Colégio Torre Dona Chama
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1 Cancela & Carvalho Colégio Torre Dona Chama Apoiado pelo Ministério da Educação Regulamento Interno CTDC ANEXO 4 REGULAMENTO Formação em Contexto de Trabalho
2 (Preâmbulo) O presente documento regula a Formação em Contexto de Trabalho (FCT) dos Cursos Profissionais criados ao abrigo do Decreto Lei n.º 74/2004, de 26 de Março (rectificado pela Declaração de Rectificação n.º 44/2004 de 25 de Maio, e alterado pelo Decreto-Lei n.º 24/2006, de 6 de Fevereiro, alterado pela Declaração de Rectificação n.º 23/2006, de 7 de Abril) e cuja criação, organização e gestão do currículo, bem como a avaliação e certificação das aprendizagens, foram regulamentados pela Portaria n.º 550-C/2004, de 21 de Maio, (alterada pela Portaria n.º 797/2006, de 10 de Agosto) em conjugação com o Despacho n.º 14758/2004 (2.ª série), de 23 de Julho. Este Regulamento da FCT integra, na parte que lhe diz respeito, os critérios de distribuição dos alunos formandos pelas entidades de acolhimento da FCT e foi aprovado em Conselho Pedagógico de 13/10/2010. (Concretização da Formação em Contexto de Trabalho) O sistema de avaliação dos alunos formandos dos cursos profissionais definido pela Portaria 550- C/2004 de 21 de Maio e legislação complementar prevê um plano curricular diversificado, gerido num regime modular, com três modalidades de avaliação, assumindo um carácter diagnóstico, formativo e sumativo. No final do ciclo o aluno formando deverá, ainda, realizar uma Prova de Aptidão Profissional (PAP) e a Formação em Contexto de Trabalho (FCT), indispensáveis para a obtenção de um diploma de qualificação profissional. As aprendizagens visadas pela FCT incluem, em todas as modalidades, o desenvolvimento de aprendizagens significativas, entre outras, no âmbito da saúde e segurança no trabalho. O presente regulamento determina um conjunto de normas a serem aplicadas por todos os intervenientes, com competências e graus de responsabilidade diferenciada, na Formação em Contexto de Trabalho. Artigo 1º (Âmbito e Definição) 1. A FCT é um conjunto de actividades profissionais desenvolvidas sob coordenação e acompanhamento da escola, que visam a aquisição e/ou o desenvolvimento de competências técnicas, relacionais e organizacionais relevantes para o perfil de desempenho à saída do curso frequentado pelo aluno. 2. A FCT realiza-se em posto de trabalho em empresas ou noutras organizações, sob a forma de experiências de trabalho por períodos de duração variável ao longo da formação, sob a forma de etapas intermédias ou na fase final do curso.
3 3. A FCT pode assumir, parcialmente, a forma de simulação de um conjunto de actividades profissionais relevantes para o perfil de saída do curso a desenvolver em condições similares à do contexto real de trabalho. 4. A classificação da FCT é autónoma e integra o cálculo da média final do curso, nos termos previstos na legislação em vigor. Artigo 2º (Protocolo de Colaboração) 1. A FCT formaliza-se com a celebração de um protocolo entre a escola, a entidade de acolhimento e o aluno formando. 2. No caso de o aluno formando ser menor de idade, o protocolo é igualmente subscrito pelo encarregado de educação. 3. O protocolo inclui o plano de FCT, as responsabilidades das partes envolvidas e as normas de funcionamento da FCT. 4. O protocolo celebrado obedecerá às disposições estabelecidas no presente Regulamento, sem prejuízo da sua diversificação, decorrente da especificidade do curso e das características próprias da entidade de acolhimento em causa. Artigo 3º (Planificação) 1. A FCT desenvolve-se segundo um plano previamente elaborado pelo professor orientador da FCT, o monitor, o aluno formando e entidade de acolhimento, supervisionado pelo professor director de curso, e assinado pelo órgão competente da escola, pela entidade de acolhimento, pelo aluno formando e ainda pelo encarregado de educação, caso o aluno seja menor de idade. 2. A FCT tem a duração de quatrocentas e vinte horas e poderá incluir, no último ano do curso, actividades integradas no projecto da PAP e necessárias à sua realização. 3. A FCT será desenvolvida em três etapas, com uma carga horária de cento e vinte horas, no primeiro e segundo anos de formação, e de cento e oitenta horas no último ano do curso. 4. O plano da FCT fará parte integrante do protocolo de formação e identifica: Os objectivos. Os conteúdos a abordar. A programação das actividades. O período ou períodos em que a FCT se realiza, fixando o respectivo calendário. O horário a cumprir pelo aluno formando; O local ou locais de realização; As formas de acompanhamento e de avaliação.
