Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da
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- Maria de Begonha Machado de Abreu
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1 Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Informação e Documentação Disciplina: Conservação e Restauração de Documentos Profa.: Lillian Alvares Tintas de Escrita
2 Tintas de escrita As tintas são constituídas de um pigmento e de um diluente, para dispersá-la e fazê-la fluir. Ao secar, esta tinta terá que fixar os pigmentos entre si e ao suporte, por meio de um adesivo ou aglutinante. Esta fixação ao suporte, pode ser feita por simples secagem ou por uma reação química realizada por mordentes, que interagem com o pigmento e o suporte.
3 Tintas da Antigüidade As tintas mais antigas conhecidas provêm do Egito e da China (cerca de a.c.) e eram compostas basicamente de negro de fumo (cinza de carvão) misturado com a goma-arábicaarábica ou a cola de peixe. Sua durabilidade resulta da estabilidade de seu componente principal, o pigmento de carbono. Com algumas alterações em sua composição, esta tinta foi levada para a Europa e seu uso foi quase exclusivo até o século XV.
4 Tintas da Antigüidade Negro de Fumo é um termo genérico usado para identificar uma ampla variedade de materiais carbonáceos finamente divididos, produzidos através da decomposição térmica controlada de hidrocarbonetos aromáticos. É largamente utilizado como agente reforçante para compostos de borracha, pigmentos para indústrias de tintas e de plásticos, protetor contra degradação por U.V. em certos polímeros, e aplicações onde se requer condutividade elétrica, entre outras.
5 Tintas da Antigüidade A tinta ferrogálica é composta de sulfato de ferro, ácido galotânico e um aglutinante, em geral a goma-arábicaarábica dissolvida em água. Formação da noz de galha. O ácido galotânico é um tanino extraído da noz de galha, formada no carvalho.
6 Tintas da Antigüidade Da junção do tanino com o sulfato ferroso surge o tanato ferroso. Ao ser aplicado no papel apresenta coloração débil, mas com a absorção do oxigênio, o tanato de ferro muda a cor para castanho escuro. Para facilitar a escrita, foi comum a adição de corantes a esta mistura.
7 Tintas da Antigüidade Usava-se se tinta preta para o texto, por vezes sépia; a tinta vermelha ficava reservada para os títulos de capítulos e para partes do texto a realçar. As outras cores e o ouro eram usadas nas iluminuras e para ornamentar as margens do livro
8 A corrosão do papel A corrosão do papel, observada em muitos manuscritos com tintas ferrogálicas, está intrinsecamente ligada a seus componentes básicos.
9 Tintas modernas As tintas modernas, produzidas para substituir as tintas ferrogálicas, mantêm algumas características quanto ao emprego de mordentes químicos (substância que liga certos corantes às fibras). Seus pigmentos sintéticos costumam ser frágeis à luz, à água e a produtos alcalinos. Destes, os de cor negra costumam apresentar maior resistência.
10 Tinta de hidrocor As tintas para canetas do tipo 'hidrocor', ou de pontas feltrosas, constituem-se se de anilinas dissolvidas em água e álcool. Caracterizam-se por sua pouca resistência à luz e à água. Entretanto não causam danos ao papel.
11 Tintas tipo nanquim A tinta hoje denominada Da China ou 'Nanquim', é uma adaptação da antiga fórmula da tinta da China. Suas propriedades continuam as mesmas, já sendo comercializada em canetas, para fins arquivísticos, em documentos de caráter permanente. Com o passar do tempo fixam-se cada vez mais ao papel. Sua cor negra é permanente.
12 Tintas de esferográficas As tintas esferográficas, a base de anilinas, possuem como aglutinante uma resina sintética viscosa, cuja função é sua distribuição uniforme e a secagem rápida na superfície do papel.
13 Grafite Empregado para escrever, podemos também considerar o grafite como uma forma de tinta, mesmo que não possua as mesmas características. O grafite tem, como o carvão, características de permanência em relação à luz, à água e aos microorganismos, sendo aconselhado para anotações em documentos, em vista de sua inocuidade para o papel.
14 Tintas de impressão As tintas de impressão podem ser classificadas em tipográficas, lito ou zincográficas, off-set etc. O aglutinante original, um verniz oleoso, em geral de óleo de linhaça, vem sendo substituído por resinas sintéticas. Estas tintas costumam apresentar permanência, especialmente as de cor negra, pois utilizam pigmentos à base de carbono amorfo. Escrita com máquina datilográfica com correção de tinta ferrogálica
15 Tintas de carimbo e impressão As tintas de carimbo e de impressão, constituídas de pigmentos sintéticos, devem ser permanentes.
16 Tintas de copiadoras Xerox Estas tintas são compostas do pigmento e de um toner, que é o aglutinante e fixativo, ativado com calor. Os pigmentos pretos das copiadoras xerográficas são compostos de negro de fumo, sendo por isto considerados permanentes. Os problemas que costumam ocorrer com estas tintas referem- se à fixação, muitas vezes pela dosagem incorreta de toner, insuficiente ou em excesso.
17 Tintas de impressoras As tintas de impressoras matriciais são permanentes, comparadas às impressões das máquinas de escrever. As tintas de impressoras laser apresentam formulações à base de negro de fumo ou carbono,, semelhantes às das copiadoras xerox, e por isto costumam ser permanentes. As tintas das impressoras jato de tinta são anilinas e correspondem, por sua pouca resistência à luz, às tintas das canetas tipo hidrocor. 17
18 Tintas permanentes Tintas estáveis ou permanentes são apenas aquelas que que reúnem as seguintes características: Estabilidade de exposição à luz e a temperaturas até 93º C Secagem rápida sobre o papel Ausência de migração para o suporte durante e depois da escrita ou impressão Neutralidade ou leve alcalinidade Inocuidade ao suporte celulósico Insolubilidade em água, solventes orgânicos e oxidantes
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