1. O presente Regulamento é parte integrante do Regulamento Interno da Escola
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1 CAPÍTULO I ENQUADRAMENTO, NATUREZA E OBJECTIVOS Art. 1º - Enquadramento legal 1. O presente Regulamento é parte integrante do Regulamento Interno da Escola Profissional da Ribeira Grande. 2. O Decreto-Lei nº 4/98, de 8 de Janeiro, que regula a criação de Escolas Profissionais, determina no ponto quatro do seu art. 7º, relativo à organização dos cursos profissionais que os mesmos contêm obrigatoriamente um período de formação em contexto de trabalho directamente ligado a actividades práticas no domínio profissional respectivo e em contacto com o tecido socioeconómico envolvente, período que, sempre que possível, deve revestir a forma de estágio. 3. O Decreto-lei nº 74/2004 de 26 de Março, que estabelece os princípios orientadores da organização e da gestão do currículo bem como da avaliação das aprendizagens, referentes ao nível secundário de educação, conjugado com a Portaria nº 550 C/2004 de 21 de Maio, parcialmente modificada pela Portaria nº 797/2006 de 10 de Agosto, que veio aprovar o regime de criação, organização e gestão do currículo, bem como a avaliação e certificação das aprendizagens dos cursos profissionais, aprovaram matrizes curriculares que integram, obrigatoriamente, formação em contexto de trabalho. Art. 2º- Natureza 1. A Formação em Contexto de Trabalho (FCT), em cursos criados ao abrigo do Decreto- Lei nº 4/98, de 8 de Janeiro e de acordo com a Portaria nº 550 C/2004 de 21 de Maio, define-se como um conjunto de atividades profissionais desenvolvidas sob coordenação e acompanhamento da Escola, que visam a aquisição ou o desenvolvimento de competências técnicas, relacionais e organizacionais relevantes para o perfil de desempenho à saída dos cursos. 2. A FCT realiza-se em posto de trabalho, em empresas ou em outras organizações, sob a forma de experiências de trabalho por períodos de duração variável ao longo da formação, ou sob a forma de estágio em etapas intermédias ou na fase final do curso. 1
2 3. A FCT pode assumir, parcialmente, a forma de simulação de um conjunto de atividades profissionais relevantes para o perfil de saída do curso, a desenvolver em condições similares à do contexto de trabalho. Art. 3º - Objetivos 1. A FCT deve estimular, além de competências básicas científicas e tecnológicas comuns a diversos contextos profissionais, o desenvolvimento de competências pessoais e sociais, pelo que são considerados seus objectivos principais os seguintes: a) compreender a sociedade e o mundo actual, em face das rápidas mudanças tecnológicas e da sua crescente complexidade; b) realizar actividades inerentes ao funcionamento da empresa/instituição, recorrendo a métodos e técnicas de trabalho que extravasam as estudadas e/ou simuladas em situação de aula; c) aplicar em actividades práticas os conhecimentos adquiridos ao longo da formação escolar; d) desenvolver um carácter dinâmico e empreendedor, apto a enfrentar novas situações; e) consolidar hábitos de trabalho e o sentido de responsabilidade; f) vivenciar experiências inerentes às relações humanas no mundo do trabalho, reconhecendo a sua importância para a formação pessoal e profissional; g) prestar prova de desempenho profissional em ambiente real de trabalho; h) orientar na escolha de uma especialização profissional. CAPÍTULO II METODOLOGIA Art. 4º - Organização do processo 1. A organização e o desenvolvimento da FCT obedecem a um Plano, elaborado com a participação das partes envolvidas e assinado pelo órgão competente da Escola, pelo Diretor de Curso, pela entidade de acolhimento, pelo formando e ainda pelo Encarregado de Educação, caso o formando seja menor de idade. 2. O Plano a que se refere o número anterior, depois de assinado pelas partes, será considerado como parte integrante do contrato de formação subscrito entre a escola e o formando e identifica os objectivos, o conteúdo, a programação, o período, o horário e o local de realização das actividades, as formas de monitorização e 2