4 Os direitos e deveres dos diferentes intervenientes, da escola e da entidade onde se realiza a FCT. 5. O plano de formação deverá ser homologado pelo órgão de direcção executiva da escola, mediante parecer favorável do director de curso, antes do período/etapa de formação efectiva na entidade acolhedora da FCT. 6. Durante a formação o aluno formando deve realizar pelo menos dois relatórios intercalares que descrevam as actividades desenvolvidas em modelo próprio: 6.1. O 1º relatório será entregue no final da primeira etapa de formação, que ocorre no primeiro ano do curso, discriminando todas as actividades desenvolvidas e a sua auto-avaliação, no dia útil seguinte à conclusão da FCT, em suporte papel ou por via electrónica em área a designar pelo director de curso O 2º relatório será entregue no final da segunda etapa de formação, que ocorre no segundo ano do curso, discriminando todas as actividades desenvolvidas e a sua auto-avaliação, no dia útil seguinte à conclusão da FCT, em suporte papel ou por via electrónica em área a designar pelo director de curso. 7. No final da formação o aluno formando deve realizar um relatório global, em modelo próprio, discriminando todas as actividades desenvolvidas e a sua auto-avaliação, sendo entregue até ao quinto dia útil seguinte à conclusão da FCT, em suporte papel ou por via electrónica em área a designar pelo director de curso. Artigo 4º (Afectação dos Alunos Formandos aos locais de FCT) 1. O Conselho de Turma, depois de ouvido o director de curso e os professores da componente Técnica ou Tecnológica, procede à distribuição dos alunos pelas diferentes entidades de acolhimento, tendo em linha de conta os seguintes itens: Opções manifestadas pelos alunos formandos; Adequação do perfil do aluno formando ao perfil do local da realização da FCT; Adequação do perfil do aluno formando ao plano de FCT; Adequação das competências do aluno formando ao plano de FCT; Aspectos logísticos condicionantes da frequência da FCT, nomeadamente, transportes. 2. Verificando-se a existência de interesses conflituantes e em situação de igualdade nos itens referidos no ponto anterior, recorre-se à idade dos alunos formandos, sendo ordenados do mais velho para o mais novo. Artigo 5º (Responsabilidades da Escola) 1. Assegurar a realização da FCT aos seus alunos formandos, nos termos definidos na lei e nos regulamentos aplicáveis.
5 2. Proceder à distribuição dos alunos formandos pelos lugares existentes nas diferentes entidades de acolhimento de acordo com o disposto no Artigo 4º. 3. Assegurar a elaboração do protocolo com a entidade de acolhimento. 4. Assegurar a elaboração e a assinatura dos contratos de formação com os alunos e seus encarregados de educação se aqueles forem menores. 5. Assegurar a elaboração do plano da FCT, bem como a respectiva assinatura por parte de todos os intervenientes. 6. Assegurar o acompanhamento da execução do plano da FCT. 7. Assegurar a avaliação do desempenho dos alunos formandos, em colaboração com a entidade de acolhimento; 8. Assegurar que o aluno formando se encontra a coberto por seguro em toda a actividade da FCT. 9. Assegurar, em conjunto com a entidade de acolhimento e o aluno formando, as condições logísticas necessárias à realização e ao acompanhamento da FCT. 10. Designar o professor orientador da FCT, ouvido o director de curso, de entre os professores que leccionam as disciplinas da componente da Formação Técnica. Artigo 6º (Responsabilidades do professor Director de Curso) 1. Articular com o Director da escola, bem como com as estruturas intermédias de articulação e coordenação pedagógica, no que respeita aos procedimentos necessários à realização da FCT; 2. Organizar e supervisionar as diferentes acções, articulando-se com os professores acompanhantes, monitores e alunos formandos; 3. Manter o Director, bem como o Conselho Pedagógico, ao corrente das acções desenvolvidas, apresentando-lhes os problemas que surgirem e que necessitem de resolução pontual; 4. Assegurar a articulação entre a escola e as entidades de estágio, identificando-as, seleccionandoas, preparando protocolos, participando na elaboração do plano da FCT e dos contratos de formação, procedendo à distribuição dos formandos por aquelas entidades e coordenando o acompanhamento dos mesmos, em estreita relação com o orientador e o monitor responsáveis pelo acompanhamento dos alunos formandos; 5. Servir de elo de ligação entre os vários intervenientes. Artigo 7º (Responsabilidades do professor Orientador da FCT) 1. Elaborar o plano da FCT, em articulação com o director de curso e a direcção executiva, bem como, quando for o caso, com os demais órgãos ou estruturas de coordenação pedagógica, restantes professores e monitor designado pela entidade de acolhimento.
