IX Legislatura Número: 05 III Sessão Legislativa (2009/2010) Terça-feira, 27 de Outubro de 2009 REUNIÃO PLENÁRIA DE 27 DE OUTUBRO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "IX Legislatura Número: 05 III Sessão Legislativa (2009/2010) Terça-feira, 27 de Outubro de 2009 REUNIÃO PLENÁRIA DE 27 DE OUTUBRO"

Transcrição

1 Região Autónoma da Madeira Diário Assembleia Legislativa IX Legislatura Número: 05 III Sessão Legislativa (2009/2010) Terça-feira, 27 de Outubro de 2009 REUNIÃO PLENÁRIA DE 27 DE OUTUBRO Presidente: Exmo. Sr. José Paulo Baptista Fontes Secretários: Exmos. Srs. Sidónio Baptista Fernandes Ana Mafalda Figueira da Costa Sumário O Sr. Presidente declarou aberta a Sessão às 9 horas e 25 minutos. PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA:- No âmbito da declaração política semanal usou da palavra, para produzir uma intervenção, o Sr. Deputado André Escórcio (PS). Foram solicitados pedidos de esclarecimento por parte dos Srs. Deputados Jorge Moreira (PSD) e Isabel Cardoso (PCP). - Para tratamento de assuntos de interesse político relevante para a Região intervieram os Srs. Deputados Lino Abreu (CDS/PP) e Jaime Silva (MPT), tendo o primeiro interveniente e segundo interveniente respondido a pedidos de esclarecimento do Sr. Deputado Jaime Leandro (PS). PERÍODO DA ORDEM DO DIA:- Iniciou-se a I Parte dos trabalhos com a apreciação e votação do relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o Projecto da Quinta do Lorde, nos termos do regimento específico aprovado pela Conferência dos Presidentes dos grupos parlamentares. Participaram no debate os Srs. Deputados Rui Moisés (PSD), Baltasar Aguiar (PND), Leonel Nunes (PCP), Jacinto Serrão (PS), Jaime Silva (MPT), Lino Abreu (CDS/PP) e Jorge Moreira (PSD). Submetido à votação, este relatório foi aprovado. - Passou-se à II Parte dos trabalhos com discussão e votação na generalidade do projecto de decreto legislativo regional, da autoria do Partido Comunista Português, intitulado Comissão regional de defesa da floresta contra incêndios. Usaram da palavra na discussão, a Sra. Deputada Isabel Cardoso (PCP), na apresentação do diploma, bem como os Srs. Deputados Jacinto Serrão (PS), Vicente Pestana (PSD) e Martinho Câmara (CDS/PP). Este diploma foi rejeitado em votação. - Seguidamente, discutiu-se na generalidade o projecto de decreto legislativo regional, da autoria do Partido Comunista Português, intitulado Áreas habitacionais de génese ilegal. Participaram na discussão os Srs. Deputados Leonel Nunes (PCP), Jaime Leandro (PS), Gualberto Fernandes (PSD), Martinho Câmara (CDS/PP) e Jaime Silva (MPT). O diploma, submetido à votação, foi rejeitado. - Por fim a Câmara discutiu, na generalidade, do projecto de decreto legislativo regional, da autoria do Partido Comunista Português, que Define o regime de acesso a recursos didáctico-pedagógicos fundamentais para os alunos dos ensinos básico e secundário, garantindo a sua gratuitidade, tendo usado da palavra, a diverso título, os Srs. Deputados Isabel Cardoso (PCP), André Escórcio (PS), Jorge Moreira (PSD), Jaime Silva (MPT) e Martinho Câmara (CDS/PP). Este projecto, submetido à votação, foi rejeitado. O Sr. Presidente encerrou a Sessão às 12 horas e 35 minutos.

2 Pág. 2 O SR. PRESIDENTE (Paulo Fontes):- Muito bom dia, Sras. e Srs. Deputados. Estavam presente os seguintes Srs. Deputados: PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA (PSD) Agostinho Ramos Gouveia Ana Mafalda Figueira da Costa Élvio Manuel Vasconcelos Encarnação Gabriel Paulo Drumond Esmeraldo Gustavo Alonso de Gouveia Caires Ivo Sousa Nunes Jaime Ernesto Nunes Vieira Ramos Jaime Filipe Gil Ramos Jaime Pereira de Lima Lucas Jorge Moreira de Sousa José António Coito Pita José Gualberto Mendonça Fernandes José Jardim Mendonça Prada José Lino Tranquada Gomes José Luís Medeiros Gaspar José Miguel Jardim Olival Mendonça José Paulo Baptista Fontes José Savino dos Santos Correia Manuel Gregório Pestana Maria do Carmo Homem da Costa de Almeida Maria Rafaela Rodrigues Fernandes Miguel José Luís de Sousa Nivalda Silva Gonçalves Pedro Emanuel Abreu Coelho Rubina Alexandra Pereira de Gouveia Rui Miguel Moura Coelho Rui Moisés Fernandes Ascensão Rui Ramos Gouveia Sidónio Baptista Fernandes Sónia Maria de Faria Pereira Vasco Luís Lemos Vieira Vicente Estêvão Pestana PARTIDO SOCIALISTA (PS) Carlos João Pereira Jacinto Serrão de Freitas Jaime Manuel Simão Leandro João André Camacho Escórcio João Carlos Justino Mendes de Gouveia Lino Bernardo Calaça Martins Maria Luísa de Sousa Menezes Gonçalves Mendonça PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS (PCP) Isabel Rute Duarte Rito da Silva Cardoso Leonel Martinho Gomes Nunes CENTRO DEMOCRÁTICO SOCIAL/PP (CDS/PP) Lino Ricardo Silva Abreu Martinho Gouveia Câmara BLOCO DE ESQUERDA (BE) Fernando Manuel Garcia da Silva Letra MOVIMENTO PARTIDO DA TERRA (MPT) Jaime Casimiro Nunes da Silva PARTIDO DA NOVA DEMOCRACIA (PND) Baltasar de Carvalho Machado Gonçalves de Aguiar Temos quórum, vamos iniciar os nossos trabalhos. Eram 9 horas e 25 minutos. E no período de antes da ordem para uma declaração política semanal, dou a palavra ao Sr. Deputado André

3 Escórcio, do Grupo Parlamentar do Partido Socialista. O Sr. Deputado dispõe de 7 minutos para a sua intervenção. O SR. ANDRÉ ESCÓRCIO (PS):- Senhor Presidente Senhoras e Senhores Deputados, Estamos no início da terceira sessão legislativa. Mais do que uma intervenção de carácter político-partidário, pretendo aqui propor aos senhores deputados um momento de reflexão. Porque esta Assembleia do Povo pode produzir leis, pode elevar a voz em altos decibéis, numa discussão técnica e política sobre as propostas apresentadas, mas há uma questão tão simples de verbalizar quanto complexa no seu conteúdo, que pode ser enquadrada na seguinte pergunta: que sociedade estamos a construir? Trata-se, de facto, de uma questão política, mas é sobretudo uma questão de consciência individual que se repercute no plano das obrigações colectivas. Da discussão técnica e partidária que aqui acontece fica-nos muitas vezes a certeza que continua a existir uma dimensão que cada vez mais se distancia da realidade sociocultural. Referimo-nos aos problemas que derivam da mentalidade pouca aberta ao mundo e aos direitos e obrigações individuais, aos problemas que derivam da ausência de princípios, de valores, de responsabilidade, de rigor, de disciplina e de cultura, que condicionam o desenvolvimento da sociedade. Por mais que se discutam aqui as leis que orientam a sociedade, a pergunta que subsiste, depois de trinta e três anos de Autonomia, se é esta a sociedade que o primeiro órgão de governo próprio deseja ajudar a construir e deixar aos vindouros. Esta questão é central porque é esta Assembleia que deve marcar o rumo fiscalizando e corrigindo os actos do governo. Todos conhecemos as razões que subjazem ao facto da Região ter crescido na obra física, por vezes monumental mas não ter, proporcionalmente, crescido na formação do Homem. As razões são múltiplas mas, em síntese, diríamos que foi substancialmente descurada a família e, por extensão, a sociedade. Deixaram correr o marfim, desde logo, por uma inabilidade e ausência de visão sobre o processo educativo. Escolarizou-se mas não se educou para a responsabilidade e para a necessidade de uma aprendizagem permanente. Deixou-se passar ao lado e permitiu-se o substancial agravamento de preocupantes bolsas de pobreza, elas próprias que enclausuram as pessoas que nelas caiem. Actuaram sob a forma de pensos rápidos, disfarçando as feridas sociais profundas, mas nunca numa atitude humanista e libertadora do Homem. Caíram nos excessos, eu diria, na cilada da obra pública, majestosa ou não, pelo que dir-se-á que foram essencialmente políticos porque pensaram na eleição seguinte, não foram estadistas porque não pensaram na geração seguinte. E hoje somos confrontados Senhores Deputados com a necessidade de romper este círculo vicioso, para o qual há uma absoluta necessidade de coragem, determinação, vontade política, rompimento com este paradigma económico que escraviza, com esta organização social que flexibiliza sem qualquer pudor e desregula os direitos e os deveres do trabalho, o tempo de lazer e o tempo de repouso, numa avassaladora e trituradora onda que coloca o ter antes do ser, sem que o Povo perceba que está face a uma miragem. Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, para não irmos muito longe na análise, tenhamos presente a Escola que temos, porque é nela que criamos futuro. Esta Escola de muitas actividades, de muitas coisas, mas vazia de significado para a vida. A Escola onde o acessório tomou conta do essencial. A Escola não apelativa, livresca, de manual, repetitiva, sem alma e, por imposição, não distintiva. A Escola que se tornou remediadora social quando metade dos seus membros recebem, por via da Acção Social, as migalhas do orçamento. A Escola onde catorze estabelecimentos de ensino básico estão entre o nongentésimo lugar e o milésimo, ducentésimo, trigésimo sexto lugar entre Isto obriga-nos a uma reflexão profunda e sistémica, simplesmente porque estes resultados, constituem um indicador de insucesso, cuja factura será penosamente paga no futuro. A factura da dívida e a factura do conhecimento. Senhores Deputados, isto tem muito de político mas sobretudo tem muito de consciência individual e colectiva sobre o que andamos aqui a fazer. A agulha do desenvolvimento tem de ser corrigida, em nome das gerações futuras, pois assiste-se a uma absoluta necessidade de um novo olhar sobre a palavra desenvolvimento jamais confundindo-a com a palavra crescimento. Há uma absoluta necessidade de um novo olhar sobre esta sociedade, hoje, genericamente despersonalizada, anestesiada, acomodada, infeliz, pobre, sem futuro e violenta, como nos apercebemos pela situação vivida, e este é apenas um dos casos, no Bairro da Nogueira. Há uma imperiosa necessidade de uma tomada de consciência que a melhor obra que os políticos poderão fazer é a da celebração do ser humano. Enquanto isso não acontecer, Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, esta Assembleia continuará a funcionar mas muito distante da eficiência, da eficácia e da responsabilidade política que a todos nos incumbe enquanto eleitos pelo Povo. Muito obrigado. Transcrito do original. Aplausos do PS. O SR. PRESIDENTE (Paulo Fontes):- Muito obrigado, Sr. Deputado. Sr. Deputado Jorge Moreira, para um pedido de esclarecimento tem a palavra. O SR. JORGE MOREIRA (PSD):- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Sr. Deputado André Escórcio, mais uma vez o Sr. Deputado veio aqui discorrer sobre a educação e sobre uma leitura pessimista e derrotista da educação e da escola de hoje. Eu não comungo da sua visão, Sr. Deputado, apesar de considerar que nalguns aspectos tem razão. Logicamente que não conseguimos ultrapassar determinados obstáculos. Mas este é um processo lento. A educação não é um processo célere, a educação é um investimento a médio e a longo prazo e não se pode investir hoje para amanhã ter resultados. E não há dúvida que a Madeira mudou muito ao longo destes anos. O Sr. Deputado vem dizer que a escola é vazia, não lida para a vida, não tem alma, é repetitiva. Sr. Deputado, mais uma vez, já é a segunda vez que o Sr. Deputado vem aqui falar sobre esse aspecto. Sr. Deputado, não comungo da Pág. 3