3 acompanhamento do formando, com a identificação dos responsáveis, bem como os direitos e deveres dos diversos intervenientes, da escola e da entidade onde se realiza a FCT. 3. A concretização da FCT será antecedida e prevista em protocolo enquadrador, celebrado entre a Escola e as entidades de acolhimento, as quais deverão desenvolver atividades profissionais compatíveis e adequadas ao perfil de desempenho visado pelos cursos. 4. As atividades podem ser desenvolvidas na escola, mas, preferencialmente, deverão decorrer fora desta, nas entidades de acolhimento e/ou nos locais a elas afectos. 5. Quando as atividades são desenvolvidas fora da Escola, a orientação e o acompanhamento do formando são partilhados, sob coordenação da Escola, entre esta e a entidade de acolhimento, cabendo à última designar Tutor para o efeito. 6. Os formandos, nomeadamente quando as atividades de FCT decorram fora da Escola, têm direito a um seguro que garanta a cobertura dos riscos das deslocações a que estiverem sujeitos, bem como das actividades a desenvolver. 7. Os contratos e protocolos referidos nos anteriores números 2 e 3 não geram nem titulam relações de trabalho subordinado e caducam com a conclusão da formação para que foram celebrados. 8. Sem prejuízo da obrigatoriedade do cumprimento do Plano de FCT, os formandos poderão ser transferidos para outra entidade de acolhimento, diferente da designada inicialmente, durante o período de realização da FCT, a pedido dos próprios ou por iniciativa/sugestão da entidade de acolhimento, mediante parecer prévio do Director de Curso, despacho da Direção Pedagógica e informação às entidades envolvidas. Art. 5º - Acompanhamento 1. O acompanhamento directo da FCT caberá ao Diretor de Curso através de: a) sessões de esclarecimento com o formando antes do início da FCT e com o Encarregado de Educação, sempre que se considere necessário; 3
4 b) visita prévia com o Tutor designado pela entidade de acolhimento, antes de iniciada a actividade, de modo a esclarecer os procedimentos inerentes a todo o processo; c) visita(s) de acompanhamento - com o Tutor e, se possível, com o formando, no período em que estiver a decorrer a actividade, de forma a acompanhar o desenvolvimento das actividades acordadas; d) visita final com o Tutor para conhecer a auto-avaliação realizada pelo formando e participar na avaliação efectuada pelo Tutor. 2. As visitas previstas na nas alíneas anteriores serão calendarizadas previamente, em impresso próprio e do conhecimento das partes envolvidas, tendo uma frequência mínima de três visitas por entidade. 3. Concluída a atividade FCT, cabe ao Diretor de Curso recolher toda a documentação envolvida, a fim de se concluir o processo, com a sua avaliação, e o devido encaminhamento administrativo. CAPÍTULO III MATÉRIAS ESPECÍFICAS DA FORMAÇÃO Art. 6º - Avaliação 1. Sem prejuízo do cumprimento das normas regulamentares publicadas sobre avaliação da FCT, nos diferentes sistemas de formação, o formando será objecto de avaliação conjunta por parte do Diretor de Curso e do Tutor, o primeiro coadjuvando o segundo no preenchimento das grelhas de avaliação com os parâmetros definidos pela Escola, e avaliando o relatório da atividade a entregar pelos formandos, após a conclusão da FCT. 2. A classificação da FCT, no caso dos cursos criados ao abrigo do Decreto-Lei nº 74/2004, de 26 de Março, é autónoma e é integrada na média final do curso, nos termos previstos na Portaria nº 550-C/ A classificação final da FCT resulta sempre da média ponderada arredondada às décimas, da classificação de três componentes: a) Relatório FCT entregue ao Diretor de Curso até dez dias úteis após a conclusão da actividade 15%; 4
5 b) Competências sócio-profissionais a partir de grelha com critérios de avaliação pré-definidos 25%; c) Competências técnico-profissionais a partir de grelha com critérios de avaliação pré-definidos 60%. 4. A avaliação da FCT fica condicionada pela entrega obrigatória do relatório, cuja estrutura deverá ser a definida pela escola. 5. A variação de pesos de cada um desses componentes da avaliação, constituindo os seus critérios, é determinada pela Direcção Técnico-Pedagógica, a partir de proposta dos directores de curso. 6. Do processo de avaliação da FCT consta a autoavaliação do formando, a avaliação do Tutor, coadjuvado pelo Director de Curso, e a pauta de avaliação final. 7. Os elementos de avaliação referidos no ponto anterior deverão ser entregues nos Serviços Administrativos para serem arquivados no processo individual do formando. 