. Esta se iniciou no Rio Grande do Sul e se espalhou para o resto da região, gerando uma guerra civil. -> A disputa opôs os pica-paus, apoiadores de Floriano Peixoto, do presidencialismo e de um Estado forte; e os maragatos, opositores de Floriano, partidários do parlamentarismo e do federalismo (maior autonomia para os estados diante da União). - A guerra teve um custo político e econômico que enfraqueceu a imagem de Floriano e foi um dos fatores de erosão de seu governo.

10 O encouraçado Aquidabã bombardeia a Urca durante a segunda Revolta da Armada, em Ilustração de Eduardo Martino.

11 A REPÚBLICA OLIGÁRQUICA ( ) - Período iniciado em 1894 após a posse do primeiro presidente civil, Prudente de Morais. A República Oligárquica é chamada assim devido à hegemonia política das oligarquias agrárias (grupos familiares latifundiários) no país, com destaque para as elites cafeeiras de São Paulo e pecuaristas de Minas Gerais. - A base de manutenção da República Oligárquica era a política do café com leite. Esta consistia em um acordo entre os partidos controlados pelas oligarquias de São Paulo (grandes produtoras de café) e de Minas Gerais (segundo maior estado produtor de leite do país) para que ambas se alternassem no poder.

12 A REPÚBLICA OLIGÁRQUICA ( ) - A política dos governadores (no sentido de governantes) se baseava em um acordo para manter a articulação entre os níveis de governo, que se apoiariam e respeitariam a autonomia uns dos outros. - Assim, o governo federal não intervinha na política estadual, mas apoiava as medidas dos presidentes dos estados (como eram chamados os chefes do executivo estadual). Os principais beneficiados por esse apoio eram os partidos, que na época eram estaduais, não federais.

13 A REPÚBLICA OLIGÁRQUICA ( ) - Os partidos, por sua vez, apoiavam o governo federal. Agiam para eleger congressistas (representantes legislativos de cada estado) favoráveis ao governo, bem como indicavam os candidatos à presidência seguindo o café com leite. - O governo estadual não intervia nos municípios, mantendo o poder de mando privado das autoridades locais, conhecidas como coronéis (tal título não era patente militar, mas símbolo de poder).

14 A REPÚBLICA OLIGÁRQUICA ( ) - Já os coronéis influenciavam as eleições para presidente estadual e para o legislativo. Faziam isso por meio de várias práticas de manipulação eleitoral, tais como: -> O voto de cabresto: a indicação do voto, muitas vezes via intimidação eleitoral graças ao voto aberto; ou ainda fazendo uso do clientelismo, ou seja a cobrança de favores que faziam a seus dependentes, cujo pagamento seria na forma de voto. -> Fraudes explícitas, como o registro de votos de pessoas mortas; ou o voto a bico de pena, quer dizer, o preenchimento ilegal ou a adulteração de cédulas eleitorais já preenchidas. - Este era o fenômeno conhecido por coronelismo.

15 A REPÚBLICA OLIGÁRQUICA ( ) - Para completar os esquemas de sustentação da política oligárquica, no caso dos poucos candidatos que se opunham ao café com leite e conseguiam se eleger, o Congresso se recusava a empossá-los. Com isso, salvo poucas exceções, os opositores do governo não assumiam seus mandatos. Essa prática era conhecida como degola.

16 Capa da Revista Careta, agosto de 1925, nº 809. Charge de Alfredo Storni representando a hegemonia de MG e SP durante a República Oligárquica.

17 Charge de Alfredo Storni publicada na Revista Careta, agosto de 1927.

18 A ECONOMIA DA PRIMEIRA REPÚBLICA - A maior atividade econômica da Primeira República era a produção e exportação do café, que já era forte desde o Império. No início do século XX, no entanto, ela se expande de um modo tal que gera excesso de oferta no mercado internacional. O governo passa a adotar então medidas de valorização do café. - A principal delas foi o Convênio de Taubaté, batizado segundo a cidade em que foi celebrado. Foi um pacote de medidas que buscava dar garantias aos cafeicultores para que mantivessem a produção.