4 sua visão pessimista e derrotista da escola. Acho que a escola tem defeitos, acho que a escola não acompanha de imediato a evolução do mundo de hoje, mas a escola tem dado alguns saltos e a escola é fundamental para a aprendizagem e para a formação para a vida. O Sr. Deputado se calhar a leitura que faz, que eu comungo, que eu concordo, aplica-se perfeitamente ao Governo da República que nada fez ou pouco fez pela educação, que bem pelo contrário apenas estigmatizou os professores, criou um clima de instabilidade, criou uma situação difícil de gerir e que hoje o Partido Socialista tem essa herança, a herança que a actual Ministra tem que gerir e tem que digerir. O. Deputado porventura conheceu a escola e as zonas rurais antes da Autonomia? O Sr. Deputado pode fazer uma comparação do que era há trinta anos uma zona rural?! O Sr. Deputado disse que não houve evolução, houve escolarização mas não houve educação?! Oh, Sr. Deputado, eu estou plenamente em desacordo consigo nesse aspecto, comungo de algumas preocupações que o Sr. Deputado realmente enuncia mas mais do que uma vez digo-lhe com toda a franqueza que não me revejo na escola derrotista, na escola pessimista que o Sr. Deputado procura dizer. Pág. 4 O SR. PRESIDENTE (Paulo Fontes):- Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado André Escórcio. O SR. ANDRÉ ESCÓRCIO (PS):- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Sr. Deputado Jorge Moreira, primeiro aspecto, permitir-me-á que lhe diga mas V. Exa. não entendeu a minha intervenção. O SR. JORGE MOREIRA (PSD):- Entendi! O ORADOR:- E não entendeu a minha intervenção porque a minha intervenção foi muito para além da escola. O SR. JORGE MOREIRA (PSD):- Eu sei! O ORADOR:- A escola foi um parágrafo na minha intervenção, numa intervenção cujo objectivo foi muito mais reflexivo sobre a questão social que nós estamos a viver e a sociedade que estamos a construir relativamente ao futuro. E é essa sociedade que nos preocupa. O SR. JOÃO CARLOS GOUVEIA (PS):- Muito bem! O ORADOR:- Mas se V. Exa. vem aqui falar sobre a questão da escola, eu poderei e terei muito prazer em dialogar consigo sobre o que foi a escola ontem e o que é a escola hoje. E a escola hoje é a escola de múltiplas actividades, é a escola pintada de fresco, é a escola bonita por fora mas corroída por dentro O SR. JORGE MOREIRA (PSD):- O Sr. Deputado não diz qual é a escola que pretende! O ORADOR:- é uma escola, Sr. Deputado, é uma escola onde V. Exa. fica extremamente preocupado quando verifica que tem vinte e uma escolas acima do septuagésimo lugar até entre mil duzentas e noventa e duas. E só temos uma escola, uma escola antes do lugar duzentos e quinze. Uma! E isso apenas como indicador. Porque eu não levo os rankings à risca O SR. JORGE MOREIRA (PSD):- E no secundário? O ORADOR:- Sr. Deputado eu não levo os rankings à risca, agora sirvo-me dos indicadores para poder ter uma ideia de como é que nós estamos na nossa sociedade. E o que me preocupa neste momento, e que não preocupa o Sr. Deputado, é a sociedade que nós estamos a construir. É a indisciplina, é a violência! O SR. JORGE MOREIRA (PSD):- E o que foi que o Governo de Sócrates fez? O ORADOR:- Ainda ontem tive uma reunião com um grupo de professores e eles diziam-me que há muitos professores aqui na nossa região O SR. PRESIDENTE (Paulo Fontes):- Terminou o seu tempo, Sr. Deputado. O ORADOR:- Já termino, Sr. Presidente. muitos professores da nossa região que estão com baixa psiquiátrica porque não conseguem funcionar na escola de hoje. O SR. JORGE MOREIRA (PSD):- Lá é que metem baixa psiquiátrica! O ORADOR:- E é isso que V. Exa. devia ter em atenção. O SR. PRESIDENTE (Paulo Fontes):- Muito obrigado, Sr. Deputado. Sra. Deputada Isabel Cardoso, para um pedido de esclarecimento tem a palavra. A SRA. ISABEL CARDOSO (PCP):- Obrigada, Sr. Presidente.

5 Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Sr. Deputado André Escórcio, subscrevo em tudo a sua intervenção, ao contrário do Sr. Deputado Jorge Moreira, porque percebi o alcance da sua intervenção. Chamou a atenção para as profundas contradições da realidade social madeirense que resultam das profundas contradições das políticas educativas sem rumo que a Madeira tem tomado ao longo dos 30 anos de Autonomia que temos. O que eu gostava que esclarecesse, e aliás a intervenção do Sr. Deputado Jorge Moreira vem provar que é necessário esclarecer, é no conceito muito interessante que chamou a atenção, sobre escolarização versus educação. Se calhar aqui reside o núcleo do debate e daqui devemos explorar o que está em causa na escola madeirense e naquilo que queremos para o futuro da escola madeirense. O SR. PRESIDENTE (Paulo Fontes):- Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado André Escórcio. O SR. ANDRÉ ESCÓRCIO (PS):- Muito obrigado, Sr. Presidente. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Sra. Deputada Isabel Cardoso, preocupa-me muito a escola madeirense, preocupa-me muito a sociedade porque, Sra. Deputada, o que se está a passar na nossa sociedade é extremamente grave e penoso para nós continuarmos, como alguns o fazem, continuarmos a assobiar para o ar. O SR. JORGE MOREIRA (PSD):- Olhe para o seu partido! O ORADOR:- Sr. Deputado, vou olhar para si Sr. Deputado! Quando o Sr. Deputado fala eu tenho o respeito de o ouvir, quando falo eu tenho respeito pelas suas palavras O SR. JORGE MOREIRA (PSD):- Também tenho! O ORADOR:- Nós temos que olhar para esta sociedade e ter uma noção exacta do que está a acontecer. O que está a acontecer diariamente, Srs. Deputados, com as tentativas de suicídio que estão a acontecer na Madeira diariamente, o que está a acontecer com as tentativas de suicídio falhadas e as consumadas, temos que ter noção e deve ser feito um levantamento dos homicídios; devemos ter em atenção o que está a acontecer no foro psiquiátrico, temos que ter em atenção ao que está a acontecer na violência doméstica Protestos do PSD. temos que ter em atenção aos quinze mil que dependem do álcool, temos ter em atenção às quinhentas crianças que vivem institucionalizadas e muitas delas em casas de acolhimento, temos que ter em atenção aos quatro mil toxicodependentes, temos que ter em atenção aos 30% de pobres, temos que ter em atenção aos oitocentos que procuram um lar, temos que ter em atenção aos doze mil e seiscentos desempregados, temos que ter em atenção a tudo o que se está a passar de infelicidade nesta sociedade e que todos nós O SR. PRESIDENTE (Paulo Fontes):- Terminou o seu tempo, Sr. Deputado. O ORADOR:- todos nós temos que ter responsabilidades políticas no sentido da correcção de todos os processos que estão aqui em causa. É isto o essencial da minha mensagem. O essencial da minha reflexão é esta, não é a escola só por si. O SR. PRESIDENTE (Paulo Fontes):- Para uma intervenção, dou a palavra ao Sr. Deputado Lino Abreu, do Grupo Parlamentar do CDS/PP. O SR. LINO ABREU (CDS/PP): O Ano Europeu de Luta Contra a Pobreza A Região Autónoma da Madeira e o seu Governo, precisam de criar uma nova cultura social que assuma a sua coresponsabilidade, que perceba e entenda que a exclusão social é uma consequência do modelo económico, da prática, do consumo que escolhemos nas últimas três décadas. É urgente lutar contra a pobreza, lutar pelos mais básicos direitos humanos e é fundamental entender e ter como premissa, de uma vez por todas, que a pobreza, para além de não ser uma fatalidade, não é primariamente, uma responsabilidade apenas e tão só dos próprios pobres. Lutar contra a pobreza não deve ser um favor, uma benesse, uma boa vontade ou um alívio de consciências, mas sim uma obrigação de um Governo, que deve ter como prioridade principal nas suas linhas de orientação politica. Aceitar a pobreza é uma atitude nobre de um Governo que se preze, de um Governo que tem como prioridade a pessoa humana e pela integral idade desse mesmo ser humano. Este é o papel de um Governo e de toda a sociedade, enquanto interventores sociais, aos mais variados níveis e desde as mais diversas estruturas e formas de resposta, que devemos assumir e ter. Se formos capazes de contrariar o actual cenário, significa caminharmos para uma sociedade mais justa, mais próspera, com mais qualidade de vida e com mais progresso nos termos sociais e nos económicos. Para isso, será necessário, Srs. Deputados, que a região aceite a nossa realidade social, sem tabus, que aceite mas que actue, que aja, que crie um conjunto de medidas de uma forma concertada, com todas as instituições públicas e privadas, que trace uma estratégia de intervenção, envolvendo todas as esferas da vida social, económica, política e cultural, tendo sempre como prioridade sempre a inclusão dos excluídos, de forma a viver com dignidade nesta sociedade que temos. Direito que assiste a todas os Madeirenses e Portosantenses. Propomos quatro grandes objectivos transversais que devem ter prioridade neste actual Governo: Primeiro, reconhecer o direito fundamental das pessoas em situação de pobreza e de exclusão social a viveram com dignidade e a tomarem parte activa nesta sociedade; Pág. 5