8. Os critérios de avaliação referidos em 3 são dados a conhecer aos formandos previamente à actividade de FCT, cabendo a sua aplicação aos vários intervenientes do processo. 9. Consideram-se aprovados na FCT os formandos que tenham obtido uma classificação final igual ou superior a dez valores. Art. 7º - Assiduidade 1. A assiduidade na FCT dos formandos é controlada pelo preenchimento da folha de presença respectiva. 2. Todas as faltas dadas pelos formandos deverão ser justificadas perante o Tutor, de acordo com as normas internas da entidade de acolhimento, e perante a Escola, seguindo os procedimentos previstos no seu Regulamento Interno para a actividade formativa em geral. 5
6 3. Para efeitos de conclusão com aproveitamento da FCT e do curso de formação, os formandos não poderão ultrapassar em faltas o equivalente a 5% da carga prevista para a FCT, em cada ano letivo 4- Em situações excepcionais, quando a falta de assiduidade do formando for devidamente justificada, a Escola poderá assegurar o prolongamento da FCT, a fim de permitir o cumprimento do número de horas estabelecido, o que deverá ser agendado tendo em consideração a disponibilidade da entidade de acolhimento e os interesses da Escola. 5- Para efeitos de cumprimento do disposto anteriormente, deve considerar-se um dia como o período mínimo de prolongamento da FCT. 6- Por requerimento apresentado à Direção Técnico-Pedagógica, os formandos que não tenham concluído a FCT com aproveitamento podem repetir uma vez a FCT, mediante parecer fundamentado das partes intervenientes, e de acordo com calendarização e de outros termos a definir pela Escola. CAPÍTULO IV ENTIDADES ENVOLVIDAS Art. 8º - Entidade Formadora 1. A entidade formadora é a Escola Profissional da Ribeira Grande. 2. São suas responsabilidades: a) assegurar a realização da FCT, nos termos do presente documento; b) reconhecer as oportunidades de FCT em instituições /empresas propostas pelos diretores de curso, viabilizando a sua concretização ou sugerindo alternativas; c) estabelecer/celebrar protocolo com as entidades de acolhimento de formandos em FCT, nos termos do previsto no ponto 3, art.4.º, capítulo II; d) assegurar a elaboração e a execução do Plano de FCT, referido nos pontos 1 e 2 do art. 4.º, capítulo II, bem como a avaliação do desempenho dos formandos, em colaboração com a entidade de acolhimento; e) garantir, através dos seus órgãos próprios, a reportar ao Diretor Pedagógico, o cumprimento rigoroso das tarefas e responsabilidades dos vários intervenientes; f) zelar pelo cumprimento dos objectivos e pressupostos, procedimentos administrativos e pedagógicos inerentes à FCT, no contexto global da acção formativa. 6
7 Art. 9º - Entidade de Acolhimento 1. A FCT realiza-se numa instituição ou empresa, pública ou privada, na qual se reconheça oportunidade de desenvolvimento de funções correspondentes ao perfil profissional dos cursos e que, estando interessada na formação de jovens, comprovadamente disponha de condições de proporcionar experiências significativas na sua área de formação. 2. As entidades de acolhimento devem reunir cumulativamente as seguintes condições: a) encontrarem-se regularmente constituídas e devidamente registadas; b) darem prova de capacidade técnica e organizativa para desenvolver e apoiar a formação profissional, designadamente, no âmbito da FCT; c) não serem devedoras à Fazenda Pública ou à Segurança Social de quaisquer impostos, contribuições ou reembolsos, ou estarem a cumprir um plano de regularização das obrigações daí decorrentes; d) não terem sido condenadas por violação da legislação sobre trabalho de menores e discriminação no trabalho; e) disporem de ambiente de trabalho, condições de higiene e segurança e meios técnicos, humanos e materiais capazes de assegurar a formação profissional necessária e adequada à qualificação para uma profissão; f) integrarem nos seus quadros trabalhadores qualificados que exerçam a profissão que constitui o objecto da formação em contexto de trabalho. 3. São responsabilidades da entidade de acolhimento: a) designar o Tutor, garantindo que assume as competências inerentes, explicitadas no art. 15.º cap. V; b) celebrar com a Escola o protocolo previsto no ponto 3, art. 4.º, cap. II. 4. As entidades de acolhimento são seleccionadas a partir dos seguintes critérios: a) Adequação das competências profissionais do Tutor e da área de trabalho da entidade às competências/actividades que figuram nos perfis de desempenho à saída dos cursos patentes nas portarias que os regulamentam; b) Disponibilidade manifestada para realizar o acompanhamento do(s) formando(s); c) grau de empregabilidade no final da formação; d) satisfação das expectativas profissionais dos formandos; 7
