CONHECIMENTO DE TROMBOSE POR MULHERES QUE FAZEM O USO DE CONTRACEPTIVOS ORAIS NO MUNICÍPIO DE OLHO D ÁGUA DAS CUNHÃS- MA

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1 CONHECIMENTO DE TROMBOSE POR MULHERES QUE FAZEM O USO DE CONTRACEPTIVOS ORAIS NO MUNICÍPIO DE OLHO D ÁGUA DAS CUNHÃS- MA ABREU,S.S;¹ SANTOS,L.C.R;¹ SILVA,R.C.V.L;¹ HOLANDA,E.S;¹ AZEVEDO,J.M;¹ COSTA,J.S;¹ NEULLS,T.F;¹ PEREIRA JUNIOR,J.L;¹SANTANA,L.S.O.S;¹ FIRMO,W.C.A;¹ RESUMO FACULDADE DE EDUCAÇÃO DE BACABAL¹ Introdução: A contracepção oral é o método mais utilizado para prevenção de gestação não planejada. Isso acontece, principalmente, por ser a modalidade de contracepção mais acessível pelo Sistema Único de Saúde. Estudos apontam a associação entre o uso de anticoncepcionais orais com ricos desenvolver trombose venosa profunda. Diante desse contexto o presente trabalho tem como objetivo avaliar conhecimento de trombose em mulheres que fazem uso de contraceptivos orais. Metodologia: Realizou-se um estudo do tipo descritivo, transversal com abordagem quantitativa, a pesquisa foi realizada no município de Olho d Água das Cunhas no período de março e abril de 2018, foi aplicado 50 questionários em bairros, escolas e centro da cidade com mulheres que fazem uso de contraceptivos orais a partir de 18 anos de idade e que possuem vida sexual ativa.resultados e discussão: A partir dos resultados obtidos verificou-se que a maior parte das entrevistadas correspondendo à 46 % eram jovens de 18 a 23 anos, visando isso observa-se o conhecimento diminuído do uso de contraceptivos orais, pois a maioria usa sem acompanhamento ginecológico sendo que a maior parte foi indicado por amigos e vizinhos que não correspondem a nenhum profissional da área da saúde. Conclusão: Demonstrou-se que muitas mulheres não conhecem os riscos que esses contraceptivos podem causar, facilitando assim o uso desse método. Palavras-chave - Anticoncepcionais; Doenças Cardiovasculares; Estrógeno; _ ABSTRACT Introduction: Oral contraception is the most commonly used method for preventing unplanned pregnancy. This happens mainly because it is the most accessible modality of contraception by the Unified Health System. Studies point to the association between the use of oral contraceptives with the rich to develop deep venous thrombosis. In this context, the present study aims to evaluate the knowledge of thrombosis in women who use oral contraceptives. METHODS: A descriptive, cross-sectional study with a quantitative approach was carried out in the municipality of Olho d'água das Cunhas in the period of March and April 2018, 50 questionnaires were applied in neighborhoods, schools and the city center with women who use oral contraceptives from the age of 18 and who have an active sexual life. Results and discussion: Based on the results obtained, it was found that the majority of the respondents, corresponding to 46%, were youngsters from 18 to 23 with a view to

