Norma Técnica SABESP NTS 186
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- Paula Azenha Barateiro
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1 Norma Técnica SABESP NTS 186 Aplicação de massa epóxi sem solvente Procedimento São Paulo Outubro
2 NTS 186 : 2002 Norma Técnica SABESP S U M Á R I O 1 OBJETIVO APLICABILIDADE NORMAS E DOCUMENTOS COMPLEMENTARES RECOMENDAÇÕES GERAIS PROCEDIMENTO DE APLICAÇÃO INSPEÇÃO E ENSAIOS Inspeção visual Ensaios /10/2002
3 Norma Técnica SABESP NTS 186 : OBJETIVO Aplicação de massa epóxi sem solvente Especificar o procedimento correto para a aplicação da massa epóxi sem solvente sobre substratos metálicos. A massa epóxi sem solvente é fornecida na forma de dois componentes (bicomponente), A e B, e os requisitos mínimos que deve apresentar estão descritos na NTS 183:2002 Massa epóxi sem solvente. Nota: a massa epóxi sem solvente é uma alternativa para situações que envolvam a recuperação de equipamentos, estruturas ou componentes cujo revestimento foi danificado ou removido e que necessitam de um reparo rápido. Desta forma, a especificação para utilização desta massa não tem por objetivo substituir os esquemas de pintura já utilizados pela Sabesp, mas sim fornecer uma alternativa para reparos de revestimentos em situações difíceis, tais como na proteção de juntas de campo. Serão apresentados os cuidados necessários no preparo da superfície a ser revestida, o procedimento de aplicação e os requisitos de inspeção do revestimento após aplicação. 2 APLICABILIDADE Recomenda-se o uso da massa epóxi sem solvente para situações que exijam um reparo rápido de equipamentos, estruturas ou componentes confeccionados em material metálico, nos quais as condições de preparo de superfície, aplicação de revestimentos, umidade relativa do ar e/ou tempo de secagem/cura não permitam a utilização dos esquemas de pintura já em uso pela Sabesp. A massa epóxi pode ser aplicada em locais imersos, sob chuva e em locais onde a umidade relativa do ar seja superior a 85%. Entretanto somente após duas horas de cura, ela pode ser submetida a jatos de água ou elementos abrasivos. Na Sabesp, algumas situações em que normalmente se utiliza a massa epóxi sem solvente são: reparo do revestimento em juntas de campo, revestimentos internos em peças especiais (nas quais a aplicação de tinta líquida é difícil), reparos de revestimentos em sistemas de proteção catódica e outras situações nas quais o uso de tintas convencionais não se aplica. 3 NORMAS E DOCUMENTOS COMPLEMENTARES As normas e/ou documentos relacionados a seguir contêm informações complementares a esta norma. NTS 085:2001 Preparo de superfícies metálicas para pintura NTS 183:2002 Massa epóxi sem solvente SIS :1998 Pictorial surfaces preparation standards for painting steel surfaces 4 RECOMENDAÇÕES GERAIS Todas as etapas de preparo de superfície e da aplicação da massa epóxi sem solvente devem ser acompanhadas por profissionais treinados. A não-observância rigorosa do procedimento acima descrito poderá comprometer o seu desempenho, mesmo que a massa seja de excelente qualidade. Amostras da massa, após misturada, devem ser analisadas por espectrofotometria na região do infravermelho para identificação da resina. A não-constatação do tipo de resina especificado deve ser motivo de rejeição. 31/10/2002 1
4 NTS 186 : 2002 Norma Técnica SABESP Se após preparada a superfície, a aplicação da massa não for realizada na mesma jornada e se houver a presença de sais no ambiente (por exemplo: maresia), deve-se limpar as superfícies previamente preparadas com água abundante ou, no mínimo, com pano umedecido com água. Caso não haja a presença de sais no ambiente, dispensa-se a limpeza com água. As superfícies usinadas de flanges e conexões devem ser protegidas do jateamento abrasivo. Esta proteção pode ser feita através de um tampo de madeira ou similar. Antes da aplicação da massa epóxi, a superfície previamente preparada deve ser inspecionada quanto a pontos de corrosão, graxa e outros materiais estranhos. Se for constatada sua presença, estes devem ser removidos. Toda superfície, antes da aplicação da massa epóxi, deve sofrer um processo de limpeza por meio de escova ou vassoura de pêlo, sopro de ar ou pano úmido para remoção de poeira. Recomenda-se que a mistura dos componentes seja feita de maneira que a quantidade obtida possa ser aplicada, de forma adequada, dentro do tempo de vida útil da mistura. O tempo de vida útil é especificado pelo fabricante da massa epóxi. Na falta desta informação, recomenda-se que a massa seja aplicada em, no máximo, 20 minutos após a sua homogeneização. O aplicador deve usar luvas de borracha e proteção adequada para a pele. A massa epóxi é fornecida na forma de dois componentes distintos, que devem ser homogeneizados de acordo com as instruções do fornecedor, até