8 e) participação anterior em programas de FCT, com resultados satisfatórios relativamente ao cumprimento de obrigações e oferta de oportunidades de emprego. CAPÍTULO V ELEMENTOS INTERVENIENTES Art. 10º - Direção Cabe à Direção Técnico-Pedagógica supervisionar todo o processo, garantindo o seu correcto funcionamento. Art. 11º- Diretor de Curso 1. Os critérios de designação do Diretor de Curso responsável pelo acompanhamento dos formandos são os mesmos que presidem à atribuição do cargo, estando contemplados no Regulamento Interno. 2. Cabe ao Diretor de Curso acompanhar todo o processo de FCT, assumindo, neste âmbito, as seguintes funções: a) registar as possíveis entidades de acolhimento dos formandos, fazendo menção aos seus contactos, tendo em consideração o perfil de desempenho de saída do curso, as entidades de acolhimento do ano transacto e as preferências de colocação manifestadas pelos formandos; b) entregar a informação referida na alínea anterior ao Gabinete de Orientação, Inserção e Acompanhamento Profissional (GOIAP); c) participar na calendarização e planificação, na definição de objectivos e tarefas da FCT (Plano de FCT), garantindo a sua execução completa; d) colaborar com os formadores da área técnica e com os tutores na definição de competências e respectivas actividades a nível técnico-profissional e competências no âmbito sócio-profissional; e) informar o Tutor acerca do perfil de desempenho à saída do curso e dos instrumentos de avaliação a utilizar. f) garantir a entrega e a recepção do contrato de FCT, rubricado e assinado pela Diretora Geral, Diretora Pedagógica, Diretor de Curso, Entidade de Acolhimento, Formando e Encarregado de Educação (no caso do formando ser menor). g) colaborar com o Tutor na avaliação da FCT; 8
9 h) fornecer aos formandos e encarregados de educação todas as informações e orientações relativas à FCT; i) acompanhar o trabalho do formando e do seu Tutor, a fim de conhecer o desempenho do primeiro, nos termos definidos no ponto 1 do art. 5.º; j) recolher a folha de presenças mensalmente e entregar o seu original nos Serviços Administrativos; k) acompanhar o Tutor na avaliação final do formando; l) avaliar o relatório final do formando; m) entregar nos Serviços Administrativos toda a documentação relativa ao processo, nomeadamente o contrato devidamente assinado e a grelha de avaliação final ; n) organizar, no dossier/pasta informática do curso, uma secção relativa à actividade FCT, contendo toda a documentação a ela relativa; o) entregar na Direcção Pedagógica toda a documentação do processo em suporte informático. Art. 12º - Gabinete de Orientação, Inserção e Acompanhamento Profissional (GOIAP) 1. De acordo com o Projeto Educativo o GOIAP foi criado com a missão de promover a imagem dos formandos junto de diversas entidades potencialmente geradoras de emprego. 2. Atendendo à elevada importância da Formação em Contexto de Trabalho e às diversas atividades inerentes ao processo, este órgão terá o apoio de um formador (Coordenador da FCT). 3. Tendo em conta o previsto no ponto um deste artigo, cabe ao GOIAP acompanhar todo o processo de FCT, assumindo, neste âmbito, as seguintes funções: a) tomar conhecimento das possíveis entidades de acolhimento através da informação fornecida pelo Diretor de Curso, conforme previsto nas alíneas a) e b) do ponto 1 do artigo anterior. b) completar ou modificar, se necessário, a informação fornecida pelo Director de Curso relativa às entidades de acolhimento, comunicando a este último as alterações efectuadas, de modo a que este possa dar parecer positivo; c) realizar os contactos Escola/entidades de acolhimento, com o objetivo de concretizar as oportunidades de FCT, segundo o calendário aprovado, dando conhecimento do parecer favorável ou desfavorável ao Diretor de Curso; d) propor protocolos às possíveis entidades de acolhimento; e) elaborar um registo, por curso, em documento próprio, relativamente à identificação das empresas, contactos, tutores, formandos e outros dados 9