2 this, it is observed the decreased knowledge of the use of oral contraceptives, since most use without gynecological follow-up, most of which were indicated by friends and neighbors who do not correspond to any health professional. Conclusion: It has been shown that many women are unaware of the risks that these contraceptives can cause, thus facilitating the use of this method. Keywords - Contraceptives; Cardiovascular diseases; Estrogen; Keywords - include three to five expressions in Portuguese related to the topic of work, separated by a "semicolon" and that should not be present in the Title. INTRODUÇÃO Os contraceptivos orais, também conhecidos como pílulas anticoncepcionais, são hormônios preparados sinteticamente contendo estrógeno e progesterona semelhante aos produzidos nos ovários da mulher cujo efeito farmacológico permite o bloqueio da ovulação inibindo a liberação de FSH e LH. Em uso desde 1960, a concentração oral constitui o método mais popular e eficaz na prevenção da gravidez e para tratamento de outras condições clínicas tais como endometriose, ovários policísticos, tensão pré-menstrual e cólica menstrual (RAMOS, 2008). Lima et al. (2009) afirma que o anticoncepcional oral é o método mais utilizado e o mais aceito entre as mulheres, pois além de ser facilmente encontrado nas farmácias comunitárias, a política governamental distribui gratuitamente este contraceptivo nas unidades de saúde.os efeitos desses medicamentos sobre o sistema cardiovascular por um uso prolongado de anticoncepcionais orais é capaz de causar problemas cardiovasculares, sobre tudo a trombose venosa profunda. Viktor (2008) descreve que isso acontece por que esses medicamentos contem, em sua formulação, hormônios como o estrógeno e a progesterona, que podem afetar a coagulação sanguínea. Sendo assim, garantir o acesso aos métodos contraceptivos conhecidos é tão importante quanto assegurar que as pessoas recebam orientações adequadas sobre suas indicações, contraindicações e implicações do uso. Contraceptivos com progestagênicos de terceira geração estão associados ao desenvolvimento de resistência adquirida à proteína C ativada mais ligada a uma tendência de produzir níveis altos de fatores de coagulação e baixos níveis de antitrombina e de proteína S, quando comparados a contraceptivos que contém os hormônios progestagênicos de segunda geração. Outro achado é de que a fibrinólise é menos acentuada em mulheres que fazem uso desse contraceptivo (VIEIRA, 2007). Vários estudos demonstram sobre a relação entre o anticoncepcional orais combinados com aumento do risco de desenvolver a trombose venosa e arterial, apesar de essas possuírem alguns fatores de riscos em comum para sua ocorrência, além disso fica claro que a estase sanguínea e a hipercoagulabilidade representa os principais fatores etiopatogênicos para o desenvolvimento do tromboembolismo venoso, enquanto a lesão do endotélio representa a principal determinante da trombose

3 arterial. Segundo Brito, Nobre e Vieira (2010), entendia que a trombose era resultado somente da dose de estrogênio utilizado, o que resultou na redução da dose de etinilestradiol dos contraceptivos, porem alguns estudos demonstrou que os contraceptivos orais combinados contendo progestagênicos de terceira geração (gestodeno, desogestrel) associava-se a um risco de duas vezes maior de trombose do que aqueles com progestagênicos de segunda geração (levonorgestrel). Sendo assim, o tipo de progestagênico associado ao estrogênio, tornou-se estudos sobre o papel dos progestagênicos na hemostasia e na determinação da trombose.os contraceptivos orais cominados são classificados de acordo com a quantidade de estrógeno presente em cada comprimido: contraceptivos orais combinados de 1ª geração: com 50 µg ou mais de etinilestradiol; contraceptivos orais combinados 2ª geração com 30 µg ou 35 µg de etinilestradiol e 3ª geração com 30 µg ou menos de etinilestradiol. Os anticoncepcionais de 3ª geração apresentam o dobro do risco de tromboelismo quando comparados aos anticoncepcionais de 2ª geração (KEMMEREN et al., 2001). Geralmente, os eventos tromboembólicos ocorrem dentro do primeiro ano de uso dos contraceptivos hormonal, em especial após o quarto mês que iniciou o uso. Porem após um ano, o tempo de uso dos contraceptivos orais combinados não altera o risco para trombose venosa, dessa não forma não há risco acumulado com passar dos anos. Assim, trocas desnecessárias de contraceptivos hormonal combinados podem levar o risco para trombose venosa em cada troca (VIEIRA, 2007).Diante do contexto o presente resumo teve como objetivo avaliar o conhecimento de trombose em mulheres que fazem uso de contraceptivos orais no município de Olho d Água das Cunhãs-MA METODOLOGIA A pesquisa apresenta os tipos de estudo, descritivo e transversal,realizada em algumas escolas de nível médio, bairros e centro da cidade do Município de Olho d Água das Cunhãs onde fica localizada a 280Km da capital de São Luís. A coleta de dados foi realizada no mês de março e abril de 2018, nos turnos vespertino e matutino, Cujo critérios de inclusão foram mulheres a partir de 18 anos, com vida sexual ativa e que fazem uso apenas de contraceptivos orais, totalizando mulheres. Sendo critérios de não inclusão mulheres menores que 18 anos e que fazem uso de anticoncepcionais injetáveis, onde utilizou-se a aplicação de um questionário contendo perguntas abertas e fechadas no qual investigam o perfil socioeconômico, vida sexual, e a utilização dos métodos contraceptivos. os participantes assinarão um termo de consentimento livre esclarecido (TCLE), obedecendo a Resolução nº 466/12. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os dados investigados da presente pesquisa foram o perfil socioeconômico, vida sexual, idade, profissão e sua escolaridade, que de forma efetiva demonstrou maior finalidade do uso desses contraceptivos orais foram para contracepção resultando em 92 % das entrevistadas, quanto ao tempo de uso foi de 1 a 4 anos a maior prevalência. Foi demostrada que a maioria das mulheres possui faixa etária de 18 a 23 anos 46 % (n=23). A profissão que mais se destacou foi estudante correspondendo 36% (n=18). A maioria das entrevistadas não possuem renda correspondendo a 30% e a situação conjugal 56% são solteiras, o grau de

