Boletim Oficial. Tribunal de Contas do Estado do Tocantins. período de 23 de julho a 6 de agosto de 2018.

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1 Boletim Oficial Tribunal de Contas do Estado do Tocantins ESTADO DO TOCANTINS REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ANO XI, N 2114 PALMAS, 20 DE JULHO DE 2018 ATOS DA PRESIDÊNCIA PORTARIAS PORTARIA Nº 388, DE 12 DE JULHO DE 2018 O VICE-PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO TOCANTINS, no uso das atribuições que lhe conferem o art º c/c art. 132, inciso I, da Lei n.º 1.284, de 17 de dezembro de 2001, art. 350, inciso I c/c art. 349, inciso VII, do Regimento Interno, R E S O L V E : Art. 1º Designar EVANDRO GOMES RIBEIRO, Auditor de Controle Externo, matrícula nº , para, sem prejuízo das suas atribuições, responder pelo cargo de Coordenador, da Coordenadoria de Controle de Atos de Pessoal, no período de 9 a 23 de julho de 2018, em substituição à titular, FERNANDA ALMEIDA CORRÊA ANTUNES, matrícula nº , que estará em usufruto de férias. Art. 2º Publique-se. Conselheiro Severiano José Costandrade de Aguiar ATOS ATO Nº 168, DE 12 DE JULHO DE 2018 O VICE-PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO TOCANTINS, no uso das atribuições que lhe conferem o art º c/c art. 132, inciso I, da Lei n.º 1.284, de 17 de dezembro de 2001, art. 350, inciso I c/c art. 349, inciso VII, do Regimento Interno, R E S O L V E: Art. 1º Suspender as férias regulamentares do servidor LUCIANO PEREIRA DA SILVA, Chefe de Gabinete de Conselheiro, matrícula nº , anteriormente marcadas para o período de 16 a 30 de julho de 2018, pelo Ato nº 180. Art. 2º Remarcar as férias suspensas na conformidade do artigo anterior para o período de 23 de julho a 6 de agosto de Conselheiro Severiano José Costandrade de Aguiar ATO Nº 170, DE 19 DE JULHO DE 2018 O VICE-PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO TOCANTINS, no uso das atribuições que lhe conferem o art º c/c art. 132, inciso I, da Lei n.º 1.284, de 17 de dezembro de 2001, art. 350, inciso I c/c art. 349, inciso VII, do Regimento Interno, R E S O L V E: Art. 1º Suspender a partir do dia 17 de julho de 2018, as férias regulamentares do servidor JOSE RIBAMAR MAIA JUNIOR, Auditor de Controle Externo, matrícula nº , anteriormente marcadas para o período de 16 a 30 de julho de 2018, pelo Ato nº 67/2018. Art. 2º Remarcar as férias suspensas na conformidade do artigo anterior para o período de 21 de janeiro a 03 de fevereiro de Conselheiro Severiano José Costandrade de Aguiar DESPACHOS O Tribunal de Contas do Estado, no exercício de suas competências constitucionais e legais, ao apreciar e/ou julgar as matérias sob sua jurisdição, proferiu as decisões abaixo identificadas, acerca das quais ficam os responsáveis, interessados e seus procuradores, no que couber, devidamente intimados e/ou citados para os fins de comunicação dos atos processuais, previstos no artigo 27 da Lei nº 1.284/2001, inclusive para interposição de Recursos, aprovada pelas Resoluções nº 341 e 342/2013. A publicação eletrônica no Boletim Oficial substitui qualquer outro meio de ciência que não esta, para quaisquer efeitos legais, à exceção dos casos que por lei, exigem a intimação ou vista pessoal. 1. Processo nº: 6518/ Classe de Assunto: 01 - Recursos 2.1 Assunto: 06 - Ação de Revisão 3. Responsável/Interessado(a): Cesar Hanna Halum CPF nº Órgão/Ente: Assembleia Legislativa 5. Procurador Constituído nos Autos: Não há 6. DESPACHO Nº 715/ Trata-se de Ação de Revisão interposto pelo Exmo. Senhor César Hanna Halum, presidente à época da Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins, em face do Acórdão nº 645/2015 TCE/TO 2ª Câmara, disponibilizado no Boletim Oficial nº 1409/2015, de 10/06/2015, proferido nos autos nº 1694/ O art. 61 da Lei Orgânica deste Tribunal de Contas (Lei Estadual nº 1.284/2001) estabelece que: Art. 61. Das decisões passadas em julgado em processos de prestação ou tomadas de contas caberá pedido de revisão. 