Norma Técnica SABESP NTS 139
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1 NTS 139 TINTA ESMALTE SINTÉTICO Especificação São Paulo Maio
2 NTS 139 : 2001 S U M Á R I O 1 OBJETIVO REFERÊNCIAS NORMATIVAS E DOCUMENTOS COMPLEMENTARES CONDIÇÕES GERAIS Aparência do componente Aparência do produto pronto para aplicação Embalagem Estabilidade à armazenagem Diluição Identificação CONDIÇÕES ESPECÍFICAS Características da película seca INSPEÇÃO E ENSAIOS Confecção dos corpos-de-prova Inspeção visual Ensaios CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO /05/01
3 NTS 139 : OBJETIVO TINTA ESMALTE SINTÉTICO Especificar as características para a tinta esmalte sintético. Esta tinta é fornecida na forma de um componente (tinta monocomponente). 2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E DOCUMENTOS COMPLEMENTARES As normas e/ou documentos relacionados a seguir contêm informações complementares a esta Norma. NTS 039:1999 NTS 041:1999 NBR 5829:1984 NBR 7135:1981 NBR 7340:1982 NBR 8094:1983 NBR 8095:1983 NBR 8096:1983 NBR 8621:1984 NBR 9558:1986 NBR 9676:1986 NBR 10545:1988 ASTM D 523:1994 ASTM D 1308:1993 SIS : CONDIÇÕES GERAIS "Tintas - Medição de espessura de película seca" "Inspeção de aderência em revestimentos anticorrosivos" "Determinação do teor de substâncias voláteis e não-voláteis" "Pigmentos - grau de dispersão no veículo de uma tinta" "Determinação da massa específica" "Materiais metálicos revestidos e não-revestidos - corrosão por exposição à névoa salina" "Material metálico revestido e não-revestido - corrosão por exposição à atmosfera saturada" "Material metálico revestido e não-revestido - corrosão por exposição ao dióxido de enxofre" "Determinação do volume dos sólidos" "Determinação de tempo de secagem" "Determinação do poder de cobertura" "Determinação da flexibilidade por mandril cônico" "Standard Test Method for Specular Gloss" "Standard Test Method for Effect of Household Chemicals on Clear and Pigmented Organic Finishes" "Pictorial Surface Preparation Standards for Painting Steel Surface" 3.1 Aparência do componente A tinta deve apresentar-se homogênea, sem pele e espessamento, quando observada em lata recém-aberta. Caso apresente alguma sedimentação, esta deve ser facilmente homogeneizável. 3.2 Aparência do produto pronto para aplicação O produto final deve apresentar consistência uniforme. 3.3 Embalagem Na vedação das embalagens não deve ser utilizado material passível de causar degradação ou contaminação da tinta. 08/05/01 1
4 NTS 139 : 2001 As embalagens devem apresentar-se em bom estado de conservação, devidamente rotuladas ou marcadas na superfície lateral, conforme as exigências desta norma (veja item 3.6). As embalagens devem conter, no mínimo, a quantidade citada na respectiva identificação. 3.4 Estabilidade à armazenagem Esta tinta deve apresentar estabilidade à armazenagem em embalagem fechada a temperatura inferior à 40 C, que garanta sua utilização por no mínimo 12 meses após a data de fabricação. Admite-se a revalidação deste prazo de utilização por dois períodos adicionais de 6 meses, mediante repetição e aprovação prévia dos ensaios executados por ocasião do fornecimento. 3.5 Diluição Quando necessário, para facilitar sua aplicação, esta tinta pode ser diluída conforme instruções do fabricante. 3.6 Identificação As embalagens devem trazer, no rótulo ou em seu corpo, no mínimo, as seguintes informações: - tinta esmalte sintético; - diluente a utilizar; - quantidade contida no recipiente, em litros ou quilogramas; - nome e endereço do fabricante; - número ou sinal que identifique o lote de fabricação; - data de fabricação e de validade do produto. 4 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS Esta tinta, quanto à sedimentação, pode apresentar algum depósito facilmente homogeneizável (manualmente). A identificação da resina deve ser efetuada por espectroscopia na região do infravermelho. O espectro obtido após a evaporação dos solventes deve apresentar as bandas características da resina esmalte sintético. Os requisitos do produto pronto para aplicação são apresentados na Tabela 1. Tabela 1 - Requisitos do produto pronto para aplicação Ensaios Requisitos mínimos Norma Sólidos por volume, % 60 NBR 8621:1984 Tempo de secagem para repintura, h Deve-se seguir o tempo NBR 9558:1986 recomendado pelo fabricante* Poder de cobertura, mm Ver tabela 2 NBR 9676:1986 * Na falta deste, recomenda-se um intervalo mínimo de 16 horas e máximo de 48 horas entre demãos. 2 08/05/01