6 Segundo, responsabilidade partilhada e participada por todos nós; todos nós temos parte activa e também somos parte culpante daquilo que vivemos e daquilo que temos, eu inclusive também. Terceira, coesão: promover uma maior coesão na sociedade e assegurar que ninguém duvide das vantagens que resulta para todos de uma sociedade sem pobres; Por último, envolvendo uma acção concreta a todos os níveis de poder de uma forma concertada com o objectivo de atenuar, diminuir aqueles que mais sofrem e que aqueles que estão lá fora esperem uma atitude nova e uma resposta nova de todos nós. Pág. 6 O SR. PRESIDENTE (Paulo Fontes):- Muito obrigado, Sr. Deputado. Sr. Deputado Jaime Leandro, para um pedido de esclarecimento tem a palavra. O SR. JAIME LEANDRO (PS):- Muito obrigado, Sr. Presidente. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Sr. Deputado Lino Abreu, na sua intervenção V. Exa. chamou a atenção para uma coisa que me parece essencial que é a de que não poderemos arranjar soluções para o actual estado de coisas se não enfrentarmos a verdade. E a verdade é que o desemprego está como está, cerca de 13 mil desempregados; a pobreza na Região Autónoma da Madeira está como está, fala-se em 60 mil pobres ou mais; as PME s estão como estão; os apoios que foram dados foram importantes mas foram também insuficientes; as falências continuam a insistir com um número considerável, e o Governo Regional continua também ele com a cabeça metida na areia fazendo de conta que nada disto existe. Mas os madeirenses, o comum trabalhador e os empresários, sejam eles médios empresários ou grandes empresários, estão a mãos com uma crise sem precedentes. E o que eu lhe queria perguntar, até porque V. Exa. tem uma experiência também no ponto de vista empresarial na direcção da associação a que preside, que medidas podem ser empreendidas no sentido de reverter este quadro pessimista, este quadro de grande preocupação para a Região Autónoma da Madeira, para os madeirenses e para os empresários em particular? O SR. PRESIDENTE (Paulo Fontes):- Sr. Deputado Lino Abreu, para responder tem a palavra. O SR. LINO ABREU (CDS/PP):- Muito obrigado, Sr. Presidente. Sr. Presidente, Srs. Deputados, a sua pergunta é pertinente. E é pertinente porquê? Acho que chegou o momento de invertermos o actual ciclo que estamos a viver nos últimos 30 anos. Vivemos um ciclo de investimento de algumas infraestruturas que era necessário e que foi fundamental para o nosso desenvolvimento, que foi fundamental para desenvolver algumas necessidades básicas que nós tínhamos e que merecíamos e que fazia falta na nossa sociedade mas há muito que devíamos ter a capacidade e a visão para darmos um novo ciclo para darmos um salto no ciclo social e no ciclo empresarial. Não há dúvidas que aquilo que temos agora, como eu disse na minha intervenção, é a consequência e o resultado das políticas traçadas por este Governo nos últimos 30 anos. Mas chegou ao momento de aceitar a verdade e este momento de aceitar a verdade às vezes dói mas temos que aceitar porque se não aceitamos não temos as medidas necessárias para combatê-las. Isto acontece na vida empresarial. Se nós não queremos aceitar aquilo que devemos todos os dias, logicamente que não vamos ter a capacidade de inovar, de termos uma nova estratégia de termos uma acção concreta para combater o problema que nós temos. E o que passamos aqui é que muitas das vezes o Governo não quer olhar a realidade e a essa realidade assistimos todos os dias lá fora. Assistimos nas empresas que você disse e muito bem que estão a fechar, no aumento sistemático do número de pobres ainda no mês passado, de Agosto para Setembro, aumentamos mais trezentos e doze desempregados, estamos a aumentar a dez desempregados por dia, dez desempregados por dia! Olhem para estes números, actuem, tomem medidas! Temos que actuar, temos que actuar e já porque caso contrário estamos a somar e a somar diariamente o número de desempregados, o número de falências e o número de pobres que estamos a assistir nesta terra. E o que nós queremos O SR. PRESIDENTE (Paulo Fontes):- Terminou o seu tempo, Sr. Deputado. O ORADOR:- é que o Governo actue e actue criando medidas concretas para atenuar o sacrifício e o drama que se vive no tecido empresarial, nas famílias e naqueles que mais precisam. O SR. PRESIDENTE (Paulo Fontes):- Muito obrigado, Sr. Deputado. Para uma intervenção tem a palavra o Sr. Deputado Jaime Silva, do MPT. Dispõe de 2 minutos. O SR. JAIME SILVA (MPT):- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, passado que está mais um acto eleitoral para as autárquicas temos que tirar as devidas elações sobre aquilo que o eleitorado depositou nas urnas. E mais do que tudo é urgente ver que a população da Madeira está cada vez mais esclarecida e cada vez mais, digamos, temos um eleitorado de qualidade. E para comprovar estas afirmações pode dizer-se que da parte do poder o PSD que tem estado comodamente instalado na sua cadeira, quer seja a nível governamental quer seja também a nível das várias câmaras da região, constatou-se aqui uma reacção enérgica de muito eleitoral, de uma base forte de eleitorado que está a mostrar a estes senhores que não é assim que se faz política. E por mais que ainda se esteja numa situação difícil, uma situação difícil da nossa democracia na região, se tivermos em conta também o papel que é aquele papel que deve ser desempenhado pelo maior partido da oposição. O maior partido da oposição também tem estado em constante guerra interna e isto em princípio deveria dificultar ainda mais a acção do partido do pode. E os outros partidos da oposição, os partidos mais pequenos estão a crescer

7 não com aquela margem de crescimento forte mas estão a crescer e isto mostra também que o eleitorado está esclarecido também relativamente a estas situações. Há aqui também implicitamente um castigo ao maior partido da oposição, que como já referi tem estado em guerrilhas constantes, e o eleitorado não perdeu a oportunidade de castigar também aqueles que se esquecem de contactar com as populações no dia-a-dia, esquecem-se de irem às câmaras, irem às localidades e denunciar os problemas das populações. E foi a isso que se assistiu nestas eleições O SR. PRESIDENTE (Paulo Fontes):- Terminou o seu tempo, Sr. Deputado. O ORADOR:- castigo para o PSD e castigo para o maior partido da oposição que tem estado a ver navios. E é necessário, para terminar, Sr. Presidente, que no concelho de Santa Cruz, que foi aquele concelho onde houve um maior equilíbrio de forças, é necessário que o PSD aprenda com esta lição e não se meta na toca como se tem metido nos últimos dias, que em vez de mostrar preocupação para resolver este problema que está criado no concelho que não é um problema porque para as populações até é melhor haver um equilíbrio de forças O SR. PRESIDENTE (Paulo Fontes):- Sr. Deputado, tem que terminar. O ORADOR:- e o PSD tem esquecido esta situação e não está a desempenhar o seu papel, que é exactamente procurar situações de convergência para o futuro do concelho. Tenho dito. O SR. PRESIDENTE (Paulo Fontes):- Sr. Deputado Jaime Leandro, para um pedido de esclarecimento ao Sr. Deputado Jaime Silva, tem a palavra. O SR. JAIME LEANDRO (PS):- Sr. Presidente, muito obrigado. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Sr. Deputado Jaime Silva, V. Exa. não resiste à vontade de sistemática e reiteradamente atacar o Partido Socialista. É essa a forma de fazer oposição do seu partido: criticar a oposição, encostar-se ao partido do Governo. Mas isso, toda a gente já percebeu, toda a gente já viu. E deixe-me dizer-lhe o seguinte: V. Exa. está a cuspir no prato onde já comeu e quanto mais não seja o Partido Socialista, independentemente das personalidades que o integram merece, deveria merecer o seu respeito como merece o respeito de parte, de fatia substancial dos madeirenses. O partido a que V. Exa. se integra é um partido que come à mesa com o PSD e parasita o eleitorado do PS. É um partido parasita, é um partido que faz a campanha não com base em projectos próprios mas com base na difamação e com base na intervenção que tem sistematicamente feito no Partido Socialista. Ficar-lhe-ia muito melhor afirmar o seu partido com projectos próprios do que parasitar, repito, no Partido Socialista. O SR. AGOSTINHO GOUVEIA (PSD):- O que ele disse foi a verdade! O ORADOR:- Mas o eleitorado é sábio e V. Exa. disse-o. É sábio e é tão sábio que já se começou a ver esse resultado também nos seus números de votos e em vez de olhar para a casa dos outros, porque os outros estão atentos àquilo que está a acontecer, olhe para a sua porque ela está a arder. O SR. PRESIDENTE (Paulo Fontes):- Sr. Deputado Jaime Silva, para responder tem a palavra. O SR. JAIME SILVA (MPT):- Muito obrigado, Sr. Presidente. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Sr. Deputado Jaime Leandro, eu não lhe vou responder para já não me fez nenhuma pergunta mas não vou reagir às suas afirmações com tom enervado e odioso e rancoroso com que o Sr. Deputado se referiu à minha pessoa. Mas tenho de lhe dizer uma coisa, Sr. Deputado. O Sr. Deputado disse que o eleitorado é sábio, não foi? Ora bem, Sr. Deputado também acusou o Deputado Jaime Silva do Partido da Terra de cuspir no prato onde comeu. Pois, Sr. Deputado, eu vou-lhe responder da seguinte maneira O SR. JAIME LEANDRO (PS):- Diga! O ORADOR:- Se o eleitorado é sábio O SR. JAIME LEANDRO (PS):- Foi V. Exa. que o disse ali! O ORADOR:- Sr. Deputado, se o eleitorado é sábio também para si eu vou-lhe dizer o seguinte: se eu cuspi no prato onde comi, Sr. Deputado, o eleitorado que votou no PS também está a cuspir no prato onde comeu. Porque na Camacha, Sr. Deputado, de onde eu sou natural, posso-lhe dizer que nas últimas eleições anteriores às autárquicas e nos actos eleitorais em que o Partido da Terra entrou, o Partido da Terra ficou a 17% do PS e nestas eleições autárquicas o Partido da Terra está apenas a 7% do PS. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Paulo Fontes):- Muito obrigado, Sr. Deputado. Sras. e Srs. Deputados, não havendo mais intervenções vamos à nossa ordem de trabalhos. ORDEM DO DIA Pág. 7

8 Temos como I parte a apreciação e votação do relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o Projecto da Quinta do Lorde, nos termos do regimento específico aprovado pela Conferência dos Presidentes dos Grupos Parlamentares. Temos que fazer a leitura do relatório. Sras. e Srs. Deputados, o relatório é um pouco extenso, foi distribuído a todos os deputados, não sei se dispensam a leitura pela Mesa do referido relatório Srs. Deputados, alguém se opõe à dispensa da leitura? Consta do seguinte: COMISSÃO DE INQUÉRITO SOBRE O PROJECTO DA QUINTA DO LORDE RELATÓRIO A presente Comissão de Inquérito foi constituída a requerimento dos deputados que pertencem aos Grupos Parlamentares do Partido Socialista (PS) e do Partido Comunista Português (PCP), e dos deputados representantes únicos do Bloco de Esquerda (BE) e do Partido da Nova Democracia (PND), no qual solicitam a realização de Inquérito Parlamentar sobre o Projecto Turístico Resort Quinta do Lorde com a finalidade de se proceder a uma análise do processo em causa, de modo a apurar-se: - da existência de decisões administrativas do Governo Regional entre si contraditórias, respeitantes ao processo de viabilização e licenciamento do empreendimento turístico Resort Quinta do Lorde, plasmadas nas Resoluções n.ºs 1943/99, de 29 de Dezembro e 272/2004, de 12 de Março; - da adequação do Projecto Turístico Resort Quinta do Lorde actualmente em execução, aos condicionalismos da Resolução de Governo n.º 272/2004, que aponta para a edificação de uma aldeia tipicamente madeirense; - da legalidade dos actos administrativos, praticados pelo Governo Regional, necessários à viabilização e licenciamento do Projecto Turístico Resort Quinta do Lorde e das obras de execução deste Projecto, face às imposições e condicionamentos contidos nos diversos instrumentos legais de ordenamento do território da Região Autónoma da Madeira, mormente, nos domínios da protecção ambiental e da natureza, da protecção da orla costeira e do uso privativo de bens do domínio público marítimo; e - da utilização, por parte do Governo Regional, no processo de viabilização e licenciamento do Projecto em causa, de uma dualidade de critérios, tendo em atenção as partes interessadas neste empreendimento turístico, de modo a favorecer uma delas. Aos vinte e cinco dias do mês de Junho de dois mil e nove, pelas onze horas, foi instalada a Comissão de Inquérito Parlamentar requerida, tendo sido eleitos os membros da Mesa, que ficou assim constituída: Presidente: Rui Moisés Fernandes Ascensão Vice-Presidente: Jorge Moreira de Sousa Secretário: Élvio Manuel Vasconcelos Encarnação Relator: Vasco Luís de Lemos Vieira Os restantes membros desta Comissão, indicados pelos respectivos Grupos Parlamentares com assento na Assembleia Legislativa da Madeira, são os seguintes: Vogal: José Jardim Mendonça Prada (PSD) Vogal: José Gualberto Mendonça Fernandes (PSD) Vogal: José Savino dos Santos Correia (PSD) Vogal: Victor Sérgio Spínola Freitas (PS) Vogal: Edgar Freitas Gomes Silva (PCP) Instalada a Comissão de Inquérito requerida, esta deu início aos seus trabalhos em reunião do dia sete de Julho de dois mil e nove, pelas catorze horas e trinta minutos, na qual se analisou os fundamentos aduzidos no Requerimento de constituição de Comissão de Inquérito Parlamentar, e estabeleceu a metodologia de trabalho a desenvolver no seu âmbito. Nesta reunião, os Grupos Parlamentares com representação na Comissão de Inquérito apresentaram requerimentos escritos destinados à recolha de documentos relacionados com a viabilização e licenciamento do Projecto Turístico Resort Quinta do Lorde, à audição de entidades públicas relacionadas directa ou indirectamente com o Processo em causa, bem como à prestação de depoimento por parte de especialistas na área do ambiente. Destes requerimentos, vinte (20) foram apresentados pelo Partido Socialista (PS), sendo cinco (5) para a obtenção de prova documental, e quinze (15) para produção de prova testemunhal, pelo Partido Social-Democrata (PSD) um (1) e pelo Partido Comunista Português (PCP) sete (7), os quais, por se tratarem propriamente de pedidos de informação sobre o empreendimento turístico Resort Quinta do Lorde, formulados directamente a entidades públicas, não foram admitidos, pelo que os mesmos foram reformulados, tendo sido feitos oralmente e no sentido daquelas entidades prestarem depoimento perante a Comissão de Inquérito, tendo ainda o PCP apresentado oralmente mais dois (2) requerimentos, pedindo a audição da Senhora Secretária Regional do Turismo e Transportes e de Sua Excelência o Presidente do Governo Regional. Dos requerimentos apresentados, foram aprovados, por unanimidade, o requerimento do PSD para audição do Senhor Secretário Regional do Equipamento Social, e o requerimento do PS para audição do Senhor Presidente da Câmara Municipal de Machico, tendo sido rejeitados, por maioria, todos os restantes requerimentos, que obtiveram os votos favoráveis dos representantes do PS e do PCP. Aos vinte dias do mês de Julho de dois mil e nove, pelas nove horas e trinta minutos, reuniu-se, novamente, a Comissão de Inquérito para proceder à Audição do Senhor Secretário Regional do Equipamento Social. Iniciada a reunião, o Senhor Presidente da Comissão informou os restantes membros da existência de um ofício da Procuradoria da República junto do Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal, que dava conhecimento do arquivamento dos Autos no Processo Administrativo n.º 06/2008, que teve por objecto a apreciação da legalidade dos actos administrativos do Município de Machico e de outras entidades, relativos ao Processo de Viabilização e Licenciamento do Empreendimento Turístico Resort Quinta do Lorde, remetido a esta Comissão por Sua Excelência o Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, para os efeitos tidos por convenientes, cuja fotocópia foi fornecida a Pág. 8