19 A ECONOMIA DA PRIMEIRA REPÚBLICA - Entre as medidas do Convênio, estavam: A proibição de novas plantações cafeeiras; A garantia de preço mínimo da saca de café, independente do mercado internacional; A compra de sacas de café por governos estaduais para reduzir artificialmente a oferta internacional, regulando assim os preços sem impactar a produção (eram os estoques reguladores); A tomada de empréstimos internacionais para financiar essa compra de estoques.

20 A ECONOMIA DA PRIMEIRA REPÚBLICA - Apesar de o Convênio ter tido os resultados desejados a curto prazo, com o aumento dos preços, os cafeicultores aumentaram a produção. O governo precisou tomar novos empréstimos para continuar a financiar a produção por meio da compra de estoques. - O resultado final foi endividamento do país, que só se agravou com a quebra da bolsa de Nova York na Crise de Além disso, essa crise gerou uma supersafra de café que não teve compradores internacionais.

21 A ECONOMIA DA PRIMEIRA REPÚBLICA - A política de valorização artificial do café, insustentável a longo prazo levou a duas consequências: As primeiras iniciativas de diversificação da produção, com investimentos na indústria e na extração da borracha por parte de certos grupos de latifundiários e políticos. O aumento da insatisfação de setores da população, especialmente de certas elites, contra a hegemonia política dos cafeicultores apoiados pela política do café com leite.

22 A URBANIZAÇÃO NA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA - Entre , iniciou-se um processo de industrialização nas regiões sudeste e sul do Brasil, principalmente nos grandes centros urbanos como o Rio de Janeiro e São Paulo. Ainda que o foco econômico continuasse voltado para a produção cafeeira, parte das elites começou a diversificar seus investimentos. - Com a implantação de parques industriais, surge demanda por mão-de-obra operária. Isso atrai para as cidades camponeses em busca de oportunidades de mudar de vida, bem como imigrantes europeus que não aceitavam as condições de trabalho a que foram submetidos nas propriedades rurais no Brasil.

23 A URBANIZAÇÃO NA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA - Assim, há um aumento da população urbana nas primeiras décadas do século XX no Brasil. As cidades em processo de industrialização deixam de ser locais dedicados ao comércio e governo e passam a ter papel econômico-produtivo mais pronunciado, em especial São Paulo. - Organizadas em função do trabalho industrial, surgiram as vilas operárias. Eram habitações construídas pelos donos de fábricas para abrigar os trabalhadores; mas também serviam para controlar o cotidiano, já que as vilas costumavam dispor de estrutura mínima para que as pessoas tivessem poucos motivos para sair do local.

24 A URBANIZAÇÃO NA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA - Aqueles que não residiam nas vilas procuravam se estabelecer em regiões próximas ao trabalho e que oferecessem moradia barata, já que o salário pago pelo trabalho não-qualificado do operariado era baixo. Acabaram dando origem aos bairros operários. - Essas eram geralmente regiões de maior pobreza. Famílias viviam em habitações coletivas, os cortiços, em condições precárias de infraestrutura e saneamento. - Paralelamente a esses desenvolvimentos, o governo elaborava projetos de reorganização urbana, com destaque para o RJ.

25 A URBANIZAÇÃO NA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA "O paulista Rodrigues Alves assumiu a Presidência da República em novembro de 1902 com a ambição de transformar a capital num espelho de Paris, ou seja, numa cidade moderna e aprazível. [...] Na frente urbanística, o presidente nomeou para o Rio um prefeito que reformaria o porto, canalizaria córregos, botaria os cortiços abaixo, ergueria prédios públicos suntuosos e redesenharia o centro com bulevares e praças. O escolhido foi o engenheiro Francisco Pereira Passos. A mando do prefeito, foram abertas as Avenidas Beira-Mar e Central (atual Rio Branco) e erguido o Teatro Municipal [...]. Adaptado de: oswaldo-cruz-o-medico-que-derrotou-o-aedes

26 A URBANIZAÇÃO NA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA - Para viabilizar as reformas urbanas, o governo do Rio de Janeiro realizou o que ficou conhecido como o bota-abaixo : demolições dos cortiços, abertura de novas ruas, expulsão das populações mais pobres que viviam nas zonas centrais da cidade. - Essas populações foram forçadas a viver nos morros, zonas de habitação indesejáveis por sua precariedade. Deu-se assim origem às primeiras favelas.