6.3 Inicialmente, verifica-se que, com supedâneo no art. 63 da LOTCE/TO, o requerente possui interesse e legitimidade, haja vista a sucumbência na decisão atacada. 6.4 De igual modo, nos termos do artigo 64 da mesma norma e consoante certificado pela Secretaria do Pleno através da Certidão de Tempestividade nº 2320/2018, constata-se que a insurgência foi protocolizada dentro do prazo de 05 (cinco) anos estabelecido pela Lei Orgânica. Isso porque o Acórdão impugnado transitou em julgado em 28/01/2017, iniciando-se o prazo para interposição da Ação de Revisão no dia 30/01/2017, assim, o prazo final para ingresso com a presente Ação seria 30/01/2022, sendo a mesma protocolizada no dia 10/07/ Em uma análise ainda que perfunctória da presente Ação de Revisão, e sem prejuízo da competência conferida ao Pleno desta Corte de Contas, conforme determinado pelo art. 254 do Regimento Interno, não se verifica hipótese aparente de indeferimento liminar desta irresignação, conforme disposto pelos artigos 63, 1º da Lei Orgânica e 251 do Regimento Interno. 6.6 Não obstante as alegações constantes da petição inicial e sua complementar (Expediente nº 6798/2018), dentre elas os indícios de nulidade, devido ausência de

2 Boletim Oficial do TCE/TO Ano XI, N Palmas, 20 de julho de individualização de responsabilidades e inexistência de citação dos demais responsáveis solidários, frente a jurisprudência deste Corte de Contas (Acórdão TCE nº 157/2017 Pleno 29/03/2017 processo nº 11515/2012; Resolução TCE nº 421/2016 Pleno 23/11/2016 processo nº 10363/2013 e Acórdão TCE nº 371/2018 Pleno 20/06/2018 processo nº 13734/2016 e Resolução TCE nº 108/2016 Pleno de 06/04/2016 processo nº 3179/2015), nego o pedido de tutela de urgência de natureza antecipada, diante da competência restrita desta Presidência, ou seja, adstrita à admissibilidade da presente Ação (art. 63, da Lei Orgânica do TCE), posto que a análise de tais pontos deverão ficar a cargo do Relator, a ser sorteado para a Ação de Revisão. 6.7 Diante do exposto, recebo a presente Ação de Revisão somente no efeito devolutivo, ante às prescrições legais e regimentais desta Corte de Contas. 6.8 Encaminhem-se os autos à Secretaria do Plenário_SEPLE, para proceder à publicação do presente Despacho, com a devida certificação; 6.9 Após, encaminhem-se os autos à Coordenadoria de Protocolo Geral para que, em atendimento ao art. 251 do RITCE/TO, proceda à anexação do processo nº 1694/2007 à presente Ação de Revisão, observando-se as prescrições da IN nº 008/ Por fim, retorne-se à Secretaria do Pleno para sorteio de Relator, nos termos legais e regimentais e, em seguida, ao Gabinete do Conselheiro sorteado. Tribunal de Contas do Estado do Tocantins, Gabinete da Presidência, em Palmas, Capital do Estado, aos 20 dias do mês de julho de Conselheiro Severiano José Costandrade de Aguiar DECISÕES SINGULARES DESPACHOS TERCEIRA RELATORIA O Tribunal de Contas do Estado, no exercício de suas competências constitucionais e legais, ao apreciar e/ou julgar as matérias sob sua jurisdição, proferiu as decisões abaixo identificadas, acerca das quais ficam os responsáveis, interessados e seus procuradores, no que couber, devidamente intimados e/ou citados para os fins de comunicação dos atos processuais, previstos no artigo 27 da Lei nº 1.284/2001, inclusive para interposição de Recursos, aprovada pelas Resoluções nº 341 e 342/2013. A publicação eletrônica no Boletim Oficial substitui qualquer outro meio de ciência que não esta, para quaisquer efeitos legais, à exceção dos casos que por lei, exigem a intimação ou vista pessoal. 