Norma Técnica SABESP NTS 134
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- Tomás Lima Amorim
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1 Norma Técnica SABESP NTS 134 TINTA EPÓXI DE ALTA ESPESSURA Especificação São Paulo Revisão 1 - Julho
2 NTS 134 : 2002 Norma Técnica SA BESP S U M Á R I O 1 OBJETIVO REFERÊNCIAS NORMATIVAS E DOCUMENTOS COMPLEMENTARES CONDIÇÕES GERAIS Aparência dos componentes A e B Aparência do produto pronto para aplicação Embalagem Estabilidade à armazenagem Diluição Identificação CONDIÇÕES ESPECÍFICAS Requisitos dos componentes A e B Requisitos do produto pronto para aplicação Características da película seca INSPEÇÃO E ENSAIO Confecção dos corpos-de-prova Inspeção visual Ensaios CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO /07/02
3 1 OBJETIVO TINTA EPÓXI DE ALTA ESPESSURA Especificar as características para a tinta epóxi de alta espessura. Esta tinta é fornecida na forma de dois componentes (tinta bicomponente) separados, a saber: - a resina epóxi e os pigmentos (componente A); e - o agente de cura (componente B). Esta norma trata da tinta epóxi de alta espessura de maneira genérica. No entanto, esta tinta pode ser dividida em dois tipos distintos de produto, conforme o agente de cura utilizado no componente B: - a tinta epóxi amina de alta espessura (Tipo I), obtida com um agente de cura à base de amina; e - a tinta epóxi amida de alta espessura (Tipo II), obtida com um agente de cura à base de amida. 2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E DOCUMENTOS COMPLEMENTARES As normas e/ou documentos relacionados a seguir contêm informações complementares a esta Norma. NTS 039:1999 NTS 041:1999 NBR 5829:1984 NBR 7135:1981 NBR 7340: Tintas - Medição de espessura de película seca - Inspeção de aderência em revestimentos anticorrosivos - Determinação do teor de substâncias voláteis e nãovoláteis - Pigmentos grau de dispersão no veículo de uma tinta - Determinação da massa específica NBR 8094: Materiais metálicos revestidos e não-revestidos corrosão por exposição à névoa salina NBR 8095:1983 NBR 8096:1983 NBR 8621:1984 NBR 9558:1986 NBR 9676:1986 NBR 12105:1991 ASTM D 1308:1993 SIS : Material metálico revestido e não-revestido corrosão por exposição à atmosfera saturada - Material metálico revestido e não-revestido corrosão por exposição ao dióxido de enxofre - Determinação do volume dos sólidos - Determinação de tempo de secagem - Determinação do poder de cobertura - Determinação de consistência pelo viscosímetro Stormer - Standard Test Method for Effect of Household Chemicals on Clear and Pigmented Organic Finishes - Pictorial Surface Preparation Standards for Painting Steel Surface 15/07/02 1
4 3 CONDIÇÕES GERAIS 3.1 Aparência dos componentes A e B Os componentes A e B devem apresentar-se homogêneos, sem pele e espessamento, quando observados em lata recém-aberta. Caso apresentem alguma sedimentação, esta deve ser facilmente homogeneizável. 3.2 Aparência do produto pronto para aplicação O produto final, que se obtém após a mistura dos dois componentes da tinta, deve apresentar consistência uniforme. 3.3 Embalagem a) Na vedação das embalagens não deve ser utilizado material passível de causar degradação ou contaminação da tinta. b) As embalagens devem apresentar-se em bom estado de conservação, devidamente rotuladas ou marcadas na superfície lateral, conforme as exigências desta Norma (veja item 3.6.). c) As embalagens devem conter, no mínimo, a quantidade citada na respectiva marcação. 3.4 Estabilidade à armazenagem Os componentes A e B devem apresentar estabilidade à armazenagem em embalagem fechada a temperatura inferior à 40 o C, que garanta sua utilização por no mínimo 12 meses após a data de fabricação. Admite-se a revalidação deste prazo de utilização por dois períodos adicionais de 6 meses, mediante repetição e aprovação prévia dos ensaios executados por ocasião do fornecimento. 3.5 Diluição Quando necessário, para facilitar sua aplicação, esta tinta pode ser diluída conforme instruções do fabricante. 