9 todos os membros da Comissão, acompanhada do respectivo anexo, contendo o teor do Despacho de Arquivamento, e do qual todos tomaram conhecimento. Após esta comunicação do Senhor Presidente da Comissão de Inquérito, passou-se à Audição do Senhor Secretário Regional do Equipamento Social, tendo a representação do Grupo Parlamentar do PSD referido, através do deputado Gualberto Fernandes, não ter quaisquer esclarecimentos a pedir ao Senhor Secretário Regional sobre a matéria em questão, uma vez que, tendo tomado conhecimento do teor do Despacho de Arquivamento proferido pelo Procurador da República junto do Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal, não persistirem quaisquer dúvidas sobre a legalidade de todo o processo de viabilização e licenciamento do projecto turístico Resort Quinta do Lorde. Não partilhando da opinião expressa pelo PSD, o representante do Grupo Parlamentar do PS, deputado Victor Freitas, considerou necessário, para o apuramento dos factos, formular questões ao Senhor Secretário Regional, tendo-o inquirido no sentido de saber: - Se achava possível a Comissão de Inquérito poder realizar um bom trabalho e chegar a uma conclusão sobre a matéria objecto do Inquérito, quando foi negado aos seus membros o acesso a documentos que fazem parte integrante do processo de licenciamento do Projecto Quinta do Lorde. - Que razões determinaram, no passado mês de Abril, a visita do Senhor Secretário Regional ao local de construção do empreendimento turístico Quinta do Lorde, fazendo-se acompanhar pelo promotor do empreendimento e pelo Senhor Presidente da Câmara Municipal de Machico. Face a estas questões que lhe foram postas, procurou o Senhor Secretário Regional do Equipamento Social prestar os necessários esclarecimentos, bem como achou necessário e útil fornecer mais dados aos membros da Comissão sobre o processo de viabilização e licenciamento do projecto turístico Resort Quinta do Lorde, embora não tenha sido questionado sobre os mesmos, tendo referido que: - Quanto à qualidade do trabalho a desenvolver pela Comissão de Inquérito, tendo em linha de conta o não acesso por parte dos seus membros aos documentos que integram o processo em causa, não era responsável por tal situação, encontrando-se presente nesta Comissão para prestar os necessários esclarecimentos sobre a matéria em apreciação e não para interferir e emitir opinião sobre a forma de funcionamento da mesma, nem sobre as decisões tomadas pelos seus membros; - no que respeita às razões que determinaram a sua visita ao local de construção do empreendimento turístico Resort Quinta do Lorde, prendem-se estas com a importância que o projecto turístico em causa tem para a Região Autónoma da Madeira (RAM) e insere-se no normal desempenho das suas atribuições e competência, sendo seu hábito acompanhar a concretização dos projectos que representam mais-valias para a Região Autónoma; - No que concerne propriamente ao processo de viabilização e licenciamento do projecto turístico Resort Quinta do Lorde, considera necessário e importante esclarecer, para que se dissipem as dúvidas sobre a legalidade dos actos administrativos praticados pelas entidades competentes em razão da matéria, que: A ocupação da zona de implantação deste empreendimento turístico está titulada por Alvará desde o ano de 1957; O Alvará concedido em 1957 sofreu alterações ao longo dos anos, conforme se foi também alterando o tipo de ocupação do empreendimento; O projecto turístico Resort Quinta do Lorde é uma mais-valia para a RAM e para o Município de Machico, sendo um empreendimento turístico classificado de interesse público; O Plano de Ordenamento Turístico (POT) constatou a existência de um défice de alojamento turístico no Município de Machico, consequência da demolição do Hotel Atlantis e da desactivação do Complexo da Matur, pelo que era do interesse público combater esse défice, representando o empreendimento turístico Resort Quinta do Lorde um contributo para colmatar o défice de alojamento turístico verificado naquele Município; Foi introduzida, em 1997, no Plano de Ordenamento do Território da Região Autónoma da Madeira (POTRAM) uma regra específica que permitisse atrair empreendimentos turísticos de qualidade, tipo resort, para aquela zona do território regional; O Plano Director Municipal de Machico (PDMM) classifica a zona de implantação do empreendimento turístico em causa, como espaço urbano a consolidar e zona de desenvolvimento turístico; Admite a possibilidade de terem sido cometidas algumas irregularidades processuais, as quais foram sendo sanadas ao longo de todo o processo de licenciamento, não existindo actualmente quaisquer actos administrativos susceptíveis de nulidade ou anulabilidade, respeitando o processo de viabilização e licenciamento do Projecto Turístico Resort Quinta do Lorde as regras estabelecidas no POTRAM, POT, PDMM e demais legislação aplicável; O facto do empreendimento turístico Resort Quinta do Lorde estar parcialmente integrado na Rede Natura 2000, deve-se a que a cartografia, existente na altura, não ser a mais correcta, não permitindo concluir-se com toda a certeza e exactidão a efectiva área de ocupação do empreendimento, mas tal facto não é impeditivo de edificação dentro da zona do Parque Natural da Madeira, até porque mereceu parecer favorável do Parque Natural; O Projecto Turístico Resort Quinta do Lorde foi objecto de Estudo de Impacte Ambiental e sujeito a discussão pública nos termos legalmente exigíveis; O empreendimento turístico em questão está localizado, na sua grande parte, em propriedade privada; As áreas de expansão do empreendimento turístico Resort Quinta do Lorde que ocupam espaço do domínio público marítimo estão tituladas mediante contrato de concessão, que foi evoluindo ao longo do tempo e adequando-se à legislação em vigor; Actualmente, este empreendimento turístico, estando em fase de construção, garante cerca de 400 postos de trabalho e com a sua entrada em funcionamento, irá criar, de forma directa, mais de 200 postos de trabalho; O empreendimento turístico, cuja legalidade do processo de viabilização e licenciamento é o objecto do Inquérito em curso, possui uma área total de ,00 m 2, sendo ,00 m 2 de área de implantação e cerca de ,00 m 2 de espaços verdes, com um número máximo de 4 pisos por edifício; O processo de viabilização e de licenciamento do Projecto Turístico Resort Quinta do Lorde foi objecto de averiguação promovida pelos Serviços do Ministério Público, a fim de determinar-se da legalidade dos actos administrativos praticados pelas entidades públicas com competência em razão da matéria, averiguação essa que foi bastante profunda, atingindo 3 volumes e 18 anexos, num total de páginas, tendo o Procurador da República, Pág. 9

10 junto do Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal, chegado à conclusão de que o processo em causa não contem qualquer ilegalidade, pelo que proferiu despacho de arquivamento do respectivo Processo Administrativo, só podendo estar de má-fé quem pretenda mover, novamente, qualquer processo judicial que vise pôr em causa este empreendimento turístico. Aos vinte e um dias do mês de Julho de dois mil e nove, pelas nove horas e trinta minutos, voltou a reunir-se a Comissão de Inquérito para proceder à Audição do Senhor Presidente da Câmara Municipal de Machico. Iniciada a reunião, a representação do Grupo Parlamentar do PSD na Comissão de Inquérito, através dos deputados Jorge Moreira e Savino Correia, expressou a opinião de que o objecto desta reunião estava totalmente esvaziado, na medida em que todas as questões levantadas no Requerimento de Constituição da presente Comissão de Inquérito e relacionadas com a prática de actos administrativos ilegais, por violarem disposições normativas do POTRAM, PDMM, PNM e Rede Natura 2000, tinham sido profunda e exaustivamente analisadas pelo Ministério Público. Como tal, estariam esgotados todos os aspectos de possível ilegalidade do processo de viabilização e licenciamento do Projecto Turístico em causa, tal como resulta do despacho de arquivamento proferido pelo Procurador da República junto do Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal, que fez questão de dar conhecimento do mesmo a esta Comissão de Inquérito, não cabendo aos partidos políticos a apreciação da legalidade dos actos administrativos praticados no âmbito do Processo em causa, somente lhes competindo fazer uma apreciação e avaliação política da questão. Discordando da posição expressa pelo Grupo Parlamentar do PSD, os deputados representantes dos Grupos Parlamentares do PS e do PCP, presentes nesta reunião, Victor Freitas e Leonel Nunes, consideraram existirem razões objectivas para a continuidade dos trabalhos da Comissão de Inquérito, sendo importante, para a verificação da legalidade do processo de viabilização e licenciamento do Projecto Turístico Resort Quinta do Lorde, a Audição do Senhor Presidente da Câmara Municipal de Machico e de outras individualidades directamente ligadas ao Processo, bem como a análise de documentos que dele são parte integrante, cujo fornecimento foi negado aos deputados que integram a Comissão de Inquérito, pelo que pretendem obter esclarecimentos do senhor Presidente da Câmara acerca dos seguintes factos: - A existência de um parecer emitido pelo Parque Natural da Madeira (PNM), no ano de 2009, a solicitação da Câmara Municipal de Machico, estando já o empreendimento turístico em construção, no qual não e feita qualquer referência expressa à necessária autorização do PNM, conforme exigência da lei; - O facto do empreendimento turístico Resort Quinta do Lorde, de acordo com a planta da Rede Natura 2000, ter a sua total implantação dentro da delimitação daquela zona legalmente protegida; - A desconformidade da obra que actualmente está a ser executada no local, com o que consta do Estudo de Impacte Ambiental realizado; - Face à cartografia constante do Plano Director Municipal de Machico, a ocupação turística da área geográfica em causa não tem acolhimento naquele instrumento legal de gestão do território municipal; - A existência de discrepância entre a área de construção autorizada, que é de ,00 m 2, e a área de construção que está actualmente a ser executada, que é de ,00 m 2 ; - Se o Presidente da Câmara Municipal de Machico dispensa tratamento igual, no que respeita à aprovação de projectos, a todos os investidores no seu Município; - Se a Câmara Municipal de Machico estaria disposta a fornecer à Comissão de Inquérito elementos do processo de licenciamento do Projecto Turístico Resort Quinta do Lorde que assegurem aos deputados a legalidade de tal processo. Procurando esclarecer os membros da Comissão de Inquérito acerca das dúvidas que lhe foram suscitadas sobre o processo de licenciamento do empreendimento turístico Resort Quinta do Lorde, o Senhor Presidente da Câmara Municipal de Machico referiu que: - Todos os investimentos no seu Concelho são bem-vindos, não podendo admitir qualquer insinuação no sentido de ter um tratamento diferenciado em função da pessoa do investidor ou do munícipe, pois todos são tratados de forma igual; - As dúvidas que são levantadas sobre a legalidade do processo de licenciamento do projecto turístico em causa, somente resultam da falta de preparação e desconhecimento dos condicionamentos legais que se impõem a este tipo de projecto e à área que visa ocupar, por parte de quem pretende atacar tal projecto, estando a legalidade dos actos administrativos praticados a ser investiga há mais de um ano pelos serviços do Ministério Público, e que só o desconhecimento de certos conceitos, tais como, Rede Natura 2000, Parque Natural da Madeira, reserva integral e reserva parcial, leva a uma série de equívocos na comunicação social e, consequentemente, na opinião pública; - A sua actuação, como Presidente da Câmara Municipal, quer neste, quer em todos os processos de licenciamento que envolvem o Município de Machico, têm-se pautado pelo cumprimento da legalidade de procedimentos; - O parecer solicitado ao Parque Natural da Madeira justificava-se, pois não havia sido feito no momento próprio e como tal importava sanar uma irregularidade processual; - O processo de licenciamento do Projecto Turístico Resort Quinta do Lorde foi acompanhado de todos os pareceres técnico-jurídicos considerados necessários e adequados, tendo a Câmara Municipal de Machico, nos seus quadros, pessoal técnico de grande qualidade e capaz de analisar um projecto daquela dimensão, cumprindo com todas as exigências legais, o que é comprovado pelo despacho de arquivamento do Procurador da República junto do Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal, emitido no Processo Administrativo que visava investigar a legalidade dos actos administrativos praticados no âmbito do processo de viabilização e licenciamento do empreendimento turístico em causa; - A Câmara Municipal de Machico colaborou activa e positivamente com o Ministério Público no processo administrativo de investigação da legalidade, fornecendo todos os elementos e documentos que lhe foram solicitados, os quais podem ser solicitados por qualquer cidadão, na medida em que o Processo de Licenciamento é público; - Todo o processo de licenciamento do projecto turístico em causa está dentro da legalidade, tendo sido sanadas de imediato quaisquer possíveis irregularidades processuais, tal como o confirma o despacho de arquivamento do Procurador da República, pelo que não poderia a Câmara deixar de licenciar um projecto que se encontra em conformidade com as disposições da lei aplicável; Pág. 10