1. Expediente nº: 5830/ Classe de assunto: 15. Expediente 2.1. Assunto: 1. Relatório de Gestão Fiscal do Primeiro Quadrimestre de Responsável: Conselheiro Manoel Pires dos Santos CPF nº Entidade: Estado do Tocantins 4.1. Órgão: Tribunal de Contas do Estado do Tocantins 5. Relator: Conselheiro José Wagner Praxedes TERMO DE ALERTA O TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO TOCANTINS, por intermédio do Conselheiro Relator do processo em epígrafe, no uso da atribuição que lhe confere o inciso II do 1º do artigo 59 da Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal LRF) e ao disposto no 1º do art. 15, da Instrução Normativa TCE/TO nº 02/2017, ALERTA ao Presidente do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins, que a análise da documentação constante dos autos identificou que a despesa líquida de pessoal do Tribunal de Contas, no 1º quadrimestre de 2018, superou o limite máximo fixado para o Tribunal de Contas que é de 1,23% da receita corrente líquida: I Limite de alerta da despesa líquida com pessoal Verificação do Atendimento dos Limites Individuais Poder Limite de Alerta (90% do limite Limite Máximo Limite Prudencial (95% do limite máximo) máximo) Percentual alcançado pelo Poder (%) Tribunal de Contas 1,23% 1,17% 1,11% 1,31% * Percentuais calculados sobre a Receita Corrente Líquida de R$ ,44. * Despesa total com pessoal de R$ ,26.

3 Boletim Oficial do TCE/TO Ano XI, N Palmas, 20 de julho de Conforme exposto na tabela acima, a despesa com pessoal ultrapassou o limite máximo. Assim, obedecendo o disposto no art. 15, 2º, da Instrução Normativa TCE/TO nº 02/2017, expeço determinação ao Presidente do Tribunal de Contas indicando as restrições previstas no parágrafo único do art. 22 da LRF e retorno ao limite legal, nos termos e prazos previstos no art. 23 da mesma lei e 3º e 4º do art. 169 da Constituição Federal. Encaminhe-se à Secretaria do Plenário para cientificar o Presidente do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins e para publicar este alerta no Boletim Oficial, nos termos do art. 16, 2º da IN nº 02/2017. Após, encaminhe-se o feito à Coordenadoria de Análise de Contas e Acompanhamento da Gestão Fiscal para fins do disposto no art. 6º da IN nº 02/2017. GABINETE DA TERCEIRA RELATO- RIA, em Palmas, Capital do Estado, aos 20 dias do mês de julho de Conselheiro José Wagner Praxedes Relator QUARTA RELATORIA O Tribunal de Contas do Estado, no exercício de suas competências constitucionais e legais, ao apreciar e/ou julgar as matérias sob sua jurisdição, proferiu as decisões abaixo identificadas, acerca das quais ficam os responsáveis, interessados e seus procuradores, no que couber, devidamente intimados e/ou citados para os fins de comunicação dos atos processuais, previstos no artigo 27 da Lei nº 1.284/2001, inclusive para interposição de Recursos, aprovada pelas Resoluções nº 341 e 342/2013. A publicação eletrônica no Boletim Oficial substitui qualquer outro meio de ciência que não esta, para quaisquer efeitos legais, à exceção dos casos que por lei, exigem a intimação ou vista pessoal. 1. Expediente Nº: 6340/ Classe de Assunto: 15. Expediente 2.1. Assunto: 1. Expediente de Representação em face do Pregão Presencial Nº 07/2018, com o objetivo de registro de preços para locação de objetos de decoração, realizado pela Prefeitura Municipal de Alvorada/TO. 3. Representante: ZAILON MIRANDA LABRE RODRIGUES CPF nº Representados: PAULO ANTÔNIO DE LIMA SEGUNDO - Gestor CPF nº MILTON CÉSAR GUERRA - Secretário CPF nº BEATRIZ RODRIGUES CHAVES Presidente da Comissão de Licitação CPF nº RHAFAELA GUERRA TAKAHASHI - Pregoeira CPF nº Interessado(a): MC DECORAÇÕES & EVENTOS (MATHEUS ALVES DOS SANTOS) CNPJ / Órgão: Secretaria Municipal de Administração, Finanças e Planejamento de Alvorada/TO. 6. Relator: Conselheiro Napoleão de Souza Luz Sobrinho 7. Procuradores constituídos nos autos: Não há 8. DESPACHO Nº 432/ Tratam os presentes autos de Representação com pedido de Medida Cautelar Inominada apresentada