27 O bota-abaixo. Rio de Janeiro, década de 1910.

28 Habitações no Morro da Favela. Rio de Janeiro, 1910.

29 A URBANIZAÇÃO NA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA - Em 1900 a população brasileira era de habitantes. Os cinco estados mais populosos, que representavam 60% da população total, eram: Minas Gerais habitantes São Paulo habitantes Bahia habitantes Pernambuco habitantes Rio Grande do Sul habitantes

30 A URBANIZAÇÃO NA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA - Em 1910 a população brasileira era de habitantes. Entre os estados mais populosos, comparando com o quadro de 1900, Pernambuco e Rio Grande do Sul trocaram de lugar na lista: Minas Gerais habitantes São Paulo habitantes Bahia habitantes Rio Grande do Sul habitantes Pernambuco habitantes

31 A URBANIZAÇÃO NA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA - A população de Alagoas no final das quatro primeiras décadas do século XX era a seguinte: habitantes habitantes habitantes habitantes

32 Avenida Central (atual Av. Rio Branco), Rio de Janeiro, Pintura de Eliseu Visconti.

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34 Porto Mauá e Av. Rio Branco. Rio de Janeiro, 1920.

35 Moças ricas passeiam no Rio de Janeiro,1908.

36 Rua 15 de Novembro, São Paulo, 1916.

37 Avenida Rangel Pestana, São Paulo, 1900.

38 Avenida Paulista no dia de sua inauguração, em Pintura de Jules-Victor- André Martin.

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43 Praça D. Pedro II, Maceió, primeiras décadas do Séc. XX.

44 Praça D. Pedro II, década de 1920.

45 TENSÕES SOCIAIS NA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA - Para boa parte dos brasileiros, as condições de vida eram precárias durante o período da Primeira República. Confrontada com cenários de miséria no campo e pobreza urbana, ou com a violência do governo, partes da população procuram alternativas à ordem estabelecida, muitas vezes descambando para a revolta aberta ou mesmo a ação armada em suas tentativas de resistência ao que veem como injustiças a que estavam submetidas. - Embora sejam diferentes entre si, todos os movimentos a seguir tinham em comum o caráter de demonstrar a insatisfação da população com as condições de vida na época.

46 TENSÕES SOCIAIS NA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA - O Arraial e a Guerra de Canudos ( ): o Arraial de Belo Monte (ou, segundo seus detratores, Canudos) foi um povoamento criado em 1893 no interior da Bahia por Antônio Conselheiro e seus seguidores. - Estes eram parte da população mais pobre do nordeste, e se juntaram a Conselheiro em busca de alternativas à miséria provocada pela negligência do governo, a concentração de terras férteis nas mãos do latifundiários e pela seca, que agravava as dificuldades já existentes.

47 TENSÕES SOCIAIS NA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA - A liderança de Conselheiro tinha tons religiosos e proféticos, o que dotava o movimento de um caráter messiânico, ou seja, que prometia a salvação de seus seguidores se seguissem a pregação de seu líder. Essa retórica era bastante eficiente em convencer uma população que se entendia abandonada e sem alternativas. - Em Belo Monte, não se reconhecia o poder das autoridades políticas brasileiras, e foram elaboraram leis locais. A comunidade recebia todos os que quisessem lá permanecer, sob a condição de obedecer as regras. Como uma comunidade coletivista constituída por camponeses, havia cultivo coletivo da terra, sem que cada um tomasse para si mais do que o necessário para o próprio sustento.

48 TENSÕES SOCIAIS NA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA - Com o passar dos anos, mais e mais pessoas eram atraídas para Belo Monte. Em seu auge, criavam gado, vendiam couro, tinham fábrica de rapadura, plantavam frutas e legumes. Na Bahia, sua população entre vinte e vinte e cinco mil habitantes - era superada apenas pela da capital. - O desafio aberto que a prosperidade da comunidade representava para a ordem social, política e religiosa brasileira, no entanto, levou as oligarquias e a Igreja a se mobilizar para destruir o que os opositores passaram a chamar de Arraial de Canudos.