10 relevantes, preenchendo assim os documentos necessários (disponíveis em suporte informático de forma interligada); f) facultar os documentos, referidos no ponto anterior, em suporte informático ao Diretor de Curso, após parecer positivo deste e da Direcção Pedagógica; g) imprimir o contrato FCT (frente e verso) e entregar o ofício de formalização em suporte informático aos Serviços Administrativos; h) acompanhar, quando pertinente, o Director de Curso nas visitas; i) efectuar o estudo estatístico da FCT; j) elaborar relatório do processo; k) solicitar, garantindo a recepção, do Curriculum Vitae do Tutor e de documentos relativos à caracterização da entidade de acolhimento. l)cabe aos Serviços Administrativos tratar da correspondência associada a todo o processo de FCT; m)no âmbito do ponto anterior, os Serviços Administrativos deverão assumir as seguintes funções: 1.enviar ofício de formalização em suporte informático, fornecido pelo GOIAP (previsto na alínea g) do ponto 3 do art. anterior); 2.redigir, mediante indicações da Direção, os protocolos/contratos necessários; 3.receber os contratos e tirar duas fotocópias de cada, sendo uma para o Diretor do Curso e outra para colocar no processo individual do formando; 4.preparar a caderneta do formando; 5.elaborar o crachá do formando; 6.recolher e arquivar a informação relativa à assiduidade do formando; 7.enviar a carta de agradecimento e o certificado do Tutor; 8. elaborar os certificados de FCT dos formandos; 9. verificar se toda a documentação foi entregue; 10. arquivar os documentos relativos ao processo de avaliação da FCT, entregues pelo Diretor de Curso, no processo individual do formando, Art. 13º - Formando 1. Cada formando desenvolve a FCT sob a orientação do respetivo Diretor de Curso e do Tutor, na entidade de acolhimento. 2. Para além do dever de implicar todas as suas competências técnicas e científicas no desenvolvimento das acções decorrentes da FCT, são igualmente responsabilidades do formando: a) desenvolver e realizar todas as atividades inerentes à condição de estagiário; 10
11 b) ser assíduo e pontual, assinando diariamente a folha de presenças mensal, a qual, sempre que solicitada, deverá ser entregue ao Director de Curso; c) tratar com correcção pessoal e profissional todos os elementos com quem venha a relacionar-se no âmbito da formação; d) ser cuidadoso na utilização de todo o material e equipamento directa e/ou indirectamente relacionado com a FCT; e) respeitar o total sigilo relativamente a documentos e à atividade interna da empresa/instituição onde se encontra a desenvolver FCT; f) respeitar as normas de trabalho, segurança e higiene indicadas pelo Tutor no período em causa de formação; g) empenhar-se activamente na integração pessoal e profissional no local da formação; h) preencher responsavelmente o diário de FCT e a folha de presenças; i) elaborar o Relatório Final FCT, registando atividades realizadas, aprendizagens significativas, dificuldades encontradas e opiniões pessoais; j) preencher os registos de auto-avaliação da FCT. 3. No decorrer da FCT, o formando continua a usufruir dos benefícios previstos pelos demais momentos da formação, à excepção dos formandos que tenham incorrido nos limites de faltas previstos no Regulamento Interno. Art. 15º -Tutor 1. O Tutor é aquele que, no próprio local de trabalho, desempenha, contribuindo para o processo formativo, as funções de enquadramento, integração, orientação, desenvolvimento e avaliação das atividades de FCT. 2. O Tutor é designado pela empresa/instituição com quem a Escola celebra protocolo para FCT, devendo ser escolhido de entre os profissionais do domínio de actividade que sejam titulares de competências profissionais reconhecidas, compatíveis com as do perfil de formação em causa. 3. Compete ao Tutor: a) ser um elo de ligação entre o representante da entidade (caso seja um terceiro elemento) e a Escola, facultando as informações/documentação devidamente preenchida e assinada à Escola; b) recolher a informação, facultada pelo Diretor de Curso, relativamente aos objetivos e conteúdos a desenvolver (Plano de FCT) e às características, expectativas e pré-adquiridos, bem como perfil profissional dos formandos, 11