pelo Ministério Público de Contas em face de Paulo Antônio de Lima Segundo, Prefeito Municipal de Alvorada/TO, Milton César Guerra, Secretário Municipal de Administração, Finanças e Planejamento, Beatriz Rodrigues Chaves, Presidente da Comissão de Licitação e Rhafaela Guerra Takahashi, Pregoeira e a empresa interessada MC Decorações & Eventos (Matheus Alves dos Santos), em razão de possíveis ilegalidades no Pregão Presencial 07/2018, com objetivo de locação de objetos de decoração, ornamentação, arranjos para Secretaria Municipal de Administração, Finanças e Planejamento de Alvorada/TO. 8.2 Em síntese, o representante alega: Em 27/06/2018, foi publicada no Diário Oficial do Estado do Tocantins nº 5142, página 49, a Ata de Registro de Preço do Pregão Presencial nº 007/2018/ADM, noticiando que a empresa Matheus Alves dos Santos foi vencedora do certame, com proposta no valor de R$ ,00 (quinhentos e cinquenta e nove mil e duzentos e sessenta reais), pelo período de 12 (doze) meses; A empresa vencedora do certame (MC Decorações & Eventos Matheus Alves dos Santos), foi criada em 23/05/2018, com capital social de R$ 3.000,00 (três mil reais). No SICAP-LCO não consta informação sobre o certame Pregão Presencial nº 007/2018/ADM, que contraria a Instrução Normativa TCE/TO nº 03/2017; O site da Prefeitura Municipal de Alvorada exige um cadastro prévio para ter acesso aos procedimentos licitatórios, que afronta o princípio da transparência na gestão pública; A qualificação técnica da empresa MC Decorações & Eventos (Matheus Alves dos Santos) é questionável, pois quando firmou o contrato questionado possuía apenas 34 (trinta e quatro) dias de existência, bem como pelo fato do capital social da empresa ser inferior 186 (cento e oitenta e seis) vezes menor do que o valor da Ata de Registro de Preço respectiva, violando o inciso XIII, do art. 4º, da Lei nº /2002, bem como o inciso II, do art. 30, da Lei nº 8.666/1993; A conclusão inicial é de que a empresa MC Decorações & Eventos (Matheus Alves dos Santos ) não apresentou a qualificação técnica necessária para contratar com o Município de Alvorada/TO; A escolha do objeto foi predominantemente voluptuária (decoração, arranjos florais, ornamentação), porém, foi considerada relevante pela Administração Pública, pois optou pela contratação do objeto mesmo sendo despesa de alto valor; Os recursos públicos devem ser utilizados no atendimento dos direitos prioritários da população. Para lastrear a afirmação citou a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 45, bem como o Recurso Especial (REsp) /SC; A população do Município de Alvorada no ano de 2017 foi estimada em habitantes, conforme informação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Assim, a contratação de ornamentação para eventos custará para cada habitante o valor de R$ 65,67 (sessenta e cinco reais e sessenta e sete centavos); Que 35% (trinta e cinco por cento) da população de Alvorada, cerca de 2981 pessoas, possuem rendimento nominal mensal per capita de até ½ salário-mínimo; O Município de Alvorada apresenta 6,8% de domicílios com esgotamento sanitário adequado. Que tal fato pode explicar a 1ª posição no ranking estadual e 183ª na posição nacional quando se refere a internações por diarreia. 8.3 Ao final, o Representante requereu a suspensão cautelar do procedimento licitatório, entre outras providencias. DO CABIMENTO DA REPRESENTAÇÃO 8.4 Do exame preliminar dos autos verifico que a peça apresenta linguagem clara e objetiva, assim como os fatos representados versam sobre matéria de competência desta Corte de Contas, razão pela qual observo que estão preenchidos os pressupostos de admissibilidade previstos no art. 142-A do Regimento Interno, razão pela qual conheço da presente representação. 8.5 Assim, o art. 110, caput, da Lei nº 1.284/2001, cabe ao Tribunal de Contas a fiscalização dos atos e contratos de que resultem receita ou despesa, praticados pelos responsáveis sujeitos à sua jurisdição. DA PLAUSIBILIDADE JURÍDICA DO