49 TENSÕES SOCIAIS NA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA - Como justificativa para iniciar a guerra contra Canudos, fez-se uma campanha de difamação contra o povoado e seus habitantes, acusando-os de planejar invadir a cidade baiana de Juazeiro. Em 1896, o exército foi mobilizado contra o Arraial. - O exército subestimou a capacidade de resistência dos habitantes de Canudos. Fizeram três ataques malsucedidos ao povoado. - Na quarta investida os militares conseguiram invadir Canudos. O Arraial foi destruído e os habitantes sobreviventes, capturados. Os que não foram presos ou mortos se dispersaram para retornar à miséria.

50 Arraial dos Canudos visto pela estrada do Rosário. Litografia. Acervo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

51 Habitantes de Belo Monte capturados pelo exército após a destruição do povoado em 1897.

52 TENSÕES SOCIAIS NA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA - O Cangaço (~ ): outro foco de insurgência contra as condições sociais e econômicas impostas aos sertanejos nordestinos durante a Primeira República foi o movimento de banditismo conhecido como cangaço. - Os cangaceiros surgiram a partir das milícias de jagunços organizadas pelos coronéis da região. Insatisfeitos com a vida de pobreza que geralmente levavam, parte desses jagunços abandonou as ordens dos coronéis e se organizou em bandos armados independentes que rondavam o nordeste saqueando vilas e fazendas.

53 TENSÕES SOCIAIS NA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA - Embora a maioria dos bandos fosse combatida pelas forças públicas, que organizavam tropas conhecidas como volantes para perseguir e matar os cangaceiros, houve bandos como o de Lampião e o de Corisco que conseguiram se estabelecer em suas áreas. - Esses cangaceiros não tiveram sucesso somente pela violência e intimidação. Tecendo laços e relações com autoridades locais, seja pela negociação, seja pela prestação de serviços, os bandos mais bem-estabelecidos puderam aproveitar períodos em que tinham certa acomodação.

54 TENSÕES SOCIAIS NA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA - A cooperação se fazia tanto com as autoridades e forças públicas quanto com as populações locais, que por vezes recebiam os cangaceiros e viam neles figuras que mostravam ser possível desafiar as autoridades. Tal situação só é modificada a partir de fins da década de 1930, durante o governo ditatorial de Getúlio Vargas, o Estado Novo. - A partir de 1937, os cangaceiros são tidos por extremistas responsáveis por manifestações de desordem, nos termos do governo varguista. A ordem passa a ser destruir todos os bandos, e as volantes redobram as atividades. Em 1940, a morte do líder Corisco marca o fim do cangaço.

55 Virgulino Ferreira, o Lampião (à direita, sentado), com a família em Juazeiro. Ceará, 1926.

56 Bando de Corisco e Dadá (ambos à esquerda) posa para foto de Benjamin Abrahão.

57 Cabeças dos membros do bando de Lampião dispostas na escadaria da igreja de Santana do Ipanema. A cabeça de lampião encontra-se sozinha na base da escadaria. Diretamente acima está a de Maria Bonita. Alagoas, 1938

58 TENSÕES SOCIAIS NA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA - A Guerra do Contestado ( ): No final da década de 1900, havia uma região de sertão (à época, a palavra sertão significava qualquer região interiorana, remota) na fronteira entre Santa Catarina e Paraná que vinha sendo disputada entre os dois estados por algum tempo. - Neste território, conhecido como Contestado, uma empresa dos E.U.A. chamada Brazilian Railroad Company (BRC) ganhou concessão do governo federal para construir uma ferrovia ligando o Rio Grande do Sul a São Paulo. Conseguiu também o controle de uma faixa de terra de 30km ao redor da estrada de ferro.

59 Mapa da região sul, com a ferrovia da Brazil Railway Company em preto; a área do Contestado destacada em laranja claro, a oeste da ferrovia; e a zona de guerra destacada em laranja escuro, a leste da ferrovia.

60 TENSÕES SOCIAIS NA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA - Embora inicialmente a construção da ferrovia tenha beneficiado a população local, que conseguiu emprego nas obras, a situação mudou quando estas foram concluídas. Com a ferrovia pronta, os trabalhadores foram demitidos e os habitantes da região foram expulsos de suas terras e casas pela BRC, ficando desassistidos. - Sem perspectiva ou meios de vida, parte dessa população empobrecida passou a seguir o líder messiânico José Maria, que era considerado monge pelos locais. Ele fazia profecias e fundou na região do Contestado uma comunidade batizada de Monarquia Celeste.

