OPINIÕES CONSULTIVAS DA CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS (até outubro de 2018)

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1 OPINIÕES CONSULTIVAS DA CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS (até outubro de 2018) OC SOLICITANTE TEMA DA CONSULTA COMENTÁRIOS 1 (1982) PERU CONTEÚDO DA JURISDIÇÃO CONSULTIVA DA CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS Como a expressão ou de outros tratados concernentes à proteção dos direitos humanos nos Estados americanos do artigo 64 da CADH deve ser interpretada? A Corte entendeu que há limites para o exercício de sua jurisdição consultiva, podendo ser exercida sobre qualquer tratado internacional de direitos humanos aplicável aos Estados americanos, independentemente de tal tratado ser bilateral ou multilateral. 1 a) abrange apenas tratados adotados dentro da estrutura do sistema interamericano? b) somente tratados nos quais exclusivamente Estados americanos sejam partes? c) todos os tratados nos quais um ou mais Estados americanos sejam partes? 2 (1982) COMISSÃO INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS MOMENTO DE VIGÊNCIA DA CADH PARA UM ESTADO. DENÚNCIA DA CADH. Para a Corte, o momento efetivo de vigência é a data do depósito de seu instrumento de ratificação ou adesão, independentemente de o Estado ter ratificado a CADH com ou sem reservas. a) quando o Estado pretende fazer parte da CADH, mas com uma ou mais reservas, qual o momento de efetivo ingresso? Conta-se da data do depósito do instrumento de ratificação ou adesão ou quando terminar o período de 12 (doze) meses previsto no artigo 20 da Convenção de Viena Sobre o Direito dos Tratados? Quanto à denúncia da CADH por um Estado, não é possível denunciar apenas a jurisdição da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Neste caso, se determinado Estado pretender se desvencilhar da jurisdição da Corte IDH, deve também denunciar de maneira concomitante a CADH. 2 1 PAIVA, Caio; HEEMANN, Thimotie Aragon. Jurisprudência Internacional de Direitos Humanos. 2 ed. Belo Horizonte: CEI, p. 695.

2 b) quando o Estado não é mais considerado parte na CADH? 3 (1983) COMISSÃO INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS RESTRIÇÕES À PENA DE MORTE a) a CADH admite a pena de morte? Se sim, para quais crimes? b) a pena capital é válida para os Estados que não a aboliram no momento da ratificação da CADH? c) se foi abolida, pode o Estado introduzi-la novamente? Mesmo que o Estado não tenha abolido a pena de morte, não poderá aplicá-la para crimes que não previam essa pena no momento da entrada em vigor da CADH. A pena de morte é admitida tão somente para os crimes definidos no momento da ratificação, e apenas para delitos graves. Se o Estado aboliu a pena de morte no momento da ratificação da CADH, não poderá, por meio de legislação posterior, aplicá-la para delitos que não tinham tal previsão no momento da ratificação. 4 (1984) COSTA RICA COMPATIBILIDADE ENTRE UMA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO DA COSTA RICA E A CADH A Corte entendeu que a alteração legislativa do Estado da Costa Rica não viola a Convenção Americana de Direitos Humanos, já que estabelecer critérios diferenciados de naturalização para pessoas nascidas em determinados países é plenamente possível. 3 5 (1985) COSTA RICA EXERCÍCIO DA PROFISSÃO DE JORNALISTA Questionamento: compatibilidade da CADH com a exigência de diploma em curso superior e de registro profissional para o exercício da profissão de jornalista. Segundo a Corte, a exigência da formação obrigatória de jornalistas, enquanto impeça o uso pleno dos meios de comunicação social como veículo para expressar ou transmitir opiniões, é inconvencional, pois violaria o art. 13 da CADH, causando uma restrição desproporcional à liberdade de expressão. 4 Utilizada pelo STF como um dos fundamentos para afastar a exigência de diploma de curso superior, registrado pelo MEC, para o exercício da profissão de jornalista. Para o STF, a exigência de diploma de curso superior para a 2 PAIVA, Caio; HEEMANN, Thimotie Aragon. Jurisprudência Internacional de Direitos Humanos. 2 ed. Belo Horizonte: CEI, p PAIVA, Caio; HEEMANN, Thimotie Aragon. Jurisprudência Internacional de Direitos Humanos. 2 ed. Belo Horizonte: CEI, p PAIVA, Caio; HEEMANN, Thimotie Aragon. Jurisprudência Internacional de Direitos Humanos. 2 ed. Belo Horizonte: CEI, p. 699

