Transformações e Ponderação para corrigir violações do modelo

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1 Transformações e Ponderação para corrigir violações do modelo

2 Diagnóstico na análise de regressão Relembrando suposições Os erros do modelo tem média zero e variância constante. Os erros do modelo tem distribuição normal. A forma paramétrica estabelecida para o modelo está correta.

3 Algumas medidas para contornar problemas do modelo de regressão Modelo de regressão linear simples não é adequado Usar um modelo apropriado Usar transformações Não linearidade do modelo de regressão Mudar o modelo E( Y ) E( Y ) = β β 0 E( Y ) = Usar transformação = Variâncias heterogêneas β β0 + β exp( β X 0 + β X X (Exponencial) (logístico) 2 i ) + β X Usar o método de mínimos quadrados ponderados para estimar os parâmetros Usar transformação 2 2

4 Algumas medidas para contornar problemas do modelo de regressão Falta de normalidade A falta de normalidade geralmente vem junto com falta de homogeneidade de variâncias. Frequentemente, a mesma transformação estabiliza a variância e aproxima para normalidade, portanto, primeiro usar uma transformação para estabilizar a variância (será visto na próxima seção). Omissão de variável preditora importante Modificar o modelo de regressão múltipla Outliers Usar procedimentos de estimação robustos (método dos mínimos quadrados reponderados iterativamente), pois os métodos de mínimos quadrados e máxima verossimilhança produzem estimativas distorcidas.

5 Transformações para linearizar o modelo Ocasionalmente dectecta-se a suposição de linearidade é violada. Como: diagramas de dispersão gráfico dos resíduos (gráfico de regressão parcial) experiência a priori (não usual). No caso de experência a priori, a função não linear pode ser linearizada. Esses modelos são chamados de intrisicamente linear.

6 Transformações para linearizar Transformação da variável Y ou da variável preditora X, ou de ambas, frequentemente é suficiente para tornar o modelo de regressão linear simples apropriado para os dados transformados. Padrões de relação entre X e Y Modelo Transformação y = β 0 + β log x x = log x y y = β e 0 = ln y β x Forma linear y = β β x y = ln β + β x 0

7 Exemplo: Transformação nos regressores Uma pesquisadora estava interessada em estudar o comportamento do ph de tomates Chronos (Y), inteiros minimamente processados, submetidos ao tratamento vácuo, durante 22 dias de estocagem (X), a uma temperatura média de 8 o C e umidade relativa de 62,78%. Condições aproximadamente satisfeitas: Diagrama de dispersão dos dados de tomates Chronos: ph (Y) e dias (X) Normalidade 6,0 Independência e variância constante 5,6 PH 5,2 4,8 4,4 4, DIAS O diagrama de dispersão indica uma relação curvilínea. A variabilidade nos diferentes níveis de X parece constante. Vamos considerar a transformação X =/X.

8 Exemplo Dados transformados (/X) 6,0 5,6 5,2 PH 4,8 4,4 4,0-0, 0, 0,3 0,5 0,7 0,9, /DIAS Os dados continuam mostrando um comportamento curvilíneo. A variabilidade nos diferentes níveis de X continua constante.

9 Exemplo A transformação log 0 (dias) linearizou a função de regressão. A variabilidade permanece constante. Outra transformação muito usada é potência de x.

10 Transformações para estabilizar variância Variâncias heterogêneas e não normalidade dos erros frequentemente aparecem juntas. Necessita-se fazer uma transformação em Y, pois a forma e a dispersão em Y precisam ser modificadas. A transformação em Y pode também eliminar o problema de não linearidade do modelo. Outras vezes uma transformação também em X é necessária para manter ou obter uma relação linear. A figura ilustra algumas formas de relacionamento onde a assimetria e as variâncias aumentam com a reposta média E(Y). Transformações sobre Y: Seleciona-se empiricamente Y Y Y = = Y log 0 = / Y Y Nota: uma transformação em X pode ser útil ou necessário. Fazer análise de resíduos

11 Exemplo objetivo: estimar o volume da árvore em pé a partir de medidas mais facilmente obtidas. Y=volume da árvore em pés cúbicos; X=diâmetro da árvore em polegadas a 4 pés e 6 polegadas acima do solo; X2=altura da árvore em pés. Observamos maior variabilidade para valores maiores de altura. A relação entre volume e altura é linear.

