UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO UERJ FACULDADE DE ENGENHARIA ÊNFASE EM SISTEMAS DE POTÊNCIA PERDA DE TRAÇÃO/LIMITES DE RUPTURA
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- João Guilherme Galvão Viveiros
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1 UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO UERJ FACULDADE DE ENGENHARIA ÊNFASE EM SISTEMAS DE POTÊNCIA Disciplina:Transmissão de Energia Elétrica II Alunos: PERDA DE TRAÇÃO/LIMITES DE RUPTURA Raphael Pedrosa Luis Felipe Gustavo Pacheco Thiago Santos Filipe de Paula Professor : Pós-DSc. José Eduardo Telles Villas
2 ÍNDICE Aplicações do Cobre Ensaio de Tração Deformação Elástica Deformação Plástica Limite de Resistência e Ruptura Limite de Ruptura Ensaio de Tração: Cobre Recozido Influência do Vento Influência da Temperatura Influência Simultânea do Vento e da Temperatura Limite de Ruptura do Cobre Cabos de Aço Construções e Tipos de Cabos Sentido e Tipos de Torção dos Cabos Passo de um Cabo Lubrificação dos Cabos Resistências dos Cabos Cargas de Trabalho e Fatores de Segurança Fatores de Segurança Mínimos para Diversas Aplicações Deformação Longitudinal dos Cabos de Aço Diâmetro de um Cabo de Aço Manuseio
3 ÍNDICE Determinação da Carga de Ruptura NBR ISO 3108 Comprimento para Ensaio Peça para Ensaio Ensaio Cabo de Alumínio com Alma de Aço (CAA) Características do Alumínio 1350-H19 Resistência à Tração dos Fios de Alumínio 1350-H19 Propriedades Mecânicas dos Fios de Aço Fatores que Afetam as Propriedades Mecânicas dos Cabos CAA Esforços Estáticos Esforços Dinâmicos - Carregamento Cíclico Induzido pela Vibração Eólica Vibração Eólica Efeito dos Grampos de Suspensão na Fadiga de Cabos CAA Ensaios Mecânicos Ensaio de Tração de Cabo Alumínio com Alma de Aço (CAA) Ensaio de Vibração
4 Aplicações do Cobre O Cobre Encruado (ou Duro) é usado onde se exige elevada Dureza, Resistência à Tração e pequeno desgaste como: - Redes Aéreas de Cabo Nú; - Tração Elétrica; - Fios Telefônicos; - Peças de Contato; - Anéis Coletores. O Cobre Mole (ou Recozido) é usado em Enrolamentos, Barramentos e Cabos Isolados. Ligas de Cobre são feitas com Metais escolhidos de modo a compensar ou melhorar alguma das Propriedades do Cobre.
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6 Durante a Montagem e Operação os Cabos podem ser sujeitos a Esforços de Tração cujo o Limite não deve provocar qualquer diminuição das características Elétricas e Mecânicas; Limite depende do Ponto de Aplicação, do Esforço e da Composição do Cabo.
7 Um Cabo Flexível Homogêneo Suspenso em Equilíbrio assume a forma de uma Catenária quando ele está submetido apenas ao seu próprio Peso (Carga Uniformemente Distribuída ao longo do Cabo).
8 Ensaio de Tração Realizados em Materiais visando medir Características Importantes como: Deformação Elásticas; Escoamento; Deformação Plástica; Limite de Resistência; Limite de Ruptura.
9 Ensaio de Tração consiste em aplicar uma Força gradativa uniaxial no Material e registrar o Alongamento até o momento de sua Ruptura quando então o Ensaio termina. C P A O onde: σ C - Tensão P - Carga Aplicada S 0 - Seção Transversal Original
10 Deformação Elástica - Deformação que não é permanente (quando a Carga é liberada a Peça retorna à sua Forma Original); - resultado de um pequeno Alongamento (ou Contração) da célula cristalina na direção da Tensão (Tração ou Compressão) aplicada; Gráfico da Tensão x Deformação resulta em uma relação linear; a Inclinação deste segmento corresponde ao Módulo de Elasticidade E.
11 Deformação Elástica Lei de Hooke: E. ε = li l0 = l l0 l0 E - Módulo de Elasticidade σ - Tensão ε - Deformação
12 Deformação Plástica Fase a partir do qual o Material sofre um Deformação Permanente (não consegue recuperar suas dimensões originais após a retirada da Carga); na maioria dos Materiais Metálicos o Regime Elástico persiste apenas até Deformações de aproximadamente 0,005.