11 - O empreendimento turístico Resort Quinta do Lorde representa uma mais-valia para o Município de Machico, na medida em que vem compensar as perdas verificadas em oferta hoteleira do Concelho, com o desaparecimento do Complexo Turístico da Matur e do Hotel Atlantis, fruto da expansão do Aeroporto da Madeira; - A aprovação do local de implantação do empreendimento turístico Resort Quinta do Lorde teve lugar no ano de 1999, quando a Presidência do Município era da responsabilidade do Partido Socialista, partido maioritário no executivo camarário, tendo sido aprovado por unanimidade. Terminada a Audição do Senhor Presidente da Câmara Municipal de Machico, deu-se continuidade aos trabalhos da Comissão de Inquérito, tendo o representante do Grupo Parlamentar do PS, deputado Victor Freitas, feito requerimento oral, no sentido de se oficiar os serviços do Ministério Público para prestar esclarecimentos acerca das diligências que efectuou quanto a saber da existência e eventuais violações do Plano Director Municipal, se está ou não a ser cumprido o projecto licenciado pela Câmara Municipal, e se na sua investigação verificou os mapas da Rede Natura 2000, ou se ficou apenas pelo teor das resoluções do Governo Regional, requerimento este que foi rejeitado por maioria, obtendo os votos favoráveis do PS e do PCP. Também foi requerido oralmente pelo Grupo Parlamentar do PSD, através do deputado Vasco Vieira, que o Despacho de Arquivamento emitido pelo Procurador da República junto do Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal, constituísse prova documental necessária à feitura do Relatório Final da Comissão de Inquérito, requerimento este que foi aprovado por maioria, com abstenção do PCP. Ainda, na reunião do dia vinte e um de Julho, foi proposto pelo Grupo Parlamentar do PSD, através do deputado Jorge Moreira, que o Relator da Comissão de Inquérito procedesse de imediato à elaboração do relatório final, por se encontrarem esgotadas todas as diligências que se impunham à Comissão para apreciação da legalidade do processo em causa, proposta que foi aprovada por maioria, com os votos contrários do PS e do PCP, tendo ficando também deliberado que a discussão e votação do Relatório Final teria lugar no dia sete de Setembro do corrente ano. Uma vez que ficou deliberado, pela Comissão de Inquérito, que o Despacho de Arquivamento proferido pelo Procurador da República junto do Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal constituiria elemento de prova a considerar na feitura do Relatório Final, pois tem por objecto a mesma matéria que constitui o fundamento da criação desta Comissão Parlamentar de Inquérito, importa que se proceda à análise do seu conteúdo e dos fundamentos que determinaram o arquivamento do Processo Administrativo instaurado para averiguação da legalidade do processo de viabilização e licenciamento do Projecto Turístico Resort Quinta do Lorde. Assim, importa referir, que da análise deste documento ressalta, desde logo, o facto do Ministério Público, através da abertura do Processo Administrativo n.º 06/08, ter promovido a investigação do processo em causa, com base em notícia publicada no jornal Garajau de 02/05/2008, e em denúncia feita pelo então deputado do Partido da Nova Democracia (PND) José Manuel da Mata Vieira Coelho e pela organização ambientalista Quercus/Madeira, que denunciaram: - Estar a construção do empreendimento turístico Resort Quinta do Lorde a ser feita em zona de reserva natural da Ponta de São Lourenço, área do Parque Natural da Madeira (PNM) e no perímetro da Rede Natura 2000 ; - Não terem sido efectuados estudos de impacte ambiental, nem auscultação pública no âmbito deste empreendimento turístico; - Ocupar, o empreendimento turístico em causa, uma extensa área do domínio público marítimo; - A ilegalidade dos pareceres emitidos pelas entidades competentes, na medida em que vão no sentido de se conceder usos privativos de áreas do domínio público marítimo, quando ainda não foi aprovado qualquer Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) da zona em questão. É de salientar que o Ministério Público, para apreciar da questão de fundo do Processo Administrativo instaurado, socorreu-se de informações e documentos fornecidos, a sua solicitação, pela Câmara Municipal de Machico e por outras entidades públicas relacionadas directamente com o processo de viabilização e licenciamento do Projecto Turístico Resort Quinta do Lorde, nos quais se incluem, cópia do processo de licenciamento e respectivos pareceres, estudos, despachos, documentos, mapas e plantas, que justificaram a aprovação do mencionado Projecto Turístico, constituindo os Autos 3 volumes e 16 anexos, num total de páginas, o que demonstra quão exaustiva e profunda foi a apreciação e investigação levada a cabo pelo Ministério Público em relação ao processo de viabilização e licenciamento daquele empreendimento turístico. Da análise feita ao despacho de arquivamento proferido pelo Procurador da República, ressalta o facto do Ministério Público ter tido a preocupação de apreciar as matérias que directa ou indirectamente se prendem com as dúvidas de legalidade suscitadas pelos denunciantes, assim como apreciar os actos e os factos que pudessem eventualmente constituir nulidades e/ou anulabilidades susceptíveis de conduzir à instauração de acção administrativa, não relevando as situações irregulares detectadas que, no decurso do próprio processo de licenciamento, foram corrigidas e sanadas, de modo a cumprir-se com as imposições legais, por as mesmas não terem interesse para a análise das questões fundamentais. Ora, foi com o objectivo de apreciar da legalidade dos actos administrativos praticados pelas entidades competentes para viabilizarem e licenciarem o Projecto Turístico Resort Quinta do Lorde que o Ministério Público, tendo por base as informações e documentos que lhe foram fornecidos pelas entidades intervenientes no Processo e os elementos que coligiu por iniciativa própria, estabeleceu como metodologia: a selecção dos factos considerados relevantes, cerca de 29 factos, para apreciação da questão de fundo; a determinação das questões essenciais a apreciar no âmbito do processo de viabilização e licenciamento do empreendimento turístico em causa; a análise dos factos relacionados com cada uma das questões consideradas essenciais e correspondente adequação às imposições resultantes da legislação aplicável; e conclusões retiradas da apreciação e investigação efectuadas ao mencionado Processo. No que respeita às questões consideradas essenciais para a apreciação da questão de fundo, o Ministério Público elegeu, como tais, as seguintes: - Existência ou não de violação dos condicionamentos impostos por lei; - Poder ou não conceder-se uso privativo de áreas do domínio público marítimo; - Ausência de estudos de impacte ambiental - Não realização de auscultação pública. Pág. 11

VIII Legislatura Número: 01 II Sessão Legislativa (2005/2006) Terça-feira, 11 de Outubro de 2005 REUNIÃO PLENÁRIA DE 11 DE OUTUBRO

VIII Legislatura Número: 01 II Sessão Legislativa (2005/2006) Terça-feira, 11 de Outubro de 2005 REUNIÃO PLENÁRIA DE 11 DE OUTUBRO Região Autónoma da Madeira Diário Assembleia Legislativa VIII Legislatura Número: 01 II Sessão Legislativa (2005/2006) Terça-feira, 11 de Outubro de 2005 REUNIÃO PLENÁRIA DE 11 DE OUTUBRO Presidente: Exmo.

Leia mais

Terça-feira, 5 de Maio de 2015 I Série A Número 2. da Assembleia Nacional REUNIÃO DA 3.ª COMISSÃO ESPECIALIZADA PERMANENTE DE 4 DE MAIO DE 2015

Terça-feira, 5 de Maio de 2015 I Série A Número 2. da Assembleia Nacional REUNIÃO DA 3.ª COMISSÃO ESPECIALIZADA PERMANENTE DE 4 DE MAIO DE 2015 Terça-feira, 5 de Maio de 2015 I Série A Número 2 DIÁRIO da Assembleia Nacional X LEGISLATURA (2014-2018) 2.ª SESSÃO LEGISLATIVA REUNIÃO DA 3.ª COMISSÃO ESPECIALIZADA PERMANENTE DE 4 DE MAIO DE 2015 Presidente:

Leia mais

Senhor Presidente da Assembleia Senhoras e senhores Deputados Senhoras e senhores membros do Governo

Senhor Presidente da Assembleia Senhoras e senhores Deputados Senhoras e senhores membros do Governo Intervenção proferida pelo Deputado Regional Rui Ramos na sessão Plenária de Fevereiro de 2009. Senhor Presidente da Assembleia Senhoras e senhores Deputados Senhoras e senhores membros do Governo Todos

Leia mais

I ENCONTRO NACIONAL DAS EMPRESAS DO SECTOR DA CONSTRUÇÃO E IMOBILIÁRIO Lisboa, 5 de Junho de 2012

I ENCONTRO NACIONAL DAS EMPRESAS DO SECTOR DA CONSTRUÇÃO E IMOBILIÁRIO Lisboa, 5 de Junho de 2012 I ENCONTRO NACIONAL DAS EMPRESAS DO SECTOR DA CONSTRUÇÃO E IMOBILIÁRIO Lisboa, 5 de Junho de 2012 Intervenção do Presidente da Direcção da APEGAC Associação Portuguesa da Empresas de Gestão e Administração

Leia mais

DEPARTAMENTO DE TAQUIGRAFIA, REVISÃO E REDAÇÃO NÚCLEO DE REDAÇÃO FINAL EM COMISSÕES TEXTO COM REDAÇÃO FINAL

DEPARTAMENTO DE TAQUIGRAFIA, REVISÃO E REDAÇÃO NÚCLEO DE REDAÇÃO FINAL EM COMISSÕES TEXTO COM REDAÇÃO FINAL CÂMARA DOS DEPUTADOS DEPARTAMENTO DE TAQUIGRAFIA, REVISÃO E REDAÇÃO NÚCLEO DE REDAÇÃO FINAL EM COMISSÕES TEXTO TRANSCRIÇÃO IPSIS VERBIS CPI - SIVAM EVENTO: Reunião Ordinária N : 0454/02 DATA: 21/05/02

Leia mais

Regimento do Conselho Municipal de Educação

Regimento do Conselho Municipal de Educação Considerando que: 1- No Município do Seixal, a construção de um futuro melhor para os cidadãos tem passado pela promoção de um ensino público de qualidade, através da assunção de um importante conjunto

Leia mais

Exmo. Senhor Presidente da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, Exmas. e Exmos. Deputados, Exma. e Exmos. Membros do Governo Regional,

Exmo. Senhor Presidente da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, Exmas. e Exmos. Deputados, Exma. e Exmos. Membros do Governo Regional, Ilhas da Coesão Exmo. Senhor Presidente da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, Exma. e Exmos. Membros do Governo Regional, As Ilhas da Coesão são um conceito recentemente introduzido no dicionário

Leia mais

Exmos. Senhores Membros do Governo (Sr. Ministro da Saúde - Prof. Correia de Campos e Sr. Secretário de Estado da Saúde -Dr.

