Norma Técnica Interna SABESP NTS 040
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- Bernardo Espírito Santo Franco
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1 Norma Técnica Interna SABESP NTS 040 Inspeção por líquido penetrante Procedimento São Paulo Julho
2 NTS 040 : 1999 Norma Técnica Interna SABESP S U M Á R I O 1 OBJETIVO CONDIÇÕES GERAIS Tipo de líquido penetrante, de removedor e de revelador Preparação da superfície Materiais e produtos de limpeza Tempo de secagem após a limpeza prévia Aplicação do líquido penetrante Remoção de excesso de líquido penetrante Secagem Observação Aplicação do revelador EXECUÇÃO DO EXAME REGISTRO DOS RESULTADOS CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO Notas sobre os padrões de aceitação QUALIFICAÇÃO DE PROCEDIMENTO /07/1999
3 Norma Técnica Interna SABESP NTS 040 : 1999 Inspeção por líquido penetrante 1 OBJETIVO Estabelecer o procedimento para detecção de descontinuidades abertas para a superfície, tais como: trinca, dupla laminação, porosidade e segregação, em materiais não porosos. 2 CONDIÇÕES GERAIS 2.1 Tipo de líquido penetrante, de removedor e de revelador Para os testes realizados em chapas ou soldas instaladas no campo, deverão ser utilizados os líquidos penetrantes do tipo visível removível com solvente ou visível lavável com água. 2.2 Preparação da superfície A superfície a ser examinada e todas as áreas adjacentes, dentro de pelo menos 25mm, devem estar secas, sem graxa, óleo, ferrugem ou sujeira, e no caso de soldas, toda a escória deve ser cuidadosamente removida. Recomenda-se evitar a limpeza por jato abrasivo, porém quando for imprescindível a sua utilização, deve ser empregada areia de granulação fina. 2.3 Materiais e produtos de limpeza Podem ser usados detergentes, solventes orgânicos, soluções para decapagem e removedores de tinta, podendo-se também, usar limpeza ultrasônica e métodos do tipo vapor degreasing. Não é permitido o uso de solventes orgânicos que contenham frações pesadas, causadoras de depósitos oleosos sobre a superfície em exame, tais como: gasolina e querosene. 2.4 Tempo de secagem após a limpeza prévia A superfície a ser examinada, depois da limpeza e antes da aplicação do líquido penetrante, deve secar por evaporação normal do produto utilizado ou jato de ar quente, não devendo o tempo de secagem ser inferior a 5 minutos. 2.5 Aplicação do líquido penetrante Pode ser feita com utilização de pincel, imersão ou pulverização por meio de ar comprimido, neste caso deve ser prevista a instalação de filtros na linha de ar para evitar a contaminação do líquido penetrante com água, óleo ou materiais estranhos. A camada de líquido penetrante aplicada à superfície deve ser homogênea e cobrir com uniformidade a área a ser examinada mais 25 mm das áreas adjacentes. A temperatura da peça a ser examinada deve estar compreendida entre 16 ºC e 52 ºC para a execução do teste. O tempo de penetração do líquido penetrante deve ser suficiente para que haja completa penetração nas descontinuidades, não devendo ser inferior a 10 minutos. 2.6 Remoção de excesso de líquido penetrante O excesso de líquido penetrante deve ser removido com panos ou materiais absorventes limpos, secos e levemente umedecidos com solventes ou lavados com água (conforme o tipo de líquido penetrante utilizado). 2.7 Secagem Após a remoção do excesso de líquido penetrante, a superfície deve secar por evaporação normal, jato de ar ou com a utilização de material absorvente. Para evaporação normal, deve-se aguardar no mínimo 5 minutos. 2.8 Observação Em todos os passos do processo onde é especificado limpeza, não devem ser utilizados materiais que possam prejudicar a boa resolução do ensaio, tais como os que deixam fiapos ou que contenham óleo ou graxa. No caso de se fazer a remoção do excesso de líquido penetrante com utilização de jato de água, a pressão deste não deve exceder 3,5 kgf/cm 2, e a 30/07/1999 1