13 Limite de Resistência e Ruptura Limite de Resistência: corresponde à Máxima Tensão que o Material suporta sem romper-se sendo calculada por: Fmáx - Carga Máxima Aplicada no Material S - Área da Seção Inicial do Corpo de Prova Limite de Ruptura: correspondente ao Ponto de Fratura do Material.
14 Limite de Ruptura Atingindo o Ponto 2 (correspondente à Carga máxima durante o Ensaio), começa a redução sensível da Seção Transversal do Corpo de Prova e a Carga diminui até que aconteça sua Ruptura Total.
15 Limite de Ruptura
16 Ensaio de Tração: Cobre Recozido
17 Influência do Vento o Vento soprando lateralmente sobre os Condutores e sobre os Suportes exerce uma Pressão sobre os mesmos. as Forças Resultantes geram Solicitações tanto nos Condutores como nos Suportes. a Pressão do Vento sobre Superfícies Circulares - ABNT é dada pela equação: onde: V - Velocidade Máxima do Vento para a Região considerada, em km/h Cv - Coeficiente de Efetividade da Pressão do Vento (Vento atuando perpendicularmente em relação ao comprimento do Condutor = 1)
18 Influência do Vento
19 Influência do Vento F v - Força devido a Pressão do Vento, em dan; P - Peso próprio do Condutor, em dan/m; F r - Força Resultante, em dan/m; d - Diâmetro do condutor, em mm. a Força Resultante sobre o Condutor provoca o seu deslocamento lateral causando um aumento nas Forças de Tração. Força devido à Pressão do Vento: F v = P v. d...(4) Força Resultante:
20 Influência da Temperatura os Condutores sofrem a influência do Ambiente, a Exposição Contínua ao Sol e o Efeito Joule provocado pela Corrente Elétrica; uma variação da Temperatura provoca Dilatação ou Contração do Condutor devido ao seu Coeficiente de Dilatação Térmica; estando os Condutores Presos aos Suportes a variação do comprimento é acompanhada de uma variação de Tração sendo que tal variação obedece a Lei de Hooke. Equação de Mudança de Estado devido a Variação de Temperatura:
21 Influência da Temperatura onde: T 1 e T 2 - Trações Horizontais nos Estados 1 e 2, em dan E - Módulo de Elasticidade, em dan/mm² S - Seção do Condutor, em mm² C t - Coeficiente de Dilatação Térmica do Condutor, em ºC -1 t 1 e t 2 - Temperaturas nos Estados 1 e 2, em ºC
22 Influência Simultânea do Vento e da Temperatura Ventos fortes podem ocorrer simultaneamente com a presença de Temperaturas bastante baixas sendo os efeitos cumulativos (aumento no valor da Tração provocado tanto pela ação do Vento como pela diminuição da Temperatura). Equação de Mudança de Estado devido a Influência Simultânea (Vento e da Temperatura) Comparação (1) e (2): diferem apenas no Peso Resultante (que leva em consideração a Carga de Vento).
23 Limite de Ruptura do Cobre (Catálogo Prysmian)
24 Cabos de Aço
25 Cabos das LT s - normalmente constituídos de um Núcleo composto por Fios de Aço Galvanizado recoberto por várias Camadas de Fios de Alumínio. -os Fios de Alumínio têm por função conduzir a Corrente Elétrica; -os Fios de Aço visam dar Sustentação Mecânica ao Cabo. -Cabos instalados ao tempo durante muitos anos ensejam Processos Corrosivos que atacam a camada de Zinco que recobre os Fios de Aço; -uma vez consumida a Corrosão se processa de forma acelerada sobre os Fios de Aço o que compromete a integridade física do Cabo podendo levar à sua queda; -Consequências: -Interrupção no Fornecimento de Energia Elétrica; -Sérios Riscos à Segurança das Populações Vizinhas.
26 Construções e Tipos de Cabos Construção: termo genérico empregado para indicar o Número de Pernas, o Número de Arames de cada Perna, a sua Composição e o Tipo de Alma. Número de Pernas e de Arames das Pernas (exemplo: o Cabo 6 x19 possui 6 Pernas e 19 Arames cada).