4 Boletim Oficial do TCE/TO Ano XI, N Palmas, 20 de julho de PEDIDO 8.6 O poder de cautela dos Tribunais de Contas decorre de suas competências atribuídas pela Constituição Federal, conforme elucida o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello: O TCU tem legitimidade para expedição de medidas cautelares (...) pois se acha instrumentalmente vocacionado a tornar efetivo o exercício (...) das múltiplas e relevantes competências que lhe foram diretamente outorgadas pelo próprio texto da Constituição da República. Isso significa que a atribuição de poderes explícitos, ao Tribunal de Contas, tais como enunciados no art. 71 da Lei Fundamental da República, supõe que se reconheça, a essa Corte, ainda que por implicitude, a possibilidade de conceder provimentos cautelares vocacionados a conferir real efetividade às suas deliberações finais, permitindo, assim, que se neutralizem situações de lesividade, atual ou iminente, ao erário. (...) Na realidade, o exercício do poder de cautela, pelo Tribunal de Contas, destina-se a garantir a própria utilidade da deliberação final a ser por ele tomada, em ordem a impedir que o eventual retardamento na apreciação do mérito da questão suscitada culmine por afetar, comprometer e frustrar o resultado definitivo do exame da controvérsia. (...) É importante rememorar, neste ponto, que o deferimento da medida liminar, resultante do concreto exercício do poder cautelar geral outorgado aos juízes e Tribunais, somente se justifica em face de situações que se ajustem aos pressupostos referidos no art. 7º, II, da Lei nº 1.533/51: a existência de plausibilidade jurídica ( fumus boni juris ), de um lado, e a possibilidade de lesão irreparável ou de difícil reparação ( periculum in mora ), de outro. 8.7 O instituto da MEDIDA CAUTE- LAR está previsto na Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins nº 1.284/2001, em seu artigo 19, que assim dispõe: Art. 19. É facultado ao relator do processo determinar outras medidas cautelares, de caráter urgente, quando houver justo receio de que o responsável possa agravar a lesão ou tornar difícil ou impossível a sua reparação. 8.8 Regulamentando as medidas cautelares, os artigos 162, II, e 200 do Regimento Interno do TCE/TO, estabelecem da seguinte forma: Art No início ou no curso de qualquer apuração, inspeção ou auditoria, se existirem indícios suficientes de que esteja sendo praticado ato que resulte dano ou prejuízo ao erário, o Tribunal, de ofício ou a requerimento do Ministério Público Especial junto ao Tribunal de Contas, poderá determinar, cautelarmente: (...) II a sustação temporária do ato apontado pelo agente de controle externo como ilegal, até que sejam concluídos os trabalhos ou que a irregularidade seja sanada. Art Nos termos da Lei Orgânica do Tribunal de Contas e deste Regimento, o Relator poderá submeter ao Tribunal Pleno medida cautelar indispensável à proteção do erário ou do patrimônio público, quando haja ameaça de grave dano de difícil e incerta reparação ou, ainda, nos casos em que seja necessário garantir a eficácia de decisão do Tribunal de Contas Como dito anteriormente, a questão a ser analisada neste momento é a existência do fumus boni iuris e do periculum in mora, pressupostos necessários para concessão da medida de urgência; portanto, passo a analisar o pedido de liminar formulado, especificamente quanto aos itens que configuram dano potencial e merecem a análise acautelatória Diante do apresentado, entendo que os elementos trazidos ao processo demonstram que o primeiro requisito para emissão de medida cautelar, o fumus boni iuris, a priori, tem indícios, haja vista a empresa MC Decorações & Eventos (Matheus Alves dos Santos) ter sido criada em 