4 NTS 040 : 1999 Norma Técnica Interna SABESP temperatura não pode ser superior a 43ºC. No caso de se fazer a remoção do excesso de líquido penetrante por solvente, deve-se aplicá-lo com cuidado, evitando o seu uso excessivo para não provocar a retirada do líquido penetrante de dentro das descontinuidades. As áreas que contenham pigmentação que possa ocultar descontinuidades não devem ser aceitas, o por conseguinte devem ser limpas e reexaminadas. 2.9 Aplicação do revelador O revelador deve ser aplicado logo que o excesso de líquido penetrante tenha sido removido e a secagem especificada tenha sido efetuada. Para líquido penetrante visível só pode ser usado o revelador úmido. Na aplicação do revelador não é permitido o uso de pincéis, escovas ou similares. Na aplicação do revelador úmido, o recipiente deve ser agitado, de modo a assegurar a homogeneidade do produto e manter as partículas sólidas em suspensão. A aplicação do revelador deve ser feita de modo a obter-se uma camada fina e uniforme sobre toda a superfície a ser examinada. 3 EXECUÇÃO DO EXAME O exame deve ser executado com iluminação adequada para assegurar que não haja nenhuma perda de sensibilidade. A intensidade mínima de luz recomendada para líquidos penetrantes visíveis é 350 lux. De forma a evitar que a difusão excessiva do líquido penetrante no revelador dificulte a interpretação, uma observação inicial deve ser efetuada imediatamente após a aplicação do revelador. A interpretação final de exame deve ser efetuada após 7 e até 30 minutos de aplicação do revelador. Se a superfície a ser examinada for muito grande, o exame deve ser feito subdividindo-a em partes adequadas à exigência acima, as quais deverão ser examinadas separadamente. Áreas contendo excesso de líquido penetrante que possam esconder descontinuidades não devem ser aceitas e, por conseguinte, devem ser limpas e reexaminadas. 4 REGISTRO DOS RESULTADOS Após a inspeção, deverá ser feito um croqui indicando as descontinuidades encontradas, a partir de um ponto de referência. Esse ponto deverá ser puncionado na chapa do metal base, junto ao encontro dos cordões da solda circunferencial, na geratriz superior do tubo, sendo que as medidas deverão ser tomadas sempre à partir desse ponto, no sentido horário, considerando-se o fluxo. Em peças onde não for possível a utilização do esquema acima o ponto de referência deverá ser puncionado na peça e será executado um desenho, que acompanhará o relatório, indicando precisamente sua localização. 5 CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO Para a determinação das dimensões limites dos defeitos em solda, serão adotados os valores constantes da tabela 1. Tabela 1 - Dimensões limites de defeitos Tipo defeito de Falta de fusão ou penetração incompleta Dimensões limites Comprimento t/2, máximo 10mm Mordedura Para prof. t/10, máx.1,0mm - comprimento= 50mm Para prof. t/20, máx.0,6mm comprimento= 100mm Mordedura rasa com prof.máx. de 0,3mm pode ser aceita desde que a forma e o efeito do grau de entalhe não sejam consideradas prejudiciais pelo INSPETOR Trincas Não aceitável t= espessura da chapa 2 30/07/1999
5 Norma Técnica Interna SABESP NTS 040 : Notas sobre os padrões de aceitação Quando os defeitos alongados estiverem situados em linha e a distância entre eles for menor que o comprimento do maior defeito, serão avaliados como um defeito contínuo. Qualquer acúmulo de inclusão de escórias, penetração incompleta, desalinhamento, cavidade ou mordeduras serão julgadas como o mais sério defeito em questão. A observação de trinca fará com que maior extensão de juntas venham a ser submetidas à inspeção não destrutiva, e seja feita uma revisão do procedimento de soldagem. A profundidade dos defeitos, pode ser medida por meio mecânico. 6 QUALIFICAÇÃO DE PROCEDIMENTO O emprego de qualquer outro tipo de líquido penetrante, que não o especificado neste procedimento, implicará na emissão de um novo procedimento de inspeção, que deverá ser submetido à apreciação da SABESP, através de seu órgão de controle tecnológico, que julgará sobre a possibilidade ou não da sua utilização. Inspeção por líquido penetrante Considerações finais: 1) Esta norma técnica, como qualquer outra, é um documento dinâmico, podendo ser alterada ou ampliada sempre que for necessário. Sugestões e comentários devem ser enviados à Divisão de Normalização Técnica - TDSN. 2) Tomaram parte na elaboração desta Norma. ÁREA UNIDADE DE NOME TRABALHO T TSTE Adilson Menegatte Mello Campos T TSTE Valter Roberto Armonas T TSTE Marcos Takayama T TDSN Airton Checoni David 30/07/1999 3
6 NTS 040 : 1999 Norma Técnica Interna SABESP Sabesp - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo Diretoria Técnica e Meio Ambiente - T Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico - TD Departamento de Serviços Tecnológicos e Acervo - TDS Divisão de Normalização Técnica - TDSN Rua Dr. Carlos Alberto do Espírito Santo, CEP São Paulo - SP - Brasil Telefone: (011) / FAX: (011) sabestds@unisys.com.br Palavras Chave: Líquido penetrante, inspeção - 03 páginas 4 30/07/1999
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