27 Sentido e Tipos de Torção dos Cabos quando as Pernas são torcidas da esquerda para a direita diz-se que o Cabo é de "Torção à Direita (Z). quando as Pernas são torcidas da direita para a esquerda diz-se que o Cabo é de "Torção à Esquerda (S). Nenhum Cabo de Aço com Torção à Esquerda deve ser pedido sem que primeiro sejam consideradas todas as características do seu uso.
28 Sentido e Tipos de Torção dos Cabos no Cabo de Torção Regular os Arames de cada Perna são torcidos em sentido oposto à Torção das próprias Pernas (em cruz); Resultado: os Arames do topo das Pernas são posicionados aproximadamente paralelos ao Eixo Longitudinal do Cabo de Aço; Estes Cabos são estáveis, possuem boa Resistência ao Desgaste Interno e Torção e fáceis de manusear; possuem considerável Resistência a Amassamentos e Deformações devido ao curto comprimento dos Arames expostos.
29 Sentido e Tipos de Torção dos Cabos no Cabo de Torção Lang os arames de cada Perna são torcidos no mesmo sentido que o das próprias Pernas. Os Arames externos são posicionados diagonalmente ao Eixo Longitudinal do Cabo de Aço e com um comprimento maior de exposição que na Torção Regular; como os Arames externos possuem maior área exposta a Torção Lang proporciona ao Cabo de Aço maior Resistência à Abrasão sendo mais flexíveis e possuem maior Resistência à Fadiga; estão mais sujeitos ao desgaste interno, distorções e deformações e possuem baixa Resistência aos Amassamentos; suas extremidades devem estar permanentemente fixadas para prevenir a sua Distorção e por isso não são recomendados para movimentar Cargas com apenas uma linha de Cabo.
30 Passo de um Cabo Distância na qual uma Perna dá uma volta completa em torno da Alma do Cabo.
31 Lubrificação dos Cabos Proteção contra a Corrosão do Cabo e para diminuir o Desgaste por Atrito pelo movimento relativo de suas Pernas, dos Arames e do Cabo contra as Partes de Equipamentos como Polias e Tambores; devem ser lubrificados interna e externamente durante o Processo de Fabricação com um lubrificante feito especialmente para Cabos; esta Lubrificação é adequada para o período de Armazenagem/Início das Operações do Cabo; Plano de Lubrificação Periódico necessário visando evitar-se a deterioração rápida do Cabo; ocorrência de Oxidação com Porosidade causando Perda de Área Metálica e de Resistência Mecânica do Cabo;
32 Lubrificação dos Cabos os Arames começam a ficar quebradiços devido ao excesso de Corrosão rompendo-se facilmente; como os Arames do Cabo movimentam-se relativamente uns contra os outros, durante o uso, ficam sujeitos a um desgaste por Atrito; a falta de lubrificação aumenta o desgaste, causando a Perda de Resistência Mecânica do Cabo provocado pela Perda Metálica; a Porosidade também provoca Desgaste Interno dos Arames resultando em Perda de Resistência Mecânica; a Lubrificação de um Cabo de Aço é tão importante quanto a Lubrificação de uma Máquina.
33 Resistências dos Cabos Carga de Ruptura Teórica do Cabo: obtida através da Resistência dos Arames multiplicada pelo Total da Área da Seção de todos os Arames; Carga de Ruptura Efetiva do Cabo: obtida através da Carga Teórica do mesmo multiplicada pelo Fator de Encablamento; Este Fator varia conforme as diversas Classes de Cabos de Aço; Carga de Ruptura Prática (ou Real): determinada em Laboratório no Ensaio de Ruptura do Cabo de Aço.
34 Resistências dos Cabos FATOR DE ENCLABAMENTO CLASSE DO CABO 0,96 CORDOALHA DE 3 E 7 ARAMES 0,94 CORDOALHA DE 19 ARAMES 0,86 6X7 0,825 6X19, 8X19, 8X37 (DELTA FILLER) 0,80 6X37 0,72 18X7 e 34X7
35 Cargas de Trabalho e Fatores de Segurança Carga de Trabalho: Massa Máxima que o Cabo de Aço está autorizado a sustentar a Carga de Trabalho de um Cabo de uso geral especialmente quando ele é movimentado; não deve exceder a 1/5 da Carga de Ruptura Mínima Efetiva do mesmo; Fator (ou Índice de Segurança): relação entre a Carga de Ruptura Mínima Efetiva do Cabo e a Carga Aplicada (no caso acima Fator = 5). um Fator de Segurança adequado garante: - Segurança da Operação evitando Rupturas; - Duração do Cabo (economia).