61 TENSÕES SOCIAIS NA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA - O povoamento começou pequeno, com um grupo reduzido de sertanejos (à época, a palavra sertão era sinônimo de região interiorana, pouco habitada), posseiros, sitiantes e pequenos lavradores expulsos de suas terras pela BRC. - A Monarquia Celeste e seus habitantes rejeitavam a república e pretendiam afirmar uma comunidade independente, que não estivesse sob o mando dos coronéis ou do governo federal. Contra a organização social estabelecida no país, que os havia jogado na pobreza, tentaram criar uma comunidade coletivista e sem comércio.

62 TENSÕES SOCIAIS NA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA - Diferente de Canudos, que contou com um povoamento unificado e grande, na região do Contestado surgiram várias vilas santas, já que a população de insurgentes passou a se espalhar pela área e fundar pequenas comunidades. Os rebeldes chegaram a se espalhar por uma área equivalente ao tamanho de Alagoas. - Com o aumento do número de vilas santas e de seus habitantes, as autoridades locais (coronéis, oligarcas) começaram a denunciar a situação ao governo, alegando que suas terras estavam sendo invadidas por rebeldes. Cobravam ação militar para conter a ameaça à ordem social instituída.

63 TENSÕES SOCIAIS NA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA - De fato, por vezes os insurgentes se assentavam em terras vazias de propriedade de latifundiários. Em outros casos, entravam em conflitos de guerrilha contra coronéis que mobilizavam suas milícias privadas contra eles. Com a pressão, no entanto, em 1912 o governo cedeu e mobilizou o exército para a região. Iniciou-se assim a Guerra do Contestado propriamente dita. - Após quatro anos de combates, o exército conseguiu destruir a maioria das vilas santas, capturando, prendendo ou dispersando seus habitantes. Acabava a Guerra do Contestado, e com ela foi consolidada também a fronteira entre Santa Catarina e Paraná.

64 Sertanejos do Contestado trajados para aguentar o frio da região. Década de 1910.

65 Combatentes do Contestado. Década de 1910.

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67 Vaqueanos (milícia privada) defendem madeireira do avanço dos sertanejos. Santa Catarina, década de 1910.

68 Sertanejos capturados pelo exército são reunidos para serem expulsos das terras que ocuparam.

69 TENSÕES SOCIAIS NA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA - A Revolta da Vacina (1904): No contexto das reformas urbanas e sanitárias conduzidas no Rio de Janeiro, não bastava reimaginar a arquitetura e o planejamento da cidade com a referência em Paris. A capital federal era conhecida internacionalmente como uma cidade propícia para doenças epidêmicas como febre amarela, varíola, tifo, etc. Cabia, portanto, higienizar a cidade. - O escolhido por Rodrigues Alves (o presidente da época) para executar essa iniciativa foi o médico Oswaldo Cruz. Ele tinha uma noção revolucionária para prevenir os surtos epidêmicos: controlar as populações de mosquitos transmissores das doenças.

70 TENSÕES SOCIAIS NA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA - A ideia, apesar de válida para os padrões atuais, enfrentou bastante oposição das autoridades médicas de seu tempo, que mantinham o apoio a outras teorias próprias da época para explicar a doença. - Apesar disso, em troca da promessa de higienizar a cidade, Oswaldo Cruz recebeu do presidente autorização e verbas para agir quase autonomamente e com bastante autoridade. Além de apoiar a construção de infraestrutura de saneamento, organizou batalhões de mata-mosquitos, que tinham como objetivo acabar com focos de reprodução do aedes aegypti.

71 Mata-mosquitos da Diretoria de Saúde Pública se preparam para o trabalho. Rio de Janeiro, década de 1900.

72 TENSÕES SOCIAIS NA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA - Os métodos que Oswaldo Cruz elaborou para sua campanha sanitária foram mesmo truculentos em certas ocasiões: os matamosquitos tinham como missão destruir quaisquer focos de mosquitos que pudessem encontrar, e para isso tinham autorização mesmo para invadir casas que se recusassem a recebê-los. - Além das demais formas de violência comumente usadas pelas forças públicas contra as populações empobrecidas, uma prática comum era esvaziar os reservatórios de água que as famílias tinham em suas casas e em uma época sem encanamento, esses geralmente eram a única fonte de água daquela habitação.