23/05/2018 com capital social de R$ 3.000,00 (três mil reais) e sendo vencedora do certame para locação de objetos de decoração, ornamentação e arranjos no valor de R$ ,00 (quinhentos e cinquenta e nove mil e duzentos e sessenta reais), ou seja, 186 (cento e oitenta e seis) vezes maior que seu capital social e tendo a mesma somente 34 (trinta e quatro) dias de existência, o que de acordo com os fatos apresentados pelo Representante do Ministério Público de Contas, a contratada não teria qualificação técnica necessária para firmar contrato com o Município de Alvorada/TO, aparentemente violando o art. 4º, inciso XIII da Lei Federal nº /2002 e art. 30 da Lei Federal nº 8.666/ Em que pese os fatos apresentados e indícios de irregularidades, entendo que antes de deferir o pedido de medida cautelar, se faz necessário oportunizar a manifestação dos responsáveis e da empresa contratada, para uma melhor elucidação dos fatos e instrução processual Deste modo, postergo o exame da medida cautelar para após o estabelecimento do contraditório, vez que os responsáveis pelas práticas dos atos supostamente ilegais, poderão apresentar as medidas corretivas que entenderem pertinentes, conforme as prerrogativas conferidas ao Administrador Público de rever seus próprios atos a qualquer tempo, se eivados de vícios (Súmula 473 STF), ou deixar de apresentá- -las e simplesmente justificar os fatos trazidos nesta representação Diante do exposto, DECIDO: CONHECER da presente Representação, por preencher os requisitos de admissibilidade previstos no art. 142-A e seguintes do Regimento Interno deste Sodalício Postergar o exame da medida cautelar para após o estabelecimento do contraditório; Determinar, à Coordenadoria de Protocolo Geral que: I proceda a autuação do Expediente como Representação em face do Pregão Presencial nº 07/2018, sem apor tratamento sigiloso, objetivando a tramitação aplicando a este feito os dispositivos constantes dos artigos 142-A, 143, caput, 147 a 149 do Regimento Interno, assim como demais prescrições previstas na Instrução Normativa TCE-TO nº09/2003 (alterada pela IN Nº03/2008) no que for compatível e atualize a lista dos responsáveis e interessado conforme cabeçalho deste despacho; Determinar a remessa dos presentes autos à Secretaria do Pleno deste Tribunal de Contas - SEPLE, para que adote as seguintes providências: I publicação deste despacho, nos termos do art. 341, 3º do Regimento Interno desta Corte, para que surta os efeitos legais necessários; Encaminhar os autos à Coordenadoria de Diligências para: I proceder a INTIMAÇÃO, via Sedex e dos Excelentíssimos Senhores Paulo Antônio de Lima Segundo (Gestor), Milton César Guerra (Secretário), Rhafaela Guerra Takahashi (Pregoeira) e Beatriz Rodrigues Chaves (Presidente da Comissão de Licitação) dos termos do presente Despacho, para, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, comprovar a atual situação do procedimento licitatório e encaminhar a este Tribunal cópia do Edital, Anexos e do contrato celebrado com a empresa MC Decorações & Eventos (Matheus Alves dos Santos ), CNPJ nº / , bem como comprovar que a mesma possui qualificação técnica, econômica, financeira e apresentar os documentos pertinentes à efetivação dos

5 Boletim Oficial do TCE/TO Ano XI, N Palmas, 20 de julho de pagamentos já autorizados e os ainda a serem liquidados desde a sua contratação, observando-se a documentação que lhe diga respeito, em especial as estabelecidas no art. 12 e 13 da Instrução Normativa TCE/TO nº 02/2008, alterada pela Instrução Normativa TCE/TO nº 01/2010 e demais documentos exigidos pela Lei nº 8.666/93, e, preste os esclarecimentos que entender pertinentes acerca do pedido de emissão de medida cautelar ora proposto; II promover a CITAÇÃO, por meio eletrônico de comunicação à distância, nos termos do art. 28, III da Lei Orgânica nº 1.284/2001, de 