4 escolaridade com maior porcentagem 52% foi o de ensino médio.observou que a maioria não teve nenhuma orientação médica correspondendo 52 %, e 36% foram orientadas por seu ginecologista e 12 % clínico geral. Observa-se que muitas mulheres não estão cientes dos riscos que os contraceptivos orais podem ocasionar. Com isso vale aos profissionais da saúde incluindo os farmacêuticos melhorarem quanto a orientação sobre a utilização adequada desse método, considerando alguns fatores como a idade da paciente, seu estilo de vida e avaliar o histórico familiar, e sempre que optar por um método de contraceptivo especifico, é recomendável que se consulte um médico nesse caso de preferência um ginecologista. Foi questionado também se as mulheres entrevistadas conheciam os riscos que os contraceptivos orais podem trazer, a maioria respondeu que não conhecia os riscos correspondendo à 64%, e 36% responderam que conhecia os riscos. Logo em seguida caso a entrevistada descreveu o risco causado pelos contraceptivos orais sendo que poderia colocar mais de um risco, a maioria respondeu trombose como principal risco correspondendo à 36 % (n=18), câncer do colo de útero 8% (n=4), ganho de peso 6% (n=3), embolia pulmonar 4% (n=2) e aumento da pressão 2% (n=1). Observa-se que das 18 participantes que conhecia os riscos todas elas responderam trombose como o risco principal, acrescentando outros riscos. Foi perguntado também se conhecia alguém que já desenvolveu trombose e 84% responderam que não e 16% responderam que sim (n=8) sendo que 1 delas foi caso da própria família, tendo assim ter uma pré-disposição para desenvolver, devido aos fatores genéticos CONCLUSÕES A pesquisa possibilitou a avaliação do conhecimento de trombose em mulheres que fazem uso de contraceptivos orais no município de Olho d Água das Cunhãs-MA. A partir dos resultados obtidos verificou-se que a maior parte das entrevistadas correspondendo à 46 % eram jovens de 18 a 23 anos, visando isso observa-se o conhecimento diminuído do uso de contraceptivos orais, pois a maioria usa sem acompanhamento ginecológico sendo que a maior parte foi indicado por amigos e vizinhos que não correspondem a nenhum profissional da área da saúde. O uso de contraceptivos orais pode elevar os riscos para desenvolver trombose e a maioria das mulheres entrevistadas que fazem uso desses contraceptivos não tiveram o conhecimento sobre esses fatores de riscos inclusive que pode desencadear uma trombose. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRITO, Milena Bastos; NOBRE, Fernando; VIEIRA, Carolina Sales. Contracepção hormonal e sistema cardiovascular. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São Paulo, v. 96, n. 4, p.81-89, 25 fev KEMMEREN, JM; ALGRA, A; GROBBE, DE. Third generation oral contraceptivos and risk of venous thrombosis: meta-analysis. BMJ, v. 323, n.7305, p , LIMA, G. R.; GIRÃO, M. J. C.; BARACAT, E. C. Ginecologia. São Paulo Barueri; Manole, RAMOS, S. P. Pílulas Anticoncepcionais. Saúde da Mulher, Disponível em URL:http// Acesso em 14 de setembro de 2008.

5 VIEIRA, C. S.; OLIVEIRA, L. C.; AS, M. F. S. Hormônios femininos e hemostasia. Ver. Bras. Ginecol. Obstet., Rio de Janeiro, v.29, n.10, VIKTOR, Mariana. Pílula causa trombose? Revista Viva Saúde, 50. Ed. Editora Escala, Disponível em: Acesso em 14 de setembro 2017.