12 Exemplo Transformação: valores inverso de Y (/Y). 0,2 Diagrama de dispersão: altura versus /volume /volume (transformação) 0,0 0,08 0,06 0,04 0,02 Note que a transformação tornou a variância razoavelmente constante para os diferentes níveis de X. 0, Altura das árvores O modelo de regressão linear simples ajustado aos dados com a transformação Y =/Y é dado por: ˆ Y = 0, , X

13 Exemplo Raw residuals vs. ALTURA Raw residuals 0,05 0,04 0,03 0,02 0,0 0,00-0,0-0,02-0,03-0, ALTURA Indica que o modelo é apropriado para os dados transformados Se desejamos estimar os valores de Y, na unidade original, fazemos: Yˆ = 0, ,002377X

14 Método analítico de seleção da melhor Transformação Transformação Box-Cox (Box and Cox (964)) A transformação Box-Cox automaticamente identifica uma transformação a partir de uma família de transformações potência de Y. A família de transformações potência é dada por: Y = Y Onde λ é um parâmetro a ser determinado a partir dos dados da amostra. Esta família inclui, por exemplo, λ λ = 0 Y λ = 2 Y λ = 0,5 Y λ = 0,5 Y = log e = Y λ = -,0 Y 2 = Y = Y Y (por definição) = Y

15 Método analítico de seleção da melhor Transformação O modelo de regressão com erros normais com a variável resposta pertencente a família de transformação potência fica: onde Y ( λ ) i = β0 + βx i + ε i ( λ ) Y i λ y, λ y& = λ λ y& ln y, λ = 0 0 y& = ln n n i = ln yi Seleciona-se diferentes valores para λ. Ajusta-se os modelos usando y (λ) e seleciona a transformação (λ) tal que a soma de quadrados de resíduos SS R émínima. Usualmente 0 a 20 valores de λ são suficientes. Usar diferenças pequenas.

16 Exemplo Continuamos com o exemplo das árvores (X=altura e Y=volume). Vamos tomar os seguintes valores para lambda λ = λ = -0,3 λ = 0,2 λ = -0, λ = 0 λ = 0, λ = 0,2 λ = 0,3 λ = λ, 00-0,30 0, 2 0, 0 0, 00 0, 0 0, 20 0, 30, 00 SQR 420,9 3324,5 330,3 339,8 3352,9 3409,7 3490,5 3596,3 5204,9 Observe na tabela acima que a transformação Box-Cox indica λ próximo de -0,20. Entretanto, a SQR é aproximadamente estável na faixa de -0,30 a 0,00, portanto, vamos usar a transformação logarítmica por ser a preferida dos pesquisadores (é uma transformação que os pesquisadores entendem melhor). A transformação Box-Cox dá um direção no sentido da escolha da melhor transformação. Observe que a transformação usada anteriormente, /Y, não foi razoável de acordo com transformação de Box-Cox. (compare os dois gráficos de resíduos). Quando a transformação Box-Cox produz um λ próximo de, não é necessário transformar os dados.

17 Exemplo Raw residuals vs. ALTURA 0,8 0,6 Raw residuals 0,4 0,2 0,0-0,2-0,4 Indica a adequação do modelo de regressão para os dados transformados (transformação logarítmica) -0,6-0, Altura

18 Estabilizar variância: Mínimos quadrados generalizados. Uso: Observações y são correlacionadas e variâncias desiguais. y = Xβ + Modelo E( ε ) = 0 ε 2 Var( ε) = σ V V deve ser não singular e definida positiva. Então existe uma matriz simétrica K tal que T K K = V Tipicamente σ 2 é desconhecido. Nesse caso, V é assumida como a matriz de variâncias covariâncias entre os erros a menos de uma constante. K é a matriz raiz quadrada de V.

19 Estabilizar variância: Mínimos quadrados generalizados. Novas variáveis. z = K B = K g = K y X ε Modelo original Novo Modelo K - y y - = K X + K z = Xβ + ε = Bβ + g ε Após uma algebra: βˆ = ( X T V X ) X T V y Estimador de mínimos quadrados generalizados

20 Estabilizar variância: Mínimos quadrados ponderado Uso: Observações y independentes e variâncias desiguais. Var( ε) = σ 2 V / w 2 = σ 0 0 /w n As observações com grandes variâncias tem peso menores. Seja W=V -, após uma algebra βˆ = ( X WX ) T X T Wy Estimador de mínimos quadrados ponderados.

21 Estabilizar variância: Mínimos quadrados ponderado Estimativas de Mínimos quadrados ponderados podem ser facilmente obtidos pelos Mínimos quadrados ordinários. Pode-se reescrever o estimador dos coeficientes da seguinte forma: z B B B β T T ) ( ˆ = onde: = n p n n p p w x w x w w x w x w w x w x w B =... z y n w n w y w y 2 2

22 Como estimar V. Ordene as obeservações em y. 2. Encontre clusters de valores de x na ordem obtida. 3. Dentro de cada cluster calcule a média de x e para os correspondentes valores de y calcule a variância. 4. Os valores da variância de y devem aumentar ou diminuir quando os valores médios de x aumentam. 5. Construa uma regressão para a variância de y usando a média de x como regressor. 6. Para cada valor de x do conjunto encontre o valor da estimativa da média da variancia de y. 7. Calule os pesos como o inverso dos valores obtidos no passo Obtenha B e z. 9. Ajuste o modelo: βˆ = ( B B) T B T z

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