17/12/2001, e, caso seja necessário por via postal ou por meio de edital, dos Senhores Paulo Antônio de Lima Segundo (Gestor), Milton César Guerra (Secretário), Rhafaela Guerra Takahashi (Pregoeira) e Beatriz Rodrigues Chaves (Presidente da Comissão de Licitação), para que, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, apresentem justificativas e documentos quanto ao teor dos fatos narrados na representação, item 8.2 desse despacho, inteiro teor do expediente nº 6340/2018, todos os documentos juntados aos autos e comprovar que a empresa possui qualificação técnica, econômica e financeira; III promover a INTIMAÇÃO da interessada MC Decorações & Eventos (Matheus Alves dos Santos ), CNPJ nº / , empresa contratada, para que, caso queira, manifeste-se sobre os fatos Esclareço aos responsáveis e interessada que o processo tramita eletronicamente neste TCE/TO e estará integralmente disponível para acesso visando subsidiar a elaboração da defesa; 8.15 Desde já, concedo vistas e acesso em meio eletrônico destes autos aos responsáveis, interessados e procuradores devidamente constituídos, por meio do sítio eletrônico do Tribunal na internet, desde que devidamente habilitado no Tribunal, conforme regulamento especifico Considerando a previsão contida na IN/TCE-TO nº 13/2003 e no intuito de conferir celeridade aos procedimentos internos deste Tribunal de Contas, defiro a prorrogação dos prazos para apresentação de defesa, pelo mesmo período, para os pedidos protocolados dentro do prazo inicialmente estabelecido, ficando o Setor de Diligências autorizado a comunicar o deferimento aos responsáveis ou interessado postulante, após a certificação da tempestividade do pedido Configurada uma das hipóteses do inciso I do art. 32 da Lei nº 1.284/2001 com a certificação nos autos pelo Setor de Diligência (art. 32, parágrafo único), fica esta autorizada a proceder a CITAÇÃO/IN- TIMAÇÃO POR EDITAL, nos termos do art. 28, II c/c o art. 32, II da Lei nº 1.284, de 2001 e art. 205, V do RITCE/TO. Tribunal de Contas do Estado do Tocantins, Gabinete da Quarta Relatoria, em Palmas, Capital do Estado, aos 18 dias de julho de Napoleão de Souza Luz Sobrinho Conselheiro/Relator QUINTA RELATORIA O Tribunal de Contas do Estado, no exercício de suas competências constitucionais e legais, ao apreciar e/ou julgar as matérias sob sua jurisdição, proferiu as decisões abaixo identificadas, acerca das quais ficam os responsáveis, interessados e seus procuradores, no que couber, devidamente intimados e/ou citados para os fins de comunicação dos atos processuais, previstos no artigo 27 da Lei nº 1.284/2001, inclusive para interposição de Recursos, aprovada pelas Resoluções nº 341 e 342/2013. A publicação eletrônica no Boletim Oficial substitui qualquer outro meio de ciência que não esta, para quaisquer efeitos legais, à exceção dos casos que por lei, exigem a intimação ou vista pessoal. 1.Expediente nº: 5846/ Classe de assunto: 15. Expediente 2.1.Assunto: 01. Expediente Denúncia anônima registrada pelo sistema da Ouvidoria sob o nº relatando possível direcionamento de procedimento licitatório para a contratação de profissionais da área da saúde no Município de Araguanã TO 3.Denunciante: Anônimo 3.1. Denunciado: A apurar 4.Origem: Município de Araguanã TO 5.Órgão: Fundo Municipal de Saúde de Araguanã TO 6.Relatora: Conselheira DORIS DE MIRANDA COUTINHO 7. Representante do MP: Ainda não atuou 8. Procurador constituído nos autos: Não atuou 9. DESPACHO Nº 507/ Trata-se de Denúncia anônima registrada pelo sistema da Ouvidoria deste TCE sob o nº , apontando possível direcionamento de procedimento licitatório para a contratação de profissionais da área da saúde no Município de Araguanã TO Em averiguação preliminar, a Coordenadoria de Análise de Atos, Contratos e Fiscalização de Obras e Serviços de Engenharia, por meio do Parecer Técnico nº 