12 ajudando a compatibilizá-los com a programação de actividades a desenvolver no período de FCT; c) identificar e mobilizar os meios necessários ao desenvolvimento da formação, nomeadamente, equipamentos e materiais; d) acolher e integrar os formandos em contexto de trabalho; e) promover o desenvolvimento de atividades que exijam a demonstração das competências adquiridas pelos formandos no decorrer da formação escolar; f) acompanhar e orientar as atividades realizadas pelos formandos, promovendo oportunidades de cumprimento dos conteúdos formativos pré-definidos, estabelecendo e mantendo a comunicação e a motivação com/dos formandos, gerindo os tempos e os meios necessários; g) comunicar ao formando as normas de trabalho, segurança e higiene adoptadas nos seus serviços e em conformidade com a legislação aplicável; h) avaliar a progressão das aprendizagens realizadas pelos formandos, utilizando instrumentos de avaliação adequados e procedendo aos ajustamentos necessários; i) avaliar, com a orientação do coordenador de curso, a prestação do formando, no final da FCT; j) comunicar à Direção da Escola e/ou coordenador de curso eventuais acidentes ou situações anómalas que possam prejudicar o regular desenvolvimento da formação em contexto de trabalho; k) supervisionar o preenchimento do registo de assiduidade formativa. CAPÍTULO VI DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 16º - Revisão do regulamento 1. O regulamento interno, enquanto quadro regulador do funcionamento dos órgãos e dos serviços e referência orientada da acção dos actores formativos, está sujeito a avaliação contínua de todos os agentes, a qual dá lugar a avaliação periódica pelo CTP. 2. Da avaliação periódica podem resultar alterações ao texto do regulamento, as quais devem traduzir-se em ajustamentos com fundamento na experiência e/ou na melhor adequação às exigências da formação profissional. 12
13 Art. 17º - Aprovação e implementação Este Regulamento entra em vigor no dia útil seguinte ao da sua aprovação pelo Conselho de Administração da Fundação para o Desenvolvimento Sócio-Profissional e Cultural da Ribeira Grande. Art. 18º - Sanções O não cumprimento das normas deste regulamento está sujeito a sanções. Art. 19º - Omissões As questões omissas serão analisadas e resolvidas com base na lei vigente ou, não sendo possível fazê-lo, através de deliberações da Direcção Técnico-Pedagógica e/ou da Direcção Geral, conforme a sua natureza e amplitude. Art. 20º - Suporte legislativo O presente regulamento não viola a lei em vigor e teve por base a seguinte legislação: - Decreto Legislativo Regional n.º 30/2000/A, de 11 de Agosto; - Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março; - Portaria n.º 550-C/2004, de 21 de Maio; - Portaria nº 43/2011 de 9 de junho de
14 Revisto e aprovado pela Direção Geral em 31 outubro 2012 A Direção Geral A DIRETORA GERAL MARIA HELENA SOARES DE SOUSA A DIRETORA PEDAGÓGICA FERNANDA MANUELA FERREIRA BACALHAU O DIRETOR FINANCEIRO RUBEN COUTO FARIAS PRIMEIRA VOGAL DA DIREÇÃO GERAL MARIA DE LURDES ALFINETE SEGUNDA VOGAL DA DIREÇÃO GERAL RUI LUCAS 14
15 Anexo I APOIOS E BENEFICIOS PROGRAMA REACTIVAR De acordo com o Despacho Normativo n. 43/2011 de 9 de junho de 2011, as bolsas de formação são atribuídas a pessoas que estão a frequentar os cursos do programa REACTIVAR com mais de 23 anos de idade não podendo o valor máximo mensal elegível ultrapassar o valor de 75% do indexante dos apoios sociais ( IAS). É elegível o subsídio de refeição de montante igual ao atribuído aos funcionários e agentes da administração pública no valor de 4, 27 euros dia. Nas situações e impossibilidade de utilização de transporte coletivo, é elegível o subsídio de transporte até ao limite máximo mediante Escalões: I Escalão 0 aos 8 Km 20 euros II Escalão 9 aos 16 KM 30 euros III Escalão Superior ou igual a 17 KM 40 euros Os referidos subsídios estão condicionados ao cumprimento do regulamento interno específico para o programa Reactivar. 15
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