36 Fatores de Segurança Mínimos para Diversas Aplicações APLICAÇÕES FATORES DE SEGURANÇA CABOS E CORDOALHAS ESTÁTICAS 3 A 4 CABO PARA TRAÇÃO NO SENTIDO HORIZONTAL 4 A 5 GUINCHOS, GUINDASTES, ESCAVADEIRAS 5 PONTES ROLANTES 6 A 8 TALHAS ELÉTRICAS E OUTRAS 7 GUINDASTES ESTACIONÁRIOS 6 A 8 LAÇOS 5 A 6 ELEVADORES DE OBRA 8 A 10 ELEVADORES DE PASSAGEIROS 12
37 Deformação Longitudinal dos Cabos de Aço "Cabos Pré-esticados" (Prestretched) 2 (dois) Tipos de Deformação Longitudinal: Estrutural e Elástica; a Deformação é Permanente e começa logo que é aplicada uma Carga ao Cabo; é motivada pelo ajustamento dos Arames nas Pernas do Cabo e pelo acomodamento das Pernas em relação à Alma do mesmo; a maior parte da Deformação ocorre nos primeiros dias ou semanas de serviço do Cabo de Aço função da Carga aplicada; nos Cabos comuns o seu valor pode ser aproximadamente 0,50% a 0,75% do comprimento do Cabo de Aço sob Carga.
38 Diâmetro de um Cabo de Aço Diâmetro Nominal: é aquele pelo qual é designado. o diâmetro prático do Cabo deve ser obtido medindo-se 2 Pontos distanciados no mínimo 30 vezes o diâmetro sendo o Paquímetro posicionado conforme figura abaixo:
39 Manuseio o Cabo deve ser manuseado com cuidado visando evitar estrangulamento (Nó) provocando uma Torção prejudicial; Começo de um Nó: Nunca se deve permitir que um Cabo tome a forma de um Laço como demonstrado abaixo. porém se o Laço for aberto imediatamente um Nó poderá ser desfeito.
40 Manuseio Resultado: mesmo que os Arames Individuais não tenham sido prejudicados o Cabo perdeu a forma correta; com os Arames e as Pernas fora da posição esta parte do Cabo está sujeita à Tensão desigual (causando desgaste excessivo às Pernas deslocadas). com o Laço Fechado o dano já está feito; a Resistência Mecânica do Cabo está reduzida ao mínimo estando o mesmo DANIFICADO.
41 Determinação da Carga de Ruptura
42 NBR ISO 3108 Cabos de Aço para Uso Geral: Determinação da Carga de Ruptura Real a Norma especifica um Método de Ensaio de Resistência à Tração até a Ruptura para se determinar a Carga de Ruptura Real de Cabos de Aço para uso geral e de grande diâmetro - ISO 2408: Steel Wire Ropes for General Purposes Characteristics 1); a Norma também pode ser utilizada para outros Cabos salvo seu uso seja especificamente excluído pela Norma em questão ou que seja indicado outro método por esta A Norma especifica um Método de Ensaio de Resistência à Tração até a Ruptura para se determinar a Carga de Ruptura Real de Cabos de Aço para uso geral e de grande diâmetro - ISO 2408: Steel Wire Ropes for General Purposes Characteristics 1) ; -.
43 Comprimento para Ensaio Distância entre as Garras: Dimensões (mm) Diametro do cabo d Comprimento mínimo para ensaio c d < < d < d > 20 d x 30
44 Peça de Ensaio Comprimento mínimo da Peça de Ensaio: comprimento para Ensaio acrescido do necessário para se fixar a Peça; a Peça de Ensaio deve ser representativa do Cabo como um todo e estar livre de defeitos; antes da seleção as extremidades da Peça de Ensaio devem ser amarradas para impedir o desenrolamento das Pernas; o Cabo do qual a Peça de Ensaio é retirada deve ser amarrado; ao se cortar a Peça de Ensaio do Cabo esta não devem ser danificada; durante o Ensaio a Peça de Ensaio deve ser fixada de modo a que todos os Arames do Cabo participem da solicitação da Carga; pode ser útil colocar Soquetes Cônicos na Peça de Ensaio devendo-se assegurar que o material de fundição penetre bem para se garantir uma coesão íntima com os Arames destorcidos.