86/2018, sugeriu a citação dos responsáveis, ante a constatação de indícios de direcionamento e favorecimento no procedimento licitatório Tomada de Preços nº 001/2018 (evento 3) Ocorre que a matéria tratada neste expediente é idêntica a outra apreciada por mim no expediente nº 6241/2018 (registrada pela Ouvidoria sob o nº ). Naquela ocasião a unidade técnica informou que os recursos financeiros são originários da Manutenção do Programa NASF (Núcleo de Apoio de Saúde da Família), Manutenção do Programa Saúde da Família e Manutenção do Programa Saúde Bucal, de responsabilidade do Ministério da Saúde, do Departamento de Atenção Básica Nesse sentido, inobstante observe a competência deste Tribunal para o julgamento das questões que envolvem a contrapartida do tesouro municipal, perfilho do entendimento de que o exame deve ser concentrado, face a utilização de recursos federais, evitando-se o conflito ou a sobreposição de decisões, a exemplo do que foi decidido por este TCE nas Resoluções nºs. 652/2013 TCE/TO Pleno e 538/2015 TCE/TO 1ª Câmara. Corrobora com esse argumento a jurisprudência do Tribunal de Contas da União, citadas em nota de rodapé Assim, tendo em vista a jurisdição do Tribunal de Contas da União e deste Tribunal de Contas do Estado do Tocantins, os trabalhos das Cortes de Contas devem ser racionalizados, evitando a sobreposição de competências e o constrangedor conflito de decisões Diante do exposto, DECIDO: Tomar conhecimento da presente Denúncia anônima; Determinar que a Secretaria do Pleno: a) dê ciência à Ouvidoria deste TCE acerca do resultado; b) adote as medidas necessárias a fim de que seja efetuada a publicação desta decisão no Boletim Oficial deste TCE, para que surta os efeitos legais e necessários; 9.7. Após, envie-se à Coordenadoria de Protocolo Geral para que se proceda o arquivamento. GABINETE DA 5ª RELATORIA, em Palmas, Capital do Estado do Tocantins, aos 19 dias do mês de julho de Conselheira Doris de Miranda Coutinho Relatora

6 Boletim Oficial do TCE/TO Ano XI, N Palmas, 20 de julho de Ouvidoria Você fala, o Tribunal de Contas ouve... e juntos vamos fiscalizar! ouvidoria@tce.to.gov.br Tribunal de Contas do Estado do Tocantins Presidente Cons. Manoel Pires dos Santos Vice-Presidente Cons. Severiano José Costandrade de Aguiar Corregedor Cons. André Luiz de Matos Gonçalves Conselheiros José Wagner Praxedes Napoleão de Souza Luz Sobrinho Doris de Miranda Coutinho Alberto Sevilha Conselheiros Substitutos Adauton Linhares da Silva Fernando César B. Malafaia Jesus Luiz de Assunção José Ribeiro da Conceição Leondiniz Gomes Márcia Adriana da Silva Ramos Márcio Aluízio Moreira Gomes Maria Luiza Pereira Meneses Moisés Vieira Labre Orlando Alves da Silva Wellington Alves da Costa Ministério Público de Contas Procurador-Geral Zailon Miranda Labre Rodrigues Procuradores José Roberto Torres Gomes Litza Leão Gonçalves Márcio Ferreira Brito Marcos Antônio da Silva Módes Oziel Pereira dos Santos Comissão Permanente de Licitação Elizamar Lemos dos Reis Batista - Presidente Marinês Barbosa Lima Roselena Paiva de Araújo Maria Filomena Rezende Leite Milca Cilene Batista de Araújo Jurídico Buenã Porto Salgado Helmar Tavares Mascarenhas Júnior Pregoeiros Elizamar Lemos dos Reis Batista Marinês Barbosa Lima Milca Cilene Batista de Araújo Roselena Paiva de Araújo Edição e editoração eletrônica Assessoria de Comunicação - ASCOM /5838/5937 ascom@tce.to.gov.br Tribunal de Contas do Estado do Tocantins Avenida Teotônio Segurado 102 Norte - Conj. 1, Lotes 1 e Palmas - TO Boletim Oficial do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins, órgão oficial de imprensa instituído pelo artigo 158 da Lei n (Lei Orgânica do TCE), de 17 de dezembro de 2001, e regulamentado pela Instrução Normativa N 01/2008, de 30 de abril de Site certificado pela Autoridade Certificadora do SERPRO Cadeia ICP-Brasil