73 TENSÕES SOCIAIS NA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA - Entre o bota-abaixo e a atuação dos mata-mosquitos, os ânimos da população do Rio de Janeiro já estavam exaltados e claramente contrários às reformas sanitárias conduzidas pelo governo. Oswaldo Cruz enfrentava forte oposição tanto nos meios populares quanto políticos e intelectuais. - O fator final para a revolta aberta veio quando, após um surto de varíola no Rio de Janeiro em 1904, Cruz elaborou uma política de vacinação obrigatória para toda a população. Mas o governo não fez qualquer esforço informativo sobre o que ocorreria nem sobre a importância da vacinação, que ainda era uma tecnologia muito recente, e por isso pouco conhecida.

74 TENSÕES SOCIAIS NA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA - Em novembro de 1904, os agentes da campanha de vacinação começaram a agir. Os que se recusavam a serem vacinados recebiam as injeções a força. Casas eram invadidas e os moradores eram inoculados. - Assustado e sem qualquer informação sobre a nova forma de prevenir as doenças, o povo se revoltou. Alguns protestavam contra o que achavam que era uma campanha de extermínio de pobres via envenenamento, outros contra a violência dos agentes de saúde. De todo modo, apesar de não compreenderem a importância da vacinação para a saúde pública, agiam contra uma injustiça que percebiam.

75 TENSÕES SOCIAIS NA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA - Após várias manifestações violentas na cidade, as forças policiais foram acionadas para conter os revoltosos. Houve diversos confrontos, e foram necessários quatro dias para conter as manifestações. - Após ser controlada a revolta, o presidente Rodrigues Alves volta atrás e revoga a obrigatoriedade da vacinação mas não sem antes punir vários dos envolvidos nas manifestações.

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77 TENSÕES SOCIAIS NA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA - A Revolta da Chibata (1910): Nas primeiras décadas do século XX, embora a Marinha brasileira fosse o braço das Forças Armadas preferido pelas elites, os marinheiros de baixa patente tinham condições de trabalho bastante precárias. - Recebiam salários insuficientes para uma vida digna, tinham longas jornadas de trabalho e falta de perspectiva de progressão na carreira. Mas o maior símbolo das más condições sofridas por esses marinheiros era a disciplina rígida, similar à imposta aos escravos dos quais a maioria deles descendia. Faltas e falhas eram punidas fisicamente, principalmente por meio de chibatadas.

78 TENSÕES SOCIAIS NA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA - Insatisfeitos, um grupo de marinheiros começou a planejar uma reação contra os abusos. A condenação de um deles a duzentos e cinquenta chibatadas foi o estopim para um motim em novembro de Liderados por João Cândido, mataram o comandante do encouraçado em que serviam e três oficiais. Levaram o navio à Baia de Guanabara e conseguiram o apoio de outras tripulações, que também tomaram o controle de seus navios.

79 TENSÕES SOCIAIS NA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA - Os revoltosos elaboraram uma carta exigindo melhorias nas condições de trabalho e vida, além de anistia (perdão total) para todos os envolvidos, sob ameaça de bombardeio do Rio de Janeiro. Ameaçado, o governo cedeu e cumpriu as reivindicações. - Já em dezembro do mesmo ano, como reação à revolta, o governo exigiu a expulsão e prisão de alguns dos envolvidos. O clima de insatisfação retornou e houve novo motim, embora sem a participação de João Cândido e seu grupo. - Apesar disso, quando a revolta foi contida, Cândido e outros envolvidos mesmo na primeira revolta foram presos.

80 TENSÕES SOCIAIS NA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA - Alguns foram presos em condições desumanas nos subterrâneos da fortaleza da Ilha das Cobras. Outros, deportados para a Amazônia, foram obrigados ao trabalho forçado na extração de borracha. João Cândido foi internado compulsoriamente como louco no Hospital dos Alienados, embora não tivesse qualquer condição psiquiátrica. - Apesar de ter sido absolvido dois anos depois de sua prisão, Cândido foi expulso da marinha e passou a trabalhar como estivador no porto. As condições dos marinheiros, motivo de reportagens internacionais, não melhoraram graças às revoltas.

81 Acima, marinheiros do navio Bahia. À direita, marinheiro sofre castigo físico com chibatadas. Década de 1910.

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