3 prática do jornalismo o qual, em sua essência, é o desenvolvimento profissional das liberdades de expressão e de informação - não está autorizada pela ordem constitucional, pois constitui uma restrição, um impedimento, uma verdadeira supressão do pleno, incondicionado e efetivo exercício da liberdade jornalística, expressamente proibido pelo art. 220, 1º, da Constituição (trecho do voto do relator Min. Gilmar Mendes no RE ). 6 (1986) URUGUAI ALCANCE DA EXPRESSÃO LEIS DO ARTIGO 30 DA CADH Questionamento: a expressão leis significa qualquer norma jurídica? O termo leis contido no artigo 30 da CADH significa qualquer norma jurídica de caráter geral emanada pelo Poder Legislativo democraticamente eleito e constitucionalmente previsto no ordenamento jurídico doméstico de determinado país. 5 Art. 30. As restrições permitidas, de acordo com esta Convenção, ao gozo e exercício dos direitos e liberdades nela reconhecidos, não podem ser aplicadas senão de acordo com leis que forem promulgadas por motivo de interesse geral e com o propósito para o qual houverem sido estabelecidas. 7 (1986) COSTA RICA DIREITO DE RESPOSTA OU DE RETIFICAÇÃO a) o direito de resposta ou de retificação (artigo 14 da CADH) já está garantido em seu livre e pleno exercício a todas as pessoas que se encontram sob a jurisdição de um Estado-membro? b) em caso negativo, tem o Estado-parte o dever de adotar as medidas legislativas ou de outra natureza para efetivar os referidos direitos? c) se existir tal dever, é necessária a edição de lei formal ou A Corte chegou às seguintes conclusões, nos termos do parecer exarado: 6 - o artigo 14.1 da Convenção reconhece um direito de retificação ou resposta internacionalmente exigível e que, de acordo com o artigo 1.1, os Estados Partes têm a obrigação de respeitar e garantir seu livre e pleno exercício a toda pessoa que esteja sujeita à sua jurisdição - a palavra lei, tal como se utiliza no artigo 14.1, está relacionada às obrigações assumidas pelos Estados Partes no artigo 2 e, portanto, as medidas que o Estado Parte deve adotar compreendem todas as disposições internas que sejam 5 PAIVA, Caio; HEEMANN, Thimotie Aragon. Jurisprudência Internacional de Direitos Humanos. 2 ed. Belo Horizonte: CEI, p Disponível em:

4 bastaria uma norma de caráter regulamentar? adequadas, segundo o sistema jurídico em questão, para garantir o livre e pleno exercício do direito consagrado no artigo quando o direito consagrado no artigo 14.1 não se possa fazer efetivo no ordenamento jurídico interno de um Estado Parte, esse Estado tem a obrigação, em virtude do artigo 2 da Convenção, de adotar, em conformidade com seus procedimentos constitucionais, e as disposições da própria Convenção, as medidas legislativas ou de outra natureza que forem necessárias 8 (1987) COMISSÃO INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS SUSPENSÃO DO HABEAS CORPUS EM PERÍODOS DE EXCEÇÃO Questionamento: o habeas corpus pode ser suspenso durante estados de emergência? Não pode haver suspensão dos remédios previstos nos artigos 7 e 25 da CADH, pois são garantias judiciais essenciais para a proteção dos direitos e das liberdades previstas na Convenção, especialmente em tempos de guerra, perigo público ou emergência. O habeas corpus e os demais remédios não se enquadram nas suspensões permitidas pelo artigo 27.1 da CADH: Em caso de guerra, de perigo público, ou de outra emergência que ameace a independência ou segurança do Estado Parte, este poderá adotar disposições que, na medida e pelo tempo estritamente limitados às exigências da situação, suspendam as obrigações contraídas em virtude desta Convenção, desde que tais disposições não sejam incompatíveis com as demais obrigações que lhe impõe o Direito Internacional e não encerrem discriminação alguma fundada em motivos de raça, cor, sexo, idioma, religião ou origem social. A Corte entendeu que o habeas corpus e os demais remédios enquadram-se na expressão garantias indispensáveis par a proteção de tais direitos, contida no artigo 27.2: A disposição precedente não autoriza a suspensão dos direitos determinados seguintes artigos: 3