3.6 Identificação As embalagens devem trazer, no rótulo ou em seu corpo, no mínimo, as seguintes informações: - tinta epóxi de alta espessura (Tipo I ou Tipo II); - identificação dos componentes (A e B); - diluente a utilizar; - quantidade contida no recipiente, em litros ou em quilogramas; - nome e endereço do fabricante; - número ou sinal que identifique o lote de fabricação; - data de fabricação e de validade do produto; - proporção de mistura dos componentes, em massa ou em volume. 4 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS 4.1 Requisitos dos componentes A e B A identificação da resina do componente A e do agente de cura do componente B deve ser efetuada por espectroscopia na região do infravermelho. Os espectros obtidos após a 15/07/02 2
5 evaporação dos solventes devem apresentar as bandas características da resina epóxi (componente A) e do agente de cura (componente B). 4.2 Requisitos do produto pronto para aplicação Os requisitos do produto pronto para aplicação, após a mistura dos componentes A e B, são apresentados na Tabela 1. Tabela 1 - Requisitos do produto pronto para aplicação Ensaios mínimo Requisitos máximo Norma para execução do ensaio Sólidos por volume, % 62 - NBR 8621:1984 Consistência, UK NBR 12105:1991 Finura do grão, µm - 30 NBR 7135:1981 Tempo de vida útil da mistura (pot life), h Tempo de secagem para repintura, h Deve-se seguir o tempo recomendado pelo fabricante* NBR 9558:1986 Poder de cobertura, mm Ver tabela 2 NBR 9676:1986 * Na falta deste, recomenda-se um intervalo mínimo de 16 horas e máximo de 24 horas entre demãos e uma vida útil da mistura de 4 horas a 25 C. Tabela 2 - Valores máximos de poder de cobertura, de acordo com a cor da tinta Cor Valor máximo (em mm) * Alaranjado-segurança, amarelo ouro, amarelosegurança, vermelho-segurança 20 Azul pastel, branco, cinza claro, creme claro, cinza gelo, creme-canalizações, verde pastel, verde-segurança 15 Azul-segurança, cinza escuro, marrom-canalizações, óxido de ferro, preto 10 * Conforme NBR Características da película seca Para avaliar a película seca, devem ser preparados corpos-de-prova aplicando a tinta em chapas conforme descrito no item 5.1. As características exigidas da película seca são apresentadas na Tabela 3 e no item 6 - Critérios de Aceitação. 15/07/02 3
6 Tabela 3 - Características da película seca Ensaios Espessura da película seca (µm) Requisitos mínimos Aderência 120 a 130 Gr 1 Resistência à névoa salina, h 120 a Resistência à 100% de umidade relativa, h 240 a Resistência ao SO 2, (2,0 litros), ciclos 240 a Resistência à imersão em água destilada, 40 o C, h Resistência à imersão em água salgada, (3,5% de NaCl), h Resistência à imersão em NaOH a 10%, 25 o C, h 240 a a a Resistência à imersão em xilol, 25 o C, h 240 a INSPEÇÃO E ENSAIO Norma NTS 041:1999 NBR 8094:1983 NBR 8095:1983 NBR 8096:1983 ASTM D 1308:1993 ASTM D 1308:1993 ASTM D 1308:1993 ASTM D 1308: Confecção dos corpos-de-prova a) Para a realização dos ensaios de caracterização da película seca, a tinta a ser ensaiada deve ser aplicada em corpos-de-prova confeccionados com chapas de aço carbono ABNT 1010 ou ABNT 1020, com as seguintes dimensões: 200 mm x 100 mm e espessura mínima de 1,0 mm. Para deixar suspensos os corpos-de-prova durante a aplicação da tinta ou durante os ensaios de imersão, deve-se fazer um furo central, a 20 mm da borda superior, com um diâmetro médio de 3 mm (ver Figura 1). Opcionalmente, podem ser feitos dois furos nos cantos superiores, a uma distância de 20 mm de cada uma das bordas (ver Figura 2). 200 mm 20 mm ø 3 mm 1 mm (mínimo) 100 mm Figura 1 - Ilustração esquemática do corpo-de-prova para aplicação de tinta (furo central) 15/07/02 4