Exmos. Senhores Membros do Governo (Sr. Ministro da Saúde - Prof. Correia de Campos e Sr. Secretário de Estado da Saúde -Dr. Exmos. Senhores Membros do Governo (Sr. Ministro da Saúde - Prof. Correia de Campos e Sr. Secretário de Estado da Saúde -Dr. Francisco Ramos) Ex.mo Senhor Presidente da Comissão Parlamentar da Saúde, representado

Leia mais

3. A autonomia político-administrativa regional não afecta a integridade da soberania do Estado e exerce-se no quadro da Constituição.

3. A autonomia político-administrativa regional não afecta a integridade da soberania do Estado e exerce-se no quadro da Constituição. TÍTULO VII - Regiões autónomas Artigo 225.º (Regime político-administrativo dos Açores e da Madeira) 1. O regime político-administrativo próprio dos arquipélagos dos Açores e da Madeira fundamenta-se nas

Leia mais

Procriação Medicamente Assistida: Presente e Futuro Questões emergentes nos contextos científico, ético, social e legal

Procriação Medicamente Assistida: Presente e Futuro Questões emergentes nos contextos científico, ético, social e legal Procriação Medicamente Assistida: Presente e Futuro Questões emergentes nos contextos científico, ético, social e legal Senhor Secretário de Estado da Saúde, Dr. Leal da Costa, Senhora Secretária de Estado

Leia mais

Município de Alfândega da Fé Câmara Municipal

Município de Alfândega da Fé Câmara Municipal REGIMENTO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO PG.01_PROC.07_IMP.08 DDS SECTOR DA ACÇÃO SOCIAL E EDUCAÇÃO 1 de 9 REGIMENTO PREÂMBULO Considerando que a Lei n.º 159/99, de 14 de Setembro, estabelece no seu artigo

Leia mais

05/12/2006. Discurso do Presidente da República

05/12/2006. Discurso do Presidente da República , Luiz Inácio Lula da Silva, no encerramento da 20ª Reunião Ordinária do Pleno Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Palácio do Planalto, 05 de dezembro de 2006 Eu acho que não cabe discurso aqui,

Leia mais

CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE RIO MAIOR

CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE RIO MAIOR Município de Rio Maior CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE RIO MAIOR Regimento Preâmbulo A Lei nº 159/99, de 14 de Setembro, estabelece na alínea b) do nº2, do seu artigo 19, a competência dos órgãos municipais

Leia mais

PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS Grupo Parlamentar PROJECTO DE RESOLUÇÃO N.º 1423/XII/4.ª

PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS Grupo Parlamentar PROJECTO DE RESOLUÇÃO N.º 1423/XII/4.ª PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS Grupo Parlamentar PROJECTO DE RESOLUÇÃO N.º 1423/XII/4.ª RECOMENDA AO GOVERNO A TOMADA URGENTE DE MEDIDAS DE APOIO AO ARRENDAMENTO POR JOVENS COM VISTA À SUA EFETIVA EMANCIPAÇÃO

Leia mais

Proposta de ACORDO DE GOVERNO E DE COLABORAÇÃO POLÍTICA ENTRE O PSD E O CDS/PP

Proposta de ACORDO DE GOVERNO E DE COLABORAÇÃO POLÍTICA ENTRE O PSD E O CDS/PP Proposta de ACORDO DE GOVERNO E DE COLABORAÇÃO POLÍTICA ENTRE O PSD E O CDS/PP As eleições do passado dia 4 de Outubro deram à coligação integrada pelo PSD e pelo CDS/PP uma vitória clara, embora sem maioria

Leia mais

ACÓRDÃO Nº 22 /2010 8.JUN/1ª S/SS

ACÓRDÃO Nº 22 /2010 8.JUN/1ª S/SS Mantido pelo acórdão nº 34/10, de 17/12/10, proferido no recurso nº 14/10 Não transitado em julgado ACÓRDÃO Nº 22 /2010 8.JUN/1ª S/SS Processo nº 187/2010 I OS FACTOS 1. O Município de Gondomar remeteu,

Leia mais

Ética no exercício da Profissão

Ética no exercício da Profissão Titulo: Ética no exercício da Profissão Caros Colegas, minhas Senhoras e meus Senhores, Dr. António Marques Dias ROC nº 562 A nossa Ordem tem como lema: Integridade. Independência. Competência. Embora

Leia mais

Acta N.º 45/07 Página 1 de 6 Reunião da CMF realizada em 20/12

Acta N.º 45/07 Página 1 de 6 Reunião da CMF realizada em 20/12 -----------------------------ACTA NÚMERO 45/2007----------------------------------- REUNIÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA MUNICIPAL DO FUNCHAL, REALIZADA EM VINTE DE DEZEMBRO DO ANO DOIS MIL E SETE.---------------------------------------------------------------------------------------------

Leia mais

Regimento. Conselho Municipal de Educação de Mira

Regimento. Conselho Municipal de Educação de Mira Regimento ÂMBITO A lei 159/99, de 14 de Setembro estabelece no seu artigo 19º, nº 2, alínea b) a competência dos órgãos municipais para criar os Conselhos Locais de Educação. A Lei 169/99, de 18 de Setembro,

Leia mais

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES COMISSÃO DE POLÍTICA GERAL INTRODUÇÃO

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES COMISSÃO DE POLÍTICA GERAL INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO A Comissão de Política Geral reuniu no dia 11 de junho de 2014, na delegação de Ponta Delgada da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, a fim de apreciar, relatar e dar parecer

Leia mais

Regimento do Conselho Municipal de Educação do Concelho de Marvão. Preâmbulo

Regimento do Conselho Municipal de Educação do Concelho de Marvão. Preâmbulo Regimento do Conselho Municipal de Educação do Concelho de Marvão Preâmbulo A Lei n.º 159/99, de 14 de Setembro estabelece no seu artigo 19.º, n.º 2, alínea b), a competência dos órgãos municipais para

Leia mais

REGIMENTO DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE GOLEGÃ

REGIMENTO DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE GOLEGÃ REGIMENTO DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE GOLEGÃ A Lei 159/99, de 14 de Setembro estabelece no seu artigo 19º, n.º2, alínea b), a competência dos órgãos municipais para criar os conselhos locais de

Leia mais

Porto Alegre, 13 de abril de 2004. À COSMAM COM. SAÚDE E MEIO AMBIENTE DE PORTO ALEGRE At. VEREADOR SEBASTIÃO MELLO PRESIDENTE. Senhor Presidente.

Porto Alegre, 13 de abril de 2004. À COSMAM COM. SAÚDE E MEIO AMBIENTE DE PORTO ALEGRE At. VEREADOR SEBASTIÃO MELLO PRESIDENTE. Senhor Presidente. 1 Porto Alegre, 13 de abril de 2004 À COSMAM COM. SAÚDE E MEIO AMBIENTE DE PORTO ALEGRE At. VEREADOR SEBASTIÃO MELLO PRESIDENTE. Senhor Presidente. A ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DAS ADJACÊNCIAS DO LIXÃO DE

Leia mais

Regimento do Conselho Municipal de Educação de Cinfães

Regimento do Conselho Municipal de Educação de Cinfães Regimento do Conselho Municipal de Educação de Cinfães A Lei 159/99, de 14 de Setembro estabelece no seu artigo 19º, nº. 2 alínea b), a competência dos órgãos municipais para criar os conselhos locais

Leia mais

ACTA Nº 50 Primeiro Segundo Terceiro Quarto Quinto Sexto

ACTA Nº 50 Primeiro Segundo Terceiro Quarto Quinto Sexto ACTA Nº 50 Aos vinte e oito dias de Novembro de 2009, na sala de Sessões dos Serviços Administrativos, reuniu pelas 9:30 horas, a Assembleia-Geral Ordinária dos Irmãos da Santa Casa da Misericórdia de

Leia mais

Assunto: Entrevista com a primeira dama de Porto Alegre Isabela Fogaça

Assunto: Entrevista com a primeira dama de Porto Alegre Isabela Fogaça Serviço de Rádio Escuta da Prefeitura de Porto Alegre Emissora: Rádio Guaíba Assunto: Entrevista com a primeira dama de Porto Alegre Isabela Fogaça Data: 07/03/2007 14:50 Programa: Guaíba Revista Apresentação:

Leia mais

Área de Intervenção IV: Qualidade de vida do idoso

Área de Intervenção IV: Qualidade de vida do idoso Área de Intervenção IV: Qualidade de vida do idoso 64 ÁREA DE INTERVENÇÃO IV: QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO 1 Síntese do Problemas Prioritários Antes de serem apresentadas as estratégias e objectivos para

Leia mais

Minhas senhoras e meus senhores.

Minhas senhoras e meus senhores. Minhas senhoras e meus senhores. Apresentamos hoje a Campanha Especial de Segurança Rodoviária que visa, durante o mês de Dezembro e os primeiros dias de Janeiro, valorizar a prevenção e reforçar a segurança

Leia mais

D SCUR CU S R O O DE D SUA U A EXCE

D SCUR CU S R O O DE D SUA U A EXCE DISCURSO DE SUA EXCELÊNCIA O PRIMEIRO-MINISTRO MINISTRO DA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE, DR. RUI MARIA DE ARAÚJO, POR OCASIÃO DA ATRIBUIÇÃO DA PRESIDÊNCIA DA CONFEDERAÇÃO EMPRESARIAL DA CPLP A

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca Entrevista ao Jornalista Paulo Henrique

Leia mais

Entrevista exclusiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao SBT

Entrevista exclusiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao SBT Entrevista exclusiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao SBT Brasília-DF, 30 de outubro de 2006 Jornalista Ana Paula Padrão: Então vamos às perguntas, agora ao vivo, com

Leia mais

RELATÓRIO. O presente RELATÓRIO é elaborado nos termos do disposto no artigo 155º do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas CIRE.