5 (Direito ao reconhecimento da personalidade jurídica); 4 (Direito à vida); 5 (Direito à integridade pessoal); 6 (Proibição da escravidão e servidão); 9 (Princípio da legalidade e da retroatividade); 12 (Liberdade de consciência e de religião); 17 (Proteção da família); 18 (Direito ao nome); 19 (Direitos da criança); 20 (Direito à nacionalidade) e 23 (Direitos políticos), nem das garantias indispensáveis para a proteção de tais direitos. 9 (1987) URUGUAI SUSPENSÃO DE DIREITOS EM PERÍODOS DE GUERRA, PERIGO PÚBLICO OU EMERGÊNCIA A Corte seguiu praticamente o mesmo entendimento da Opinião Consultiva nº 8. Questionamento: quais direitos podem ser suspensos em caso de guerra, perigo público ou emergência, conforme disposto no artigo 27 da CADH? 10 (1989) COLÔMBIA POSSIBILIDADE DE A CORTE EXARAR PARECER OPINATIVO SOBRE A DECLARAÇÃO AMERICANA DOS DIREITOS E DEVERES DO HOMEM Questionamento: pode a Corte emitir parecer consultivo sobre a Declaração Americana dos Direitos e Deveres do homem? O artigo 64 da CADH permite essa interpretação? A Corte decidiu que a Declaração Americana dos Direitos e Deveres do homem deve ser considerada tratado internacional para fins do art. 64 da CADH e que, sim, é possível a emissão de pareceres consultivos acerca da declaração supramencionada, desde que dentro dos limites de sua competência e em uma relação de conectividade com a CADH (1990) COMISSÃO INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS EXCEÇÕES AO REQUISITO DE ESGOTAMENTO PRÉVIO DOS RECURSOS INTERNOS se seria possível excepcionar o requisito de esgotamento dos recursos internos para a admissão de um caso perante a Corte nas seguintes hipóteses: A Corte decidiu que, caso reste configurada alguma das referidas situações, é possível afastar o requisito de esgotamento prévio dos recurso internos. a) impossibilidade de utilização dos recursos internos em razão da hipossuficiência econômica; 7 PAIVA, Caio; HEEMANN, Thimotie Aragon. Jurisprudência Internacional de Direitos Humanos. 2 ed. Belo Horizonte: CEI, p. 706.

6 b) inexistência de advogado que defenda os interesses do requerente, em virtude de possíveis represálias. 12 (1991) COSTA RICA COMPATIBILIDADE ENTRE UM PROJETO DE LEI PROCESSUAL PENAL E A CADH A Corte decidiu não emitir opinião sobre a consulta, já que diversos casos concretos oriundos do Estado da Costa Rica estavam em trâmite em sua jurisdição contenciosa (1993) ARGENTINA e URUGUAI ATRIBUIÇÕES DA COMISSÃO INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS Conclusões da Corte acerca das possibilidades de atuação da Comissão: 9 - pode qualificar uma norma como violadora ou não da CADH, porém não pode determinar se tal norma é compatível com o ordenamento interno do país; - se uma petição é declarada inadmissível pela Comissão, não cabem mais pronunciamentos sobre o mérito; - seus relatórios não podem ser publicados em um mesmo documento, sendo que o primeiro relatório é sigiloso. 14 (1994) COMISSÃO INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS RESPONSABILIDADE DO ESTADO PELA EDIÇÃO E APLICAÇÃO DE LEIS CONTRÁRIAS À CADH a) o que acontece se uma lei contrária à CADH é editada pelo Estado-parte? b) há responsabilidade do Estado-parte se funcionários e agentes estatais cumprirem tal lei? Viola a CADH a promulgação de uma lei em manifesto conflito com as obrigações assumidas pelo Estado quando da ratificação ou adesão, além de ser possível responsabilizar internacionalmente o Estado caso ocorra efetiva lesão a direitos previstos na Convenção. O cumprimento de um diploma inconvencional por parte dos funcionários e agentes do Estado gera a responsabilidade internacional do próprio Estado. Adicionalmente, caso o ato cumprido pelos agentes estatais constitua por si só um crime internacional, gera-se também a responsabilidade internacional dos agentes ou funcionários que o executaram PAIVA, Caio; HEEMANN, Thimotie Aragon. Jurisprudência Internacional de Direitos Humanos. 2 ed. Belo Horizonte: CEI, p PAIVA, Caio; HEEMANN, Thimotie Aragon. Jurisprudência Internacional de Direitos Humanos. 2 ed. Belo Horizonte: CEI, p PAIVA, Caio; HEEMANN, Thimotie Aragon. Jurisprudência Internacional de Direitos Humanos. 2 ed. Belo Horizonte: CEI, p. 710.