6 2. Acompanhar a execução do plano de formação, nomeadamente através de deslocações periódicas aos locais de realização da FCT. 3. Avaliar, em conjunto com o monitor designado pela entidade de acolhimento, o desempenho do aluno formando. 4. Acompanhar e orientar o aluno formando na elaboração dos relatórios da FCT. 5. Propor ao conselho de turma, ouvido o monitor, a classificação do aluno formando na FCT. 1. Designar o monitor. Artigo 8º (Responsabilidades da Entidade de Acolhimento) 2. Colaborar na elaboração do protocolo e do plano da FCT. 3. Colaborar no acompanhamento e na avaliação do desempenho do aluno formando. 4. Assegurar o acesso à informação necessária ao desenvolvimento da FCT, nomeadamente no que diz respeito à integração socioprofissional do aluno formando na instituição. 5. Atribuir ao aluno formando tarefas que permitam a execução do plano de formação. 6. Controlar a assiduidade do aluno formando. 7. Assegurar, em conjunto com a escola e o aluno formando, as condições logísticas necessárias à realização e ao acompanhamento da FCT. Artigo 9º (Responsabilidades do Aluno Formando) 1. Colaborar na elaboração do protocolo e do plano da FCT. 2. Participar nas reuniões de acompanhamento e avaliação da FCT. 3. Cumprir, no que lhe compete, o plano de formação. 4. Respeitar a organização do trabalho na entidade de acolhimento e utilizar com zelo os bens, equipamentos e instalações. 5. Não utilizar sem prévia autorização a informação a que tiver acesso durante a FCT. 6. Ser assíduo, pontual e estabelecer boas relações de trabalho. 7. Justificar as faltas perante o director de turma, o professor orientador e o monitor, de acordo com as normas internas da escola e da entidade de acolhimento. 8. Elaborar os relatórios intercalares e o relatório final da FCT Artigo 10º (Assiduidade na FCT) 1. A assiduidade do aluno formando é controlada pelo preenchimento de folha de ponto, em impresso próprio, a qual deve ser assinada pelo aluno e pelo monitor e entregue semanalmente
7 ao professor orientador ou, em alternativa, através de outro sistema designado pela escola e devidamente validado pela entidade de acolhimento. 2. Para efeitos de conclusão da FCT, deve ser considerada a assiduidade do aluno formando, a qual não pode ser inferior a 95% da carga horária global da FCT. 3. As faltas dadas pelo aluno formando devem ser justificadas perante o monitor e o professor orientador, de acordo com as normas internas da entidade de acolhimento e da escola. 4. Em situações excepcionais, quando a falta de assiduidade do aluno formando for devidamente justificada, o período de FCT poderá ser prolongado, a fim de permitir o cumprimento do número de horas estabelecido. Artigo 11º (Avaliação da FCT) 1. A avaliação no processo da FCT assume carácter contínuo e sistemático e permite, numa perspectiva formativa, reunir informação sobre o desenvolvimento das aprendizagens, possibilitando, se necessário, o reajustamento do plano de formação. 2. A avaliação assume também um carácter sumativo, conduzindo a uma classificação final da FCT. 3. A avaliação da FCT tem por base os respectivos relatórios, que são elaborados pelo aluno formando e devem descrever as actividades desenvolvidas no período de FCT, bem como a sua avaliação das mesmas face ao definido no plano de formação e as fichas de observação/avaliação elaboradas pelo monitor e o professor orientador da FCT. 4. A avaliação da FCT deverá responder aos seguintes itens, que se constituem como elementos aferidores: Qualidade e rigor da expressão escrita e dos suportes materiais que enformam os relatórios, na perspectiva da sua boa inteligibilidade. Qualidade do trabalho realizado na entidade de acolhimento. Aplicação das normas de segurança e higiene no trabalho. Assiduidade e pontualidade. Integração na entidade de acolhimento. Capacidade de iniciativa. 5. Os relatórios parciais e final são apreciados e discutidos com o aluno formando pelo professor orientador e pelo monitor, que elaboram uma informação conjunta sobre o aproveitamento do aluno formando, com base no referido relatório, na discussão subsequente e nos elementos recolhidos durante o acompanhamento da FCT. 6. Na sequência da informação referida no número anterior, o professor orientador propõe ao conselho de turma, ouvido o monitor, a classificação do aluno formando na FCT, correspondente à etapa que lhe diz respeito e designada no nº 3 do Artigo 3º. 7. A classificação final da FCT será atribuída pela ponderação das classificações parciais atribuídas em cada etapa definida no nº 3 do Artigo 3º do presente regulamento.
8 8. A ponderação definida em 7 será calculada em função das horas atribuídas a cada etapa relativamente ao valor de horas globais da FCT, de acordo com a seguinte fórmula: C1 n1 + C2 n2 + C3 n3 Classificação Final =, onde: 420 C 1 Classificação na 1.ª etapa da FCT; C 2 Classificação na 2.ª etapa da FCT; C 3 Classificação na 3.ª etapa da FCT; N 1 n.º de horas de duração da 1.ª etapa da FCT; N 2 n.º de horas de duração da 2.ª etapa da FCT; N 3 n.º de horas de duração da 3.ª etapa da FCT; 9. As classificações de cada etapa deverão ser expressas em pauta, tal como a classificação final da FCT. 10. No caso de reprovação do aluno formando, por motivos não imputáveis ao aluno formando, poderá ser celebrado novo protocolo entre escola, entidade de acolhimento e aluno formando, a fim de possibilitar a obtenção de aproveitamento na FCT. Artigo 12 (Disposições Finais) 1. Os casos omissos no presente regulamento serão tratados pelo Órgão de Gestão que os analisará em colaboração com os órgãos pedagógicos da escola e resolvidos de acordo com a legislação em vigor.
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