RELATÓRIO. O presente RELATÓRIO é elaborado nos termos do disposto no artigo 155º do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas CIRE. Procº de insolvência n.º 560/13.6 TBVNG 4º Juízo Cível Insolvente: ELIANE MARGARETE MOREIRA DA ROCHA Tribunal Judicial de Vila Nova de Gaia RELATÓRIO O presente RELATÓRIO é elaborado nos termos do disposto

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 43 Discurso na cerimónia de inauguração

Leia mais

'yaabaaronaldo Tedesco'; 'Paulo Brandão'; ''Silvio Sinedino' (sinedino@yahoo.com)' Assunto:

'yaabaaronaldo Tedesco'; 'Paulo Brandão'; ''Silvio Sinedino' (sinedino@yahoo.com)' Assunto: Sérgio Salgado De: Sérgio Salgado Enviado em: segunda-feira, 21 de setembro de 2015 10:03 Para: ''pami@superig.com.br' (pami@superig.com.br)' Cc: 'yaabaaronaldo Tedesco'; 'Paulo

Leia mais

- REGIMENTO - CAPITULO I (Disposições gerais) Artigo 1.º (Normas reguladoras)

- REGIMENTO - CAPITULO I (Disposições gerais) Artigo 1.º (Normas reguladoras) - REGIMENTO - Considerando que, a Lei 159/99, de 14 de Setembro estabelece no seu artigo 19.º, n.º 2, alínea b), a competência dos órgãos municipais para criar os conselhos locais de educação; Considerando

Leia mais

GESTÃO DEMOCRÁTICA EDUCACIONAL

GESTÃO DEMOCRÁTICA EDUCACIONAL GESTÃO DEMOCRÁTICA EDUCACIONAL Nanci Cunha Vilela Rost ; Amanda Carvalho ; Edimara Soares Gonçalves ; Juliane Rocha de Moraes BILAC, Faculdade de pedagogia Bilac, graduação em Pedagogia, nancirost@hotmail.com

Leia mais

São Vicente, 1 de Julho de 2012. - Senhor Vice-Presidente da Assembleia da República, Excelência. - Senhor Presidente do Governo Regional, Excelência

São Vicente, 1 de Julho de 2012. - Senhor Vice-Presidente da Assembleia da República, Excelência. - Senhor Presidente do Governo Regional, Excelência São Vicente, 1 de Julho de 2012 - Senhor Vice-Presidente da Assembleia da República, Excelência - Senhor Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, Excelência - Senhor Presidente do Governo Regional,

Leia mais

ATA DA REUNIÃO ORDINÁRIA PÚBLICA DO DIA 21-11-2011

ATA DA REUNIÃO ORDINÁRIA PÚBLICA DO DIA 21-11-2011 ATA DA REUNIÃO ORDINÁRIA PÚBLICA DO DIA 21-11-2011 Presidente - António Fernando Raposo Cordeiro Vereadores - Nina Márcia Pacheco Rodrigues Pinto - Helga Margarida Soares Costa - Rui António Dias Carvalho

Leia mais

ATA DA SESSÃO ORDINÁRIA DO DIA 09 DE JUNHO DE 2014 Às vinte horas do dia nove de junho de dois mil e quatorze, na sede da Câmara Municipal, reuniu-se

ATA DA SESSÃO ORDINÁRIA DO DIA 09 DE JUNHO DE 2014 Às vinte horas do dia nove de junho de dois mil e quatorze, na sede da Câmara Municipal, reuniu-se ATA DA SESSÃO ORDINÁRIA DO DIA 09 DE JUNHO DE 2014 Às vinte horas do dia nove de junho de dois mil e quatorze, na sede da Câmara Municipal, reuniu-se em Sessão Ordinária a totalidade dos Vereadores, sob

Leia mais

LIDERANÇA, ÉTICA, RESPEITO, CONFIANÇA

LIDERANÇA, ÉTICA, RESPEITO, CONFIANÇA Dado nos últimos tempos ter constatado que determinado sector da Comunidade Surda vem falando muito DE LIDERANÇA, DE ÉTICA, DE RESPEITO E DE CONFIANÇA, deixo aqui uma opinião pessoal sobre o que são estes

Leia mais

LONDRES Reunião do GAC: Processos Políticos da ICANN

LONDRES Reunião do GAC: Processos Políticos da ICANN LONDRES Reunião do GAC: Processos Políticos da ICANN e Responsabilidades do interesse público em relação aos Direitos Humanos e Valores Democráticos Terça feira, 24 de junho de 2014 09:00 a 09:30 ICANN

Leia mais

CONSELHO LOCAL DE ACÇÃO SOCIAL DE OURÉM - CLASO -

CONSELHO LOCAL DE ACÇÃO SOCIAL DE OURÉM - CLASO - CONSELHO LOCAL DE ACÇÃO SOCIAL DE OURÉM - CLASO - CAPITULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1º Objecto O presente regulamento interno destina-se a definir e dar a conhecer os princípios a que obedece a constituição,

Leia mais

Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI N.º 163/X PROÍBE AS DISCRIMINAÇÕES NO EXERCÍCIO DE DIREITOS POR MOTIVOS BASEADOS NA DEFICIÊNCIA.

Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI N.º 163/X PROÍBE AS DISCRIMINAÇÕES NO EXERCÍCIO DE DIREITOS POR MOTIVOS BASEADOS NA DEFICIÊNCIA. Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI N.º 163/X PROÍBE AS DISCRIMINAÇÕES NO EXERCÍCIO DE DIREITOS POR MOTIVOS BASEADOS NA DEFICIÊNCIA Fundamentação No plano legislativo o combate à discriminação dos cidadãos

Leia mais

PROJECTO DE LEI N.º 351/XI

PROJECTO DE LEI N.º 351/XI Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI N.º 351/XI ALTERA A FORMA DE DESIGNAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DA RÁDIO E TELEVISÃO DE PORTUGAL, S.A. E ESTABELECE A OBRIGATORIEDADE DE DEFINIÇÃO DE UM PROGRAMA ESTRATÉGICO

Leia mais

MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS

MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS Sessão Pública: Coerência das Políticas: O Desafio do Desenvolvimento Auditório Novo da Assembleia da República 19 de Janeiro de 2011 Apresentação Pública do Exame

Leia mais

REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA CÂMARA MUNICIPAL DE S. JOÃO DA MADEIRA

REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA CÂMARA MUNICIPAL DE S. JOÃO DA MADEIRA REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA CÂMARA MUNICIPAL DE S. JOÃO DA MADEIRA ATA Nº 8/2013 - ABRIL --- DATA DA REUNIÃO: Nove de Abril de dois mil e treze. ---------------------------------- ---- LOCAL DA REUNIÃO:

Leia mais

Estatutos da FDUNL. Artigo 5.º Órgãos

Estatutos da FDUNL. Artigo 5.º Órgãos Estatutos da FDUNL Artigo 1.º Natureza 1. A Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, adiante designada por Faculdade, é uma unidade orgânica da Universidade Nova de Lisboa. 2. A Faculdade é

Leia mais

MUNICÍPIO DE VAGOS Câmara Municipal Rua da Saudade 3840-420 VAGOS

MUNICÍPIO DE VAGOS Câmara Municipal Rua da Saudade 3840-420 VAGOS -------------------- ACTA DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO -------------------- -----------------------------------------------ACTA Nº 5---------------------------------------------------- ------Aos trinta

Leia mais

REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES ASSEMBLEIA LEGISLATIVA REGIONAL Gabinete do Presidente

REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES ASSEMBLEIA LEGISLATIVA REGIONAL Gabinete do Presidente Diário da Sessão n.º 103 de 21/04/04 Presidente: Vamos iniciar o debate sobre a Proposta de Resolução qualidade dos correios nos Açores e manutenção de critérios de proximidade na oferta dos respectivos

Leia mais

EMPREENDEDORISMO: O CONTEXTO NACIONAL

EMPREENDEDORISMO: O CONTEXTO NACIONAL EMPREENDEDORISMO: O CONTEXTO NACIONAL Entrevista com Eng.º Victor Sá Carneiro N uma época de grandes transformações na economia dos países, em que a temática do Empreendedorismo assume uma grande relevância

Leia mais

PRESENÇAS E FALTAS -----------------------------------------------------------------------------------

PRESENÇAS E FALTAS ----------------------------------------------------------------------------------- DATA DA REUNIÃO: AOS SETE DIAS DO MÊS DE DEZEMBRO DO ANO DE DOIS MIL E CINCO. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- LOCAL

Leia mais

DECLARAÇÃO POLÍTICA DESAFIOS DO FUTURO NO MAR DOS AÇORES BERTO MESSIAS LIDER PARLAMENTAR DO PS AÇORES

DECLARAÇÃO POLÍTICA DESAFIOS DO FUTURO NO MAR DOS AÇORES BERTO MESSIAS LIDER PARLAMENTAR DO PS AÇORES DECLARAÇÃO POLÍTICA DESAFIOS DO FUTURO NO MAR DOS AÇORES BERTO MESSIAS LIDER PARLAMENTAR DO PS AÇORES Sra. Presidente Sras. e Srs. Deputados Sr. Presidente do Governo Sra. e Srs. Membros do Governo Já

Leia mais

AUDIÇÃO NA COMISSÃO PARLAMENTAR DO AMBIENTE, ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E PODER LOCAL. Projeto de Lei Nº 368/XII

AUDIÇÃO NA COMISSÃO PARLAMENTAR DO AMBIENTE, ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E PODER LOCAL. Projeto de Lei Nº 368/XII AUDIÇÃO NA COMISSÃO PARLAMENTAR DO AMBIENTE, ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E PODER LOCAL Projeto de Lei Nº 368/XII Protecção dos direitos individuais e comuns à água O projecto de Lei para Protecção dos direitos

Leia mais

PARECER N.º 104/CITE/2014

PARECER N.º 104/CITE/2014 PARECER N.º 104/CITE/2014 Assunto: Parecer relativo a queixa sobre a recusa de autorização de trabalho em regime de horário flexível, pedido pela trabalhadora com responsabilidades familiares ao Laboratório,

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 24 Discurso na solenidade de entrega

Leia mais

PROJECTO DE LEI N.º 609/XI/2.ª

PROJECTO DE LEI N.º 609/XI/2.ª Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI N.º 609/XI/2.ª Cria o Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família Exposição de motivos A Escola defronta-se hoje com uma multiplicidade de tarefas a que a sociedade e principalmente

Leia mais

18/11/2005. Discurso do Presidente da República

18/11/2005. Discurso do Presidente da República Discurso do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na cerimônia de entrega de certificado para os primeiros participantes do programa Escolas-Irmãs Palácio do Planalto, 18 de novembro de 2005

Leia mais

O Planejamento Participativo

O Planejamento Participativo O Planejamento Participativo Textos de um livro em preparação, a ser publicado em breve pela Ed. Vozes e que, provavelmente, se chamará Soluções de Planejamento para uma Visão Estratégica. Autor: Danilo

Leia mais

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES TRABALHOS DA COMISSÃO

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES TRABALHOS DA COMISSÃO TRABALHOS DA COMISSÃO A Comissão Permanente de Economia reuniu no dia 28 de Fevereiro de 2014, na Delegação da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, na cidade de Ponta Delgada e por videoconferência

Leia mais

Ministério da Administração do Território

Ministério da Administração do Território Ministério da Administração do Território A Lei da Observação Eleitoral LEI N.º 4/05 De 4 de Julho Convindo regular a observação eleitoral quer por nacionais quer por estrangeiros; Nestes termos, ao abrigo

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 23 Discurso na cerimónia de assinatura

Leia mais

Mensagem de Prem Rawat

Mensagem de Prem Rawat Mensagem de Prem Rawat na Conferência de Paz Nórdica 2012 Conf. Nórdica, Página 1 Gostaria de falar-vos sobre paz. Eu sei que quase toda a gente tem a sua interpretação do que é a paz. Para mim, a paz

Leia mais

ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE LOUSA ACTA N.º 01/2007

ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE LOUSA ACTA N.º 01/2007 1/8 ACTA N.º 01/2007 Aos dezanove dias do mês de Abril de dois mil e sete, pelas vinte horas e trinta minutos reuniu, em Sessão Ordinária, a Assembleia de Freguesia de Lousa, no salão anexo à Junta de

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 40 Discurso na solenidade de sanção

Leia mais

Criação dos Conselhos Municipais de

Criação dos Conselhos Municipais de Criação dos Conselhos Municipais de Educação Ada Pimentel Gomes Fernandes Vieira Fortaleza 02.08.2009 Por que criar Conselhos de Educação? O Art. 1º da Constituição Federal/1988 traduz a nossa opção por

Leia mais

Conferência sobre a Nova Lei das Finanças Locais

Conferência sobre a Nova Lei das Finanças Locais Conferência sobre a Nova Lei das Finanças Locais Exmo. Sr. Bastonário da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, Dr. Domingues de Azevedo, Exmos. Senhores Presidentes de Câmaras Municipais, Demais Entidades,