7 15 (1997) CHILE INFORMES DA COMISSÃO INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS a) a Comissão pode modificar os dois informes emitidos anteriormente e emitir um terceiro? b) se fosse possível alterar o informe definitivo, qual dos informes seria válido? A Comissão, no exercício dos poderes conferidos pelo artigo 51 da CADH, não está autorizada a modificar as opiniões, conclusões ou recomendações já transmitidas em um informe a um Estado-membro, exceto em algumas situações como, por exemplo, cumprimento parcial das recomendações contidas no informe, erros materiais, violação de direitos não analisada no momento da emissão do informe. Em tais situações excepcionais, o pedido de modificação deve ser realizado pelas partes interessadas (os peticionários e os Estados) antes da publicação do próprio informe e dentro de um prazo razoável, contado a partir de sua notificação, sob pena de comprometer a segurança do processo convencional. No entanto, em nenhuma hipótese é admitida a expedição de um terceiro informe pela Comissão Interamericana. Finalmente, a Corte Interamericana também decidiu que o Estado solicitante pode desistir da pretensão de obter a opinião consultiva no procedimento junto à própria Corte, expediente que não terá, porém, efeito vinculante ao tribunal interamericano (1999) MÉXICO PENA DE MORTE E DIREITO À INFORMAÇÃO SOBRE ASSISTÊNCIA CONSULAR Questionamento: o estrangeiro punido com a pena de morte tem direito de receber informação acerca da possibilidade de solicitar a assistência das autoridades consulares do Estado de sua nacionalidade? A assistência consular é de suma importância para garantir os direitos das pessoas detidas em outros Estados, assim como para as pessoas sentenciadas à pena de morte, em Estado estrangeiro. 11 PAIVA, Caio; HEEMANN, Thimotie Aragon. Jurisprudência Internacional de Direitos Humanos. 2 ed. Belo Horizonte: CEI, p. 712.

8 17 (1997) COMISSÃO INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS APLICAÇÃO DAS MEDIDAS ESPECIAIS DE PROTEÇÃO DESTINADAS ÀS CRIANÇAS. INTERPRETAÇÃO DOS ARTIGOS 8, 19 E 25 DA CADH. A Corte emitiu parecer no sentido de que as obrigações de proteção dos direitos das crianças devem ser consideradas como obrigações erga omnes. Do mesmo modo, os Estados devem prezar pela preservação dos direitos materiais e processuais das crianças em todas e quaisquer circunstâncias, não se admitindo a discricionariedade do Estado na proteção dos menores de 18 anos 12, conforme doutrina da proteção integral. 18 (2003) MÉXICO DIREITOS TRABALHISTAS DOS IMIGRANTES Questionamento: privação do desfrute e exercício de certos direitos trabalhistas (aos trabalhadores migrantes), e sua compatibilidade com a obrigação dos Estados americanos de garantir os princípios de igualdade jurídica, não discriminação e proteção igualitária e efetiva da lei consagrados em instrumentos internacionais de proteção aos direitos humanos. 13 Algumas conclusões da Corte 14 : - o direito ao devido processo legal deve ser reconhecido no contexto das garantias mínimas que se devem oferecer a todo migrante, independentemente de seu status migratório ; - a qualidade migratória de uma pessoa não pode constituir uma justificativa para privá-la do desfrute e do exercício de seus direitos humanos, entre eles os de caráter trabalhista. Os direitos trabalhistas do imigrante devem ser reconhecidos e garantidos, independentemente de sua situação regular ou irregular no Estado receptor ; - o Estado tem a obrigação de respeitar e garantir os direitos humanos trabalhistas de todos os trabalhadores, independentemente de sua condição de nacionais ou estrangeiros, e não tolerar situações de discriminação em detrimento destes nas relações de trabalho que se estabeleçam entre particulares (empregador-trabalhador) ; - os trabalhadores migrantes indocumentados possuem os mesmos direitos trabalhistas que correspondem aos demais trabalhadores do Estado receptor, e este último deve tomar todas as medidas necessárias para que assim se reconheça e se cumpra na prática. 12 PAIVA, Caio; HEEMANN, Thimotie Aragon. Jurisprudência Internacional de Direitos Humanos. 2 ed. Belo Horizonte: CEI, p Disponível em: 14 Disponível em:

9 19 (2005) VENEZUELA EXISTÊNCIA OU NÃO DE UM ÓRGÃO DENTRO DO SISTEMA INTERAMERICANO COM COMPETÊNCIA PARA EXERCER CONTROLE DE LEGALIDADE SOBRE A ATUAÇÃO DA COMISSÃO A Comissão é órgão autônomo e independente, não estando sujeita a ingerências externas no exercício de suas funções, contudo está limitada aos preceitos da Convenção Americana e ao controle de legalidade da própria Corte (2009) ARGENTINA POSSIBILIDADE DE UM MAGISTRADO DA MESMA NACIONALIDADE DO ESTADO DEMANDADO PROCESSAR E JULGAR UM CASO Estado pode indicar um juiz ad hoc apenas em casos contenciosos envolvendo Estados. Juiz nacional do Estado demandado não pode conhecer de casos contenciosos originados de petições individuais. 21 (2014) ARGENTINA, BRASIL, PARAGUAI e URUGUAI CRIANÇAS EM SITUAÇÃO DE MIGRAÇÃO Questionamento: obrigações estatais em relação a casos envolvendo crianças e adolescentes em situação de migração ou seus pais. A Corte considerou que é criança toda pessoa que não tenha completado 18 anos de idade, salvo se atingida a maioridade antes em conformidade com a lei. Para a Corte, os Estados devem priorizar o enfoque dos direitos humanos desde uma perspectiva que tenha em consideração, de forma transversal, os direitos das crianças e, em particular, sua proteção e desenvolvimento integral, os quais devem prevalecer sobre qualquer consideração da nacionalidade ou status migratório, a fim de assegurar a plena vigência de seus direitos. 16 Necessidade de se observar o princípio do não rechaço (non refoulement) para pessoas com menos de 18 anos. Privação de liberdade de crianças migrantes somente em casos extremamente excepcionais. 22 (2016) PANAMÁ APLICAÇÃO DA CADH ÀS PESSOAS JURÍDICAS Questionamento: as pessoas jurídicas têm legitimidade para demandar a proteção de seus direitos humanos perante o sistema interamericano? Em regra, as pessoas jurídicas não podem acessar o sistema interamericano de direitos humanos, exceto comunidades indígenas e sindicatos e federações sindicais; 15 PAIVA, Caio; HEEMANN, Thimotie Aragon. Jurisprudência Internacional de Direitos Humanos. 2 ed. Belo Horizonte: CEI, p

10 23 (2017) COLÔMBIA MEIO AMBIENTE E DIREITOS HUMANOS. OBRIGAÇÕES AMBIENTAIS ESPECÍFICAS DERIVADAS DA CADH. DETALHAMENTO DO CONTEÚDO DO DIREITO AO MEIO AMBIENTE SADIO. a) qual é o âmbito de aplicação das obrigações estatais relacionadas à proteção do meio ambiente? b) quais são as obrigações dos Estados em matéria de meio ambiente, no marco da proteção e da garantia dos direitos à vida e à integridade pessoal, previstos na CADH? Algumas conclusões contidas na OC 23: 17 - alguns direitos relacionados com o meio ambiente: vida, moradia, a não ser deslocado de forma forçada, água, saúde, propriedade, alimentação; - maior intensidade dos danos ambientais em grupos em situação de vulnerabilidade (ex: povos indígenas, crianças e adolescentes, pessoas com deficiência); - os Estados têm a obrigação de evitar danos ambientais transfronteiriços que possam afetar os direitos humanos de pessoas fora de seu território; - obrigações de prevenção, precaução, cooperação, procedimento; - obrigações de respeitar e garantir os direitos à vida e à integridade pessoal frente a possíveis danos ao meio ambiente. 24 (2017) COSTA RICA IDENTIDADE DE GÊNERO, IGUALDADE E NÃO DISCRIMINAÇÃO DE CASAIS DO MESMO SEXO Abaixo algumas conclusões da Corte, sintetizadas por Caio Paiva 18 : obrigações estatais em relação à mudança de nome, à identidade de gênero e aos direitos derivados de um vínculo entre casais do mesmo sexo. - a mudança de nome, a adequação da imagem, assim como a retificação à menção do sexo ou gênero, nos registros e nos documentos de identidade, para que estes estejam de acordo com a identidade de gênero autopercebida, é um direito protegido pelo artigo 18 (direito ao nome), mas também pelos artigos 3º (direito ao reconhecimento da personalidade jurídica), 7.1 (direito à liberdade) e 11.2 (direito à vida privada), todos da Convenção Americana. Consequentemente, em conformidade com a obrigação de respeitar e garantir os direitos sem discriminação (artigos 1.1 e 24 da Convenção), e com o dever de adotar as disposições de direito interno (artigo 2º da Convenção), os Estados estão Disponível em:

11 obrigados a reconhecer, regular e estabelecer os procedimentos adequados para esse fim; - os Estados têm a possibilidade de estabelecer e decidir sobre o procedimento mais apropriado de acordo com as características de cada contexto e sua legislação nacional, os trâmites para a mudança de nome, adequação de imagem e retificação da referência ao sexo ou gênero, nos registros e nos documentos de identidade, para que estejam de acordo com a identidade de gênero autopercebida, independentemente de sua natureza jurisdicional ou materialmente administrativa; - a Convenção Americana protege, em virtude do direito à proteção da vida privada e familiar (artigo 11.2), assim como o direito à proteção da família (artigo 17), o vínculo familiar que possa derivar de uma relação de um casal do mesmo sexo. A Corte estima também que devem ser protegidos, sem discriminação alguma com respeito aos casais de pessoas heterossexuais, em conformidade com o direito à igualdade e à não discriminação (artigos 1.1 e 24), todos os direitos patrimoniais que derivam do vínculo familiar protegido entre pessoas do mesmo sexo. Sem prejuízo do anterior, a obrigação internacional dos Estados transcende as questões vinculadas unicamente a direitos patrimoniais e se projeta a todos os direitos humanos internacionalmente reconhecidos, assim como aos direitos e obrigações reconhecidos no direito interno de cada Estado que surjam dos vínculos familiares de casais heterossexuais; - os Estados devem garantir o acesso a todas as figuras já existentes nos ordenamentos jurídicos internos, para assegurar a proteção de todos os direitos das famílias conformadas por casais do mesmo sexo, sem discriminação com respeito às que estão constituídas por casais heterossexuais. Para isso, poderá ser necessário que os Estados modifiquem figuras existentes através de medidas legislativas, judiciais ou administrativas, para ampliá-las aos casais constituídos por pessoas do mesmo sexo.

12 *Para comentários adicionais, acesse a publicação feita sobre a OC 24 no Blog do Curso Clique Juris. 25 (2018) EQUADOR DIMENSÕES DOS ASILOS TERRITORIAL E DIPLOMÁTICO O art da CADH contempla apenas o asilo territorial. A questão é resolvida pelo termo em território estrangeiro, cuja interpretação restringe o alcance dos artigos ao asilo territorial, onde o indivíduo se encontra no território do Estado onde busca asilo. O asilo diplomático é um costume regional, mas sem caráter obrigatório, entendendo a Corte que os Estados são livres e soberanos para regular a questão internamente ou, ainda, firmar acordos entre si sobre a questão. Reconhecida a incidência do princípio do non refoulement ao asilo diplomático, bem como a existência de imposição de obrigações positivas ao Estado que abriga o asilado em suas dependências diplomáticas em outro país, como a avaliação dos riscos a que se expõe o indivíduo, a proteção da pessoa e de seus direitos e, ainda, o dever de buscar a concessão de salvo-conduto para o asilado. 19 *Para comentários adicionais, acesse o post feito sobre a OC 25 no Blog do Curso Clique Juris. REFERÊNCIAS PAIVA, Caio; HEEMANN, Thimotie Aragon. Jurisprudência Internacional de Direitos Humanos. 2 ed. Belo Horizonte: CEI, Opiniões Consultivas da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Disponível em: 19 Disponível em:

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