a obtenção de uma massa de cor uniforme e não haja mais traços da cor original de cada um dos componentes. Recomenda-se a manutenção da luva sempre molhada, de forma a evitar que a massa grude. Embora seja recomendado que as luvas estejam sempre molhadas, deve-se evitar o uso de água em excesso na mistura dos componentes, pois isto pode diminuir a resistência do composto curado. A massa, ao ser aplicada, deve estar homogeneizada e deve ser comprimida continuamente, de maneira a eliminar, o máximo possível, bolhas após a cura da resina. As sobras de material e embalagens vazias devem ser descartadas de acordo com as leis ou normas locais. A espessura do revestimento que está sendo aplicado pode ser verificada com o auxílio de um equipamento apropriado. Quaisquer áreas finas poderão ser engrossadas, e eventuais bolhas de ar, reparadas. O objetivo não é obter um efeito cosmético perfeito, mas uma camada de espessura uniforme e sem defeitos. Se ultrapassado o tempo de cura da massa após homogeneizada, a mesma começa a curar, adquirindo um comportamento parecido com uma borracha. Ao atingir este ponto, o material precisa ser descartado, pois não será mais possível obter um revestimento com as características desejadas. 5 PROCEDIMENTO DE APLICAÇÃO Antes da aplicação da massa epóxi sem solvente, deve-se observar as recomendações contidas no item 4. Em caso de dúvidas durante a limpeza da superfície para a aplicação da massa, recomenda-se consultar a NTS 085 Preparo de superfícies metálicas para pintura. A seguir, está apresentada a seqüência para aplicação adequada da massa epóxi sem solvente: - Se for verificada a presença de óleos e graxas, esfregar a superfície contaminada com panos limpos embebidos em xilol. 2 31/10/2002
5 Norma Técnica SABESP NTS 186 : Jatear ao metal quase branco, padrão de limpeza Sa2 ½ (norma SIS :1998). Se não for possível a utilização de jato abrasivo, seco ou úmido, é admissível que o substrato metálico, na região a ser reparada, seja preparado através do uso de ferramentas mecânicas (esmerilhadeiras, escovas rotativas, lixadeiras mecânicas ou similares ver NTS 085). De qualquer forma, o método escolhido deve garantir a obtenção de uma superfície bem preparada, livre de resíduos de solda, ferrugem, tinta antiga ou outros tipos de materiais estranhos. - Limpar a superfície preparada com ar comprimido seco, com escovas de cerdas flexíveis ou com aspirador, de forma a remover os resíduos existentes. - Fazer uma limpeza final com uso de solventes, de maneira a eliminar qualquer oleosidade residual. - Aplicar, manualmente, a massa epóxi sem solvente. A aplicação da massa deve ser feita de maneira a cobrir toda a superfície metálica exposta. O aplicador deve alisar o revestimento com as mãos (protegidas por luvas) ou com o auxílio de rolos, comprimindo a massa epóxi contra o substrato metálico de forma a obter uma espessura o mais uniforme possível. A espessura a ser obtida dependerá da finalidade a que se propõe a aplicação do revestimento. No entanto, não se recomenda a aplicação de espessuras inferiores a 1 mm (1000 µm). 6 INSPEÇÃO E ENSAIOS 6.1 Inspeção visual Terminada a aplicação da massa epóxi sem solvente, a região reparada deve estar revestida em toda sua extensão. Se durante a inspeção visual forem observados pontos de destacamento, formação de bolhas ou qualquer outro tipo de defeito na superfície revestida, a massa deverá ser retirada e o trabalho, refeito. 6.2 Ensaios Após terminado o reparo, a massa epóxi deve ser ensaiada conforme tabela 1. Tabela 1 Ensaios de verificação Ensaios Requisitos mínimo máximo Norma Aderência, MPa 10 - ASTM 4541:1995 Espessura, mm 5 - NTS 039 Holiday detector, defeitos - zero NTS /10/2002 3
6 NTS 186 : 2002 Norma Técnica SABESP Página em branco 4 31/10/2002
7 Norma Técnica SABESP NTS 186 : 2002 Aplicação de massa epóxi sem solvente Considerações finais: 1) Esta norma técnica, como qualquer outra, é um documento dinâmico, podendo ser alterada ou ampliada sempre que for necessário. Sugestões e comentários devem ser enviados à Divisão de Normas Técnicas CDGN. 2) Tomaram parte na elaboração desta norma: ÁREA UNIDADE DE TRABALHO NOME C CDDP Airton Checoni David C CDGN Marco Aurélio Lima Barbosa C CDGN Maria Célia Goulart C CDGP Pedro Jorge Chama Neto IPT Consultor Sidney Oswaldo Pagotto Júnior IPT Consultora Zehbour Panossian 31/10/2002
8 NTS 186 : 2002 Norma Técnica SABESP Sabesp - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo Diretoria de Gestão de Assuntos Corporativos - C Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico - CD Divisão de Normas Técnicas - CDGN Rua Costa Carvalho, CEP São Paulo - SP - Brasil Telefone: (0xx11) / Fax: (0xx11) mgoulart@sabesp.com.br - Palavras-chave: epóxi, massa, revestimento - 3 páginas 31/10/2002
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