5 NTS 139 : 2001 Tabela 2 - Valores máximos de poder de cobertura, de acordo com a cor da tinta Cor Alaranjado-segurança, amarelo-ouro, amarelo-segurança, creme-claro, verde-pastel, vermelho-segurança Valor máximo (em mm)* Azul-pastel, branco, cinza-claro, cinza-gelo, creme-canalizações, verdesegurança 15 Azul-segurança, cinza-escuro, marrom-canalizações, óxido de ferro, preto 10 (*) Conforme NBR Características da película seca Para avaliar a película seca, devem ser preparados corpos-de-prova aplicando a tinta em chapas conforme descrito no item 5.1. As características exigidas da película seca são apresentadas na tabela 3 e no item 6 - Critérios de Aceitação. Tabela 3 - Características da película seca Ensaios Espessura da película seca (µm) Requisitos mínimos Norma Aderência 20 a 30 Gr 1 NTS 041:1999 Brilho a 60, UB 40 a ASTM D 523:1994 Resistência à névoa salina, h 40 a NBR 8094:1983 Resistência à 100% de umidade relativa, h 40 a NBR 8095:1983 Resistência ao SO 2, (2,0 litros), ciclos 40 a 60 3 NBR 8096:1983 Resistência à imersão em água destilada, 40 C, h Dobramento sobre mandril cônico, alongamento, % 5 INSPEÇÃO E ENSAIOS 40 a ASTM D 1308: a NBR 10545: Confecção dos corpos-de-prova a) Para a realização dos ensaios de caracterização da película seca, a tinta a ser ensaiada será aplicada em corpos-de-prova confeccionados em chapas de aço-carbono ABNT 1010 ou ABNT 1020, com as seguintes dimensões: 200 mm x 100 mm e espessura mínima de 1,0 mm. Para manter suspensas as chapas durante a aplicação da tinta e/ou durante os ensaios de imersão, deve-se fazer um furo central, a 20 mm da borda superior, com um diâmetro médio de 3 mm (ver Figura 1). Opcionalmente, podem ser feitos dois furos nos cantos superiores, a uma distância de 20 mm de cada uma das bordas (ver Figura 2). 08/05/01 3
6 NTS 139 : mm 20 mm ø 3 mm 1 mm (mínimo) 100 mm Figura 1 - Ilustração esquemática do corpo-de-prova para aplicação de tinta (furo central) 3 mm 200 mm 20 mm 20 mm 1 mm (mínimo) 100 mm Figura 2 - Ilustração esquemática do corpo-de-prova para aplicação de tinta (furos nas bordas) b) No caso de armazenamento das chapas para posterior aplicação da tinta, é necessária a aplicação de um protetivo temporário (óleo ou graxa), para evitar a ocorrência de corrosão superficial. Este protetivo temporário deve ser quimicamente inerte, não contendo ácidos ou substâncias que, em presença de umidade ou oxidantes, possam reagir com as chapas. Além disso, este protetivo deve ser de fácil remoção. 5.2 Inspeção visual Verificar se as condições indicadas nos itens 3.1, 3.2, 3.3, 3.4 e 3.6 estão atendidas e rejeitar o fornecimento do lote reprovado na inspeção. 4 08/05/01
7 NTS 139 : Ensaios Os ensaios a serem executados constam das Tabelas 1 e 3 e do item 4. Para a realização dos ensaios indicados na Tabela 3, devem ser observadas as condições descritas a seguir: - A aplicação da tinta nas chapas deve ser feita no mínimo 15 minutos após a mistura e homogeneização dos componentes. - A preparação da superfície sobre a qual a tinta vai ser aplicada deve ser feita por meio de jateamento abrasivo ao metal quase branco, de acordo com a seguinte seqüência: - a) remover todo óleo ou graxa da superfície da chapa, pelo emprego de água com detergente ou solventes; - b) jatear ao metal quase branco, padrão de limpeza Sa2½ (norma SIS :1998). O perfil de ancoragem deve ser de 50 µm a 75 µm, no máximo; - c) limpar a superfície jateada com jato de ar seco ou com aspirador; - d) fazer uma limpeza final com o uso de solventes, de maneira a eliminar qualquer oleosidade residual. Os ensaios da Tabela 3 devem ser realizados após o tempo recomendado pelo fabricante para a completa cura da tinta. Durante este período, os painéis devem ser mantidos à temperatura de (25 ± 2) C e umidade relativa de (60 ± 5)%. A tinta deve ser aplicada preferencialmente por meio de pistola. Para o ensaio de resistência à névoa salina, deve ser feito um único entalhe no centro da chapa, paralelo a sua maior dimensão, a uma distância de 30 mm das bordas superior e inferior (ver Figura 3). 30 mm 30 mm Figura 3 - Ilustração esquemática do entalhe no corpo-de-prova para ensaio em névoa salina As bordas devem ser protegidas adequadamente, a fim de evitar o aparecimento prematuro de processo corrosivo nesse local. 08/05/01 5
8 NTS 139 : CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO a) Após 72 horas de ensaio de névoa salina, não deve ser observada a presença de bolhas ou de pontos de corrosão na superfície ensaiada da película. b) Após 72 horas de ensaio em câmara úmida saturada, não deve ser observada a presença de pontos de corrosão ou formação de bolhas na película. Admite-se alteração de cor da película. c) Após 3 ciclos de ensaio em câmara de SO 2, não deve ser observada a presença de pontos de corrosão ou formação de bolhas na película. Admite-se alteração de cor da película. d) Após 48 horas de ensaio de imersão em água destilada à 40 C, não deve ser observada a presença de pontos de corrosão ou formação de bolhas na película. 6 08/05/01
9 NTS 139 : 2001 TINTA ESMALTE SINTÉTICO Considerações finais: 1) Esta norma técnica, como qualquer outra, é um documento dinâmico, podendo ser alterada ou ampliada sempre que for necessário. Sugestões e comentários devem ser enviados à Divisão de Normas Técnicas TDGN. 2) Tomaram parte na elaboração desta Norma: ÁREA UNIDADE DE TRABALHO NOME T TDDP Airton Checoni David T TDDP Pedro Jorge Chama Neto T TDGN Maria Célia Goulart IPT Consultor Sidney Oswaldo Pagotto Júnior IPT Consultora Zehbour Panossian 08/05/01
10 NTS 139 : 2001 Sabesp - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo Diretoria Técnica e Meio Ambiente - T Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico - TD Divisão de Normas Técnicas - TDGN Rua Costa Carvalho, CEP São Paulo - SP - Brasil Telefone: (011) / FAX: (011) lrodello@sabesp.com.br - Palavras-chave: tinta, esmalte sintético, revestimento, tratamento de superfície - 06 páginas 08/05/01
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