7 200 mm 3 mm 20 mm 20 mm 1 mm (mínimo) 100 mm Figura 2 - Ilustração esquemática do corpo-de-prova para aplicação de tinta (furos nas bordas) b) No caso de armazenagem das chapas para posterior aplicação da tinta, é necessária aplicação de um protetivo temporário (óleo ou graxa), para evitar a ocorrência de corrosão superficial. Esse protetivo temporário deve ser quimicamente inerte, não contendo ácidos ou substâncias que, em presença de umidade ou oxidantes, possam reagir com as chapas. Além disso, esse protetivo deve ser de fácil remoção. 5.2 Inspeção visual Verificar se as condições indicadas nos itens 3.1, 3.2, 3.3, 3.4 e 3.6 estão atendidas e rejeitar o fornecimento do lote reprovado na inspeção. 5.3 Ensaios Os ensaios a serem executados constam das Tabelas 1 e 3 e do item 4.1. Para a realização dos ensaios indicados na Tabela 3, devem ser observadas as condições descritas a seguir. - A aplicação da tinta nas chapas deve ser feita no mínimo 15 minutos após a mistura e homogeneização dos componentes. - O preparo da superfície sobre a qual a tinta vai ser aplicada, deve ser feito por meio de jateamento abrasivo ao metal quase branco, de acordo com a seguinte seqüência: a) remover todo óleo ou graxa, pelo emprego de água com detergente ou solventes; b) jatear ao metal quase branco, padrão de limpeza Sa2 ½ (norma SIS :1998). O perfil de ancoragem deve ser de 30 µm a 70 µm; c) limpar a superfície jateada com jato de ar seco ou com aspirador; d) fazer uma limpeza final com o uso de solventes, de maneira a eliminar qualquer oleosidade residual. Os ensaios da Tabela 3 devem ser realizados após o tempo recomendado pelo fabricante para a perfeita cura da tinta. Durante esse período, os painéis devem ser mantidos à temperatura de (25 ± 2) o C e umidade relativa de (60 ± 5)%. A tinta deve ser aplicada preferencialmente por meio de pistola. 15/07/02 5
8 Para o ensaio de resistência à névoa salina, deve ser feito um único entalhe no centro da chapa, paralelo a sua maior dimensão, a uma distância de 30 mm das bordas superior e inferior (ver Figura 3). 30 mm 30 mm Figura 3 - lustração esquemática do entalhe no corpo-de-prova para ensaio em névoa salina As bordas das chapas devem ser protegidas adequadamente, a fim de evitar o aparecimento prematuro de processo corrosivo nesse local. 6 CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO a) Após 720 horas de ensaio de névoa salina, não deve ser observada a presença de bolhas ou de pontos de corrosão na superfície ensaiada da película, nem penetração de líquido na região da incisão superior a 2 mm. b) Após 960 horas de ensaio em câmara úmida saturada, não deve ser observada a presença de pontos de corrosão ou formação de bolhas na película. Admite-se alteração de cor da película. c) Após 5 ciclos de ensaio em câmara de SO 2, não deve ser observada a presença de pontos de corrosão ou formação de bolhas na película. Admite-se alteração de cor da película. d) Após 960 horas de ensaio de imersão em água destilada a 40 o C, não deve ser observada a presença de pontos de corrosão ou formação de bolhas na película. Admitese alteração de cor da película. e) Após 720 horas de ensaio de imersão em água salgada (3,5% de NaCl), não deve ser observada a presença de pontos de corrosão ou formação de bolhas na película. Admitese alteração de cor da película. f) Após 720 horas de ensaio de imersão em NaOH à10%, não deve ser observada a presença de pontos de corrosão ou formação de bolhas na película. Admite-se alteração de cor da película. g) Após 480 horas de ensaio de imersão em xilol, não deve ser observada a presença de pontos de corrosão, empolamento ou formação de bolhas na película. Não deve ser constatada alteração de cor do solvente utilizado no ensaio. Admite-se alteração de cor da película. 15/07/02 6
9 TINTA EPÓXI DE ALTA ESPESSURA Considerações finais: 1) Esta norma técnica, como qualquer outra, é um documento dinâmico, podendo ser alterada ou ampliada sempre que for necessário. Sugestões e comentários devem ser enviados à Divisão de Normas Técnicas - TDGN. 2) Tomaram parte na elaboração desta Norma: ÁREA UNIDADE DE TRABALHO NOME T TDDP Airton Checoni David T TDDP Pedro Jorge Chama Neto T TDGN Maria Célia Goulart IPT Consultor Sidney Oswaldo Pagotto Júnior IPT Consultora Zehbour Panossian 15/07/02
10 Sabesp - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo Diretoria Técnica e Meio Ambiente - T Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico - TD Divisão de Normas Técnicas - TDGN Rua Costa Carvalho, CEP São Paulo - SP - Brasil Telefone: (011) / FAX: (011) lrodello@sabesp.com.br Palavras-chave: tinta, epóxi, revestimento, tratamento de superfície 06 páginas 15/07/02
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