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 11 Discurso na cerimónia de assinatura

Leia mais

Meu nome é Elizeu Lopes, Ava Kuarahy, sou Guarani-Kaiowá, representante da

Meu nome é Elizeu Lopes, Ava Kuarahy, sou Guarani-Kaiowá, representante da Sra. Presidente do Fórum Permanente 2015 Sra. Relatora Especial para nós povos indígenas. Mba'éichapa!!! Meu nome é Elizeu Lopes, Ava Kuarahy, sou Guarani-Kaiowá, representante da Grande Assembleia Aty

Leia mais

Entrevistas clínicas para estudar a flexibilidade no cálculo numérico

Entrevistas clínicas para estudar a flexibilidade no cálculo numérico Entrevistas clínicas para estudar a flexibilidade no cálculo numérico Joana Brocardo Fátima Mendes Catarina Delgado Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal Introdução No âmbito

Leia mais

INTERVENÇÃO DE SUA EXCELÊNCIA O MINISTRO DAS OBRAS PÚBLICAS, TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES. Eng. Mário Lino. Cerimónia de Abertura do WTPF-09

INTERVENÇÃO DE SUA EXCELÊNCIA O MINISTRO DAS OBRAS PÚBLICAS, TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES. Eng. Mário Lino. Cerimónia de Abertura do WTPF-09 INTERVENÇÃO DE SUA EXCELÊNCIA O MINISTRO DAS OBRAS PÚBLICAS, TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES Eng. Mário Lino Cerimónia de Abertura do WTPF-09 Centro de Congressos de Lisboa, 22 de Abril de 2009 (vale a versão

Leia mais

Senhora Presidente Senhoras e Senhores Deputados Senhor Presidente e Senhores Membros do Governo

Senhora Presidente Senhoras e Senhores Deputados Senhor Presidente e Senhores Membros do Governo Intervenção do Deputado José Andrade na apresentação do Projeto de Decreto Legislativo Regional nº28/x Cria o Programa Regional de Apoio aos Grupos Folclóricos da Região Autónoma dos Açores (PSD) Horta,

Leia mais

SESSÃO DE JULGAMENTO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO SANCIONADOR CVM Nº RJ2005/9831

SESSÃO DE JULGAMENTO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO SANCIONADOR CVM Nº RJ2005/9831 SESSÃO DE JULGAMENTO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO SANCIONADOR CVM Nº RJ2005/9831 Acusados: Audinorte Auditores Independentes S/C Mauri Deschamps Ementa: Decisão: Elaboração de trabalhos de auditoria independente

Leia mais

Transcriça o da Entrevista

Transcriça o da Entrevista Transcriça o da Entrevista Entrevistadora: Valéria de Assumpção Silva Entrevistada: Ex praticante Clarice Local: Núcleo de Arte Grécia Data: 08.10.2013 Horário: 14h Duração da entrevista: 1h COR PRETA

Leia mais

GESTÃO CURRICULAR LOCAL: FUNDAMENTO PARA A PROMOÇÃO DA LITERACIA CIENTÍFICA. José Luís L. d`orey 1 José Carlos Bravo Nico 2 RESUMO

GESTÃO CURRICULAR LOCAL: FUNDAMENTO PARA A PROMOÇÃO DA LITERACIA CIENTÍFICA. José Luís L. d`orey 1 José Carlos Bravo Nico 2 RESUMO GESTÃO CURRICULAR LOCAL: FUNDAMENTO PARA A PROMOÇÃO DA LITERACIA CIENTÍFICA José Luís L. d`orey 1 José Carlos Bravo Nico 2 RESUMO Resumo A Reorganização Curricular formalmente estabelecida pelo Decreto-lei

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca Discurso na cerimónia de entrega

Leia mais

PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL Resolução do Conselho do Governo n.º 107/2010 de 14 de Julho de 2010

PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL Resolução do Conselho do Governo n.º 107/2010 de 14 de Julho de 2010 PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL Resolução do Conselho do Governo n.º 107/2010 de 14 de Julho de 2010 O Programa Estagiar, nas suas vertentes L, T e U, dirigido a recém-licenciados e mestres, recém-formados

Leia mais

REGIMENTO DO CONSELHO DO INSTITUTO

REGIMENTO DO CONSELHO DO INSTITUTO Instituto de Ciências Sociais REGIMENTO DO CONSELHO DO INSTITUTO O Conselho do Instituto, em reunião de 21 de Julho de 2010 deliberou aprovar o presente regulamento de funcionamento. Capítulo I (Natureza

Leia mais

Índice. Como aceder ao serviço de Certificação PME? Como efectuar uma operação de renovação da certificação?

Índice. Como aceder ao serviço de Certificação PME? Como efectuar uma operação de renovação da certificação? Índice Como aceder ao serviço de Certificação PME? Como efectuar uma operação de renovação da certificação? Como efectuar uma operação de confirmação de estimativas? Como aceder ao Serviço de Certificação

Leia mais

Sessão de Abertura Muito Bom dia, Senhores Secretários de Estado Senhor Presidente da FCT Senhoras e Senhores 1 - INTRODUÇÃO

Sessão de Abertura Muito Bom dia, Senhores Secretários de Estado Senhor Presidente da FCT Senhoras e Senhores 1 - INTRODUÇÃO Sessão de Abertura Muito Bom dia, Senhores Secretários de Estado Senhor Presidente da FCT Senhoras e Senhores 1 - INTRODUÇÃO Gostaria de começar por agradecer o amável convite que a FCT me dirigiu para

Leia mais

Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/08/2009. Humanos aprimorados versus humanos comuns

Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/08/2009. Humanos aprimorados versus humanos comuns VOCÊ ESTÁ PREPARADO PARA CONVIVER COM OS HUMANOS APRIMORADOS? http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=voce-esta-preparado-conviver-humanosaprimorados&id=010850090828 Redação do

Leia mais

Proc. nº 101/96 Jurisdição voluntária Alimentos Alteração. Acordam, em conferência, na Secção Cível do Tribunal Supremo:

Proc. nº 101/96 Jurisdição voluntária Alimentos Alteração. Acordam, em conferência, na Secção Cível do Tribunal Supremo: Proc. nº 101/96 Jurisdição voluntária Alimentos Alteração Sumário: I. A jurisdição de menores reveste as características de jurisdição voluntária, na qual o tribunal não se acha circunscrito à prova apresentada

Leia mais

Regulamento de Associados/as. Art. 1º. (Admissão e Recusa de Associados)

Regulamento de Associados/as. Art. 1º. (Admissão e Recusa de Associados) Regulamento de Associados/as Art. 1º (Admissão e Recusa de Associados) 1 Sobre proposta de um associado, qualquer pessoa pode solicitar à Direção a sua admissão como associado da Associação Fermentelense

Leia mais

P.º R. P. 301/04 DSJ-CT

P.º R. P. 301/04 DSJ-CT P.º R. P. 301/04 DSJ-CT - Registo de hipoteca legal por dívidas à Segurança Social sobre bens dos gerentes da sociedade devedora. Documentos instrutórios : certidão comprovativa da dívida e cópia autenticada

Leia mais

Projeto de Resolução nº. Requalificação da Escola Básica do 2º e 3º ciclo de Azeitão, no Concelho de Setúbal

Projeto de Resolução nº. Requalificação da Escola Básica do 2º e 3º ciclo de Azeitão, no Concelho de Setúbal PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS Grupo Parlamentar Projeto de Resolução nº /XII/2ª Requalificação da Escola Básica do 2º e 3º ciclo de Azeitão, no Concelho de Setúbal A Escola Básica do 2º e 3º ciclo (EB 2,3)

Leia mais

ACTA N.º 17/2009 REUNIÃO ORDINÁRIA DE CÂMARA DE 05 / 08 / 2009 FALTAS JUSTIFICADAS FALTAS INJUSTIFICADAS

ACTA N.º 17/2009 REUNIÃO ORDINÁRIA DE CÂMARA DE 05 / 08 / 2009 FALTAS JUSTIFICADAS FALTAS INJUSTIFICADAS CÂMARA MUNICIPAL DE VIANA DO ALENTEJO _ ACTA N.º 17/2009 REUNIÃO ORDINÁRIA DE CÂMARA DE 05 / 08 / 2009 PRESENÇAS PRESIDENTE : ESTÊVÃO MANUEL MACHADO PEREIRA VEREADORES : VERA LÚCIA CALCA BONITO CARDOSO

Leia mais

Associação de Jovens Empresários Madeirenses (AJEM) Estatutos

Associação de Jovens Empresários Madeirenses (AJEM) Estatutos Associação de Jovens Empresários Madeirenses (AJEM) Estatutos Artigo 1º. (Denominação, Sede, Duração) A Associação adopta a denominação de Associação de Jovens Empresários Madeirenses A.J.E.M., (designada

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 67 Discurso na cerimónia de outorga

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 47 Discurso na solenidade de lançamento

Leia mais

IX Legislatura Número: 04 III Sessão Legislativa (2009/2010) Quinta-feira, 22 de Outubro de 2009. REUNIÃO PLENÁRIA DE 22 de Outubro

IX Legislatura Número: 04 III Sessão Legislativa (2009/2010) Quinta-feira, 22 de Outubro de 2009. REUNIÃO PLENÁRIA DE 22 de Outubro Região Autónoma da Madeira Diário Assembleia Legislativa IX Legislatura Número: 04 III Sessão Legislativa (2009/2010) Quinta-feira, 22 de Outubro de 2009 REUNIÃO PLENÁRIA DE 22 de Outubro Presidente: Exmo.

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº 8.272/2014

PROJETO DE LEI Nº 8.272/2014 COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES PROJETO DE LEI Nº 8.272/2014 (Apenso: Projeto de Lei nº 108, de 2015) Cria o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (PNATRANS) e acrescenta dispositivos

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 100 Discurso na cerimónia do dia

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 92 de 215 18/06/2014 PLENÁRIO AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.947 DISTRITO FEDERAL DEBATE O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO - Presidente, eu fiquei com uma

Leia mais

Diário da Sessão n.º 014 de 20/04/05

Diário da Sessão n.º 014 de 20/04/05 Diário da Sessão n.º 014 de 20/04/05 Presidente: Passamos ao ponto 2 da ordem de trabalhos, Proposta de Decreto Legislativo Regional - Primeira alteração ao Decreto Legislativo Regional nº 37/2002/A, de

Leia mais

O Princípio da Complementaridade e o papel do observador na Mecânica Quântica

O Princípio da Complementaridade e o papel do observador na Mecânica Quântica O Princípio da Complementaridade e o papel do observador na Mecânica Quântica A U L A 3 Metas da aula Descrever a experiência de interferência por uma fenda dupla com elétrons, na qual a trajetória destes

Leia mais

22/05/2006. Discurso do Presidente da República

22/05/2006. Discurso do Presidente da República , Luiz Inácio Lula da Silva, na cerimônia de assinatura de protocolos de intenções no âmbito do Programa Saneamento para Todos Palácio do Planalto, 22 de maio de 2006 Primeiro, os números que estão no

Leia mais

REGIMENTO DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA FRANCA DO CAMPO (1) Preâmbulo

REGIMENTO DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA FRANCA DO CAMPO (1) Preâmbulo REGIMENTO DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA FRANCA DO CAMPO (1) Preâmbulo O Regimento da Câmara Municipal De Vila Franca do Campo foi elaborado de acordo com a alínea a) do número 1 do Artº 64º da Lei n.º 169/99,

Leia mais

Partido Popular. CDS-PP Grupo Parlamentar. Projecto de Lei nº 813/X/4.ª

Partido Popular. CDS-PP Grupo Parlamentar. Projecto de Lei nº 813/X/4.ª Partido Popular CDS-PP Grupo Parlamentar Projecto de Lei nº 813/X/4.ª Altera a Lei nº 10/2000, de 21 de Junho (Regime jurídico da publicação ou difusão de sondagens e inquéritos de opinião) proibindo a

Leia mais