45 Ensaio Não é permissível aplicar rapidamente mais do que 80% da Carga de Ruptura Mínima especificada na ISO 24081; a Carga restante deve ser aplicada lentamente a uma taxa de aplicação de Tensão de aproximadamente 10 MPa por segundo. a Carga de Ruptura Real será alcançada quando não for mais possível o aumento da Carga aplicada. os Ensaios em que a Ruptura ocorrer dentro ou ao lado das Garras podem ser desprezados, a critério do Fabricante, nos casos em que a Carga de Ruptura Mínima não for atingida.
46 Cabos de Alumínio com Alma de Aço (CAA) - No Brasil, praticamente todas as LT s de AT e EAT (acima de 230 kv) utilizam Cabos Condutores do Tipo CAA (Cabo de Alumínio com Alma de Aço); - a relação entre o Número de Fios de Alumínio e de Fios de Aço dá a formação do Cabo; - dependendo da situação esta formação resulta no melhor Peso/Carga de Ruptura para o Projeto; - os Cabos Condutores CAA possuem Alma de Aço com o objetivo de dar maior Resistência Mecânica ao Cabo; - devido ao Efeito Pelicular e a diferença de Condutividade Elétrica a Corrente Elétrica circulará apenas pelo Condutor de Alumínio.
47 Cabos de Alumínio com Alma de Aço (CAA) - os Condutores Fase de uma LT Aérea são Condutores Nús; -esses Cabos podem ser de Alumínio, Liga Alumínio-Aço e Alumínio com Alma de Aço; - a Principal Razão da escolha do Alumínio se deve ao Preço; - os Cabos Aéreos são submetidos a maiores Esforços Mecânicos e por este motivo é necessário um cuidado extra com relação a sua Carga Mecânica de Ruptura; - Carga de Ruptura: Ponto de Rompimento um Cabo quando este é submetido a um Esforço de Tração maior do que sua Resistência Mecânica.
48 Cabos de Alumínio com Alma de Aço (CAA) Cabos mais utilizados em Projetos de LT s: AAC ( all aluminum conductor ): composto por vários Fios de Alumínio Encordoados. AAAC ( all aluminum alloy conductor ): utilizadas Ligas de Alumínio de Alta Resistência sendo o Cabo com menor relação Peso/Carga de Ruptura e menores flechas tendo maior Resistência Elétrica dos aqui citados. CAA ( aluminum conductor steel-reiforced ): composto por camadas concêntricas de Fios de Alumínio Encordoados sobre uma Alma de Aço que pode ser um único Fio ou vários Fios Encordoados. Diferentes combinações de Aço-Alumínio permitem obter altas Cargas de Ruptura sem prejuízo à Ampacidade. Os Fios de Aço são galvanizados. ACAR ( aluminum conductor, aluminum alloy-reinforced ): composto de maneira idêntica aos Cabos do tipo CAA porém ao invés de se utilizar Alma com Cabos de Aço utiliza-se Alma com Fios de Alumínio de Alta Resistência Mecânica obtendo- se uma relação Peso/Carga de Ruptura ligeiramente maior do que a do Cabo CAA.
49 Cabos de Alumínio com Alma de Aço (CAA) Cabo CAA (Condutor de Alumínio com Alma de Aço) - ABNT NBR 7270 é um Condutor Elétrico Encordoado, concêntrico, composto de uma ou mais camadas (Coroas) de Fios de Alumínio 1350-H19 que tem elevadas propriedades térmicas e elétricas; -Como a Resistência Mecânica do Alumínio 1350-H19 é muito baixa o Cabo possui um Núcleo (Alma) de Aço Galvanizado de alta Resistência Mecânica; -Conforme a dimensão do Cabo o Núcleo pode ser constituído por um único Fio de Aço ou por vários Fios de Aço encordoados; - Devido às numerosas combinações possíveis de Fios de Alumínio e Aço pode-se variar a proporção desses Fios a fim de se obter relação entre capacidade de transporte de corrente e resistência mecânica para cada aplicação.
50 Cabos de Alumínio com Alma de Aço (CAA)
51 Cabos de Alumínio com Alma de Aço (CAA)
52 Características do Alumínio 1350-H19 Elevada Condutividade Térmica e Elétrica Baixa Resistência Mecânica Elevada Resistência à Corrosão
53 Resistência à Tração dos Fios de Alumínio 1350-H19 os Fios de Alumínio 1350-H19 possuem diâmetro nominal de 2,69 mm (Norma ABNT NBR 5118) e devem apresentar uma Resistência à Tração Mínima de 170 a 180 Mpa.
54 Propriedades Mecânicas dos Fios de Aço Norma ABNT NBR 6756:
55 Fatores que Afetam as Propriedades Mecânicas dos Cabos CAA Esforços Estáticos Esforços Dinâmicos
56 Esforços Estáticos Influência de Agentes Externos nos Cabos Condutores (Sobrecargas Mecânicas) quanto maiores forem os Esforços Estáticos menores serão os Valores Dinâmicos permitidos para evitar uma falha do Material por Fadiga.
57 Esforços Estáticos
58 Esforços Estáticos Esforços de Sobrecarga: Influência na Tensão de Estiramento do Cabo e nos Esforços Dinâmicos resultantes do dobramento alternado do Condutor (Vibração Eólica) nos Pontos de Restrição de Movimento (Grampo de Suspensão) e na Fadiga dos Cabos.
59 Esforços Estáticos Sobrecargas em Cabos: 2 (dois) Tipos: - Horizontal: atuação do Vento no Cabo e da redução da Temperatura dos Condutores abaixo da em vigor durante o seu Carregamento. -Vertical: Peso de Gelo, Neve (nos Países de inverno rigorosos) ou outra Sobrecarga distribuída.
60 Esforços Dinâmicos Carregamento Cíclico Induzido pela Vibração Eólica apesar de os Esforços Estáticos de Tração nos Cabos serem muito maiores que os Esforços Dinâmicos estes podem ser altamente prejudiciais em virtude de sua natureza alternada; a Vibração Eólica é produzida pela passagem do Vento contínuo ao redor do mesmo; o uso dos Cabos CAA e o emprego de maiores Seções para a Condução de maiores Potências, de Estruturas mais pesadas, mais altas e mais distantes e de Tensão Mecânicas maiores, a Vibração Eólica se tornou mais perigosa pois a Ruptura dos Cabos passou a ser mais precoce sendo hoje a Condição Limite nos Projetos de LT.
61 Vibração Eólica a Ação do Vento sobre as LT s provoca oscilações as quais se não forem amortecidas poderão chegar a valores críticos culminando com o rompimento do Cabo seja pela Fadiga seja pelo Efeito de Grande Amplitude e afetar seriamente os Suportes.
62 Efeito dos Grampos de Suspensão na Fadiga de Cabos CAA o Efeito da Geometria dos Grampos de Suspensão no Processo de Fadiga dos Cabos Condutores é outro fator que tem sido estudado; quanto maior o raio de curvatura do Grampo de Suspensão menor é o Nível de Tensão Mecânica medido e maior é a Resistência à Fadiga da Montagem.
63 Ensaios Mecânicos permitem a determinação de Propriedades Mecânicas que se referem ao comportamento do Material sob ação de Esforços e que são expressas em função de Tensões e/ou Deformações; Tensões representam a resposta interna aos Esforços Externos que atuam numa determinada Área em um Corpo; a Classificação dos Ensaios quanto a Integridade Geométrica e Dimensional do Material Ensaiado pode ser destrutivo (onde ocorre a Inutilização parcial ou Total do Corpo de Prova) ou pode ser não destrutivo (quando não compromete a Integridade do Corpo de Prova).
64 Ensaio de Tração de Cabo Alumínio com Alma de Aço (CAA) 2 Tipos mais Importantes de Ensaios de Tração: Ensaio Tensão-Deformação Ensaio Tração-Deformação: os Cabos são levados até a Ruptura num comprimento mínimo de 8 m sendo medidos os seus diâmetros em 6 (seis) Pontos ao longo do Cabo com Cargas Pré-determinadas; essas Cargas são porcentagens de Ruptura Nominal do Cabo (8, 30 e 50%); com a Carga de 50% é também medida a Flecha; cada Tipo de Cabo possui uma Carga de Ruptura Nominal (chamada de Resistência Mecânica Calculada RMC) e a Carga de Ruptura do Tubo ensaiado deve ser igual ou maior que a Carga Nominal.
65 Ensaio de Vibração Objetivo: verificar se o Cabo que se encontra a um longo tempo em condições que favorecem a Fadiga, Fretting, etc teve suas Propriedades Mecânicas alteradas e qual seu comportamento quanto a Operação de Retracionamento.
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